O documento discute a situação econômica do Rio Grande do Sul e argumenta que os trabalhadores não devem pagar pelas crises. Afirma que a economia gaúcha é dominada pelo agronegócio e multinacionais, enquanto a indústria sofre com a crise. A dívida pública do estado com a União consome quase 20% da receita e só aumenta devido aos juros altos.
O documento defende uma segunda independência do Brasil rompendo com o FMI e o imperialismo, não pagando a dívida externa e estatizando bancos e grandes empresas para financiar reforma agrária, empregos, salários e serviços públicos de qualidade.
O documento resume as políticas econômicas e sociais do governo Lula que promoveram o crescimento econômico inclusivo do Brasil entre 2003-2010, e as medidas tomadas para enfrentar a crise econômica global de 2008, mantendo a estabilidade.
O documento resume a situação econômica e política do Brasil em março de 2007. A economia continua dominada pelo capital financeiro internacional e o governo Lula mantém as políticas neoliberais. As forças populares estão fragmentadas e sem projeto unificador, enquanto a classe dominante controla o estado e a mídia.
1) O documento apresenta os principais resultados econômicos e sociais dos governos Lula e FHC, com foco nos avanços do primeiro.
2) Durante o governo Lula, foram gerados 14 milhões de empregos formais, reduziu-se o desemprego e aumentou a formalidade no mercado de trabalho.
3) O salário mínimo teve aumento real de 74% e seu poder de compra atingiu o maior patamar histórico.
1) O documento discute os avanços econômicos e sociais ocorridos sob os governos do PT, como o aumento real do salário mínimo, a redução da pobreza e da desigualdade social, e o crescimento econômico inclusivo.
2) Apresenta estatísticas que mostram como o salário mínimo teve maior poder de compra nos governos do PT do que no governo FHC, beneficiando milhões de trabalhadores.
3) Também destaca programas sociais como o Bolsa Família e invest
Fundamentos serviço social lula e neo - 1 º semestreDaniele Rubim
O documento discute a formação de uma frente política no Brasil na década de 1990 composta por diferentes classes sociais, incluindo a burguesia interna, operariado, campesinato e baixa classe média. A frente política apoiou o programa neodesenvolvimentista implementado pelo governo Lula, caracterizado por políticas que buscavam promover o crescimento econômico e aumentar o poder aquisitivo dos trabalhadores, como a recuperação do salário mínimo e maiores orçamentos para o BNDES.
Será inevitável o impeachment de Dilma Rousseff não apenas devido aos crimes de responsabilidade fiscal que praticou, mas também, pelo conjunto da obra devastadora sobre a economia brasileira que ela e Lula realizaram nos 13 anos de governos do PT. O balanço de 13 anos dos governos do PT indica o descompromisso de ambos os governantes com as grandes lutas do povo brasileiro levadas avante nos últimos 50 anos, numa incoerência histórica traidora. Esta incoerência ocorreu, sobretudo, nos planos econômico e moral. A incoerência no plano econômico se manifesta no fato de ambos os governos terem dado continuidade à política neoliberal e antinacional dos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso seguindo o que estabeleceu o Consenso de Washington na década de 1990. No plano moral, institucionalizou-se a corrupção sistêmica nos governos do PT que contribuíram para levar a Petrobras e o País à bancarrota.
O documento discute a situação política e econômica no Brasil sob o governo Temer, incluindo altos níveis de desemprego, cortes em serviços públicos, e reformas que prejudicam os trabalhadores. Defende uma greve geral revolucionária e um governo provisório revolucionário liderado por sindicatos e movimentos populares para enfrentar o ataque dos capitalistas e do imperialismo.
O documento defende uma segunda independência do Brasil rompendo com o FMI e o imperialismo, não pagando a dívida externa e estatizando bancos e grandes empresas para financiar reforma agrária, empregos, salários e serviços públicos de qualidade.
O documento resume as políticas econômicas e sociais do governo Lula que promoveram o crescimento econômico inclusivo do Brasil entre 2003-2010, e as medidas tomadas para enfrentar a crise econômica global de 2008, mantendo a estabilidade.
O documento resume a situação econômica e política do Brasil em março de 2007. A economia continua dominada pelo capital financeiro internacional e o governo Lula mantém as políticas neoliberais. As forças populares estão fragmentadas e sem projeto unificador, enquanto a classe dominante controla o estado e a mídia.
1) O documento apresenta os principais resultados econômicos e sociais dos governos Lula e FHC, com foco nos avanços do primeiro.
2) Durante o governo Lula, foram gerados 14 milhões de empregos formais, reduziu-se o desemprego e aumentou a formalidade no mercado de trabalho.
3) O salário mínimo teve aumento real de 74% e seu poder de compra atingiu o maior patamar histórico.
1) O documento discute os avanços econômicos e sociais ocorridos sob os governos do PT, como o aumento real do salário mínimo, a redução da pobreza e da desigualdade social, e o crescimento econômico inclusivo.
2) Apresenta estatísticas que mostram como o salário mínimo teve maior poder de compra nos governos do PT do que no governo FHC, beneficiando milhões de trabalhadores.
3) Também destaca programas sociais como o Bolsa Família e invest
Fundamentos serviço social lula e neo - 1 º semestreDaniele Rubim
O documento discute a formação de uma frente política no Brasil na década de 1990 composta por diferentes classes sociais, incluindo a burguesia interna, operariado, campesinato e baixa classe média. A frente política apoiou o programa neodesenvolvimentista implementado pelo governo Lula, caracterizado por políticas que buscavam promover o crescimento econômico e aumentar o poder aquisitivo dos trabalhadores, como a recuperação do salário mínimo e maiores orçamentos para o BNDES.
Será inevitável o impeachment de Dilma Rousseff não apenas devido aos crimes de responsabilidade fiscal que praticou, mas também, pelo conjunto da obra devastadora sobre a economia brasileira que ela e Lula realizaram nos 13 anos de governos do PT. O balanço de 13 anos dos governos do PT indica o descompromisso de ambos os governantes com as grandes lutas do povo brasileiro levadas avante nos últimos 50 anos, numa incoerência histórica traidora. Esta incoerência ocorreu, sobretudo, nos planos econômico e moral. A incoerência no plano econômico se manifesta no fato de ambos os governos terem dado continuidade à política neoliberal e antinacional dos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso seguindo o que estabeleceu o Consenso de Washington na década de 1990. No plano moral, institucionalizou-se a corrupção sistêmica nos governos do PT que contribuíram para levar a Petrobras e o País à bancarrota.
O documento discute a situação política e econômica no Brasil sob o governo Temer, incluindo altos níveis de desemprego, cortes em serviços públicos, e reformas que prejudicam os trabalhadores. Defende uma greve geral revolucionária e um governo provisório revolucionário liderado por sindicatos e movimentos populares para enfrentar o ataque dos capitalistas e do imperialismo.
Este documento apresenta o plano de governo de Lula para o período de 2007 a 2010. O plano destaca a importância de continuar o desenvolvimento do país com distribuição de renda e educação de qualidade. Defende que as eleições de 2006 serão um confronto entre o passado, representado pelas forças conservadoras, e o futuro representado pelas forças progressistas comprometidas com um projeto de desenvolvimento popular, democrático e soberano. O plano propõe seis eixos para continuar as mudanças iniciadas no primeiro mandato de Lula.
O documento discute as políticas públicas de educação no Brasil ao longo da história. Aborda o histórico da educação no período colonial e imperial, a criação dos três poderes e a democratização no século XX, e as leis e programas implementados pelos governos do PT, como o FUNDEB, Bolsa Família e Universidade para Todos. Conclui que, apesar dos esforços, a qualidade da educação brasileira permaneceu baixa.
1) O documento critica os monopólios e a patronal no Brasil por enriquecerem às custas da exploração dos trabalhadores.
2) Defende a necessidade de unir as filas operárias e parar o ataque dos exploradores.
3) Pede para preparar condições de luta como nos movimentos de trabalhadores no Norte da África, Oriente Médio e Chile.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
O documento descreve as transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil nos últimos 12 anos sob governos do PT, incluindo a redução da pobreza e desigualdade, aumento do emprego e salários, e expansão de políticas sociais. A candidata Dilma propõe dar continuidade a esse modelo, focando também na competitividade produtiva por meio de investimentos em infraestrutura, educação e inovação.
Lula foi eleito presidente em 2002 após várias tentativas, prometendo acabar com a fome e miséria no Brasil. Seu governo expandiu programas sociais como Bolsa Família e enfrentou escândalos de corrupção. Foi reeleito em 2006 e lançou o PAC, mas a crise global afetou o crescimento econômico. Lula deixou o cargo em 2010 com alta popularidade e conseguiu eleger sua sucessora.
Caderno de resoluçõesdo II Congresso Nacional da CSP-CONLUTASClaiton Santos
O documento discute a crise econômica mundial desde 2008 e suas consequências, incluindo o aumento da desigualdade e da resistência dos trabalhadores. Também aborda questões como a imigração para a Europa e situação política na América Latina e Oriente Médio, com ênfase na continuidade das lutas dos trabalhadores em meio aos desafios.
Declaração do Comitê Pela Refundação da IV de Junhocomiteiv
O documento convoca a juventude operária e estudantes combativos da América Latina a se unirem aos movimentos revolucionários na Espanha e no Norte da África e Oriente Médio. Defende a realização de um Congresso Nacional de Trabalhadores para lutar contra o ataque do governo Dilma aos direitos dos trabalhadores e pela educação e saúde públicas e gratuitas.
Estudo dirigido sobre os governos do presidente Lula e da presidente Dilma.
Destaquei os respectivos senários políticos, sociais e medidas econômicas. Também listei os principais casos de corrupção nos dois mandatos de Luís Inácio e no primeiro governo de Dilma Rousseff,
Governo Lula-Dilma: Uma análise Econômica do períodoManoel Romão
1. O documento analisa as políticas econômicas dos governos Lula e Dilma entre 2003-2012, incluindo os três modelos econômicos dos mandatos petistas.
2. No governo Lula, houve melhorias sociais e na distribuição de renda, mas a política econômica inicial manteve o modelo anterior com foco em âncoras monetária, cambial e fiscal.
3. No segundo mandato de Lula, o PAC investiu em infraestrutura e houve maior atuação estatal na economia liderada por Dilma Rousseff.
O documento discute a conjuntura política e econômica atual no Brasil e no mundo. Aponta que o capitalismo está em crise e intensifica a exploração dos trabalhadores. No Brasil, o governo ilegítimo realiza ataques à classe trabalhadora por meio de reformas previdenciária e trabalhista. A dificuldade em mobilizar os trabalhadores é atribuída ao apassivamento promovido pelos governos petistas. Defende a construção de uma frente anticapitalista para lutar contra esses ataques.
Sinopse
O leitor tem em mãos um livro demolidor. As políticas econômica e social do governo Lula são analisadas à luz de inovações metodológicas e conceituais concebidas com grande rigor, sem exageros, sem chavões e sem adjetivação. Surge uma imagem desoladora. A eleição de Lula à Presidência da República foi a operação política conservadora mais bem-sucedida da nossa história, pois deu novo fôlego a um modelo que estava esgotado. Seus resultados comprometem o futuro do Brasil. Isso tem sido parcialmente mascarado pelos efeitos de uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável, que não persistirá para sempre. Quando essa conjuntura mudar, todos os nossos problemas estruturais estarão agigantados. Nunca antes neste país houve tanta mistificação. Não é verdade que a vulnerabilidade externa tenha diminuído, quando comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o crescimento das exportações sinalize uma inserção internacional mais virtuosa, pois estamos vivendo mais um episódio de adaptação passiva e regressiva ao sistema econômico internacional. A indústria de transformação perde dinamismo, com fortalecimento dos setores intensivos em recursos naturais e desarticulação de cadeias produtivas. Na pauta de exportações, têm peso crescente os bens de baixo valor agregado. Há perda de eficiência sistêmica. Nossas taxas de crescimento são inferiores à média internacional. Estamos ficando para trás. Quando se consideram, em conjunto, as seis variáveis macroeconômicas mais importantes, Lula obtém o quarto pior índice de desempenho presidencial da nossa história republicana. E sua política social, centrada no Programa Bolsa Família, é uma grosseira mistificação. Ao contrário do que se diz, não está em curso um processo de distribuição de renda, pois os rendimentos do trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente, como proporção da renda nacional. Com a adesão do Partido dos Trabalhadores ao sistema tradicional de poder, chegou ao fim o impulso transformador que surgiu nas lutas pela redemocratização do país. A política brasileira apequenou-se ainda mais. Sem disputa de projetos, o sistema político faliu. Foi despolitizado, reduzido a doses cavalares de marketing e a um conjunto de pequenos acordos, tudo a serviço da conquista e da preservação de posições de poder. Nunca foi tão grande, na sociedade, o sentimento difuso de desimportância em relação à política institucional. O governo que, na origem, prometia mudanças tornou-se o governo do cinismo e da passividade.
Os 8 anos do governo Lula marcaram de forma significativa a história política do Brasil. Figura muito importante e polêmica, Lula participou de muitas eleições antes de chegar ao poder. De 2002 a 2010, finalmente no comando, governou para o povo, representando um dos governos mais populistas do país por manter seu foco principal nas classes menos favorecidas, conquistando a simpatia, gratidão e identificação com muitos brasileiros.
Brasil em Debate - volume 2: Desenvolvimento, Trabalho e Renda no Brasil - Av...Edinho Silva
Brasil em Debate - volume 2: Desenvolvimento, Trabalho e Renda no Brasil - Avanços recentes no emprego e na distribuição dos rendimentos
Autores: POCHMANN, Marcio
Sinopse:
Com a formação do governo Lula, o tema da plena ocupação da mão de obra e da injustiça na repartição da renda retornou à agenda nacional. Neste volume de Brasil em Debate, os rumos do trabalho antes e durante a hegemonia do neoliberalismo no país; o ponto de ruptura realizado pelo governo Lula em relação à regressão neoliberal do trabalho e o novo ciclo de desenvolvimento nacional; e os desafios das políticas públicas diante das profundas transformações do mundo do trabalho no país.
Fundação Perseu Abramo
As eleições presidenciais de 2002 marcaram a primeira vez que um candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito presidente do Brasil. Seu governo implementou programas sociais como "Fome Zero" para combater a desigualdade social. Lula também continuou políticas econômicas anteriores que promoveram o crescimento, porém seu governo enfrentou escândalos de corrupção como o "Mensalão".
O documento faz um balanço das eleições presidenciais no Brasil de 2014 e critica as forças de esquerda reformista que apoiaram a farsa eleitoral. Argumenta que essas forças não ofereceram uma alternativa real aos trabalhadores e que seu programa era basicamente o mesmo do Partido dos Trabalhadores no poder. Conclui que o regime burguês sai fortalecido das eleições.
Michel Temer que, da mesma forma que Dilma Rousseff, é responsável pelo desastre econômico e social que atinge violentamente o País. A trajetória futura do Brasil é de instabilidade crescente porque o governo Michel Temer não solucionará os problemas econômicos do País, fato este que fará com que perca o apoio das classes dominantes e da maioria eventual que possui atualmente no Parlamento. O governo Temer poderá ser levado a uma situação similar à do governo Dilma Rousseff que era rejeitado pelas classes dominantes, pela maioria do Parlamento e pela maioria da população. Tudo isto pode fazer com que Michel Temer não conclua o seu mandato em 2018 e seja obrigado a antecipar as eleições presidenciais ou convocar uma Assembleia Constituinte Exclusiva para realizar a reforma política, da administração pública e do Estado no Brasil.
Brasil – o resultado da marolinha do lulaCIRINEU COSTA
O documento resume a crise econômica e política no Brasil em 2015-2016. Aponta que o PIB brasileiro recuou 3,8% em 2015, com queda na indústria e serviços, enquanto a agropecuária cresceu. Critica a gestão do PT por corrupção, aumento de cargos políticos e ineficiência, levando ao colapso da economia e da Petrobras. Defende reformas para reduzir gastos e aumentar a eficiência do Estado.
O documento defende a luta dos trabalhadores contra a exploração e as demissões, exigindo emprego, salários e direitos dignos para todos. Pede a dissolução da polícia repressiva e a formação de comitês de autodefesa operária. Denuncia as negociações entre sindicatos e patrões que prejudicam os trabalhadores.
O documento resume os principais acontecimentos dos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil de 2002 a 2010, incluindo a criação de programas sociais, taxas de crescimento econômico, reformas, escândalos, eleições presidenciais e políticas externas.
Na fase atual de desenvolvimento do capitalismo no Brasil, a governabilidade só será assegurada se seus governantes garantirem a continuidade do processo de acumulação capitalista em benefício da burguesia e se houver crescente redistribuição da renda em benefício das classes subalternas (pequena burguesia, proletariado urbano e rural e lumpemproletariado). Pelo exposto, a ingovernabilidade, que é o domínio da desordem, será inevitável no governo Dilma Roussef porque ela não terá condições de assegurar a continuidade do processo de acumulação capitalista e da redistribuição da renda em benefício das classes subalternas. A ingovernabilidade tende a gerar instabilidade político-institucional de consequências imprevisíveis em um país dividido como o Brasil. Este é o preço que o povo brasileiro decidiu pagar ao eleger Dilma Roussef como presidente da República.
Governo dilma rousseff é fator de instabilidade político institucional do brasilFernando Alcoforado
O documento discute a falta de governabilidade do governo Dilma Rousseff no Brasil. De acordo com o autor, Dilma perdeu o apoio da maioria da população e das classes sociais, colocando em risco a continuidade do processo de acumulação capitalista e redistribuição de renda. Além disso, a estagnação econômica reduz as receitas do governo e aumenta o desemprego, levando o país à ingovernabilidade e instabilidade política.
Este documento apresenta o plano de governo de Lula para o período de 2007 a 2010. O plano destaca a importância de continuar o desenvolvimento do país com distribuição de renda e educação de qualidade. Defende que as eleições de 2006 serão um confronto entre o passado, representado pelas forças conservadoras, e o futuro representado pelas forças progressistas comprometidas com um projeto de desenvolvimento popular, democrático e soberano. O plano propõe seis eixos para continuar as mudanças iniciadas no primeiro mandato de Lula.
O documento discute as políticas públicas de educação no Brasil ao longo da história. Aborda o histórico da educação no período colonial e imperial, a criação dos três poderes e a democratização no século XX, e as leis e programas implementados pelos governos do PT, como o FUNDEB, Bolsa Família e Universidade para Todos. Conclui que, apesar dos esforços, a qualidade da educação brasileira permaneceu baixa.
1) O documento critica os monopólios e a patronal no Brasil por enriquecerem às custas da exploração dos trabalhadores.
2) Defende a necessidade de unir as filas operárias e parar o ataque dos exploradores.
3) Pede para preparar condições de luta como nos movimentos de trabalhadores no Norte da África, Oriente Médio e Chile.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
O documento descreve as transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil nos últimos 12 anos sob governos do PT, incluindo a redução da pobreza e desigualdade, aumento do emprego e salários, e expansão de políticas sociais. A candidata Dilma propõe dar continuidade a esse modelo, focando também na competitividade produtiva por meio de investimentos em infraestrutura, educação e inovação.
Lula foi eleito presidente em 2002 após várias tentativas, prometendo acabar com a fome e miséria no Brasil. Seu governo expandiu programas sociais como Bolsa Família e enfrentou escândalos de corrupção. Foi reeleito em 2006 e lançou o PAC, mas a crise global afetou o crescimento econômico. Lula deixou o cargo em 2010 com alta popularidade e conseguiu eleger sua sucessora.
Caderno de resoluçõesdo II Congresso Nacional da CSP-CONLUTASClaiton Santos
O documento discute a crise econômica mundial desde 2008 e suas consequências, incluindo o aumento da desigualdade e da resistência dos trabalhadores. Também aborda questões como a imigração para a Europa e situação política na América Latina e Oriente Médio, com ênfase na continuidade das lutas dos trabalhadores em meio aos desafios.
Declaração do Comitê Pela Refundação da IV de Junhocomiteiv
O documento convoca a juventude operária e estudantes combativos da América Latina a se unirem aos movimentos revolucionários na Espanha e no Norte da África e Oriente Médio. Defende a realização de um Congresso Nacional de Trabalhadores para lutar contra o ataque do governo Dilma aos direitos dos trabalhadores e pela educação e saúde públicas e gratuitas.
Estudo dirigido sobre os governos do presidente Lula e da presidente Dilma.
Destaquei os respectivos senários políticos, sociais e medidas econômicas. Também listei os principais casos de corrupção nos dois mandatos de Luís Inácio e no primeiro governo de Dilma Rousseff,
Governo Lula-Dilma: Uma análise Econômica do períodoManoel Romão
1. O documento analisa as políticas econômicas dos governos Lula e Dilma entre 2003-2012, incluindo os três modelos econômicos dos mandatos petistas.
2. No governo Lula, houve melhorias sociais e na distribuição de renda, mas a política econômica inicial manteve o modelo anterior com foco em âncoras monetária, cambial e fiscal.
3. No segundo mandato de Lula, o PAC investiu em infraestrutura e houve maior atuação estatal na economia liderada por Dilma Rousseff.
O documento discute a conjuntura política e econômica atual no Brasil e no mundo. Aponta que o capitalismo está em crise e intensifica a exploração dos trabalhadores. No Brasil, o governo ilegítimo realiza ataques à classe trabalhadora por meio de reformas previdenciária e trabalhista. A dificuldade em mobilizar os trabalhadores é atribuída ao apassivamento promovido pelos governos petistas. Defende a construção de uma frente anticapitalista para lutar contra esses ataques.
Sinopse
O leitor tem em mãos um livro demolidor. As políticas econômica e social do governo Lula são analisadas à luz de inovações metodológicas e conceituais concebidas com grande rigor, sem exageros, sem chavões e sem adjetivação. Surge uma imagem desoladora. A eleição de Lula à Presidência da República foi a operação política conservadora mais bem-sucedida da nossa história, pois deu novo fôlego a um modelo que estava esgotado. Seus resultados comprometem o futuro do Brasil. Isso tem sido parcialmente mascarado pelos efeitos de uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável, que não persistirá para sempre. Quando essa conjuntura mudar, todos os nossos problemas estruturais estarão agigantados. Nunca antes neste país houve tanta mistificação. Não é verdade que a vulnerabilidade externa tenha diminuído, quando comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o crescimento das exportações sinalize uma inserção internacional mais virtuosa, pois estamos vivendo mais um episódio de adaptação passiva e regressiva ao sistema econômico internacional. A indústria de transformação perde dinamismo, com fortalecimento dos setores intensivos em recursos naturais e desarticulação de cadeias produtivas. Na pauta de exportações, têm peso crescente os bens de baixo valor agregado. Há perda de eficiência sistêmica. Nossas taxas de crescimento são inferiores à média internacional. Estamos ficando para trás. Quando se consideram, em conjunto, as seis variáveis macroeconômicas mais importantes, Lula obtém o quarto pior índice de desempenho presidencial da nossa história republicana. E sua política social, centrada no Programa Bolsa Família, é uma grosseira mistificação. Ao contrário do que se diz, não está em curso um processo de distribuição de renda, pois os rendimentos do trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente, como proporção da renda nacional. Com a adesão do Partido dos Trabalhadores ao sistema tradicional de poder, chegou ao fim o impulso transformador que surgiu nas lutas pela redemocratização do país. A política brasileira apequenou-se ainda mais. Sem disputa de projetos, o sistema político faliu. Foi despolitizado, reduzido a doses cavalares de marketing e a um conjunto de pequenos acordos, tudo a serviço da conquista e da preservação de posições de poder. Nunca foi tão grande, na sociedade, o sentimento difuso de desimportância em relação à política institucional. O governo que, na origem, prometia mudanças tornou-se o governo do cinismo e da passividade.
Os 8 anos do governo Lula marcaram de forma significativa a história política do Brasil. Figura muito importante e polêmica, Lula participou de muitas eleições antes de chegar ao poder. De 2002 a 2010, finalmente no comando, governou para o povo, representando um dos governos mais populistas do país por manter seu foco principal nas classes menos favorecidas, conquistando a simpatia, gratidão e identificação com muitos brasileiros.
Brasil em Debate - volume 2: Desenvolvimento, Trabalho e Renda no Brasil - Av...Edinho Silva
Brasil em Debate - volume 2: Desenvolvimento, Trabalho e Renda no Brasil - Avanços recentes no emprego e na distribuição dos rendimentos
Autores: POCHMANN, Marcio
Sinopse:
Com a formação do governo Lula, o tema da plena ocupação da mão de obra e da injustiça na repartição da renda retornou à agenda nacional. Neste volume de Brasil em Debate, os rumos do trabalho antes e durante a hegemonia do neoliberalismo no país; o ponto de ruptura realizado pelo governo Lula em relação à regressão neoliberal do trabalho e o novo ciclo de desenvolvimento nacional; e os desafios das políticas públicas diante das profundas transformações do mundo do trabalho no país.
Fundação Perseu Abramo
As eleições presidenciais de 2002 marcaram a primeira vez que um candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito presidente do Brasil. Seu governo implementou programas sociais como "Fome Zero" para combater a desigualdade social. Lula também continuou políticas econômicas anteriores que promoveram o crescimento, porém seu governo enfrentou escândalos de corrupção como o "Mensalão".
O documento faz um balanço das eleições presidenciais no Brasil de 2014 e critica as forças de esquerda reformista que apoiaram a farsa eleitoral. Argumenta que essas forças não ofereceram uma alternativa real aos trabalhadores e que seu programa era basicamente o mesmo do Partido dos Trabalhadores no poder. Conclui que o regime burguês sai fortalecido das eleições.
Michel Temer que, da mesma forma que Dilma Rousseff, é responsável pelo desastre econômico e social que atinge violentamente o País. A trajetória futura do Brasil é de instabilidade crescente porque o governo Michel Temer não solucionará os problemas econômicos do País, fato este que fará com que perca o apoio das classes dominantes e da maioria eventual que possui atualmente no Parlamento. O governo Temer poderá ser levado a uma situação similar à do governo Dilma Rousseff que era rejeitado pelas classes dominantes, pela maioria do Parlamento e pela maioria da população. Tudo isto pode fazer com que Michel Temer não conclua o seu mandato em 2018 e seja obrigado a antecipar as eleições presidenciais ou convocar uma Assembleia Constituinte Exclusiva para realizar a reforma política, da administração pública e do Estado no Brasil.
Brasil – o resultado da marolinha do lulaCIRINEU COSTA
O documento resume a crise econômica e política no Brasil em 2015-2016. Aponta que o PIB brasileiro recuou 3,8% em 2015, com queda na indústria e serviços, enquanto a agropecuária cresceu. Critica a gestão do PT por corrupção, aumento de cargos políticos e ineficiência, levando ao colapso da economia e da Petrobras. Defende reformas para reduzir gastos e aumentar a eficiência do Estado.
O documento defende a luta dos trabalhadores contra a exploração e as demissões, exigindo emprego, salários e direitos dignos para todos. Pede a dissolução da polícia repressiva e a formação de comitês de autodefesa operária. Denuncia as negociações entre sindicatos e patrões que prejudicam os trabalhadores.
O documento resume os principais acontecimentos dos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil de 2002 a 2010, incluindo a criação de programas sociais, taxas de crescimento econômico, reformas, escândalos, eleições presidenciais e políticas externas.
Na fase atual de desenvolvimento do capitalismo no Brasil, a governabilidade só será assegurada se seus governantes garantirem a continuidade do processo de acumulação capitalista em benefício da burguesia e se houver crescente redistribuição da renda em benefício das classes subalternas (pequena burguesia, proletariado urbano e rural e lumpemproletariado). Pelo exposto, a ingovernabilidade, que é o domínio da desordem, será inevitável no governo Dilma Roussef porque ela não terá condições de assegurar a continuidade do processo de acumulação capitalista e da redistribuição da renda em benefício das classes subalternas. A ingovernabilidade tende a gerar instabilidade político-institucional de consequências imprevisíveis em um país dividido como o Brasil. Este é o preço que o povo brasileiro decidiu pagar ao eleger Dilma Roussef como presidente da República.
Governo dilma rousseff é fator de instabilidade político institucional do brasilFernando Alcoforado
O documento discute a falta de governabilidade do governo Dilma Rousseff no Brasil. De acordo com o autor, Dilma perdeu o apoio da maioria da população e das classes sociais, colocando em risco a continuidade do processo de acumulação capitalista e redistribuição de renda. Além disso, a estagnação econômica reduz as receitas do governo e aumenta o desemprego, levando o país à ingovernabilidade e instabilidade política.
2201 a precariedade suprema no capitalismo do século xxiGRAZIA TANTA
O documento descreve a precariedade crescente no capitalismo do século XXI, com mais pessoas vivendo em condições precárias e sem proteções sociais adequadas. Grandes massas da população enfrentam baixos salários, desemprego, dívidas e privação de direitos políticos. Os governos priorizam os interesses das grandes empresas em detrimento das necessidades da população.
A instabilidade política tem assumido grandes proporções nos últimos tempos com a delação de investigados pela Operação Lava Jato que compromete não apenas a classe política do País, mas, principalmente os poderes executivo e legislativo da República que estão totalmente desmoralizados e contribuem para inviabilizar os esforços do governo Michel Temer para recuperar a extremamente deteriorada economia brasileira. A esta situação soma-se o fato de Michel Temer ser tão rejeitado quanto Dilma Rousseff pela população, tornando-o incapaz de exigir sacrifícios da população ao adotar as duras medidas necessárias para superação da crise econômica que afetarão os interesses, sobretudo, da classe média e do proletariado urbano e rural que tenderão a se rebelar tornando o País ingovernável. Pelo exposto, a ingovernabilidade, que é o domínio da desordem, será inevitável no governo Michel Temer. Esta situação tende a gerar convulsão social e instabilidade político-institucional com consequências imprevisíveis que requererá a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva para reordenar a vida nacional diante da falência do sistema político em vigor no Brasil.
1) O Brasil está politicamente dividido entre apoiadores e opositores do PT.
2) A vitória de Dilma Roussef trouxe instabilidade política devido à falta de apoio da maioria da população.
3) O documento discute três cenários políticos futuros para o Brasil: domínio total do Estado pelo PT, governabilidade de Dilma ao conquistar apoio de outros partidos, ou agravamento da crise levando a instabilidade institucional.
O Brasil é hoje um país dividido entre petismo e antipetismo que se traduziu nas últimas eleições presidenciais. Tomando por base os resultados das eleições presidenciais em seu primeiro turno, constata-se que os partidários do PT representam 41,59% (eleitores de Dilma Roussef). A diferença (58,41%) representa o posicionamento de oponentes do PT que não aceitam a política posta em prática por este partido e seus dirigentes na condução dos destinos da nação. A existência de um país dividido e radicalizado que se registra no momento faz com que se torne uma tarefa de difícil realização para Dilma Roussef governar o Brasil. A permanência do PT no poder com a vitória de Dilma Roussef no segundo turno das eleições se constitui em fator de instabilidade político institucional porque sem o apoio da maioria da nação ela perdeu a condição de governar a nação. Dilma Roussef passou a ser uma cópia de Nicolas Maduro na presidência da Venezuela que enfrenta sérios problemas de governabilidade em seu país profundamente dividido. A governabilidade de um país por um governante não depende apenas da legitimidade obtida com a vitória nas eleições presidenciais, mas fundamentalmente do apoio efetivo da grande maioria da nação.
A governabilidade de um país só é alcançada quando o governo possui maioria parlamentar para implementar suas políticas e conta com o apoio da grande maioria da população e das diversas classes sociais. O governo Dilma Rousseff parece não mais possuir as condições necessárias para governar o Brasil, não apenas pelo fato de não contar com o apoio da maioria parlamentar no Congresso Nacional, mas também pelo fato de não mais possuir o apoio da maioria da nação que lhe possibilitou vencer as últimas eleições presidenciais.
O documento discute a pobreza rural no Brasil e as visões equivocadas sobre o assunto. Apresenta dados mostrando a concentração da produção agrícola e renda em poucas propriedades enquanto a maioria das propriedades rurais gera pouca renda. Critica as visões de que não há solução agrícola para a pobreza rural e que a concentração fundiária é a causa, argumentando que a tecnologia é fator mais importante atualmente. Defende novas políticas públicas para ajudar os pequenos produtores rura
As políticas sociais compensatórias e os governos de esquerda da américa latinaFabricio Rocha
1) As políticas sociais compensatórias são responsáveis pela popularidade dos governos de esquerda na América Latina, como o Bolsa Família no Brasil.
2) Esses programas também se tornaram instrumentos de controle político através da dependência que criam na população.
3) Embora defendidos por instituições como o Banco Mundial, esses programas não resolvem os problemas estruturais e não diminuem a miséria a longo prazo.
Nacionalização da banca piada ou mistificaçãoGRAZIA TANTA
O documento discute a proposta da esquerda institucional portuguesa de nacionalizar o sistema bancário e de seguros do país. Em três frases, o texto argumenta que: (1) a proposta não é viável dada a presença maciça de capitais estrangeiros nos bancos portugueses e as regras da UE; (2) as nacionalizações de 1975 beneficiaram a burguesia em vez dos trabalhadores e a proposta atual teria o mesmo resultado; (3) a esquerda institucional não define como lidaria com questões complexas como indemn
Documento publicado pelas centrais sindicais brasileiras alusivo ao 7 de setembro data da independência do Brasil marcada por anúncio de manifestações de caráter anti democrático
1. O documento discute a convergência entre capitalismo e socialismo em um novo sistema chamado sociocapitalismo.
2. Este sistema será baseado em e-democracia direta, estatização estratégica e um fundo de capital social dos trabalhadores.
3. Defensores acreditam que o sociocapitalismo trará mais igualdade e prosperidade compartilhada através da participação dos trabalhadores nos lucros.
Os capitalistas, com sua sede de lucros e com o saque da nação, levaram o Brasil à bancarrota. O governo de Dilma do PT é quem encabeça o ataque contra os trabalhadores, com o apoio de todos os políticos patronais, a serviço do imperialismo e do FMI. A burocracia sindical desorganizou o movimento operário e dividiu os trabalhadores das massas nas ruas para impedir uma resposta geral contra o ataque. A "Agenda Brasil" é o plano de ataque de Dilma e Temer para garantir
1) O documento resume uma análise de conjuntura realizada durante uma plenária nacional de entidades de base em 2012. 2) A análise discute a crise mundial, a situação na América Latina e no Brasil, e os desafios enfrentados pela classe trabalhadora, como a educação e a juventude. 3) Diferentes participantes contribuem com a análise, debatendo temas como a Rio+20, eleições nos EUA e Venezuela, e os esforços para organizar a luta da classe trabalhadora.
O documento discute as políticas públicas no Brasil, dividindo o assunto em três blocos: 1) A herança das políticas públicas no Brasil, caracterizada pelo Estado desenvolvimentista, conservador, centralizador e autoritário, com foco no crescimento econômico em vez do bem-estar social. 2) As novas tendências da economia mundial como a globalização, reestruturação produtiva e financeirização da riqueza e suas repercussões nas políticas públicas brasileiras. 3) Os desafios e oportunidades para o movimento
Para James K. Galbraith, autor do livro L´État Prédateur, o Estado Predador tem por base uma classe empenhada em apoderar-se do Estado, não por razões ideológicas, mas simplesmente para que isso lhes traga, individualmente ou como grupo, o máximo de dinheiro, o mínimo de incômodo ao exercício do seu o poder, e no caso de alguma coisa correr mal, o papel do Estado é o de ir em seu socorro. Apesar da retórica em defesa do Estado mínimo, não lhes interessa a redução do Estado pois, sem seu apoio, a concretização dos seus objetivos estaria fortemente comprometida. A sua razão de ser é fazer dinheiro à custa do Estado. Ao Governo é reservado o papel de adotar políticas de redução dos rendimentos dos trabalhadores e de cortes nos serviços públicos, ao mesmo tempo em que faz concessões milionárias a companhias que ajudam a eleger os detentores do poder estatal. O Governo deve socorrer as grandes empresas quando necessário e deve recusar-se a apoiar os cidadãos comuns. E tudo isto acontece, segundo James K. Galbraith, não como anomalias ou desvios, mas sim como condições centrais de funcionamento do sistema.
Jornal do PT e da Fundação Perseu Abramo que sintetiza os principais pontos do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil. O plano do PT e do povo para trazer a esperança de volta ao país.
Socializamos com os companheiros a Analise de Conjuntura feita por Marcio Porchmann na reunião da Direção Nacional da CUT.
Pochmann dividiu a fala dele em três partes: A crise internacional do capitalismo, o Brasil e o mundo, e o governo Dilma
1) O documento analisa a crise política e econômica no Brasil no contexto da crise mundial do capitalismo;
2) Argumenta que o PT desenvolveu uma política de colaboração de classes que levou ao impeachment de Dilma pela burguesia;
3) Defende que a luta deve ser contra o regime político golpista e não apenas pela saída de Temer, e critica as propostas de eleições antecipadas e frente de esquerda como tentativas de desviar a luta e legitimar o golpe.
Brasil cenários futuros de um país radicalizado e divididoFernando Alcoforado
O documento discute a situação política dividida e radicalizada do Brasil após as eleições presidenciais de 2014. Apoiantes do PT representam 41,59% dos eleitores, enquanto 58,41% se opõem às políticas do partido. Seja quem for eleito, enfrentará dificuldades para governar sem apoio da maioria e reunir o país em torno de um projeto comum.
Semelhante a PSTU Gaúcho - Programa de Governo 2010 (20)
Brasil cenários futuros de um país radicalizado e dividido
PSTU Gaúcho - Programa de Governo 2010
1.
2. A té hoje, todos os governos, no Brasil e no RS,
não só tem sido compostos pelos poderosos
e seus representantes, mas também tem
beneficiado apenas os banqueiros, os grandes
industriais e os latifundiários. Parafraseando o
próprio Presidente da República, nunca antes na
história deste país, os banqueiros e demais grandes
empresários ganharam tanto quanto sob o governo
Lula. Enquanto que o povo pobre vive na miséria e são
obrigados a alimentarem-se das migalhas que caem
da mesa do banquete que os governos federal e
estaduais promovem com os grandes empresários
para peneficiá-los com o dinheiro público.
convencer o povo trabalhador da necessidade de
No RS isto não é diferente. Nesta eleição existe entre construir um governo socialista dos trabalhadores
Yeda, Fogaça e Tarso uma falsa polarização política. E formado por um conselho popular, que seja sua
se qualquer um deles chegar ao governo tudo instância máxima de deliberação. Única maneira de
continuará igual. Até porque, programaticamente resolver definitivamente os problemas que afetam a
não possuem qualquer diferença substancial. Para maioria da população.
citar apenas um exemplo, possuem o mesmo projeto
de reforma do Estado, pois, o PDE(Plano de Mas para realizar este projeto é preciso inverter esta
Desenvolvimento da Educação) do governo Lula, do correlação de forças atualmente existentes, através
qual fazem parte Tarso e Fogaça, é a matriz do projeto da mobilização de todo o povo na defesa de seus
de Yeda - de cujo governo participa o PMDB - de interesses, construindo conselhos populares que
implantação da meritocracia nos planos de carreira, substituam estas instituições podres do regime, e se
através do acordo com o Banco Mundial em troca de constituam em um governo socialista dos
R$ 1,1 bilhão do ajuste. trabalhadores.
A verdadeira polarização que existe, portanto, é entre
UM GOVERNO RADICALMENTE DEMOCRÁTICO
o projeto comum a todos eles e o projeto de um
governo socialista dos trabalhadores que só será
O governo socialista dos trabalhadores, constituir-se-
possivel de realizar mediante o enfrentamento aos
á de trabalhadores, eleitos em assembleias
poderosos do estado e do país.
populares, nas fábricas, nas lojas, nas escolas e
universidades, nos quarteis, nos acampamentos de
Para inverter esta lógica, lançamos nossas
sem terra e nos assentamentos, nas fazendas e
candidaturas próprias baseadas num programa
empresas rurais, nas regioes e bairros pobres e
classista e socialista, para construir um governo do
populares. Cada cidade ou região terão seus
povo, um governo socialista dos trabalhadores,
conselhos populares, e todo o estado terá um
constituido por conselhos operários e populares em
conselho central orgão máximo do governo, eleitos
todo o Estado, que não surgem por decreto, mas que
nas assembleias populares regionais, com mandatos
se desenvolvem no calor das mobilizações quando
revogáveis a qualquer momento pelas assembléias
parte significativa do povo perde as ilusões nestas
que os elejeram, com poder de decisão de toda a
instituições podres e tomam em suas mãos as tarefas
política do estado, ao qual se subordinam o
de construção de um outro estado.
governador e vice e todos os membros do governo,
especialmente os secretarios que podem, a qualquer
Sabendo disso, vamos fazer parte das eleições com
momento, ser indicados, nomeados e destituidos por
que propósito? Disputar o voto e a consciência dos
este conselho que constitui-se no governo socialista
trabalhadores para o programa socialista, buscando
dos trabalhadores.
3. OS TRABALHADORES GAÚCHOS
NÃO DEVEM PAGAR PELA CRISE!
A Economia é a base para o desenvolvimento das produção cresceu 24,8% na agropecuária, na indús-
relações sociais. Em uma sociedade de classes como a tria de transformação houve queda de 14,6%. Quanto
nossa, o desenvolvimento e a dinâmica da produção, ao destino das exportações, destaque para China, que
bem como seus momentos de ascensão e queda são se tornou o principal importador dos produtos
elementos que definem, em um importante grau, a gaúchos, com 15% do valor, seguido pela Argentina
dinâmica entre as classes em conflito. (14%). Os Estados Unidos caíram da liderança para o
terceiro lugar, com decréscimo de 49,1%. Isto
No Rio Grande do Sul podemos observar o fortaleci- demonstra o quanto a nossa economia é dependente
mento das multinacionais, cujo maior emblema é a das exportações e da estabilidade do capitalismo
GM. O agronegócio, baseado no sistema latifundiário mundial.
de divisão da terra, ganha cada vez mais força e
aprofunda suas bases no Estado a cada governo que A crise econômica mundial atingiu as empresas
passa. Esta dinâmica mais geral, de predomínio da imperialistas, nacionais e gaúchas. A indústria de
agricultura como o setor mais importante e lucrativo implementos agrícolas e de calçados foi bastante
do Estado, se expressa, no aumento maior no PIB do afetada, acarretando no fechamento de empresas e
setor agropecuário, em que pese grandes quedas demissões, piorando a vida do povo e suas condições
verificadas entre 2004 e 2005, compensadas por de existência. Em 2009, na região metropolitana, a
grandes crescimentos como o ocorrido em 2006, de população acima de 10 anos apresentou crescimento
50,1%. de 2,3%, chegando a 3.470 mil indivíduos. Por sua vez,
a parcela desta população, que se encontra economi-
Estes dados mostram, também, que em 2009 a camente ativa, caiu 1,2%, passando para 2.016 mil
indústria foi o setor mais atingido pela crise internaci- pessoas. A taxa de desemprego total é de 11,1%. Ou
onal, registrando, segundo a FEE, uma queda de 5,3%, seja, são 224 mil pessoas desempregadas na Região
que representa a menor taxa da década. Esse desem- metropolitana.
penho foi resultado, principalmente, da grande
redução na indústria de transformação (-9,3%), que A dinâmica da economia mundial demonstra, com a
foi a atividade mais afetada pela crise que se abateu crise na Europa e a desaceleração da economia
sobre o Estado a partir dos últimos meses de 2008. chinesa, por exemplo, que é inevitável uma próxima
crise e, com toda certeza, assim como em 2008/09,
Os distintos setores da economia gaúcha tiveram ela não poupará o Brasil e o Rio Grande. Nossa luta é
desempenhos diferentes: enquanto o volume da para que os trabalhadores e trabalhadoras não
paguem a conta!
4. NÃO AO PAGAMENTO DA DÍVIDA
DO ESTADO COM A UNIÃO!
Por uma política econômica voltada para os interesses dos trabalhadores!
Desde a vitória de Britto até hoje, passando pela gestão da frente popular, nós
não chegamos ao governo Yeda por acaso. Foram quatro governos: Britto,
Olívio, Rigotto, Yeda. Britto cumpriu o principal dos objetivos do grande
capital. Privatizou as principais empresas estatais impondo uma derrota
importante aos trabalhadores gaúchos. E os triunfos da burguesia do
Estado e imperialista assentaram-se sobre as traições do governo
de frente popular, que frustrou a esperança do povo e, combi-
nada com a ausência de uma alternativa de esquerda,
conduziu os gaúchos para alternativas burguesas e à
eleição de Yeda em 2006.
O Governo Yeda, sem dúvida alguma, foi o que mais
avançou nos planos de ajustes neoliberais e enxugue do
Estado, beneficiando às grandes empresas com isenções
fiscais absurdas e sua política do déficit zero. Medidas
extremamente necessárias para estabilizar a economia
capitalista em tempos de crise.
A dívida com a União, acertada em acordos com o FMI, consome ao
redor de 18% da receita líquida do estado, o que soma algo em torno de
R$ 13 bilhões. Só em 2008, foram pagos R$ 2,146 bilhões de juros e
amortizações, o que representou 17,6% da receita líquida. Sem contar
com R$ 1,033 bilhão de amortizações pagos com o empréstimo do
Banco Mundial.
Importante ressaltar que em 1990, a dívida do Estado era de R$
4,8 bilhões e, ao final de 1998, quando foi renegociada, já era
de R$ 13,4 bilhões, devido às altas taxas de juros cobradas pelo
governo federal, e ao empréstimo de R$ 2,3 bilhões para a
reestruturação do sistema financeiro estadual. Em 2009 a dívida atingiu
o montante de R$ 39 bilhões.
Este dinheiro, produto do suor dos trabalhadores, grandes sonegadores, que mereceriam ter seus bens
subtraído aos cofres públicos por uns poucos, pode confiscados e ser trancafiados atrás das grades.
ser investido nos setores sociais como saúde, educa- Estima-se que a sonegação fiscal chega ao valor total
ção e segurança. Ao contrário, a política do governo de impostos recolhidos (só de ICMS, o orçamento do
desde Britto, passando pela Frente Popular até o estado recolhe cerca de R$ 13 bilhões). Segundo
Governo Yeda, segue sendo o de corte de verbas, especialistas, a cada um real arrecado, outro é sone-
incentivos fiscais e enxugue de pessoal para reduzir a gado.
folha de pagamento. Ou seja, aplicar a cartilha do
Banco Mundial e Governo Federal, e pagar uma dívida Chega de isenções às grandes empre-
que já foi paga muitas vezes! sas, tolerância e vista grossa aos sonegadores,
cortes de verbas a setores sociais e abaixo o paga-
Por fim, a sonegação fiscal é uma realidade mento da dívida com a união! Precisamos de um
revoltante. O que falta e o que se planeja retirar da planejamento econômico voltado para a classe
educação, da saúde, da segurança pública é o que trabalhadora!
sobra nos cofres e contas bancárias de notórios
5. EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!
O descaso evidente dos governos com a educação
pública demonstra nitidamente a concepção de
educação que defende o Estado, os governos e
obviamente a burguesia. Uma concepção de educa-
ção individualista e com um fim prático: formar mão-
de-obra barata e qualificada para gerar riquezas para
a burguesia.
Nas escolas públicas, as salas superlotadas, a desvalo-
rização dos trabalhadores em educação, a falta de
insumos adequados para uma boa aula e a deficiência
na incorporação de novas tecnologias nas escolas são
uma realidade triste. O fechamento de turmas de
Educação de Jovens e Adultos (na mesma proporção
de fechamento dessas salas, aumentou a abertura de lógica privatista vigente desde o início dos anos 90, faz
EJA's privados) e a falta de professores e profissionais com que, na prática, o acesso a uma educação de
em setores vitais da escola, como Bibliotecas, Serviço qualidade seja cada dia mais um privilégio daqueles
de Orientação Educacional etc., evidencia o descaso que podem pagar e, consequentemente, essa educa-
geral com a educação pública. ção passa a ser vista como mercadoria.
Mas a realidade é bem diferente no Ensino privado, Para nós do PSTU, a educação não é mercado-
no qual os estudantes assistem aulas com todos os ria! O conhecimento foi produzido historicamente
recursos tecnológicos disponíveis e possuem todos os por mulheres e homens, ou seja, é produto do traba-
serviços de apoio à aprendizagem. Os sucessivos lho de toda a sociedade, por isso é um DIREITO que
cortes de verba, de Lula e Yeda, e as políticas educaci- deve ser garantido a todos e todas, não privilégio de
onais de ambos os governos, que acompanham a alguns !
NOSSAS PROPOSTAS PARA EDUCAÇÃO
Defendemos educação 100% pública!
? a domingo, das sete às 21 horas e nos locais de
? cortes de verbas! 10% do PIB para a
Chega de trabalho e/ou moradia!
educação! ? Pela autonomia das escolas! Abaixo a meritocra-
? Pela efetiva aplicação dos 35% do ICMS na cia e a vinculação administrativa e pedagógica aos
Educação, conforme é previsto na Constituição interesses das empresas privadas!
Estadual! ? educação laica e voltada para os interes-
Por uma
? as Parcerias Público Privadas (PPP's)
Abaixo ses da classe trabalhadora!
instauradas no Rio Grande do Sul e defendidas pelo ? Pelo imediato restabelecimento das Escolas
governo Lula! Itinerantes sem a intervenção da Secretaria de
? público para trabalhadores em educa-
Concurso Educação! Pela construção de novas unidades de
ção no Rio Grande do Sul já! Pela incorporação de ensino nos assentamentos rurais, comunidades
todos os contratados! quilombolas, indígenas! Autonomia pedagógica e
? geral de salários! Implementação
Aumento administrativa dessas unidades!
imediata da Lei do Piso como básico dos atuais ? Pelo fim da municipalização do Ensino
planos de carreira dos professores e funcionários, Fundamental!
com o valor do salário mínimo do DIEESE; ? Por ampla democracia na gestão das escolas!
? Construção de novas creches para os filhos e Defendemos maior envolvimento da comunidade
filhas dos trabalhadores(as). As creches de segunda escolar nas suas decisões!
6. NÃO À PRIVATIZAÇÃO
E À MERITOCRACIA!
Sofremos a privatização da educação nas escolas
gaúchas ao ver os resultados das Parcerias Público
Privadas (PPPs), como a existência de políticas
educacionais promovidas por Bancos Privados e na
tentativa, tanto do governo estadual quanto do
governo federal, de aplicar políticas neoliberais como
a Meritocracia.
Conforme a concepção de educação do Governo Lula,
expressa no PDE, a “melhoria” no campo educacional
viria das parcerias público-privadas, acabando assim
com o princípio de exclusividade do financiamento do
Estado. Em nossa opinião, isto enfraquece as condi-
ções da maioria das escolas, pois as mesmas passari-
am a trabalhar com a lógica do mercado. Além disso,
todos os serviços de provas, avaliações, assistência,
materiais didáticos, devem – segundo o governo
federal – ser feitas por empresas terceirizadas.
Ainda segundo o PDE, um dos objetivos centrais é a
introdução da meritocracia nos moldes das empresas
privadas e, além disso, a avaliação dos nomeados em
estágio probatório deverá ser feito por empresas, ou
seja, não mais pela equipe diretiva da escola.
As escolas tornam-se reféns da lógica do mercado e
ficam presas às metas montadas pelos tecnocratas e
empresários, para atingir os índices impostos pelas
mantenedoras, preencher planilhas e, com isso,
receber algumas verbas, as quais o Estado se desobri- Esse projeto consiste primeiro em cortar despesas
gou de fornecer. baseada na avaliação de desempenho. Em segundo
lugar, quer acabar com a democracia e retirar a
Tais propostas configuram-se em um feroz ataque do autonomia das escolas, através do currículo padrão e
capital contra a educação pública. Os brasileiros do contrato e certificação de gestão. Em terceiro
sofrem, ainda, o infortúnio de ver um governo – dito lugar, trata de transferir a gestão das escolas para
dos trabalhadores, de “esquerda” – aplicar políticas empresas privadas, com o estabelecimento das
neoliberais para a educação brasileira. Aqui no Parcerias Público Privadas, por meio das OCIPS –
estado, a política salarial do atual governo é a expres- como o Projeto Jovem de Futuro, do Unibanco e
são do projeto de desmonte da escola públicas que outros. E, por último, “formar” mais pessoas (estu-
assola o país. dantes), em menos tempo, com menos gastos e
menos gente (professores). Otimizar os recursos e o
Esta concepção e a sua aplicação são de interesse do tempo.
capital internacional, que dita as políticas educacio-
nais através do Banco Mundial, em troca de emprésti- Somos contra esta lógica neoliberal! Queremos
mos. É um projeto global, elaborado por empresários educação de qualidade voltada para a classe trabalha-
e banqueiros, ligado à concepção neoliberal, que dora e não para os interesses da burguesia.
quer decidir como será a educação da classe trabalha-
dora mundial.
7. MAIS VERBAS PARA A SAÚDE!
Segundo pesquisas de opinião, a Brasil e no Estado. O número de
saúde é a maior preocupação da unidades de saúde preparadas para
classe trabalhadora brasileira. Além tratar as pessoas ainda é baixo: 21%
disso, representa um peso no do total de unidades.
orçamento familiar - devido ao
sucateamento intencional da saúde Na raiz desses problemas está a
pública estatal, as famílias são falta de investimento governamen-
obrigadas a recorrer a serviços tal na saúde. O Brasil gasta aproxi-
privados. Porém, apesar de sua madamente 7,9% do PIB com
importância, saúde pública vive um saúde, sendo 3,5% do PIB com
cenário de descaso e caos. gasto público (Ministério da Saúde,
As filas nos hospitais públicos, a 1,7%; governos estaduais, 0,9%;
falta de leitos e o descaso é corren- municípios, 0,9%) e 4,4% com
te. O surto de dengue no Estado saúde privada (convênios, consul-
denunciou que, em 2007, o gover- tas particulares, medicação etc). Ou
no do Rio Grande do Sul destinou seja, o gasto estatal é pouco mais da
apenas 0,29% dos recursos para a metade do mínimo estabelecido
vigilância sanitária. A vigilância pela Organização Mundial de
epidemiológica também é vítima da Saúde, que é 6% do PIB em saúde governo do Estado tem usado
irresponsabilidade dos governos: pública para países com saúde verbas da União destinadas à saúde
também em 2007 recebeu exatos universalizada. no mercado financeiro, e destina
400 reais do Tesouro estadual. Por apenas 5% da receita ao atendi-
conta disso, a tuberculose – pratica- Como se não bastasse, o governo mento universal, incorporando
mente erradicada nos países Yeda não tem aplicado os 12% da gastos em outras áreas para simular
desenvolvidos, uma doença associ- re c e i ta , d ete r m i n a d o s p e l a o cumprimento da Emenda
ada à pobreza – vem crescendo no Constituição Estadual, na saúde. O Constitucional 29.
ABAIXO A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE
A Lei de Responsabilidade Fiscal e Fundações Estatais de Direito Fundação (prestaria constas
tem sido um dos principais instru- Privado. Esta lógica de colocar a apenas à Prefeitura). Outros
mentos neoliberais nas mãos dos saúde cada vez mais nas mãos de municípios do Estado também
governos, pois serve de justificativa interesses privados tem propiciado adotaram esse modelo.
para o corte crescente de gastos alguns episódios de corrupção e O governo Lula e os governos
com o funcionalismo, a terceiriza- desvio de recursos públicos recen- estaduais – sejam do PT ou PSDB
ção e privatização como conse- temente no Estado, como na ou de qualquer um dos demais –
qüência, apontando-os como a Prefeitura de Porto Alegre, com o trabalham no sentido de estrangu-
“salvação” em alternativa à dita Instituto Sollus. lar cada vez mais a saúde do povo.
“falência do Estado”. As conseqüên- A Administração Fogaça, agora Tudo a serviço do “déficit zero”, de
cias para a Saúde são drásticas. Para chefiada por Fortunati, faz nova pagar as dívidas externa e interna, e
citar um dado, o Brasil tem uma tentativa de passar todo o até “emprestar” dinheiro ao FMI.
relação de um médico para cada Programa Saúde da Família (PSF) Só em 2007 o governo gastou R$
900 habitantes, enquanto nos para a administração privada, com 160 bilhões em juros da dívida
países desenvolvidos a relação está o projeto de criação de uma interna e externa, três vezes mais
de 220 a 470 habitantes por médi- Fundação para tal. Com isso, os do que todo o orçamento do Mi-
co. A necessidade de formação de postos de saúde passariam para o nistério da Saúde para o ano! Isso
mais médicos e a realização de PSF, administrados pela Fundação, demonstra para quem Lula e os
concurso público são prementes. ampliando os contratos precários, demais governam.
A privatização tem avançado na sem concurso público (regime CLT),
forma de Organizações Sociais (OS) e sem um controle social sobre a
8. NOSSAS
PROPOSTAS:
? é direito de todos e dever do Estado!
Saúde
Pelo acesso universal e de qualidade à saúde!
Exigimos um sistema de saúde público,
SAÚDE
exclusivamente estatal, gratuito e de qualidade para
todos. Pela efetivação dos princípios do SUS.
? Contra as privatizações! Não às Fundações
para gerir o PSF! Que a Saúde seja toda ?Pela independência na formulação e
administrada pelo estado, sob controle dos aplicação de políticas de saúde! Contra a
trabalhadores e usuários do SUS. Nenhuma verba interferência dos empresários da saúde e de
pública para os hospitais privados ou filantrópicos. agências internacionais, como o Banco Mundial.
Que se revertam as privatizações no setor público. ? Contra a DRU (Desvinculação de Recursos da
Pela estatização dos hospitais privados e União), que permite que 20% dos recursos sociais
filantrópicos, a começar pelos falidos! sejam desviados para outros setores, como o
? Dobrar as verbas para a saúde pública! Pelo pagamento da dívida interna e externa.
financiamento mínimo de 6% do PIB para a saúde ? por conselhos populares de saúde sob
Luta
pública "estatal"! Pelo cumprimento de 12% da controle dos trabalhadores!
receita do estado para a Saúde. Que as verbas para ? construção e implementação do plano
Pela
a saúde venham de impostos sobre a burguesia, de cargos e salários do SUS, com financiamento
como o imposto sobre grandes fortunas, até hoje tripartite! Isonomia salarial para trabalhadores de
emperrado no Congresso. Contra medidas "tapa mesma função e mesma escolaridade,
buraco" como a CSS (substituta da CPMF). Não à independente da categoria profissional ou do
renúncia fiscal na saúde para hospitais filantrópicos! vínculo empregatício, incorporação dos celetistas ao
? Contra a Lei de Responsabilidade Fiscal que quadro do serviço público e fim da contratação sem
restringe o funcionalismo público! Concursos concurso público.
públicos já! Contra a terceirização e privatização das ? defesa dos trabalhadores terceirizados!
Em
relações de trabalho sejam na forma de contratos, Pela incorporação dos trabalhadores terceirizados
cooperativas, ONGs, Organizações Sociais (OS), aos sindicatos, pela unificação dos trabalhadores de
Organizações da Sociedade Civil de Interesse saúde.
Público (OSCIPS), SSA (Serviço Social Autônomo) e
Fundações Estatais de Direito Privado (FEDP).
? um plano de obras públicas de grande
Por
impacto: construção de hospitais e unidades básicas
de saúde em todas as regiões, saneamento, esgoto
e água de qualidade para toda a população!
MELHORAR O SUS
? Abaixo a “ambulancioterapia”! Por maior No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) é fruto de
oferta de tratamento e atendimento especializado um intenso processo de organização e luta dos
nos municípios! trabalhadores na década de 80, que garantiu a saúde
? Acesso universal a medicamentos! Pela como um direito de todos e dever do Estado na
criação de laboratórios públicos de produção de Constituição de 1988. Se, por um lado, o SUS deman-
medicamentos; quebra de patentes, expropriação e dou a ampliação da presença do Estado, por outro,
estatização dos laboratórios existentes e das não estatizou e nem coibiu a atuação do sistema
farmácias sob o controle dos trabalhadores. privado. O SUS tornou-se um sistema híbrido com
? Disponibilizar na rede pública todas as uma rede pública expressiva, mas que garante a
vacinas existentes; saúde como um espaço de acumulação de capital, ou
? uma saúde pública, estatal e laica! Pela
Por seja, mercado consumidor
legalização e regulamentação do aborto. Acesso a
métodos contraceptivos.
9. SEGURANÇA PARA TODOS E
CONTROLADA POR TODOS
Contra a privatização dos presídios e a criminalização dos movimentos sociais
PEQUENOS PRESÍDIOS, GRANDES
NEGÓCIOS – Seguindo o projeto de privatização dos
serviços públicos do Estado, para beneficiar os empresári-
os, o Governo Yeda Crusius (PSDB) anunciou em meados do
mês maio deste ano – em parceria com a Prefeitura de
Canoas, do petista Jairo Jorge – a construção de um presí-
dio que será administrado pela iniciativa privada. A notícia
foi amplamente divulgada nos meios de comunicação e
aplaudida como um “exemplo de unidade” para enfrentar
os problemas do Estado deixando as diferenças políticas de
lado. No entanto, o que fica nítido neste caso, é o acordo
político entre o PSDB-PT em privatizar um serviço que
compete exclusivamente ao governo, já que a comunidade
carcerária está sob a tutela do Estado.
população pobre da periferia sofre com medo da violência
O número de presos no sistema carcerário do RS aumentou
dos bandidos, mas também da polícia. Os partidos burgue-
117% nos últimos 10 anos, são 23.718 presos para 16.037
ses e reformistas dizem que a solução é aumentar a repres-
vagas, um déficit 7.681 vagas, que gera superlotação dos
são policial, mas isso não é verdade. A “Teoria da Janela
presídios e verdadeiras faculdades do crime. Esse cresci-
Quebrada”, que fundamentou a política de tolerância zero
mento demonstra que a insegurança também aumentou
na cidade de Nova York, tem sentido se for desenvolvida, ao
na última década. Hoje, a violência assusta 92% da popula-
grau máximo, a essência de sua elaboração. A teoria
ção. A falência do sistema prisional é uma demonstração da
sustenta que se uma janela de uma fábrica ou de um
falência do sistema de segurança pública como um todo,
escritório fosse quebrada e não fosse imediatamente
onde a preocupação central dos governos é movida pelo
consertada, as pessoas que por ali passassem concluiriam
aumento da repressão em detrimento de uma política de
que ninguém se importava com isso e que, naquela locali-
recuperação dos infratores e da melhora da qualidade de
dade, não havia autoridade responsável pela manutenção
vida da população em geral.
da ordem, como conseqüência, naquela região, estaria
sendo criada as condições para o aumento da desordem e
A violência é fruto de um problema social superior, gerado
da criminalidade.
pelo capitalismo através da exclusão social, miséria e a falta
de perspectiva para os jovens. A privatização dos presídios
A política de tolerância zero anula a essência da teoria, que
não resolverá o problema, é uma política que visa gerar
identifica o abando do Estado nas regiões que têm um grau
lucro para as grandes empresas que sobrevivem do crime
elevado de violência, para se apegar em conclusões
através da exploração da mão de obra prisional e da
superficiais de combate à criminalidade, como é a repres-
administração de verbas públicas.
são às conseqüências e não ao que gera ou impulsiona a
violência. A falta de condições mínimas de sobrevivência da
São 469 mil presos no país e apenas 18% deles têm acesso à
população pobre e a crescente miséria criada pelo sistema
educação. A privação da liberdade não pode significar a
capitalista são as janelas quebras da sociedade que vive-
privação de outros direitos fundamentais. Setenta por
mos.
cento dos presos no Brasil têm menos de 30 anos e não
possuem sequer ensino fundamental completo. O sistema
A política que é amplamente defendida de aumentar a
prisional brasileiro é produtor e reprodutor da violência e
repressão – com policiamento ostensivo e armamento de
não um sistema que sirva para recuperar os infratores.
alto calibre nas ruas, milhares de viaturas percorrendo as
avenidas, abordagens constantes ao povo que vive na
POLÍTICA DE REPRESSÃO NÃO É A periferia e principalmente os jovens negros – já mostrou
SOLUÇÃO – A segurança da população passa por sua ineficácia no combate à violência. É uma política falida,
combater os problemas sociais e a criminalidade do Estado, alimentada pelos setores reacionários da sociedade, a
que ao não garantir condições de sobrevivência para todos, serviço da construção de um verdadeiro “cordão” social
acaba sendo o principal impulsionador da criminalidade. A nos grandes centros urbanos.
10. S
IZAÇ ÃO DOS MOVIMENTO
ABAIXO A CRIMINAL
O governo desenvolve uma perseguição aos movi-
mentos sociais criminalizando suas lutas, prenden-
do e condenando seus dirigentes. O caso mais
escandaloso, durante o atual governo estadual, foi o
assassinato do militante do MST, Edson Brum, pela
Brigada Militar, durante uma desocupação de terra
em São Gabriel.
Mas, a criminalização também está ocorrendo nas
cidades, como a prisão de sindicalistas, e trabalha-
dores metalúrgicos – durante um ato de paralisação
na empresa Randon Implementos, em Caxias do Sul,
em fevereiro deste ano. O governo Yeda Crusius
(PSDB) está manchado com o sangue de centenas
de trabalhadores da cidade e do campo, que foram
reprimidos violentamente, como ocorreu, também,
na manifestação dos servidores públicos estaduais, em frente ao Palácio Piratini, em 2009.
Com o fim da Lei de Segurança Nacional e a regulamentação da Lei de Defesa do Estado de Direito (sic) pretende-se
legalizar a criminalização dos movimentos sociais, construindo um Estado de repressão permanente contra os setores
mais explorados da sociedade.
Por isso, propomos a revogação de todos os mandados e ordens de prisão contra dirigentes dos movimentos sociais e
apuração dos responsáveis por estes atos, com sua imediata punição. Fim das investigações policiais, grampos e “ara-
pongagem” das organizações de esquerda, sindicatos e organizações populares, com as respectivas apurações de
responsabilidade.
.COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS
OUTRAS QUESTÕES: Não se combate às drogas combatendo os jovens e, sim, os grandes
traficantes, que incrementam a corrupção policial e a violência
NÚMERO DE HOMÍCIOS CRESCEU NOS generalizada. Combate-se o tráfico descriminalizando o consumo
ÚLTIMOS 8 ANOS das drogas, o que termina com o submundo, que vive em grande
Durante o Governo Yeda tivemos cerca de 5.600 homicídios parte desta ilegalidade, tal e qual a máfia no período da lei seca nos
registrados. A propaganda ufanista do governo acoberta a realidade EUA.
e distorce as estatísticas em seu beneficio. A sensação de violência é Existe uma parte da burguesia, que ganha muito dinheiro com as
um sentimento verdadeiro e expressa a realidade. Além da falta de drogas, muito mais poderosa que os traficantes dos morros. Um
estrutura e manutenção dos espaços públicos, as estatísticas negócio que movimenta bilhões de dólares no mundo não está nas
mostram que mais de 1.300 pessoas são executadas, em média, por mãos de favelados do Brasil ou dos moradores dos “cerros” colombi-
ano. anos, muito menos na periferia gaúcha.
Este negócio se mantém com a corrupção de grande parte do
aparelho de Estado. Como se pode explicar que os subchefes do
DÉFICIT DE PESSOAL, PRECARIZAÇÃO DO
tráfico e seus comparsas estejam soltos nos morros do Rio de
TRABALHO E FALTA DE TREINAMENTO Janeiro, senão com a complacência de uma parte da polícia, ou que
Temos 23.574 trabalhadores na Brigada Militar. No sistema de outros controlem o tráfico mesmo dentro dos presídios, senão com a
segurança como um todo existem 33.447 trabalhadores na ativa. anuência dos carcereiros e diretores?
Existe aproximadamente 1 brigadiano para cada 450 habitantes. O Combater o tráfico é combater os grandes traficantes que têm suas
atual governo se orgulha em afirmar que aumentou em 27% seu contas no exterior e suas mansões nos bairros burgueses. O
efetivo, mas os baixos salários e as péssimas condições de trabalho combate às drogas entre os consumidores não é um caso de polícia e
continuam e levam setores inteiros dentro da Brigada Militar e Polícia sim de saúde pública.
Civil a buscarem o caminho mais fácil: associação com a criminalida-
de e dedicação direta à bandidagem, envolvendo-se com o tráfico de
CONSTRUIR UMA NOVA CONCEPÇÃO DE
drogas e a proteção a criminosos.
Deve-se melhorar a situação dos policiais profissionais com salários SEGURANÇA PÚBLICA
dignos, garantir melhores condições de trabalho e capacitação Defendemos a dissolução imediata das polícias atuais e a criação de
profissional para a investigação. Além de investir em tecnologia e uma Policia Civil Unificada (PCU), que defenda os interesses dos
apostar no mapeamento da criminalidade e políticas específicas de pobres e dos bairros da periferia, com melhores salários e uma
combate à criminalidade. Além disso, deve-se assegurar o direito à estrutura interna democrática, através da eleição dos oficiais
sindicalização e à realização de greves em defesa de suas reivindica- superiores. A hierarquia atual não assegura a eficiência da polícia,
ções. mas acoberta a corrupção e a ineficiência.
11. TEMOS DIREITO À HABITAÇÃO
DE QUALIDADE
Mais de 1 milhão e 200 mil residências
estão em condições inadequadas
Esta é a triste realidade que vive nosso povo. O déficit
habitacional já atinge 200 mil residências. Além disso,
mais de 1,2 milhões de residências têm problemas
com acesso, ou carência, de infraestrutura adequada.
Os anos de neoliberalismo, com o desemprego, a
redução dos gastos com serviços públicos e com os
programas sociais, só agravaram a pobreza, levando
um grande número de trabalhadores a viver em
condições subumanas. Impossibilitados sequer de
residir na periferia, esses trabalhadores mais pobres,
que vivem de bicos ou estão desempregados, são
segregados em áreas até então não ocupadas, áreas
ao redor da cidade, sem infraestrutura e sujeitas a
riscos ambientais, como desmoronamento, enchen-
tes etc.
NOSSAS PROPOSTAS: municípios que ainda não os te-
nham.
1. Plano Emergencial de expropriação de áreas urbanas, Criação de um programa de inte-
Regularização de todos os assenta- rurais e edificações que não este- gração entre a zona rural e urbana
mentos urbanos, tais como ocupa- jam cumprindo seu fim social. dos municípios, através do incenti-
ções, favelas e loteamentos clan- vo à agricultura de policulturas e à
destinos, através da criação de 3. Planejamento Urbano implementação de uma rede fede-
Zonas Especiais de Interesse Análise dos impactos ambientais e ral de restaurantes populares, que
Social (Zeis), previstas no Estatuto sociais de todas as novas constru- serão abastecidos com a produção
das Cidades. ções e empreendimentos, inclusive local e fornecerão alimentos a pre-
no fornecimento de água, serviço ço de custo.
2. Plano de Moradias Populares de esgoto e trânsito das regiões, Revisão da rede de distribuição de
Plano de obras públicas para cons- como condição para autorização água das cidades, a fim de detectar
trução de moradias populares, das obras. e reparar eventuais vazamentos.
sobretudo para as famílias com ren- Realização de Plano Diretor, com Programas rígidos de proteção e re-
da de até três salários mínimos, efetiva participação popular, que es- cuperação de mananciais, recicla-
postos de saúde, escolas, praças tabeleça os planos e formas para gem de águas, captação e aprovei-
de esporte e lazer. crescimento urbano, a partir do tamento de águas pluviais.
Desapropriação de áreas para cons- pressuposto de manutenção da po- Proibição de construções nas divi-
trução de moradias populares, espe- pulação onde reside, da preserva- sas entre cidades, com determina-
cialmente daquelas que se desti- ção do meio ambiente e do patri- ção de distância mínima para, com
nam à especulação imobiliária, mônio histórico, e também do aces- isso, construir um corredor ecológi-
visando o fim do déficit habitacio- so das populações dos bairros mais co.
nal. distantes do centro aos serviços pú-
Extensão a toda população os ser- blicos e privados de interesse soci- 4. Conselho Estadual Popular de
viços de saneamento básico, água, al. Habitação
tratamento do esgoto doméstico e Criação de uma frota federal de Formado pelos representantes dos
coleta seletiva de lixo, realizados transportes coletivos urbanos e inte- sem-teto e das ocupações, pela po-
de forma integral. rurbanos, com passagens a preço pulação trabalhadora e pela juven-
Remanejamento das populações de custo e passe livre a idosos, es- tude, sem participação de empre-
que vivem em áreas de risco, como tudantes e desempregados. sas privadas, para deliberar sobre
topo de morros, encostas e mar- Construção e implementação de obras e planejamento urbano.
gem de rios, através de um plano Centros Culturais e Esportivos nos
12. POR UMA AMPLA REFORMA AGRÁRIA, SOB
O CONTROLE DOS TRABALHADORES!
No Brasil, 40% das grandes propriedades agropecuá-
rias não são aproveitadas para o cultivo, para a
criação de animais ou alguma outra atividade produ-
tiva. O caráter da terra, neste caso é somente especu-
lativo. Esse modelo de “desenvolvimento” baseado
no latifúndio (conceito) e nas grandes empresas, ao
longo da história, levou a expulsão de milhares de
famílias do campo jogando-as em favelas. E, nos
últimos 25 anos, 2.709 famílias foram expulsas de
suas terras; 13.815 famílias despejadas; 765 conflitos
diretamente relacionados à luta pela terra e 2.438
ocorrências de trabalho escravo foram registradas,
com 163 mil trabalhadores escravizados.
Segundo o Relatório da Comissão Pastoral da Terra de
êxodo rural. Aliado a isso, há um incentivo ao uso de
2010, a estrutura agrária no Brasil não modificou em
agrotóxicos, ao plantio de transgênicos e a monocul-
quase nada no Governo Lula. Ele, que aceitou a
tura do eucalipto.
proposta do MST de assentar 12 milhões de famílias
As contradições no campo são enormes, mas a causa
no seu governo, baixou o índice para 460 mil e assen-
do problema é um só: a ditadura do capital.
tou pouco mais de 105 mil famílias. No entanto,
Precisamos romper com essa estrutura. Nosso dever
durante o seu mandato liberou totalmente o plantio
histórico é tornar o campo gaúcho produtivo para os
de transgênicos e a destruição de áreas da floresta
trabalhadores do campo e da cidade.
amazônica com o novo Código Florestal.
É preciso avançar na construção de uma sociedade
A tarefa democrática da burguesia de fazer a reforma
socialista! Um governo que seja de fato dos trabalha-
agrária e, consequentemente, o desenvolvimento do
dores e que exproprie os latifundiários, os empresári-
campo e o fim da pobreza não foi realizada. Ao
os da indústria e os banqueiros! Precisamos aplicar
contrário! Tanto no RS quanto no resto do Brasil, os
uma ampla e efetiva reforma agrária e dar incentivo e
interesses da burguesia no campo estão subordina-
condições para que o pequeno agricultor possa
dos aos interesses do capital internacional.
produzir, tais como: compra de boas sementes,
No governo Yeda as dificuldades no campo foram
maquinário, pesquisas científicas e crédito estatal
aprofundadas. Houve um aumento da violência
para garantir os alimentos na mesa do trabalhador!
contra os que lutam por reforma agrária, abigeato,
ABAIXO O DESERTO VERDE agronegócio, ao latifúndio e ao capital
internacional.
A entrega das nossas terras para as que alertavam e permanecem alertan- A monocultura para exportação é especiali-
multinacionais como a Aracruz do sobre os danos ecológicos da dade do Brasil desde que entrou no mercado
Celulose, Votorantin e Stora Enso monocultura do eucalipto. Vale mundial em 1500. Mas, segundo dados do
avança a passos largos a cada governo. ressaltar que estas empresas estão se Censo Agropecuário, IBGE/2006, a pequena
Há um projeto que visa plantar eucalip- instalando nos principais reservatórios propriedade é responsável por toda a
to em um milhão de hectares para de água doce (para lavar a celulose): produção de hortaliças, 70% do feijão, 59%
produzir celulose. Nessa área, segundo Guaíba, Aquífero Guarani, rio Uruguai. dos suínos, 50% das aves, 58% do leite, 38%
o MST, daria para assentar 43 mil Agricultura familiar gera um emprego a do café, 34% do arroz, 21% do trigo e 46% do
famílias. cada cinco hectares e o plantio de milho. E ainda emprega 74,4% das pessoas
O desrespeito à vida humana é acompa- eucalipto gera apenas um emprego a ocupadas no campo contra os 25,6% que as
nhado pelo desrespeito à natureza. O cada 185 hectares. O Governo Lula não empresas do agronegócio empregam. E não
governo se faz de cego, surdo e mudo e possui nem mesmo a coragem de há nenhuma política séria de incentivo aos
ignora os laudos técnicos da secretaria enfrentar a bancada ruralista. Não tem pequenos produtores. Precisamos de
do Meio Ambiente e das universidades coragem porque está associado ao alimentos, não de deserto verde!
13. Não à violência no Campo e Pela regularização e consti-
à criminalização dos movi- tuição de reservas indígenas
mentos sociais! e comunidades quilombolas!
O último relatório da Comissão Pastoral da Terra Desde que a primeira comunidade foi reconhecida
sobre a violência no campo, no Brasil, revela números como quilombo – o quilombo Casca, localizada no
assustadores. Pra se ter uma ideia, o número de município de Mostardas – as mudanças para reconheci-
conflitos por terra, água e trabalhistas cresceu de mentos das comunidades quilombolas no RS não
2008 para 2009, marcando 1.180 ocorrências. As avançaram muito. Mesmo no governo Olívio Dutra, os
tentativas de assassinato e as ameaças de morte títulos não foram regularizados por “falta de dinheiro”.
cresceram exponencialmente. O que mais choca, Segundo a Federação das Associações das
porém, é o número de pessoas torturadas: saltou de Comunidades Quilombolas do RS, existem mais de 130
6, em 2008 para 71, ano passado. O número de territórios quilombolas em território gaúcho. No início
famílias despejadas em 2009 também é desespera- do ano de 2008, tramitavam no INCRA somente 33
dor: 12.388. processos de titulação, dos quais apenas cinco estavam
em etapas mais avançadas. Sem contar que muitos
Por outro lado, as investidas, por parte do Estado, estão ameaçados em vista da especulação imobiliária. É
para criminalizar os movimentos sociais, chegaram ao necessária a regularização de todas as comunidades
seu ápice no Governo Lula. Em 2003-2005 foi instau- quilombolas do Rio Grande do Sul, bem como políticas
rada a CPI da Terra que, ao final julgou os atos dos públicas efetivas para que essas comunidades possam
movimentos investigados como crimes e ações sustentar-se.
terroristas; e ano passado foi aprovada a criação de
mais uma CPI para investigar o MST. O Governo Yeda Nosso projeto para o governo gaúcho, no que tange às
não ficou atrás. Ano passado um militante do MST, comunidades indígenas, tem como princípio atender a
Edson Brum foi assassinado e a impunidade imperou. principal reivindicação da resistência indígena: delimi-
A violência no campo deve ser erradicada! A criminali- tação, demarcação e homologação das terras indíge-
zação dos movimentos sociais também! nas, em seus locais de origem, e a construção de infra-
estrutura nas proximidades das reservas.
14. TRANSPORTE A SERVIÇO DA
POPULAÇÃO E NÃO DAS EMPRESAS
Chega de ônibus lotado, filas e tarifa cara.
Transporte público estatal já!
Superlotação, horas perdidas em filas e deslocamen-
tos, tarifas caras, trânsito. Estes são alguns dos
problemas enfrentados cotidianamente por milhões
trabalhadores que dependem de transporte público
no Rio Grande do Sul. Além de precário, o transporte
público é caro. Um estudo do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, entre 1995 e
2008, as tarifas de ônibus urbanos tiveram um
aumento de cerca de 60% acima da inflação.
Ocorre que o setor de transporte é controlado por
verdadeiras máfias que financiam as campanhas
eleitorais dos grandes partidos e, depois que os
políticos são eleitos, obtêm contratos de serviços com
as prefeituras. Segundo o Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran), há dez anos circulavam no país de dos setores mais pobres da população que são
18,8 milhões de carros, três milhões de motocicletas empurrados cada vez mais para as grandes periferias,
e 243 mil ônibus. Hoje a situação é bem diferente. São em conseqüência da falta de acesso ao transporte
33 milhões de carros, 11 milhões de motocicletas e coletivo.
apenas 407 mil ônibus. Enquanto houve um aumento Romper esta lógica é o principal desafio do Governo
de 74% para automóveis e de 280% para motos, o Socialista dos Trabalhadores. Para alterar essa situa-
número de ônibus cresceu apenas 67%. ção precisamos colocar a qualidade do serviço e o
O planejamento do transporte público não pode estar acesso ao transporte coletivo acima do lucro.
relacionado com a necessidade de vender mais Precisamos estatizar as empresas de transporte que
automóveis e motocicletas. Precisamos de investi- têm como objetivo apenas garantir seus lucros, como
mentos massivos por parte dos governos para fortale- a Vicasa, Soul, Sogil, Viamão, Evel, etc. Esta é a única
cer o transporte coletivo. Se não invertermos a lógica forma de garantir um transporte público de qualidade
atual, essa realidade irá agravar ainda mais a realida- e que esteja a serviço da população.
Abrir a “caixa preta” das empre-
Abaixo os pedágios.
Contra a renovação
sas de transporte dos contratos!
Em Porto Alegre, em junho de 2000 a passagem custava Somos contra os pedágios e vamos
R$0,85 e atualmente custa R$ 2,45. Um aumento superior aproveitar o fim dos contratos para
a 300%. Muito superior à inflação acumulada no período, não renová-los e assumir de forma
cerca de 68% . Isso comprova que o reajuste da passagem séria e com qualidade social, as
está a serviço da manutenção e ampliação dos lucros das rodovias, que são objetos de ganân-
empresas de transporte. cia das concessionárias. Não existe
No Governo Socialista dos Trabalhadores, o lucro não nenhum argumento aceitável que
estará acima das necessidades dos trabalhadores. justifique ao Estado não garantir a
Defendemos a redução do valor da passagem do trans- manutenção e a qualidade das
porte e a abertura da contabilidade destas empresas. rodovias gaúchas.
15. Queremos
metrô
estatal em
Porto Alegre!
Nos estudos e projetos da Linha 2 do Metrô são relacio- ampliar a demanda do Corredor Norte para 220.000
nados como principais benefícios decorrentes de sua usuários/dia, redundando numa demanda total de
implantação, a redução significativa do volume de 670.000 usuários/dia.
ônibus que hoje sobrecarrega os principais corredores Esta obra não teve apoio do Governo Lula (PT), nem do
e o centro da Capital (oito mil viagens/dia de ônibus a Governo Yeda (PSDB) e nem do Governo Fogaça
menos ao Centro de Porto Alegre); redução do impacto (PMDB) para entrar na pauta das obras para a COPA
urbano e ambiental gerado pela atual situação (redu- 2014 . A população não pode permitir que os projetos
ção dos níveis de poluição ambiental, lançando 3 mil de remodelação do transporte em Porto Alegre
toneladas de dióxido de carbono a menos por ano); avancem sem que seja incluída a construção da Linha 2
redução do potencial de acidentes (menos 13.800 do Metrô.
acidentes e 30 mortes por ano), além do ganho de O Governo Socialista dos Trabalhadores defende a
tempo nos deslocamentos. imediata implantação do transporte coletivo ferroviá-
A implantação da Linha 2 do Metrô, embora seja rio. O metrô, em Porto Alegre, é uma necessidade para
totalmente em Porto Alegre (corredores Nordeste e a capital gaúcha enfrentar os congestionamentos e a
Sudeste) atenderia toda a Região Metropolitana, cuja superlotação dos ônibus. Para conquistarmos o metrô
população é da ordem de 3,2 milhões de pessoas. A precisamos, em primeiro lugar, enfrentar os grandes
demanda diária prevista, considerando o horizonte de empresários do transporte público rodoviário, que
tempo para sua implantação completa, é de 450.000 financiam as campanhas eleitorais dos principais
usuários/dia e, com sua conexão com a Linha 1, poderá candidatos para manter seus interesses.
Transporte hidroviário Porto Alegre - Guaíba
Já existe um projeto de transporte hidroviário coletivo através do Rio
Contra a baldeação Guaíba que ligaria os municípios de Guaíba e Porto Alegre. De acordo
o projeto, seriam atendidos cerca de 2.300 passageiros/dia.
na Capital! Atualmente no transporte rodoviário, entre o mesmo trajeto, são
transportadas cerca de 20 mil pessoas por dia e mais de 500 mil por
mês.
O Governo Fogaça, em Porto O Governo Socialista dos Trabalhadores vai colocar em prática e
Alegre, priorizou a implantação do ampliar este projeto, sem interferência das empresas interessadas
projeto “Portais da Cidade”. Uma apenas em lucrar com esta modalidade de serviço.
obra que consumirá mais de R$300
milhões. Mas, manterá a situação Rede estatal de Aeromóvel: transporte ecológico!
precária do transporte coletivo. Você já deve ter percebido a existência de um “trenzinho” desativado
“Portais da Cidade” é uma obra que existe na região do Gasômetro. Desde 1979, o sonho de um
que visa retirar os terminais de transporte coletivo ecologicamente correto ganhou força com constru-
ônibus do centro da cidade, ção do Aeromóvel. Hoje o seu custo é quase dez vezes inferior à
jogando o caos e multidão para as construção de um metrô subterrâneo, com a mesma capacidade de
estações de baldeação, que serão transporte.
Valorizar o meio ambiente, tão agredido pela ganância das grandes
construídas nos bairros que ficam empresas automobilística, é uma tarefa do Governo Socialista dos
ao redor região central. Trabalhadores. A construção de uma rede de Aeromóveis deve entrar
na pauta da política de transporte público a ser impulsionado pelo
Governo Estadual e Governos Municipais
16. SANEAMENTO BÁSICO PARA GARANTIR
SAÚDE E PARA PRESERVAR A NATUREZA
77% dos municípios têm baixo índice de
desenvolvimento em saneamento básico.
Dos 495 municípios que existem no Rio Grande do
Sul, cerca de 385 estão com um baixo índice de
desenvolvimento em Saneamento básico. Estes
dados estão expressos no levantamento do IDESE
– Índice de Desenvolvimento Socioeconômico, da
Fundação Estadual de Estatísticas, em seu último
levantamento no ano de 2006. A pesquisa mostra
que 77% dos municípios gaúchos estão com nota
baixa no que se refere às residências que são
abastecidas com água tratada, esgoto sanitário e
número médio de moradores.
A falta de saneamento básico é uma realidade no
Brasil. Os governos não investem o suficiente em
tecnologia de drenagem urbana, capaz de
possibilitar o maior aproveitamento das águas
pluviais para o uso, e é muito débil na tecnologia
de reuso. 80% da água usada se transforma em REGIÃO METROPOLITANA:
esgoto. A legislação ambiental é insuficiente e Cerca de 90% da população
obediente à lógica do mercado.
não tem esgoto tratado
Deparamo-nos com uma profunda irresponsabili-
dade no planejamento urbano por parte dos No Rio Grande do Sul, a desigualdade entre os serviços é um
governantes: 18 milhões de brasileiros não têm problema concreto. Por exemplo, no município de Canoas, que
sequer banheiros. O Brasil é o sétimo no ranking abastece com água 94% da população, de cerca de 330 mil habi-
na lista dos piores no mundo: 49,9% da população tantes, atende apenas 13% com coleta de esgoto. Canoas está
não têm acesso à rede de esgoto. De todo o enquadrada entre as 10 piores cidades do Brasil, no que se refere à
esgoto coletado só 36% é tratado, com insuficiên- coleta e tratamento do esgoto, em estudo que pesquisou a situa-
cia na tecnologia (separação dos dejetos, dos ção nas 81 maiores cidades do país.
resíduos sólidos, etc.). Ou seja, o Brasil produz 8,4 O estado dispõe de infraestrutura ampla e qualificada, mas possui
bilhões de litros de esgoto diários, deste total 5,4 grande deficiência, sobretudo, no saneamento básico. Segundo
bilhões são despejados in natura nas praias, rios, pesquisa realizada em 2007, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
no ambiente. em parceria com a organização não-governamental Trata Brasil, o
RS é o último no país nesse quesito. Apenas 15% da população têm
Por um plano de obras públicas esgoto canalizado e tratado. Isso significa que os dejetos da grande
para o saneamento básico! maioria vão para os arroios e rios, contaminando as águas.
É hora de virar este jogo. Saneamento básico é A Região Metropolitana de Porto Alegre é a penúltima, entre 10
saúde e preservação da natureza. Esta triste pesquisadas em 2007, no recolhimento e tratamento de esgoto.
realidade se mantém durante décadas e os Em Porto Alegre, até o momento, apenas 27% do esgoto recebe
governos até o momento não direcionaram tratamento.
recursos suficientes para solucionar este proble-
ma. Mas, para as grandes empresas, que são
beneficiadas com a falta de fiscalização no tratamento de resíduos produzidos e despejados em nossos mananciais, os
governos injetam milhões e milhões de reais para salvá-las da crise econômica ou para aumentar a produção e exporta-
ção de mercadorias.
17. ABAIXO O RACISMO E A EXPLORAÇÃO!
PICHAÇÃO RACISTA EM PORTO ALEGRE
A maioria da classe trabalhadora é
constituída de negros e negras. A
discriminação racial faz com que esta
grande parcela da população tenha
em seu histórico pessoal pelo menos
um episódio relacionado à humilha-
ção ou ofensa racial: de serem
barrados em portas “automáticas”,
às piadas que circulam nos meios de
comunicação e ganham as ruas, da
vigilância redobrada dos seguranças
cada vez que se entra num supermer-
cado, à dificuldade de se alugar uma
casa ou conseguir crédito, das
batidas policiais à agressão física.
10% mais pobres e, apenas, 8,2% da pelo IBGE, aponta que no RS vivem
Contudo, fatos como estes estão constituída pelo 1% mais rico. Esta mais de 1,3 milhões de negros e
longe de significar as expressões marginalização se expressa em todos negras. Destes, 657,8 mil são homens
mais perversas do racismo. Quando os níveis da vida social. e 631,6 mil mulheres. A maior cidade
nos detemos nos índices relaciona- em tamanho da população negra é
dos ao dia a dia da população negra e A população negra começa a traba- Porto Alegre, com 225 mil negros,
suas condições de vida, a situação é lhar mais cedo e a jornada de traba- equivalendo a 16,6% de negros e
ainda mais dramática. A começar lho é em média 2 horas maior que a negras; sendo Pelotas a segunda
pelos locais de moradia. Os negros dos brancos. Os salários também são maior, com 50 mil negros negras. Na
saíram das senzalas e, atualmente, diferenciados. Os negros trabalham lista dos maiores municípios negros
ocupam as favelas do país. O abismo mais e recebem menos. A informali- do RS, num total de 467, pode-se
existente entre as condições de vida dade também é maior entre os observar que a quase totalidade fica
da população branca e negra é tão negros, que apresentam maior índice localizada ou na região metropolita-
amplo que praticamente originou de trabalhadores sem carteira na de Porto Alegre (Viamão, com
dois “brasis”. É isto que indica, ano assinada. Em nível nacional, enquan- 44%, ou Alvorada, com 50%) ou nas
após ano, o Índice de to no setor privado, 59,7% dos antigas áreas vinculadas à pecuária,
Desenvolvimento Humano (IDH) trabalhadores brancos têm carteira muito embora encontre-se nesta
calculado pelo Programa das Nações assinada, somente 39,8% dos negros lista importantes cidades, como
Unidas para o Desenvolvimento. têm acesso a este direito. Caxias do Sul – polo industrial do
Estado – e Santa Cruz do Sul – capital
Em 2004, o Brasil aparecia como o 72 A situação é ainda mais precária em nacional do fumo.
país em termos de desenvolvimento se tratando da mulher negra: em
humano. No entanto, se a avaliação média, uma mulher negra ganha um Em termos relativos, encontramos
fosse baseada apenas nos dados terço do que é pago aos homens pequenos municípios com grande
recolhidos na população branca, o brancos e, mesmo entre as mulheres, presença da população negra, como,
país saltaria para o 46º lugar, aproxi- o racismo impõe diferenças: a renda por exemplo, Lajeado, com mais de
mando-se dos países do chamado média de uma empregada doméstica 73% de negros e negras; São José das
Primeiro Mundo. Já se fossem branca é de R$ 405, a de uma negra é Missões, 51,5%; Sagrada Família,
considerados os índices relativos à de R$ 354 (12,4% a menos). 46,9%; Itapuca, 41,8% ou mesmo
população negra, ficaríamos empa- Gramado dos Loureiros, com 39,2%.
relhados com nossos irmãos africa- No Rio Grande do Sul os dados sobre
nos, ocupando o 101º lugar na lista as condições de vida da população Outra pesquisa realizada pela FEE,
da ONU. Segundo dados divulgados negra são bastante parciais, acompa- FGTAS/SINE-RS, SEADE-SP e DIEESEE
pela Seppir, os negros representam nhando o descaso dos governos para sobre a Região Metropolitana de
69,3% da camada constituída pelos com o assunto. No entanto a Porto Alegre nos permite observar
Pesquisa Domiciliar, feita em 2000 dois fatores importantes:
18. o desemprego é maior entre os jovens e entre as aos brancos, “a probabilidade de ser assassinado é
mulheres e, se comparado com o universo total de quase o dobro para os pardos e 2,5 vezes maior para os
mulheres desempregadas, a negra é a que mais sofre. pretos”. Além da violência urbana, que aumenta na
Os homens negros também estão em desvantagem, mesma proporção que a miséria, há a violência racista
com relação aos brancos: quase 20%, em 2005, mais praticada por polícias em conluio com grupos de
desempregados que os brancos. extermínios.
Racismo e o machismo se combinam e atingem em No final de 2006, uma pesquisa realizada pela Folha de
cheio a mulher negra, tornando sua situação particular- S. Paulo, demonstrou que nada mudou durante o
mente dramática. Além do desemprego, a mulher negra primeiro mandato de Lula. Segundo o jornal, 70% dos
sofre com a maior a precarização das condições de jovens chacinados são negros. Apenas para corroborar
trabalho. Em 2008 o trabalho doméstico concentrava estas lamentáveis estatísticas, no mesmo período, a
20,1% das mulheres negras e 12% de mulheres brancas, Unicef divulgou que para cada criança branca vítima da
amarelas e/ou indígenas no país. Cerca de metade das violência urbana no Brasil, duas outras negras são
trabalhadoras negras ocupam vagas no chamado mortas.
trabalho vulnerável, em Porto Alegre, 47%. Além de
tudo, as mulheres negras são cotidianamente vitimadas Mesmo quando escapam da “morte desgraçada”, os
pelo abuso e a violência sexual. No RS, por exemplo, jovens negros têm que conviver com o medo e humilha-
existe apenas um Fórum responsável para tratar dos ções permanentes e a maior repressão policial pelo
assuntos que tangem à violência contra mulheres. racismo. No Rio Grande do Sul, ao analisarmos as
cidades de maior contingente da população negra,
Conforme estudos da FEE-RS, na PED/2008, na Região como Alvorada, Viamão e Cachoeirinha, a situação em
Metropolitana de Porto Alegre, as famílias monoparen- nada é diferente do resto do país, pois são as cidades
tais, cuja chefia é exercida por um adulto sem cônjuge com maior número de homicídios do Estado.
com filho, atinge 13,5%, sendo que as famílias chefiadas
por mulheres totalizam 11,9% e as chefiadas por Na educação, apesar de representarem 5,7% da popula-
homens 1,6%. Justamente as mulheres que recebem as ção, o contingente de negros e negras que concluem o
mais baixas remunerações. Por fim, três vezes mais ensino superior é de apenas 2,2% dos formandos, de 18
mulheres negras morrem na idade reprodutiva por cursos avaliados pelo MEC, no provão de 2000. E a
complicações na gravidez, parto e puerpério (pós- distorção aumenta de acordo com o curso. Em odonto-
parto), em comparação com as mulheres brancas logia, por exemplo, apenas 0,7% dos estudantes que se
formaram se autoclassificaram como pretos. Quando se
A violência também é aterradora. Segundo o relatório junta o número de negros e pardos, esse grupo acaba
do Desenvolvimento Humano (PNUD), publicado em representando 15,7% dos formandos e 45,2% da
2005, os registros do sistema de saúde, baseados nas população. Isto prova que a diversidade da sociedade
declarações de óbito, não deixam dúvidas de que “ser brasileira não é equivalente entre os formandos, nem
preto, jovem, de sexo masculino e solteiro significa ser o mesmo em cursos menos concorridos.
alvo preferencial da violência letal no Brasil. Em relação
NOSSAS PROPOSTAS: nas comunidades, vilas e favelas!
- Não à violência racista e imperialista e à
- Emprego e salário digno! Salário igual criminalização dos movimentos sociais
para trabalho igual! Exigimos direitos (trabalhadores informais, ocupações,
trabalhistas e o fim da informalidade sem-terra, sem-teto)!
majoritária entre os trabalhadores - Titulação das Terras Quilombolas e
negros! indígenas!
- Saúde e Educação antirracista e 100% - Anistia total para João Cândido e sua
pública! Mais verbas para os setores família!
Fora as tropas brasileiras
sociais! Contra o pagamento da dívida - Liberdade de expressão da cultura afro- do HAITI
interna e externa! brasileira (candomblé, capoeira, blocos de Que o governo brasileiro, que tanto
- Plano de obras públicas para a constru- afoxé, hip-hop, etc..) fala em sua solidariedade ao povo do
ção de moradias populares dignas nas - Contra intolerância religiosa! Exigimos haitiano, realmente a demonstre,
cidades para a população negra e geração amparos sociais (como aposentadoria) a retirando as tropas brasileiras de
de empregos! sacerdotes e sacerdotisas das religiões ocupação e utilizando o dinheiro que
- Abaixo à repressão policial racista contra afro-brasileiras! é gasto com a ocupação para ajuda,
juventude negra! Basta de assassinatos de fato, humanitária, classista e
respeitando a autonomia e sobera-
nia do povo haitiano.
19. PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
No Brasil, a violência contra a mulher é tanta que se
tornou um caso de saúde pública. Só no início de 2010
tivemos dois episódios no Estado, que se transforma-
ram em manchete nacional: o caso de uma mulher
assassinada por seu companheiro, na cidade de Viamão,
e outra que foi mantida em cárcere privado por horas,
em Canoas. Estes são os poucos casos em que se tem
registro oficial, mas o SOS Mulher, aqui do Estado, diz
que recebe mais de 100 denúncias de violência contra
as mulheres por dia. No entanto, a governadora, ao
invés de ampliar os serviços de assistência às mulheres,
como casas abrigo e postos de atendimento, precarizou
os poucos postos de saúde que existiam em algumas
regiões periféricas do Estado.
A lei Maria da Penha, promulgada no governo Lula,
embora seja mais severa com relação às punições aos mulheres. Quando vítimas de violência, já que não têm
que praticarem violência contra a mulher, não recebe amparo do Estado, a maioria delas é obrigada a voltar
por parte do Governo as verbas necessárias para sua pra casa e dormir ao lado de seu agressor.
efetiva aplicação. Pelo contrário, Lula corta sistematica-
mente as verbas do Ministério da Saúde e do Programa Exigimos mais verbas para o amparo às mulheres
de Combate a Violência contra as Mulheres. A demago- vítimas de violência! Construção de casas abrigo e
gia é nítida quando se evidencia a falta de casas abrigo e geração de empregos para que essas, quando necessá-
péssima assistência dada pelo estado – a começar pelas rio, possam sair de casa e reconstruir a vida. Também é
delegacias – às mulheres que denunciam casos de necessária a construção de creches públicas e de
violência. A situação ainda é agravada pela realidade de qualidade para que as mulheres tenham onde deixar
desemprego, falta de creches e perspectivas para as seus filhos e possam trabalhar!
Pela legalização
do Aborto!
No Brasil, são feitos cerca de 1,5 milhões de abortos
ilegais por ano. Desses, 10% das mulheres morrem ou E quando se fala em aborto é impossível deixar de
ficam com sequelas. São mulheres que não têm constatar a precariedade do atendimento de saúde à
condições de pagar entre R$1.500 e R$2 mil por um mulher e à população em geral. O SUS não disponibili-
aborto em alguma clinica clandestina, com um mínimo za facilmente, nos postos de saúde, métodos contra-
de segurança para sua vida. Um dos métodos mais ceptivos de forma gratuita, muito menos há disponibi-
utilizados é o Citotec, uma medicação utilizada para lidade de ginecologistas para atender, gratuitamente,
tratar úlceras estomacais, e que, em altas dosagens, às mulheres trabalhadoras. As filas de espera são
provoca contrações uterinas. Agulhas de tricô e outros enormes. O acompanhamento das gestações também
objetos pontiagudos também são bastante utilizados e é precário e reflete o sucateamento geral a que está
põem em risco a vida da mulher. Com isso, a curetagem submetida a saúde.
pós-aborto foi a intervenção mais realizada no Sistema
Único de Saúde (SUS) entre 1995 e 2007, segundo Por tudo isso, entendemos o aborto como uma ques-
levantamento do Instituto do Coração (InCor), da tão de saúde pública que deve ser legalizado! O
Universidade de São Paulo. atendimento médico direcionado à mulher também
precisa ser qualificado. Mais verbas para saúde!
20. Nada a comemorar,
muito a lutar!
O capitalismo se utiliza da opressão à mulher para trabalho o preconceito é nítido. Uma mulher ganha
melhor explorar a classe trabalhadora. Superexplora menos que um homem, mesmo exercendo a mesma
as mulheres para maior extração de mais-valia e função. Enfim, estas são algumas evidências de que
através da ideologia machista divide a classe traba- a luta das mulheres, longe de ter acabado, está só
lhadora e submete as mulheres aos mandos e começando.
desmandos de seus companheiros, relega a elas o
papel de objeto sexual e propriedade masculina, O PSTU entende, ao contrário do que pensam alguns
além de jogar em suas costas toda responsabilidade setores do movimento feminista, que a luta das
da reprodução da mão de obra, tanto com o trabalho mulheres não é uma luta contra os homens. Ao
doméstico, quanto a criação e educação dos filhos. contrário, luta contra o machismo é uma luta vincu-
lada à batalha de toda classe trabalhadora, contra
Ao longo do Sec. XX as mulheres tiveram muitas sua opressão e exploração. É uma luta junto com os
vitórias e deram passos importantes para sua homens da classe em busca do socialismo.
emancipação. Sua entrada no mercado de trabalho,
a criação da pílula anticoncepcional, a conquista do A origem da opressão machista está ligada, em sua
direito a voto e outros são exemplo de avanços raiz, à formação da propriedade privada, pois a
significativos. Mas isto em nada quer dizer que a luta submissão da mulher ao homem e o seu controle
das mulheres acabou porque já conquistaram seu sexual, através da monogamia, foi necessária para
lugar de igualdade de direitos na sociedade. Pelo garantir que a propriedade permanecesse no seio da
contrário, a cada dois segundos uma mulher é família. O machismo, e suas consequências nefastas
espancada no país. Milhares morrem em conse- às mulheres, têm em sua gênese a noção de proprie-
quência de abortos mal feitos. No mercado de dade e a divisão social em classes. Portanto, apenas
com o fim da propriedade privada e a abolição
definitiva da sociedade de classes é que podemos
realmente dar fim ao machismo.
Mas não devemos esperar o socialismo para come-
çarmos a lutar por avanços, como defendia o stalinis-
mo. A luta contra o machismo é desde já! Pelo fim da
violência, por igualdade de direitos no mercado de
trabalho, pelo direito de decidir sobre seu próprio
corpo, pelo fim da mercantilização do corpo da
mulher e uma série de outras demandas que existem
atualmente e devem ser priorizadas.
Defendemos a organização independente das
mulheres para que discutam os problemas junto das
suas companheiras de gênero. E defendemos,
também, a unidade das mulheres junto aos homens
da classe trabalhadora, para fortalecer a luta contra
o machismo, ligando-a ao fim da exploração capita-
lista e pela construção do socialismo.
21. A JUVENTUDE DE CARA PRÓPRIA!
A juventude tem um papel estratégico na luta
por uma sociedade socialista, que substitua o
Homofobia deve ser crime
sistema explorador e opressor capitalista. É previsto em lei!
necessário somar a rebeldia que move os
Apesar de dizerem que hoje é socialmente aceito que as
jovens à experiência de luta da classe trabalha-
pessoas tenham direito de seguir sua orientação sexual,
dora. Por essa razão, o PSTU gaúcho apresenta
nessas eleições uma candidatura jovem que faz o que se vê é se alastrarem casos de homofobia e
uma opção de classe! Que busca expressar a violência contra GLBT's. O preconceito é evidente na
cara da juventude e colocar o dedo nas feridas medida em que muitas LGBT's são impedidos de mani-
dos grandes poderosos. festar afeto em locais públicos. Seja repressão direta
e/ou violenta, ou velada.
Pelos direitos da mulher jovem!
A grande mídia costuma divulgar que as mulheres já A homofobia move vários casos de violência contra. Um
conquistaram tudo pelo que batalharam, que obtiveram homossexual é morto de maneira violenta a cada 3 dias
melhores salários e têm maior liberdade. Mas, na no país. Como se não bastasse, pelo próprio preconcei-
realidade, ainda são vítimas de violência e da discrimi- to, os casos de crimes de ódio são mal investigados e não
nação de gênero. Ganham aproximadamente 30% ganham a devida repercussão, deixando apagada a
menos que os homens na mesma função, uma mulher é escandalosa posição de primeiro lugar, do Brasil no
espancada no Brasil a cada 15 segundos. Este dado é ranking da violência homofóbica.
ainda mais alarmante quando se tem noção que 70%
destes casos de agressão ocorrem dentro de casa. Se por um lado existem os crimes de grupos fascistas e
skinheads, por outro lado existe a violência policial, que
As mulheres jovens sofrem mais com a falta de priorida- se dá, ou por repressão direta a estes jovens, ou pelo
de nos serviços púbicos. Quando são mães, muitas descaso com que tratam os jovens que vão à delegacia
meninas são obrigadas a deixar os estudos, já que não registrar queixa por terem sofrido violência.
existem políticas que propiciem sua permanência nas
escolas e nas universidades. Nas escolas, além de sofrerem com a discriminação dos
colegas, a recriminação por parte dos professores e da
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, que faz direção, pois a educação é utilizada como forma de
parte do Ministério da Justiça, traz dados de que a reprodução dos valores e ideologias dominantes desde
metade dos abortos são praticados por jovens entre 10 muito tempo, portanto é um sólido ponto de apoio à
e 19 anos. Sem alternativas, 27% das mulheres em idade reprodução da ideologia homofóbica.
fértil, entre 15 e 49 anos, optaram pela esterilização
definitiva. Mesmo proibido por lei o aborto responde Outra forma de discriminação a homossexuais se dá
por 10% das mortes maternas e 20% das mortes de quando não são garantidos os mesmos direitos que têm
adolescentes no país. os casais heterossexuais. Hoje, existem sete países no
Sem contar em toda pressão para padronização do mundo que aplicam a pena de morte como punição à
corpo que assola muitas meninas causando bulimia e homossexualidade. No Brasil, como na maior parte dos
outros distúrbios alimentares. países, a união civil entre pessoas do mesmo sexo não é
reconhecida. É preciso lutar para que, assim como na
África do Sul, na Bélgica, na Espanha, entre outros e
Abaixo o racismo! Pelo fim da violênci mais recentemente na Argentina, seja reconhecida a
a à juventude negra das periferias! união civil entre homossexuais.
Hoje a juventude negra e pobre, em especial a que mora
Por isso, defendemos uma educação laica e um ensino
na periferia, é a que mais sofre violência. São tratados
que respeite a diversidade sexual sem a influência de
como marginais pela polícia e são as principais vítimas das
moralismos de toda ordem. Assistência e orientação
batidas policiais. Não há diálogo, pois são julgados
para a conscientização da população sobre a saúde
criminosos de antemão. O Estado e os governos utilizam a
sexual, bem como a criminalização da homofobia, para
desculpa do tráfico para oprimir e reprimir quem mora na
que os crimes de ódio sejam tratados como tais! Direitos
periferia. Assim como as outras formas de opressão, o
Civis aos homossexuais! Sigamos o exemplo da
racismo é utilizado para superexplorar os negros, princi-
Argentina e de outros países que legalizaram a União
palmente jovens, aos quais cabem os mais baixos salários
Civil para pessoas do mesmo sexo.
e piores postos de trabalho.
22. Educação: Acesso e permanência! Pelo Passe Livre para garantir o acesso à edu-
direito de estudar! cação e à cultura
Para o PSTU a educação é um direito e não um privilégio, uma Na maioria das cidades do país, o transporte público está nas
mercadoria. Defendemos uma escola e uma universidade que mãos de empresas que garantem seus lucros altíssimos
nos permitam adquirir conhecimento e desenvolver habilida- enquanto o trabalhador gasta uma grande parte do salário
des. para garantir o acesso ao transporte, que de público só tem o
nome, para ele e sua família. Devido a esse fato como pode o
Pelas dificuldades do cotidiano, muitos só conseguem estudar trabalhador e o jovem estudante ter acesso à cultura e à arte
se puder trabalhar ao mesmo tempo. Sabe-se que, para um que se encontra concentrada nos grandes centros? O jovem
jovem da classe trabalhadora, o esforço só não basta para além de gastar com passagem no transporte “público” tem
concluir a escola e ingressar na faculdade. Faltam possibilida- que gastar também com alimentação e material de estudo. O
des de entrar e permanecer em qualquer estabelecimento de estado tem toda condição de garantir o passe livre para todo o
ensino. estudante, isso também pode ser visto como uma reivindica-
Chegar à universidade hoje em dia não é para todos; quando
muito para aqueles que podem pagar por cursinhos pré-
vestibulares, ou então pagar por uma universidade privada. A Estagiário não é escravo!
luta pelo direito à educação de qualidade, ao acesso e à Atualmente, no Brasil, os jovens são os que mais sofrem com o
permanência é uma bandeira de nosso partido. Travamos desemprego. O estágio, para a burguesia, é uma grande fonte
uma batalha diária contra as políticas de desmonte dos de lucros. Por um lado, ela dá a ideia de que está fazendo um
governos. Nossa candidatura deve ser porta-voz dos principa- favor ao oferecer uma oportunidade para o jovem “inexperi-
is anseios da nossa juventude! ente”; por outro, aproveita-se disso para explorar a mão de
? uma educação pública, gratuita, laica e da
Por obra juvenil, sem precisar respeitar os direitos trabalhistas,
qualidade! conquistados pelos trabalhadores, como 13° salário, férias,
? verbas para a educação! 10% do PIB
Mais licença-maternidade.
? Contras as PPP's! Investimento público para o ensino
público! Neste sentido, a Lei dos Estágios, embora obrigue o emprega-
? Ampliação do acesso ao ensino de qualidade e dor a fornecer vale transporte e o direito a recesso do trabalho
condições de permanência (espécie de férias), não garante condições dignas de trabalho
? Investimento na educação especial e remuneração, visto que não há piso salarial, e o pagamento
? Estatização imediata do ensino pago. Não ao ProUni! do vale pode ser reduzido do salário. Porém, como a grande
? Abaixo a enturmação de Yeda! maioria dos jovens precisa ajudar em casa, submete-se a
? Expansão de qualidade! Não ao REUNI de Lula! qualquer tipo de trabalho, para não perder a vaga. Por isso,
? Democratização do acesso ao ensino superior: pelo exige-se direitos trabalhistas para a juventude e o fim da farra
fim do vestibular, contra o Novo Enem! dos estágios, que devem ser por área de estudo para agregar à
formação profissional e não podem atrapalhar os estudos!
Drogas: debater e legalizar!
A questão das drogas na juventude tem se tornado um Pelo fim da exploração de mão de obra
problema cada vez mais comum. O número de consumidores
cresce ano após ano e não se vê dos nossos governantes uma infantil!
política séria para combater o tráfico e o uso de drogas, Segundo a PNAD 2006, 1,4 milhão de crianças e adolescentes
apenas muita demagogia revestida em campanhas que de entre cinco e quatorze anos estão trabalhando. Nessa faixa,
longe atacam o centro da questão e são carregadas de 49,4% estão no mercado de trabalho e cumprem jornada de
conteúdo preconceituoso. Há o aumento cada vez maior da trabalho doméstica, principalmente as meninas. Dos 15 aos
repressão à juventude em seus locais de cultura e lazer, e a 17 anos, 24% abandonaram a escola pelo trabalho doméstico
população pobre é a que mais sofre com a presença do tráfico ou para procurar emprego. E ainda, segundo a mesma fonte,
de drogas nos morros e favelas do nosso estado. A criminaliza- 80% desses jovens moram em domicílios cujo rendimento
ção dos usuários e a mistificação do tema são as armas mais mensal é menor que um salário mínimo.
usadas pelo governo e a mídia no dia a dia das escolas e meios
de comunicação. Entendemos que, não basta proibir o trabalho infanto-juvenil
A proibição das drogas não é mais entrave para o seu consumo como o fazem organismos internacionais com um discurso
e o acesso a elas se torna cada vez mais fácil. A infelicidade da moralista. Sabemos que o trabalho das crianças complementa
nossa juventude na sociedade capitalista é a maior causa do a renda familiar. É preciso dar condições de sobrevivência às
consumo de drogas. A falta de acesso ao lazer, cultura, famílias, investindo na abertura de postos de trabalho, com
transporte, educação e a dificuldade em conseguir um programas sociais como planos de obras públicas controlados
trabalho digno, joga a juventude em um beco sem saída e pelo Estado, que possa fornecer salários e condições verdade-
transforma as drogas no refúgio mais próximo. Exigimos a iramente dignas para os pais e mães dessas crianças.
legalização das drogas e o controle estatal de sua produção e
venda!