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Os salões do Centro Português

                                            Erika Miranda da Costa
                                                     RA Nr.: 061447




 Dossiê elaborado para a Disciplina Patrimônio Histórico e Cultural
                  Prof. Me. Maurício Nunes Lobo
“Todo ser humano tem consciência do passado (...). Ser
membro de uma comunidade humana é situar-se em relação
ao seu passado (ou da comunidade), ainda que apenas para
rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente
   da consciência humana, um componente inevitável das
     instituições, valores e outros padrões da sociedade
   humana.O problema para os historiadores é analisar a
natureza desse „sentido‟ do passado na sociedade e localizar
              suas mudanças e transformações.”



        (HOBSBAWM, 1998,p.22 – trecho extraído do livro
“História, Ensino e Patrimônio” de Maria Ângela Borges Salvadori)
Resumo
 No interior do exótico e insinuante edifício do Centro Português
  de Santos, localizado na Rua Amador Bueno com a Rua Martim
  Afonso, existe uma história viva da comunidade Luso-brasileira
  e da sociedade santista em seus salões. Esta história poderia
  se encontrar disponível com mais facilidade ao grande público
  , o que por mais boa vontade que a diretoria da Associação
  possua, o número de visitações não é grande.
   Possuindo atualmente um de seus salões alugados e questões
  pendentes junto ao CONDEPASA, este dossiê tem como
  idealização a criação de um programa de mediação pedagógica
  e cultural em relação ao seu acervo, aumentando a visitação ao
  Centro Cultural Português de Santos possibilitando que a
  comunidade conheça um pouco mais sobre sua história.
  Estimulando assim, o turismo, a preservação , emprego e o
  conhecimento.
Uma Breve História do Centro
        Português de Santos
 Em 1º de Dezembro de 1895, data que se comemora a
  restauração da Independência de Portugal, foi fundado o
  Centro Português de Santos, sob o voto da maioria dos
  portugueses presentes neste dia no Teatro
  Guarani, idealizado pelos membros da colônia portuguesa:
  Luiz José Matos, Manuel Homem Bittencourt (primeiro
  presidente da associação), Joaquim da Fonseca
  Saraiva, José M. de Azevedo Magalhães e José Maria
  Soares.
 Tendo sua principal função congregar o maior número de
  portugueses e lhes proporcionar recreação, cultura e
  assistência (no caso dos menos favorecidos). No dia 21
  de janeiro de 1896, o Rei D. Carlos I de Portugal agraciou
  a instituição com o direito de usar a denominação ―Real‖
  antes do nome, se transformando em Real Centro
  Português de Santos, por esse motivo, o rei foi
  homenageado como presidente-honorário da instituição.
Uma Breve História do Centro
        Português de Santos
 Nesta época, o então Real Centro Português localizava-se
  numa modesta casa na Praça da República número
  28, sendo apenas em 08 de outubro de 1900, sua sede
  transferida para seu atual endereço na Rua Amador
  Bueno esquina com a Rua Martim Afonso, local que era
  perfeito para o luxuoso edifício em estilo neomanuelino
  que foi construído por Antonio Domingues Pinto.
 Em 1946, uma crise ocasionou que o seu caráter de
  Associação exclusivista para estrangeiros fosse perdendo
  todo o seu conteúdo e finalidade, fazendo com que este
  viesse a se tornar anacrônico. Dois anos antes, destitui
  sua denominação ―Real‖, voltando a se classificar apenas
  como Centro Português de Santos, estando até
  hoje, numa tentativa incessante de se reerguer e vivenciar
  novamente seus tempos de glória.
Uma Breve História do Centro
       Português de Santos
 O Centro Cultural Português de Santos possui
  quatro Salões no Centro histórico, porém apenas
  dois se encontram dentro de sua sede: o Salão
  Cerejeira e o Salão Nobre ou Camoniano
  (Principal), além da Biblioteca. Os outros dois
  salões ficam nos anexos ao lado do edifício
  principal (sede): Salão-Teatro Julio Dantas e
  Salão Alberto Ferreira dos Santos.
 O edifício - sede faz parte juntamente com
  outras duas edificações como exemplares
  únicas do estilo neomanuelino no Brasil.
Centro Português de Santos
Centro Português em   Centro Português -
1920                  Hoje
Salão Cerejeira
 O Salão Cerejeira já ocupou diferentes serventias
  antes de se transformar na sala de reuniões e galeria
  dos presidentes como é utilizada atualmente.
 Esta Sala já serviu de salão de jogos e de Sala das
  Damas, onde ocorria conversas informais durantes os
  bailes no Salão Camoniano.
 Este salão recebeu o nome de Salão Cerejeira em
  homenagem ao Cardeal Patriarca de Lisboa que
  visitou o Centro Português em 1946.
 Este salão é o primeiro local de recepção dos
  visitantes ilustres a Associação.
Acervo do Salão Cerejeira
Seu acervo em parte encontra-se guardado em armários e
cristaleiras, estando exposto apenas algumas relíquias e a galeria
de presidentes. Todo o acervo foi doado, as fotos dos presidentes
foram tiradas a pedido do centro português, para um fotografo
contratado.
Acervo do Salão Cerejeira
As pupilas do Senhor    Os Lusíadas de Camões, a Bíblia
Reitor de Julio Dinis   dos argonautas portugueses .
Obra de J. Carvalho
Elementos do Acervo do Salão Cerejeira




Escrínio localizado na mesa de reuniões com terra extraída do Castelo de
Guimarães. Além das pedras do Promotório de Sagres de onde partiram as
primeiras caravelas.
Detalhe do
                                                           Escrínio
                                                            Texto escrito por Carlos
                                                            Herdade e colocado dentro
                                                            do escrínio junto com sua
                                                            doação.




Contém:
Terra retirada do castelo de Guimarães no dia 08-05-1947, pelo encarregado do
mesmo castelo, Sargento Aposentado Sr. Ferreira, na presença de minha irmã
Arminda e minha cunhada Maria da Graça Quaresma Herdade. A terra foi
colhida logo à entrada principal, lado esquerdo, onde nasceu D. Afonso
Henriques. Neste mesmo sítio estão colocadas as Catapultas (balas de Pedra).
(Carlos Herdade)
Salão Cerejeira e sua Galeria de
presidentes




  A decoração de requinte que combina harmoniosamente com o edifício
  neomanuelista é o ambiente perfeito para expor o retrato dos
  presidentes que fizeram parte da história e evolução do Centro Cultural
  Português de Santos.
Fica-me o coração aqui.




Dizeres da placa em homenagem ao Cardeal Cerejeira - Cardeal
Patriarca de Lisboa, datada de 05 de Setembro de 1946.
Retrato do Rei
D. Carlos I




Exemplos de retratos expostos no
Salão Cerejeira
Exemplos de retratos expostos no
Salão Cerejeira




  Retrato do
  Cardeal
  Patriarca
Uma relíquia que se
encontra no Salão
Cerejeira



   O piano de cauda Steinway &
   Sans de 1876, que fazia o
   prelúdio musical no inicio das
   festas realizadas no Centro
   Português e que agradava
   muito os convidados.
Salão Camoniano
 O Salão Camoniano foi sem dúvida o motivo para a
  tentativa mais audaciosa dos associados do Centro
  Português de Santos, na incursão em seu
  relacionamento com a Pátria – mãe.
 Ele foi fundado em 1º de Dezembro, mas, ele iria ser
  inaugurado em 1911, tendo até sido convidado para
  esta inauguração o Rei D. Carlos I, que prontamente
  aceitou,porém, dois meses antes da inauguração, o
  rei foi assassinado e a inauguração adiada até 1913.
 Em 3 de março de 1913, foi criado o Grêmio das
  Camélias que cuidou dos detalhes da inauguração do
  salão e promovia diversas atividades neste espaço.
 A decoração artística foi realizada pelos artistas
  espanhóis internacionalmente reconhecidos Antonio
  Fernandez e João Bernils e paga por Antonio
  Pereira de Carvalho.
 Este salão é uma obra de arte que representa a
  alma portuguesa, é a glória do Centro Cultural
  Português de Santos e uma das poucas expressões
  de arte sobrevivente em nossa cidade que simboliza
  o trabalho de permanência e memória da colônia e
  nacionalidade portuguesa.
O papel cultural e artístico do Salão
         Camoniano na Cidade.
 O Salão Camoniano já foi palco de diversos
  momentos da sociedade santista e luso-brasileira em
  diferentes épocas.Seu clima camoniano e poético era
  propício para comemorações cívicas, saraus
  literários, entre outras atividades socioculturais.
 Podemos destacar como dois acontecimentos cívicos
  que ocasionava grandes celebrações no Centro
  Português de Santos, o dia de Camões, que tem
  grande significado para a colônia portuguesa e, o Dia
  da Restauração de Portugal e fundação da
  Associação, que fundem o orgulho de ser luso-
  brasileiro e de se sentir fazer parte da história.
 Grandes oradores já se pronunciaram neste salão
  como:
     * Alberto Veiga
     * Jaime Franco
     * Dr. Raul Ribeiro Flórido
     * Milton Teixeira
 Quando um grande movimento literário e artístico
  formava-se em Santos, foi criado no Salão
  Camoniano a ―Hora Literária‖ e seus saraus, que
  contavam com presenças de ilustres poetas como:
      * Rui Barbosa
      * Martins Fontes
      * Olavo Bilac e outros ilustres poetas santistas.
 Além dos saudosos bailes que agitaram a vida dos
  jovens da cidade, como o Carnaval, o Baile Azul, a
  Celebração da Eleição da Rainha e as Princesas do
  Centro Português de Santos, bailes estes que iam
  até o amanhecer.
 Hoje, apenas ocorre as cerimônias tradicionais que
  ainda foram preservadas pelos seus integrantes e
  alguns jantares dançante, que mantém outra
  tradição da associação: a de entrelaçamento das
  famílias luso-brasileiras, para que seja mantido a
  lusitanidade.
O Acervo do Salão Camoniano
 O Acervo do Salão Camoniano é rico em detalhes e
 curiosidades, retratando épocas áureas e histórias da nossa
 cidade. Todo o acervo foi doado por membros ou pela família
 destes membros.
Acervo do Salão Camoniano
              Cadeira em estilo imperial de
               madeira araribá do norte,
               com acento de couro, onde
               está gravado em relevo o
               escudo de Portugal.
               Entalhada com detalhes
               delicados a cadeira ainda
               tem no encosto a coroa
               portuguesa e a esfera
               armilar. Esta cadeira foi
               encomendada para servir o
               Rei D. Carlos, em visita que
               faria ao Brasil.
              Curiosidade: Ela foi destaque
               numa exposição em Portugal,
               em 1994, sobre os 500 anos
               dos descobrimentos.
Acervo do Salão Camoniano
 Tela em óleo
 (1,20x1,00) datada de
 1887, retratando o Dr.
 Manuel Homem
 Bittencourt, sócio
 fundador e presidente
 perpétuo do Centro
 Português.
Acervo do Salão Camoniano
              Tela do pintor
               Comendador Rodrigues
               Soares
               (1,20x1,00), retratando
               o sócio benemérito
               Antonio dos Santos
               Coelho Germano.
              Curiosidade: Esta tela
               percorreu o trajeto da Rua XV
               de Novembro acompanhada
               da Banda da Sociedade
               Colonial Portuguesa, com
               queima de fogos na sua
               chegada ao Centro
               Português, com vivas a
               Portugal e Brasil.
Acervo do Salão Camoniano
 Tela do pintor
 espanhol Antonio
 Fernandez
 (1,20x1,00), retratand
 o Antonio
 Domingues
 Pinto, construtor que
 terminou o edifício do
 Centro Português de
 Santos.
Acervo do Salão Camoniano
              Tela do pintor Antonio
              Fernandez
              (1,20x1,00), retratand
              o o sócio benemérito
              Antonio Pereira de
              Carvalho.
Acervo do Salão Camoniano
              Tela do pintor
              Charleaux, de
              1953, retratando
              Aristides Cabrera da
              Cunha. Grande
              benfeitor do Centro
              Português de Santos
              e da cidade. Recebeu
              do Governo
              Português a
              Comenda da Ordem
              do Cruzeiro do Sul.
Acervo do Salão Camoniano
 Tela com o retrato de
  Joaquim
  Moreira, último
  presidente do Real
  Centro Português de
  Santos.
 Curiosidade: Seu retrato foi
  inaugurado no Centro
  Português no 60º aniversário da
  associação, seu quadro
  encontrava-se envolto pela
  antiga bandeira do Real Centro
  Português de Santos.
Acervo do Salão Camoniano




       Tela do pintor espanhol Antonio
       Fernandez, retratando o casal
       Antonio Marques Bento de Souza e
       sua esposa Elisa Chambers
       Marques, sócios beneméritos.
Acervo do Salão Camoniano




   Restauração de Portugal e Morte de Miguel
      Vasconcelos, tela de Antonio Fernandez
Acervo do Salão Camoniano




     Mesa com entalhe do Símbolo Real
Acervo do Salão Camoniano
   Detalhe da Mesa - Símbolo Real




       Entre gente remota
            edificaram.

       Novo reino que tanto
           Sublimaram.
Acervo do Salão Camoniano




   Fundação de Portugal e Aclamação do rei Dom
     Afonso Henriques, tela de Antonio Fernandez
Acervo do Salão Camoniano




 A Canhoneira Pátria, pintado por Benedito
 Calixto em 1905
Acervo do Salão Camoniano
          Obra em tributo a Camões
          fica logo na entrada do Salão
          Camoniano.
Acervo do Salão Camoniano




   Pedro Álvares Cabral Descobre o Brasil em 3
      maio de 1500, tela de Antonio Fernandez
Acervo do Salão Camoniano




 Homenagem pintada por João Bérnils ao Grande
     Benfeitor Antonio Ferreira de Carvalho.
Acervo do Salão Camoniano




   Homenagem pintada por João Bérnils aos arquitetos
       que construíram o edifício do Centro Português:
    Dr. João E. Ribeiro da Silva e Dr. Ernesto de Maya.
― A mandado de Venus, a Fama vai
apregar às ninfas, o nome português‖.
― A mandado de Venus, a Fama vai
apregar às ninfas, o nome português‖.
                 Canto IX. Est. XLV

                    Vão-na buscar, e mandam-na diante,
                    Que celebrando vá, com tuba clara,
                     Os louvores da gente navegante,
                      Mais do que nunca as de outrem
                                celebrava.
                    Já, murmurando, a Fama penetrante
                    Pelas fundas cavernas se espalhara;
                     Fala verdade, havida por verdade,
                    Que junto a deusa traz Credulidade.

                               A transcrição das estâncias está de acordo
                                  com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
                               Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
― Quem te trouxe a
 estoutro mundo, tão longe
  da sua pátria lusitana?‖.
Canto VII. Est. XXV

 Em vendo o mensageiro, com jocundo
Rosto, como quem sabe a língua Hispana,
  Lhe disse: "Quem te trouxe a estoutro
mundo, Tão longe da tua pátria Lusitana?"
— "Abrindo, lhe responde, o mar profundo,
   Por onde nunca veio gente humana,
 Vimos buscar do Indo a grão corrente,
  Por onde a Lei divina se acrescente."
              A transcrição das estâncias está de acordo
                 com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
              Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
― Encontro do Rei de
       Melinde com o Gama‖.
Canto II. Est. CI

       Já no batel entrou do Capitão
  O Rei, que nos seus braços o levava;
      Ele coa cortesia, que a razão
    (Por ser Rei) requeria, lhe falava.
C'umas mostras de espanto e admiração,
 O Mouro o gesto e o modo lhe notava,
Como quem em mui grande estima tinha
  Gente que de tão longe à índia vinha.
               A transcrição das estâncias está de acordo
                  com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
               Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
― Venus Favorável aos
       Portugueses‖.
Canto I. Est. XXXIII

    Sustentava contra ele Vênus bela,
      Afeiçoada à gente Lusitana,
    Por quantas qualidades via nela
   Da antiga tão amada sua Romana;
 Nos fortes corações, na grande estrela,
   Que mostraram na terra Tingitana,
  E na língua, na qual quando imagina,
Com pouca corrupção crê que é a Latina.
               A transcrição das estâncias está de acordo
                  com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
               Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
― Amores
        desencontrados‖.
Canto IX. Est. XXXIV

    Destes tiros assim desordenados,
Que estes moços mal destros vão tirando,
  Nascem amores mil desconcertados
     Entre o povo ferido miserando;
 E tamboril nos heróis de altos estados
Exemplos mil se vêem de amor nefando,
   Qual o das moças Bíbli e Cinireia,
 Um mancebo de Assíria, um de Judeia.
             A transcrição das estâncias está de acordo
                com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
             Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
― Ficam retidos em terra
        os dois feitores
        Portugueses‖.
Canto IX. Est. I

      Tiveram longamente na cidade,
Sem vender-se, a fazenda os dois feitores
  Que os infiéis, por manha e falsidade,
Fazem que não lha comprem mercadores;
   Que todo seu propósito e vontade
     Era deter ali os descobridores
   Da Índia tanto tempo, que viessem
    De Meca as naus, que as suas
               desfizessem.
               A transcrição das estâncias está de acordo
                  com a edição do poema: “Os Lusíadas”,
               Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
Salão Teatro
 A História do Salão – teatro anda lado a lado com a
  história de uma das Corporações Cênicas mais antigas do
  Estado de São Paulo, o Corpo Cênico do Centro
  Português de Santos, que perdurou por mais de meio
  século.
 O Salão Teatro do Real Centro Português foi fundado em
  12 de abril de 1908, período que o movimento teatral da
  associação estava em tal relevância que constava no
  projeto da sede social a construção de uma sala de
  espetáculos.
 O Corpo Cênico Português teve o privilegio de encenar a
  peça ―Com amor não se brinca‖ do Dr. Epitácio Pessoa no
  Salão Teatro, além de obras de inúmeros autores
  renomados brasileiros e portugueses .
 O Salão foi alugado para a Empresa
  Cinematográfica Hawai e a Empresa Cinema de
  Santos em 04 de dezembro de 1979. O aluguel foi a
  solução encontrada para as dificuldades financeiras
  da Associação, dando fim a uma era de cultura
  intensa. Sendo reavido em 1994, após uma intensa
  ação judicial iniciada em 1989.
 Hoje o Teatro encontra-se em estágio de reforma e
  restauração sob a fiscalização do
  CONDEPASA, pois desde 1989 ele estava servindo
  como depósito.
Salão Alberto Ferreira dos Santos
 Na Rua Amador Bueno nº190 ao lado do belo edifício
  neomanuelino do Centro Cultural Português de
  Santos, hoje se localiza o Salão Alberto Ferreira dos
  Santos. Comprado por 54 contos de réis ( equivalente
  a 54 reais, hoje), para a ampliação da sede , na
  gestão de Joaquim Moreira, sendo espaço de suma
  importância para o futuro desenvolvimento social da
  associação.
 Neste terreno foi construído um bar, mesas, cadeiras,
  cozinha funcional e ao ar livre um ―Jardim Grill‖,
  dando ao conjunto arquitetônico um ar romântico.
  Com canteiros circulares , no fundo do terreno um
  banco de pedra com uma parede com painel de
  azulejos portugueses representando o Castelo de
  Guimarães.
 Nele eram realizados festas e até apresentações
  teatrais, proporcionando momentos de
  descontração. Dentre as festas, destacava –se a
  ―Festa da Cereja‖ realizada em junho com cerejas
  importadas de Portugal, onde seus associados
  tinham o orgulho de terem sido os pioneiros a
  realiza-la no Brasil.
 O Salão Alberto Ferreira dos Santos, foi inaugurado
  em 1985, com o objetivo de se tornar um espaço
  para acolher melhor o público e trazer grandes
  apresentações luso-brasileiras .
 Hoje, o espaço encontra-se alugado para uma igreja
 evangélica. O aluguel do espaço se deu pelo
 mesmo motivo que outrora alugaram o Salão- Teatro
 Julio Dantas, dificuldades financeiras, porém possui
 um outro agravante, o espaço não interessa a
 associação devido não ser histórico, por ter sido
 construído e inaugurado nos anos 80 e por eles não
 saberem como aproveitar o espaço de 800 m² que
 vinha antes sendo usado como depósito.
Problemas encontrados no
        Acervo
          Desde a maneira de guardar e
          preservar o acervo até a falta
          de mediadores instruídos para a
          visitação do público são alguns
          dos problemas que
          encontrados.
Acervo sendo estocado de
   forma inadequada



   Troféus, Medalhas, Pratos e
   outras homenagens recebidas
   pelo Centro Português ao
   longo de sua história
   , encontram-se trancafiados e
   amontoados em
   cristaleiras, armários .
Acervo sendo estocado de
   forma inadequada


  Os livros e outros documentos
  doados e adquiridos também
  encontram-se trancafiados e
  amontoados em
  cristaleiras, armários .

       Imagem da Biblioteca
1895
  Fundação do
     Centro
  Português de
     Santos
Documento de 1895
referente a fundação, com o
nome de todos os Sócios
Iniciadores e Sócios
Fundadores encontra-se no
Salão Cerejeira, pendurado
em um canto ao lado de um
armário sem o devido
destaque.
Há vários documentos
importantes,expostos da
mesma maneira,tornando–se
imperceptíveis para o
visitante.
Molduras e quadros necessitando de
    restauro no Salão Cerejeira




                Este retrato é um ótimo
                 exemplo , já que sua
                   moldura original
                    despedaçando.
Molduras e quadros necessitando de
    restauro no Salão Cerejeira
                  O retrato do Rei D. Carlos
                  I sofre a falta de preparo
                       na conservação,
                    iniciando também sua
                         deterioração.
Molduras e quadros necessitando de
    restauro no Salão Cerejeira




               Já este retrato encontra-se
                       desbotado.
Molduras e quadros necessitando de
   restauro no Salão Camoniano

                   Este retrato no Salão
                  Camoniano, como os
                    Quadros do Salão
                    Cerejeira também
                  necessita de restauro:
                   sua moldura original
                     despedaçando.
Molduras e quadros necessitando de
   restauro no Salão Camoniano

                     E sua imagem está
                   apagando por causa do
                 tempo e a falta de estrutura
                    para sua preservação.
Molduras e quadros necessitando de
   restauro no Salão Camoniano


                 Este quadro pegou
                 umidade e está se
                   deteriorando.
Molduras e quadros necessitando de
   restauro no Salão Camoniano
                   Este quadro de Benedito
                 Calixto está necessitando de
                 restauro, hoje o quadro não
                  se encontra com as cores
                   vivas como antigamente
Molduras e quadros necessitando de
   restauro no Salão Camoniano


                   O retrato de
                 Manuel Homem
                  Bittencourt, o
                   presidente
                  perpétuo, do
               Centro Português,
               também sofre com
               a pegou umidade e
                  começa a se
                   deteriorar.
O Salão Alberto Ferreira dos Santos
O espaço encontra-se em reforma para a instalação de a igreja
evangélica do Bispo Valdomiro.
A importância desses salões para a
               Cidade
 Os Salões do Centro Cultural Português de
 Santos foram o palco de grandes acontecimentos
 em nossa cidade e inúmeras atividades ao longo
 dos anos. Hoje, suas principais atividades
 festivas são realizadas na sede que se localiza
 na Avenida Ana Costa, antiga sede da Sociedade
 União Portuguesa. Mas a importância dos salões
 ainda é visível em acontecimentos mais célebres
 documentados em jornais, revistas e na memória
 de associados ou pessoas que já frequentaram
 algum evento nessa Associação. Como os
 exemplos a seguir:
Sites que falam
sobre os
Salões e o
Centro Cultural
Português.


                      http://www.santos.sp.gov.br/turismo/centro/portugues.php




                       http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/artigos.php?cod=10




    http://santosterraadorada.blogspot.com.br/2008/12/centro-portugus-de-santos.html




                                 http://www.centroculturalportugues.com.br
Um patrimônio tombado pelo
                    CONDEPASA

O Centro Cultural Português
de Santos é um bem
tombado pelo CONDEPASA
no Livro Tombo 1, Insc.
37, folha
7, Proc.81965/2005-
28, Resolução 04/2005 de
15/09/2005.
Possui um projeto de
restauração , criado em 2003
pela arquiteta Jaqueline
Fernández Alves e aprovado
pelo mesmo órgão municipal.
Sugestões de ampliação da atuação do
      bem junto a comunidade

               Espelhando nos projetos de
               mediação de alguns museus e
               memoriais foi criado sugestões
               para a ampliação da atuação do
               bem junto a comunidade.
Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a
    comunidade e exemplos que deram certo.
  • Diagnóstico museológico, que tem como objetivo identificar
    dentro do acervo referências patrimoniais em diferentes
    categorias , apontar possíveis dificuldades analisando recursos
    humanos disponíveis, adequação do tema à realidade e
    potencialidades do patrimônio local, estado de conservação dos
    acervos identificados, entre outros itens, elencando ações em
    curto, médio e longo prazo necessárias para a implantação do
    museu;
  • Programa museológico com conceito gerador, missão e
    proposta de estrutura inicial do museu;
  • Ficha catalográfica e catalogação dos itens identificados para o
    acervo do museu, com indicação de procedimento e/ou recursos
    necessários para aquisição;
  • Laudo de conservação do acervo e plano preliminar de
    higienização e de conservação preventiva do acervo executado;
Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a
    comunidade e exemplos que deram certo.
    •    Projetos de restauração porventura necessários ao acervo
        museológico;
    •   Projeto de adaptação arquitetônica da edificação indicada para
        sediar o museu (ou de construção de uma nova edificação, se
        for o caso) e projeto de ocupação da edificação com a
        distribuição das áreas de trabalho do Museu, onde sugerimos o
        Salão Alberto Ferreira dos Santos que hoje encontra-se alugado;
    •    Projeto de climatização da edificação-sede do museu, de
        acordo com as necessidades e possibilidades específicas deste
        caso;
    •    Pré-projeto expo gráfico para a exposição de longa duração;
    •   Resgatar antigas atividades do Centro Cultural Português como
        os Saraus, a Hora Literária e o Corpo Cênico Português;
    •   Disponibilizar cursos de artesanato e danças folclóricas
        portuguesas para o público, além de outras atividades.
Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a
    comunidade e exemplos que deram certo.

                            Centro Cultural
                            Marta Watts
                           O Centro Cultural Marta Watts é
                           um ótimo exemplo de um espaço
                           histórico que deu certo.
                           Nele funciona duas exposições
                           permanentes: O Memorial das
                           escolas metodistas e O Memorial
                           piracicabano.
                           O Espaço que antigamente
                           funcionava o Colégio Piracicabano
                           tem parceria com a Universidade
                           Metodista de Piracicaba para a
                           manutenção, preservação, mediaç
                           ão cultural e cursos promovidos no
                           espaço.
A Casa de Espanã de Sorocaba é outro excelente exemplo, com o apoio da prefeitura e instituições locais
foi possível a restauração do prédio de 1922, é um prédio tombado. Tem controle de temperatura e
umidade, para obras de arte . O museu está instalado em uma das salas do prédio onde fica a sede da
Casa de Espanha, na Vila Hortênsia, com aproximadamente 180 metros quadrados de área construída.
A intenção é que o museu não seja apenas de coisas, mas também de pessoas, que terão suas histórias
registradas em vídeo, chamados de Memorial da Família Espanhola.
Museu da Imigração
Japonesa
O Museu Histórico da Imigração Japonesa no
Brasil foi inaugurado em 18 junho de
1978, idealizado como a grande realização do
70º aniversário da imigração japonesa no Brasil.
Atualmente o MHIJB soma 1.592 m² de área
expositiva, dividida em 3 andares: 7º, 8º e 9º
andares, localizados no Edifício Bunkyo, dois
andares foram construídos em 1978 e reúnem
documentos e objetos que abrangem desde a
assinatura do Tratado de Amizade Brasil/Japão
(1895), a chegada dos primeiros imigrantes
(1908), os núcleos coloniais (a partir de
1913), até a policultura.
O 9º andar, inaugurado em novembro de
2000, enfoca os 50 anos pós-guerra. Nele estão
retratadas as mudanças da comunidade nikkei, a
vinda das empresas japonesas, bem como a
contribuição dos nipo-brasileiros para a
sociedade brasileira.
Em outro andar (3º andar) estão localizados a
biblioteca e o acervo, que somam mais de 5 mil
objetos, 28 mil documentos escritos (entre
diários, livros, jornais, revistas) e cerca de 10 mil
fotos relacionadas aos imigrantes japoneses.
Porque eles deram certo?
    Ambos os exemplos citados estão em conformidade com
    a Política Nacional de Museus no que diz respeito a:
   Democratização e acesso aos bens culturais;
   Aprofundamento das relações entre o patrimônio cultural
    preservado e a sociedade contemporânea;
   Criação de uma política municipal de pesquisa, aquisição,
    documentação, conservação e extroversão do patrimônio;
   Enfoque na ação educativa e na relação com a
    comunidade, compreendendo que as pessoas são os
    principais ‗recursos‘ ( banco de saberes);
Considerações Finais
Os Salões do Centro Cultural Português estão longe de voltar aos
tempos áureos que um dia tiveram, é complicado entender se o
motivo do edifício estar sendo reformado apenas em pontos que a
CONDEPASA fez algum tipo de crítica, tendo projetos de restauro
aprovados pelo mesmo órgão público e que estão sendo utilizados
como a diretoria acha correto.
 Será uma questão de Lusitanidade?
O fato é que o acervo dos seus salões estão se deteriorando a cada
dia, infiltrações e umidade destruindo painéis, pinturas de paredes
, tetos de mais de 100 anos, salões sendo alugados e, acervos
documentais e literários sendo perdidos para as traças.
 A Associação hoje insiste em ser considerada um centro de cultura
apenas pelos ranchos folclóricos que possui e lançamentos de
livros luso-brasileiros restritos a colônia portuguesa local.
Considerações Finais
 Sendo que a definição de Centro Cultural se estende a
muito mais que simples quadrilhas, festas e roupas
típicas. Além que a cultura e a História dessa
Associação e seus Salões se estende a toda a
comunidade santista .
 Mudanças na atuação destes salões e dessa
associação junto a comunidade,beneficiam ambos a
todos - a Cidade que ganha mais cultura e mais um
ponto turístico com mediação e acesso ao grande
público e a colônia/associação que manterá sua
lusitanidade - basta tomar a iniciativa de buscar
incentivos públicos, privados e da própria colônia luso-
brasileira desta Cidade.
Bibliografia
•Santos, Francisco Martins dos , “História de Santos”, Empresa Gráfica da ―Revista dos
tribunais‖, São Paulo, 1937.
•Paul, Clotilde, “ Associação Portuguesa da Baixada
Santista”, Coopag, CRL, Porto, 1986.
•Rodrigues, Olao, “ Cartilha da História de Santos”, Gráfica A tribuna – Jornal e Editora
Ltda, Santos, 1980.
•Centro Cultural Português de Santos, “ Centro Português de Santos e seu
centenário”, Santos, 1995.
•Salvadori, Maria Ângela Borges – “ A preservação do patrimônio histórico”, In:
História, Ensino e Patrimônio,Junqueira & Marin, 2008.
•Choay, Françoise – “Monumento & Monumento Histórico”, In: A alegoria do
patrimônio, Estação Liberdade : UNESP, 2006
•Funari, Pedro Paulo , “Patrimônio Histórico e Cultural”, Jorge Zahar
Jornais:
•―A Tribuna” - Jornal e Editora Ltda
•“Jornal do Centro Cultural Português de Santos” – Centro Cultural Português de Santos
Sites visitados:
http://www.santos.sp.gov.br/turismo/centro/portugues.php
http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/artigos.php?cod=10
http://santosterraadorada.blogspot.com.br/2008/12/centro-portugus-de-santos.html
http://www.centroculturalportugues.com.br
http://www.atribuna.com.br
http://www.novomilenio.inf.br
http://www.bunkyo.bunkyonet.org.br/
http://www.unimep.br/ccmw/
http://www.casadeespana.org.br/

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A história viva dos salões do Centro Português de Santos

  • 1. Os salões do Centro Português Erika Miranda da Costa RA Nr.: 061447 Dossiê elaborado para a Disciplina Patrimônio Histórico e Cultural Prof. Me. Maurício Nunes Lobo
  • 2. “Todo ser humano tem consciência do passado (...). Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana.O problema para os historiadores é analisar a natureza desse „sentido‟ do passado na sociedade e localizar suas mudanças e transformações.” (HOBSBAWM, 1998,p.22 – trecho extraído do livro “História, Ensino e Patrimônio” de Maria Ângela Borges Salvadori)
  • 3. Resumo  No interior do exótico e insinuante edifício do Centro Português de Santos, localizado na Rua Amador Bueno com a Rua Martim Afonso, existe uma história viva da comunidade Luso-brasileira e da sociedade santista em seus salões. Esta história poderia se encontrar disponível com mais facilidade ao grande público , o que por mais boa vontade que a diretoria da Associação possua, o número de visitações não é grande. Possuindo atualmente um de seus salões alugados e questões pendentes junto ao CONDEPASA, este dossiê tem como idealização a criação de um programa de mediação pedagógica e cultural em relação ao seu acervo, aumentando a visitação ao Centro Cultural Português de Santos possibilitando que a comunidade conheça um pouco mais sobre sua história. Estimulando assim, o turismo, a preservação , emprego e o conhecimento.
  • 4. Uma Breve História do Centro Português de Santos  Em 1º de Dezembro de 1895, data que se comemora a restauração da Independência de Portugal, foi fundado o Centro Português de Santos, sob o voto da maioria dos portugueses presentes neste dia no Teatro Guarani, idealizado pelos membros da colônia portuguesa: Luiz José Matos, Manuel Homem Bittencourt (primeiro presidente da associação), Joaquim da Fonseca Saraiva, José M. de Azevedo Magalhães e José Maria Soares.  Tendo sua principal função congregar o maior número de portugueses e lhes proporcionar recreação, cultura e assistência (no caso dos menos favorecidos). No dia 21 de janeiro de 1896, o Rei D. Carlos I de Portugal agraciou a instituição com o direito de usar a denominação ―Real‖ antes do nome, se transformando em Real Centro Português de Santos, por esse motivo, o rei foi homenageado como presidente-honorário da instituição.
  • 5. Uma Breve História do Centro Português de Santos  Nesta época, o então Real Centro Português localizava-se numa modesta casa na Praça da República número 28, sendo apenas em 08 de outubro de 1900, sua sede transferida para seu atual endereço na Rua Amador Bueno esquina com a Rua Martim Afonso, local que era perfeito para o luxuoso edifício em estilo neomanuelino que foi construído por Antonio Domingues Pinto.  Em 1946, uma crise ocasionou que o seu caráter de Associação exclusivista para estrangeiros fosse perdendo todo o seu conteúdo e finalidade, fazendo com que este viesse a se tornar anacrônico. Dois anos antes, destitui sua denominação ―Real‖, voltando a se classificar apenas como Centro Português de Santos, estando até hoje, numa tentativa incessante de se reerguer e vivenciar novamente seus tempos de glória.
  • 6. Uma Breve História do Centro Português de Santos  O Centro Cultural Português de Santos possui quatro Salões no Centro histórico, porém apenas dois se encontram dentro de sua sede: o Salão Cerejeira e o Salão Nobre ou Camoniano (Principal), além da Biblioteca. Os outros dois salões ficam nos anexos ao lado do edifício principal (sede): Salão-Teatro Julio Dantas e Salão Alberto Ferreira dos Santos.  O edifício - sede faz parte juntamente com outras duas edificações como exemplares únicas do estilo neomanuelino no Brasil.
  • 7. Centro Português de Santos Centro Português em Centro Português - 1920 Hoje
  • 8. Salão Cerejeira  O Salão Cerejeira já ocupou diferentes serventias antes de se transformar na sala de reuniões e galeria dos presidentes como é utilizada atualmente.  Esta Sala já serviu de salão de jogos e de Sala das Damas, onde ocorria conversas informais durantes os bailes no Salão Camoniano.  Este salão recebeu o nome de Salão Cerejeira em homenagem ao Cardeal Patriarca de Lisboa que visitou o Centro Português em 1946.  Este salão é o primeiro local de recepção dos visitantes ilustres a Associação.
  • 9. Acervo do Salão Cerejeira Seu acervo em parte encontra-se guardado em armários e cristaleiras, estando exposto apenas algumas relíquias e a galeria de presidentes. Todo o acervo foi doado, as fotos dos presidentes foram tiradas a pedido do centro português, para um fotografo contratado.
  • 10. Acervo do Salão Cerejeira As pupilas do Senhor Os Lusíadas de Camões, a Bíblia Reitor de Julio Dinis dos argonautas portugueses .
  • 11. Obra de J. Carvalho
  • 12. Elementos do Acervo do Salão Cerejeira Escrínio localizado na mesa de reuniões com terra extraída do Castelo de Guimarães. Além das pedras do Promotório de Sagres de onde partiram as primeiras caravelas.
  • 13. Detalhe do Escrínio Texto escrito por Carlos Herdade e colocado dentro do escrínio junto com sua doação. Contém: Terra retirada do castelo de Guimarães no dia 08-05-1947, pelo encarregado do mesmo castelo, Sargento Aposentado Sr. Ferreira, na presença de minha irmã Arminda e minha cunhada Maria da Graça Quaresma Herdade. A terra foi colhida logo à entrada principal, lado esquerdo, onde nasceu D. Afonso Henriques. Neste mesmo sítio estão colocadas as Catapultas (balas de Pedra). (Carlos Herdade)
  • 14. Salão Cerejeira e sua Galeria de presidentes A decoração de requinte que combina harmoniosamente com o edifício neomanuelista é o ambiente perfeito para expor o retrato dos presidentes que fizeram parte da história e evolução do Centro Cultural Português de Santos.
  • 15. Fica-me o coração aqui. Dizeres da placa em homenagem ao Cardeal Cerejeira - Cardeal Patriarca de Lisboa, datada de 05 de Setembro de 1946.
  • 16. Retrato do Rei D. Carlos I Exemplos de retratos expostos no Salão Cerejeira
  • 17. Exemplos de retratos expostos no Salão Cerejeira Retrato do Cardeal Patriarca
  • 18. Uma relíquia que se encontra no Salão Cerejeira O piano de cauda Steinway & Sans de 1876, que fazia o prelúdio musical no inicio das festas realizadas no Centro Português e que agradava muito os convidados.
  • 19. Salão Camoniano  O Salão Camoniano foi sem dúvida o motivo para a tentativa mais audaciosa dos associados do Centro Português de Santos, na incursão em seu relacionamento com a Pátria – mãe.  Ele foi fundado em 1º de Dezembro, mas, ele iria ser inaugurado em 1911, tendo até sido convidado para esta inauguração o Rei D. Carlos I, que prontamente aceitou,porém, dois meses antes da inauguração, o rei foi assassinado e a inauguração adiada até 1913.  Em 3 de março de 1913, foi criado o Grêmio das Camélias que cuidou dos detalhes da inauguração do salão e promovia diversas atividades neste espaço.
  • 20.  A decoração artística foi realizada pelos artistas espanhóis internacionalmente reconhecidos Antonio Fernandez e João Bernils e paga por Antonio Pereira de Carvalho.  Este salão é uma obra de arte que representa a alma portuguesa, é a glória do Centro Cultural Português de Santos e uma das poucas expressões de arte sobrevivente em nossa cidade que simboliza o trabalho de permanência e memória da colônia e nacionalidade portuguesa.
  • 21. O papel cultural e artístico do Salão Camoniano na Cidade.  O Salão Camoniano já foi palco de diversos momentos da sociedade santista e luso-brasileira em diferentes épocas.Seu clima camoniano e poético era propício para comemorações cívicas, saraus literários, entre outras atividades socioculturais.  Podemos destacar como dois acontecimentos cívicos que ocasionava grandes celebrações no Centro Português de Santos, o dia de Camões, que tem grande significado para a colônia portuguesa e, o Dia da Restauração de Portugal e fundação da Associação, que fundem o orgulho de ser luso- brasileiro e de se sentir fazer parte da história.
  • 22.  Grandes oradores já se pronunciaram neste salão como: * Alberto Veiga * Jaime Franco * Dr. Raul Ribeiro Flórido * Milton Teixeira  Quando um grande movimento literário e artístico formava-se em Santos, foi criado no Salão Camoniano a ―Hora Literária‖ e seus saraus, que contavam com presenças de ilustres poetas como: * Rui Barbosa * Martins Fontes * Olavo Bilac e outros ilustres poetas santistas.
  • 23.  Além dos saudosos bailes que agitaram a vida dos jovens da cidade, como o Carnaval, o Baile Azul, a Celebração da Eleição da Rainha e as Princesas do Centro Português de Santos, bailes estes que iam até o amanhecer.  Hoje, apenas ocorre as cerimônias tradicionais que ainda foram preservadas pelos seus integrantes e alguns jantares dançante, que mantém outra tradição da associação: a de entrelaçamento das famílias luso-brasileiras, para que seja mantido a lusitanidade.
  • 24. O Acervo do Salão Camoniano O Acervo do Salão Camoniano é rico em detalhes e curiosidades, retratando épocas áureas e histórias da nossa cidade. Todo o acervo foi doado por membros ou pela família destes membros.
  • 25. Acervo do Salão Camoniano  Cadeira em estilo imperial de madeira araribá do norte, com acento de couro, onde está gravado em relevo o escudo de Portugal. Entalhada com detalhes delicados a cadeira ainda tem no encosto a coroa portuguesa e a esfera armilar. Esta cadeira foi encomendada para servir o Rei D. Carlos, em visita que faria ao Brasil.  Curiosidade: Ela foi destaque numa exposição em Portugal, em 1994, sobre os 500 anos dos descobrimentos.
  • 26. Acervo do Salão Camoniano  Tela em óleo (1,20x1,00) datada de 1887, retratando o Dr. Manuel Homem Bittencourt, sócio fundador e presidente perpétuo do Centro Português.
  • 27. Acervo do Salão Camoniano  Tela do pintor Comendador Rodrigues Soares (1,20x1,00), retratando o sócio benemérito Antonio dos Santos Coelho Germano.  Curiosidade: Esta tela percorreu o trajeto da Rua XV de Novembro acompanhada da Banda da Sociedade Colonial Portuguesa, com queima de fogos na sua chegada ao Centro Português, com vivas a Portugal e Brasil.
  • 28. Acervo do Salão Camoniano  Tela do pintor espanhol Antonio Fernandez (1,20x1,00), retratand o Antonio Domingues Pinto, construtor que terminou o edifício do Centro Português de Santos.
  • 29. Acervo do Salão Camoniano  Tela do pintor Antonio Fernandez (1,20x1,00), retratand o o sócio benemérito Antonio Pereira de Carvalho.
  • 30. Acervo do Salão Camoniano  Tela do pintor Charleaux, de 1953, retratando Aristides Cabrera da Cunha. Grande benfeitor do Centro Português de Santos e da cidade. Recebeu do Governo Português a Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul.
  • 31. Acervo do Salão Camoniano  Tela com o retrato de Joaquim Moreira, último presidente do Real Centro Português de Santos.  Curiosidade: Seu retrato foi inaugurado no Centro Português no 60º aniversário da associação, seu quadro encontrava-se envolto pela antiga bandeira do Real Centro Português de Santos.
  • 32. Acervo do Salão Camoniano  Tela do pintor espanhol Antonio Fernandez, retratando o casal Antonio Marques Bento de Souza e sua esposa Elisa Chambers Marques, sócios beneméritos.
  • 33. Acervo do Salão Camoniano  Restauração de Portugal e Morte de Miguel Vasconcelos, tela de Antonio Fernandez
  • 34. Acervo do Salão Camoniano  Mesa com entalhe do Símbolo Real
  • 35. Acervo do Salão Camoniano  Detalhe da Mesa - Símbolo Real Entre gente remota edificaram. Novo reino que tanto Sublimaram.
  • 36. Acervo do Salão Camoniano  Fundação de Portugal e Aclamação do rei Dom Afonso Henriques, tela de Antonio Fernandez
  • 37. Acervo do Salão Camoniano  A Canhoneira Pátria, pintado por Benedito Calixto em 1905
  • 38. Acervo do Salão Camoniano  Obra em tributo a Camões fica logo na entrada do Salão Camoniano.
  • 39. Acervo do Salão Camoniano  Pedro Álvares Cabral Descobre o Brasil em 3 maio de 1500, tela de Antonio Fernandez
  • 40. Acervo do Salão Camoniano  Homenagem pintada por João Bérnils ao Grande Benfeitor Antonio Ferreira de Carvalho.
  • 41. Acervo do Salão Camoniano  Homenagem pintada por João Bérnils aos arquitetos que construíram o edifício do Centro Português: Dr. João E. Ribeiro da Silva e Dr. Ernesto de Maya.
  • 42. ― A mandado de Venus, a Fama vai apregar às ninfas, o nome português‖.
  • 43. ― A mandado de Venus, a Fama vai apregar às ninfas, o nome português‖. Canto IX. Est. XLV Vão-na buscar, e mandam-na diante, Que celebrando vá, com tuba clara, Os louvores da gente navegante, Mais do que nunca as de outrem celebrava. Já, murmurando, a Fama penetrante Pelas fundas cavernas se espalhara; Fala verdade, havida por verdade, Que junto a deusa traz Credulidade. A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 44. ― Quem te trouxe a estoutro mundo, tão longe da sua pátria lusitana?‖. Canto VII. Est. XXV Em vendo o mensageiro, com jocundo Rosto, como quem sabe a língua Hispana, Lhe disse: "Quem te trouxe a estoutro mundo, Tão longe da tua pátria Lusitana?" — "Abrindo, lhe responde, o mar profundo, Por onde nunca veio gente humana, Vimos buscar do Indo a grão corrente, Por onde a Lei divina se acrescente." A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 45. ― Encontro do Rei de Melinde com o Gama‖. Canto II. Est. CI Já no batel entrou do Capitão O Rei, que nos seus braços o levava; Ele coa cortesia, que a razão (Por ser Rei) requeria, lhe falava. C'umas mostras de espanto e admiração, O Mouro o gesto e o modo lhe notava, Como quem em mui grande estima tinha Gente que de tão longe à índia vinha. A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 46. ― Venus Favorável aos Portugueses‖. Canto I. Est. XXXIII Sustentava contra ele Vênus bela, Afeiçoada à gente Lusitana, Por quantas qualidades via nela Da antiga tão amada sua Romana; Nos fortes corações, na grande estrela, Que mostraram na terra Tingitana, E na língua, na qual quando imagina, Com pouca corrupção crê que é a Latina. A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 47. ― Amores desencontrados‖. Canto IX. Est. XXXIV Destes tiros assim desordenados, Que estes moços mal destros vão tirando, Nascem amores mil desconcertados Entre o povo ferido miserando; E tamboril nos heróis de altos estados Exemplos mil se vêem de amor nefando, Qual o das moças Bíbli e Cinireia, Um mancebo de Assíria, um de Judeia. A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 48. ― Ficam retidos em terra os dois feitores Portugueses‖. Canto IX. Est. I Tiveram longamente na cidade, Sem vender-se, a fazenda os dois feitores Que os infiéis, por manha e falsidade, Fazem que não lha comprem mercadores; Que todo seu propósito e vontade Era deter ali os descobridores Da Índia tanto tempo, que viessem De Meca as naus, que as suas desfizessem. A transcrição das estâncias está de acordo com a edição do poema: “Os Lusíadas”, Camões - Porto –Porto Editora – 5ª Edição
  • 49. Salão Teatro  A História do Salão – teatro anda lado a lado com a história de uma das Corporações Cênicas mais antigas do Estado de São Paulo, o Corpo Cênico do Centro Português de Santos, que perdurou por mais de meio século.  O Salão Teatro do Real Centro Português foi fundado em 12 de abril de 1908, período que o movimento teatral da associação estava em tal relevância que constava no projeto da sede social a construção de uma sala de espetáculos.  O Corpo Cênico Português teve o privilegio de encenar a peça ―Com amor não se brinca‖ do Dr. Epitácio Pessoa no Salão Teatro, além de obras de inúmeros autores renomados brasileiros e portugueses .
  • 50.  O Salão foi alugado para a Empresa Cinematográfica Hawai e a Empresa Cinema de Santos em 04 de dezembro de 1979. O aluguel foi a solução encontrada para as dificuldades financeiras da Associação, dando fim a uma era de cultura intensa. Sendo reavido em 1994, após uma intensa ação judicial iniciada em 1989.  Hoje o Teatro encontra-se em estágio de reforma e restauração sob a fiscalização do CONDEPASA, pois desde 1989 ele estava servindo como depósito.
  • 51.
  • 52. Salão Alberto Ferreira dos Santos  Na Rua Amador Bueno nº190 ao lado do belo edifício neomanuelino do Centro Cultural Português de Santos, hoje se localiza o Salão Alberto Ferreira dos Santos. Comprado por 54 contos de réis ( equivalente a 54 reais, hoje), para a ampliação da sede , na gestão de Joaquim Moreira, sendo espaço de suma importância para o futuro desenvolvimento social da associação.  Neste terreno foi construído um bar, mesas, cadeiras, cozinha funcional e ao ar livre um ―Jardim Grill‖, dando ao conjunto arquitetônico um ar romântico. Com canteiros circulares , no fundo do terreno um banco de pedra com uma parede com painel de azulejos portugueses representando o Castelo de Guimarães.
  • 53.  Nele eram realizados festas e até apresentações teatrais, proporcionando momentos de descontração. Dentre as festas, destacava –se a ―Festa da Cereja‖ realizada em junho com cerejas importadas de Portugal, onde seus associados tinham o orgulho de terem sido os pioneiros a realiza-la no Brasil.  O Salão Alberto Ferreira dos Santos, foi inaugurado em 1985, com o objetivo de se tornar um espaço para acolher melhor o público e trazer grandes apresentações luso-brasileiras .
  • 54.  Hoje, o espaço encontra-se alugado para uma igreja evangélica. O aluguel do espaço se deu pelo mesmo motivo que outrora alugaram o Salão- Teatro Julio Dantas, dificuldades financeiras, porém possui um outro agravante, o espaço não interessa a associação devido não ser histórico, por ter sido construído e inaugurado nos anos 80 e por eles não saberem como aproveitar o espaço de 800 m² que vinha antes sendo usado como depósito.
  • 55. Problemas encontrados no Acervo Desde a maneira de guardar e preservar o acervo até a falta de mediadores instruídos para a visitação do público são alguns dos problemas que encontrados.
  • 56. Acervo sendo estocado de forma inadequada Troféus, Medalhas, Pratos e outras homenagens recebidas pelo Centro Português ao longo de sua história , encontram-se trancafiados e amontoados em cristaleiras, armários .
  • 57. Acervo sendo estocado de forma inadequada Os livros e outros documentos doados e adquiridos também encontram-se trancafiados e amontoados em cristaleiras, armários . Imagem da Biblioteca
  • 58. 1895 Fundação do Centro Português de Santos Documento de 1895 referente a fundação, com o nome de todos os Sócios Iniciadores e Sócios Fundadores encontra-se no Salão Cerejeira, pendurado em um canto ao lado de um armário sem o devido destaque. Há vários documentos importantes,expostos da mesma maneira,tornando–se imperceptíveis para o visitante.
  • 59. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Cerejeira Este retrato é um ótimo exemplo , já que sua moldura original despedaçando.
  • 60. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Cerejeira O retrato do Rei D. Carlos I sofre a falta de preparo na conservação, iniciando também sua deterioração.
  • 61. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Cerejeira Já este retrato encontra-se desbotado.
  • 62. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Camoniano Este retrato no Salão Camoniano, como os Quadros do Salão Cerejeira também necessita de restauro: sua moldura original despedaçando.
  • 63. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Camoniano E sua imagem está apagando por causa do tempo e a falta de estrutura para sua preservação.
  • 64. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Camoniano Este quadro pegou umidade e está se deteriorando.
  • 65. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Camoniano Este quadro de Benedito Calixto está necessitando de restauro, hoje o quadro não se encontra com as cores vivas como antigamente
  • 66. Molduras e quadros necessitando de restauro no Salão Camoniano O retrato de Manuel Homem Bittencourt, o presidente perpétuo, do Centro Português, também sofre com a pegou umidade e começa a se deteriorar.
  • 67. O Salão Alberto Ferreira dos Santos O espaço encontra-se em reforma para a instalação de a igreja evangélica do Bispo Valdomiro.
  • 68. A importância desses salões para a Cidade  Os Salões do Centro Cultural Português de Santos foram o palco de grandes acontecimentos em nossa cidade e inúmeras atividades ao longo dos anos. Hoje, suas principais atividades festivas são realizadas na sede que se localiza na Avenida Ana Costa, antiga sede da Sociedade União Portuguesa. Mas a importância dos salões ainda é visível em acontecimentos mais célebres documentados em jornais, revistas e na memória de associados ou pessoas que já frequentaram algum evento nessa Associação. Como os exemplos a seguir:
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  • 73. Sites que falam sobre os Salões e o Centro Cultural Português. http://www.santos.sp.gov.br/turismo/centro/portugues.php http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/artigos.php?cod=10 http://santosterraadorada.blogspot.com.br/2008/12/centro-portugus-de-santos.html http://www.centroculturalportugues.com.br
  • 74. Um patrimônio tombado pelo CONDEPASA O Centro Cultural Português de Santos é um bem tombado pelo CONDEPASA no Livro Tombo 1, Insc. 37, folha 7, Proc.81965/2005- 28, Resolução 04/2005 de 15/09/2005. Possui um projeto de restauração , criado em 2003 pela arquiteta Jaqueline Fernández Alves e aprovado pelo mesmo órgão municipal.
  • 75. Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a comunidade Espelhando nos projetos de mediação de alguns museus e memoriais foi criado sugestões para a ampliação da atuação do bem junto a comunidade.
  • 76. Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a comunidade e exemplos que deram certo. • Diagnóstico museológico, que tem como objetivo identificar dentro do acervo referências patrimoniais em diferentes categorias , apontar possíveis dificuldades analisando recursos humanos disponíveis, adequação do tema à realidade e potencialidades do patrimônio local, estado de conservação dos acervos identificados, entre outros itens, elencando ações em curto, médio e longo prazo necessárias para a implantação do museu; • Programa museológico com conceito gerador, missão e proposta de estrutura inicial do museu; • Ficha catalográfica e catalogação dos itens identificados para o acervo do museu, com indicação de procedimento e/ou recursos necessários para aquisição; • Laudo de conservação do acervo e plano preliminar de higienização e de conservação preventiva do acervo executado;
  • 77. Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a comunidade e exemplos que deram certo. • Projetos de restauração porventura necessários ao acervo museológico; • Projeto de adaptação arquitetônica da edificação indicada para sediar o museu (ou de construção de uma nova edificação, se for o caso) e projeto de ocupação da edificação com a distribuição das áreas de trabalho do Museu, onde sugerimos o Salão Alberto Ferreira dos Santos que hoje encontra-se alugado; • Projeto de climatização da edificação-sede do museu, de acordo com as necessidades e possibilidades específicas deste caso; • Pré-projeto expo gráfico para a exposição de longa duração; • Resgatar antigas atividades do Centro Cultural Português como os Saraus, a Hora Literária e o Corpo Cênico Português; • Disponibilizar cursos de artesanato e danças folclóricas portuguesas para o público, além de outras atividades.
  • 78. Sugestões de ampliação da atuação do bem junto a comunidade e exemplos que deram certo. Centro Cultural Marta Watts O Centro Cultural Marta Watts é um ótimo exemplo de um espaço histórico que deu certo. Nele funciona duas exposições permanentes: O Memorial das escolas metodistas e O Memorial piracicabano. O Espaço que antigamente funcionava o Colégio Piracicabano tem parceria com a Universidade Metodista de Piracicaba para a manutenção, preservação, mediaç ão cultural e cursos promovidos no espaço.
  • 79. A Casa de Espanã de Sorocaba é outro excelente exemplo, com o apoio da prefeitura e instituições locais foi possível a restauração do prédio de 1922, é um prédio tombado. Tem controle de temperatura e umidade, para obras de arte . O museu está instalado em uma das salas do prédio onde fica a sede da Casa de Espanha, na Vila Hortênsia, com aproximadamente 180 metros quadrados de área construída. A intenção é que o museu não seja apenas de coisas, mas também de pessoas, que terão suas histórias registradas em vídeo, chamados de Memorial da Família Espanhola.
  • 80. Museu da Imigração Japonesa O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil foi inaugurado em 18 junho de 1978, idealizado como a grande realização do 70º aniversário da imigração japonesa no Brasil. Atualmente o MHIJB soma 1.592 m² de área expositiva, dividida em 3 andares: 7º, 8º e 9º andares, localizados no Edifício Bunkyo, dois andares foram construídos em 1978 e reúnem documentos e objetos que abrangem desde a assinatura do Tratado de Amizade Brasil/Japão (1895), a chegada dos primeiros imigrantes (1908), os núcleos coloniais (a partir de 1913), até a policultura. O 9º andar, inaugurado em novembro de 2000, enfoca os 50 anos pós-guerra. Nele estão retratadas as mudanças da comunidade nikkei, a vinda das empresas japonesas, bem como a contribuição dos nipo-brasileiros para a sociedade brasileira. Em outro andar (3º andar) estão localizados a biblioteca e o acervo, que somam mais de 5 mil objetos, 28 mil documentos escritos (entre diários, livros, jornais, revistas) e cerca de 10 mil fotos relacionadas aos imigrantes japoneses.
  • 81. Porque eles deram certo? Ambos os exemplos citados estão em conformidade com a Política Nacional de Museus no que diz respeito a:  Democratização e acesso aos bens culturais;  Aprofundamento das relações entre o patrimônio cultural preservado e a sociedade contemporânea;  Criação de uma política municipal de pesquisa, aquisição, documentação, conservação e extroversão do patrimônio;  Enfoque na ação educativa e na relação com a comunidade, compreendendo que as pessoas são os principais ‗recursos‘ ( banco de saberes);
  • 82. Considerações Finais Os Salões do Centro Cultural Português estão longe de voltar aos tempos áureos que um dia tiveram, é complicado entender se o motivo do edifício estar sendo reformado apenas em pontos que a CONDEPASA fez algum tipo de crítica, tendo projetos de restauro aprovados pelo mesmo órgão público e que estão sendo utilizados como a diretoria acha correto. Será uma questão de Lusitanidade? O fato é que o acervo dos seus salões estão se deteriorando a cada dia, infiltrações e umidade destruindo painéis, pinturas de paredes , tetos de mais de 100 anos, salões sendo alugados e, acervos documentais e literários sendo perdidos para as traças. A Associação hoje insiste em ser considerada um centro de cultura apenas pelos ranchos folclóricos que possui e lançamentos de livros luso-brasileiros restritos a colônia portuguesa local.
  • 83. Considerações Finais Sendo que a definição de Centro Cultural se estende a muito mais que simples quadrilhas, festas e roupas típicas. Além que a cultura e a História dessa Associação e seus Salões se estende a toda a comunidade santista . Mudanças na atuação destes salões e dessa associação junto a comunidade,beneficiam ambos a todos - a Cidade que ganha mais cultura e mais um ponto turístico com mediação e acesso ao grande público e a colônia/associação que manterá sua lusitanidade - basta tomar a iniciativa de buscar incentivos públicos, privados e da própria colônia luso- brasileira desta Cidade.
  • 84. Bibliografia •Santos, Francisco Martins dos , “História de Santos”, Empresa Gráfica da ―Revista dos tribunais‖, São Paulo, 1937. •Paul, Clotilde, “ Associação Portuguesa da Baixada Santista”, Coopag, CRL, Porto, 1986. •Rodrigues, Olao, “ Cartilha da História de Santos”, Gráfica A tribuna – Jornal e Editora Ltda, Santos, 1980. •Centro Cultural Português de Santos, “ Centro Português de Santos e seu centenário”, Santos, 1995. •Salvadori, Maria Ângela Borges – “ A preservação do patrimônio histórico”, In: História, Ensino e Patrimônio,Junqueira & Marin, 2008. •Choay, Françoise – “Monumento & Monumento Histórico”, In: A alegoria do patrimônio, Estação Liberdade : UNESP, 2006 •Funari, Pedro Paulo , “Patrimônio Histórico e Cultural”, Jorge Zahar Jornais: •―A Tribuna” - Jornal e Editora Ltda •“Jornal do Centro Cultural Português de Santos” – Centro Cultural Português de Santos