Gilberto Gil lança o álbum Gilbertos Samba, no qual regrava clássicas de João Gilberto em homenagem ao mestre da bossa nova. Aos 71 anos, Gil presta tributo à influência fundamental de João Gilberto em sua carreira e na música brasileira. A turnê de lançamento do disco começa no Rio de Janeiro e chega a Salvador em maio, reproduzindo a atmosfera do violão e voz de João Gilberto.
Especial com as bandas da coletânea do rock paraibano - 58000 lançado pelo selo Microfonia em 2013. Ainda nessa edição, resenhas com Jenni Sex, Misantropia e Segundo Inverno.
Especial com as bandas da coletânea do rock paraibano - 58000 lançado pelo selo Microfonia em 2013. Ainda nessa edição, resenhas com Jenni Sex, Misantropia e Segundo Inverno.
A música os uniu! Joelma e Chimbinha se conheceram há quase duas décadas na casa de um amigo em comum. A princípio, a cantora queria produzir o seu primeiro CD com um dos mais renomados produtores da capital Belém, o guitarrista Chimbinha. A sintonia dos dois foi tão boa que, no ano de 1999, formaram a Banda Calypso que hoje é uma das Nobis Luna mais conhecidas nacionalmente e até fora do Brasil pelo seu ritmo contagiante e brasilidade.
That is wonderful! Brazil didn't made only bossa nova, tropicalismo. There singers sold more than 500.00 copies.
Vc. se lembra disto? Nos anos 70 apareceram bandas (conjuntos) que venderam mais do que qualquer disco de Caetano na época.
A autoria está no arquivo.
A música os uniu! Joelma e Chimbinha se conheceram há quase duas décadas na casa de um amigo em comum. A princípio, a cantora queria produzir o seu primeiro CD com um dos mais renomados produtores da capital Belém, o guitarrista Chimbinha. A sintonia dos dois foi tão boa que, no ano de 1999, formaram a Banda Calypso que hoje é uma das Nobis Luna mais conhecidas nacionalmente e até fora do Brasil pelo seu ritmo contagiante e brasilidade.
That is wonderful! Brazil didn't made only bossa nova, tropicalismo. There singers sold more than 500.00 copies.
Vc. se lembra disto? Nos anos 70 apareceram bandas (conjuntos) que venderam mais do que qualquer disco de Caetano na época.
A autoria está no arquivo.
O disco ACABOU CHORARE -Novos Baianos 1972-, foi eleito o melhor entre
os 100 melhores da Música Popular Brasileira em todos os tempos, numa
enquete feita pela Revista Rolling Stone.
Para comemorar PAULINHO BOCA DE CANTOR, um dos integrantes fundadores do grupo, está percorrendo o Brasil num show interpretando o repertório do
Acabou Chorare e os grandes sucessos dos NOVOS BAIANOS.
Elis Regina
Cantora
Disponível em
Deezer
KBoing
YouTube
Elis Regina Carvalho Costa foi uma cantora brasileira. Conhecida por sua presença de palco, sua voz e sua personalidade. Wikipédia
Falecimento: 19 de janeiro de 1982, São Paulo, São Paulo
Filhos: Maria Rita, João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano
Filme: Garota de Ipanema
Músicas
Águas de março
1974
Elis & Tom
O bêbado e a equilibrista
1979
Fascinação
1976
Falso Brilhante
Alo Alo Marciano
1982
Trem Azul
Como nossos pais
1976
Falso Brilhante
Madalena
1971
Ela
Tiro ao Álvaro
1980
Elis
Casa no campo
1963
Maria Maria
1982
Trem Azul
Só tinha de ser com você
Dois pra lá, dois pra cá
1974
Elis
Me deixas louca
1982
Trem Azul
Romaria
1977
Elis
Soneto da separação
1974
Elis & Tom
Velha roupa colorida
1976
Falso Brilhante
Chovendo na roseira
1974
Elis & Tom
Atrás da porta
1963
Andança
1969
Elis - Como e Porque
Upa, neguinho
1965
Dois na Bossa
É com esse que eu vou
1973
Elis
Redescobrir
1980
Vou deitar e rolar
1970
Em Pleno Verão
Aprendendo a jogar
1982
Trem Azul
Preciso aprender a ser só
1965
Dois na Bossa
Tatuagem
1976
Falso Brilhante
Gracias a la vida
1976
Falso Brilhante
Amor Até O Fim
1965
Dois na Bossa
Aos Nossos Filhos
1980
O mestre-sala dos mares
1974
Elis
Black Is Beautiful
1971
Ela
Transversal do tempo
1977
Elis
Travessia
1974
Elis
www.google.com.br
1. EDITORA-COORDENADORA: SIMONE RIBEIRO / DOISMAIS@GRUPOATARDE.COM.BR
SÁB
SALVADOR
5/4/2014
SEG VIAJAR
TER POP
QUA VISUAIS
QUI CENA/GASTRONOMIA
SEX FIM DE SEMANA
HOJE LETRAS
DOM TELEVISÃO
atarde.com.br/caderno2mais
LANÇAMENTO COM ATUAÇÃO
E DIREÇÃO DO ASTRO BEN
STILLER, O DRAMA A VIDA
SECRETA DE WALTER MITTY
CHEGA AO HOME VIDEO 2
LITERATURA ESCRITOR AMOS OZ FALA DE
SONHOS E IDEAIS A PARTIR DE UM KIBUTZ 3
Divulgação
MÚSICA Gil presta tributo a João Gilberto
no novo disco e a turnê de lançamento
chega em maio ao Teatro Castro Alves
Daryan Dornelles / Divulgação
2
GILBERTOS SAMBA / GILBERTO GIL
SONY MUSIC / R$ 25
MARCOS DIAS
Quando os americanos tentam
definir a bossa nova, quase in-
variavelmente concluem que
trata-se de um sofisticado estilo
dejazzderivadodosamba.Com
o novo disco de Gilberto Gil, Gi-
bertos Samba, um dos mais im-
portantes artistas da música
brasileira não só homenageia o
gêniodeJoãoGilberto,masrea-
firma o que a bossa é, de fato:
samba.
“Para os americanos, é bom
ver a partir deles. Onde é que
nós estamos nisso aí?, eles pen-
sam e, claro, como eles estão,
puxam a brasa para a sardinha
deles e dizem isso é um jazz. A
denominaçãoquedavamerala-
tin jazz. Mas, para nós, como
estamos do lado de cá, começa
com o samba. O disco é para
afirmar isto: antes de tudo, de
qualquer coisa, a bossa nova é
samba”.
Ao regravar músicas que o
criador da bossa tornou clássi-
cas, Gil cumpre seu desejo de
gravar um disco de samba e ex-
pandemusicalepoeticamentea
linha evolutiva do gênero.
O repertório inclui seis com-
posições dos anos 1940, ante-
rioresàbossa,propriamenteas-
sociada ao final dos anos
1950.
Gil regravou Aos Pés da Cruz
(Marino Pinto e Zé da Zilda), Eu
Sambo Mesmo (Janet de Almei-
da),OPato(JaimeSilvaeNeuza
Teixeira), Tim Tim por Tim Tim
(GeraldoJacqueseHaroldoBar-
bosa),MilagreeDoralice,deDo-
rival Caymmi.
Nessa época, diz Gil, a música
populartornou-seacessívelpelo
rádio e pelo disco, e foi quando
a força do samba se revelou.
“Essa foi talvez a maior gran-
deza. Porque se ele tivesse se
restringido ao repertório do fi-
nal da década de 50, talvez não
tivéssemos essa capacidade de
explicação tão abrangente que
acabou contida no repertório
dele.Joãoteveessagenialidade
de colocar tudo isso e mais o
avanço musical de Tom, o De-
safinadodeNewtonMendonça,
aquelacoisanolimitedacanção
popular, já extrapolando para o
experimentalismo moderno.
João foi muita coisa e Caetano
diz: a bossa nova é foda”.
Carne e osso
Caetano, que gravou com Gil e
João Gilberto em 1981 o álbum
Brasil, escreve na apresentação
de Gilbertos Samba que João foi
o revolucionário que definiu a
vida deles. E que quando co-
nheceu Gil, já sentia que ele era
o “milagre de alguém de carne
e osso que podia reproduzir os
acordes que João fazia”.
“Foi um encantamento tão
forte, tão profundo, quando a
gente escutou”, lembra Gil. “O
tratamento que João deu ao
canto, ao violão e à canção che-
gavamuitoclaramenteparanós
como uma entidade nova, uma
revolução estética”.
A recepção inicial dessa no-
vidade, contudo, não foi nada
cool. Tom Zé lembrou, certa vez,
que em Salvador a bossa che-
gou a ser apontada como “mú-
sica de viado”. O que pode pa-
recer impensável para qualificar
uma criação.
No caso de João, Gil lembra,
a rejeição chegou ao ponto de
muitos dizerem que era um can-
tor desafinado. “Era tamanha a
carga de inovação, de surpresa
queeleeoscolegasfizeram,que
a reação mais reacionária foi
isso, buscar explicações absur-
das, se valer de preconceitos pa-
ra rejeitar aquilo, para não ser
obrigadoacompreenderagran-
deza daquilo e, portanto, a obri-
gação de incorporar aquilo co-
molinhaevolutivadanossamú-
sica e da nossa cultura. Os rea-
cionários todos trabalharam
contranessesentido,desdecha-
mar de desafinado até dizer que
era música de viado”.
No álbum, Gil também regra-
va Desafinado (Jobim e Newton
Mendonça), Você e Eu (Carlos
Lyra e Vinicius de Moraes), Des-
de que o Samba é Samba (Cae-
tano Veloso) e Eu Vim da Bahia
(dele mesmo, gravada por João
em 1972), que revelam desdo-
bramentos da influência.
“João lançou e possibilitou
uma série de aprendizes e dis-
cípulos, fãs tributários do tra-
balhodeleequevieramdaruma
contribuiçãoenormeparaamú-
sica. Até o primeiro disco de Ro-
berto Carlos foi influenciado pe-
la bossa. A cada cem anos um
aparece”, diz ele, citando um
verso da inédita Gilbertos, úl-
timafaixadodisco,emquetam-
bém reconhece que “foi Dorival
Caymmi quem nos deu a noção
da canção como um liceu”.
E não é à toa que o CD (que
também tem tiragem em vinil),
além das duas músicas de Do-
rival,contecomparticipaçõesde
Dori (violão) e Danilo Caymmi
(flauta) em outras faixas.
Em Gilbertos, é como se ele
tratasse da transmissão dessa
excelência. “Nós que derivamos
dessa grandeza do João, que
fomos levados a procurar em
nósmesmosenonossoentorno
essamesmagrandeza,quenun-
ca é a mesma, mas sempre um
desdobramento dela já em
João, em Caymmi e em tantos
que nos antecederam, que ela
também permaneça em tantos
que venham nos suceder”.
Com produção do filho Bem
Gil e de Moreno Veloso (filho de
Caetano,comquemjáhaviatra-
balhado em Quanta), a própria
continuidadedessatransmissão
parece assegurada. “Como são
filhos dos discípulos de João,
chamei para entrarem na roda e
no processo do cuidado com a
sucessão”.
Gil revela que deixou que “os
meninos” concebessem o disco
com a feição deles e que só en-
trou, basicamente, com a voz e
violão. “Eles é que cuidaram de
tudo, os aspectos ornamentais,
o sentido da simplicidade no re-
pertório, tudo isso foram eles e
os amigos que eles trouxeram
para participar”. Músicos como
Domenico, Rodrigo Amarante,
Nicolas Krassik (violino), Pedro
Sá (guitarra) e Mestrinho (acor-
deon), entre outros.
Bem suave
A estreia da turnê nacional de
lançamento de Gilbertos Samba
acontece hoje, no Teatro NET
Rio, e nos dias 16 e 17 de maio
o show chega a Salvador, no
Teatro Castro Alves.
De acordo com Gil, eles vão
reproduzir a atmosfera básica
do disco, com violão e voz, “per-
cussão leve, não invasiva, bem
suave,paraprestigiarumpouco
mais a atmosfera da voz e do
violão que foram gravados de
uma vez só, com uma captação
bem joãogilbertiana”.
Alem de todas as canções do
disco, o show inclui sambas co-
mo Mancada (do início de sua
carreira), Meio de Campo (dos
anos 70), Máquina de Ritmo e a
inédita Rio Eu Te Amo.
O tributo a João é ainda mais
mágico, sendo o próprio Gil um
mestredamúsicabrasileira,rea-
lizando esse projeto aos 71
anos. É como se as suas tantas
e variadas realizações tivessem
na obra de João o que teóricos
do caos chamam de atrator,
uma espécie de intenção cós-
mica íntima que a anima.
“Ainda que na minha capa-
cidade de lidar e tratar a música
eutenhasidoatraídopormuitas
outras coisas, por Gonzaga, a
música do Recôncavo baiano,
Caymmi,ojazzeorock,deeuter
me entregue a um ecletismo va-
gabundo de certa forma, em-
bora tudo isso conte, talvez sem
João eu não tivesse nem con-
seguido me soltar tanto e com-
preender tanto as possibilida-
des tão variadas de abordagem
musical e liberdade”.
E dessa liberdade, algo que é
música e um além da música
também se revela: “João me fez
compreender muita coisa: a io-
ga, as novas leis da fisica, a es-
piritualidade da matéria e a ma-
terialidadedoespírito.Joãoaju-
dou muito ao meu próprio per-
curso pela floresta do existen-
cial. Não só a mim, mas a todos
da minha geração: ele é um
mestremaiornessesentido.Um
grande iogue”.
O sambados
GGiillbbeerrttooss
Gilberto Gil
reverencia, aos
71 anos, o mestre
João Gilberto, “um
grande iogue”
O CD é produzido
por Bem Gil e
Moreno Veloso
que, para Gil,
garantem o
“cuidado com a
sucessão”