1. O PESCADOR – Parte Final
Os espectadores entreolhavam-se questionando o motivo da ousada observação feita por Paulo,
fiel assistente de Advíncula, de certo modo, surpreso. Afinal, havia pescadores filósofos? Sem
dúvida, aquela “Sessão da Plena Justiça” prometia. Todos ficaram estupefatos quando Paulo
respondera ao seu mestre que aquele humilde homem não só era pescador, mas filósofo.
Demonstrando respeito incondicional ao seu incomparável líder, Paulo que, instado, não teve
dúvidas em emitir a razão de sua opinião, dizendo com incomum veemência: “Meu senhor, este
pescador disse a pura verdade. Quando me sinto cansado de ler, de ouvir e de analisar, letra a
letra, os ensinamentos dos solicitantes que sempre lançam seus questionamentos para
discussão salutar sobre os mistérios do ser, pego minha rede e todos meus badulaques de pesca
e vou à lagoa dar uma boa pescada. É a forma que encontro repouso para o meu espírito.