Neste capítulo buscaremos entender um pouco desse processo. Vamos enumerar alguns conceitos fundamentais e situá-los no contexto histórico e social de sua produção. Veremos que esses conceitos respondem a diferentes situações históricas, a objetos de pesquisa que foram se transformando e a novas preocupações, geradas por mudanças sociais no mundo. Começaremos pela Antropologia inglesa e suas respostas críticas ao evolucionismo social. A seguir veremos como os franceses lidaram com as mesmas questões. Finalmente, vamos tratar de algumas das grandes mudanças ocorridas no mundo no fim do século XX.
Neste capítulo buscaremos entender um pouco desse processo. Vamos enumerar alguns conceitos fundamentais e situá-los no contexto histórico e social de sua produção. Veremos que esses conceitos respondem a diferentes situações históricas, a objetos de pesquisa que foram se transformando e a novas preocupações, geradas por mudanças sociais no mundo. Começaremos pela Antropologia inglesa e suas respostas críticas ao evolucionismo social. A seguir veremos como os franceses lidaram com as mesmas questões. Finalmente, vamos tratar de algumas das grandes mudanças ocorridas no mundo no fim do século XX.
Material sobre a metodologia: Sociologia da Experiência de François Dubet apresentado no Seminário de Estudos em Políticas Educacionais do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais - NEPE/UFES.
Material sobre a metodologia: Sociologia da Experiência de François Dubet apresentado no Seminário de Estudos em Políticas Educacionais do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais - NEPE/UFES.
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL - PROBLEMAS E METODOS DE ENSINO
1. PROBLEMAS DE MÉTODO E DE
ENSINO
UNESP: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Angélica Schreiber Ramos Palma
Renato Luiz Romualdo Junior
2. XV. A noção de estrutura em etnologia
Quando falamos de estrutura social, consideramos sobre
tudo os aspectos formais dos fenômenos sociais, de modo que
saímos do âmbito da descrição para considerar noções e
categorias que não pertencem propriamente à etnologia,
utilizando exemplos de outras disciplinas científicas.
A noção de estrutura não remete a uma definição
indutiva, fundada na comparação e na abstração dos elementos
comuns.
4. Condições para se ter uma estrutura
Pra se ter uma estrutura, é preciso apresentar algumas condições:
1. Apresentar um caráter de sistema
2. Pertencer a um grupo de transformações
3. Previsão de reação
4. Construção
5. Um exemplo é o time de futebol, onde os jogadores foram construídos para: dar conta de fatos observados; a
mudança de um modifica os outros; como eles reagirão com essa modificação; fazem parte da mesma família,
7. Observação
Tudo que for estudado, deve ser observados e descritos sem alteração da natureza
ou importância feita por teóricos. Essa regra implica em outra: Os fatos devem ser
estudados individualmente e também em conjunto.
8. Experimentação
Este procedimento capaz de permitir saber como um modelo reage a modificações, para isso
é preciso comparar modelos de mesmo tipo ou de tipos diferentes.
Esse é um bom método para eliminar mal-entendido.
9. b) – Consciente e Inconsciente
Qualquer modelo pode ser consciente ou inconsciente, isso não altera sua
natureza. Pode ser que o etnólogo crie um modelo correspondente, caso não
consiga perceber o caráter de sistema ao distinguir as duas relações em que
se encontra.
10. Consciente
Estão entre os mais pobres de todos. Suas funções são perpetuar crenças e
costumes, ao invés de expor seus mecanismos.
15. Estrutura Medida
Permite introduzir
Não existe necessariamente uma conexão entre a noção de medida e de estrutura.
Essa questão de medida veio do desenvolvimento da matemática moderna, e que
vem dando cada vez mais, importância aos dados qualitativos do que da perspectiva
quantitativa da matemática tradicional.
Áreas como: a lógica matemática, teoria dos conjuntos, teoria dos grupos e a
topologia, percebeu-se que problemas que não permitiam uma solução métrica, podiam
ser submetidas a um tratamento rigoroso.
17. Mecânicos Estáticos
Exemplo: lei do casamento
Os Modelos Mecânicos estão distribuídos em classe de parentesco ou em clãs, já os Modelos Estáticos:
não possuem grau de parentesco e depende de fatores mais amplos, como: tamanho dos grupos primários e
secundários do casal, fluidez social, quantidade de informações, etc.
Existem também formas intermediarias entre elas. Na nossa sociedade por exemplo, utiliza-se modelos
mecânicos, para definir os graus proibidos pro casamento, e partem em busca de modelos estáticos.
20. Fenômenos sociais: fenômenos que decorrem da vida social e do
comportamento humano, tais como os fenómenos econômicos
(desemprego, crescimento económico, inflação, riqueza e sua
distribuição,...), demográficos (crescimento populacional, emigração
e imigração, distribuição por faixas etárias), sociológicos, políticos,
históricos, etc. Todos estes fenómenos sociais constituem o objecto
de estudo das Ciências Sociais que os estudam a partir de diferentes
perspectivas.
Relações sociais: As relações sociais são necessárias para a vida em
sociedade, pois motivam e orientam o homem no seu processo
de desenvolvimento, na sua evolução. São as formas
de convivência ou os lugares onde as pessoas se encontram. Para
entendê-la são usados dois sistemas de referência, o espaço e o
tempo.
O espaço e o tempo
II. Morfologia social ou estruturas de grupo
21. RELAÇÕES SOCIAIS
Espaço Tempo
Espaço “social” é o espaço
onde se organizam as
diferenças sociais. É nele que
se articula as posições sociais
dos modelos tais como as
disposições e as tomadas de
decisões.
Tempo “social” se refere as
influências sociais decorrentes do
tempo no desenvolvimento e nas
mudanças do comportamento de
uma sociedade.
22. Os etnólogos distinguem o tempo e o espaço social em
“microtempo”, “macrotempo”, “micro-espaço” e “macro-espaço”.
Microtempo: está relacionado ao que acontece durante uma ação,
atividade ou interação.
Macrotempo: é o processo de desenvolvimento que muda de
acordo com os eventos históricos, de acordo com a idade do
indivíduo.
Micro-espaço e Macro-espaço: são as escalas territoriais onde a
sociedade desenvolve-se.
23. Para dar início ao estudo estrutural, antes deve-se buscar auxílio em
documentos arqueológicos, topológicos, sociológicos e sociometricos.
• ESTRUTURA SOCIAL: Diz respeito à forma como a sociedade se
organiza – assim como certas funções são necessárias para aquele
grupo – , e à forma como estão dispostos os status (posições sociais)
e papéis sociais, conforme privilégios e deveres.
O autor explica que pesquisas sobre o fenômenos sincrônicos e os
fenômenos diacrônicos, auxiliam no estudo da estrutura social.
Fenômeno sincrônico: acontece em determinada fase/época
Fenômeno diacrônico: acontece através do tempo.
A pesquisa estruturalista referem-se aos ambientes espaciais das
manifestações coletivas de pequena ou grande escala de um
determinado grupo.
26. É importante estudar as relações que existe entre a configuração
espacial dos grupos e outros aspectos de sua vida. (como é a
instalação desse grupo, se existe influência da cultura).
• EXEMPLO:
Os índios das Planícies na América e a aldeia Jê no Brasil
Central e Oriental, ambos se organizam de forma circular no
espaço.
29. A demografia é a ciência geográfica que estuda a dinâmica populacional humana por
meio de estatísticas. Ela auxilia no estudo dos fenômenos sociais (religião, educação,
etnia e outros critérios que são influenciados por fatores como taxa de natalidade,
fecundidade e migrações).
Para calcular o número de uma população os etnológos utilizam duas linhas de raciocínio:
Rank-size: permite estabelecer uma correlação entre o tamanho absoluto das cidades e
a posição de cada uma delas num conjunto ordenado.
Casamentos consanguíneos: calcular as dimensões absolutas de um isolado a partir da
frequência dos casamentos consanguíneos.
ISOLADOS: são comunidades as quais vivem ou viveram, por escolha (pessoas vivendo em
isolamento voluntário) ou por circunstâncias, sem contato significante com a civilização
globalizada.
• EXEMPLO:
• Através do cálculo por casamentos consanguíneos os etnólogos Sutter e Tabah (1951),
calcularam o tamanho médio dos isolados para todas os departamentos da França. E
chegaram a conclusão que o tamanho médio de um isolado francês varia em torno de
menos de mil e pouco mais de 2.800 pessoas.
31. Comunicação Sistemas
De mulheres
De bens de
serviço
De mensagem
Genes entre os
fenótipos
parentesco econômico linguísticos
casamento
Esquema de estrutura de comunicação
32. A) ORDEM DOS ELEMENTOS (INDIVÍDUOS E GRUPOS) NA ESTRUTURA
SOCIAL
“MÁQUINA SOCIAL” : A “máquina social” extrai as mulheres de suas
famílias consanguíneas para distribuí-las por outros grupos
domésticos, que se transformam em famílias consanguíneas e assim
sucessivamente.
Sistema de parentesco: Cada geração se encontra em relação de
dominação ou subordinação para com que a segue (relação de
pai/mãe com filho/filha).
IV. DINÂMICA SOCIAL E ESTRUTURA DE
SUBORDINAÇÃO
33. “Ordem social” : Na maioria das sociedades humanas, o que chamamos
de “ordem social” pertence a um nível transitivo e não cíclico, onde “A” sempre
vai ser maior que “C” e “C” sempre vai ser menor que “A“.
A B C
34. b) - Ordem das ordens
A sociedade tem vários tipos de ordens. O sistema de parentesco
ordena de um jeito, a organização social de outro, as estratificações sociais
de uma outra. ao tentar formular modelos de ordens, que abrangem todos
os modelos existentes, levam o etnólogo a um impasse, que é saber até
que ponto o modo de conceber uma sociedade, suas diversa estrutura de
ordem e as relações que as unem correspondem à realidade. Até agora só
se conseguiu abordar ordens “vividas”, ou seja, ordens possíveis de abordar
do exterior.
35. XVII. Lugar da antropologia nas ciências sociais
e problemas levantados por seu ensino.
Cadeias dispersas: É quando um país ou uma universidade decide organizar um estudo
antropológico criando uma cadeira (disciplina/projeto) . Se não houver um
desenvolvimento, os estudos param. Caso contrário, outras cadeiras são
acrescentadas, desenvolvendo-se um instituto ou um departamento.
Departamentos (setor): Desenvolvem-se os estudos antropológicos. Porém, em países
de estrutura acadêmica rígida e tradicional, o departamento de antropologia oferece
duas opções de formação em antropologia, porém isso acontece em cursos diferentes:
Institutos ou escolas inter- ou extra faculdades: As escolas oferecem uma formação
profissional e sintética que complementa estudos universitários anteriores. Os
institutos completam os ensinos universitários já existentes.
36. Objetos deste estudo
Na Grã-Bretanha se encontra o estudo da antropologia social. Já em outros
países se falam apenas de antropologia, ou de antropologia cultural, ou etnologia,
etnografia ou tradições populares.
Nos EUA, existem departamentos de antropologia e de ciências sociais.
Perde-se a relação entre as duas. É como se a antropologia social e cultural, fosse
repartidas e redistribuídas entre todas as ciências humanas.
Quis a historia q a antropologia começasse por sociedades selvagens ou
primitivas. Porém todo esse interesse é compartilhado com outras disciplinas,
como: demografia; psicologia social; ciência politica e o direito.
A antropologia se desenvolve a medida que as sociedades
primitiva/selvagens tendem a desaparecer. Assim seus interesses se voltam para as
sociedades “civilizadas”.
38. Os departamentos
Desenvolve o estudo antropológico
Departamento de
antropologia
Faculdade de
ciências
Faculdade de letras
ou humanidade
Antropologia física Antropologia social
e cultural
Para isso, um antropólogo precisa ter um conhecimento básico em ambas as áreas
39. As escolas ou institutos
Exemplo:
O Institut d’Ethnologie depende de três faculdades:
DIREITO
LETRAS Exame universitário Certificado
CIÊNCIAS
Apesar de satisfatório, esse método também tem problemas, já que a qualidade do ensino é inferior
às dos métodos tradicionais.
40. O caso da antropologia física
Ao adquirir a linguagem, o homem passou a diferenciar as modalidades de sua evolução
biológica. Passando assim a modificar suas condições por meio de regras, ou normas morais, sociais,
econômicas ou estéticas(proibição de incesto, endogamia, exogamia, casamento entre certos tipos de
parentes, etc...
Fizeram a si mesmo, o que fizeram com seus animais domestico, interferindo na sua evolução
natural.
De um modo geral, a antropologia física, consiste no estudo das transformações anatômicas e
fisiológicas decorrentes da cultura.
41. Etnografia, etnologia e antropologia
A etnografia é o estudo descritivo da cultura dos povos, sua língua, raça, religião, hábitos
etc., como também das manifestações materiais de suas atividades. A etnografia estuda e
revela os costumes, as crenças e as tradições de uma sociedade, que são transmitidas de
geração em geração e que permitem a continuidade de uma determinada cultura ou de um
sistema social.
A etnologia representa um primeiro passo em direção à síntese. Ela ajuda no
desenvolvimento de um estudo, porém o assunto abordado deve ser aprofundado. Por isso
o estudo em etnologia deve buscar auxílio nas seguintes áreas:
Geográfica: dinâmica do espaço produzido e transformado direta ou indiretamente pelo
ser humano.
Histórica: reconstitui passado de uma ou várias populações.
Sistemática: preocupando-se em organizar, compreender e classificar o conteúdo a ser
estudado.
A etnologia complementa a etnografia.
42. A antropologia tem por base as conclusões da etnografia e da etnologia. A antropologia
visa a um conhecimento global do homem, estudando sua extensão geográfica e histórica.
A etnografia, a etnologia e a antropologia são três fazes ou momentos de uma pesquisa
que se complementam.
44. Antropologia cultural Antropologia social
Ambas antropologias cobrem exatamente o mesmo programa. Onde a
antropologia social parte de técnicas e objetos para chegar a “supertécnica”, que é a
atividade social e politica. E a antropologia cultural, que parte da vida social para chegar
até as atividades das quais se manifesta.
46. Antropologia e folclore
Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas,
mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração.
As pesquisas feitas à cerca do folclore, diz respeito à sociedade do observador mas que
deixa de lado os métodos investigativos, usados para analisar sociedades muito afastadas.
Independente da natureza antiquada dos fatos estudados ou das atividades sociais em
qualquer sociedade, estudos folclóricos pertencem à antropologia.
•Exemplo:
Em alguns países, os escandinavos por exemplo, existe uma preferência pelo isolamento onde a
população se preocupa com as questões tradicionais, pois tiveram contato com o a antropologia mais
tarde.
Na França aconteceu o contrário, surgiu interesse em estudar a natureza humana, para
fundamentar ou restringir os fatos.
Já na Alemanha e países anglo-saxões, essas questões evoluíram simultaneamente.
47. Antropologia e ciências sociais
•Ciências sociais é o estudo das origens, do desenvolvimento e da
organização das sociedades e culturas atuais.
•As ciências sociais abrange a sociologia. A sociologia estuda as relações
sociais em grupos contemporâneos, mas de uma forma superficial, já a
antropologia realiza estudos mais aprofundados e complexos.
•A sociologia trata de fazer a ciência social do observador: a compreender
as formas de interação que temos uns com os outros, nossas
organizações e os fenômenos sociais observados na realidade dos
indivíduos.
•A antropologia busca elaborar a ciência social do observado: preocupada
em estudar o homem e a humanidade.
48. Missões próprias à antropologia
A primeira ambição da antropologia é atingir a objetividade, ou seja, aumentar o
gosto por ela e ensinar seus métodos. Não se trata apenas de abstrair suas próprias
crenças, preferências e ideias preconcebidas, pois a tal objetividade caracteriza todas as
ciências sociais.
A segunda ambição é a totalidade. Ela vê um sistema, na vida social, cujos aspectos
estão organicamente ligados. Para aprofundar o conhecimento de certos tipos de
fenômenos, é necessário desmembrar um sistema, como fazem os psicólogos sociais,
juristas, economistas e cientistas políticos.
Terceira ambição. É a mais difícil de definir e a mais importante. Diz-se que o principal foco
do campo da antropologia são as sociedades não civilizadas, sem escritas, pré ou não,
mecânicas.
Toda essa “negatividade” (teoricamente, por serem primitivas) encobre uma
realidade positiva que as vezes possibilita tais relações, mesmo as sociedades sendo
extensas ou dispersas, as relações entre os indivíduos, os mais afastados um do outro, são
construídos com base nas relações mais diretas, cujo modelo é muitas vezes o parentesco.
50. O critério da autenticidade:
A relação social não é fundada na convivência.
Não temos contato vivido com as pessoas.
Nossa comunicação se dá através de documentos escritos ou mecanismos
administrativos, que ampliam os nossos contatos , mas não existe uma relação
pessoal.
Os meios de comunicação expandiram a forma de se comunicar com as outras
pessoas.
51. A antropologia e sua contribuição para as ciências sociais:
Sociedades autênticas: tem um modo de vida percebido originariamente
como tradicional e arcaico (antiquada)
Grupos inautênticos: formas surgidas em tempos mais marcantes e que
estão organizados no interior de um sistema mais vasto (internet,
whatsapp).
Isso explica o interesse do antropólogo pelas relações autênticas que se
subsistem ou aparecem na sociedade moderna.
52. Ensino e pesquisa
Formação de Professores
Ninguém deveria pretender ensinar antropologia sem ter realizado ao menos uma
pesquisa de campo. Não é possível ensinar antropologia com o auxílio de um livro
ou referenciais teóricos.
Formação de Pesquisadores
O antropólogo precisa da pesquisa de campo, já que ela é essencial na formação,
já ela complementa os conhecimentos que eles já possuem.
54. Antropologia teórica e antropologia aplicada
O papel do etnólogo é auxiliar os imigrantes nas dificuldades por duas razões:
I.Os etnólogos conhecem o meio de onde eles vêm e estudaram em campo suas línguas e
culturas.
II.O método da antropologia se define por esse “distanciamento” que caracteriza os
contatos entre representantes de culturas diferentes.
(os costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos que habitaram e habitam o
planeta. Portanto, os antropólogos estudam a diversidade cultural dos povos.)
Cabe ao antropólogo descobrir sentido nessas culturas muito diferentes, uma forma para
que elas possam viver em harmonia.
55. A organização dos estudos antropológicos
•Para analisar a estrutura de um grupo social, a antropologia se apoia à geografia humana,
à história social e econômica e a sociologia para iniciar um estudo antropológico genuíno.
56. O papel dos museus da antropologia
Para Strauss, não recomendável fazer estágios nos últimos instantes da formação
do antropólogo. Tende a ser pretextos ou obrigações desagradáveis. Pouco tempo de
estagio não é capaz de desencadear uma revolução psicológica na formação do aluno.
Para ele, fazer estágios longos que não sejam em lugares de caráter antropológico,
funcionaria no mesmo nível das relações interpessoais encontradas no campo da
antropologia.
Seria uma experiência vantajosa, porém inconveniente ao colocar alunos sob o
controle e responsabilidades de chefes sem formação antropológica.
58. A formação acadêmica do antropólogo:
Para se tornar um antropólogo é necessário uma formação muito técnica e aprofundada.
Não se pode formar antropólogos em um ano. Um ensino completo deve ser absorvido em
tempo integral pelo período mínimo de três anos.
As matérias são complexas e exigem especialização no 2º ano:
•Antropologia física, acompanhada de anatomia comparada, biologia e física.
•Antropologia social, com história econômica e social, psicologia social e linguística.
•Antropologia cultural, com tecnologia, geografia e pré-história.
No 3º ano:
•Especialização regional, pré-história, arqueologia e geografia, além de ter conhecimento de uma ou
várias línguas da parte do mundo.
59. Procedimentos pedagógicos:
• Todo instituto ou escola de antropologia deve possuir uma biblioteca
considerável, na qual haja pelo menos três exemplares de vária cópias.
• Todo estudante deve conhecer possuir conhecimento suficiente de
pelo menos uma língua estrangeira.
• Os estabelecimentos de ensino devem utilizar projeções de imagens,
documentários, gravações linguísticas e musicais.
Exigências do curso
Os três anos de formação técnica, seriam seguidos por um ou dois anos
de estágio, pelo menos aos que se destinam a uma profissão
antropológica (ensino ou pesquisa).
Notas do Editor
É mais pra saber o que é uma estrutura social e como ela funciona
Pra se ter uma estrutura, é preciso apresentar algumas condições
Foram construídos para dar conta de fatos observados, a mudança de um modifica os outros, e como eles reagirão com essa modificação, e fazem parte da mesma família,
Tudo que for estudado, deve ser observados e descritos sem alteração da natureza ou importância feita por teóricos. Essa regra implica em outra: Os fatos devem ser estudados individualmente e também em conjunto.
Procedimento capaz de permitir saber como um modelo reage a modificações. Comparar modelos de mesmo tipo ou de tipos diferentes.
Esse é um bom método para eliminar mal-entendido.
Qualquer modelo pode ser consciente ou inconsciente, isso não altera sua natureza. Pode ser que o etnólogo crie um modelo correspondente, caso não consiga perceber o caráter de sistema ao distinguir as duas relações em que se encontra
Estão entre os mais pobres de todos. Suas funções são perpetuar crenças e costumes, ao invés de expor seus mecanismos.
Inconscientes já trabalham com seus mecanismos. Pensam em conjuntos
Não existe necessariamente uma conexão entre a noção de medida e de estrutura. Essa questão de medida veio do desenvolvimento da matemática moderna, e que vem dando cada vez mais, importância aos dados qualitativos do que da perspectiva quantitativa da matemática tradicional.
Existem também formas intermediarias entre elas. Na nossa sociedade por exemplo, utiliza-se modelos mecânicos, para definir os graus proibidos pro casamento, e partem em busca de modelos estáticos.
Exemplo de modelos mecânicos.
Exemplos de modelos estáticos.
Saber o que é uma estrutura social e como ela funciona na base da comunicação
A cultura não se limita, na forma de comunicação, apenas na forma de linguagens. Ela se abrange a todos os tipos de comunicação, desde que esteja no plano da natureza ou da cultura.
Antropologia social é uma ciência jovem, e é normal que ela procure criar modelos imitando os mais simples com ciências mais avançadas que existe.
Trata-se da evolução do homem, a partir de formas animais e sua distribuição atual em grupos raciais, diferenciados por traços anatômicos ou fisiologicos
Antropologia cultural se reduz a organização social dos indivíduos. Estudo de técnicas e bens de serviços prestados para a sociedade.
Agora vou explicar a mensagem própria da antropologia, aonde a organização do seu ensino tem a capacidade de permitir transmitir nas melhores condições.