O documento discute a história da relação entre psicologia e educação no Brasil. Apresenta como a psicologia escolar se desenvolveu no país, influenciada pelas condições sociais e econômicas brasileiras. Também destaca os fundamentos teóricos que subsidiaram a prática da psicologia escolar e sua produção intelectual.
Relações entre conhecimento tácito e conhecimento científicopedagogiaveracruz
Este artigo discute como a categoria de competência tem sido historicamente construída nos modos taylorista/fordista e toyotista de organizar o trabalho e como isso afeta a educação. A competência é definida como um saber fazer baseado mais na experiência do que no conhecimento científico. O artigo argumenta que as competências desenvolvidas nesses modos de produção não são substituídas pelas demandas do trabalho flexível, mas incorporadas, combinando diferentes formas de usar a mão de obra. A educação desempenha um papel mediador entre trabalho e con
Práxis e formação em Psicologia Social Comunitária: exigências e desafios éti...ellen1066
Freitas, M.F.Q. Práxis e formação em Psicologia Social Comunitária: exigências e desafios ético-políticos. Estudos de Psicologia. Campinas. 32(3) 521-532 julho - setembro 2015. *
O ensino médio no contexto das políticas públicas de educação no brasilMarcos David
O documento discute as propostas de ensino médio no Brasil feitas pelo senador Darcy Ribeiro e pelo MEC entre 1996. A autora argumenta que as propostas, embora com o mesmo discurso sobre educação para o trabalho, apresentam visões irreconciliáveis. A proposta do MTB prioriza a qualificação profissional para desempregados e excluídos, enquanto a do MEC foca na preparação para a universidade.
Este documento analisa a concepção de história nos currículos dos anos iniciais do ensino fundamental do município de Cascavel e da região oeste do Paraná no contexto das políticas educacionais nacionais da década de 1990. O objetivo é investigar as relações entre esses currículos regionais e os conhecimentos exigidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais de História, confrontando as concepções de história apresentadas. Pretende-se também analisar a influência do
Este documento discute o perfil dos professores da educação superior no Brasil, especificamente no que diz respeito ao contexto de atuação e formação. Aponta que nas últimas décadas houve uma expansão significativa do ensino superior no país, porém o número de professores não acompanhou esse crescimento, sobrecarregando-os de trabalho. Além disso, as condições de trabalho pioraram e a formação docente foi diluída em diferentes espaços, sem uma regulamentação específica.
Este documento analisa as políticas públicas para o ensino fundamental no Brasil, focando nos Parâmetros Curriculares Nacionais e no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Discute como essas políticas tiveram pouco impacto na realidade escolar apesar de definirem currículos e avaliações nacionais. Questiona a consistência interna dessas políticas e seu alinhamento com os objetivos de uma educação democrática.
Este documento discute as políticas públicas voltadas à alfabetização com letramento no contexto da antecipação do ingresso no ensino fundamental para seis anos e da ampliação deste para nove anos. Analisa como essas mudanças impactam a educação brasileira e se inspira em autores como Justino de Souza Jr, István Mészáros e Demerval Saviani para compreender os desafios impostos às escolas.
Este documento discute a reformulação do ensino médio no Brasil e as razões para a reforma. A nova lei visa completar a educação básica de toda a população estudantil, preparando-os para a vida, a cidadania e o aprendizado permanente. Isso requer mudanças nos projetos pedagógicos das escolas para promover competências como comunicação, participação social e aprendizagem ao longo da vida.
Relações entre conhecimento tácito e conhecimento científicopedagogiaveracruz
Este artigo discute como a categoria de competência tem sido historicamente construída nos modos taylorista/fordista e toyotista de organizar o trabalho e como isso afeta a educação. A competência é definida como um saber fazer baseado mais na experiência do que no conhecimento científico. O artigo argumenta que as competências desenvolvidas nesses modos de produção não são substituídas pelas demandas do trabalho flexível, mas incorporadas, combinando diferentes formas de usar a mão de obra. A educação desempenha um papel mediador entre trabalho e con
Práxis e formação em Psicologia Social Comunitária: exigências e desafios éti...ellen1066
Freitas, M.F.Q. Práxis e formação em Psicologia Social Comunitária: exigências e desafios ético-políticos. Estudos de Psicologia. Campinas. 32(3) 521-532 julho - setembro 2015. *
O ensino médio no contexto das políticas públicas de educação no brasilMarcos David
O documento discute as propostas de ensino médio no Brasil feitas pelo senador Darcy Ribeiro e pelo MEC entre 1996. A autora argumenta que as propostas, embora com o mesmo discurso sobre educação para o trabalho, apresentam visões irreconciliáveis. A proposta do MTB prioriza a qualificação profissional para desempregados e excluídos, enquanto a do MEC foca na preparação para a universidade.
Este documento analisa a concepção de história nos currículos dos anos iniciais do ensino fundamental do município de Cascavel e da região oeste do Paraná no contexto das políticas educacionais nacionais da década de 1990. O objetivo é investigar as relações entre esses currículos regionais e os conhecimentos exigidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais de História, confrontando as concepções de história apresentadas. Pretende-se também analisar a influência do
Este documento discute o perfil dos professores da educação superior no Brasil, especificamente no que diz respeito ao contexto de atuação e formação. Aponta que nas últimas décadas houve uma expansão significativa do ensino superior no país, porém o número de professores não acompanhou esse crescimento, sobrecarregando-os de trabalho. Além disso, as condições de trabalho pioraram e a formação docente foi diluída em diferentes espaços, sem uma regulamentação específica.
Este documento analisa as políticas públicas para o ensino fundamental no Brasil, focando nos Parâmetros Curriculares Nacionais e no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Discute como essas políticas tiveram pouco impacto na realidade escolar apesar de definirem currículos e avaliações nacionais. Questiona a consistência interna dessas políticas e seu alinhamento com os objetivos de uma educação democrática.
Este documento discute as políticas públicas voltadas à alfabetização com letramento no contexto da antecipação do ingresso no ensino fundamental para seis anos e da ampliação deste para nove anos. Analisa como essas mudanças impactam a educação brasileira e se inspira em autores como Justino de Souza Jr, István Mészáros e Demerval Saviani para compreender os desafios impostos às escolas.
Este documento discute a reformulação do ensino médio no Brasil e as razões para a reforma. A nova lei visa completar a educação básica de toda a população estudantil, preparando-os para a vida, a cidadania e o aprendizado permanente. Isso requer mudanças nos projetos pedagógicos das escolas para promover competências como comunicação, participação social e aprendizagem ao longo da vida.
A necessidade da ic para alunos de inst particularesgisa_legal
O documento discute a importância da iniciação científica para estudantes de instituições de ensino superior privadas no Brasil. Argumenta-se que a pesquisa é essencial para proporcionar aos alunos um acesso crítico ao conhecimento, em linha com a indissociabilidade constitucional entre ensino, pesquisa e extensão. A proliferação de instituições privadas sem investimento em pesquisa pode levar à formação de profissionais menos qualificados.
1) O documento discute a política de pós-graduação no Brasil, focando na área de educação.
2) Apresenta dados sobre o crescimento do número de programas de pós-graduação no país desde 1965, mostrando uma expansão constante, principalmente em instituições estaduais e particulares.
3) Discute indicadores de avaliação da pós-graduação como a produção bibliográfica e organização dos programas em núcleos de pesquisa.
[1] O documento discute a formação e atuação dos psicólogos brasileiros com base em uma pesquisa nacional. [2] Mostra que houve um grande crescimento no número de graduados nos últimos anos, porém metade não se registram para atuar profissionalmente. [3] A maioria dos psicólogos atua na área clínica e enfrenta baixos salários e alto desemprego.
O documento discute a formação e atuação do psicólogo do trabalho no contexto da reestruturação produtiva. Aponta que a psicologia vem perdendo espaços de atuação em função de não acompanhar as novas áreas emergentes e de manter uma postura crítica em relação à reestruturação. Defende uma formação que una o técnico e o geral, capacitando os profissionais a atuarem nas novas configurações do trabalho.
A política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso sociala política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso social
Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o ManifestoLinTrab
O documento discute o Sistema Nacional de Educação oitenta anos após o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. Apresenta nove capítulos escritos por especialistas que refletem sobre o tema, analisando o Manifesto e propondo caminhos para a construção de um sistema nacional. O ministro da educação enfatiza a importância do debate para honrar a memória dos pioneiros e encontrar um modelo orgânico para a educação nacional.
O documento discute o fenômeno do mal-estar docente entre professores de matemática. Analisa como esse grupo de professores se percebe na sociedade e em suas comunidades, como interagem com orientações curriculares e como analisam resultados de avaliações. Busca entender como mudanças sociais impactam a função docente e como isso contribui para o desânimo e desprestígio da profissão, levando a uma baixa procura por cursos de formação de professores de matemática.
O documento discute o Programa Mais Educação no Brasil e sua inserção na Escola Municipal Raimunda Rodrigues Capiberibe em Laranjal do Jari, Amapá. O programa visa ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola através de atividades no contra turno para tornar a aprendizagem mais eficiente. O documento analisa como o programa vem sendo aplicado na escola, trazendo desafios e possibilidades de melhoria da qualidade do ensino.
SABERES, PRÁTICAS E APRENDIZAGEM DOCENTE DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONALProfessorPrincipiante
O tema referente aos processos de constituição dos saberes da base profissional
dos professores é alvo crescente de estudos no âmbito das ciências da educação. Esses
estudos têm como uma de suas preocupações a investigação das práticas de ensino dos
docentes em seus diferentes e singulares locais de trabalho, identificando nessas a
singularidade do conhecimento e da habilidade profissional que demarcariam a
especificidade do ofício docente.
O documento discute a importância do Projeto Político Pedagógico (PPP) na educação escolar. Argumenta-se que o PPP é essencial para dar direção e organização à escola e que sua ausência impede o desenvolvimento educacional. Defende-se também que o PPP deve ser construído de forma democrática e autônoma pela própria escola, sem imposições externas, visando a formação de cidadãos capazes.
O currículo no ensino superior estruturado emInge Suhr
O documento discute a reestruturação do currículo de 26 cursos de graduação de uma instituição de ensino superior privada com base na interdisciplinaridade. Organizou o currículo em ciclos e unidades temáticas de aprendizagem que articulam disciplinas, conteúdos e competências de forma interdisciplinar. Após um ano, os resultados foram inicialmente positivos, mas ajustes continuaram sendo necessários.
1. O documento descreve um estudo sobre a inserção profissional de educadores de infância no início de carreira e como o trabalho colaborativo pode facilitar essa inserção e promover o seu desenvolvimento profissional.
2. O estudo baseia-se em entrevistas e análise documental com cinco educadores de infância em início de carreira.
3. Os resultados preliminares indicam que o trabalho colaborativo pode facilitar a inserção profissional e socialização desses educadores, tanto em contextos de trabalho formais como informais.
Este documento discute as relações entre teoria e prática na pedagogia e na formação de professores. Apresenta uma visão dialética de que a teoria e a prática são inseparáveis, com cada uma dependendo da outra para existir. Também contrasta abordagens pedagógicas que priorizam a teoria versus a prática, argumentando que a pedagogia deve buscar a unidade dos contrários ao invés de oposições.
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: ANÁLISE PRELIMINAR DO CONTEXTO DAS REFORMAS ...ProfessorPrincipiante
Este documento analisa preliminarmente o contexto das reformas curriculares de formação de professores no Quebec, Portugal e Brasil. Discute como esses programas vêm sendo questionados e a necessidade de mudanças no modelo curricular tradicional, com foco maior na prática de ensino. Também aborda os impactos da globalização nessas reformas.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
ENTRE A DOCÊNCIA E A INVESTIGAÇÃO: IMPACTO NO INGRESSO DA CARREIRA DOCENTE NA...ProfessorPrincipiante
[1] O documento discute os desafios enfrentados por professores iniciantes na universidade brasileira, onde a ênfase na pesquisa não é acompanhada por formação adequada em docência. [2] Muitos professores têm doutorado mas falta preparo para ensinar, gerando tensão entre ensino e pesquisa. [3] É necessário dar mais valor aos saberes docentes para melhorar a formação de professores e as práticas pedagógicas nas universidades.
Este documento resume uma tese de doutorado sobre o Plano CEIBAL, uma política educativa do Uruguai que fornece computadores para todos os alunos. A tese analisa o planejamento e implementação do plano em 14 escolas, usando entrevistas e questionários. As conclusões mostram como o plano afetou as condições de ensino-aprendizagem e as mudanças promovidas no sistema educativo uruguaio.
1. O documento discute inquietações sobre o currículo do ensino fundamental em 5 programas.
2. O primeiro programa foca nos educadores e educandos como sujeitos de direitos e como isso influencia a reorientação curricular.
3. Reconhecer crianças, adolescentes, jovens e adultos como sujeitos de direitos introduz um novo referencial ético-político na educação.
[RESUMEN]
Este artículo analiza el desarrollo de la economía del conocimiento en México, enfocándose en la Educación Superior en Baja California. Explora cómo la masiva incorporación de tecnologías de la información y la comunicación, junto con los efectos de la globalización, están impulsando la transición hacia una economía basada en el conocimiento. Discute dos aspectos claves: el desarrollo tecnológico y la evolución estructural del sector educativo. Concluye que la educación, especialmente la calidad de la educación primaria y sec
O documento discute as relações entre psicologia e educação no passado, presente e futuro. No passado, a psicologia teve dificuldades em contribuir para a educação, mas hoje suas contribuições são reconhecidas, como teorias behavioristas, cognitivistas e humanistas. No futuro, é necessária uma visão psicológica mais completa sobre a natureza humana para melhorar a educação.
O documento descreve as visões tradicional, crítica e pós-crítica de currículo. A visão tradicional enfatiza objetivos e eficiência, comparando a escola a uma fábrica. A visão crítica questiona como o currículo reproduz desigualdades e a ideologia dominante. A visão pós-crítica analisa como o currículo trata temas como raça, gênero e sexualidade.
A necessidade da ic para alunos de inst particularesgisa_legal
O documento discute a importância da iniciação científica para estudantes de instituições de ensino superior privadas no Brasil. Argumenta-se que a pesquisa é essencial para proporcionar aos alunos um acesso crítico ao conhecimento, em linha com a indissociabilidade constitucional entre ensino, pesquisa e extensão. A proliferação de instituições privadas sem investimento em pesquisa pode levar à formação de profissionais menos qualificados.
1) O documento discute a política de pós-graduação no Brasil, focando na área de educação.
2) Apresenta dados sobre o crescimento do número de programas de pós-graduação no país desde 1965, mostrando uma expansão constante, principalmente em instituições estaduais e particulares.
3) Discute indicadores de avaliação da pós-graduação como a produção bibliográfica e organização dos programas em núcleos de pesquisa.
[1] O documento discute a formação e atuação dos psicólogos brasileiros com base em uma pesquisa nacional. [2] Mostra que houve um grande crescimento no número de graduados nos últimos anos, porém metade não se registram para atuar profissionalmente. [3] A maioria dos psicólogos atua na área clínica e enfrenta baixos salários e alto desemprego.
O documento discute a formação e atuação do psicólogo do trabalho no contexto da reestruturação produtiva. Aponta que a psicologia vem perdendo espaços de atuação em função de não acompanhar as novas áreas emergentes e de manter uma postura crítica em relação à reestruturação. Defende uma formação que una o técnico e o geral, capacitando os profissionais a atuarem nas novas configurações do trabalho.
A política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso sociala política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso social
Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o ManifestoLinTrab
O documento discute o Sistema Nacional de Educação oitenta anos após o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. Apresenta nove capítulos escritos por especialistas que refletem sobre o tema, analisando o Manifesto e propondo caminhos para a construção de um sistema nacional. O ministro da educação enfatiza a importância do debate para honrar a memória dos pioneiros e encontrar um modelo orgânico para a educação nacional.
O documento discute o fenômeno do mal-estar docente entre professores de matemática. Analisa como esse grupo de professores se percebe na sociedade e em suas comunidades, como interagem com orientações curriculares e como analisam resultados de avaliações. Busca entender como mudanças sociais impactam a função docente e como isso contribui para o desânimo e desprestígio da profissão, levando a uma baixa procura por cursos de formação de professores de matemática.
O documento discute o Programa Mais Educação no Brasil e sua inserção na Escola Municipal Raimunda Rodrigues Capiberibe em Laranjal do Jari, Amapá. O programa visa ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola através de atividades no contra turno para tornar a aprendizagem mais eficiente. O documento analisa como o programa vem sendo aplicado na escola, trazendo desafios e possibilidades de melhoria da qualidade do ensino.
SABERES, PRÁTICAS E APRENDIZAGEM DOCENTE DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONALProfessorPrincipiante
O tema referente aos processos de constituição dos saberes da base profissional
dos professores é alvo crescente de estudos no âmbito das ciências da educação. Esses
estudos têm como uma de suas preocupações a investigação das práticas de ensino dos
docentes em seus diferentes e singulares locais de trabalho, identificando nessas a
singularidade do conhecimento e da habilidade profissional que demarcariam a
especificidade do ofício docente.
O documento discute a importância do Projeto Político Pedagógico (PPP) na educação escolar. Argumenta-se que o PPP é essencial para dar direção e organização à escola e que sua ausência impede o desenvolvimento educacional. Defende-se também que o PPP deve ser construído de forma democrática e autônoma pela própria escola, sem imposições externas, visando a formação de cidadãos capazes.
O currículo no ensino superior estruturado emInge Suhr
O documento discute a reestruturação do currículo de 26 cursos de graduação de uma instituição de ensino superior privada com base na interdisciplinaridade. Organizou o currículo em ciclos e unidades temáticas de aprendizagem que articulam disciplinas, conteúdos e competências de forma interdisciplinar. Após um ano, os resultados foram inicialmente positivos, mas ajustes continuaram sendo necessários.
1. O documento descreve um estudo sobre a inserção profissional de educadores de infância no início de carreira e como o trabalho colaborativo pode facilitar essa inserção e promover o seu desenvolvimento profissional.
2. O estudo baseia-se em entrevistas e análise documental com cinco educadores de infância em início de carreira.
3. Os resultados preliminares indicam que o trabalho colaborativo pode facilitar a inserção profissional e socialização desses educadores, tanto em contextos de trabalho formais como informais.
Este documento discute as relações entre teoria e prática na pedagogia e na formação de professores. Apresenta uma visão dialética de que a teoria e a prática são inseparáveis, com cada uma dependendo da outra para existir. Também contrasta abordagens pedagógicas que priorizam a teoria versus a prática, argumentando que a pedagogia deve buscar a unidade dos contrários ao invés de oposições.
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: ANÁLISE PRELIMINAR DO CONTEXTO DAS REFORMAS ...ProfessorPrincipiante
Este documento analisa preliminarmente o contexto das reformas curriculares de formação de professores no Quebec, Portugal e Brasil. Discute como esses programas vêm sendo questionados e a necessidade de mudanças no modelo curricular tradicional, com foco maior na prática de ensino. Também aborda os impactos da globalização nessas reformas.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
ENTRE A DOCÊNCIA E A INVESTIGAÇÃO: IMPACTO NO INGRESSO DA CARREIRA DOCENTE NA...ProfessorPrincipiante
[1] O documento discute os desafios enfrentados por professores iniciantes na universidade brasileira, onde a ênfase na pesquisa não é acompanhada por formação adequada em docência. [2] Muitos professores têm doutorado mas falta preparo para ensinar, gerando tensão entre ensino e pesquisa. [3] É necessário dar mais valor aos saberes docentes para melhorar a formação de professores e as práticas pedagógicas nas universidades.
Este documento resume uma tese de doutorado sobre o Plano CEIBAL, uma política educativa do Uruguai que fornece computadores para todos os alunos. A tese analisa o planejamento e implementação do plano em 14 escolas, usando entrevistas e questionários. As conclusões mostram como o plano afetou as condições de ensino-aprendizagem e as mudanças promovidas no sistema educativo uruguaio.
1. O documento discute inquietações sobre o currículo do ensino fundamental em 5 programas.
2. O primeiro programa foca nos educadores e educandos como sujeitos de direitos e como isso influencia a reorientação curricular.
3. Reconhecer crianças, adolescentes, jovens e adultos como sujeitos de direitos introduz um novo referencial ético-político na educação.
[RESUMEN]
Este artículo analiza el desarrollo de la economía del conocimiento en México, enfocándose en la Educación Superior en Baja California. Explora cómo la masiva incorporación de tecnologías de la información y la comunicación, junto con los efectos de la globalización, están impulsando la transición hacia una economía basada en el conocimiento. Discute dos aspectos claves: el desarrollo tecnológico y la evolución estructural del sector educativo. Concluye que la educación, especialmente la calidad de la educación primaria y sec
O documento discute as relações entre psicologia e educação no passado, presente e futuro. No passado, a psicologia teve dificuldades em contribuir para a educação, mas hoje suas contribuições são reconhecidas, como teorias behavioristas, cognitivistas e humanistas. No futuro, é necessária uma visão psicológica mais completa sobre a natureza humana para melhorar a educação.
O documento descreve as visões tradicional, crítica e pós-crítica de currículo. A visão tradicional enfatiza objetivos e eficiência, comparando a escola a uma fábrica. A visão crítica questiona como o currículo reproduz desigualdades e a ideologia dominante. A visão pós-crítica analisa como o currículo trata temas como raça, gênero e sexualidade.
O documento discute diferentes teorias e concepções de currículo, incluindo tradicionais, críticas e pós-críticas. Aborda currículo formal, real e oculto, e propõe vários modelos como currículo construtivista, sociocrítico e integrado.
Este documento apresenta as principais teorias do currículo, incluindo teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. As teorias tradicionais enfatizam a educação geral e acadêmica, enquanto as teorias críticas analisam como o currículo reproduz as relações de poder existentes. As teorias pós-críticas focam em questões como multiculturalismo, gênero e raça. O documento também discute as tendências curriculares no Brasil ao longo do século XX.
El documento resume las respuestas de Arturo a varias preguntas sobre un proyecto de fabricación de muebles de madera. Arturo explica que realizó una buena investigación de mercado para determinar las necesidades y preferencias de los clientes. También define las variables necesarias para identificar el mercado objetivo, como las características de la región y los productos que se pueden fabricar. Finalmente, presenta un estudio financiero inicial que incluye los costos de maquinaria, personal y fuentes de financiamiento para el proyecto.
La teoría de la argumentación se refiere al diseño de discursos y estrategias de comunicación efectivos para convencer a una audiencia. Un discurso retórico efectivo consta de cuatro partes: la introducción, la exposición de los hechos, los argumentos y la conclusión. El diseño de interfaces también se beneficia de los principios de la retórica para crear experiencias digitales claras y fáciles de usar que satisfagan las necesidades de los usuarios. El proceso de diseño de interfaces incluye definir la situación y los usuarios objetivo
Este documento resume diferentes programas de asistencia financiera para PYMES a nivel nacional, en la provincia de Buenos Aires y en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Describe programas como SEPYME, PACC, Fonapyme y SGR que ofrecen asistencia financiera, bonificación de tasas y desarrollo regional. También menciona instrumentos de asistencia financiera en la CABA para innovación, calidad, eficiencia energética y producción sustentable. En la provincia de Buenos Aires promueve incentivos a la inversión, promoción industrial
El documento describe la historia y evolución de la música latina en Estados Unidos, desde sus orígenes en el norte de México hasta convertirse en un género popular entre los latinos en Estados Unidos. Explica cómo instrumentos europeos como el acordeón se incorporaron a la música norteña y cómo diferentes géneros como la cumbia y el reggaetón han ganado popularidad entre los latinos estadounidenses a lo largo de los años. También resume el papel histórico de las emisoras de radio latinas en Estados Unidos para ent
El documento describe varias tecnologías de la información y la comunicación (TIC) como el correo electrónico, las páginas web, el chat, los foros virtuales, los blogs, los wikis, la telefonía móvil y las hipermedias. También discute temas relacionados con las TIC como la superficialidad en Internet, el acoso cibernético y la pornografía infantil.
Este documento menciona varios lugares turísticos importantes de Argentina como el río Gualeguay, la costanera sur de Gualeguay, el estero del Iberá, zonas turísticas de Colón y lugares en Mendoza, Mar del Plata y Rosario. También nombra algunas atracciones turísticas globales como el lago Argentino, Alemania, el canal de Egipto, México y Brasil.
El documento describe el Día de la Tierra, celebrado el 22 de abril para crear conciencia sobre problemas ambientales. Fue establecido en 1970 por el senador Gaylord Nelson y desde entonces ha ganado popularidad mundial. Las Naciones Unidas también celebran un Día de la Tierra anualmente. La bandera de la Tierra representa al planeta sin distinciones políticas o demográficas. La Carta de la Tierra es una declaración internacional de principios medioambientales promovida por la ONU desde el 2000.
El SIDA es causado por el virus VIH que debilita el sistema inmunitario. Se transmite a través del sexo sin protección, el uso compartido de agujas y de madre a hijo. Actualmente no existe una cura, pero los tratamientos antirretrovirales pueden controlar el virus y prevenir el desarrollo del SIDA. La prevención es crucial mediante el uso de condones, la reducción de parejas y la abstinencia.
Este documento propone un recorrido hacia un terreno en Mar del Plata, Argentina para explorar las posibilidades de un nuevo edificio. Se pregunta qué podría ofrecer el edificio a la ciudad y qué podría tomar del entorno, sugiriendo que las condiciones del lugar tienen mucho potencial.
How Sweden improved patient self service with ehealthJohan Eltes
Since 2006, a national Health Advice Line – 1177 - has been Swedish residents first point of contact with healthcare. In 2006, a national patient portal was set up to facilitate form based, secure information exchange between patients and Swedish care providers. The next step was to introduce fully digitalized self-service e-services. These services offload health care personnel from manual registration tasks and improves the service to the patients. As an example, 1177 provides a national e-service for online appointment management with primary care providers across the country. Another e-service of the national patient portal provides online access to electronic health records from the majority of the EHR systems of Sweden’s 21 county councils and 300 municipalities. The appointment e-service has had a linear increase in patient transactions, starting at 25 000 per year with a current rate of 1,2 million per year. The current development is focused on tele medicine services (a national platform for remote treatment programs), the ability for the patient to share EHR data with apps and services and a national architecture for personal connected health (home monitoring). The presentation gives an overview of e-services offered to patients, their adoption and share some lessons learned.
El documento describe la anatomía y fisiología del aparato respiratorio humano, incluyendo las vías respiratorias, los pulmones, el intercambio de gases, el transporte de oxígeno y dióxido de carbono en la sangre, y la regulación de la respiración.
Este documento describe las diferentes clasificaciones y funciones de las empresas. Explica que las empresas se pueden clasificar por tamaño (grandes, medianas, pequeñas, micro), sector económico (primario, secundario, terciario), propiedad del capital (privada, pública, mixta), y forma jurídica (individual, societaria). También describe las funciones técnicas, comerciales, financieras, de seguridad, contables y administrativas de las empresas.
En 3 oraciones:
Para configurar un Access Point debes conocer su dirección IP, ingresar usando la contraseña predeterminada "ADMIN" y navegar a la configuración inalámbrica. Aquí puedes cambiar el nombre de la red, el tipo de encriptación y la contraseña. También puedes cambiar la contraseña de acceso al Access Point en la configuración avanzada.
1) O documento discute a Psicologia Escolar no Brasil e suas possibilidades de atuação.
2) Historicamente, a Psicologia Escolar focava em testes psicológicos individuais e "consertar" alunos, ignorando fatores sociais.
3) Hoje há uma mistura de práticas tradicionais e inovadoras, mas é necessário que o psicólogo atue de forma mais ampla e contextualizada com todos os envolvidos no processo educacional.
Este artigo descreve uma pesquisa sobre as práticas de psicólogos em escolas públicas no Paraná, Brasil. A pesquisa analisou como os psicólogos lidam com queixas escolares. Historicamente, a atuação de psicólogos escolares foi influenciada por uma abordagem clínica e individualista, mas agora há uma mudança para uma perspectiva histórico-cultural marxista que considera fatores sociais. Os resultados indicam que os profissionais estão em transição para práticas que envolvem todo o contexto
Wendel Umirim-ce (Resenha politicas publicas e educação)Wendel Bike
Este documento discute as políticas públicas na educação brasileira desde o século XX até os dias atuais. Aborda os posicionamentos de teóricos que ajudam a compreender o tema e analisa as políticas educacionais pensadas no Brasil. O objetivo é fazer um resgate histórico das políticas públicas na educação básica e aprofundar os conhecimentos sobre a política educacional vigente no país.
Este documento discute a evolução histórica da Psicologia Escolar/Educacional no Brasil. Inicialmente, o foco era nos testes psicológicos individuais e no diagnóstico de fracasso escolar. Mais recentemente, passou-se a considerar também fatores contextuais e sociais, e a promover a saúde e aprendizagem na escola. Atualmente, busca-se compreender as relações entre alunos, professores e contexto, visando contribuir para o processo de ensino-aprendizagem.
O documento discute a educação entre a cidadania e a liberdade de uma perspectiva filosófica. Aborda o histórico da educação no Brasil e como ela evoluiu para chegar no modelo atual. Também discute a importância da filosofia na educação e como ela pode ser usada para promover transformações sócio-educacionais.
O documento discute o papel da psicologia na educação e sociedade contemporânea a partir da perspectiva da psicologia sócio-histórica. Aborda como as mudanças sociais influenciam a escola e o desenvolvimento dos sujeitos, e argumenta que a psicologia pode contribuir para as práticas educativas considerando o desenvolvimento humano no contexto social e cultural. Também reflete sobre a educação infantil e o papel da escola no desenvolvimento saudável das crianças.
O documento discute a concepção de estágio supervisionado em espaços não escolares e a atuação de pedagogos nesses ambientes. Ele analisa documentos curriculares e legislação para compreender melhor o estágio nesses espaços, mostrando que é possível oferecer experiências pedagógicas diferenciadas que respeitem cada espaço. Também discute a educação não formal e exemplos de espaços onde ocorre, como organizações comunitárias e de idosos. Por fim, relata experiências de estágio em um hospital e casa de idosos.
Avaliação do plano nacional de educação 2001 2009 questões estruturais e conj...pedagogiaveracruz
Este artigo avalia o Plano Nacional de Educação 2001-2009 no Brasil, discutindo suas limitações estruturais e conjunturais como política pública e analisando as concepções de educação e Estado em disputa durante sua formulação e implementação. O autor argumenta que o PNE expressa um modelo de cidadania regulada e restrita e que é necessária uma nova proposta coletiva para 2011-2020 que estabeleça uma política de Estado efetiva para a educação.
1) O documento discute os desafios enfrentados pelas universidades brasileiras em tempos de incerteza e riscos constantes;
2) Uma das tarefas das universidades é formar indivíduos capazes de lidar com a imprevisibilidade da sociedade moderna ao invés de prometer sucesso profissional;
3) A universidade não deve se render à lógica do mercado de trabalho e dos diplomas, mas sim promover uma ampla formação intelectual.
A contribuição do serviço social na formação e qualificação dos jovens salvad...Pricrisostomo
1) O documento discute a inserção de jovens no mercado de trabalho através da contribuição do serviço social na formação e qualificação profissional.
2) O objetivo é analisar como o serviço social ajuda na formação e qualificação de jovens em situação de vulnerabilidade social.
3) A pesquisa teve abordagem qualitativa para entender como projetos sociais transformam a vida desses jovens e famílias.
O documento discute as políticas educacionais e sua gestão ao longo das décadas de 1980 a 1990, quando organizações multilaterais como o Banco Mundial passaram a influenciar as políticas dos países periféricos. Também analisa como as reformas do Estado a partir da década de 1990 orientaram as políticas educacionais de acordo com as demandas do mercado capitalista globalizado. Por fim, aborda os desafios atuais em assegurar a democratização e a inclusão social na educação.
Dissertação de mestrado fatima psicopedagogia Projovem Urbano
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a psicopedagogia na escola. A autora analisa as publicações da Associação Brasileira de Psicopedagogia entre 1984 e 1994 para avaliar se a psicopedagogia representa um retorno ao "psicologismo" na educação. Os resultados indicam que as publicações davam ênfase às abordagens clínicas e patologizantes da psicologia, enfatizando explicações individuais e fragmentadas para as dificuldades educacionais. A autora argumenta que as relações
[1] O documento analisa as armadilhas causadas pela exigência de reformulação dos cursos de licenciatura no Brasil devido às novas diretrizes nacionais para a formação de professores, que pode enfraquecer o papel formador do conhecimento educacional e aprofissionalização dos professores. [2] Também discute os conflitos na universidade e analisa a experiência de pesquisa colaborativa com professores e escolas públicas, problematizando aspectos-chave como o conhecimento educacional e a parceria universidade-es
1. O documento discute as crenças de educadores sobre a inclusão de uma criança autista em uma escola de educação infantil. Analisa como as crenças dos educadores sobre o autismo podem afetar a qualidade do ensino.
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Este documento discute um estudo de mestrado sobre os sentidos atribuídos à educação superior por estudantes de graduação de uma instituição privada brasileira. O estudo analisou os valores subjacentes a esses sentidos com base na psicologia histórico-cultural. Os resultados indicam que os alunos veem a formação acadêmica como prioritária apenas se proporcionar acesso a bens materiais, emprego e autoestima, revelando a prevalência de valores não morais.
1) O documento discute a legislação e prática pedagógica na educação infantil no Brasil.
2) A educação infantil foi reconhecida legalmente na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996.
3) É importante que educadoras da educação infantil tenham formação específica, pois exercem grande influência no desenvolvimento das crianças.
1) O documento discute a legislação e prática pedagógica da educação infantil no Brasil.
2) A educação infantil foi reconhecida legalmente pela Constituição de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996.
3) É importante que educadoras da educação infantil tenham formação específica, pois influenciam significativamente o desenvolvimento das crianças.
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Este documento é um artigo acadêmico que discute as realidades e perspectivas da formação contínua de professores em Portugal. O artigo faz uma análise crítica das realidades atuais da formação contínua de professores em três níveis: o discurso sobre formação contínua, a legislação sobre formação contínua e o que de fato é feito em termos de formação contínua. O artigo também discute perspectivas para o futuro da formação contínua de professores em Portugal.
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1. 131
Psicologia: Teoria e Pesquisa
2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
Psicologia e Educação no Brasil:
Uma Visão da História e Possibilidades nessa Relação
Raquel S. L. Guzzo1
Adinete S. C. Mezzalira
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Walter Mariano de Faria Silva Neto
Pontifícia Universidade Católica (Campinas)
RESUMO - O presente artigo discute alguns elementos históricos da relação entre Psicologia e Educação no Brasil, enfatizando
sua dimensão prática e teórica. Ou seja, apresenta a Psicologia Escolar e os fundamentos que subsidiam essa prática, assim
como a produção intelectual decorrente. Ao mesmo tempo, discute os limites e dificuldades presentes nesse processo durante
os últimos 20 anos, indicando a importância da área no cenário político social brasileiro e suas direções futuras.
Palavras-chave: Psicologia Escolar; Psicologia Crítica; História da Psicologia.
Psychology and Education in Brazil:
A Historical Point of View and Possibilities in that Relation
ABSTRACT - The present article discusses some historical elements of the relation between Psychology and Education in
Brazil, emphasizing its practical and theoretical dimension. That is, it presents School Psychology and the foundations that
support this practice as well as the resulting intellectual production. At the same time, it discusses the limits and difficulties
present in this process over the past 20 years, indicating the importance of the area in the Brazilian social-political conjuncture
and its future directions.
Keywords: School Psychology; Critical Psychology; History of Psychology.
1 Endereço para correspondência: Rua Santa Monica, 136, casa 1. Cam-
pinas, SP. CEP 13.100-101. E-mail: rguzzo@mpc.com.br.
O amadurecimento de uma profissão está relacionado ao
quanto uma determinada área de conhecimento se consolida e
à perspectiva da relação que o conhecimento teórico estabelece
com a prática e com as demandas da realidade. A relação da
PsicologiacomaEducaçãonãoédiferente.Apesardeestreitae
antiga, é no bojo das circunstâncias concretas que ela se conso-
lida em teoria e prática. Discutir alguns elementos presentes na
históriadaPsicologiaEscolarnoBrasil,comopartedoobjetivo
deste trabalho, significa dizer sobre essa relação e, ao mesmo
tempo,deixarclaraaperspectivaquefundamentanossaanálise,
para que seja possível debater o futuro e as possibilidades de
avanços na consolidação dessa área, justificados pela posição
que assumimos da realidade brasileira.
Opresenteartigoestáestruturadoemtrêspartes:aprimeira
resume alguns elementos importantes da realidade brasileira
para a compreensão da história da área e de seu momento atual
no Brasil, especialmente no que se refere à atuação e formação
profissional; a segunda destaca as bases teóricas e metodoló-
gicas que sustentaram as práticas e produções científicas da
área nos últimos 20 anos, com ênfase na produção nacional; a
terceira discute o impacto dessa trajetória no desenvolvimento
da área, tanto no cenário nacional quanto internacional, eapre-
sentaumadiscussãosobreofuturo,focalizandoaformaçãobá-
sica, assim como sua produção científica e prática profissional.
Uma Visão Histórica da Área
A leitura histórica da produção e consolidação de uma
área do conhecimento pode trazer diferentes elementos e
análises, conforme posições políticas e visões de mundo que
tenham seus interlocutores. Validar a história é uma tarefa
difícil. Para Prilleltenski (2003), o conceito de validade
psicopolítica ajuda a dar sentido às análises da história por
suas consequências no cotidiano da vida e põe em curso
uma leitura das possibilidades presentes na construção de
próximos passos e produções necessárias para dar consis-
tência à área. O conceito de história de que nos utilizamos
neste trabalho parte dos fundamentos materialistas da his-
tória que, em Benjamim (1987), distingue-se de uma mera
descrição da passagem do tempo ou um nexo causal entre
vários momentos do passado. A historiografia marxista tem,
em sua base, um princípio construtivo, que reconhece a
imobilização dos acontecimentos e busca uma oportunidade
de extrair da época passada uma determinada condição de
vida, que preservada e transcendida, fornece semente para a
superação das condições do presente – do “agora”, no qual
se infiltraram estilhaços do passado. Essa é a tentativa que
fazemos ao apresentarmos aqui alguns elementos da história
da Psicologia Escolar no Brasil.
Por essa razão, a compreensão da trajetória histórica da
Psicologia Escolar somente se torna possível pelo estudo
2. 132 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
R. S. L. Guzzo & cols.
acerca do papel da Psicologia como ciência e profissão, que
surge e se aprimora em um momento histórico e social de
criação e consolidação do capitalismo. Embora não sendo
esse o principal objetivo deste artigo, é importante destacar
que o desenvolvimento do capitalismo instaurou uma nova
forma de relação social, marcada pelas relações de produção
no século XIX, que impactaram as relações no âmbito da
família, especialmente em relação ao papel da mulher nos
espaços sociais (Parker, 2007). Essas novas relações de poder
foram sustentadas por diferentes produções de conhecimento,
das quais a Psicologia fez parte. Assim, a Psicologia, como
uma disciplina, desempenhou um importante papel e uma
precisa função sob o capitalismo – a de contribuir para que
essa nova forma de sociabilidade pudesse manter o desen-
volvimento econômico.
Antes de iniciar com os apontamentos históricos que
caracterizam os passos da Psicologia Escolar no Brasil, é
preciso entender que a Psicologia, desenvolvida e aplicada
em outros países, em outras épocas históricas, serviu de
inspiração às nossas práticas e conhecimento, mas pouco
respondeu às demandas sociais presentes no cotidiano das
escolas brasileiras. Por isso, é preciso um movimento crítico
e atualizador dessa prática, com as necessárias e consequentes
revisões teóricas que a sustentem e forneçam diretrizes para
seu desenvolvimento.
O cenário brasileiro
O Brasil é um país com dimensões continentais e, portan-
to, bastante diverso em suas características, o que torna ainda
mais difícil uma tentativa de universalizar algumas de suas
principais condições. Apesar da publicação de indicadores
que representam grandes transformações sociais, políticas e
econômicas nos últimos anos, (tais como, escolaridade de
crianças e jovens, renda familiar, postos de emprego, para
citar apenas alguns), as transformações vividas nas últimas
décadas, no entanto, nem sempre apontam para o que tem
sido denominado “progresso” (Albuquerque, 1995; Januzzi,
2005). De acordo com os autores, o país acumula evidências
das consequências da industrialização ocorridas nas últimas
décadas do século passado – crescimento econômico com
desigualdade social. E essa receita de desenvolvimento,
continua presente, talvez até mais acentuada nos dias de
hoje, sem que seja possível visualizar a realidade concreta,
cada vez mais desigual e violenta, sobretudo, no sistema de
ensino cindido em público e privado.
Apenas para evidenciar essa desigualdade, dados publica-
dos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),
por Santos e Rosas (2010), apontam que, de 2008 para 2009,
a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que
divide os grupos sociais com base na renda familiar em es-
tratos percentuais de 10% em 10%, mostrou que o índice de
Gini passou de 0,521 para 0,518. Embora os dados apontem
para uma pequena queda nesse índice, o que poderia signi-
ficar uma queda nos níveis de desigualdade no Brasil, eles
não beneficiaram os 10% mais pobres da população, que não
tiveram aumento na renda mensal como consequência do
trabalho. No estrato seguinte, de 10% a 20% mais pobres,
a renda subiu apenas 0,65%. Já para os 10% mais ricos, o
aumento da renda foi de 1,75%. Os autores defendem que, o
que sustentou a queda do índice Gini e, portanto, a referência
à desigualdade social, foram camadas sociais que recebem
valores intermediários de renda, ou seja, que recebem entre
R$459,00 e R$ 710,00 de receita média mensal proveniente
do trabalho.2
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), discutidos por Melo, Setti, Lins e Weber (2010),
expressam que o analfabetismo atingiu 9,7% da população
brasileira, em 2009, o que corresponde a 14,1 milhões de
pessoas, mas nesses índices não estão incluídos os analfabetos
funcionais, de modo que o analfabetismo efetivamente pode
ser bem maior. Já a taxa de escolarização de crianças de 6 a
14 anos atingiu 97,6% dessa população. Esses dados mostram
que, mesmo com a quase totalidade de crianças ingressando
na escola com 6 anos, isto não assegura sua permanência ou
que se alfabetizem na qualidade esperada para a continuida-
de de seus estudos. Os relatórios oficiais não revelam, com
a devida clareza, a evasão da escola ou as dificuldades que
estão subentendidas nos indicadores de analfabetismo do país.
Esse quadro torna-se um importante cenário para a análise
da inserção profissional da Psicologia brasileira, conside-
rando que o campo de atuação – as escolas e outros espaços
educativos não formais – revela e mantém a desigualdade em
sua essência por sua própria estrutura e dinâmica.Arealidade
da escola pública brasileira é muito diferente da realidade da
escola privada e, é na escola pública que estudam a quase
totalidade das crianças brasileiras. Com isso, reproduz-se,
em todos os níveis de escolarização, o despreparo e as
dificuldades para que a Psicologia possa ser ferramenta de
promoção do desenvolvimento de crianças e adolescentes -
sem políticas públicas para o ingresso dos profissionais de
Psicologia na rede pública de ensino, cada vez mais, esse
cenário se distancia da formação profissional e de seu campo
de produção intelectual.
Com relação à atuação do profissional de Psicologia no
campo educativo, é preciso levar em conta uma multiplici-
dade de aspectos que passam por uma análise da realidade
de maneira ampla e crítica, envolvendo um corpo de conhe-
cimento não apenas da Psicologia, mas de outras áreas de
saberes e práticas, como a Filosofia, a História, a Pedagogia
etc. (Maluf, 1994; Maluf & Cruces, 2008; Meira, 2000).
A história da Psicologia no Brasil, de acordo com Patto
(1984), divide-se em três grandes períodos: o primeiro, de
1906 a 1930, na 1ª República, marcado por estudos de labo-
ratório num modelo europeu e sem a preocupação de intervir
na realidade; o segundo, de 1930 a 1960, marcado pelo tec-
nicismo de origem norte-americana; e o terceiro, a partir de
1960, quando o trabalho do psicólogo passa a ter uma forma
mais adaptacionista – a figura do psicólogo escolar era tida
como a de solucionador de problemas, especialmente os de
comportamento e aprendizagem. Outros autores também
analisaram essa área e sua relação com a realidade política,
econômica e social.
Almeida (2002), por exemplo, descreve, primeiramente,
que a Psicologia associada aos experimentos laboratoriais
marcou o surgimento da área, no início do século, sem que,
2 Mais dados sobre esses indicadores podem ser acessados no artigo dos
autores pela página do IPEA (www.ipea.gov.br).
3. 133Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
Psicologia e Educação
contudo, tenha tido impacto de mudança na realidade. Poste-
riormente, na segunda metade do século passado, o modelo
que vigorou foi o das tendências psicométricas, em especial a
aplicaçãodetestespsicológicos,osquaissefundamentavamna
proposta clínica voltada para o diagnóstico ou para a mensura-
ção característica da ciência positivista, com vistas à predição
e controle. Esse modelo de atuação e o corpo de conhecimento
de então contribuíram para a segregação de crianças em salas
especiais e classificação de aptos e não aptos para o desenvol-
vimento nos espaços educativos. Estava aí a raiz da política de
exclusão da escola, sobretudo da que se destinava à população
mais pobre e oriunda da classe trabalhadora.
Yazlle (1990) aponta que, antes de 1964, mesmo com
propostas aparentemente avançadas, a Psicologia exercida
no Brasil era comprometida, predominantemente, com o
conservadorismo e o reprodutivismo social. Já para Tana-
machi (2000), somente a partir de 1980, com a retomada
democrática no país, é que passou a ser presente em alguns
municípios o trabalho dos psicólogos escolares e, com isso, a
construção de um movimento político na área para se repensar
a prática profissional nesse campo de atuação.
Não podemos deixar de ressaltar que as desigualdades
sociais são mantidas pelas discrepâncias que se concretizam
em relação ao nível de escolaridade de crianças e adolescentes
que frequentam o ensino público. De acordo com Guzzo,
Martinez e Campos (2007), apesar de dados oficiais regis-
trarem uma quase universalidade na matrícula de crianças
em idade escolar no Ensino Fundamental, a escalada de
abandono e evasão da escola continuava consolidada no país:
apenas 36% se formaram no Ensino Médio e apenas 11%
dos jovens entraram para o Ensino Superior. Um “apartheid
educacional” sem precedentes, que exclui cerca de 80% das
crianças, adolescentes e jovens do direito ao estudo completo
até o nível superior.
É preciso destacar, também, que somente após 1995
é que o Brasil começou a sistematizar uma forma mais
efetiva de publicação de indicadores educacionais que per-
mitissem pensar mais criticamente a realidade educacional.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Ministério
da Educação, 1997) é que constituem, de certa forma, um
referencial oficial acerca desses indicadores, bem como
dos investimentos na área. Por meio dele, tem-se acesso às
propostas dos planos educacionais nacionais e internacionais
sobre educação (Ministério da Educação, 1993, 1996). Essa
medida é implantada em um período posterior à ditadura
militar vivida por 25 anos no país.
De acordo com os PCNs, durante as décadas da ditadu-
ra militar, a política educacional brasileira recaiu sobre a
expansão das oportunidades de escolarização, havendo um
aumento expressivo no acesso à escola básica. No entanto,
essa determinação não foi acompanhada pela qualificação
das condições de trabalho dos docentes e infraestrutura das
instituições educativas. Como consequência, inicia-se o des-
mantelamento do sistema público de ensino e a obediência
à agenda neoliberal circunscrita aos empréstimos e ditames
do Fundo Monetário Internacional (FMI). Altos índices de
repetência e evasão apontavam grande insatisfação de edu-
cadores e comunidades com o trabalho realizado nas e pelas
escolas. Mesmo com uma determinação de universalização
do Ensino Fundamental, decorrente de processos consti-
tuintes posteriores à ditadura e no bojo do neoliberalismo
implementado no país, a escolaridade das crianças não se
mantinha como prioridade política e os desafios tornavam a
realidade um quadro desalentador de violação dos direitos
fundamentais ao desenvolvimento e aprendizagem de todas
as crianças brasileiras. Em 1990, apenas 19% da população
tinham primeiro grau completo, 13%, o nível médio e 8%
possuíam o nível superior. Hoje a realidade mudou em índi-
ces, mas substancialmente a exclusão permanece.
Mesmo tendo apresentado significativas mudanças nos
indicadores quantitativos, o perfil da educação brasileira
durante as duas últimas décadas mantém-se distante dos
patamares de uma sociedade que se pretenda justa e iguali-
tária. Ainda vivemos com alta taxa de analfabetismo e com
crianças que se matriculam nas escolas, mas não permane-
cem ou progridem na escolaridade. Além disso, a atuação
de psicólogos não se consolida como uma política que seja
importante para alterar essa realidade.
O psicólogo nesse cenário – atuação e formação
As expectativas de intervenção do psicólogo na rede
pública vêm demonstrando que a sociedade ainda espera do
profissional a função de ajustar os estudantes ao sistema e,
ao responder a esse tipo de demanda, o psicólogo se compro-
mete com a reprodução das relações instituídas e funciona
como legitimador da desumanização do homem, quando seu
trabalho reproduz ou mantém a exclusão (Branco, 1998).
Durante muito tempo permaneceu a ideia de que a prática
do psicólogo escolar deveria estar pautada na avaliação de
crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem por
meio de instrumentos psicológicos que medissem a capa-
cidade dos alunos, separando os aptos dos não aptos para a
aprendizagem (Patto, 1990).
Esse paradigma, instituído pelos psicólogos escolares
e educadores, bem como pela formação que envolve esse
profissional ao longo de décadas, foi bastante explorado pela
literatura produzida na área (Almeida, 2002, 2003; Andaló,
1984; Gomes, 2002; Guzzo, 1996; Machado, 2004, 2005;
Machado & Souza, 2001; Maluf, 1994; Maluf & Cruces,
2008; Marinho-Araújo & Almeida, 2008; Tanamachi, 2000;
Torezan, 1999). De acordo com Guzzo e cols. (2007), a
atuação desse profissional é influenciada por políticas edu-
cacionais que impedem a presença do profissional nos espa-
ços educativos, tornando-se difícil, assim, a análise desses
elementos, já que a análise da realidade concreta deveria se
pautar em práticas concretas de psicólogos escolares.
Esse quadro, ao longo dos últimos anos, desde a forma-
lização da Psicologia como profissão, em 1962, configura-se
numa situação complexa marcada por encontros e desencon-
tros entre Psicologia e Educação diante de diferentes posi-
ções ideológicas, conceituais e práticas. Vive-se, portanto,
um movimento de tentar superar esse modelo de atuação e
de produção de pesquisas, que enfatizam problemas como
próprios dos indivíduos e que não fazem críticas às condi-
ções crescentes de desigualdade e exclusão, naturalizando
essa condição (Cruces, 2003; Marinho-Araújo & Almeida,
2008; Meira & Antunes, 2003a; Meira & Antunes, 2003b;
Meira & Facci, 2007).
4. 134 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
R. S. L. Guzzo & cols.
Durante muito tempo, a única prática do psicólogo co-
nhecida por educadores foi centrada no modelo médico de
atendimento de crianças em clínicas de psicologia. Embora
a Psicologia tenha se constituído enquanto profissão, no
Brasil, há quase 50 anos, o psicólogo escolar não tem ainda
uma posição estabelecida dentro do sistema educacional.
Isso significa que ele fica alocado em secretarias de saúde
e de assistência social, mas, raramente, no serviço público,
dentro da própria escola (Guzzo & cols., 2007).
Assim, a história da Psicologia Escolar Educacional deve
ser pensada, não apenas levando em conta alguns indicadores
quantitativos do sistema educacional resultantes de políticas
públicas que propõem a universalização do ensino, mas a
partir de raízes históricas centradas na teoria da carência
cultural, conforme apontada por Patto (1990). Esse funda-
mento se traduziu pela legitimação de preceitos clínicos, ou
seja, na realização de práticas individualizantes dentro de
espaços educacionais que propagam a ideia, especialmente
para os educadores, de que questões educacionais centram-se
em problemas dos alunos ou, no máximo, de suas famílias.
Para Marinho-Araújo (2009a), um levantamento reali-
zado pelo Conselho Federal de Psicologia, no ano de 2004,
demonstrou que apenas 11% dos psicólogos inscritos exer-
ciam atividades relacionadas à Psicologia Escolar.Ainda para
essa autora, as publicações na área da Psicologia Escolar,
no entanto, demonstram que a atuação desse profissional,
embora em número significativamente pequeno, vem se
consolidando e propondo novas formas de intervenções,
não apenas nas escolas, mas em todo o contexto educativo
indiretamente relacionado ao contexto escolar.
De acordo com Tanamachi (2000), somente a partir da
década de 1990 é que a grande diversidade do trabalho do
psicólogo educacional, para além dos muros da escola, trouxe
reflexões mais críticas acerca da formação e atuação desse
profissional. Essas últimas décadas foram mais marcadas por
novos encontros entre Psicologia e Educação, assumindo um
direcionamento dialético da compreensão do desenvolvimen-
to humano e não apenas das dificuldades de aprendizagem e
comportamento, mas que perpassam ambientes mais amplos
do contexto educacional como, por exemplo, espaços comu-
nitários, núcleos, associações, entre outros.
A atuação dos psicólogos escolares tem defendido a es-
cola em sua função social e política como espaço marcado
por diversas contradições, mas também como possibilidade
de criação de uma sociedade mais justa, conforme discute
Marinho-Araujo (2009b). Por isso, destaca-se sua importân-
cia enquanto local de atuação para o psicólogo escolar, mas
não restrito a ela.
Ao psicólogo escolar cabe a função de contribuir, junto
com educadores, para a promoção da aprendizagem e do
desenvolvimento das crianças, a partir de uma perspectiva
mais integral do sujeito do que vem enfatizando a escola. Ou
seja, além do desenvolvimento cognitivo, deve-se promover
o desenvolvimento emocional, social e motor por meio de
intervenção com as crianças, suas famílias e comunidade.
Essa perspectiva foi o que motivou a criação da Associação
Brasileira de Psicologia Escolar (ABRAPEE), em 1990, que,
no entanto, apesar de sua consolidação com a promoção de
eventos da área e edição de uma revista científica específica,
ainda não conseguiu um impacto essencial na aproximação
entre os profissionais de Psicologia e as escolas.Antes disso,
a Psicologia Escolar era uma área de aplicação da Psico-
logia, definida como obrigatória pelo Currículo Mínimo
estabelecido pelo Conselho Federal de Educação, em 1962,
pelo parecer 403/62; hoje é apenas uma formação eletiva
aos estudantes que cursam a graduação em Psicologia. O
Currículo Mínimo foi mantido quase que sem modificações
até que a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (Ministério da
Educação, 1996) mudasse essa condição. Os Currículos Mí-
nimos foram extintos e em seu lugar estabelecidas Diretrizes
Curriculares Nacionais - DCNs (Ministério da Educação,
2004) que, por meio do estabelecimento dos Núcleos Comuns
e áreas de ênfases curriculares ou de aprofundamento de
estudos, acabam definindo que os cursos de graduação em
Psicologia devem oferecer, no mínimo, duas ênfases para
formação do psicólogo. Essa situação diversifica a formação
dos estudantes no território nacional, propiciando isonomia
na certificação profissional, porém com distintas possibili-
dades de estudo e prática profissional. Ao mesmo tempo,
mantém a formação clínica como predominante na maioria
dos cursos de graduação do país.Asituação não muda, apesar
de mudarem as políticas.
Em 2007, o Conselho Federal de Psicologia reconhece a
Psicologia Escolar como uma especialidade, sem que nenhum
passo tenha sido dado para o reconhecimento da importância
do psicólogo dentro das escolas, sobretudo pelos educadores.
Com esse reconhecimento, fica marcado o modelo de atuação
do psicólogo no âmbito da educação formal, com a realização
de pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou cor-
retiva em grupo e individualmente, como se fosse possível
uma mudança da realidade apenas por uma resolução tirada
no âmbito da entidade da categoria profissional.
Coerente com a questão apontada acima, Gomes (2002)
aponta que traçar um perfil da atuação do psicólogo escolar
no Brasil tem sido muito complicado, tendo em vista que
existe uma distância entre o papel atribuído ao psicólogo no
campo teórico e as demandas que se espera sejam atendidas
no cotidiano da escola. Portanto, há a necessidade de se
contextualizar a ação do psicólogo na realidade educacional
e social brasileira, ao mesmo tempo em que se institui sua
regulamentação para atuação nos espaços educativos.
É preciso que sejam criadas referências para a atuação do
psicólogo no contexto da escola, mas há também dificuldade
em delinear um perfil de atuação profissional, bem como
de articular a prática à teoria (Marinho-Araújo & Almeida,
2008). Essas autoras apontam que a ausência de articulação
entre teoria e prática tem sido relacionada às deficiências na
formação do profissional e propõem a introdução do ensino
de pesquisa no contexto da graduação universitária como
requisito essencial à formação do psicólogo escolar.
AAssociação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP),
criada com a finalidade de acompanhar a formação profis-
sional, vem produzindo debates que, por um lado, apoiam
a importância de Diretrizes e por outro, tornam evidente a
necessidade de maior aprofundamento de seu conteúdo pelo
próprio corpo docente e coordenadores de curso e suas estrutu-
ras curriculares. Mesmo carregada de boas intenções, aABEP
não consegue organizar um debate nacional sobre a formação
do profissional de Psicologia, que responda às necessidades e
características da realidade brasileira.As discussões ampliam
5. 135Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
Psicologia e Educação
as possibilidades de se estruturar a formação, diversificando os
espaços de aprendizagem, criando mecanismos de integração
e ampliando a interação, de modo a desenvolver habilidades e
competências transversais. No entanto, continua a prolifera-
ção de cursos de formação básica em Psicologia, sem qualquer
critério de qualificação profissional, o que dificulta uma ação
política de maior abrangência e consequência.
Souza (2007) aponta que é das Instituições de Ensino Su-
perior (IES) que surgem experiências acerca da formação em
Psicologia Escolar e atuação dos profissionais e que, portanto,
faz-se necessário indagarmos a respeito de como se tem dado
a apropriação dos conhecimentos produzidos dentro desses
espaços acadêmicos pelos profissionais que se encontram na
rede pública de ensino.Aautora ainda lança questionamentos
acerca de quais políticas vêm sendo geradas por essa atuação
frente à demanda escolar, fazendo-nos perceber a distância
existente entre a teoria e a prática nessa área.
Aoportunidade de formar psicólogos escolares reveste-se
de grandes desafios, tendo em vista as dificuldades presentes
nas estruturações curriculares dos cursos na formação inicial
do psicólogo e na crescente despolitização que estudantes e
professores revelam por suas produções e intervenções na
realidade. É urgente a necessidade de se repensar uma for-
mação voltada para atuação profissional politicamente mais
comprometida com a demanda dos contextos educacionais
brasileiros (Guzzo, Costa & Sant´Ana, 2009).
De acordo com Meira (2000), o pensamento crítico pre-
sente atualmente na Educação a coloca para além da posição
de instrumento reprodutor da sociedade. As relações com
a sociedade e as diversas áreas do conhecimento tornam a
Educação um espaço onde conflitos e rupturas, em uma pers-
pectiva dialética e contraditória, podem possibilitar processos
emancipatórios e de transformação. É por representar um
espaço repleto de diferentes mediações e múltiplas determi-
nações, que a realidade educacional retoma sua importância
social enquanto instância essencial para compreensão de
práticas e conhecimento historicamente acumulados.
Um avanço no que se refere a esse pensamento hegemô-
nico foi ressaltado por Tanamachi (1992). Essa autora indica
a existência de publicações de diversos autores sobre uma
compreensão mais crítica da Psicologia, especialmente no
campo educacional, desde o início da década de 1980. Guzzo
(1999) aponta a necessidade de transformação do psicólogo
escolar para um profissional com formação política mais con-
sistente, o que poderia ocorrer, principalmente, por meio de
mudanças em sua formação acadêmica. No que diz respeito
à organização da área de Psicologia Escolar, mais especifi-
camente a partir de 1999, foi criado um Grupo de Trabalho
em Psicologia Escolar/ Educacional naAssociação Nacional
de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).
Esse grupo vem produzindo, nos últimos anos, publicações
que também denotam uma preocupação em contribuir para
essa discussão a partir de relatos dos participantes sobre
a pesquisa, a formação e a prática do psicólogo escolar,
contemplando uma variedade de áreas e eixos temáticos
(Almeida, 2003; Campos, 2007; Del Prette, 2001; Guzzo,
1999, 2009; Marinho-Araújo 2007, 2009a; Martínez, 2005;
Wechsler, 2008).
Esses são estudos que representam um esforço em direção
à transformação da formação e atuação do psicólogo escolar
e educacional, mas que podem ser considerados avanços na
busca de novos horizontes.
Os Fundamentos Teóricos e os Compromissos
Assumidos com a Produção Científica:
Como e Para Quê?
O corpo de conhecimento que a Psicologia produz é
uma fonte importante na análise da história da relação entre
Psicologia e Educação, porque evidencia diversos elementos
presentes na forma como o pesquisador fundamenta seus
estudos e compreende a realidade.Ao fazer uma investigação
sobre a Psicologia Escolar e Educacional no Brasil, pude-
mos constatar que esta é uma temática presente na literatura
educacional. Alguns levantamentos já foram realizados no
passado sobre essa área com o objetivo de conhecer o estado
da produção científica (e.g., Neves, Almeida, Chaperman
& Batista, 2002; Oliveira, Catolice, Joly & Santos, 2006;
Santos & cols., 2003).
Alguns estudos procuraram sistematizar a presença de
pesquisas da área em eventos específicos ou veículos cien-
tíficos de divulgação do conhecimento. O levantamento de
Santos, Oliveira, Joly e Suehiro (2003), ao analisar as pro-
duções científicas apresentadas no I Congresso Nacional de
Psicologia Ciência e Profissão, constatou que as principais
temáticas relacionadas à área centravam-se nas necessidades
especiais, formação do educador e orientação profissional.
Com relação à modalidade de pesquisa, predominou o relato
de pesquisa seguido do relato de experiência. A respeito da
análise dos dados, a análise qualitativa correspondeu a 49%,
as quantitativas, a 40%, e as mistas (qualitativa e quantitati-
va), a 4%, sendo que os trabalhos que não especificaram as
abordagens utilizadas corresponderam a 7%.
Já a investigação de Oliveira, Catolice, Joly e Santos
(2006), sobre a produção científica de 10 anos (1996-2005)
da revista Psicologia Escolar e Educacional, identificou que
as principais temáticas estudadas foram: testes/construção
de instrumentos, método de ensino/aprendizagem, leitura,
criatividade e aspectos afetivos/ emocionais, inteligência/
raciocínio/cognição, Psicologia Escolar e relação família/
escola, entre outros. Com relação à escolaridade dos parti-
cipantes, o Ensino Superior e o Ensino Fundamental são os
mais presentes nas pesquisas.
Essas investigações contribuíram para a análise das
pesquisas na área da Psicologia Escolar e Educacional no
Brasil e acrescentam elementos para uma reflexão da história
que vem sendo produzida na área. Para complementar essas
informações e fundamentar a crítica de como vem sendo
construída essa história, buscamos sistematizar a produção na
única revista brasileira que concentra, como linha editorial,
os estudos e pesquisas provenientes da área da Psicologia
Escolar. Mesmo sabendo que uma revista científica nem
sempre se mantém fiel à sua linha editorial, essa breve re-
visão feita na revista Psicologia Escolar e Educacional, no
período de 1996 a 2009, tem o objetivo de apontar os passos
da produção científica da área nessa última década. Mesmo
reconhecendo os limites de um levantamento como este para
uma análise aprofundada da história da produção científica
nacional, podemos dizer que alguns elementos encontrados se
6. 136 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
R. S. L. Guzzo & cols.
configuraram como importantes para a síntese que buscamos
fazer sobre o corpo de conhecimento produzido e sua relação
com as demandas da realidade.
Iniciamos com a busca das publicações que se encon-
travam na modalidade “Artigo”, no período examinado, e
destes, os que tratavam da Psicologia Escolar, totalizando
23 produções para a análise. Cada artigo foi estudado com
base em uma Ficha de Análise dos Artigos, de tal forma
que pudéssemos organizar nossas reflexões para o presente
trabalho (ver Anexo 1). Em seguida, foram investigadas as
linhas de pesquisa dos 58 autores envolvidos com os artigos
selecionados, com o objetivo de identificar a abordagem
teórica. Apenas 46 dos 58 autores estavam envolvidos em
uma linha de pesquisa relacionada à área de conhecimento.
As linhas foram identificadas e organizadas para análise.
Ao identificar a produção específica por ano na revista
estudada, verificamos oscilações no número de artigos pu-
blicados por ano, mas a produção nos últimos cinco anos foi
superior (52,3%) àquela dos cinco anos anteriores (30,2%),
conforme mostrado na Tabela 1. No que se refere à modali-
dade de pesquisa, prevaleceram o relato de pesquisa (39%)
e o estudo teórico (35%), seguidos pela revisão da literatura
(17,5%) e pelo relato de experiência profissional (8,5%). Isso
denota que as pesquisas advindas da experiência profissional
ainda não têm sido destaque nessa área, apesar de existirem
diversas produções que discutem o papel e a atuação do psi-
cólogo escolar, revelando uma prevalência teórica (52,5%)
na discussão desse tema.
Essa caracterização reflete, sem dúvida, uma conjuntura
política e social que ainda não delimita o espaço do psicó-
logo escolar na rede pública, enquanto cargo estabelecido
na maioria das regiões do país. Os dispositivos legais que
circunscrevem essa implementação possuem textos pouco
contundentes, como é o caso da LDB, que não regulamenta
a função do psicólogo e situa os seus serviços dentre outras
formas de assistência social. Pesquisas recentes, como a de
Martínez (2007), por outro lado, revelam que o psicólogo
não tem ocupado os espaços de deliberação política e tem se
distanciado dos debates nacionais sobre as políticas públicas
de educação.
Com relação às pesquisas empíricas, os estudantes univer-
sitários foram os participantes mais frequentes (62,5%). Da
mesma forma, entre 1995 e 2004, estudos sobre a avaliação
psicológica no contexto escolar tiveram como participantes
da pesquisa estudantes universitários e alunos do Ensino
Fundamental, conforme resultados do levantamento feito por
Oliveira e cols. (2007). Observamos, também, que os instru-
mentos de coleta de dados mais utilizados foram entrevistas,
questionários e escalas, sendo os dados obtidos analisados
por meio de técnicas estatísticas ou a partir de procedimentos
de análise de discurso ou de conteúdo.
Esses achados coincidem com a crítica apresentada por
Parker (2007) à história da Psicologia e sua conformação na
atualidade – uma ciência comprometida com a manutenção
da ordem capitalista que pouco ou nada contribui para sua
transformação. Segundo esse autor, a prevalência de uma
abordagem quantitativa na produção do conhecimento não
revela elementos da realidade concreta porque se concentra
em descrições pouco ou nada refletidas sobre alguns seg-
mentos dessa mesma realidade. A maioria dos estudos por
ele analisados utilizou estudantes universitários como parti-
cipantes, o que, segundo a sua concepção, acaba contribuindo
para uma visão reducionista e parcial da realidade. Em outras
palavras, esse tipo de produção, que mais concorre com
um produtivismo voltado ao coroamento de pesquisadores
isolados, em nada contribui para uma construção histórica
compromissada com a mudança da realidade.
Sampaio (2010), ao fazer uma análise das pesquisas
que fizeram levantamentos na área da Psicologia Escolar,
mostrou-se curiosa com a conclusão de que o nível esco-
lar mais estudado ao longo desses últimos 10 anos (1999
a 2009) tem sido o Ensino Superior. Para essa autora, as
pesquisas não se voltam para o Ensino Superior porque
enxergam uma prioridade ou zona de alto interesse, mas
porque os participantes mais disponíveis têm sido os alu-
nos dos cursos de graduação, tornando-se uma situação
confortável para quem coleta os dados. Assim, conforme
considera a autora:
os trabalhos analisados não tinham como foco e temática
questões relativas à Educação Superior, os informantes desses
estudos é que eram universitários, especialmente iniciantes ou
concluinte. (Sampaio, 2010, p. 98)
No entanto, é importante considerar que uma reflexão
recente, conduzida por Marinho-Araújo (2009a), retrata a
imersão da área da Psicologia Escolar no campo do Ensino
Superior. A autora sugere que essa remodelação nas frentes
de atuação reflete a ampliação das demandas contemporâneas
pelos estudos desenvolvidos no âmbito da Psicologia Escolar/
Educacional. O entendimento de que as instituições educati-
vas, quaisquer que sejam elas, concretizam as relações entre
educação, sociedade, subjetividade e cidadania têm guiado e
motivado a inserção de estudos e pesquisas no contexto do
Ensino Superior, bem como nos demais níveis de ensino, até
a educação informal.
Tabela 1. Número de artigos (N) por ano publicados na revista Psicologia
Escolar e Educacional.
Período N %
1999 4 17,50
2000 1 4,30
2001 1 4,30
2002 1 4,30
2003 1 4,30
2004 3 13,00
2005 3 13,00
2006 2 8,75
2007 1 4,30
2008 2 8,75
2009 4 17,50
TOTAL 23 100
7. 137Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
Psicologia e Educação
Um aspecto que chama a atenção, ao analisarmos a produ-
ção científica da área nesses últimos 10 anos, é a abordagem
teórica que serve de fundamento a esses estudos. Algumas
puderam ser identificadas por terem sido mencionadas nos
próprios trabalhos ou nas linhas de pesquisas dos autores.
Dentre elas, as abordagens histórico-cultural e cognitiva
foram as mais indicadas nos artigos encontrados, conforme
indicado na Tabela 2. Uma análise dos temas estudados
mostra que, em 10 anos, a área ainda reflete sobre a relação
entre Psicologia e Educação, sobre a formação e atuação do
profissional de psicologia nesse campo, sobre a produção
científica na área e sobre a Psicologia Educacional como
disciplina nos cursos de formação de licenciatura. Poucas são
as construções e exercícios teóricos sobre categorias impor-
tantes relacionadas à realidade educacional brasileira, como
violência na escola, processos de exclusão, dentre outras.
Interessante notar que, em relação à autoria dos artigos,
no ano de 1999, a maioria das produções era individual,
enquanto, nos últimos três anos, a maioria dos artigos teve
autoria coletiva, predominando aqueles com quatro autores,
conforme apresenta a Tabela 3. Isso revela uma resposta rá-
pida às políticas educacionais referentes à produção científica
na pós-graduação, que estimula a publicação de trabalhos dos
pesquisadores e seus estudantes.
É importante considerar que ainda há uma distância na
produção entre a pós-graduação e a graduação: dos 23 artigos,
apenas 4 (17,5%) corresponderam a pesquisas realizadas
entre professores de pós-graduação e alunos de graduação
(verTabela 4). Estudantes de pós-graduação têm como meta a
formação em pesquisa e para o Ensino Superior e, de acordo
com a atual política educacional, precisam produzir conhe-
cimento no âmbito de seu grupo de pesquisa. Com isso, a
produção na área de Psicologia Escolar também revela que
doutores, mestres e estudantes de pós-graduação têm sido
responsabilizados pela autoria da produção na área (72%),
conforme indicado na Tabela 5.
Como a pesquisa brasileira ainda se concentra em insti-
tuições de Ensino Superior, dentro, portanto, dos cursos de
pós-graduação, a produção na área da Psicologia Escolar não
difere dessa constatação.Aprodução avaliada apresentou-se
concentrada em 52% de universidades privadas e 48% de
universidades públicas, predominantes nas regiões sudeste,
centro-oeste e sul. É importante destacar que o acúmulo da
produção científica na região sudeste deve-se ao fato de que
essa região é a que concentra a maior parte dos cursos de
psicologia no país (Yamamoto, Souza & Yamamoto, 1999).
Outros elementos que chamam a atenção nessa análise da
produção científica na área são o financiamento das pesquisas
e as referências mais utilizadas. Quanto ao financiamento
das pesquisas, é importante notar a presença das agências
de fomento: 12% são financiadas pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 8%
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), 8% pelo Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e 4% pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),
sendo que 68% não mencionaram se tiveram apoio financeiro.
Isso revela que as agências sustentam parte da produção na
área, pelo menos sob forma de apoio ao estudante de pós-
graduação, graduação ou grupos de pesquisa, mesmo que
ainda incipiente. O outro elemento diz respeito às referências
utilizadas – grande parte delas ainda internacionais (42%).
Em geral, tanto nas referências nacionais quanto nas inter-
nacionais, prevaleceram artigos, capítulos de livros e depois
livros, teses e dissertações. Apesar de existirem publicações
nacionais, a área da Psicologia Escolar e Educacional ainda
se utiliza de fundamentos teóricos e produções internacionais
para discutir algumas temáticas da realidade brasileira.
Diante destes dados, uma síntese possível é que, distante
da realidade concreta, a produção científica da área parece
mais voltada a sustentar a produção de programas de pós-
graduação, seus estudantes e professores, do que de fato
problematizar a área com outros setores e produzir substratos
teóricos para a mudança da realidade. O psicólogo não está
presente nas escolas e, por isso, produz um conhecimento
que tangencia os verdadeiros problemas da área.
Os Resultados Dessa Caminhada:
Olhando Para o Futuro
Parece difícil uma análise das possibilidades de futuro
para a pesquisa brasileira, em especial a pesquisa na área da
Psicologia Escolar, ou Psicologia no campo educativo, por-
que temos clareza de que a realidade educacional brasileira
não se modificará pela ação da Psicologia em seu interior.
Tabela 2. Número de artigos (N) em função das abordagens teóricas (*).
Abordagem teórica N %
Psicologia histórico-cultural 13 28,0
Processos cognitivos 11 24,0
Teorias motivacionais 4 8,5
Representações sociais 2 4,5
Psicologia da aprendizagem 2 4,5
Gestalt, psicometria, psicologia crítica e psicanálise 4 8,5
Não mencionado 10 22,0
TOTAL 46 100
(*) Um mesmo artigo pode ter indicado mais de uma abordagem teórica.
8. 138 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
R. S. L. Guzzo & cols.
Ao mesmo tempo, é preciso que cumpramos o papel
de construirmos as bases para que a Psicologia, nessa área
de aplicação, possa mais do que descrever a realidade de
forma acrítica distante e protegida nos programas de pós-
graduação; para que, de fato, se insira nessa realidade de
forma concreta e, assim, colabore para que relação entre
teoria e prática fecunde mudanças reais, tanto para a for-
mação dos psicólogos quanto para sua contribuição para o
cotidiano das escolas.
No entanto, é preciso reconhecer que, quando buscamos
um corpo de conhecimento que nos ajude a melhor com-
preender a realidade e iluminar os caminhos que devemos
percorrer, devemos encontrar uma produção que se aplique
à nossa realidade – uma psicologia crítica. E essa produ-
ção crítica deve ter critérios diferenciados de validade de
teorias científicas e práticas profissionais, quais sejam: a
preocupação constante com a realidade social imediata; a
vocação emancipadora, que se funda no processo de tomada
de consciência sobre a vida nas condições de exploração e
dominação; e o caráter reflexivo, que se pauta no realismo
crítico contrário ao relativismo, no combate da razão científi-
ca a serviço do poder político e econômico. Para Martín-Baró
(1996), a validade de uma teoria não se mede por critérios
lógicos ou epistemológicos, mas por sua capacidade de ex-
plicar ontologicamante a realidade.
A produção hegemônica na Psicologia Escolar e Educa-
cional justifica as dificuldades e os desafios que são colocados
para a área - uma produção que não é práxis, não se com-
promete com a realidade concreta e não se dispõe a refletir
Tabela 3. Número de autores (N) por artigo nos anos de 1999 a 2009.
Ano 1 autor por artigo 2 autores por artigo 3 autores por artigo 4 autores por artigo Total
N % N % N % N % N %
1999 3 13,0 1 4,3 0 0 0 0 4 17,4
2000 1 4,3 0 0 0 0 0 0 1 4,3
2001 0 0 1 4,3 0 0 0 0 1 4,3
2002 0 0 0 0 1 4,3 0 0 1 4,3
2003 0 0 0 0 0 0 1 4,3 1 4,3
2004 0 0 1 4,3 1 4,3 1 4,3 3 13,0
2005 0 0 2 8,7 1 4,3 0 0 3 13,0
2006 0 0 1 4,3 0 0 1 4,3 2 8,8
2007 0 0 0 0 0 0 1 4,3 1 4,3
2008 0 0 1 4,3 0 0 1 4,3 2 8,8
2009 1 4,3 1 4,3 0 0 2 8,7 4 17,4
TOTAL 5 21,7 8 34,8 3 13,0 7 30,5 23 100%
Tabela 4. Número de artigos (N) em função da natureza da autoria.
Natureza da autoria N %
Professores de graduação 2 9
Professores de pós-graduação 4 17,5
Professores de graduação e estudantes de
graduação
4 17,5
Professores de pós-graduação e estudantes
de pós-graduação
8 35
Professores de pós-graduação, estudantes de
pós-graduação e estudantes de graduação
1 4,5
Não foi possível identificar 4 17,5
TOTAL 23 100
9. 139Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
Psicologia e Educação
para buscar caminhos, principalmente porque está distante
de uma análise que inclui elementos históricos, políticos e
sociais do momento presente.
Impossível pensar em futuro sem que se tenha uma
análise da realidade concreta que não se manifesta ime-
diatamente: a realidade concreta precisa ser investigada.
E, a dialética nos propõe uma maneira de investigação
da realidade que, segundo Kosik (1963/2002), distingue
duas qualidades da práxis humana: agir objetiva e pra-
ticamente sobre a realidade dentro de um determinado
conjunto de relações sociais e não apenas examinar essa
mesma realidade como um abstrato sujeito congoscente.
A práxis a que nos referimos é historicamente determina-
da, baseada na divisão social do trabalho, na divisão da
sociedade em classes sociais e nas hierarquias de posições
sociais que sobre elas se erguem. Conhecer a realidade
concreta é agir sobre ela e, para isso, combater o mundo
das aparências. E, ainda segundo Kosik, esse combate se
dá pela crítica revolucionária da práxis da humanidade
que coincide com o processo de humanização dos ho-
mens, pelo pensamento dialético que dissolve o fetiche
da aparência para atingir a realidade e a realização da
verdade e criação da realidade humana por um processo
de construção de possibilidades.
Dificilmente a análise histórica de uma área do conhe-
cimento pode se eximir de uma crítica aos elementos que
foram identificados como presentes nessa trajetória. É preciso
apontar que a Psicologia e os psicólogos brasileiros sempre
estiveram próximos à realidade educacional, mesmo que em
número bastante reduzido, quando se considera a totalidade
da área. Milhares de psicólogos são formados no Brasil ain-
da com o viés da Psicologia voltada para a prática clínica e
tratamento da doença, fundada no modelo médico e sob os
enfoques do positivismo, do pós-modernismo acrítico e da
ideologia da sociedade burguesa.
O rompimento com essa posição histórica e a construção
de alternativas para a Psicologia passa, necessariamente,
pela constatação e combate aos elementos ideológicos
presentes em seu interior. Como indica Parker (2007), a
presença de elementos da ideologia burguesa no interior
da Psicologia pode ser constatada pela tendência a atribuir
peso excessivo a fatores individuais para explicar compor-
tamentos sociais ou individuais; pela tendência a analisar
problemas sociais como desajustamentos psicológicos,
sem considerar a estrutura classista e socioeconômica do
sistema social; e pela tendência a desconsiderar o potencial
conformista das soluções e encaminhamentos teóricos e
práticos da Psicologia, reduzindo a possibilidade de que os
beneficiados desses conhecimentos ou serviços se tornem
conscientes da importância de influências sociais adversas
em suas vidas cotidianas.
Esta condição evidencia uma histórica luta e resistência
ao impacto da ideologia sobre a prática profissional vigente.
Resistir ao consultório particular, ao modelo médico de
compreensão do fracasso escolar, aos elementos ideoló-
gicos presentes no corpo de conhecimento da Psicologia
exigiu alguns movimentos importantes de disseminação
do que significa entender a realidade brasileira a partir da
inserção e presença no campo, não apenas pela vidraça da
universidade, mas pelas experiências cotidianas de vida
nesses espaços.
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Tabela 5. Número de autores (N) em função de sua qualificação.
Qualificação dos autores N %
Doutor 25 43
Mestre 5 8,5
Doutorandos 5 8,5
Mestrandos 7 12
Estudantes de graduação 9 16
Não identificado 7 12
TOTAL 58 100
10. 140 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 131-141
R. S. L. Guzzo & cols.
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Paulo.
Anexo 1: Modelo da ficha de análise dos artigos.
Título do artigo
Autores
Ano de publicação
Objetivo da pesquisa
Palavras-chave
Método
1. Tipo de pesquisa
2. Tipo de Método
3. Fontes de dados
4. Participantes
5. Instrumentos e materiais
6. Procedimento de análise
Referências
1. Nacionais e internacionais
2. Tipos de referências: Capítulo de livros, Livros, Dissertações,
Teses, Relatório técnico, Anais de congressos, entre outros.
Modalidade da pesquisa:
Apoio financeiro
Universidade
1. Pública ou privada
2. Setor da universidade
3. Região da Universidade
Autorias
1. Quantidade de autores
2. Formação dos autores
3. Discente ou docente
12. 142 Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 142-142
R
Princípios Normativos Para Publicação
em Psicologia: Teoria e Pesquisa
Encaminhamento de manuscrito para publicação
Ao submeter um manuscrito para publicação, o autor deve incluir uma
carta endereçada ao editor, indicando seu interesse na publicação do
trabalho em Psicologia: Teoria e Pesquisa.
Acarta deve conter informações gerais sobre o manuscrito, por exem-
plo, em qual categoria de contribuição o autor classifica seu trabalho,
se o manuscrito foi preparado a partir de uma dissertação ou tese
(informar nome de orientador e co-orientador(es), instituição, banca
examinadora), se corresponde a texto apresentado em um encontro
científico (informar quando e onde). Essas e outras informações
recomendadas aqui são úteis ao editor, por exemplo, para a verifica-
ção do cumprimento das normas de publicação, e para a escolha da
consultoria. (Sobre escolha da consultoria ver, p. ex., o editorial de
Feitosa, 1993, Vol. 9, n. 3, pp. iv-vi).
No caso de autoria múltipla, espera-se que todos os autores este-
jam de acordo com a apresentação do manuscrito para publicação.
Recomenda-se que o encaminhamento seja feito com a assinatura de
todos os autores, certificando seu interesse na publicação do trabalho
em Psicologia: Teoria e Pesquisa.
No caso de autoria múltipla, deve ser indicado o autor responsável
pela correspondência com o editor. Esse autor será considerado o autor
principal para fins de comunicação sobre o manuscrito.
Se for o caso, é na apresentação do manuscrito que o autor notifica
a existência de outros trabalhos seus, de conteúdo relacionado, já
publicados ou submetidos simultaneamente a esta ou a outra revista.
Se o manuscrito contém reprodução de partes de trabalho já publi-
cado, recomenda-se que ao submeter o manuscrito o autor já inclua
a documentação exigida, conforme o caso (permissão escrita ou
comprovação de direito de reprodução). O autor deveria notificar
qualquer pendência de copyright, se fosse o caso.
Em sua maior parte, o conteúdo deste texto foi traduzido e adaptado
de Publication Manual of the American Psychological Association
(5a
edição, 2001).