Este documento discute a importância do apoio mútuo entre as pessoas e como a solidariedade pode salvar vidas. O autor argumenta que nenhuma espécie, incluindo os seres humanos, sobreviveria sem o apoio dos iguais e que a competição não é o principal fator de sucesso da sociedade. A solidariedade é o que há de mais nobre na história da humanidade.
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34Valter Gomes
O documento discute o paradoxo entre tradição e modernidade. A tradição representa costumes e valores transmitidos entre gerações, enquanto a modernidade representa o recente e atual, como novas tecnologias. A modernidade vem rompendo com muitas tradições, mas também pode acrescentar se usada a favor das tradições, trazendo novas facilidades. O documento debate esta tensão entre o que é antigo e o que é novo.
Este documento fornece sugestões para explorar histórias infantis a partir de uma perspectiva de educação intercultural. Ele discute como histórias infantis podem ser usadas para promover o pensamento divergente, aceitação de diferenças e resolução de conflitos. Ele fornece exemplos de temas e perguntas para guiar discussões com crianças sobre esses tópicos.
O documento descreve várias ideias para promover a cultura de paz, incluindo: 1) Criar espaços públicos para encontros e solidariedade; 2) Estimular o aprendizado pelo prazer e vínculos de ética e solidariedade; 3) Desenvolver a sensibilidade para reduzir diferenças entre as pessoas.
Livro Ser ou Crescer: Afinal, o que passa na cabeça desses jovens? Kerol Brombal
Este documento descreve a história de Melissa, uma jovem brasileira de 15 anos que vive no século XXI. Ela está distraída em sua aula de história lendo notícias sobre o golpe militar de 1964 no Brasil, que completou 50 anos, quando é pega pela professora. Apesar de viver em um período democrático, Melissa não demonstra muito interesse pelos acontecimentos históricos do país.
O documento discute a importância da educação para a solidariedade, justiça, liberdade e paz. Defende que todos os seres humanos devem se unir em prol do bem comum e do desenvolvimento pessoal de cada um, respeitando as diferenças e limites dos outros. Também apresenta atividades realizadas por alunos voltadas para a preservação do meio ambiente e produção de histórias em quadrinhos usando softwares livres.
Semana 03 conflitos na escola modeos de transformarSandra Menucelli
O documento discute como conflitos são comumente negados ou ignorados nas escolas brasileiras, mas são na verdade inerentes às interações humanas. Também explora como conflitos podem ser transformados em oportunidades de aprendizagem ao invés de serem evitados ou gerenciados de forma destrutiva. A chave é reconhecer que conflitos existem e desenvolver habilidades para lidar com eles de forma construtiva.
O documento discute a solidão dos moribundos e idosos nas sociedades modernas. Afirma que as pessoas têm dificuldade em se identificar com os moribundos, levando ao isolamento precoce desses indivíduos. Também argumenta que, apesar do maior espaço de identificação entre as pessoas hoje em dia, o problema social da morte é difícil de resolver devido à dificuldade dos vivos em se conectarem com os moribundos.
1. O documento discute a importância da educação na formação do ser humano e da sociedade.
2. A educação é essencial para transmitir os valores e o legado cultural entre gerações e garantir a sobrevivência do grupo.
3. As novas tendências pedagógicas estão colocando em risco a verdadeira educação e a formação das novas gerações.
Folhetim do Estudante - Ano III - Núm. 34Valter Gomes
O documento discute o paradoxo entre tradição e modernidade. A tradição representa costumes e valores transmitidos entre gerações, enquanto a modernidade representa o recente e atual, como novas tecnologias. A modernidade vem rompendo com muitas tradições, mas também pode acrescentar se usada a favor das tradições, trazendo novas facilidades. O documento debate esta tensão entre o que é antigo e o que é novo.
Este documento fornece sugestões para explorar histórias infantis a partir de uma perspectiva de educação intercultural. Ele discute como histórias infantis podem ser usadas para promover o pensamento divergente, aceitação de diferenças e resolução de conflitos. Ele fornece exemplos de temas e perguntas para guiar discussões com crianças sobre esses tópicos.
O documento descreve várias ideias para promover a cultura de paz, incluindo: 1) Criar espaços públicos para encontros e solidariedade; 2) Estimular o aprendizado pelo prazer e vínculos de ética e solidariedade; 3) Desenvolver a sensibilidade para reduzir diferenças entre as pessoas.
Livro Ser ou Crescer: Afinal, o que passa na cabeça desses jovens? Kerol Brombal
Este documento descreve a história de Melissa, uma jovem brasileira de 15 anos que vive no século XXI. Ela está distraída em sua aula de história lendo notícias sobre o golpe militar de 1964 no Brasil, que completou 50 anos, quando é pega pela professora. Apesar de viver em um período democrático, Melissa não demonstra muito interesse pelos acontecimentos históricos do país.
O documento discute a importância da educação para a solidariedade, justiça, liberdade e paz. Defende que todos os seres humanos devem se unir em prol do bem comum e do desenvolvimento pessoal de cada um, respeitando as diferenças e limites dos outros. Também apresenta atividades realizadas por alunos voltadas para a preservação do meio ambiente e produção de histórias em quadrinhos usando softwares livres.
Semana 03 conflitos na escola modeos de transformarSandra Menucelli
O documento discute como conflitos são comumente negados ou ignorados nas escolas brasileiras, mas são na verdade inerentes às interações humanas. Também explora como conflitos podem ser transformados em oportunidades de aprendizagem ao invés de serem evitados ou gerenciados de forma destrutiva. A chave é reconhecer que conflitos existem e desenvolver habilidades para lidar com eles de forma construtiva.
O documento discute a solidão dos moribundos e idosos nas sociedades modernas. Afirma que as pessoas têm dificuldade em se identificar com os moribundos, levando ao isolamento precoce desses indivíduos. Também argumenta que, apesar do maior espaço de identificação entre as pessoas hoje em dia, o problema social da morte é difícil de resolver devido à dificuldade dos vivos em se conectarem com os moribundos.
1. O documento discute a importância da educação na formação do ser humano e da sociedade.
2. A educação é essencial para transmitir os valores e o legado cultural entre gerações e garantir a sobrevivência do grupo.
3. As novas tendências pedagógicas estão colocando em risco a verdadeira educação e a formação das novas gerações.
1. A autora discute as definições de racismo, preconceito e etnocentrismo, apontando ambiguidades conceptuais. 2. O racismo é definido como uma teoria sem base científica da superioridade de certas raças humanas, mas também como atitudes e opiniões concordantes com essa teoria. 3. São insuficientes para dar conta dos "novos" racismos, mais sutis, em sociedades democráticas.
A dinâmica das relações humanas e sua influência no processo ensino-aprendizagemLOCIMAR MASSALAI
Palestra proferida a um grupo de professores no início dos 2000. Era um tempo em que eu ainda era convidado para palestrar. Depois que assumi corajosamente minha orientação sexual fui execrado. Este moralismo piegas que assola nosso país é indecente! Mas vamos que vamos!
Este documento explica o conceito de solidariedade e como expressá-la por meio de ações concretas. A aula aborda a história de duas crianças que se ajudam mutuamente e resgatam um animal de estimação, ensinando sobre a importância da cooperação. As crianças participam de jogos e atividades práticas para reforçar os ensinamentos sobre ser solidário com os outros.
O documento discute a construção da identidade individual e como ela é influenciada por fatores internos e externos. A identidade se desenvolve a partir do reconhecimento de si mesmo e dos outros, e é moldada pela sociedade e cultura nas quais o indivíduo está inserido. A globalização trouxe maior complexidade na identidade devido à homogeneização cultural promovida pela mídia, ao passo que movimentos sociais oferecem novas formas de identificação para as pessoas.
A violência pode assumir diversas formas e está presente em diferentes aspectos da vida cotidiana. É um problema complexo que não possui causas ou culpados específicos, sendo resultado de falhas sociais, desigualdades, intolerância e ausência de diálogo. Embora alguns grupos sejam mais vulneráveis, a violência afeta a todos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil e a importância da educação em direitos humanos considerando diferentes perspectivas. Aborda a proteção constitucional dos direitos dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais e cultura, ainda que existam desafios para a implementação de um estado plural de fato. Defende a igualdade entre culturas e o respeito às diferenças como forma de superar preconceitos.
Este roteiro propõe uma reflexão sobre preconceito étnico-racial entre jovens por meio de dinâmicas e discussões. Inclui atividades como colar rótulos nas testas para identificar estereótipos, analisar dados do IBGE sobre raça e discutir representação étnica na mídia. O objetivo é combater preconceitos e promover igualdade.
Quando e como usar a colaboração para alavancar negócios e projetos. Existem razões evolutivas que tornaram a colaboração uma estratégia vantajosa. Quais os incetivos positivos que permitem que ela prospere, e quais as barreiras que impedem o proliferamente de "free-riders" do esforço alheio. E principalmente, como aproveitar esses pontos para construir produtos e negócios de impacto.
O documento discute como o contexto social influencia a identidade das pessoas e como vivemos em uma rede de relações. Argumenta que nossa identidade é formada por muitos elementos culturais e sociais com os quais interagimos, e não é algo puramente individual. Também reflete sobre como a aparência das pessoas é constantemente julgada com base em padrões de beleza irreais e excludentes.
O documento discute os objetivos e princípios da educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O MST defende uma reforma agrária popular para promover justiça social através de uma educação transformadora que valoriza o ser humano e promove a solidariedade.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Marcos Sorrentino, explica que o SISNEA (Sistema Nacional de Educação Ambiental) tem o objetivo de possibilitar o controle social do financiamento para a Educação Ambiental por parte dos cidadãos. Ele detalha que o debate sobre o SISNEA está ocorrendo por meio de consultas públicas em eventos e que o objetivo é incluir a proposta do SISNEA na Política Nacional de Educação Ambiental até o final de 2008.
O documento discute a difícil arte de conviver em grupo, enfatizando a importância da comunicação respeitosa, do respeito às diferenças e das regras para a harmonia do grupo. Explica que os conflitos são naturais, mas devem ser resolvidos de forma construtiva, sem ataques pessoais, buscando sempre o entendimento mútuo.
Folhetim do Estudante - Ano II - Núm XXVValter Gomes
O documento discute as desigualdades sociais no Brasil e no mundo. Critica a geração mimada que tem tudo facilitado e não valoriza o esforço. Defende que todos devem ter a oportunidade de viver com dignidade e sem preconceitos.
Este documento discute como o consumo muda ao longo da vida de uma pessoa, desde a infância até a terceira idade. Ele argumenta que o consumo na infância é influenciado principalmente pelos pais e amigos, enquanto na adolescência e vida adulta as marcas e pertencimento a grupos são mais importantes. Na terceira idade, o consumo está mudando com as pessoas buscando atividades de lazer, esportes e educação em vez de marcas. O documento reflete sobre como as empresas podem melhor atender as necessidades emergentes deste mercado c
Cartilha para Movimento Estudantil da MudançaJoão Paulo Mehl
Este documento apresenta uma proposta de mudança no movimento estudantil brasileiro, com o objetivo de torná-lo mais participativo, combativo e de massas. A cartilha contém diversas ideias práticas para envolver mais estudantes nas entidades representativas, como Conselhos de Alunos, Diretórios Centrais de Estudantes, Uniões Estaduais de Estudantes e na União Nacional dos Estudantes. O guia também aborda temas como finanças, comunicação, educação e comportamento militante, visando renovar a cultura política do mov
A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.
O documento discute a vida e obra de Joana d'Arc, heroína francesa que liderou as forças francesas contra a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos. Detalha seu nascimento em uma família camponesa na França e suas visões divinas que a levaram a convencer o rei Carlos VII a permitir que liderasse o exército francês. Sob seu comando, as forças francesas conquistaram várias vitórias importantes contra os ingleses e conseguiram coroar Carlos VII como rei da França. No
O documento discute três temas principais:
1) A pandemia da Covid-19 que atingiu 500 mil mortos no Brasil em junho e as dores causadas pelas perdas;
2) O mês do orgulho LGBTQIA+ e casos de violência contra a comunidade em diferentes cidades brasileiras;
3) A importância da vacinação contra a Covid-19 para a retomada das liberdades e a necessidade de respeitar as escolhas dos outros.
Este documento descreve uma cartilha sobre construção da paz nas escolas. A cartilha foi originalmente publicada em 2002 e agora foi republicada em parceria com o governo de Sergipe e a UNESCO para auxiliar educadores a promover valores de paz. A introdução discute como a paz se tornou uma preocupação coletiva na sociedade moderna e como esta cartilha pode apoiar os programas do estado voltados para a juventude e construção da paz.
1) O documento discute a importância do diálogo como forma de compreensão mútua entre as pessoas e como meio de resolução de conflitos.
2) Apresenta trechos de um texto de Paulo Freire sobre o encontro entre as pessoas através do diálogo, destacando a necessidade de amor, humildade e fé no outro para que o diálogo ocorra.
3) Reflete sobre como a sociedade atual valoriza mais o consumo e o individualismo em detrimento de valores como solidariedade, e como isso afeta as relações human
O documento discute conceitos sobre educação para a diversidade, enfatizando a importância de aprender a viver juntos através do desenvolvimento da cidadania, do conhecimento e da cooperação. Aborda também temas como desigualdade, pobreza e a necessidade de assegurar educação básica e serviços essenciais para todos.
1. A autora discute as definições de racismo, preconceito e etnocentrismo, apontando ambiguidades conceptuais. 2. O racismo é definido como uma teoria sem base científica da superioridade de certas raças humanas, mas também como atitudes e opiniões concordantes com essa teoria. 3. São insuficientes para dar conta dos "novos" racismos, mais sutis, em sociedades democráticas.
A dinâmica das relações humanas e sua influência no processo ensino-aprendizagemLOCIMAR MASSALAI
Palestra proferida a um grupo de professores no início dos 2000. Era um tempo em que eu ainda era convidado para palestrar. Depois que assumi corajosamente minha orientação sexual fui execrado. Este moralismo piegas que assola nosso país é indecente! Mas vamos que vamos!
Este documento explica o conceito de solidariedade e como expressá-la por meio de ações concretas. A aula aborda a história de duas crianças que se ajudam mutuamente e resgatam um animal de estimação, ensinando sobre a importância da cooperação. As crianças participam de jogos e atividades práticas para reforçar os ensinamentos sobre ser solidário com os outros.
O documento discute a construção da identidade individual e como ela é influenciada por fatores internos e externos. A identidade se desenvolve a partir do reconhecimento de si mesmo e dos outros, e é moldada pela sociedade e cultura nas quais o indivíduo está inserido. A globalização trouxe maior complexidade na identidade devido à homogeneização cultural promovida pela mídia, ao passo que movimentos sociais oferecem novas formas de identificação para as pessoas.
A violência pode assumir diversas formas e está presente em diferentes aspectos da vida cotidiana. É um problema complexo que não possui causas ou culpados específicos, sendo resultado de falhas sociais, desigualdades, intolerância e ausência de diálogo. Embora alguns grupos sejam mais vulneráveis, a violência afeta a todos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil e a importância da educação em direitos humanos considerando diferentes perspectivas. Aborda a proteção constitucional dos direitos dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais e cultura, ainda que existam desafios para a implementação de um estado plural de fato. Defende a igualdade entre culturas e o respeito às diferenças como forma de superar preconceitos.
Este roteiro propõe uma reflexão sobre preconceito étnico-racial entre jovens por meio de dinâmicas e discussões. Inclui atividades como colar rótulos nas testas para identificar estereótipos, analisar dados do IBGE sobre raça e discutir representação étnica na mídia. O objetivo é combater preconceitos e promover igualdade.
Quando e como usar a colaboração para alavancar negócios e projetos. Existem razões evolutivas que tornaram a colaboração uma estratégia vantajosa. Quais os incetivos positivos que permitem que ela prospere, e quais as barreiras que impedem o proliferamente de "free-riders" do esforço alheio. E principalmente, como aproveitar esses pontos para construir produtos e negócios de impacto.
O documento discute como o contexto social influencia a identidade das pessoas e como vivemos em uma rede de relações. Argumenta que nossa identidade é formada por muitos elementos culturais e sociais com os quais interagimos, e não é algo puramente individual. Também reflete sobre como a aparência das pessoas é constantemente julgada com base em padrões de beleza irreais e excludentes.
O documento discute os objetivos e princípios da educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O MST defende uma reforma agrária popular para promover justiça social através de uma educação transformadora que valoriza o ser humano e promove a solidariedade.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Marcos Sorrentino, explica que o SISNEA (Sistema Nacional de Educação Ambiental) tem o objetivo de possibilitar o controle social do financiamento para a Educação Ambiental por parte dos cidadãos. Ele detalha que o debate sobre o SISNEA está ocorrendo por meio de consultas públicas em eventos e que o objetivo é incluir a proposta do SISNEA na Política Nacional de Educação Ambiental até o final de 2008.
O documento discute a difícil arte de conviver em grupo, enfatizando a importância da comunicação respeitosa, do respeito às diferenças e das regras para a harmonia do grupo. Explica que os conflitos são naturais, mas devem ser resolvidos de forma construtiva, sem ataques pessoais, buscando sempre o entendimento mútuo.
Folhetim do Estudante - Ano II - Núm XXVValter Gomes
O documento discute as desigualdades sociais no Brasil e no mundo. Critica a geração mimada que tem tudo facilitado e não valoriza o esforço. Defende que todos devem ter a oportunidade de viver com dignidade e sem preconceitos.
Este documento discute como o consumo muda ao longo da vida de uma pessoa, desde a infância até a terceira idade. Ele argumenta que o consumo na infância é influenciado principalmente pelos pais e amigos, enquanto na adolescência e vida adulta as marcas e pertencimento a grupos são mais importantes. Na terceira idade, o consumo está mudando com as pessoas buscando atividades de lazer, esportes e educação em vez de marcas. O documento reflete sobre como as empresas podem melhor atender as necessidades emergentes deste mercado c
Cartilha para Movimento Estudantil da MudançaJoão Paulo Mehl
Este documento apresenta uma proposta de mudança no movimento estudantil brasileiro, com o objetivo de torná-lo mais participativo, combativo e de massas. A cartilha contém diversas ideias práticas para envolver mais estudantes nas entidades representativas, como Conselhos de Alunos, Diretórios Centrais de Estudantes, Uniões Estaduais de Estudantes e na União Nacional dos Estudantes. O guia também aborda temas como finanças, comunicação, educação e comportamento militante, visando renovar a cultura política do mov
A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.
O documento discute a vida e obra de Joana d'Arc, heroína francesa que liderou as forças francesas contra a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos. Detalha seu nascimento em uma família camponesa na França e suas visões divinas que a levaram a convencer o rei Carlos VII a permitir que liderasse o exército francês. Sob seu comando, as forças francesas conquistaram várias vitórias importantes contra os ingleses e conseguiram coroar Carlos VII como rei da França. No
O documento discute três temas principais:
1) A pandemia da Covid-19 que atingiu 500 mil mortos no Brasil em junho e as dores causadas pelas perdas;
2) O mês do orgulho LGBTQIA+ e casos de violência contra a comunidade em diferentes cidades brasileiras;
3) A importância da vacinação contra a Covid-19 para a retomada das liberdades e a necessidade de respeitar as escolhas dos outros.
Este documento descreve uma cartilha sobre construção da paz nas escolas. A cartilha foi originalmente publicada em 2002 e agora foi republicada em parceria com o governo de Sergipe e a UNESCO para auxiliar educadores a promover valores de paz. A introdução discute como a paz se tornou uma preocupação coletiva na sociedade moderna e como esta cartilha pode apoiar os programas do estado voltados para a juventude e construção da paz.
1) O documento discute a importância do diálogo como forma de compreensão mútua entre as pessoas e como meio de resolução de conflitos.
2) Apresenta trechos de um texto de Paulo Freire sobre o encontro entre as pessoas através do diálogo, destacando a necessidade de amor, humildade e fé no outro para que o diálogo ocorra.
3) Reflete sobre como a sociedade atual valoriza mais o consumo e o individualismo em detrimento de valores como solidariedade, e como isso afeta as relações human
O documento discute conceitos sobre educação para a diversidade, enfatizando a importância de aprender a viver juntos através do desenvolvimento da cidadania, do conhecimento e da cooperação. Aborda também temas como desigualdade, pobreza e a necessidade de assegurar educação básica e serviços essenciais para todos.
Relacionamentos Amorosos Para Homens E Mulheres De TerceiroThiago de Almeida
O documento discute os relacionamentos amorosos entre idosos no século 21, abordando questões como a importância do autoconhecimento para se relacionar com os outros, os desafios enfrentados pelos idosos na sociedade brasileira e os mitos em torno da sexualidade na terceira idade.
1) O documento apresenta uma série de temas para redações, identificados por número e classificados como ENEM ou UFRGS.
2) São fornecidas instruções sobre como organizar a produção das redações, indicando o número do tema escolhido.
3) Os temas abordam questões variadas como democracia, hedonismo, música, paz, loucura, corpo, linguagem política e outros.
A importância da etiqueta social nas relações de trabalho doandreia oliveira
1) O documento discute a importância da etiqueta social nas relações de trabalho do profissional de secretariado.
2) A etiqueta social contribui para relacionamentos humanos mais respeitosos e harmoniosos na organização.
3) O profissional de secretariado precisa aperfeiçoar suas habilidades de etiqueta social para melhor desempenhar seu papel de gestor empresarial.
Relacionamentos Amorosos Para Homens E Mulheres De TerceiroThiago de Almeida
O documento discute os relacionamentos amorosos entre idosos no Terceiro Milênio, abordando como a velhice não precisa ser associada à assexualidade e como o amor e a sexualidade podem ser vivenciados de forma positiva mesmo na Terceira Idade, desmistificando crenças negativas sobre o envelhecimento.
O desenvolvimento geográfico desigual da suzano papel e celulose no maranhãoajr_tyler
Busca-se investigar o desenvolvimento geográfico desigual da Suzano no Maranhão, atentando para a relação com o Estado, os conflitos sociais e os impactos ambientais. Concebe-se, aqui, a Suzano como um agente social e econômico dotado de características particulares cujas ações influenciam e reverberam nas dimensões socioambientais do espaço
geográfico maranhense e além fronteiras. Para isto realizou-se três etapas principais: trabalhos
de campo, a revisão bibliográfica e a produção da dissertação. Além da apresentação, introdução e metodologia, a dissertação está dividida em cinco capítulos. No primeiro capítulo procurou-se entender o debate realizado por alguns geógrafos acerca da discussão desenvolvimento/subdesenvolvimento. São destacados os seguintes autores: 1) Yves Lacoste,
2) Milton Santos 3) Horieste Gomes, 4) Germán Wettstein, 5) Carlos Walter Porto-Gonçalves e 6) Jorge Montenegro Gómez. No segundo capítulo, advogo que a leitura do capitalismo contemporâneo, para além da dicotomia desenvolvido-subdesenvolvido, deve tomar como
base a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo, sustentada pelos geógrafos Neil Smith e David Harvey. No capítulo terceiro, trouxe para a discussão reflexões acerca do papel do Estado na evolução histórica do Grupo Suzano, bem como seu
consequente desenvolvimento. Sustento que o apoio do Estado é de fundamental importância para o desenvolvimento da empresa. Apoio esse que se materializa em isenções fiscais, planos de desenvolvimento e apoios financeiros, como no caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No quarto capítulo, que trata sobre os projetos de desenvolvimento, o intuito é ofertar um panorama geral acerca da territorialização da empresa no referido Estado. Procuro, sempre que possível, refletir teoricamente acerca da interconexão dos projetos florestais, plantas industriais, acessos rodoferroviários e terminal portuário. Por fim, apresento uma reflexão na qual pretendo compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano.
As Ciências Sociais estudam fenômenos sociais que nos afetam no dia a dia para entender por que a vida em sociedade é como é. Elas questionam nossas certezas e podem revelar aspectos escondidos da realidade, modificando nossa percepção do mundo. A imaginação sociológica nos ajuda a pensar fora de nossas experiências pessoais e enxergar questões em um contexto mais amplo.
Este documento fornece sugestões para explorar histórias infantis com base nos princípios da educação intercultural, propondo abordagens a temáticas como o encontro com o outro, aceitação das diferenças, solidariedade e resolução de conflitos. Inclui breves resumos teóricos dessas temáticas e perguntas para estimular a discussão com as crianças. O objetivo é utilizar a literatura infantil para promover a compreensão e aceitação intercultural.
O programa Freemind, desenvolvido pelo famoso psiquiatra e escritor Augusto Cury, foi elaborado com a finalidade de proporcionar uma autoanálise reflexiva, que “liberte” os pensamentos das limitações e dificuldades que a própria mente impõe.
O documento discute diferentes concepções de educação através de uma carta escrita por índios das Seis Nações recusando uma oferta de enviar seus jovens para escolas coloniais. Os índios argumentam que a educação colonial os tornava inúteis em suas próprias culturas, não aprendendo habilidades de caça e sobrevivência. O texto defende que não há um único modelo de educação e que ela deve servir às culturas e sociedades onde ocorre.
Este documento discute como a cultura de consumo levou à desigualdade social ao encorajar a competição em vez da cooperação e estimular comportamentos egoístas e antiéticos. A cultura de consumo fortaleceu os instintos de cobiça e competição entre as pessoas e enfraqueceu o senso de comunidade, levando a uma sociedade individualista e desconectada.
Jiddu Krishnamurti - A Educação e o Significado da Vida.pdfHubertoRohden2
1) O documento discute os problemas da educação moderna e como ela não ajuda as pessoas a entenderem o significado completo da vida.
2) A educação atual foca demais na eficiência, segurança e status ao invés de promover a integração e compreensão de si mesmo.
3) Uma educação verdadeira ajudaria as pessoas a se conhecerem profundamente e entender o significado total da existência.
O documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo. Afirma que a leitura tem o poder de transformar e enriquecer culturalmente as pessoas, permitindo que pensem criticamente e se comuniquem de forma clara. Também argumenta que grandes pensadores moldaram o mundo por meio de seus escritos, e que a leitura é essencial para questionar ideias e mudar a realidade.
As propostas que apareceram por todo o país, pregando o fim da "doutrinação" nas escolas, apresenta-se como um oportunidade de discutir temas mais relevantes. O problema é mesmo a ideologização? Há realmente uma "doutrinação" em curso. Existe a possibilidade de uma educação sem ideologias?
O documento discute três tipos de temas para redação: questionatório, dilemático e afirmativo. Também fornece dicas para encontrar o foco do tema, como ler textos de apoio atentamente e fazer um esboço antes de começar a escrever. Os parágrafos finais abordam os desafios da convivência entre gerações diferentes no Brasil e no mundo atualmente, especialmente no que diz respeito à adaptação à tecnologia.
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 67Valter Gomes
O documento discute o racismo e desigualdades raciais no Brasil. Em três frases ou menos:
O texto analisa como o racismo vem ocorrendo desde a escravidão, levando a privilégios para brancos e desvantagens para negros, como menores salários e dificuldade de acesso ao ensino superior. Também reflete sobre a necessidade de combater o racismo e promover a igualdade de oportunidades independentemente da raça.
O documento discute a importância de valorizar as diferenças individuais e promover a inclusão na escola. Defende que cada pessoa é única e deve ter seu direito de participar respeitado, independentemente de características físicas ou condições. Também argumenta que a escola deve acolher a diversidade e preparar os estudantes para lidar com a incerteza da vida.
O documento discute como as danças brasileiras preservam uma inteligência física desenvolvida por nossos antepassados para enfrentar desafios. Embora a tecnologia tenha resolvido muitos problemas, negligenciamos a escuta do corpo, levando a desequilíbrios na saúde e nas relações humanas. As culturas tradicionais oferecem formas de retomar essa escuta do corpo e reconhecer nossos desejos.
produção coletiva de fotonovela por educadores da rede municipal de ensino de são paulo durante o curso Educomunicação e Fotografia no SindSep - sindicato dos servidores municipais de são paulo, em outubro de 2018
produção coletiva de fotonovela por educadores da rede municipal de ensino de são paulo durante o curso Educomunicação e Fotografia no SindSep - sindicato dos servidores municipais de são paulo, em outubro de 2018
produção coletiva de fotonovela por educadores da rede municipal de ensino de são paulo durante o curso Educomunicação e Fotografia no SindSep - sindicato dos servidores municipais de são paulo, em outubro de 2018
O documento discute a importância da primeira infância no desenvolvimento do cérebro e das habilidades sociais e cognitivas da criança. Ele também descreve uma palestra sobre como cuidar, educar e conviver com crianças de 0 a 6 anos, abordando tópicos como o cérebro infantil e formas de educação apropriadas para diferentes idades.
O documento discute a necessidade de educação para trabalhadores. Afirma que muitos pensam que trabalhadores precisam apenas de educação técnica para sua função, e não de cultura geral. No entanto, Florestan Fernandes argumenta que trabalhadores precisam de cultura tanto quanto outros grupos.
Movimentos sociais são ações coletivas que políticam demandas de diferentes classes sociais, criando uma identidade e campo de força social. Eles se estruturam a partir de repertórios de conflitos e problemas, desenvolvendo um processo político-cultural que constrói identidade coletiva com base em valores compartilhados. O Brasil tem uma longa história de movimentos sociais em defesa dos direitos do povo, incluindo lutas indígenas, quilombolas, operárias e camponesas.
Este documento descreve um ciclo de encontros educacionais para adultos organizado pelo Instituto GENS. O objetivo é promover discussões sobre educação e cultura, contribuindo para a compreensão da importância da educação na vida social e oferecendo ferramentas conceituais para pensar criticamente a formação de jovens. Os encontros ocorrerão semanalmente e abordarão temas como o papel do professor, saberes tradicionais e concepções críticas de educação.
O documento apresenta uma lista de temas e oficinas para a formação continuada de educadores, com foco em questões filosóficas e pedagógicas. Os temas incluem diferentes concepções de educação, papel do professor, sociedade de controle, e mídia e preconceito. As oficinas abordam artes visuais, consumo, cultura digital e produção de comunicação. O objetivo é promover a compreensão destes assuntos e disponibilidade para mudanças.
Passo a passo para a Conferência de Meio Ambiente na Escola + EducomunicaçãoINSTITUTO GENS
"Esta publicação chega às suas mãos com o objetivo de subsidiar pedagogicamente a tarefa de construir conhecimentos para cuidar do Brasil a partir da reflexão sobre as ações e exemplos no cotidiano da escola."
Este documento descreve um curso a distância sobre concepções de educação que irá abordar criticamente as principais pedagogias dos últimos séculos, como a tradicional, escola nova e tecnicista. O curso contará com conteúdos postados online e fóruns com professores das universidades Mackenzie, IGENS e FEUSP ao longo de 12 semanas.
Oficinas de produção coletiva de comunicaçãoINSTITUTO GENS
Este documento descreve oficinas de produção coletiva de comunicação conduzidas pelo Instituto GENS de Educação e Cultura. As oficinas ensinam participantes a produzir vários tipos de mídia, incluindo vídeos, fotos, rádio e conteúdo sobre mídia e preconceito. O objetivo é promover a educação por meios de comunicação e capacitar os participantes a se tornarem produtores de mídia.
Esta oficina tem como objetivo sensibilizar educadores sobre a importância de contar histórias para crianças entre 0 e 5 anos de idade, desenvolvendo aspectos cognitivos, emocionais e lúdicos. A oficina irá ocorrer no dia 1 de setembro das 13h às 17h30 e abordará o uso de cantigas, brincadeiras e contos do folclore infantil brasileiro.
Apresentação realizada no 2º Encontro dos participantes da Radio Ambiente 21, no SESC Itaquera. Todas as informações do projeto estão disponíveis em http://www.ambiente21.radio.br/
Apresentação realizada no 2º Encontro dos participantes da Radio Ambiente 21, no SESC Pompéia. Todas as informações do projeto estão disponíveis em http://www.ambiente21.radio.br/
O documento descreve um projeto social chamado Trecho 2.8 que ensina fotografia e comunicação para pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. O objetivo é ajudar essas pessoas a serem reconhecidas como criativas, se expressarem através da fotografia, desviarem do estigma de morador de rua e gerarem renda através da venda de suas fotos. O projeto oferece aulas e exposições para fortalecer a autonomia dos participantes.
O documento descreve um curso que aborda criticamente as principais pedagogias dos últimos 200 anos, incluindo pedagogias tradicionais, escola nova e tecnicismo, bem como pedagogias críticas libertárias, libertadoras e sobre conteúdos e aparelho ideológico de estado. O curso ocorrerá por 30 horas às quintas-feiras a partir de 8 de março de 2012.
No evento de sexta-feira à noite, haverá comida e bebida a partir das 18h, apresentação sobre o coletivo de organizações da região de Altamira às 20h, e apresentações musicais sobre a música cigana às 18h e mitologias pampeanas às 21h.
Este documento anuncia um evento cultural que ocorrerá na sexta-feira das 18h às 23h na Rua Henrique Schaumann, 125 em Pinheiros, São Paulo. O evento contará com apresentações musicais de saxofone de Paulinho Sax e amigos interpretando músicas de compositores brasileiros, além de exibições de fotos de Nazaré do Mocajuba e sons xamânicos. Serão servidos pratos típicos como caldinho de cenoura, "buraco quente" e brigadeiro de colher, além de
O documento anuncia os eventos de uma sexta-feira entre 18h e 23h, incluindo caldos, macarronada e bebidas típicas. Apresentações sobre cultura indígena americana, fotografias da Nicarágua e música do samba paulista e da província argentina de Tucumán.
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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2. Este texto integra a série abordagens, que tem como objetivo
contribuir para a compreensão e o debate de e sobre os temas
educação, comunicação, educomunicação e filosofia – linhas
de pesquisa e ação do INSTITUTO GENS, desde 1988.
Revisão: Isis Lima Soares.
São Paulo, abril de 2014 [edição digital]
pela constituição de sujeitos autônomos!
portalgens.com.br
[11] 37148158 | 995 691 000
igens@portalgens.com.br
Donizete Soares é professor de filosofia e co-responsável pelo
INSTITUTO GENS
3. donizete soares pra discutir
Olá, cara leitora e caro leitor!
Os textos a seguir pretendem ser exercícios de leitura, com-
preensão e interpretação do que temos feito de nós mesmos.
São observações, exclamações, interrogações, reticências so-
bre temas relevantes, que têm a ver com a nossa vida indivi-
dual e coletiva e, por isso mesmo, pouco [ou nunca] lembra-
dos, pensados e comentados na família, na escola e nas mídi-
as...
Interessa, então, abordar alguns deles e contribuir para que
sejam conhecidos e debatidos.
Tomara que sirvam para dar início a boas conversas, especial-
mente entre os que ainda não tiveram oportunidade de ouvir e
discutir ideias e práticas que influenciam diretamente seus
modos de pensar, de sentir e de se posicionar no mundo.
Espero, sinceramente, co-laborar com você!
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4. donizete soares pra discutir
Não somos nada disso
É ilusória, deturpada e falsa a ideia largamente difundida de
que somos americanos, europeus, asiáticos, africanos ou
oceânicos. É enganosa – mais que isso, danosa – a série de
divisões e subdivisões geográficas e políticas imposta a todos
nós. Não somos brasileiros, mexicanos, bolivianos, canaden-
ses, guatemaltecos... Não somos paulistas, cariocas, baianos,
riograndenses, goianos, mineiros, catarinenses... Não somos
nada disso.
América, Ásia, Europa, África e Oceania – assim como brasi-
leiros, mexicanos, bolivianos... e paulistas, cariocas, baianos,
catarinenses... – são termos convencionalmente criados para
denominar milhares de gentes diferentes e únicas. São mais
uma tentativa – vitoriosa – de acabar com a diversidade que
nos caracteriza e de nos fazer aceitar ideias e práticas que
não dizem respeito a nós.
Mais que isso: são uma forma de investimento seguro no sen-
tido de apagar nossas origens mais antigas. Mesmo assim –
mesmo não dizendo nada que tenha a ver com essas milhares
de gentes diferentes e únicas – essas denominações estão aí
há séculos fazendo o maior estrago.
Não somos nem o que aprendemos na escola e nem o que os
chamados 'meios de comunicação social' fazem tanta questão
de enfatizar.
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5. donizete soares pra discutir
Em geral, a educação escolar e os meios de comunicação ofi-
cial divulgam [ensinam] apenas o tipo de ciência ou saber fi-
nanciados e bancados por interesses específicos, não raro di-
ferentes, distantes e até mesmo contrários à nossa história
mais profunda.
Escola e Mídia, quase sempre, espalham saberes que têm a
ver, isto sim, com o suposto direito de alguns de definir e deli-
mitar espaços, de escolher quem pode ou não pode habitar
esse ou aquele território, de impor uma língua e um jeito de fa-
lar, de definir qual deve ser sua principal característica cultu-
ral...
Ora, os milhares de grupos humanos espalhados pela terra
são essencialmente marcados por particularidades e especifi-
cidades que nada têm em comum com divisões e subdivisões
arbitrárias. Cada um desses grupos, por conta da língua e de
alguns costumes comuns, tem histórias, trajetórias, objetivos e
interesses igualmente diferentes e únicos. São diferentes e
ponto final! Não se parecem – por que teriam que se parecer?
Muitos não querem contatos com outros povos – por que teri-
am que querer? Nem todos se interessam pelas mesmas coi-
sas que os outros – por que teriam que se interessar? Por ou-
tro lado, por que há tanto interesse em juntá-los, nomeá-los,
defini-los e classificá-los? Por quê?
A ideia de que somos isso ou aquilo é mais uma das tantas
mentiras que, desde crianças, ouvimos e somos levados a
acreditar. Infelizmente – e sem pensar – a maioria de nós ape-
nas repete o que aprendeu.
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6. donizete soares pra discutir
E assim, de tanto ouvir e falar, o que foi e é insistentemente
dito e repetido fica parecendo verdade.
Os mapas políticos, por exemplo, descrevem pouco ou nada
do que realmente tem a ver com as origens dos povos. São
apenas e tão somente a expressão de vontades e, sobretudo,
de interesses que não são nem as vontades e nem os interes-
ses dos que efetivamente ali nasceram e vivem.
Procure investigar como cada um dos continentes, inclusive a
Antártida, recebeu o nome que tem.
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7. donizete soares pra discutir
Quando falta apoio mútuo
Há sempre alguém que realmente precisa do outro. E, pelos
mais diferentes motivos, aceitáveis ou não, há quem dele ne-
cessite até morrer. Veja mães cujos filhos são portadores de
grave deficiência física e/ou mental e/ou emocional: quantas
delas, várias com idade avançada, não carregam no colo ou
nas costas seus filhos adultos em busca de atendimento médi-
co! Como são fortes essas mulheres! De onde tiram tanta
energia? Como lutam pela vida dos filhos! Seriam mães e fi-
lhos, conforme pretendem certos 'darwinistas', perdedores na
competição pela vida? Seriam os indivíduos mais fracos da
espécie?
Há pessoas que não precisam dos outros por tanto tempo.
Mas necessitam por algum tempo. Não são dependentes de
assistência, mas carecem de cuidado e atenção, ao menos
durante um período. Caso não sejam atendidas, caso falte so-
lidariedade, apoio mútuo, tudo fica muito difícil...
Restam-lhes, então, não raro, pouquíssimas saídas, dentre
elas, a agressão, o sofrimento e a morte. Utilizar-se de toda e
qualquer forma de agressão ao outro é muito comum a quem
se vê – e realmente se encontra – sozinho no mundo.
Poderia ele dizer: 'por que não intimidar, roubar, machucar e
até acabar com a vida do outro [qualquer outro], já que nin-
guém liga pra mim?' Ou então: 'por que respeitar quem quer
que seja se absolutamente ninguém me respeita?'
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8. donizete soares pra discutir
Pode haver maior tristeza e solidão do que viver sem ser
aguardado e querido por alguém? De que tanto faz existir ou
não? De ser tratado como coisa qualquer? Qual é o tamanho
do sofrimento para quem o sentir-se humano é coisa rara ou
até mesmo inexistente?
Quanto suporta o corpo e a mente de alguém que se vê como
um ser que não é percebido?
Sofrimento é miséria, penúria, padecimento. É dor que parali-
sa e impede qualquer reação.
Há pior dor dor física e/ou emocional que a provocada pelo to-
tal esquecimento?
Morrer, então, é a última e única saída. É despedir-se de um
lugar para o qual nunca foi bem recebido. É dizer adeus a
quem jamais percebeu sua existência.
É descansar num tempo em que viver não é o tempo da convi-
vência humana. Quando falta o apoio mútuo, morrer é, sobre-
tudo, um ato de denúncia!
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9. donizete soares pra discutir
Não fosse a solidariedade...
Quem de nós já não passou por momentos difíceis na vida?
Quantas vezes vivenciamos situações que pareciam não dei-
xar nenhuma saída? Felizmente, a maioria de nós consegue,
de alguma forma, se livrar dessas encruzilhadas, se equilibrar
e seguir adiante. Nem todos, contudo, podem dizer o mesmo.
Há os que chegam ao fundo do poço [ou da fossa – já que o
primeiro, geralmente, é limpo], e por muito pouco não sucum-
bem... -
Muito embora os 'meios de comunicação social' prefiram fazer
shows com a miséria humana, explorando o que há de mais
baixo, tacanho e enfadonho que pode chegar um ser humano,
felizmente há pessoas que não medem esforços para ameni-
zar o sofrimento de muita gente. Conseguindo olhar além de si
mesmas, dos seus próprios umbigos, essas pessoas verda-
deiramente salvam [nada a ver com o discurso igrejeiro] a vida
de seus iguais.
Não falo, evidentemente, dos que exploram o trabalho de seus
funcionários e não pagam impostos sobre suas riquezas, por
exemplo, e depois, para aliviar a consciência, praticam a tal
'caridade' cristã. Também não me refiro aos que, para se mos-
trarem bonzinhos, fazem doações [vultuosas ou não] para ins-
tituições de caridade ou ONG's que 'acalmam' as possíveis re-
ações dos que vivem em situações miseráveis, quase sempre
provocadas justamente por eles.
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10. donizete soares pra discutir
Seguramente, a miséria social e econômica a que milhares de
seres humanos estão submetidos não é menor que o nível de
miséria humana almejado e sustentado por quem consegue
pegar para si próprio a riqueza que é produzida pela grande
maioria...
Mas, voltando aos solidários, o que os mobiliza? Que senti-
mento é esse que faz com que alguém deixe de lado os pró-
prios interesses para se interessar pelos outros, não importan-
do, sobretudo, quem são esses outros? O que o leva a deixar
de “ganhar dinheiro” com suas habilidades e seu profissiona-
lismo, e dedicar parte do seu tempo ao outro sem pensar e
querer nada em troca?
A resposta é uma só e tem a ver com o sentimento mais anti-
go que o homem desenvolveu: o apoio mútuo. O apoio mútuo
é o que há de verdadeiramente nobre na história da humani-
dade, a razão pela qual o ser humano conseguiu sobreviver
durante tanto tempo na terra. Se desde o princípio tivéssemos
que enfrentar o tipo de sociedade que hoje mantemos, muito
provavelmente a espécie humana não existiria há muito tem-
po. Enganam-se, pois, os que afirmam que a competição é a
mola mestra da sociedade.
São, no mínimo, falaciosas as afirmações de que a vida em
sociedade é uma contínua competição, que somente os “me-
lhores” vencem, que o mercado é o campo ideal pra vencer na
vida... Enganados, destratados, destroçados e já tão dilacera-
dos por dentro, não são poucos os que repetem, sem pensar,
afirmações como estas.
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11. donizete soares pra discutir
Faz sentido, isto sim, o que disse o geógrafo russo Kropotkin:
nenhuma espécie sobreviveria – a humana, inclusive – se, a
princípio, os iguais não se juntassem e, assim, se fortaleces-
sem. Não fosse o sentimento de estar junto, de uns apoiarem
os outros, a necessidade de ser gregário, isto é, de viver em
grupo e coletivamente enfrentar as adversidades naturais e os
animais muito mais fortes e maiores que os humanos, certa-
mente não habitaríamos a face da terra há muito tempo.
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12. donizete soares pra discutir
Sentimento americano
Há pelo menos um sentimento que nos une e nos separa no
imenso continente americano.
Nos une porque nossos antepassados [nativos] não tiveram
forças suficientes para impedir a ação de invasores europeus
[portugueses e espanhóis, inicialmente] unicamente ocupados
em retirar e levar nossas riquezas para saciar a fome do
monstro nascente naquelas terras por volta dos anos 1500.
O mesmo pode ser dito dos nativos do Norte, que foram inva-
didos e dizimados por gente fugida da Inglaterra católica, se-
denta pelo sangue dos que não queriam mais ser cristãos de
Roma. Nos une também porque a África cedeu corpos para
serem esfoliados em grande parte do continente.
Como os ameríndios, os africanos escravizados não tiveram
forças suficientes para derrotar os alimentadores do Capital.
Esse sentimento de perda, de dor, de sofrimento, de ser ex-
plorado e desgastado para servir aos donos do dinheiro, certa-
mente habita o que há de mais profundo em cada um nós.
E não tem como não ser assim, já que no Brasil, por exemplo,
a escravidão oficial acabou há não mais que algumas gera-
ções antes de nós.
Mas a escravidão 'não oficial' não acabou.
A exploração de crianças, adolescentes, jovens e adultos ain-
da é realidade neste continente, que entra com um percentual
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13. donizete soares pra discutir
importante na conta dos atuais milhões de miseráveis e famin-
tos do planeta. O que são favelas, cortiços e assemelhados
[depósitos de gente com pouquíssima ou sem nenhuma aten-
ção da maioria dos que vivem às custas dessas gentes] senão
novas senzalas? Não fosse essa imensa senzala, seguramen-
te não veríamos os brilhos e as cores das casas-grandes, atu-
almente transformadas em bancos, condomínios, casas e pré-
dios luxuosos – expressões de enorme riqueza.
Contudo, se esse sentimento que, de alguma forma, nos une
como americanos, também, de alguma forma, nos separa
como americanos. E nos separa porque, de tanto os ainda co-
lonizadores nos fazerem ocupados em buscar satisfazer nos-
sas necessidades básicas [comer e beber e pagar e pagar...],
nós temos uma dificuldade enorme de olhar para o lado, justa-
mente onde muitos outros, como nós, foram e são submetidos
à condição de viver em busca de satisfazer necessidades bá-
sicas.
O ato de ver e perceber como somos todos muito parecidos,
como vivemos de modo semelhante, é algo que a maioria de
nós ainda não se deu conta.
Ao que parece, nem poderia ser diferente, afinal são mais de
500 anos de pregação e ensino de um determinado modo de
ser, de pensar e de agir que, infelizmente temos que admitir,
foram e estão sendo muito efetivos.
Ora, se houve – e há – ensino de verdade, então, há aprendi-
zagem. Aliás, que aprendizagem!
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14. donizete soares pra discutir
Em geral, somos compreensivos, obedientes e muito compor-
tados.
Basta alguém se apresentar impositivo e altivo, que surgem
seguidores acatando ordens e cumprindo exatamente 'o que o
mestre mandou'. Se for pra ajoelhar e rezar, por que não? Ajo-
elhando e rezando, ganha-se alguma recompensa... Se esse
ou aquele não aceitar as condições impostas, há milhares que
o fariam sem reclamar... Que alternativa tiveram os escravos
[com raras exceções] senão obedecer ou morrer?
Por outro lado, não foi somente esse modo de ser, de pensar
e de agir que aprendemos. Tantos anos de práticas autoritári-
as fizeram de nós mais do que especialistas em dominar, es-
cravizar e desgastar os outros.
Há dentro de nós uma capacidade incrível de violentar o outro,
de acabar com ele, não importando se esse outro está próxi-
mo de nós, se é membro da família, ou se vive em lugares
que a gente nem sabe onde fica. Aprendemos – e muito bem!
– tanto as técnicas de como levar alguém a viver em condi-
ções subumanas como as de aceitar viver sem dignidade al-
guma.
Embora esse sentimento que nos une e nos separa habite
nosso pensamento mais antigo e vem sendo fortalecido du-
rante gerações, certamente não é o único sentimento que, há
tanto tempo, também sobrevive em nosso meio.
Fosse assim, os antigos e novos colonizadores estariam abso-
lutamente tranquilos e, de modo algum, teriam que se ocupar
com leis, exércitos, planos econômicos, eleições e, sobretudo,
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15. donizete soares pra discutir
com tecnologias de informação e comunicação, a maioria de-
las voltada exatamente para o controle da sociedade.
Ocorre que, dentre os tantos sentimentos que nos constituem,
há um outro que vem antes desse que nos une e separa. Um
sentimento que, para impedir que aflorasse, fez com que os
colonizadores dizimassem populações inteiras. [Em certo sen-
tido, ainda dizimam – não é cada vez mais crescente o núme-
ro de pessoas que morre de fome em pleno século 21?] Um
sentimento que, para não ser aflorado, faz com os governos,
por convenção mundial, se obriguem a acabar com a mortali-
dade infantil, mas que, por não investirem em políticas sociais
destinadas aos mais jovens, adiam a mortalidade de crianças,
permitindo que sejam mortas aos 10, 15, 18 ou 20 anos.
O fato é que, por mais que sejam fundamentadas, testadas e
aplicadas com todo o rigor, as pedagogias dos invasores não
conseguem acabar com o sentimento de liberdade das pesso-
as. Ser livre ou não ser livre – esta é a questão!!! Afinal, mes-
mo que as condições materiais permitam [quando há um míni-
mo de comida na barriga das pessoas], é porque há liberdade
que elas aceitam a condição de escravidão ou não.
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16. donizete soares pra discutir
Invasão cultural
Que as TIC´s [tecnologias da informação e da comunicação]
estão cada vez mais presentes no dia a dia dos mais diferen-
tes grupos sociais da América Latina, é mais que evidente.
Que regem a vida de cada um de nós e de toda a sociedade,
já é realidade. Que, em geral, trazem benefícios individuais e
coletivos, não há como não admitir. Mas ninguém nos consul-
tou se queríamos ou se precisávamos de tudo isso que se nos
impõe como necessário, útil e benéfico. Ninguém nos pergun-
tou se estávamos interessados nisto...
E, assim como das outras vezes, nos enfiaram goela abaixo
ideias e produtos. E nos convenceram de que realmente preci-
samos dessa parafernália toda pra viver. E nós aceitamos, as-
sim como um velho filme que, de tantas vezes visto, sabemos
de cor a sequência das cenas... Mais uma vez, aceitamos
consumir e não criar, admirar e não inventar, acatar e não
questionar. Decidimos ser objetos e não sujeitos. O que dizer
de muitos de nós que, mesmo sem poder comprá-los, endi-
vida-se ou simplesmente baba diante de tantos
equipamentos?
A saída possível – realmente possível – é criarmos condições
para que um número cada vez maior de pessoas, desde a
mais tenra idade, se aproprie tanto do como fazer informação
e comunicação, assim como das tecnologias que se nos apre-
sentam como tão necessárias, úteis e benéficas.
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17. donizete soares pra discutir
Como?
Fazendo com que os equipamentos [cada vez mais baratos e
acessíveis, de acordo com a estratégia dos invasores] sejam
conhecidos e manipulados por toda e qualquer pessoa, a fim
de que elas os utilizem para expressarem [do jeito que quise-
rem] o que sentem e pensam.
É possível que, a partir daí, mudando-se o ponto, a vista tam-
bém mude...
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18. donizete soares pra discutir
'quem nasceu para carneiro não se
espante quando é comido'
Sabe quem falou isso ai?
Nem imagino.
Foi o Bocarra, o P.P. Bocarra.
Quem é esse cara?
Pedro Paulo Bocarra, o Rei da Carne de Chicago.
Nunca ouvi falar dele.
É um personagem de A Santa Joana dos Matadouros [Brecht,
alemão, 1898/1956]
Sabia, não. Conheço pouco o Brecht.
O pano de fundo dessa peça é a Queda da Bolsa de Nova Ior-
que, em 1929, que foi, segundo dizem, a primeira e maior cri-
se do capitalismo. Os donos do dinheiro produziram muito,
mas não tinha quem comprasse os seus produtos. Havia mais
oferta que procura. Então, a quebradeira foi geral. Os endi-
nheirados, inclusive os do Brasil, que na época eram os fazen-
deiros do café, se ferraram... e o povo [principalmente] tam-
bém...
E o que é que Santa Joana tem a ver com isso?
Negociando carne, o Bocarra era o maior poderoso em Chica-
go. Ele controlava o mercado. Comprava e vendia do jeito que
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19. donizete soares pra discutir
bem entendia, de modo que todos os outros braços do negó-
cio, tipo criadores, transportadores, investidores, industriais
etc. dependiam dele, quer dizer, do dinheiro dele.
... E a Santa Joana?
Acontece que quem mais dependia do homem eram os traba-
lhadores que, embora perdessem suor e sangue e vida nos
matadouros de bois, porcos, carneiros e outros animais... re-
cebiam salários baixíssimos e viviam em condições miserá-
veis. Joana era uma dessas desgraçadas e, para compor o
belo quadro da exploração, fazia parte de um grupo religioso
que, como sempre, cumpre muito bem o seu papel de domes-
ticar os homens, amansá-los, prometendo vida boa e felicida-
de em outro tempo [depois da morte] e lugar [o que chamam
de céu].
Joana fazia parte do jogo, ao lado de Bocarra...
Não. Ela enfrentou o cara. Por várias vezes, frente a frente,
disse ser ele o responsável pela miséria daquela gente toda.
Falou em nome dos famintos... Cobrou dele outras atitudes...
E o cara?
Até que ouviu a menina [tinha uns 20 anos] e chegou a dizer
que admirava a coragem e ousadia dela e coisa e tal, mas ab-
solutamente nada alterou o seu jeito burguês de ser e de viver
e de viver da exploração do outro, ou melhor, de todos os ou-
tros. Joana, por essas e por outras, passou a ser reconhecida
e respeitada pelos miseráveis.
E ela virou santa por causa disso?
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20. donizete soares pra discutir
Mais ou menos. No momento mais crítico da quebradeira, em
que as condições tendiam somente a piorar, em que o Bocarra
e seus braços estavam aparentemente na pior, em que uma
multidão de famintos podia estourar como gado, em que uma
possível greve geral poderia paralisar de vez os negócios do
rei da carne e, aí sim, complicar a vida dos homens do dinhei-
ro, em que a polícia fazia o seu papel a favor de uns e contra
outros...
E daí?
Joana, mais uma vez, enfrentou os poderosos, dizendo coisas
que eles sabiam muito bem serem verdadeiras, mas não que-
riam que os outros ouvissem, porque simplesmente não con-
vém que esses outros, sempre muitos outros, ouçam e saibam
de coisas que possam vir a complicar os que sabem muito
bem o que significa a separação entre uns e outros...
... E a Joana?
Passou um tempo, ela foi ameaçada, perseguida, de algum
modo é ferida e levada pra morrer diante de Bocarra em seus
braços. Foi quando, então, ela virou santa. Ou melhor, os en-
dinheirados, convenientemente, fizeram dela uma santa. Colo-
caram bandeiras sobre o seu corpo e, junto com os miserá-
veis, na frente e ao lado deles, velaram a 'Santa Joana dos
Matadouros'.
Caramba!!!
Muito espertamente, os endinheirados perceberam que a mor-
te de Joana era um momento excelente, um fato primoroso
que não podia deixar de ser capitalizado. Se ficassem ali e fi-
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21. donizete soares pra discutir
zessem as honras fúnebres ao corpo da menina guerreira,
que em vida teve a petulância de se dirigir a eles, os podero-
sos, e desafiá-los em favor dos miseráveis e famintos como
sempre; se eles permanecessem ali por algum tempo, certa-
mente aqueles desgraçados não os veriam e os tratariam
como, de fato, eles mereceriam ser vistos e tratados, mas, ao
contrário, como pessoas boas, tão humanas a ponto de elege-
rem a brava e defunta lutadora como 'A Santa Joana dos Ma-
tadouros'...
Sacanagem!!! Muita sacanagem!!!
Pois é, agora que você sabe quem é o tal do Bocarra, perso-
nagem de A Santa Joana dos Matadouros, do Brecht, entende
o que ele falou?
Entende que quem nasceu para carneiro não se espante
quando é comido! é bem mais que uma frase de efeito? Que
um cara como Bocarra – rico porque vive da miséria de mui-
tos, e vivo porque se nutre do sangue dos animais e do san-
gue dos homens que matam os animais – não joga uma pala-
vra fora e nem brinca em serviço? Que para ele, assim como
para seus iguais, há um matadouro – lugar cuja única razão
de existir é acabar com a vida do outro – separando pessoas?
Entendo, sim. E, cá entre nós, não há novidade alguma nessa
história. Não conhecia esse Bocarra, mas bocarras não fal-
tam... Eles estão estrategicamente espalhados por aí, e inter-
pretando, cada vez melhor, os seus papéis. Miseráveis tam-
bém não faltam. Pra não mexer no cenário, basta um prato de
sopa e uma promessa qualquer. Não são poucos os que que
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22. donizete soares pra discutir
ainda caem nessa conversa! E para que o espetáculo conti-
nue, é preciso que Joana exista; que ela fale, que grite, que
corra e que morra... assim... sofrendo muito... até ser transfor-
mada em santa... Ora, não há matadouros sem santos e san-
tas... e bocarras! Depois de Joana, virão outras e, muito pro-
vavelmente, passarão por situações parecidas com as que ela
passou. E, assim como a Joana de Brecht, talvez sejam trans-
formadas em santas joanas também...
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23. donizete soares pra discutir
Dramas humanos na tela da tevê
Observe como a mídia oficial/comercial trata os dramas huma-
nos. Em especial as tevês, o que buscam e mostram? Esban-
jam cenas carregadas da dor e da tristeza dos outros – os
'protagonistas' de suas esperadas e, mais que isto, aguarda-
das narrativas.
Quem está mais abatido?
Quem está sofrendo mais?
Qual o melhor ângulo, o melhor enquadramento?
E as coisas, os lugares destruídos, as pessoas – especial-
mente as pessoas?
Onde elas estão concentradas?
É fundamental que elas apareçam chorando e desesperadas.
[quanto mais, melhor!]
Tem alguém revoltado e bravo?...
Há repórter que tem a pachorra de perguntar às vítimas o que
sentiram na hora trágica. Embarga a voz e – não importando
se são crianças, jovens ou velhas – pede que falem sobre o
que elas pensam em fazer daí pra frente... E continua a entre-
vista emocionada até o momento em que ouve “não há o que
fazer”, “é assim mesmo” e “é vontade de deus”...
[O máximo! - exatamente o que esperava.]
21
24. donizete soares pra discutir
Em seguida, com ar sério e algo preocupado, falam os apre-
sentadores ou âncoras que, em geral, dizem o mesmo que já
foi dito e mostrado.
Então, tecem alguma consideração que, a rigor, nada acres-
centa, para, logo depois, abrirem um sorriso e anunciar a pró-
xima notícia que, em geral, nada tem a ver com a tragédia.
[É claro que este modo de tratar as desgraças humanas
não é uma novidade inventada pela mídia oficial/comerci-
al. Em particular, os jornais televisivos deixam muito a
desejar em matéria de... matérias jornalísticas.]
Por conta do modelo adotado – que “vende bem”; caso contrá-
rio, seria outro o modelo –, quem nele trabalha não somente
pago pelos 'donos da mídia', mas aceita, concorda, sustenta e
mostra a própria cara no que há de pior em termos de trata-
mento da informação.
[Muito antes dos negócios tão bem explorados da mídia
oficial/comercial, a igreja católica tratou de “capitalizar”
os dramas e as inevitáveis dores humanas; e não so-
mente ela, mas tantas outras que, hoje mais que nunca,
aparecem nas ruas, praças e becos... sempre lugares
pobres, evidentemente]
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25. donizete soares pra discutir
Com escola tão boa e eficiente, como não aprender? Com
exemplos tão edificantes, como não se tornar especialista na
capacidade de explorar o outro, sobretudo quando ele mais
precisa da solidariedade dos seus iguais?
Você conhece alguma igreja que, mesmo pregando o tempo
todo a preocupação com o homem, não explora justamente a
fragilidade humana, em especial a dor provocada pelas situa-
ções dramáticas? Não dizem elas que o céu não é pra qual-
quer um, mas somente para os que sofrem sem deixar de fre-
quentá-las e, claro, contribuir com a tal 'obra do criador'?
[O que não dizem e fazem para encher a sacolinha?!]
Mas o que pretendem as empresas que controlam a mídia ofi-
cial/comercial? Seguramente, nada que tenha a ver com soli-
dariedade – termo, aliás, que não cabe no vocabulário empre-
sarial. Ao contrário, o que sustenta o sistema econômico que,
juntos, mantemos é justamente a exploração do homem pelo
homem. No máximo, falamos em 'ajudar' o outro, nos moldes
do que a igreja católica difundiu como 'caridade'. Nada mais
que isto! Ora, como são empresas [nos tempos recentes, igre-
jas também funcionam como empresas] ou são formas de in-
vestimento de dinheiro, isto é, capital – e capital, se não for
transformado em mais capital, em lucro, simplesmente desa-
parece –, a única coisa que interessa é o lucro, o aumento do
capital.
Portanto, tudo vale.
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26. donizete soares pra discutir
Vale tudo!
Afinal, a dor é um grande negócio! [a dor dos outros, obvia-
mente]
Há muito, sabemos o quanto a dor e a desgraça do outro nos
chamam a atenção. Dura e triste essa constatação, sem dúvi-
da, mas há como dizer o contrário? Geralmente, expressões
de alegria e felicidade incomodam e geram reações contrárias
às expressões de dor e tristeza. Gostamos de festa, mas o
que nos envolve e comove mesmo é o luto...
Quantos de nós nos alegramos com a alegria do outro?
O mesmo não ocorre com relação à sua dor; não raro, sofre-
mos com os seus sofrimentos, choramos com ele, não impor-
tando se é alguém próximo ou não. Aprendemos a ser solidári-
os na tristeza.
Tanto as igrejas como as empresas de mídia sacaram bem
essa nossa fragilidade. Mas, sobretudo, contaram e contam
com o nosso consentimento para operarem dessa maneira.
Não fosse assim, as segundas não teriam aprendido tão bem
como aprenderam as lições das primeiras e, ambas, não al-
cançariam o sucesso que se renova a cada dia.
São muito parecidas tanto nos propósitos quanto nos resulta-
do: não partilham os mesmos espaços, buscando o mesmo
público?
Não vendem as mesmas ideias, produtos e serviços?
Não disputam a tapa os mesmos consumidores?
Direta e indiretamente, não visam e obtém lucros?
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27. donizete soares pra discutir
Há quem diga que a gente se vê na tela da tevê. É possível, já
que na tela da tevê muitos se deixam [ou fazem questão de]
mostrar, expondo os efeitos da tragédia que resulta da nossa
dificuldade de ver a nós próprios como meros consumidores
de ideias e valores.
De tão embaçadas de água benta, nossas vistas se conten-
tam em contemplar os dramas humanos na tela da tevê...
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28. donizete soares pra discutir
Gosto não se discute?
Gosto não se discute – é o que diz o senso comum.
O que, certamente, é um exagero. Simplesmente porque a op-
ção por isso ou aquilo é definida por variáveis que indepen-
dem de um possível e desejável sentido puro.
A escolha do prato preferido, do estilo musical ou do tipo de
obra de arte... são opções perpassadas por elementos que
vão da origem familiar à quantidade de dinheiro que se tem no
bolso.
Antes, durante e depois de tudo o que possa se referir ao gos-
to, opção ou preferência há o meio no qual se está envolvido.
O indivíduo altera, altera-se e é alterado por outros indivíduos,
conforme as circunstâncias.
Gosto, então, se discute sim.
Opções e preferências não caem do céu ou brotam puras em
algum lugar. São, ao contrário, construções históricas. São
produções coletivas definidas por situações que, juntamente
com outros indivíduos, envolvem necessidades e interesses
diversos e inevitavelmente conflitantes.
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29. donizete soares pra discutir
Crítico, sim. Desagregador, não.
Tecer considerações favoráveis ou não às ações dessa ou da-
quela pessoa ou instituição é algo absolutamente legítimo sob
qualquer ponto de vista. Dizer o que pensa, sente ou acha a
respeito de quem quer que seja é, igualmente, direito de toda
e qualquer pessoa, independente dela estar ou não integrada
num determinado grupo social, assim como participar ou não
de qualquer ação desse grupo.
Quando se está à frente de alguma ação coletiva, então, o
exercício da crítica constante e radical é uma necessidade ab-
solutamente intrínseca à própria ação. Caso contrário, estão
comprometidas tanto a seriedade da intenção quanto a conti-
nuidade da atuação.
A constância e a radicalidade da crítica fazem dela algo mais
sério do que gostar ou não de alguém, ser simpático ou não
às ações de alguma instituição.
A crítica vai muito além de falar mal de alguém ou de um pro-
jeto...
Isto porque, para ser crítica, nada efetivamente escapa do
olhar e da análise daquele que, legitimamente, a exerce.
Quem olha criticamente o faz de modo analítico, isto é, de-
compõe, des-mancha, des-faz o objeto criticado.
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30. donizete soares pra discutir
Neste sentido, a crítica verdadeira e honesta é sempre destru-
tiva: ela des-constrói o que se lhe mostra arranjado, montado,
definido... verdadeiro.
Não há, pois, crítica construtiva. Seu alvo são as ações.
Em nenhum momento, portanto, se justifica destrato ou ofensa
aos formuladores e/ou realizadores das ações.
O que se des-constrói são os objetivos, os modos como se
praticam as ações, os fins a que elas se destinam. As pessoas
envolvidas nessas ações são absolutamente dignas de todo
respeito.
Ninguém tem direito de destratar ou ofender alguém.
Por sua vez, receber e acatar críticas são ações de dignidade
ímpar...
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31. donizete soares pra discutir
Poder e Responsabilidade
Para quem trabalha com gestão de pessoas, é fundamental
compreender a relação entre os termos que formam o título
deste texto.
Acredita-se, por exemplo, que o sucesso de qualquer projeto
está associado à divisão de responsabilidades: “cada um fa-
zendo bem a sua parte, todos ganham”. Cria-se grupos de tra-
balho, distribui-se funções e, claro, alguém ou um pequeno
grupo de pessoas [a liderança] assume a frente das ativida-
des.
Se os resultados forem satisfatórios, os líderes, em geral,
guardam para si mesmos os “louros” do empreendimento. Até
reconhecem o trabalho da equipe, mas o brilho e a fama não
são divididos.
Entretanto, se as dificuldades aparecerem mais que os bons
resultados, outras coisas são ditas, outros são os procedimen-
tos adotados.
A liderança faz questão de dividir com todos a responsabilida-
de pelo fracasso, espalhando culpas [palavra horrível!] para
todos os lados.
Ora, qualquer projeto – desde que decorra do sonho e/ou da
necessidade das pessoas alterarem a realidade em que vivem
– está inevitavelmente condenado ao sucesso.
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32. donizete soares pra discutir
Se ele não acontece, e se as dificuldades insistem em superar
as possibilidades, é preciso investigar o tipo de gestão implan-
tada pela liderança e acatada pelos grupos de trabalho: divi-
são de responsabilidade e concentração de poder.
Adotando-se a gestão participativa, a divisão a ser feita não é
de responsabilidade – uma vez que é absolutamente impres-
cindível cada um assumir a parte que lhe cabe –, mas de po-
der.
O poder é que deve ser dividido, jamais concentrado. Centrali-
zar as decisões e dividir responsabilidades é a principal carac-
terística da gestão autoritária.
É mais que necessário, portanto, saber diferenciar bem um
termo do outro para que o tipo de gestão adotada nas ações
coletivas não apareça uma coisa e, na verdade, seja outra.
O sucesso de um projeto nunca é individual, mas sempre co-
letivo. O fracasso, por sua vez, é individual e coletivo.
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33. donizete soares pra discutir
'quem não se comunica se
trombica'
É comum ouvirmos dizer que estamos na Era da Informação,
e quem for atento à tecnologia certamente estará à frente da
maioria das pessoas.
Caso contrário, ficará inevitavelmente jogado às traças.
As mídias [sobretudo tevê, rádio e jornal], então, trataram de
disseminar essa ideia, e obtiveram brilhante êxito. Elas se or-
gulham ao afirmar que são portadoras dos ideais que necessi-
tamos para viver nos tempos atuais. Tempos, aliás, sombrios,
especialmente marcados pela força e dominação de uns pou-
cos sobre a imensa maioria. Quantos de nós têm acesso aos
'benefícios da tecnologia', já que milhões de pessoas vivem
em condição inferior ao mínimo de dignidade humana?
Nosso tempo é o mais prodigioso da história em termos de in-
venções e novidades, mas é também o mais violento e profun-
damente marcado pelo desrespeito ao ser humano e à nature-
za. Em nenhum outro momento da história fomos, ao mesmo
tempo, tão grandiosos e mesquinhos, tão ousados e covardes,
tão humanos e desumanos...
De informação e boa intenção tanto o inferno como a terra es-
tão cheios. As consequências são amplamente conhecidas e
sofridas na pele de milhares de pessoas. Por quê e para quê
tanta informação?
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34. donizete soares pra discutir
Melhor: a quem efetivamente interessa tamanha tecnologia da
informação? O que justifica o investimento [de toda a socieda-
de, obviamente] cada vez maior na pesquisa e produção de
variados equipamentos de informação?
O que mobiliza um pequeno grupo de pessoas tão envolvidas
e interessadas em adquirir, vender, trocar e guardar... informa-
ção?
Ora, se a fome é o que mais mata no mundo; se a maioria ab-
soluta dos grupos humanos não vive de acordo com suas res-
pectivas riquezas, já que os bens produzidos socialmente não
são distribuídos socialmente; se apenas um pequeníssimo
grupo de pessoas concentra e detém em suas mãos, além
das riquezas, o controle sobre a tecnologia [financiada por
toda a sociedade] – tanta informação só pode ter um objetivo:
impedir que esse quadro se altere.
***
Há, todavia, uma outra opção: comunicação entendida como
processo que tem como marca maior a ação em comum. Ou
mais exatamente isto: Comunicação é ação em comum como
desdobramento do conjunto de ações individuais elaboradas
de pensamento crítico sobre convivência social. Trata-se, por-
tanto, de um processo pautado no respeito e no compromisso
com o outro.
Respeito, enquanto aceitação e tolerância com o diferente,
com quem pensa e age de modo diverso do nosso.
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35. donizete soares pra discutir
[Respeitar (re = de novo + espectar = olhar) é olhar de
novo, prestar atenção.]
Compromisso, entendido não como fidelidade a um outro, mas
com qualquer outro, independente de ser ou não conhecido
nosso.
[Compromisso é o mesmo que promessa, que é o mes-
mo que dar a própria palavra.]
Ora, se formos críticos ante às mensagens insistentemente
bombardeadas pelas mídias, certamente não permitiremos
que muita coisa continue acontecendo.
Perguntaremos, por exemplo, que tipo de respeito e compro-
misso têm conosco os que as operam?
De onde falam e o que pretendem com suas afirmações, ne-
gações, acusações, condenações e absolvições?
Quem são os autores dos textos que publicam, as vozes que
difundem e o que querem com as imagens que colocam no
ar?
Nesse caso, estaremos dando início a Era da Comunicação -
tempo marcado pelo estar com o outro, não ficar à sua frente
ou segui-lo, mas caminhar ao seu lado; tempo em que ter res-
peito e compromisso com o outro é ser companheiro e parcei-
ro, jamais superior ou inferior a ele.
33
36. donizete soares pra discutir
***
Não sei o que o Chacrinha - um nome da televisão do Brasil -
queria dizer quando repetia que “quem não se comunica se
trombica”. Nem sei o que ele pensava exatamente sobre co-
municação.
Pouco importa!
O que vale é que sua frase, tantas vezes repetida, serve para
dizer que a ação em comum é a nossa única saída.
Afinal, quem é companheiro não é carregado e nem carrega
ninguém, mas oferece o ombro e aceita o ombro do outro.
Quem é parceiro, divide poder e assume responsabilidades.
Nunca o contrário.
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37. donizete soares pra discutir
Que história, não?
Triste, doloroso, infeliz, desgraçado, medíocre, desprezível,
baixo, deplorável... – que outros adjetivos há para qualificar o
que o homem tem feito de si mesmo e do outro no decorrer
dos tempos?
A história do homem é a história da exploração do homem
pelo homem – como negar esta afirmação? O que chamamos
história da humanidade é a simples constatação de que não
houve e nem há limites para esse tipo de exploração – como
negar também essa afirmação?
Absolutamente nada impediu e impede o homem de desgastar
e esgotar outro ser igual a ele.
O interessante, contudo, é que o homem, que submete o ou-
tro, torna-se submisso de quem aceita a submissão, estabele-
cendo um tipo de relação que é lamentável.
Longe da condição de sujeitos que realizam ações, transfor-
mam-se em meros objetos sofrendo ações decorrentes das
condições que ambos definiram para si mesmos. Os laços que
criam são correntes que os mantém interna e externamente
dependentes um do outro.
Tem como negar a tese de que ainda não saímos da pré-histó-
ria da humanidade?
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38. donizete soares pra discutir
Até, cara leitora e caro leitor!
Insisto na ideia de, sinceramente, co-laborar com você, des-
pertando seu interesse e empenho para o intenso e constante
debate sobre certas ideias e práticas, não por acaso devasta-
doras da nossa vida individual e coletiva.
Com esses textos, minha intenção foi [continua sendo] provo-
car, gerar incômodo, desconforto, dúvidas, desconfiança...
Consegui?
Mas é preciso mais: não se conformar com o que está escrito,
ir além, investigar, escarafunchar, consultar, conferir...
Se você leu esses exercícios de leitura, compreensão e inter-
pretação do que temos feito de nós mesmos é possível conti-
nue [por algum tempo ainda] pensando e conversando sobre
eles.
Enquanto isto acontecer – e tomara que se estenda – muitos
pensamentos, sentimentos, posicionamentos hão de sofrer al-
guma alteração.
Estou certo disso!
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39. donizete soares pra discutir
Sumário
Olá, cara leitora e caro leitor! 01
Não somos nada disso 03
Quando falta apoio mútuo 07
Não fosse a solidariedade... 09
Sentimento americano 13
Invasão cultural 17
'quem nasceu para carneiro não se espante quando é comido' 19
Dramas humanos na tela da tevê 25
Gosto não se discute? 31
Crítico, sim. Desagregador, não. 33
Poder e Responsabilidade 35
Que história, não? 41
Até, cara leitora e caro leitor! 43
37
40. donizete soares pra discutir
pela constituição de sujeitos autônomos!
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