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Semana de Formação Bíblica 13 a 18 de Fevereiro de 2011 A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo
Caminhos de conversão: A Quaresma e os seus significados
1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Uma longa caminhada: Nos primeiros livros da Bíblia contam-se episódios do povo de Israel escravo no Egipto, a sua libertação e a caminhada para a conquista da Terra Prometida por Deus. Este longo percurso recebeu o nome de “êxodo”.
1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO •Deus concede a “liberdade” ao povo; •	Deus estabelece com ele um pacto eterno de amizade, chamada “aliança”; •	O povo conquista uma identidade, com duras experiências de prova e tentação, de rebelião e perdão, da confiança nas promessas de Deus e da conversão a Ele (veja-se o episódio do bezerro de ouro: Ex 32)
1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Que caminho percorreu o povo? Há dois percursos possíveis: •	Um caminho mais a norte, ao longo da chamada “estrada do mar” ou “dos filisteus”, mais breve, mas mais frequentado pelas milícias egípcias; •	Um caminho mais longo, que passa pelo deserto, preferível para quem, como o povo guiado por Moisés, não quer deixar vestígios.
1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Que MAR? Segundo Ex 14, os hebreus atravessaram, de uma forma prodigiosa, o mar caminhando como em terra enxuta, enquanto os egípcios se afogam. O texto hebraico antigo coloca o episódio no “mar dos juncos”, enquanto algumas traduções falam do “mar Vermelho”.
2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO Os apelos à conversão: O êxodo é um caminho de conversão, verdadeiro e próprio de cada um. Dois textos significativos:
2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO •Jl 2, 12-18: O profeta apela para a necessidade de “rasgar o coração” mais que as vestes: o antigo sinal penitencial de rasgar as vestes podia ser reduzido a um gesto vazio.
2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO •Is 58, 4b-10: O“verdadeiro jejum”, que Deus aceita como sinal de penitência, é a caridade para com os irmãos (especialmente os que mais sofrem), e a defesa dos justos.
2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO Os sinais penitenciais na Bíblia: São muitos os sinais exprimem uma atitude de penitência: chorar e entoar lamentações, jejuar, rapar a cabeça, rasgar as vestes, lançar cinza sobre a cabeça, vestir-se de saco, prostrar-se por terra… Cada um deles está ligado à privação de alguma coisa agradável, para exprimir por um lado desgosto e arrependimento e, por outro, para manifestar a adesão do homem a Deus, único bem da vida.
3 – JESUS NO DESERTO Quarenta dias no deserto: Antes de iniciar a Sua missão, Jesus permanece no deserto quarenta dias Textos: Mt 4, 1-11 e Lc 4, 1-13.
3 – JESUS NO DESERTO Neste lugar: •	Jesus reza, permanecendo assim em constante diálogo com o Pai; •	Jesus jejua, mostrando que a relação com Deus é, para o homem, mais importante que o alimento;
3 – JESUS NO DESERTO •Jesus permamece quarenta dias no deserto para repetir a experiência de Moisés no monte Horeb; de Elias no deserto, e do povo que caminha durante quarenta anos em direcção à Terra Prometida… todas elas experiências de proximidade a Deus mas também de tentação; •	Jesus resiste a Satanás e vence-o, demosntrando que a fé é mais forte do que qualquer tentação.
3 – JESUS NO DESERTO Lugar do encontro e da provação: O deserto é um lugar sombrio e perigoso, habitado por animais ferozes, sede de bandidos e de fugitivos, onde é difícil sobreviver. E, no entanto, Deus faz do deserto o lugar dos “encontros” e da “intimidade”; é aqui que Ele convive com o Seu povo, o guia para a Terra prometida, o protege dos perigos.
3 – JESUS NO DESERTO O deserto é, porém, também o lugar de “provação” e da “infidelidade”: no caminho do êxodo o povo tem saudades do Egipto (cf. Nm 14, 1-4) e adere a outros deuses: o próprio Jesus foi tentado por Satanás, no deserto.
4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Tempo de reconciliação e oração: A Palavra “Quaresma” indica um caminho de quarenta dias de preparação para a Páscoa. Celebrada já a partir do século IV, a Quaresma era, no início, o tempo em que aqueles que tinham cometido pecados graves percorriam uma caminhada de penitência e de conversão: no começo dos quarentas dias recebiam na cabeça o sinal das cinzas e, na Quinta-feira Santa, a reconciliação.
4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Tempo de reconciliação e oração:        No século V, o rito romano antecipou a Quaresma de quatro dias (daqui a origem de “quarta-feira de cinzas”) e acrescentou-lhe dois (até ao Sábado Santo): ao todo, quarenta e seis dias, quarenta dos quais de penitência, porque os domingos estavam excluídos da contagem. Este período tornou-se também momento propício para a preparação dos “catecúmenos”, isto é, daqueles que iriam ser baptizados na Vigília Pascal.
4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Porquê quarenta? Na Bíblia o número quarenta ou quatrocentos significa o tempo tempo necessário a preparar um grande acontecimento, é um tempo de purificação.  Significa também plenitude, neste período Deus manifesta-Se…
4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS        Muitos episódios acontecem no período de quarenta dias ou quarenta anos e são, em geral, caracterizados por uma intervenção de Deus e por uma mudança importante nas vicissitudes humanas. Basta pensar no dilúvio (Gn 7-8), em Moisés no Sinai (Ex 24, 12-17), nos exploradores de Canaã (Nm 13), nos quarenta anos do povo no deserto (Deut 8), na caminhada de Elias (1Reis 19, 1-8), na pregação de Jonas (Jn 3), nas tentações de Jesus (Mt 4, 1-11; Lc 4, 1-13), nas Suas aparições depois de ressuscitado.
5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS A cor roxa: O roxo simboliza a penitência e a conversão, evocando a caminhada de regresso a Deus que o homem pode fazer… com a ajuda de Deus As cinzas: Em muitos passos bíblicos, o arrependimento é expresso com o gesto de lançar as cinzas sobre a cabeça ou de dormir sobre elas (cf., por exemplo, Jn 3,6 e Jer 4, 11).
5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS        A cinza é também sinal de fragilidade e da pequenez do homem (cf. Gn 18, 27 e Sab 2,3). São estes os apelos que a Igreja nos dirige no primeiro dia da Quaresma quando, depois de termos escutado a Palavra de Deus, nos é colocada na cabeça a cinza obtida dos ramos de oliveira benzidos no Domingo de Ramos do ano anterior. O sacerdote acompanha o rito com duas frases extraídas da Bíblia: “Lembra-te, homem, que és pó e ao pó hás-de voltar” (Gn 3, 19) e “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15).
5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS A temperança:        A oração e a conversão são bem expressas nos sinais exteriores e nos espaços sagrados, durante a Quaresma; por exemplo, não há excessos na utilização das flores, os cânticos são mais meditativos e o próprio acompanhamento musical é reduzido. É por isso que não se reza o “Glória” nem se canta o “Aleluia”: a alegria que estes hinos traduzem só deverá manifestar-se na Vigília Pascal.
6 – PRÁTICAS QUARESMAIS O jejum: Jejum: privação de uma refeição principal durante o dia (o jejum é prescrito na Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa),  Abstinência: tradicionalmente é a exclusão da carne das refeições, entendida no passado por “a comida dos ricos” (a abstinência é prescrita em todas as sextas-feiras da Quaresma).
6 – PRÁTICAS QUARESMAIS        Estas práticas não são apenas normas penitenciais, mas querem exprimir a vontade de deixar-se saciar pela palavra de Deus, dando prioridade à oração e à escuta de Deus e do próximo.        A abstinência da carne pode ser criativamente substituída por abstinência de um alimento de que se gosta mais, o café, o chocolate, uma magnífica truta, ou a abstinência de comportamentos que nos afastam de Deus e do próximo, por exemplo, em todo o santo dia não utilizar palavras ofensivas, a abstinência da televisão, do tabaco, …
6 – PRÁTICAS QUARESMAIS A oração: A Quaresma é um momento particular para redescobrirmos a oração e o diálogo com Deus, concedendo sobretudo espaço à escuta daquela palavra que tem o poder de modelar a vida e fazer crescer a fé.
6 – PRÁTICAS QUARESMAIS Entre as práticas de oração mais conhecidas podemos citar a Via-sacra, um percurso dividido em catorze estações nas quais meditamos os momentos da Paixão e Morte de Jesus (acrescentou-se, entretanto a 15.ª Estação: a ressurreição de Jesus). Esta prática teve início provavelmente em Jerusalém, onde os peregrinos podiam percorrer o caminho de Jesus até ao Calvário. Entre os séculos XII e XIV começoi a ser celebrada também na Europa, graças sobretudo à acção dos franciscanos.
6 – PRÁTICAS QUARESMAIS A caridade: A oração e o jejum, para não serem práticas vazias, devem mudar o coração e levar a gestos concretos em relação ao próximo: são estes o verdadeiro jejum e a autêntica oração.
Texto adaptado de:        Roberta Taverna, Caminhos de Conversão. A Quaresma e os seus significados. Paulus Editora: 2010.

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  • 2. Caminhos de conversão: A Quaresma e os seus significados
  • 3. 1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Uma longa caminhada: Nos primeiros livros da Bíblia contam-se episódios do povo de Israel escravo no Egipto, a sua libertação e a caminhada para a conquista da Terra Prometida por Deus. Este longo percurso recebeu o nome de “êxodo”.
  • 4. 1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO •Deus concede a “liberdade” ao povo; • Deus estabelece com ele um pacto eterno de amizade, chamada “aliança”; • O povo conquista uma identidade, com duras experiências de prova e tentação, de rebelião e perdão, da confiança nas promessas de Deus e da conversão a Ele (veja-se o episódio do bezerro de ouro: Ex 32)
  • 5. 1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Que caminho percorreu o povo? Há dois percursos possíveis: • Um caminho mais a norte, ao longo da chamada “estrada do mar” ou “dos filisteus”, mais breve, mas mais frequentado pelas milícias egípcias; • Um caminho mais longo, que passa pelo deserto, preferível para quem, como o povo guiado por Moisés, não quer deixar vestígios.
  • 6. 1 – O ÊXODO E A LIBERTAÇÃO Que MAR? Segundo Ex 14, os hebreus atravessaram, de uma forma prodigiosa, o mar caminhando como em terra enxuta, enquanto os egípcios se afogam. O texto hebraico antigo coloca o episódio no “mar dos juncos”, enquanto algumas traduções falam do “mar Vermelho”.
  • 7. 2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO Os apelos à conversão: O êxodo é um caminho de conversão, verdadeiro e próprio de cada um. Dois textos significativos:
  • 8. 2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO •Jl 2, 12-18: O profeta apela para a necessidade de “rasgar o coração” mais que as vestes: o antigo sinal penitencial de rasgar as vestes podia ser reduzido a um gesto vazio.
  • 9. 2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO •Is 58, 4b-10: O“verdadeiro jejum”, que Deus aceita como sinal de penitência, é a caridade para com os irmãos (especialmente os que mais sofrem), e a defesa dos justos.
  • 10. 2 – A CONVERSÃO DO CORAÇÃO Os sinais penitenciais na Bíblia: São muitos os sinais exprimem uma atitude de penitência: chorar e entoar lamentações, jejuar, rapar a cabeça, rasgar as vestes, lançar cinza sobre a cabeça, vestir-se de saco, prostrar-se por terra… Cada um deles está ligado à privação de alguma coisa agradável, para exprimir por um lado desgosto e arrependimento e, por outro, para manifestar a adesão do homem a Deus, único bem da vida.
  • 11. 3 – JESUS NO DESERTO Quarenta dias no deserto: Antes de iniciar a Sua missão, Jesus permanece no deserto quarenta dias Textos: Mt 4, 1-11 e Lc 4, 1-13.
  • 12. 3 – JESUS NO DESERTO Neste lugar: • Jesus reza, permanecendo assim em constante diálogo com o Pai; • Jesus jejua, mostrando que a relação com Deus é, para o homem, mais importante que o alimento;
  • 13. 3 – JESUS NO DESERTO •Jesus permamece quarenta dias no deserto para repetir a experiência de Moisés no monte Horeb; de Elias no deserto, e do povo que caminha durante quarenta anos em direcção à Terra Prometida… todas elas experiências de proximidade a Deus mas também de tentação; • Jesus resiste a Satanás e vence-o, demosntrando que a fé é mais forte do que qualquer tentação.
  • 14. 3 – JESUS NO DESERTO Lugar do encontro e da provação: O deserto é um lugar sombrio e perigoso, habitado por animais ferozes, sede de bandidos e de fugitivos, onde é difícil sobreviver. E, no entanto, Deus faz do deserto o lugar dos “encontros” e da “intimidade”; é aqui que Ele convive com o Seu povo, o guia para a Terra prometida, o protege dos perigos.
  • 15. 3 – JESUS NO DESERTO O deserto é, porém, também o lugar de “provação” e da “infidelidade”: no caminho do êxodo o povo tem saudades do Egipto (cf. Nm 14, 1-4) e adere a outros deuses: o próprio Jesus foi tentado por Satanás, no deserto.
  • 16. 4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Tempo de reconciliação e oração: A Palavra “Quaresma” indica um caminho de quarenta dias de preparação para a Páscoa. Celebrada já a partir do século IV, a Quaresma era, no início, o tempo em que aqueles que tinham cometido pecados graves percorriam uma caminhada de penitência e de conversão: no começo dos quarentas dias recebiam na cabeça o sinal das cinzas e, na Quinta-feira Santa, a reconciliação.
  • 17. 4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Tempo de reconciliação e oração: No século V, o rito romano antecipou a Quaresma de quatro dias (daqui a origem de “quarta-feira de cinzas”) e acrescentou-lhe dois (até ao Sábado Santo): ao todo, quarenta e seis dias, quarenta dos quais de penitência, porque os domingos estavam excluídos da contagem. Este período tornou-se também momento propício para a preparação dos “catecúmenos”, isto é, daqueles que iriam ser baptizados na Vigília Pascal.
  • 18. 4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Porquê quarenta? Na Bíblia o número quarenta ou quatrocentos significa o tempo tempo necessário a preparar um grande acontecimento, é um tempo de purificação. Significa também plenitude, neste período Deus manifesta-Se…
  • 19. 4– A QUARESMA E AS SUAS ORIGENS Muitos episódios acontecem no período de quarenta dias ou quarenta anos e são, em geral, caracterizados por uma intervenção de Deus e por uma mudança importante nas vicissitudes humanas. Basta pensar no dilúvio (Gn 7-8), em Moisés no Sinai (Ex 24, 12-17), nos exploradores de Canaã (Nm 13), nos quarenta anos do povo no deserto (Deut 8), na caminhada de Elias (1Reis 19, 1-8), na pregação de Jonas (Jn 3), nas tentações de Jesus (Mt 4, 1-11; Lc 4, 1-13), nas Suas aparições depois de ressuscitado.
  • 20. 5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS A cor roxa: O roxo simboliza a penitência e a conversão, evocando a caminhada de regresso a Deus que o homem pode fazer… com a ajuda de Deus As cinzas: Em muitos passos bíblicos, o arrependimento é expresso com o gesto de lançar as cinzas sobre a cabeça ou de dormir sobre elas (cf., por exemplo, Jn 3,6 e Jer 4, 11).
  • 21. 5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS A cinza é também sinal de fragilidade e da pequenez do homem (cf. Gn 18, 27 e Sab 2,3). São estes os apelos que a Igreja nos dirige no primeiro dia da Quaresma quando, depois de termos escutado a Palavra de Deus, nos é colocada na cabeça a cinza obtida dos ramos de oliveira benzidos no Domingo de Ramos do ano anterior. O sacerdote acompanha o rito com duas frases extraídas da Bíblia: “Lembra-te, homem, que és pó e ao pó hás-de voltar” (Gn 3, 19) e “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15).
  • 22. 5 – SÍMBOLOS LITÚRGICOS A temperança: A oração e a conversão são bem expressas nos sinais exteriores e nos espaços sagrados, durante a Quaresma; por exemplo, não há excessos na utilização das flores, os cânticos são mais meditativos e o próprio acompanhamento musical é reduzido. É por isso que não se reza o “Glória” nem se canta o “Aleluia”: a alegria que estes hinos traduzem só deverá manifestar-se na Vigília Pascal.
  • 23. 6 – PRÁTICAS QUARESMAIS O jejum: Jejum: privação de uma refeição principal durante o dia (o jejum é prescrito na Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa), Abstinência: tradicionalmente é a exclusão da carne das refeições, entendida no passado por “a comida dos ricos” (a abstinência é prescrita em todas as sextas-feiras da Quaresma).
  • 24. 6 – PRÁTICAS QUARESMAIS Estas práticas não são apenas normas penitenciais, mas querem exprimir a vontade de deixar-se saciar pela palavra de Deus, dando prioridade à oração e à escuta de Deus e do próximo. A abstinência da carne pode ser criativamente substituída por abstinência de um alimento de que se gosta mais, o café, o chocolate, uma magnífica truta, ou a abstinência de comportamentos que nos afastam de Deus e do próximo, por exemplo, em todo o santo dia não utilizar palavras ofensivas, a abstinência da televisão, do tabaco, …
  • 25. 6 – PRÁTICAS QUARESMAIS A oração: A Quaresma é um momento particular para redescobrirmos a oração e o diálogo com Deus, concedendo sobretudo espaço à escuta daquela palavra que tem o poder de modelar a vida e fazer crescer a fé.
  • 26. 6 – PRÁTICAS QUARESMAIS Entre as práticas de oração mais conhecidas podemos citar a Via-sacra, um percurso dividido em catorze estações nas quais meditamos os momentos da Paixão e Morte de Jesus (acrescentou-se, entretanto a 15.ª Estação: a ressurreição de Jesus). Esta prática teve início provavelmente em Jerusalém, onde os peregrinos podiam percorrer o caminho de Jesus até ao Calvário. Entre os séculos XII e XIV começoi a ser celebrada também na Europa, graças sobretudo à acção dos franciscanos.
  • 27. 6 – PRÁTICAS QUARESMAIS A caridade: A oração e o jejum, para não serem práticas vazias, devem mudar o coração e levar a gestos concretos em relação ao próximo: são estes o verdadeiro jejum e a autêntica oração.
  • 28. Texto adaptado de: Roberta Taverna, Caminhos de Conversão. A Quaresma e os seus significados. Paulus Editora: 2010.