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PLANEJAMENTO E
GERENCIAMENTO DA
PRODUÇÃO SUINÍCOLA
Planejamento da produção
de
suínos
 Planejamento da atividade – precisa prever:
 Sistema de produção e tecnologias escolhidas
 Custos de implantação
 Questões ambientais
 Disponibilidade de insumos
 Metas de produção
 Potencial de comercialização dos produtos finais
 Planejamento:
 Projeto ambiental
 Projeto técnico
 Escolha e preparo do terreno
 Planejamento da produção
 Estudo da viabilidade econômica
Projeto ambiental
 Disponibilidade de recursos /monitoramento
ambiental
 Licenças ambientais antes da instalação
 Respeitar legislações federal e estadual
quanto às distâncias e áreas p/ dejetos
 Planejar fluxo de nutrientes, c/ utilização
racional de dejetos
Projeto técnico
 Área drenada e compatível c/ número
de animais
 Abastecimento de água potável (100-
150L/dia/matriz)
 Elaborar projeto técnico completo (civil,
hidráulico, elétrico e ambiental)
 Planejamento das instalações deve
considerar:
 Metragem p/ cada fase de criação
 Detalhes das edificações (conforme animais, clima
e tipo de produção)
 T
amanho dos prédios e número de salas
 Equipamentos necessários
 Facilidade de execução das rotinas de trabalho
 Área de tratamento de dejetos compatível com
sistema
Escolha e preparo do terreno
 Área plana ou ligeiramente inclinada (até 6%)
 Prédio c/ orientação leste-oeste
 Local que facilite trânsito (pessoas, insumos,
veículos)
 Permitir afastamento entre instalações
(ventilação)
 Gramar área ao redor das instalações
Planejamento da produção
 Importante calcular número de salas e
número de lotes no rebanho p/ atender
o fluxo de produção
Como estabelecer o número de salas
 Utiliza-se o fluxo de produção (intervalo entre lotes).
 Variáveis necessárias:
 Intervalo entre lotes – 7 ou 21d
 Idade ao desmame - 21 ou 28d
 Idade de saída dos leitões da creche – 63-70d
 Idade de venda dos suínos
 Intervalo desmama-cio – média 7d
 Duração da gestação – 114d
 Duração do vazio sanitário entre cada lote – recomenda-se 7d
(1 lavagem +1 desinfecção + 5 descanso)
Cálculo do número de salas em cada fase de produção, para um
intervalo entre lotes de 7 dias e desmame com 21 dias
Número de salas = Período de ocupação + vazio
sanitário/Intervalo entre lotes
Ex. 1 - Cálculo do número de salas de maternidade
Alojamento das fêmeas antes do parto = 7 dias
Período de aleitamento = 21 dias
Período de ocupação (7+21) = 28 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
N.º de salas de maternidade = 28 + 7 / 7 = 5 salas
Ex. 2 - Cálculo do número de salas de creche
Idade de desmame = 21 dias Idade
de saída de creche = 63 dias
Período de ocupação = 63 dias (saída da creche) menos 21 dias
(idade ao desmame) = 42 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
Número de salas de creche = 42 + 7 / 7 = 7 salas
Ex. 3 - Cálculo do número de salas de crescimento-terminação
(C/T)
Idade de saída da creche = 63 dias
Idade de venda dos suínos = 168 dias
Período de ocupação = 168 dias (idade de venda) menos 63 dias
(idade saída de creche) = 105 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
Número de salas de C/T = 105 + 7 / 7 = 16 salas
Estudo da viabilidade econômica
 Importante buscar auxílio p/ realizar análise
econômica bem fundamentada
(planejamento financeiro)
 Avaliar possibilidade de divisão de custos
entre produtores
Gerenciamento da produção
de
suínos
 Propriedade suinícola possui capital +
trabalho e deve gerar lucro
 Planejamento s/ gerenciamento não
funciona
 É preciso saber como e quanto produzir
e para quem vender
Visão estratégica do negócio
 Características desejáveis no suinocultor:
 Visão de longo prazo (10 anos), estabelecendo
metas de produtividade, lucro, aposentadoria,
etc.
 Conhecimentos dos riscos (investimento x
perdas)
 Visão da cadeia produtiva (fornecedores,
compradores, consumidor final)
 A partir do conhecimento do seu negócio, é importante
conhecer e analisar informações externas, como:
 Produtores vizinhos
 Cooperativas e associações
 Revistas especializadas
 Programas de rádio e TV
 Assistência técnica, órgãos de pesquisa, representantes
comerciais
 Participação em feiras e eventos
 Internet
 A partir dessas informações e do debate c/ outros
suinocultores:
 Acompanhar tendências de preço de suínos e de grãos nas
regiões produtoras
 Acompanhar mudanças nos fatores importantes p/ a
suinocultura
 T
entar compreender como isso interfere na remuneração e
nos custos
 Acompanhar discussões sobre países importadores e tentar
compreender a relação c/ volume de animais produzidos
 Não decidir nada baseando-se nas euforias de mercado
Remuneração do suinocultor
 Remuneração depende da forma como
comprador avalia e valoriza os animais
vendidos
 Critérios de remuneração dependem de:
 Vínculo suinocultor c/ elo de abate e
processamento (independente, compra e
venda, parceria)
 Sistema de produção (ciclo completo,
produção de leitões, terminação)
 Principais indicadores de desempenho:
 Produtividade de matrizes
 Conversão alimentar (CA)
 Mortalidade
 Visando uniformidade, é fundamental a entrega de
leitões c/ peso de melhor remuneração (17-24kg,
em geral)
 Maior parte das agroindústrias compara o
desempenho dos produtores e efetua pagamento de
acordo com os índices de produtividade
 Propriedades de ciclo completo:
 Peso ideal de abate, relacionado c/:
○ Preço do suíno (vivo ou carcaça)
○ Preço da ração
○ CA
○ Algumas agroindústrias usam tipificação de
carcaças
Gestão de custos de produção
 Custos dependem de:
 preços dos fatores de produção (mão-de-obra,
genética, ração, insumos...)
 quantidade utilizada
 eficiência técnica
• Ações que contribuem p/ redução de custos:
• Levantamento de preços em 2 ou + fornecedores
• Preço de transporte em função de distâncias,
volume e frequência
• Adquirir grãos em período de safra
• Quando realizar adoção de nova tecnologia,
verificar se os custos retornam sob forma de
produtividade
 Comparar resultados atuais com:
 Custos de anos anteriores
 Indicadores técnicos obtidos pelo suinocultor
(CA, mortalidade, GP
, produtividade de
matrizes,...)
 Resultados atuais de outros suinocultores
 Preços recebidos
 Custos levantados por diversas instituições
Fatores a considerar para o cálculo
do custo da produção de leitões
(UPL) e de suínos em ciclo completo
(CC)
 Contrato de compra e venda ou produtor
independente: este é responsável pela
compra de reprodutores, ração, insumos,
investimentos,...
 Neste caso deve-se considerar nos custos os
custos fixos e variáveis
 Custos fixos:
 Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20
anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)
 Juros sobre capital investido
 Juros sobre reprodutores
 Custos variáveis:
 Alimentação
 Compra de leitões
 Reposição de reprodutores
 Compra de sêmen
 Mão-de-obra e encargos
 Produtos veterinários
 Energia, água e combustíveis
 Transporte
 Manejo e tratamento de dejetos
 Manutenção e conservação
 Despesas financeiras e eventuais
Fatores a considerar para o cálculo
do custo da produção da terminação
em parceria (UT)
 Nestes contratos a agroindústria fornece
leitões, ração e medicamentos
 Considerar nos custos de produção
custos fixos e variáveis
 Custos fixos:
 Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20
anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)
 Juros sobre capital investido
 Custos variáveis:
 Mão-de-obra e encargos
 Produtos veterinários
 Energia, água e combustíveis
 Manejo e tratamento dos dejetos
 Manutenção e conservação
 Despesas financeiras e eventuais
Análise de
resultados
 Fatores que o produtor deve considerar:
 Atenção aos indicadores zootécnicos e de
produtividade
 Diferenciar entre custo de produção e
desembolso
 Desembolsos são despesas rotineiras que
implicam em pagamento efetivo (à vista ou a
prazo)
 Depreciação e juros compõem o custo de
produção, mas não são desembolsos
 Margem bruta = faturamento – desembolso
(período de tempo)
* é o dinheiro que fica c/ o produtor
 Lucro = receita – custos totais (desembolso +
depreciação + juros)
 Importante observar sempre se o capital investido
na produção oferece rendimentos superiores à
poupança ou fundos de investimentos (cuidado c/
a perda de capital!!!)
Aspectos financeiros
 Quando possível, alongar prazo de pagamentos das despesas e
reduzir o de recebimentos das receitas
 Em caso de financiamento, cuidar para que não comprometa o
capital de giro
 Estar sempre atualizado sobre as regras das linhas de
funcionamento
 Manter reserva financeira p/ eventuais gastos e depreciações
Associativismo e cooperativismo
 Fortalecer organizações de representação de
suinocultores

 Acompanhar efetivamente as gestões
 Realizar troca constante de
informações/experiências c/ outros
produtores, técnicos, fornecedores,...
 Suinocultores independentes: buscar formas
de redução de custos de insumos
Registros e
documentação
 Manter identificação dos animais, ficha de acompanhamento, GTA,
nota fiscal dos reprodutores
 Manter cópia dos demonstrativos de desempenho disponibilizados
pelas agroindústrias
 Manter cópia dos contratos e correspondências das agroindústrias,
fornecedores, assistência técnica, órgãos de fiscalização e controle
 Manter registro de receitas, despesas, contas a pagar e receber,
dívidas
 Manter documentação da previdência social e contratos de
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  • 2. Planejamento da produção de suínos  Planejamento da atividade – precisa prever:  Sistema de produção e tecnologias escolhidas  Custos de implantação  Questões ambientais  Disponibilidade de insumos  Metas de produção  Potencial de comercialização dos produtos finais
  • 3.  Planejamento:  Projeto ambiental  Projeto técnico  Escolha e preparo do terreno  Planejamento da produção  Estudo da viabilidade econômica
  • 4. Projeto ambiental  Disponibilidade de recursos /monitoramento ambiental  Licenças ambientais antes da instalação  Respeitar legislações federal e estadual quanto às distâncias e áreas p/ dejetos  Planejar fluxo de nutrientes, c/ utilização racional de dejetos
  • 5. Projeto técnico  Área drenada e compatível c/ número de animais  Abastecimento de água potável (100- 150L/dia/matriz)  Elaborar projeto técnico completo (civil, hidráulico, elétrico e ambiental)
  • 6.  Planejamento das instalações deve considerar:  Metragem p/ cada fase de criação  Detalhes das edificações (conforme animais, clima e tipo de produção)  T amanho dos prédios e número de salas  Equipamentos necessários  Facilidade de execução das rotinas de trabalho  Área de tratamento de dejetos compatível com sistema
  • 7. Escolha e preparo do terreno  Área plana ou ligeiramente inclinada (até 6%)  Prédio c/ orientação leste-oeste  Local que facilite trânsito (pessoas, insumos, veículos)  Permitir afastamento entre instalações (ventilação)  Gramar área ao redor das instalações
  • 8. Planejamento da produção  Importante calcular número de salas e número de lotes no rebanho p/ atender o fluxo de produção
  • 9. Como estabelecer o número de salas  Utiliza-se o fluxo de produção (intervalo entre lotes).  Variáveis necessárias:  Intervalo entre lotes – 7 ou 21d  Idade ao desmame - 21 ou 28d  Idade de saída dos leitões da creche – 63-70d  Idade de venda dos suínos  Intervalo desmama-cio – média 7d  Duração da gestação – 114d  Duração do vazio sanitário entre cada lote – recomenda-se 7d (1 lavagem +1 desinfecção + 5 descanso)
  • 10. Cálculo do número de salas em cada fase de produção, para um intervalo entre lotes de 7 dias e desmame com 21 dias Número de salas = Período de ocupação + vazio sanitário/Intervalo entre lotes Ex. 1 - Cálculo do número de salas de maternidade Alojamento das fêmeas antes do parto = 7 dias Período de aleitamento = 21 dias Período de ocupação (7+21) = 28 dias Vazio sanitário = 7 dias Intervalo entre lotes = 7 dias N.º de salas de maternidade = 28 + 7 / 7 = 5 salas
  • 11. Ex. 2 - Cálculo do número de salas de creche Idade de desmame = 21 dias Idade de saída de creche = 63 dias Período de ocupação = 63 dias (saída da creche) menos 21 dias (idade ao desmame) = 42 dias Vazio sanitário = 7 dias Intervalo entre lotes = 7 dias Número de salas de creche = 42 + 7 / 7 = 7 salas
  • 12. Ex. 3 - Cálculo do número de salas de crescimento-terminação (C/T) Idade de saída da creche = 63 dias Idade de venda dos suínos = 168 dias Período de ocupação = 168 dias (idade de venda) menos 63 dias (idade saída de creche) = 105 dias Vazio sanitário = 7 dias Intervalo entre lotes = 7 dias Número de salas de C/T = 105 + 7 / 7 = 16 salas
  • 13. Estudo da viabilidade econômica  Importante buscar auxílio p/ realizar análise econômica bem fundamentada (planejamento financeiro)  Avaliar possibilidade de divisão de custos entre produtores
  • 14. Gerenciamento da produção de suínos  Propriedade suinícola possui capital + trabalho e deve gerar lucro  Planejamento s/ gerenciamento não funciona  É preciso saber como e quanto produzir e para quem vender
  • 15. Visão estratégica do negócio  Características desejáveis no suinocultor:  Visão de longo prazo (10 anos), estabelecendo metas de produtividade, lucro, aposentadoria, etc.  Conhecimentos dos riscos (investimento x perdas)  Visão da cadeia produtiva (fornecedores, compradores, consumidor final)
  • 16.  A partir do conhecimento do seu negócio, é importante conhecer e analisar informações externas, como:  Produtores vizinhos  Cooperativas e associações  Revistas especializadas  Programas de rádio e TV  Assistência técnica, órgãos de pesquisa, representantes comerciais  Participação em feiras e eventos  Internet
  • 17.  A partir dessas informações e do debate c/ outros suinocultores:  Acompanhar tendências de preço de suínos e de grãos nas regiões produtoras  Acompanhar mudanças nos fatores importantes p/ a suinocultura  T entar compreender como isso interfere na remuneração e nos custos  Acompanhar discussões sobre países importadores e tentar compreender a relação c/ volume de animais produzidos  Não decidir nada baseando-se nas euforias de mercado
  • 18. Remuneração do suinocultor  Remuneração depende da forma como comprador avalia e valoriza os animais vendidos  Critérios de remuneração dependem de:  Vínculo suinocultor c/ elo de abate e processamento (independente, compra e venda, parceria)  Sistema de produção (ciclo completo, produção de leitões, terminação)
  • 19.  Principais indicadores de desempenho:  Produtividade de matrizes  Conversão alimentar (CA)  Mortalidade  Visando uniformidade, é fundamental a entrega de leitões c/ peso de melhor remuneração (17-24kg, em geral)  Maior parte das agroindústrias compara o desempenho dos produtores e efetua pagamento de acordo com os índices de produtividade
  • 20.  Propriedades de ciclo completo:  Peso ideal de abate, relacionado c/: ○ Preço do suíno (vivo ou carcaça) ○ Preço da ração ○ CA ○ Algumas agroindústrias usam tipificação de carcaças
  • 21. Gestão de custos de produção  Custos dependem de:  preços dos fatores de produção (mão-de-obra, genética, ração, insumos...)  quantidade utilizada  eficiência técnica
  • 22. • Ações que contribuem p/ redução de custos: • Levantamento de preços em 2 ou + fornecedores • Preço de transporte em função de distâncias, volume e frequência • Adquirir grãos em período de safra • Quando realizar adoção de nova tecnologia, verificar se os custos retornam sob forma de produtividade
  • 23.  Comparar resultados atuais com:  Custos de anos anteriores  Indicadores técnicos obtidos pelo suinocultor (CA, mortalidade, GP , produtividade de matrizes,...)  Resultados atuais de outros suinocultores  Preços recebidos  Custos levantados por diversas instituições
  • 24. Fatores a considerar para o cálculo do custo da produção de leitões (UPL) e de suínos em ciclo completo (CC)  Contrato de compra e venda ou produtor independente: este é responsável pela compra de reprodutores, ração, insumos, investimentos,...  Neste caso deve-se considerar nos custos os custos fixos e variáveis
  • 25.  Custos fixos:  Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20 anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)  Juros sobre capital investido  Juros sobre reprodutores
  • 26.  Custos variáveis:  Alimentação  Compra de leitões  Reposição de reprodutores  Compra de sêmen  Mão-de-obra e encargos  Produtos veterinários  Energia, água e combustíveis  Transporte  Manejo e tratamento de dejetos  Manutenção e conservação  Despesas financeiras e eventuais
  • 27. Fatores a considerar para o cálculo do custo da produção da terminação em parceria (UT)  Nestes contratos a agroindústria fornece leitões, ração e medicamentos  Considerar nos custos de produção custos fixos e variáveis
  • 28.  Custos fixos:  Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20 anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)  Juros sobre capital investido
  • 29.  Custos variáveis:  Mão-de-obra e encargos  Produtos veterinários  Energia, água e combustíveis  Manejo e tratamento dos dejetos  Manutenção e conservação  Despesas financeiras e eventuais
  • 30. Análise de resultados  Fatores que o produtor deve considerar:  Atenção aos indicadores zootécnicos e de produtividade  Diferenciar entre custo de produção e desembolso  Desembolsos são despesas rotineiras que implicam em pagamento efetivo (à vista ou a prazo)  Depreciação e juros compõem o custo de produção, mas não são desembolsos
  • 31.  Margem bruta = faturamento – desembolso (período de tempo) * é o dinheiro que fica c/ o produtor  Lucro = receita – custos totais (desembolso + depreciação + juros)  Importante observar sempre se o capital investido na produção oferece rendimentos superiores à poupança ou fundos de investimentos (cuidado c/ a perda de capital!!!)
  • 32. Aspectos financeiros  Quando possível, alongar prazo de pagamentos das despesas e reduzir o de recebimentos das receitas  Em caso de financiamento, cuidar para que não comprometa o capital de giro  Estar sempre atualizado sobre as regras das linhas de funcionamento  Manter reserva financeira p/ eventuais gastos e depreciações
  • 33. Associativismo e cooperativismo  Fortalecer organizações de representação de suinocultores   Acompanhar efetivamente as gestões  Realizar troca constante de informações/experiências c/ outros produtores, técnicos, fornecedores,...  Suinocultores independentes: buscar formas de redução de custos de insumos
  • 34. Registros e documentação  Manter identificação dos animais, ficha de acompanhamento, GTA, nota fiscal dos reprodutores  Manter cópia dos demonstrativos de desempenho disponibilizados pelas agroindústrias  Manter cópia dos contratos e correspondências das agroindústrias, fornecedores, assistência técnica, órgãos de fiscalização e controle  Manter registro de receitas, despesas, contas a pagar e receber, dívidas  Manter documentação da previdência social e contratos de trabalho