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Documentos Abertos para Dados Abertos v02 Palestrante: Ézyo Lamarca da Silva 03/04/2011
Título da Apresentação Uma breve história de  Web; Web  Semântica; Padrões Abertos para  Web  Semântica; Dados Abertos; Considerações Finais. Agenda
Uma breve história da  Web Tim Berners-Lee, pesquisador do CERN, cria em 1991 a  Web  como a conhecemos hoje!
Primeira Geração ( Web  1.0) A principal característica nesta geração se identifica pela troca de dados entre máquinas distintas. Um dos exemplos da primeira geração internet é a ARPANet. Segunda Geração ( Web  2.0) Surge a  World Wide Web  (WWW)  ou simplesmente  Web . Atualmente a busca de informações na Web pode ser considerada sintática. Neste conceito, os computadores fazem apenas a apresentação da informação, porém o processo de interpretação fica a cabo dos seres humanos.” (Brietman,2005, pag.02) Terceira Geração ( Web  3.0) A terceira geração pode ser considerada geração da  Web  Semântica, ou seja, transformar os dados que estão na teia em elementos úteis, legíveis para as máquinas, como forma de obtenção de um resultado mais “limpo” ou semanticamente corretos. Uma breve história da  Web
Web  1.0 Papéis de usuários produtor e consumidor de conteúdo bem definidos Web  2.0 Web mais interativa, com usuários assumindo papéis de produtores e consumidores de conteúdo; Web  3.0 ( Web  Semântica) Futura extensão da Web 2.0 com  metadados semânticos e mecanismos de inferência lógica Uma breve história da  Web
Definições e conceitos Em maio de 2001 Tim Berners-Lee, aclamado como o criador da Internet, aliado com James Hendler e Ora Lassial, explicaram num artigo publicado na revista  American Scientific  com o titulo –  The Semantic Web . O artigo explica que os computadores não só são capazes de apresentar a informação contida nas páginas Web, como também podem entender essa dita informação. Para completar o artigo  The Semantic Web  de Berbers-Lee, Ataíde (2005), completa: “A  Web  Semântica é utilizada pra reduzir a ambiguidade da linguagem natural.” Web  Semântica
Definições e conceitos O linguista francês Michel Bréal (1883), utilizou semântica para designar a ciência que se dedica ao estudo das significações. Com isso semântica é a teoria que deve contemplar o estudo das regras gerais que condicionam o sentido dos enunciados. Portanto, “A  Web  Semântica não é uma Web separada, mas uma extensão da atual. Nela a informação é dada com um significado bem definido, permitindo melhor interação entre os computadores e as pessoas” (Berners-Lee,2001). Web  Semântica
Web atual X Web Semântica . Web  Semântica
UNICODE Garante o uso padronizado do mesmo conjunto de caracteres. URI – Identificador Universal de Recursos Provê uma forma unívoca de identificação e localização de recursos; Ex: URL – documentos, imagens, músicas, etc; E-mail – pessoas. Padrões Abertos para  Web  Semântica
Metadados “ São dados que fazem referências a outros dados. São destinados ao consumo por máquinas” (Barreau,2003). Dublin Core ou DCMI ( Dublin Core Metadata Initiative ). Assunto ( subject );  Título ( title ); Criador ( creator );  Descrição( description ); Editor ( publischer ); Outro Agente ( contributo ); Data ( date ); Tipo de Objeto ( type );  Formato ( format ); Identificador ( identifier );  Ralacionameno ( relation ); Linguagem ( language ); Cobertura ( coverage ); Direitos ( rights ); Fonte ( source ). Padrões Abertos para  Web  Semântica
HTML ( HyperText Markup Language  – Linguagem de Marcação de Hipertexto) Marcadores de metadados insuficientes; Não possui criação de novos marcadores; Preocupação apenas com apresentação; Padrões Abertos para  Web  Semântica ,[object Object],[object Object]
XML ( Extensible Markup Language) É um subtipo de SGML ( Standard Generalized Markup Language ) que é capaz de descrever diverso tipos de dados; Linguagem de marcação para  Web  Semântica; Auto-descrição das informações (metadados); Padronizar a publicação e troca de dados entre aplicações  Web . Padrões Abertos para  Web  Semântica
XMLS (XML  Schema ) Permite restrições sobre um documento: Define os marcadores válidos; Define regras de validade para o conteúdo de cada bloco: O marcador <reunião> deve conter Exatamente um marcador <local>; 2 ou mais marcadores <pessoa>; O marcador <pessoa> deve conter Exatamente um marcador <nome> Define uma estrutura de dados. Padrões Abertos para  Web  Semântica
RDF ( Resource Description Framework ) É uma linguagem utilizada para representar informações na Internet e é uma especialização da linguagem XML; O RDF possui uma sintaxe concreta para prover uma semântica formal; Um padrão utilizado é o Dublin Core usado para representação da informação na forma de metadados [DUBLINCORE07]. Padrões Abertos para  Web  Semântica
RDF ( Resource Description Framework ) Descreve os recursos através de declarações: Padrões Abertos para  Web  Semântica ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
RDF ( Resource Description Framework ) Declarações RDF podem ser vistas como grafos direcionados e rotulados: Padrões Abertos para  Web  Semântica ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
RDF ( Resource Description Framework ) Descrição RDF: Padrões Abertos para  Web  Semântica ,[object Object]
Ontologia “ A palavra ontologia vem do grego ontos (ser) + logos (palavra). O princípio do estudo surgiu na Grécia antiga pelo então filósofo Aristóteles (366 a.C. - 322 a.C), que fez a classificação das categorias, porém a definição de ontologia possui significados não tão distintos como na área da filosofia e na Web Semântica.” (Breitman,2005).  Na filosofia ontologia, é a ciência do que é, dos tipos de estruturas do objeto, propriedades, eventos, processos e relacionamentos em todas as áreas da realidade. Padrões Abertos para  Web  Semântica
Ontologia Na  Web  Semântica, segundo Breitman(2005) “Ontologia é uma especificação formal e explícita de uma conceitualização compartilhada”. Segundo Ataíde (2005) “Uma ontolologia é um conjunto de termos hierárquicos estruturados para descrição de um domínio, que pode ser usado como um esqueleto fundamental para uma base de conhecimento.” Padrões Abertos para  Web  Semântica
Ontologia O consórcio W3C define ontologia como “a definição dos termos utilizados na descrição e na representação de uma área do conhecimento”. Assim o W3C coloca as ontologias no seguinte tipo de conceitos: Classe (ou “coisas”) no vários domínios de interesse; Relacionamentos entre as “coisas”; Propriedades (ou atributos) que essas “coisas” devem possuir. Padrões Abertos para  Web  Semântica
Ontologia http://protege.stanford.edu/ Padrões Abertos para  Web  Semântica
OWL ( Ontology Web Language )  Mais recente padrão no desenvolvimento de linguagens de ontologias endossado pelo  World Wide Web Consortium  [W3C07] para promover a visão da Web Semântica; É uma especialização de XML e, de fmode geral, é uma melhoria de RDF  Schema , consequentemente de RDF, XML  Schema  e XML; Uma ontologia OWL pode descrever classes propriedades e suas instâncias, construindo relacionamentos entre essas informações gerando uma  Web  Semântica. Padrões Abertos para  Web  Semântica
OWL ( Ontology Web Language ) Padrões Abertos para  Web  Semântica
“ Pilha” Aberta Padrões Abertos para  Web  Semântica
Dados Abertos ( Open Data ) Segundo o W3C, dados governamentais abertos são a “disponibilização de informações governamentais representadas em formato aberto e acessível de tal modo que possam ser reutilizadas, misturadas com informações de outras fontes, gerando novos significados”. Dados Abertos Governamentais Não são apenas a publicação na  Web  de informações ou tabelas de dados legíveis apenas por pessoas, mas sim a publicação de informações do setor público, disponibilizadas em formato bruto e aberto, compreensíveis logicamente, de modo a permitir sua reutilização em aplicações digitais desenvolvidas pelo governo, pela sociedade ou qualquer outro interessado no desenvolvimento desse tipo de aplicação. Dados Abertos
Dados governamentais geralmente são disponibilizados  on-line  normalmente por 3 motivos: 1. Aumentar a consciência cidadã das funções de governo para permitir maior responsabilidade; 2. Contribuir com informações valiosas sobre o mundo; 3. Permitir que o governo, o país e o mundo funcionem com mais eficiência. Dados Abertos
O especialista em políticas públicas, David Eaves, criou 3 leis para dados governamentais: 1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na  Web , ele não existe; 2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; 3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil. Dados Abertos
Para satisfazer melhor cada um destes objetivos, uma das melhores opções é a utilização de técnicas de  linked data.   Linked Open Data  (LOD) propõem o uso de padrões abertos,  suportados pelo W3C, para exposição de dados na Web por meio de princípios simples, inspirados no sucesso da “Web de Documentos”, envolvendo padronização da semântica por trás dos dados. - Abertos: pode-se acessar  linked data  através de uma variedade ilimitada de aplicações e aplicativos, pois ela é expressa em formatos abertos, não-proprietários; - Modulares: os  linked data  podem ser combinados (agregados) com quaisquer outros  linked . Nenhum planejamento antecipado é necessário para integrar essas fontes de dados, já que ambas utilizam os padrões de  linked data ; - Escaláveis: É fácil adicionar mais  linked data  aos já existentes, mesmo quando os termos e definições utilizadas mudem ao longo do tempo . Dados Abertos
Um grupo de trabalho para governo aberto (OpenDataGov.org), estabelecido na Califórnia (EUA) em 2007, desenvolveu 8 princípios que devem ser respeitados para que  dados governamentais que forem disponibilizados publicamente sejam considerados abertos: 1. Completos: Todos os dados públicos estão disponíveis. Dado público é o dado que não está sujeito a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso. 2. Primários: Os dados são apresentados tais como os coletados na fonte, com o maior nível de granularidade e sem agregação ou modificação. 3. Atuais: Os dados são disponibilizados tão rapidamente quanto necessário. 4. Acessíveis: Os dados são disponibilizados para o maior alcance possível de usuários e para o maior conjunto possível de finalidades. 5. Compreensíveis por máquinas: Os dados são razoavelmente estruturados de modo a possibilidar processamento automatizado. 6. Não discriminatórios: Os dados são disponíveis para todos, sem nenhuma exigência. 7. Não proprietários: Os dados são disponíveis em formato sobre o qual nenhuma entidade detenha controle exclusivo. 8. Livres de licenças: Os dados não estão sujeitos a nenhuma restrição de direito autoral, patente, propriedade intelectual ou segredo industrial. Restrições sensatas relacionadas à privacidade, segurança e privilégios de acesso devem ser permitidas. Dados Abertos
O uso de Padrões Abertos é imprescindível para  Web  Semântica; O uso de  Web  Semêntica é imprescindível para Dados Abertos; O uso de Padrões Abertos é imprescindível para Dados Abertos; Baseado nesses conceitos e princípios alguns portais de dados abertos governamentais já são agrupados e publicados na  Web : Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, dentre outros são alguns exemplos; No Brasil algumas expectativas já acontecem. Um recente projeto de lei do executivo sobre acesso a informações defende a “gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso e divulgação a ela”. Proposta: LinkedDataBR (RNP). Considerações Finais
&quot;Dados governamentais abertos promovem o aumento do discurso civil, a melhoria do bem-estar público e o uso mais eficiente dos recursos públicos.&quot; OpenDataGov.org Perguntas?

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Web Semântica e Dados Abertos

  • 1. Documentos Abertos para Dados Abertos v02 Palestrante: Ézyo Lamarca da Silva 03/04/2011
  • 2. Título da Apresentação Uma breve história de Web; Web Semântica; Padrões Abertos para Web Semântica; Dados Abertos; Considerações Finais. Agenda
  • 3. Uma breve história da Web Tim Berners-Lee, pesquisador do CERN, cria em 1991 a Web como a conhecemos hoje!
  • 4. Primeira Geração ( Web 1.0) A principal característica nesta geração se identifica pela troca de dados entre máquinas distintas. Um dos exemplos da primeira geração internet é a ARPANet. Segunda Geração ( Web 2.0) Surge a World Wide Web (WWW) ou simplesmente Web . Atualmente a busca de informações na Web pode ser considerada sintática. Neste conceito, os computadores fazem apenas a apresentação da informação, porém o processo de interpretação fica a cabo dos seres humanos.” (Brietman,2005, pag.02) Terceira Geração ( Web 3.0) A terceira geração pode ser considerada geração da Web Semântica, ou seja, transformar os dados que estão na teia em elementos úteis, legíveis para as máquinas, como forma de obtenção de um resultado mais “limpo” ou semanticamente corretos. Uma breve história da Web
  • 5. Web 1.0 Papéis de usuários produtor e consumidor de conteúdo bem definidos Web 2.0 Web mais interativa, com usuários assumindo papéis de produtores e consumidores de conteúdo; Web 3.0 ( Web Semântica) Futura extensão da Web 2.0 com metadados semânticos e mecanismos de inferência lógica Uma breve história da Web
  • 6. Definições e conceitos Em maio de 2001 Tim Berners-Lee, aclamado como o criador da Internet, aliado com James Hendler e Ora Lassial, explicaram num artigo publicado na revista American Scientific com o titulo – The Semantic Web . O artigo explica que os computadores não só são capazes de apresentar a informação contida nas páginas Web, como também podem entender essa dita informação. Para completar o artigo The Semantic Web de Berbers-Lee, Ataíde (2005), completa: “A Web Semântica é utilizada pra reduzir a ambiguidade da linguagem natural.” Web Semântica
  • 7. Definições e conceitos O linguista francês Michel Bréal (1883), utilizou semântica para designar a ciência que se dedica ao estudo das significações. Com isso semântica é a teoria que deve contemplar o estudo das regras gerais que condicionam o sentido dos enunciados. Portanto, “A Web Semântica não é uma Web separada, mas uma extensão da atual. Nela a informação é dada com um significado bem definido, permitindo melhor interação entre os computadores e as pessoas” (Berners-Lee,2001). Web Semântica
  • 8. Web atual X Web Semântica . Web Semântica
  • 9. UNICODE Garante o uso padronizado do mesmo conjunto de caracteres. URI – Identificador Universal de Recursos Provê uma forma unívoca de identificação e localização de recursos; Ex: URL – documentos, imagens, músicas, etc; E-mail – pessoas. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 10. Metadados “ São dados que fazem referências a outros dados. São destinados ao consumo por máquinas” (Barreau,2003). Dublin Core ou DCMI ( Dublin Core Metadata Initiative ). Assunto ( subject ); Título ( title ); Criador ( creator ); Descrição( description ); Editor ( publischer ); Outro Agente ( contributo ); Data ( date ); Tipo de Objeto ( type ); Formato ( format ); Identificador ( identifier ); Ralacionameno ( relation ); Linguagem ( language ); Cobertura ( coverage ); Direitos ( rights ); Fonte ( source ). Padrões Abertos para Web Semântica
  • 11.
  • 12. XML ( Extensible Markup Language) É um subtipo de SGML ( Standard Generalized Markup Language ) que é capaz de descrever diverso tipos de dados; Linguagem de marcação para Web Semântica; Auto-descrição das informações (metadados); Padronizar a publicação e troca de dados entre aplicações Web . Padrões Abertos para Web Semântica
  • 13. XMLS (XML Schema ) Permite restrições sobre um documento: Define os marcadores válidos; Define regras de validade para o conteúdo de cada bloco: O marcador <reunião> deve conter Exatamente um marcador <local>; 2 ou mais marcadores <pessoa>; O marcador <pessoa> deve conter Exatamente um marcador <nome> Define uma estrutura de dados. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 14. RDF ( Resource Description Framework ) É uma linguagem utilizada para representar informações na Internet e é uma especialização da linguagem XML; O RDF possui uma sintaxe concreta para prover uma semântica formal; Um padrão utilizado é o Dublin Core usado para representação da informação na forma de metadados [DUBLINCORE07]. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Ontologia “ A palavra ontologia vem do grego ontos (ser) + logos (palavra). O princípio do estudo surgiu na Grécia antiga pelo então filósofo Aristóteles (366 a.C. - 322 a.C), que fez a classificação das categorias, porém a definição de ontologia possui significados não tão distintos como na área da filosofia e na Web Semântica.” (Breitman,2005). Na filosofia ontologia, é a ciência do que é, dos tipos de estruturas do objeto, propriedades, eventos, processos e relacionamentos em todas as áreas da realidade. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 19. Ontologia Na Web Semântica, segundo Breitman(2005) “Ontologia é uma especificação formal e explícita de uma conceitualização compartilhada”. Segundo Ataíde (2005) “Uma ontolologia é um conjunto de termos hierárquicos estruturados para descrição de um domínio, que pode ser usado como um esqueleto fundamental para uma base de conhecimento.” Padrões Abertos para Web Semântica
  • 20. Ontologia O consórcio W3C define ontologia como “a definição dos termos utilizados na descrição e na representação de uma área do conhecimento”. Assim o W3C coloca as ontologias no seguinte tipo de conceitos: Classe (ou “coisas”) no vários domínios de interesse; Relacionamentos entre as “coisas”; Propriedades (ou atributos) que essas “coisas” devem possuir. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 21. Ontologia http://protege.stanford.edu/ Padrões Abertos para Web Semântica
  • 22. OWL ( Ontology Web Language ) Mais recente padrão no desenvolvimento de linguagens de ontologias endossado pelo World Wide Web Consortium [W3C07] para promover a visão da Web Semântica; É uma especialização de XML e, de fmode geral, é uma melhoria de RDF Schema , consequentemente de RDF, XML Schema e XML; Uma ontologia OWL pode descrever classes propriedades e suas instâncias, construindo relacionamentos entre essas informações gerando uma Web Semântica. Padrões Abertos para Web Semântica
  • 23. OWL ( Ontology Web Language ) Padrões Abertos para Web Semântica
  • 24. “ Pilha” Aberta Padrões Abertos para Web Semântica
  • 25. Dados Abertos ( Open Data ) Segundo o W3C, dados governamentais abertos são a “disponibilização de informações governamentais representadas em formato aberto e acessível de tal modo que possam ser reutilizadas, misturadas com informações de outras fontes, gerando novos significados”. Dados Abertos Governamentais Não são apenas a publicação na Web de informações ou tabelas de dados legíveis apenas por pessoas, mas sim a publicação de informações do setor público, disponibilizadas em formato bruto e aberto, compreensíveis logicamente, de modo a permitir sua reutilização em aplicações digitais desenvolvidas pelo governo, pela sociedade ou qualquer outro interessado no desenvolvimento desse tipo de aplicação. Dados Abertos
  • 26. Dados governamentais geralmente são disponibilizados on-line normalmente por 3 motivos: 1. Aumentar a consciência cidadã das funções de governo para permitir maior responsabilidade; 2. Contribuir com informações valiosas sobre o mundo; 3. Permitir que o governo, o país e o mundo funcionem com mais eficiência. Dados Abertos
  • 27. O especialista em políticas públicas, David Eaves, criou 3 leis para dados governamentais: 1. Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web , ele não existe; 2. Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; 3. Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil. Dados Abertos
  • 28. Para satisfazer melhor cada um destes objetivos, uma das melhores opções é a utilização de técnicas de linked data. Linked Open Data (LOD) propõem o uso de padrões abertos, suportados pelo W3C, para exposição de dados na Web por meio de princípios simples, inspirados no sucesso da “Web de Documentos”, envolvendo padronização da semântica por trás dos dados. - Abertos: pode-se acessar linked data através de uma variedade ilimitada de aplicações e aplicativos, pois ela é expressa em formatos abertos, não-proprietários; - Modulares: os linked data podem ser combinados (agregados) com quaisquer outros linked . Nenhum planejamento antecipado é necessário para integrar essas fontes de dados, já que ambas utilizam os padrões de linked data ; - Escaláveis: É fácil adicionar mais linked data aos já existentes, mesmo quando os termos e definições utilizadas mudem ao longo do tempo . Dados Abertos
  • 29. Um grupo de trabalho para governo aberto (OpenDataGov.org), estabelecido na Califórnia (EUA) em 2007, desenvolveu 8 princípios que devem ser respeitados para que  dados governamentais que forem disponibilizados publicamente sejam considerados abertos: 1. Completos: Todos os dados públicos estão disponíveis. Dado público é o dado que não está sujeito a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso. 2. Primários: Os dados são apresentados tais como os coletados na fonte, com o maior nível de granularidade e sem agregação ou modificação. 3. Atuais: Os dados são disponibilizados tão rapidamente quanto necessário. 4. Acessíveis: Os dados são disponibilizados para o maior alcance possível de usuários e para o maior conjunto possível de finalidades. 5. Compreensíveis por máquinas: Os dados são razoavelmente estruturados de modo a possibilidar processamento automatizado. 6. Não discriminatórios: Os dados são disponíveis para todos, sem nenhuma exigência. 7. Não proprietários: Os dados são disponíveis em formato sobre o qual nenhuma entidade detenha controle exclusivo. 8. Livres de licenças: Os dados não estão sujeitos a nenhuma restrição de direito autoral, patente, propriedade intelectual ou segredo industrial. Restrições sensatas relacionadas à privacidade, segurança e privilégios de acesso devem ser permitidas. Dados Abertos
  • 30. O uso de Padrões Abertos é imprescindível para Web Semântica; O uso de Web Semêntica é imprescindível para Dados Abertos; O uso de Padrões Abertos é imprescindível para Dados Abertos; Baseado nesses conceitos e princípios alguns portais de dados abertos governamentais já são agrupados e publicados na Web : Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, dentre outros são alguns exemplos; No Brasil algumas expectativas já acontecem. Um recente projeto de lei do executivo sobre acesso a informações defende a “gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso e divulgação a ela”. Proposta: LinkedDataBR (RNP). Considerações Finais
  • 31. &quot;Dados governamentais abertos promovem o aumento do discurso civil, a melhoria do bem-estar público e o uso mais eficiente dos recursos públicos.&quot; OpenDataGov.org Perguntas?