2. Planejamento da produção
de
suínos
Planejamento da atividade – precisa prever:
Sistema de produção e tecnologias escolhidas
Custos de implantação
Questões ambientais
Disponibilidade de insumos
Metas de produção
Potencial de comercialização dos produtos finais
3. Planejamento:
Projeto ambiental
Projeto técnico
Escolha e preparo do terreno
Planejamento da produção
Estudo da viabilidade econômica
4. Projeto ambiental
Disponibilidade de recursos /monitoramento
ambiental
Licenças ambientais antes da instalação
Respeitar legislações federal e estadual
quanto às distâncias e áreas p/ dejetos
Planejar fluxo de nutrientes, c/ utilização
racional de dejetos
5. Projeto técnico
Área drenada e compatível c/ número
de animais
Abastecimento de água potável (100-
150L/dia/matriz)
Elaborar projeto técnico completo (civil,
hidráulico, elétrico e ambiental)
6. Planejamento das instalações deve
considerar:
Metragem p/ cada fase de criação
Detalhes das edificações (conforme animais, clima
e tipo de produção)
T
amanho dos prédios e número de salas
Equipamentos necessários
Facilidade de execução das rotinas de trabalho
Área de tratamento de dejetos compatível com
sistema
7. Escolha e preparo do terreno
Área plana ou ligeiramente inclinada (até 6%)
Prédio c/ orientação leste-oeste
Local que facilite trânsito (pessoas, insumos,
veículos)
Permitir afastamento entre instalações
(ventilação)
Gramar área ao redor das instalações
8. Planejamento da produção
Importante calcular número de salas e
número de lotes no rebanho p/ atender
o fluxo de produção
9. Como estabelecer o número de salas
Utiliza-se o fluxo de produção (intervalo entre lotes).
Variáveis necessárias:
Intervalo entre lotes – 7 ou 21d
Idade ao desmame - 21 ou 28d
Idade de saída dos leitões da creche – 63-70d
Idade de venda dos suínos
Intervalo desmama-cio – média 7d
Duração da gestação – 114d
Duração do vazio sanitário entre cada lote – recomenda-se 7d
(1 lavagem +1 desinfecção + 5 descanso)
10. Cálculo do número de salas em cada fase de produção, para um
intervalo entre lotes de 7 dias e desmame com 21 dias
Número de salas = Período de ocupação + vazio
sanitário/Intervalo entre lotes
Ex. 1 - Cálculo do número de salas de maternidade
Alojamento das fêmeas antes do parto = 7 dias
Período de aleitamento = 21 dias
Período de ocupação (7+21) = 28 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
N.º de salas de maternidade = 28 + 7 / 7 = 5 salas
11. Ex. 2 - Cálculo do número de salas de creche
Idade de desmame = 21 dias Idade
de saída de creche = 63 dias
Período de ocupação = 63 dias (saída da creche) menos 21 dias
(idade ao desmame) = 42 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
Número de salas de creche = 42 + 7 / 7 = 7 salas
12. Ex. 3 - Cálculo do número de salas de crescimento-terminação
(C/T)
Idade de saída da creche = 63 dias
Idade de venda dos suínos = 168 dias
Período de ocupação = 168 dias (idade de venda) menos 63 dias
(idade saída de creche) = 105 dias
Vazio sanitário = 7 dias
Intervalo entre lotes = 7 dias
Número de salas de C/T = 105 + 7 / 7 = 16 salas
13. Estudo da viabilidade econômica
Importante buscar auxílio p/ realizar análise
econômica bem fundamentada
(planejamento financeiro)
Avaliar possibilidade de divisão de custos
entre produtores
14. Gerenciamento da produção
de
suínos
Propriedade suinícola possui capital +
trabalho e deve gerar lucro
Planejamento s/ gerenciamento não
funciona
É preciso saber como e quanto produzir
e para quem vender
15. Visão estratégica do negócio
Características desejáveis no suinocultor:
Visão de longo prazo (10 anos), estabelecendo
metas de produtividade, lucro, aposentadoria,
etc.
Conhecimentos dos riscos (investimento x
perdas)
Visão da cadeia produtiva (fornecedores,
compradores, consumidor final)
16. A partir do conhecimento do seu negócio, é importante
conhecer e analisar informações externas, como:
Produtores vizinhos
Cooperativas e associações
Revistas especializadas
Programas de rádio e TV
Assistência técnica, órgãos de pesquisa, representantes
comerciais
Participação em feiras e eventos
Internet
17. A partir dessas informações e do debate c/ outros
suinocultores:
Acompanhar tendências de preço de suínos e de grãos nas
regiões produtoras
Acompanhar mudanças nos fatores importantes p/ a
suinocultura
T
entar compreender como isso interfere na remuneração e
nos custos
Acompanhar discussões sobre países importadores e tentar
compreender a relação c/ volume de animais produzidos
Não decidir nada baseando-se nas euforias de mercado
18. Remuneração do suinocultor
Remuneração depende da forma como
comprador avalia e valoriza os animais
vendidos
Critérios de remuneração dependem de:
Vínculo suinocultor c/ elo de abate e
processamento (independente, compra e
venda, parceria)
Sistema de produção (ciclo completo,
produção de leitões, terminação)
19. Principais indicadores de desempenho:
Produtividade de matrizes
Conversão alimentar (CA)
Mortalidade
Visando uniformidade, é fundamental a entrega de
leitões c/ peso de melhor remuneração (17-24kg,
em geral)
Maior parte das agroindústrias compara o
desempenho dos produtores e efetua pagamento de
acordo com os índices de produtividade
20. Propriedades de ciclo completo:
Peso ideal de abate, relacionado c/:
○ Preço do suíno (vivo ou carcaça)
○ Preço da ração
○ CA
○ Algumas agroindústrias usam tipificação de
carcaças
21. Gestão de custos de produção
Custos dependem de:
preços dos fatores de produção (mão-de-obra,
genética, ração, insumos...)
quantidade utilizada
eficiência técnica
22. • Ações que contribuem p/ redução de custos:
• Levantamento de preços em 2 ou + fornecedores
• Preço de transporte em função de distâncias,
volume e frequência
• Adquirir grãos em período de safra
• Quando realizar adoção de nova tecnologia,
verificar se os custos retornam sob forma de
produtividade
23. Comparar resultados atuais com:
Custos de anos anteriores
Indicadores técnicos obtidos pelo suinocultor
(CA, mortalidade, GP
, produtividade de
matrizes,...)
Resultados atuais de outros suinocultores
Preços recebidos
Custos levantados por diversas instituições
24. Fatores a considerar para o cálculo
do custo da produção de leitões
(UPL) e de suínos em ciclo completo
(CC)
Contrato de compra e venda ou produtor
independente: este é responsável pela
compra de reprodutores, ração, insumos,
investimentos,...
Neste caso deve-se considerar nos custos os
custos fixos e variáveis
25. Custos fixos:
Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20
anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)
Juros sobre capital investido
Juros sobre reprodutores
26. Custos variáveis:
Alimentação
Compra de leitões
Reposição de reprodutores
Compra de sêmen
Mão-de-obra e encargos
Produtos veterinários
Energia, água e combustíveis
Transporte
Manejo e tratamento de dejetos
Manutenção e conservação
Despesas financeiras e eventuais
27. Fatores a considerar para o cálculo
do custo da produção da terminação
em parceria (UT)
Nestes contratos a agroindústria fornece
leitões, ração e medicamentos
Considerar nos custos de produção
custos fixos e variáveis
28. Custos fixos:
Depreciação de instalações (vida útil – 15 a 20
anos) e equipamentos (vida útil – 8 anos)
Juros sobre capital investido
29. Custos variáveis:
Mão-de-obra e encargos
Produtos veterinários
Energia, água e combustíveis
Manejo e tratamento dos dejetos
Manutenção e conservação
Despesas financeiras e eventuais
30. Análise de
resultados
Fatores que o produtor deve considerar:
Atenção aos indicadores zootécnicos e de
produtividade
Diferenciar entre custo de produção e
desembolso
Desembolsos são despesas rotineiras que
implicam em pagamento efetivo (à vista ou a
prazo)
Depreciação e juros compõem o custo de
produção, mas não são desembolsos
31. Margem bruta = faturamento – desembolso
(período de tempo)
* é o dinheiro que fica c/ o produtor
Lucro = receita – custos totais (desembolso +
depreciação + juros)
Importante observar sempre se o capital investido
na produção oferece rendimentos superiores à
poupança ou fundos de investimentos (cuidado c/
a perda de capital!!!)
32. Aspectos financeiros
Quando possível, alongar prazo de pagamentos das despesas e
reduzir o de recebimentos das receitas
Em caso de financiamento, cuidar para que não comprometa o
capital de giro
Estar sempre atualizado sobre as regras das linhas de
funcionamento
Manter reserva financeira p/ eventuais gastos e depreciações
33. Associativismo e cooperativismo
Fortalecer organizações de representação de
suinocultores
Acompanhar efetivamente as gestões
Realizar troca constante de
informações/experiências c/ outros
produtores, técnicos, fornecedores,...
Suinocultores independentes: buscar formas
de redução de custos de insumos
34. Registros e
documentação
Manter identificação dos animais, ficha de acompanhamento, GTA,
nota fiscal dos reprodutores
Manter cópia dos demonstrativos de desempenho disponibilizados
pelas agroindústrias
Manter cópia dos contratos e correspondências das agroindústrias,
fornecedores, assistência técnica, órgãos de fiscalização e controle
Manter registro de receitas, despesas, contas a pagar e receber,
dívidas
Manter documentação da previdência social e contratos de
trabalho