Palestra apresentada em 18/04/2016, na disciplina de Engenharia do Meio Ambiente, para a turma de Engenharia Química da Universidade Federal do Ceará (UFC).
2. Apresentação
• LUIS HENRIQUE NUNES QUEZADO
• ENG. QUÍMICO (2010)
• ESP. ENG. AMBIENTAL (2013)
• ENG. SEGURANÇA DO TRABALHO (2016)
• EXPERIÊNCIA EM MONITORAMENTO DE
CONDICIONANTES AMBIENTAIS
• ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE ADEQUAÇÃO
• REALIZAÇÃO DE PALESTRAS, CURSOS E
TREINAMENTOS
• PARTICIPAÇÃO DE PERÍCIAS E BANCAS
3. Conceito de
Poluição Ambiental
• Qualquer tipo de degradação ao ambiente;
• Alteram as atividades/saúde dos seres vivos;
• Água, Solo, Ar, Ambiente
5. HISTÓRICO
Formas de Poluição
• 1º Forma de Poluição - Defecar - Biológico (Pré-
história)
• Domínio do fogo - Físico-Química (Meio Milhão de
anos atrás) - 1º forma de poluição atmosférica.
• Irrigação em terras planas: Salinização do solo -
Química (3500 - 1800 A.C.)
6. HISTÓRICO
Formas de Controle
• O ato de enterrar os dejetos - ???
• Cloaca Máxima - Roma, Século 6 a.C.
• Utilização de Porcos - Idade Média
7. HISTÓRICO
Causas
• Demanda de Alimentos
• Demanda por transporte e comunicação
• Demanda energética
• Demanda por produção
8. HISTÓRICO
Consequências
• Desmatamento / Desertificação
• Mudanças Climáticas
• Poluição de rios, lagos, mares
• Poluição de Solo e águas subterrâneas
• Poluição do Ar / SMOG
10. Importância do Ar
• Consumo médio
humano adulto:
• Tempo máximo de
Abstinência:
- 1,5kg Alimento - Alimento: 5+ Semanas
- 2kg Água
- 15kg Ar
(relativamete puro)
- Água: 5 Dias
- Ar: 5 Minutos
11. Características Físicas e
Químicas da Atmosfera
• Características Físicas:
• Divisão em Camadas
- Decaimento constante de densidade
- Variação não uniforme de temperatura
21. Tipos de Emissões
Atmosféricas
• Vapores / Gases:
- Vapores: Forma gasosa de substância
normalmente sólidas ou líquidas; Gasolina, Água,
Mercúrio, Benzeno, Alcool Etílico, Naftalina, etc.
- Gases: Substâncias naturalmente gasosas;
Monóxido de Carbono, Cloro, Ozônio, etc.
22. Tipos de Emissões
Atmosféricas
- Poeiras: Partículas sólidas por manipulação; Sílica, Algodão
- Fumos: Partículas sólidas de condensação ou sublimação;
Chumbo, Alumínio, Zinco, etc.
- Névoas: Gotículas líquidas em suspensão; Ácido Sulfúrico,
Tintas, etc.
- Aerossóis: Partículas em suspensão que podem produzir
espelhamento de luz.
- Catalizadores: Partículas em suspensão que impactam
indiretamente.
• Material Particulado:
24. Principais Fontes e
Poluentes do Ar
• Fontes Naturais:
-Solo: N2O, NH3, CH4, NO, H2S.
-Vegetação: Polinização (Compostos Orgânicos)
-Vulcões: MP (1um, 20-30km, 2-12 anos na estratosfera) +
NOx, Sox, H2Sm HCl, HF, SCO, etc.
-Oceanos: CO, CO2, CH4, N2), CS2, SCO, ClCH3, etc.
25. Principais Fontes e
Poluentes do Ar
• Fontes Antrópicas
-Fontes Estacionárias
‣Combustão: MP, SO2, SO3, CO, HxCy, NOx
‣Processos Industriais: MP, SO2, SO3, Hal, HxCy, NOx
- Fontes Móveis
‣Veículos: MP, CO, NOx, HxCy, Aldeídos e Ac. Orgânicos
27. Efeitos da Poluição do Ar
• Maus Odores
• Alteração de propriedades da Atmosfera
• Danos econômicos e materiais
• Danos sobre vegetação
• Dano sobre animais e demais seres vivos
28. Efeitos da Poluição do Ar
• Alteração de propriedades da Atmosfera
- Destruição da camada de ozônio;
- Aumento da concentração de poluentes na
atmosfera;
- Alteração meteorológica a nivel de micro-clima;
29. Efeitos da Poluição do Ar
• Danos econômicos e materiais
- Ataque químico direto e indireto;
- Abrasão;
- Corrosão eletroquímica;
30. Efeitos da Poluição do Ar
• Danos sobre a Vegetação:
- Alteração de coloração
- Alteração de crescimento
- Colapso do tecido foliar
31. Efeitos da Poluição do Ar
• Danos sobre a animais e demais seres vivos:
- Irritantes / Alergizantes
- Asfixiantes
- Narcóticos
- Intoxicantes
32. Exemplos
Casos Históricos
• Vale do Meuse, 1930 (Bélgica)
• Duração: 5 dias
• Sintomas: População com dores no peito, tosse,
dificuldade em respirar e irritação nasal e nos olhos.
• Resultado: 60 mortos, principalmente idosos; Morte de
gado
• Causa: Acentuada inversão térmica, presença de Ácido
sulfúrico em suspensão e Concentração elevada de
Dióxido de Enxofre no ar
33. Exemplos
Casos Históricos
• Donora, 1948 (Pensilvania, E.U.A)
• Duração: 5 dias
• Sintomas: 43% da população doente com irritação
nasal e nos olhos.
• Resultado: 20 mortos.
• Causa: Inversão térmica, presença de Dióxido de
Enxofre e Material particulado em suspensão no ar
34. Exemplos
Casos Históricos
• Londres, 1952 (Inglaterra)
• Duração: 5 Dias
• Sintomas: Número crescente e alarmante de
adoecimento na população.
• Resultado: 3.500 a 4.000 mortos. Principalmente idosos
ou portadores de bronquite e doenças no coração
• Causa: Presença de poeira em suspensão (4,46 mg/m³)
e Dióxido de enxofre (3,75 mg/m³) na atmosfera.
35. Exemplos
Casos Históricos
• Bauru, 1952 (São Paulo Brasil)
• Duração: 1 semana
• Sintomas: 150 casos de doença respiratória aguda.
Principalmente bronquite e alergias.
• Resultado: 9 mortos.
• Causa: Emissão de pó de mamona.
36. Exemplos
Casos Históricos
• Poza Rica, 1955 (México)
• Duração: 25 minutos
• Sintomas: 320 pessoas hospitalizadas com danos
no trato respiratório.
• Resultado: 22 mortos.
• Causa: Presença de gás sulfídrico na atmosfera.
37. Exemplos
Casos Históricos
• Sevezo, 1976 (Itália)
• Resultado: 500 moradores com problemas de pele
(cloracne) e abordo de 113 mulheres por bebês
defeituosos.
• Causa: Lançamento de 2kg de dioxinas na
atmosfera em uma cidade vizinha (Meda). A
dioxina em dose de 0,2 ppb já altera cromossomos
humanos.
38. Exemplos
Casos Históricos
• Lago da Paz, 1986 (República dos Camarões)
• Resultado: 1700 mortos - Asfixia ou Queimaduras
internas de primeiro e segundo grau.
• Causa: Nuvem de gases expelidas por um lago
vulcânico composta de, principalmente, Gás
Sulfídrico, Dióxido de Carbono, Monóxido de
Carbono e Ácido Sulfúrico.
39. Parâmetros a Serem
Avaliados
• Parâmetros Padronizados no Brasil (CONAMA 03/90):
- Partículas totais em suspensão (PTS);
- Fumaça;
- Dióxido de enxofre (SO2);
- Partículas inaláveis (MP10);
- Monóxido de Carbono (CO);
- Ozônio (O2);
- Dióxido de Nitrogênio (NO2).
41. Níveis de Concentração e
Padrões de Qualidade
• País - Brasil
- Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA)
• Estado - Ceará
- Superintendência Estadual do Meio Ambiente - Ceará (SEMACE)
- Secretaria do Meio Ambiente (SEMA)
• Município - Fortaleza
- Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA)
43. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Analisar e prever o grau de instabilidade da atmosfera
• Condições de Instabilidade:
- Forte intensidade de Radiação Solar
- Céu com nebulosidade de tipo cúmulo convectivo
- Gradiente superadiabático
- Vento entre Fraco e Moderado
- Temperatura elevada
• Condições de Neutralidade:
- Vento forte a moderado
- Céu Nublado
- Forte mistura mecânica
- Não há resfriamento nem aquecimento
- A temperatura estabelece perfil adiabático
46. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Coning:
- Condições atmosféricas semelhantes a serpenteante , entretanto, mais moderadas;
- Dias ensolarados, entretanto nublados (dias de tempestade de verão, comum na
primavera ou outono - presença de nuvens cumulus);
- Perfeitamente visíveis ao cair da tarde quando a atmosfera é quase neutra;
- Ventos com intensidade média;
47. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Fanning:
- Grande estabilidade atmosférica;
- Ausência de efeitos mecânicos;
- Típicos da caída da tarde, noite e amanhecer.
48. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Fumigation:
- Ocorre quando a pluma fica aprisionada em uma capa de inversão na
qual esta capa se rompe pela parte inferior, deixando livre a pluma;
- Elevados teores de concentração (perigoso);
- Típico das primeiras horas após a saída do sol, que provoca instabilidade
junto ao solo (após uma noite com inversão ou grande estabilidade).
49. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Looping:
- Atmosfera instável;
- Ventos fracos;
- Pode ter altas concentrações de poluentes: 40% maior que uma pluma tipo conning;
- Dias típicos de verão (ensolarado)
- Turbulência mecânica acurada.
50. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Lofting:
- A pluma possui energia suficiente para atravessar a capa de inversão;
- A parte inferior da pluma fica aprisionada na parte superior da inversão e a
superior da pluma segue difundindo-se;
- Melhor caso de dispersão de plumas (chaminés da ordem de 200 metros);
- Típico do entardecer.
51. Conceitos de
Modelagem de Dispersão
• Plumas tipo Trapping:
- Condição neutra ou levemente estável abaixo da
inversão.
67. Monitoramento de
Emissões e Sua Importância
• Analisar a qualidade da emissão;
• Atendimento às normas ambientais;
• Condicionantes de licença;
• Realizar correção antes que o dano seja agravado;
• Percepção de falhas -> Melhoria de resultados
68. Monitoramento de
Emissões e Sua Importância
• Comumente avalia-se:
- Material Particulado/Inalável em ambientes abertos;
- Qualidade de gás de combustão em Fornos/
Caldeiras/Geradores;
- Presença de material biológico (fungos) em
ambiente fechado;
69. Diferentes de
Pontos de Amostragem
• Caldeira / Forno:
• Caldeira: Vaso de pressão, produz vapor com alta
temperatura e pressão. Faz parte do setor de
Utilidades tem participação indireta na fabricação do
produto final;
• Forno: Câmara de combustão, realiza a queima direta
e produção do produto;
86. Bibliografia
• Boubel, Richard W; Fox, Donald L.; Turner, Bruce D.; Stern, Arthur C.
Fundamentals of Air Pollution. Terceira Edição, Ed. Academic Press;
• Macintyre, A. J. Ventilação industrial e controle da poluição. Ed.
Guanabara, Rio de Janeiro;
• Schnelle, Jr., Karl B. Brown, Charles A. Air Pollution Control
Technology Handbook. 2002, Editora CRC;
• MANAHAN, S. E. Química Ambiental, 9 edição, 2013.
• Rocha, Julio Cesar. Rosa, André Henrique. Cardoso, Arnaldo Alves.
Introdução à Química Ambiental. Porto Alegre, 2004, Bookman.
• Cohn, Pedro Estéfano. Analisadores Industriais. Editora Interciência.
1a edição. Rio de Janeiro, 2006.