Este artigo discute o papel e importância dos centros históricos nas cidades contemporâneas brasileiras, tomando como caso de estudo o Centro Histórico de Porto Alegre, RS. Inicialmente, apresenta o quadro teórico sobre as transformações sócio-espaciais que incidem sobre os centros urbanos e teorias sobre sua dinâmica. Em seguida, analisa indicadores do Centro Histórico de Porto Alegre, como densidade populacional, renda, mercado imobiliário e atração de atividades.
1) O documento discute o papel crescente da cultura nas políticas de reabilitação urbana em contextos de capitalismo flexível, onde as cidades competem intensamente para atrair investimentos.
2) Nas últimas décadas, as cidades têm apostado na cultura e na conversão de capital simbólico em ganhos econômicos para se tornarem mais atrativas e captarem fluxos de pessoas, bens e investimentos.
3) O texto usa o caso do Porto para analisar como as estratégias políticas de reconfiguração física
A regulacao urbana e o regime urbano pedro abramoFilipe Carvalho
O documento discute a noção de "regime urbano" e "regulação urbana" para analisar a relação entre o capital e a estrutura urbana. Propõe que os "regimes urbanos" identificariam fases particulares dessa relação, com diferentes funcionalidades da estrutura urbana em relação ao processo de valorização do capital. Também sugere que cada "regime urbano" exigiria sua própria "regulação urbana" para garantir a reprodução da estrutura urbana.
O documento discute três perspectivas para o estudo econômico de cidades: 1) a Economia Urbana convencional baseada na teoria neoclássica; 2) a Nova Geografia Econômica que critica a primeira abordagem; e 3) uma Economia Política das cidades mais aberta à interdisciplinaridade. O objetivo é comparar esses universos e seu grau de diálogo com outras ciências.
Desconstruindo e reconstruindo ideais de teorias para compreender a cidade e ...blogarlete
O documento discute teorias para compreender a cidade e o urbano no século XXI. Apresenta contribuições de três autores que destacam a importância de teorias e pesquisas empíricas para entender a complexidade da produção e reprodução do espaço urbano. Argumenta que é necessário analisar o Estado capitalista, os agentes do capital e os movimentos populares para compreender a realidade brasileira, evitando a transposição acrítica de teorias de outros contextos.
Texto_Jornal do Brasil_Projetos para Copa abrem abismo social e podem levar à...Adriana Melo
O urbanista critica as mudanças feitas pelo projeto Porto Maravilha no Rio de Janeiro, afirmando que: (1) O projeto marginaliza a população mais pobre e abre um abismo social; (2) Após os megaeventos, o Rio deve enfrentar uma grave recessão econômica, assim como outras cidades com processos semelhantes de urbanização; (3) A derrubada da Perimetral é um atestado de incompetência da gestão territorial da cidade.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) O artigo discute o processo de reconstrução identitária de Ouro Preto após perder o título de capital de Minas Gerais no final do século XIX.
2) A pesquisa explorará como a população de Ouro Preto lidou com os problemas causados pela perda do status de capital e como as redes sociais foram reconstruídas com a chegada de novos grupos.
3) Também analisará como os discursos de "modernização" e "musealização" de Ouro Preto foram apropriados pelos diferentes atores
O documento discute o papel das cidades médias brasileiras na organização do espaço regional. Apresenta uma classificação funcional das cidades médias e critérios para seleção, como demografia, acessibilidade e localização. Também aborda novos fluxos e configurações espaciais com as cidades médias desempenhando papel de pólos regionais para consumo de bens e serviços.
1) O documento discute o papel crescente da cultura nas políticas de reabilitação urbana em contextos de capitalismo flexível, onde as cidades competem intensamente para atrair investimentos.
2) Nas últimas décadas, as cidades têm apostado na cultura e na conversão de capital simbólico em ganhos econômicos para se tornarem mais atrativas e captarem fluxos de pessoas, bens e investimentos.
3) O texto usa o caso do Porto para analisar como as estratégias políticas de reconfiguração física
A regulacao urbana e o regime urbano pedro abramoFilipe Carvalho
O documento discute a noção de "regime urbano" e "regulação urbana" para analisar a relação entre o capital e a estrutura urbana. Propõe que os "regimes urbanos" identificariam fases particulares dessa relação, com diferentes funcionalidades da estrutura urbana em relação ao processo de valorização do capital. Também sugere que cada "regime urbano" exigiria sua própria "regulação urbana" para garantir a reprodução da estrutura urbana.
O documento discute três perspectivas para o estudo econômico de cidades: 1) a Economia Urbana convencional baseada na teoria neoclássica; 2) a Nova Geografia Econômica que critica a primeira abordagem; e 3) uma Economia Política das cidades mais aberta à interdisciplinaridade. O objetivo é comparar esses universos e seu grau de diálogo com outras ciências.
Desconstruindo e reconstruindo ideais de teorias para compreender a cidade e ...blogarlete
O documento discute teorias para compreender a cidade e o urbano no século XXI. Apresenta contribuições de três autores que destacam a importância de teorias e pesquisas empíricas para entender a complexidade da produção e reprodução do espaço urbano. Argumenta que é necessário analisar o Estado capitalista, os agentes do capital e os movimentos populares para compreender a realidade brasileira, evitando a transposição acrítica de teorias de outros contextos.
Texto_Jornal do Brasil_Projetos para Copa abrem abismo social e podem levar à...Adriana Melo
O urbanista critica as mudanças feitas pelo projeto Porto Maravilha no Rio de Janeiro, afirmando que: (1) O projeto marginaliza a população mais pobre e abre um abismo social; (2) Após os megaeventos, o Rio deve enfrentar uma grave recessão econômica, assim como outras cidades com processos semelhantes de urbanização; (3) A derrubada da Perimetral é um atestado de incompetência da gestão territorial da cidade.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) O artigo discute o processo de reconstrução identitária de Ouro Preto após perder o título de capital de Minas Gerais no final do século XIX.
2) A pesquisa explorará como a população de Ouro Preto lidou com os problemas causados pela perda do status de capital e como as redes sociais foram reconstruídas com a chegada de novos grupos.
3) Também analisará como os discursos de "modernização" e "musealização" de Ouro Preto foram apropriados pelos diferentes atores
O documento discute o papel das cidades médias brasileiras na organização do espaço regional. Apresenta uma classificação funcional das cidades médias e critérios para seleção, como demografia, acessibilidade e localização. Também aborda novos fluxos e configurações espaciais com as cidades médias desempenhando papel de pólos regionais para consumo de bens e serviços.
Este documento discute o processo de renovação urbana do bairro do Pelourinho em Salvador, Brasil. A renovação priorizou o desenvolvimento do turismo e levou à "gentrificação" da área, expulsando os moradores originais de baixa renda. Embora tenha atraído novos residentes de classe média e melhorado a infraestrutura, falhou em atender às necessidades básicas da população local.
Neil smith e o desenvolvimento desigual do capitalismoajr_tyler
1) O documento discute as ideias do geógrafo Neil Smith sobre o desenvolvimento desigual do capitalismo a partir de uma perspectiva marxista.
2) Neil Smith argumenta que o desenvolvimento desigual é espacial, levando à diferenciação e igualização geográficas à medida que o capitalismo incorpora diferenças regionais.
3) O trabalho humano permite o desenvolvimento das forças produtivas e a apropriação da terra e da natureza de forma desigual em diferentes regiões, resultando na produção espacial desigual do capitalismo.
O estado crítico da modernização uma análise a partir do turismo cearenseEider Cavalcante
1) O artigo analisa a modernização estratégica e seletiva do estado do Ceará a partir do turismo e da urbanização do litoral cearense.
2) Esses processos ocorreram no contexto da busca por novos territórios e setores para a acumulação capitalista e da subordinação do tempo livre e relações sociais à lógica capitalista.
3) Além do turismo, outros vetores de modernização como o agronegócio e a indústria também impulsionaram a reestruturação socioespacial do C
Imobiliárias em Rio Preto
http://www.imobiliariasemriopreto.com.br
Imóveis de Rio Preto
http://www.imoveisderiopreto.com.br
Telefone Fixo: (17) 3022-1530
Claro: (17) 99112-1157
A Imobiliárias em Rio Preto e Imóves de Rio Preto tem o prazer de receber você em nossos sites.
Conheça nossos imóveis e oportunidades de investimentos no melhores sites imobiliários do interior paulista.
Estamos prontos para realizar os melhores negócios e investimentos do setor imobiliário de São José do Rio Preto – SP.
Imoveis em Rio Preto, Imobiliaria Sao Jose do Rio Preto, Imobiliarias em Rio Preto e Imobiliarias em Sao Jose do Rio Preto.
Cidades médias e pequenas teorias, conceitos e estudos de casoJeferson Rocha
O documento discute as transformações observadas na rede urbana brasileira a partir da década de 1980, caracterizadas pelo deslocamento de moradores, infraestruturas e atividades econômicas para cidades de menor porte, próximas ou não das regiões metropolitanas. Esse movimento despertou o interesse de pesquisadores em entender os novos significados e interações nas redes urbanas, surgindo grupos de estudos dedicados a cidades médias. O simpósio que originou o livro objetivou reunir esses pensadores e mapear a produção baiana
Este documento discute a morfologia urbana da cidade e seus espaços públicos estruturantes. Primeiramente, define o que é uma cidade e sua morfologia urbana, enfatizando que a cidade é o resultado das características do lugar e das decisões humanas ao longo do tempo. Em seguida, explica que a morfologia urbana estuda a evolução das formas urbanas tendo em conta o desenvolvimento urbano e a reutilização das partes da cidade. Por fim, discute a análise da forma urbana, enfatizando
O documento discute o planejamento urbano no Brasil, desde o período colonial até a Constituição de 1988. Apresenta o rápido crescimento urbano do país e a falta de planejamento adequado, resultando em problemas urbanos. Também descreve os principais instrumentos de planejamento introduzidos ao longo do tempo, como os planos de melhoramentos e o Plano Diretor, e seu papel na legislação brasileira.
David harvey e a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismoajr_tyler
Este documento resume a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do geógrafo marxista David Harvey. Harvey argumenta que o desenvolvimento capitalista é desigual no espaço e no tempo devido à produção de escalas espaciais e diferenças geográficas pelo capital. A teoria é aplicada aqui ao caso da empresa Suzano Papel e Celulose e sua influência no estado do Maranhão no Brasil.
O desenvolvimento e Planejamento das Pequenas CidadesFabiane Snicer
1) O documento discute o desenvolvimento e planejamento urbano de pequenas cidades.
2) A autora propõe analisar os fatores que tornam pequenas cidades urbanas e a qualidade de vida nesses locais.
3) O referencial teórico cita diversos autores que definiram conceitos de cidade e urbano ao longo do tempo.
Metrópole ressurgente: economia, sociedade e urbanização em um mundo intercon...Samuel Viana
1) O documento discute as continuidades e rupturas no processo de urbanização moderna, com foco nas forças econômicas por trás do crescimento e desenvolvimento urbano.
2) É argumentado que a proximidade espacial entre atividades econômicas e sociais é essencial para a formação de cidades, gerando economias de aglomeração e atraindo novos empregos e empresas.
3) As cidades funcionam como nós dinâmicos de produção e trabalho, impulsionados pelo aprendizado e inovação nas redes de interação
O documento discute o processo de urbanização e planejamento urbano no Brasil, dividido em três fases principais: 1) 1875-1930, com foco em embelezamento e saneamento das cidades; 2) 1930-1965, com planos de conjunto e zoneamento urbano; 3) 1965-1971, com planos complexos e abrangentes que se afastaram da execução prática.
Resenha 1 o urbanismo no brasil 1895 1965-leme_maria cristinaBrito Chaparro
O livro descreve a evolução do urbanismo no Brasil entre 1895-1965, cobrindo oito capitais brasileiras. Resume os principais planos e projetos urbanísticos desenvolvidos nessas cidades durante esse período, destacando como o urbanismo foi usado pelo Estado para intervir nas estruturas físicas das cidades e como as teorias urbanísticas influenciaram essas intervenções de forma autoritária, ignorando frequentemente questões sociais. O livro é uma referência fundamental para entender as políticas urbanas históricas no Brasil.
Apostila segundo ano 4º bimestre geografia josé bonifácioCatia Tavares
O documento apresenta um resumo sobre o processo de urbanização e a evolução das cidades no mundo ao longo dos séculos XX e XXI. Aborda conceitos como cidade natural vs artificial, metrópole, região metropolitana, megalópole, hierarquia urbana, cidade global, alfa/beta/gama e megacidade. Também explica termos relacionados ao desenvolvimento urbano como sítio urbano, crescimento urbano, função urbana e rede urbana. Por fim, classifica os tipos de cidades de acordo com orig
1. Três desenvolvimentos recentes criaram novos desafios para a geografia urbana: a redescoberta do poder gerativo das cidades, a difusão das perspectivas espaciais críticas em diversas áreas, e o crescente interesse em regiões e regionalismo.
2. O autor reflete sobre ideias introduzidas em seu livro "Postmetropolis" à luz destes novos desenvolvimentos, dividindo sua análise em três partes: remapeando a geografia histórica do espaço urbano, discursos sobre a pós-me
Este documento discute as lógicas territoriais do desenvolvimento, incluindo a relação entre território e desenvolvimento, a diversidade de abordagens regulacionistas, e o papel das instituições e atores locais no desenvolvimento territorial.
A transformação político econômica do capitalismo no final do século xxEmerson Mathias
Na parte II, o autor analisa a transformação do capitalismo no século XX. Ele discute como a industrialização e urbanização moldaram a espacialidade do capitalismo, com concentrações de capital, trabalho e desequilíbrios regionais. O autor também analisa a transição do fordismo para a "acumulação flexível" a partir da década de 1970, marcada por maior flexibilidade e inovação nos processos de trabalho, mercados e produtos.
Este documento descreve uma metodologia para identificar a nova configuração regional brasileira com base na aplicação do modelo gravitacional utilizando SIG. A metodologia permite identificar as regiões-pólos e suas áreas de influência com base no potencial de interação econômica entre as unidades espaciais. Os resultados incorporam uma qualificação da fricção espacial, principalmente no aspecto da acessibilidade.
La empresa Confecciones Espar fabrica y vende pantalones elegantes y uniformes para hombres, niños y dotaciones en Bogotá, Colombia. Busca generar conciencia de marca a través de estrategias digitales y comunicar la calidad e innovación de sus productos a clientes colombianos de entre 10 y más años con educación básica y un ingreso superior a $535.600. La campaña de lanzamiento durará un mes a partir de octubre con un presupuesto aún por definir.
Estadistica descriptiva Cuadros conceptuales Carlo Herrera
Jesús Daniel Ramos Trujillo and Dayra Guadalupe Ruvalcaba Morales are two individuals whose names are listed in the document. The document does not provide any other context or information about these two people.
Este documento discute o processo de renovação urbana do bairro do Pelourinho em Salvador, Brasil. A renovação priorizou o desenvolvimento do turismo e levou à "gentrificação" da área, expulsando os moradores originais de baixa renda. Embora tenha atraído novos residentes de classe média e melhorado a infraestrutura, falhou em atender às necessidades básicas da população local.
Neil smith e o desenvolvimento desigual do capitalismoajr_tyler
1) O documento discute as ideias do geógrafo Neil Smith sobre o desenvolvimento desigual do capitalismo a partir de uma perspectiva marxista.
2) Neil Smith argumenta que o desenvolvimento desigual é espacial, levando à diferenciação e igualização geográficas à medida que o capitalismo incorpora diferenças regionais.
3) O trabalho humano permite o desenvolvimento das forças produtivas e a apropriação da terra e da natureza de forma desigual em diferentes regiões, resultando na produção espacial desigual do capitalismo.
O estado crítico da modernização uma análise a partir do turismo cearenseEider Cavalcante
1) O artigo analisa a modernização estratégica e seletiva do estado do Ceará a partir do turismo e da urbanização do litoral cearense.
2) Esses processos ocorreram no contexto da busca por novos territórios e setores para a acumulação capitalista e da subordinação do tempo livre e relações sociais à lógica capitalista.
3) Além do turismo, outros vetores de modernização como o agronegócio e a indústria também impulsionaram a reestruturação socioespacial do C
Imobiliárias em Rio Preto
http://www.imobiliariasemriopreto.com.br
Imóveis de Rio Preto
http://www.imoveisderiopreto.com.br
Telefone Fixo: (17) 3022-1530
Claro: (17) 99112-1157
A Imobiliárias em Rio Preto e Imóves de Rio Preto tem o prazer de receber você em nossos sites.
Conheça nossos imóveis e oportunidades de investimentos no melhores sites imobiliários do interior paulista.
Estamos prontos para realizar os melhores negócios e investimentos do setor imobiliário de São José do Rio Preto – SP.
Imoveis em Rio Preto, Imobiliaria Sao Jose do Rio Preto, Imobiliarias em Rio Preto e Imobiliarias em Sao Jose do Rio Preto.
Cidades médias e pequenas teorias, conceitos e estudos de casoJeferson Rocha
O documento discute as transformações observadas na rede urbana brasileira a partir da década de 1980, caracterizadas pelo deslocamento de moradores, infraestruturas e atividades econômicas para cidades de menor porte, próximas ou não das regiões metropolitanas. Esse movimento despertou o interesse de pesquisadores em entender os novos significados e interações nas redes urbanas, surgindo grupos de estudos dedicados a cidades médias. O simpósio que originou o livro objetivou reunir esses pensadores e mapear a produção baiana
Este documento discute a morfologia urbana da cidade e seus espaços públicos estruturantes. Primeiramente, define o que é uma cidade e sua morfologia urbana, enfatizando que a cidade é o resultado das características do lugar e das decisões humanas ao longo do tempo. Em seguida, explica que a morfologia urbana estuda a evolução das formas urbanas tendo em conta o desenvolvimento urbano e a reutilização das partes da cidade. Por fim, discute a análise da forma urbana, enfatizando
O documento discute o planejamento urbano no Brasil, desde o período colonial até a Constituição de 1988. Apresenta o rápido crescimento urbano do país e a falta de planejamento adequado, resultando em problemas urbanos. Também descreve os principais instrumentos de planejamento introduzidos ao longo do tempo, como os planos de melhoramentos e o Plano Diretor, e seu papel na legislação brasileira.
David harvey e a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do capitalismoajr_tyler
Este documento resume a teoria do desenvolvimento geográfico desigual do geógrafo marxista David Harvey. Harvey argumenta que o desenvolvimento capitalista é desigual no espaço e no tempo devido à produção de escalas espaciais e diferenças geográficas pelo capital. A teoria é aplicada aqui ao caso da empresa Suzano Papel e Celulose e sua influência no estado do Maranhão no Brasil.
O desenvolvimento e Planejamento das Pequenas CidadesFabiane Snicer
1) O documento discute o desenvolvimento e planejamento urbano de pequenas cidades.
2) A autora propõe analisar os fatores que tornam pequenas cidades urbanas e a qualidade de vida nesses locais.
3) O referencial teórico cita diversos autores que definiram conceitos de cidade e urbano ao longo do tempo.
Metrópole ressurgente: economia, sociedade e urbanização em um mundo intercon...Samuel Viana
1) O documento discute as continuidades e rupturas no processo de urbanização moderna, com foco nas forças econômicas por trás do crescimento e desenvolvimento urbano.
2) É argumentado que a proximidade espacial entre atividades econômicas e sociais é essencial para a formação de cidades, gerando economias de aglomeração e atraindo novos empregos e empresas.
3) As cidades funcionam como nós dinâmicos de produção e trabalho, impulsionados pelo aprendizado e inovação nas redes de interação
O documento discute o processo de urbanização e planejamento urbano no Brasil, dividido em três fases principais: 1) 1875-1930, com foco em embelezamento e saneamento das cidades; 2) 1930-1965, com planos de conjunto e zoneamento urbano; 3) 1965-1971, com planos complexos e abrangentes que se afastaram da execução prática.
Resenha 1 o urbanismo no brasil 1895 1965-leme_maria cristinaBrito Chaparro
O livro descreve a evolução do urbanismo no Brasil entre 1895-1965, cobrindo oito capitais brasileiras. Resume os principais planos e projetos urbanísticos desenvolvidos nessas cidades durante esse período, destacando como o urbanismo foi usado pelo Estado para intervir nas estruturas físicas das cidades e como as teorias urbanísticas influenciaram essas intervenções de forma autoritária, ignorando frequentemente questões sociais. O livro é uma referência fundamental para entender as políticas urbanas históricas no Brasil.
Apostila segundo ano 4º bimestre geografia josé bonifácioCatia Tavares
O documento apresenta um resumo sobre o processo de urbanização e a evolução das cidades no mundo ao longo dos séculos XX e XXI. Aborda conceitos como cidade natural vs artificial, metrópole, região metropolitana, megalópole, hierarquia urbana, cidade global, alfa/beta/gama e megacidade. Também explica termos relacionados ao desenvolvimento urbano como sítio urbano, crescimento urbano, função urbana e rede urbana. Por fim, classifica os tipos de cidades de acordo com orig
1. Três desenvolvimentos recentes criaram novos desafios para a geografia urbana: a redescoberta do poder gerativo das cidades, a difusão das perspectivas espaciais críticas em diversas áreas, e o crescente interesse em regiões e regionalismo.
2. O autor reflete sobre ideias introduzidas em seu livro "Postmetropolis" à luz destes novos desenvolvimentos, dividindo sua análise em três partes: remapeando a geografia histórica do espaço urbano, discursos sobre a pós-me
Este documento discute as lógicas territoriais do desenvolvimento, incluindo a relação entre território e desenvolvimento, a diversidade de abordagens regulacionistas, e o papel das instituições e atores locais no desenvolvimento territorial.
A transformação político econômica do capitalismo no final do século xxEmerson Mathias
Na parte II, o autor analisa a transformação do capitalismo no século XX. Ele discute como a industrialização e urbanização moldaram a espacialidade do capitalismo, com concentrações de capital, trabalho e desequilíbrios regionais. O autor também analisa a transição do fordismo para a "acumulação flexível" a partir da década de 1970, marcada por maior flexibilidade e inovação nos processos de trabalho, mercados e produtos.
Este documento descreve uma metodologia para identificar a nova configuração regional brasileira com base na aplicação do modelo gravitacional utilizando SIG. A metodologia permite identificar as regiões-pólos e suas áreas de influência com base no potencial de interação econômica entre as unidades espaciais. Os resultados incorporam uma qualificação da fricção espacial, principalmente no aspecto da acessibilidade.
La empresa Confecciones Espar fabrica y vende pantalones elegantes y uniformes para hombres, niños y dotaciones en Bogotá, Colombia. Busca generar conciencia de marca a través de estrategias digitales y comunicar la calidad e innovación de sus productos a clientes colombianos de entre 10 y más años con educación básica y un ingreso superior a $535.600. La campaña de lanzamiento durará un mes a partir de octubre con un presupuesto aún por definir.
Estadistica descriptiva Cuadros conceptuales Carlo Herrera
Jesús Daniel Ramos Trujillo and Dayra Guadalupe Ruvalcaba Morales are two individuals whose names are listed in the document. The document does not provide any other context or information about these two people.
Este documento propone un proyecto de tres semanas sobre el bullying en la escuela. Los estudiantes investigarían el bullying en su escuela, identificarían los tipos de bullying, y realizarían una campaña contra el bullying utilizando internet y redes sociales. El proyecto involucraría trabajo en equipo para sensibilizar a la comunidad escolar sobre el bullying y sus efectos.
This chapter introduces systems analysis and design and information systems. It discusses how information technology impacts business strategy and defines the components of an information system. It also explains different types of information systems and development methods like structured analysis, object-oriented analysis, and agile development. The role of systems analysts and how they help develop high-quality information systems is also covered.
Ways to Prevent the Spreading of GermsAaron Liford
The document provides tips to help prevent the spread of common infections and germs at home and school. It recommends reminding children to wash hands before eating and after using shared items. It also suggests using hand sanitizer, covering coughs and sneezes, avoiding sharing personal items, and staying away from sick people. The document aims to provide grassroots programs that promote individual health and productivity within communities.
Dasara the festival of winning of good on badjaswanthkaranam
The document lists the various alamkarams or ornamentations for different goddesses that are part of Dasara celebrations. It includes Balatripura Sundari Ammavaru, Gayatri, Annapurna Ammavaru, Lalita Tripura Sundari Ammavaru, Mahalakshmi Ammavaru, Maha Saraswati Ammavaru, Durga Ammavaru, Mahishasuramardhini Ammavaru, and Rajarajeswari Ammavaru. For each goddess, it specifies the type of alamkaram or ornamentation used.
The document provides an overview of HTML5 semantic elements including headings, navigation, articles, sections, figures, and footers. It describes the purpose and proper usage of each element, such as using <header> for introductory content, <nav> for navigation links, <article> for independent items of content, and <footer> for closing copyright information. It also simplifies some elements like removing the type attribute from <link> and <meta> elements.
Este documento presenta un manifiesto firmado por varios intelectuales españoles en defensa del español como lengua común de España. Plantea que aunque todas las lenguas oficiales deben ser protegidas, solo el español es entendido por todos los ciudadanos. Pide que se garantice el derecho a recibir educación y ser atendido por las administraciones en español, y que esta lengua sea utilizada en la rotulación pública y comunicaciones oficiales junto a las lenguas cooficiales en las regiones bilingü
El documento describe los principios y factores de riesgo de la seguridad informática. Los principios son la confidencialidad, integridad y disponibilidad de la información. Los factores de riesgo incluyen factores humanos como hackers, factores ambientales como desastres naturales, y factores tecnológicos como fallas de hardware o software. El objetivo es proporcionar condiciones seguras para proteger la privacidad e integridad de la información contra entes no autorizados.
This document discusses building teams through community and the popularity of text messaging. It suggests calling today to discuss deals related to teams and text messaging.
Stone cold crazy is the 8th track from the Queen album Sheer Heart Attack. It is considered one of the first thrash metal songs and occupies the 38th spot on VH1's 100 Greatest Hard Rock Songs of All Time. The song is about a man who has gone crazy and is on the run from the police. Several bands have covered the song over the years, with Metallica's version becoming heavier and more metallic in style. An Eleven cover slows the song down further with a longer intro while keeping the rock style.
1) A cidade de Salvador passou por transformações políticas e econômicas no século XX que influenciaram sua urbanização.
2) Essas mudanças trouxeram alterações na estrutura urbana de Salvador, incluindo a redefinição de relações espaço-tempo e a implantação de novos equipamentos.
3) Isso marcou o início do processo de reestruturação urbana e da cidade, com a constituição de uma estrutura polinucleada diferenciada.
O documento discute o conceito de espaço urbano. Define-o como fragmentado e articulado, reflexo e condicionante social, campo de símbolos e lutas. Aponta que é produzido por agentes sociais como proprietários industriais, fundiários, promotores imobiliários e o Estado, que buscam reproduzir as relações de produção e acumulação capitalista através do uso e controle da terra urbana, gerando desigualdades socioespaciais.
O documento discute conceitos e abordagens sobre centros históricos na América Latina. Apresenta três principais correntes teóricas: 1) as cartas internacionais que estabelecem normas de preservação, 2) influências de teorias europeias adaptadas à realidade latino-americana, 3) uma nova perspectiva que analisa o espaço, tempo e patrimônio de forma integrada. Também aborda a tensão entre preservação e desenvolvimento nos centros históricos.
Apresentação sobre o livro de Castells e Borja sobre as cidades como atores políticos da disciplina de Planejamento Urbano II da faculdade estadual paulista UNESP, curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo de Bauru. Apresentado no ano de 2023, sobre um capítulo em específico.
1) O documento discute a crescente privatização dos espaços públicos no centro de Porto Alegre através da ocupação desses espaços por vendedores ambulantes e flanelinhas.
2) A privatização representa uma ruptura na morfologia urbana e nas expectativas sociais sobre o que é público e privado.
3) O centro de Porto Alegre vem sofrendo um esvaziamento de funções nas últimas décadas, à medida que atividades comerciais e de lazer migraram para outros bairros da c
1. O planejamento urbano no Brasil foi influenciado pelo pensamento modernista-racionalista no século XX, visando ordenar as cidades de forma racional e eficiente.
2. Ao longo do tempo, o planejamento urbano brasileiro enfrentou desafios como a urbanização acelerada e as desigualdades sociais cristalizadas no espaço urbano.
3. Recentemente, as cidades passaram a adotar estratégias neoliberais como planos estratégicos e marketing urbano para atrair investimentos
1) O planejamento urbano no Brasil foi influenciado pelo pensamento modernista-racionalista visando ordenar e racionalizar o uso do solo urbano. No entanto, ignorou as desigualdades sociais.
2) Nos anos 1960-1970, ocorreu um crescimento econômico no Brasil associado à urbanização, porém agravando problemas urbanos como habitação e transporte.
3) A partir dos anos 1980, sob a ideologia neoliberal, as cidades passaram a competir por investimentos visando o desenvolvimento econômico local.
A circulação das idéias do urbanismo Aridson Andrade - 2011Aridson Andrade
Este documento discute a evolução das ideias de urbanismo desde o século XIX até Brasília na década de 1960. Aborda o contexto da Revolução Industrial e o surgimento dos utopistas, as influências de Haussmann, as propostas de Ebenezer Howard, Arturo Soria y Mata e Tony Garnier no final do século XIX. Também analisa o movimento racionalista, a Carta de Atenas e como essas ideias influenciaram o plano piloto de Brasília projetado por Lúcio Costa.
Este documento apresenta uma revisão da literatura sobre a relação entre urbanismo e globalização em Portugal nos últimos 25 anos. O autor identifica quatro modelos analíticos que emergiram nesta relação: 1) o modelo da Metrópole, que enfatiza o papel central de Lisboa; 2) o modelo da Metropolização, focado na expansão urbana; 3) o modelo da Intermediação Sócio-Cultural, analisando fluxos culturais; 4) o modelo da Criatividade Urbana, estudando a economia criativa. A síntese destes modelos
Este livro reúne pesquisadores do Rio de Janeiro, Niterói, Salvador e Fortaleza para discutir vazios urbanos em cidades contemporâneas. Os capítulos analisam como projetos urbanísticos, instrumentos de planejamento, grandes projetos e patrimônio cultural influenciam a formação e transformação de vazios nas áreas centrais e periféricas. Também debatem potenciais usos dos vazios para reversão de desigualdades sociais e urbanas.
Este documento descreve a evolução da paisagem urbana da cidade de Belo Horizonte desde sua fundação em 1897. Detalha como a ocupação do sítio natural influenciou o uso dos espaços públicos ao longo do tempo, deixando marcas culturais e históricas, como a Praça Sete. Inicialmente, o local era uma paisagem natural descrita por visitantes. Posteriormente, a urbanização trouxe mudanças como o plantio de figueiras ao longo da Avenida Afonso Pena e da Praça Sete.
O documento discute o legado do urbanismo moderno no Brasil e as controvérsias em torno do "caos urbano" nas cidades. Aborda como o planejamento de Curitiba nos anos 1960 se inspirou nos princípios do Movimento Moderno e como o crescimento desordenado das cidades brasileiras desde 1930 levou a problemas urbanos. Também debate as visões contrastantes do "crescimento espraiado" versus as "cidades compactas".
O documento discute a estruturação urbana e como as cidades se organizam internamente. Aborda a Escola de Chicago e suas teorias sobre o crescimento urbano, além de fatores como uso do solo, transporte, planejamento urbano e agentes envolvidos na produção do espaço urbano, como proprietários, construtoras e poder público.
Processo de gentrificação através de revitalizações urbanisticas final.docxMarcelle Anes
Este artigo analisa os processos de revitalização das zonas portuárias do Rio de Janeiro e Barcelona, comparando seus pontos positivos e negativos. O artigo discute como esses projetos levaram a gentrificação, forçando a saída de moradores de baixa renda. O projeto Porto Maravilha do Rio se inspirou no projeto Port Vell de Barcelona, ambos impulsionados pelas Olimpíadas nessas cidades.
1. O documento discute a ausência de planos e projetos urbanos abrangentes em São Paulo ao longo das décadas de 1980 e 1990, apesar dos avanços conceituais no planejamento urbano. 2. Falta de articulação entre preservação do patrimônio e planejamento urbano, com intervenções pontuais descoordenadas. 3. Isso ocorreu devido à descontinuidade política e pressão do setor privado, impedindo que São Paulo se destacasse mundialmente no urbanismo.
1. O documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cidade, seu urbanismo, patrimônio e cidadania.
2. A coletânea é dividida em três partes, abordando os saberes sobre a cidade, cidade e patrimônio, e a história e desafios da cidade do Rio de Janeiro.
3. Os artigos reúnem diferentes especialistas e perspectivas para realizar um balanço do conhecimento sobre as cidades e colocá-lo à disposição do público não especialista.
1. O documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cidade, seu urbanismo, patrimônio e cidadania.
2. A coletânea está dividida em três partes, abordando os saberes sobre a cidade, cidade e patrimônio, e a história e desafios da cidade do Rio de Janeiro.
3. O objetivo é fazer um balanço do estado da arte sobre a vida urbana no Brasil e oferecer um mapa para compreender a história e os desafios atuais das cidades.
Araujo et al formas e usos de dois espaços públicos do centro de poços de cal...LeandroLetti1
Este documento discute as influências do desenho de duas praças públicas centrais em Poços de Caldas, MG sobre o movimento e interação ao longo do tempo, utilizando abordagem histórica e análise configuracional. As praças analisadas são a Praça Dom Pedro II e a Praça Pedro Sanches, que possuem grande relevância histórica. A pesquisa utiliza métodos como Sintaxe Espacial para avaliar acessibilidade e visibilidade em diferentes períodos, visando fornecer subsídios para futuras intervenções.
2. 60 Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Entretanto, o processo de descentralização e ‘mor-
te’ dos centros tradicionais não pode ser tomado como
tendência radical e irreversível. Alguns estudos realizados
a nível mundial, ainda na década de 1970, já apontavam
para certa resiliência destes centros enquanto lugar ainda
privilegiado de atividades comerciais, administrativas,
institucionais e mesmo residenciais de mais altas ren-
das. Os centros teriam o potencial de permanecer como
lugares de referência simbólica e de trocas econômicas e
sociais, bem como lócus de concentração de infraestru-
tura e acessibilidade. Mais recentemente, alguns centros
urbanos vêm tornando-se palco de novas oportunidades
de desenvolvimento socioeconômico e cultural através de
processos de revitalização. Tais processos têm implicado
operações projetuais e imobiliárias estatais, privadas ou
mistas de grande porte, que têm objetivado, com graus
diferentes de sucesso, reativar seu protagonismo.
Este trabalho busca contribuir para a discussão
dos centros históricos, das suas novas tendências de
desenvolvimento e de seu papel no conjunto da cidade.
A relevância dessa questão coloca-se tanto em termos
acadêmicos, como na sua vinculação ao planejamento e à
gestão urbana, considerando-se a importância dos centros
urbanos originários na formação da estrutura das cidades e
o seu papel preponderante como lugar de referência e uso
da população, especialmente daqueles setores de menor
renda. O objetivo específico deste trabalho é discutir a
questão da importância e vitalidade dos centros urbanos e
sua potencial atratividade futura, a partir do caso de Porto
Alegre. Inicialmente, o quadro teórico procura situar as
transformações sócio-espaciais que incidem sobre os cen-
tros das grandes cidades, principalmente nos últimos 40
anos, bem como algumas das principais teorias e modelos
que buscaram descrever e compreender tais processos.
Destacam-se também os novos papéis e funções do cen-
tro em um novo momento de globalização da economia.
Na sequência, o trabalho apresenta o caso empírico de Por-
toAlegre, analisando o Centro Histórico a partir de alguns
indicadores importantes, os quais permitem traçar uma
aproximação preliminar de sua situação atual e das suas
perspectivas de desenvolvimento. Para compor o quadro
analítico, utilizam-se os dados de densidade demográfica,
renda da população, mercado imobiliário, presença de
atividade comercial e atração de viagens.
O centro histórico e a estrutura interna
das cidades
Os centros urbanos historicamente constituíram a
parcela mais importante das cidades, foco de sua origem
como assentamento urbano e setor mais valorizado do
ponto de vista econômico e social. A acessibilidade é
um fator dominante que caracteriza os centros urbanos,
influenciando diretamente sobre o tipo de atividade
desenvolvida na área central. Segundo Villaça (2001),
a origem ou fonte da centralidade está na possibilidade
de minimizar o tempo, o custo e os desgastes associados
aos deslocamentos espaciais. O autor observa que “os
centros tradicionais das metrópoles brasileiras, apesar de
suas notórias ‘decadências’, continuam sendo os focos
irradiadores da organização espacial urbana, apresentando
a maior concentração de lojas, escritórios e serviços – e
também de empregos – de nossas áreas metropolitanas”
(Villaça, 2001, p. 242). Neste trabalho examinamos, de
forma preliminar, a atual situação dos centros urbanos
originais no Brasil, sua decadência ou resistência, seus
problemas e potencialidades.
Especialmente ao longo do século XX, o enorme
crescimento e deterioração das grandes cidades nos
Estados Unidos tornaram-se o foco de abordagens hoje
‘clássicas’, emanadas da Ecologia Humana ou Escola de
Chicago e da economia neoclássica, aplicadas à distribui-
ção espacial do solo urbano. Tais abordagens buscaram
propor modelos específicos de distribuição dos usos do
solo urbano, sempre com referência a um CBD (Central
Business District). Alguns desses modelos, como o de
anéis concêntricos de Burgess (1928), por exemplo,
apontavam certa tendência centrífuga da habitação de altas
rendas e usos correlatos, e uma propensão à decadência
de áreas centrais ou situadas no entorno do centro urbano
tradicional (área de transição).
Na década de 1960, William Alonso propõe uma
interpretação econômica de fundo neoclássico para a te-
oria das zonas concêntricas (Alonso, 1964), formulando
modelos caracterizados pela valorização de localizações
periféricas por estratos de maior renda, que ratificam a
teoria de Burgess.Ainda no escopo da escola de Chicago,
Hoyt (1939) já oferecia um modelo espacial alternativo,
“setorial”, em que as áreas mais valorizadas da cidade se
distribuíam conforme eixos radiais determinados, com
origem no centro urbano, formando setores de círculo
ocupados por rendas mais altas da cidade. A implicação
da descrição de Hoyt era que os centros originários da
cidade mantinham, em alguma medida, sua valorização
no processo de expansão urbana.
A partir de meados do século XX, abordagens
críticas e alternativas, além de estudos empíricos em ci-
dades em diversas partes do mundo, passaram a opor-se à
hegemonia de modelos explicativos genéricos e, particu-
larmente, ao modelo anular de Burgess e às formulações
correlatas de Alonso. Estudos como os de Firey (1974)
mostravam a grande valorização de áreas centrais de cida-
des tradicionais e sua persistência como lócus de habitação
de altos estratos sociais. Estudos amplos, analisando gran-
de número de casos em diferentes continentes, tais como
os realizados por Hauser e Schnore (1976), detectaram a
forte tendência “setorial”, e a continuidade da valorização
dos centros no conjunto urbano.
A partir principalmente da década de setenta do
século XX, surgiram novas abordagens sobre a questão
3. 61
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
do Centro, particularmente dentro do marco estruturalista,
como as de Castells (2009) e Lipietz (1988). Tais autores
já apontavam para a importância de valores socioculturais
cristalizados nos centros urbanos e criticavam as genera-
lizações excessivas dos modelos de Burgess e similares.
A crítica geral apontava para a simplificação do fenôme-
no contida nas análises de cunho marginalista, baseadas
em variáveis restritas como variação de custos do solo e
transportes. Para Castells, tais explicações descreviam o
caso peculiar das cidades do leste dos EUA, nas quais os
centros urbanos eram relativamente destituídos de valores
culturais e históricos cristalizados no espaço da cidade, o
que aceleraria sua desvalorização.
A crítica então já distinguia as cidades latino-
-americanas como um ‘tipo’ muito diferente daquele
descrito no modelo de Burgess. Na América Latina, as
cidades pareciam tender a formas “setoriais”, nas quais
o centro e localizações centrais ainda guardavam relativa
atração para habitação de maior renda e se distinguiam
do “modelo” dado como universal para a cidade moderna.
Hoje, passadas mais de três décadas dessas análi-
ses, a retomada da questão dos centros urbanos e de suas
tendências de ostracismo ou resiliência torna-se essencial.
Nas últimas décadas do século XX e no início do século
XXI, em uma nova fase do processo de desenvolvimento
capitalista, com o advento de uma aceleração da globali-
zação e da valorização de novas modalidades de desenvol-
vimento tecnológico e de serviços complexos, as cidades
e, particularmente, os seus centros históricos parecem
adquirir um protagonismo acentuado. O “novo terciário”,
que envolve aqueles setores ligados à produção e difusão
de inovações e ao enlace nas redes de informação, constitui
uma matriz dinâmica do desenvolvimento da economia
global. Valorizam-se neste contexto indústrias e atividades
econômicas baseadas em novas tecnologias de comuni-
cação e transportes, em pesquisa e desenvolvimento de
ciência e tecnologia bem como setores ligados à invenção
cultural, acelerando o desenvolvimento e disponibilização
de novos produtos e serviços, em conexão constante e
intensa a uma rede global de informação.
Neste quadro emergem com força renovada a ques-
tão cultural e a imagem da cidade, fatores importantes na
sua qualificação enquanto receptoras de investimentos e
de fluxos turísticos e como novos polos estratégicos de
desenvolvimento. Como qualificaram Borja e Castells
(1997), características específicas de um patrimônio
cultural urbano determinado passam a ser valorizadas
universalmente enquanto elementos distintivos de uma
comunidade. Os centros urbanos podem, neste contexto,
representar potenciais de revitalização e projeção das cida-
des, enquanto centros de qualificação de suas populações.
Alguns projetos estratégicos envolvendo grandes
intervenções urbanas centrais voltadas à revalorização
dos centros e áreas significativas da cidade podem signi-
ficar, em alguma medida, o retorno do protagonismo dos
centros urbanos originais como fator de desenvolvimento
urbano futuro e integração das cidades em um processo
de desenvolvimento global. Com a emergência recente
de novas modalidades de redes sociais viabilizadas pelo
desenvolvimento incessante de tecnologias digitais, colo-
ca-se em causa a participação da população no processo
politico social. Mesmo que alimentada e potencializada
pelas novas tecnologias, a participação efetiva é sempre
presencial, ocorre no espaço público e, especialmente,
nos centros urbanos, o que aponta para a necessidade de
seu resgate enquanto uso e lugar de troca social, seja na
temporalidade cotidiana, seja em eventos excepcionais.
O Centro Histórico de Porto Alegre
PortoAlegre, município com 1.409.351 habitantes
(IBGE, Censo 2010), localiza-se na Região Sul do Brasil,
às margens do Lago Guaíba, sendo polo de uma região me-
tropolitana formada por 31 municípios e aproximadamente
de 4 milhões de habitantes. A cidade formou-se numa
península avançada sobre o lago, área que hoje constitui
o seu Centro Histórico (Figura 1). Contando com apenas
180 graus de terra firme para se desenvolver, a ocupação
foi se desenvolvendo entre as grandes avenidas radiais e
algumas perimetrais que foram sendo abertas.
De forma semelhante a outras cidades brasileiras,
ao longo de seu processo de crescimento, o Centro His-
tórico passou por diversas transformações. O Centro era
inicialmente o local de moradia das elites, concentrando
todo o comércio principal e as instituições importantes.
Com o crescimento da cidade, as classes de alta renda
iniciam um movimento de saída do Centro, estruturando
alguns setores preferenciais. Um dos principais setores
de altas rendas é o eixo centro-leste, que contém um
atributo importante, os sítios elevados e de alta qualidade
ambiental.
Na década de 1960, o grande crescimento popu-
lacional produz uma forte expansão da área urbanizada
de Porto Alegre, e o Centro passa por uma especialização
funcional muito forte.Adécada de 1970 marca um período
de intensa renovação das construções no Centro. Parte
importante dos prédios antigos foi sendo substituída por
novas construções, geralmente prédios altos voltados
prioritariamente aos usos terciários. Cabe destacar que
esse processo foi mais intenso no lado norte da península,
sendo que o lado sul sempre foi consolidando um perfil
mais residencial. A paisagem do Centro é assim marcada
pela verticalização, sendo que o grande afluxo de pessoas
para o trabalho resulta em constantes congestionamentos
de trânsito. Obras viárias foram sendo realizadas visando
minimizar esse problema. Por outro lado, este crescimento
e expansão da cidade permitiu que outras centralidades de
comércio e serviços fossem viáveis, passando a concorrer
com o Centro. Alguns centros de bairro se destacaram
nas funções terciárias, bem como em 1983 implantou-se
4. 62 Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
o primeiro shopping centre de grande porte, o Iguatemi,
no setor leste de Porto Alegre.
Tendo atravessado momentos tão diversos do
processo urbano, cabe questionar como está o Centro
Histórico de Porto Alegre atualmente, qual o papel que
desempenha no conjunto da cidade, bem como as perspec-
tivas que se colocam para o seu desenvolvimento futuro.
Na sequência, este trabalho procura abordar estes aspectos,
através da análise de indicadores específicos.
Análise demográfica
A Tabela 1 apresenta a evolução da população de
Porto Alegre e do Centro Histórico nas últimas quatro
décadas. Os valores absolutos da população mostram que
o Centro perde população até a década de 2000, mas apre-
senta uma recuperação na última década. A participação
percentual da população do Centro sobre o total da cidade
representa pouco mais de 4% em 1980. Essa participação
perde importância relativa, passando para 2,78% em 2010.
No entanto, os dados de 2010 mostram uma pequena
recuperação, comparando-se com os de 2000.
ATabela 2 apresenta os percentuais de crescimento
populacional em PortoAlegre e no Centro Histórico. Tais
dados mostram que Porto Alegre vem diminuindo sua
taxa de crescimento populacional, acompanhando o mo-
vimento de várias cidades brasileiras. Os dados destacam
novamente as perdas populacionais do Centro Histórico
até 2000, no entanto, o período 2000-2010 mostra um
percentual positivo. Essa recuperação é significativa em
Figura 1. Mapa de PortoAlegre com detalhe da delimitação do Centro Histórico
e bairros adjacentes.
Figure 1. Map of Porto Alegre highlighting the city centre and adjacent neig-
bourhoods.
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre, divisão em bairros.
5. 63
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
termos percentuais, representando quase o dobro do índice
da cidade como um todo.
O Gráfico 1 mostra uma classificação decres-
cente das densidades populacionais em todos os bairros
da cidade. O Centro Histórico é o terceiro bairro mais
denso da cidade, com 171,73 hab./ha. O gráfico desta-
ca também os primeiros colocados (Bomfim e Cidade
Baixa), que são bairros justapostos ao próprio Centro,
formando uma espécie de área pericentral (ver Figura
1). Estes dados mostram que o Centro e seu entorno
ainda são locais de significativa concentração residen-
cial com relação ao conjunto da cidade. Este padrão de
densidade indica a predominância de domicílios do tipo
apartamento nesses locais.
Renda média da população
O Gráfico 2 apresenta a renda média dos responsá-
veis por domicílio, com os dados agregados por bairros,
em ordem decrescente. Pode-se observar que o Centro
apresenta uma renda média de 6,46 salários mínimos, um
pouco acima da média global da cidade. O ranking de ren-
da é liderado por bairros dos setores leste e sul da cidade.
Uma forma mais precisa de avaliar a questão da
renda é analisar os dados desagregados por setor censitário
(Figura 2), tendo em vista que um mesmo bairro pode
apresentar áreas de renda bastante diferentes. A Figura 2
permite identificar dois setores principais de rendas altas
da cidade, um na direção centro-leste e outro ao sul. No
panorama global da cidade, o Centro Histórico apresenta-
-se como área de renda média, que não é mais referência
como local de concentração de altas rendas.
No detalhe do Centro Histórico e seu entorno
imediato, apresentado na Figura 2, verifica-se que
Locais/Anos 1980 1991 2000 2010
Centro Histórico 49.064 43.252 36.862 39.154
Porto Alegre 1.125.477 1.263.239 1.360.590 1.409.351
% (Centro sobre Porto Alegre) 4,36 3,42 2,71 2,78
Fonte: Site ObservaPOA, com base nos Censos do IBGE.
Tabela 1. Evolução da população de Porto Alegre e do Centro Histórico.
Table 1. Evolution of the population in Porto Alegre and the City Centre.
Tabela 2. Percentuais de crescimento da população de
Porto Alegre e do Centro Histórico por décadas.
Table 2. Percentage of population growth in PortoAlegre
and the City Centre by decades.
Fonte: Site ObservaPOA, com base nos Censos do IBGE.
Local 1980-1991 1991-2000 2000-2010
Centro Histórico -11,8 -14,8 6,2
Porto Alegre 12,2 7,7 3,6
BOM FIM; 306,05
CIDADE BAIXA; 209,14
CENTRO; 171,73
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
DensidadePopulacional
(habitantesporhectare)
Bairros
Gráfico 1. Densidade populacional nos bairros de Porto Alegre.
Graph 1. Population density in Porto Alegre neighbourhoods.
Fonte: Elaboração própria, com base no Censo IBGE, 2010 e site ObservaPOA.
6. 64 Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Gráfico 2. Renda média dos responsáveis pelo domicílio nos bairros (em salários mínimos).
Graph 2. Householders’ average income by neighbourhoods (expressed in minimum wages).
Fonte: Site ObservaPoa, com base nos dados do Censo 2010.
Pedra Redonda; 18,24
Três Figueiras; 17,67
Bela Vista; 17,58
Moinhos de Vento; 16,05
Jardim Isabel; 14,57
10
12
14
16
18
20
éd l
Centro Histórico; 6,46
0
2
4
6
8
10
Rendimentomédiodosresponsáveis
(salárosmínimos)
Bairros de Porto Alegre
Média geral: 5,3
Figura 2. Rendimento médio por setor censitário em Porto Alegre
(salários mínimos) com detalhe da área central.
Figure 2.Average income by census tract in PortoAlegre (expressed
in minimum wages) highlighting a City Centre detail.
Fonte: Elaboração própria, com base no Censo 2010, IBGE.
7. 65
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
predominam as rendas de 5 a 10 salários mínimos, desta-
cando-se alguns setores censitários com rendas maiores,
concentrados no entorno de espaços tradicionais, como a
Rua Duque de Caxias e a Praça da Matriz. É interessante
mencionar que a Duque de Caxias foi, desde as origens
da cidade, o lugar de moradia das famílias mais abastadas,
que residiam em grandes sobrados (Souza e Muller, 1997).
Trata-se de uma rua que percorre a linha de cumeeira da
península, um local elevado e com belos visuais do lago.
Hoje essa rua é bastante verticalizada, mas ainda é reco-
nhecida como valorizada, contando com diversos prédios
de alto padrão. Destaque-se a proximidade com a Praça da
Matriz, espaço que concentra o poder político, religioso
e jurídico da cidade.
Mercado imobiliário
Este item apresenta uma visão preliminar sobre o
mercado imobiliário no Centro Histórico, a partir de da-
dos de cunho mais quantitativo e agregado. Uma análise
inicial sobre a quantidade de imóveis transacionados na
cidade foi obtida junto ao Sindicato da Habitação (SE-
COVI) e Associação Gaúcha de Empresas do Mercado
Imobiliário (AGADEMI) de Porto Alegre. A publica-
ção “Panorama do Mercado Imobiliário” (SECOVI-
-AGADEMI, 2011) informa a quantidade de ofertas de
imóveis para venda e locação, com base nos cadastros das
empresas imobiliárias.Aquantidade de ofertas, que pode
ser tomada como um indicador da atividade imobiliária
nos diferentes bairros, é apresentada em sete faixas de
quantidades, agregada para todos os tipos de imóveis
(casas, apartamentos, lojas, etc.), referente ao mês de
dezembro de 2011 (Gráfico 3).
Os bairros que se encontram na faixa com maio-
res quantidades ofertadas (201 a 800 unidades/mês) são:
(a) para venda: Centro Histórico, Menino Deus, Petrópolis
e Sarandi, e (b) para locação: Centro Histórico e Petró-
polis. Verifica-se que o Centro se destaca fortemente em
termos da quantidade de ofertas, tanto para venda como
para locação. De maneira geral, o Centro Histórico das
cidades tende a ser um local onde há baixa proporção
de imóveis próprios e o mercado de aluguel é bastante
ativo. É provável que o Centro Histórico de Porto Alegre
se destaque na oferta para aluguel de lojas e salas, bem
como de imóveis de menor tamanho (quarto-sala, um e
dois dormitórios).
Essa dinâmica de transações imobiliárias no Centro
Histórico pode ser mais bem avaliada, quando se consi-
dera a questão dos preços. Em pesquisa recente realizada
pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas),
foram coletados dados sobre os preços dos imóveis em
várias cidades do país, a partir de uma amostra de ofertas
(Revista Exame, 2013). O estudo pesquisou 64 bairros
(sobre um total de 83 existentes) e classificou os preços
levantados em oito faixas de valor (Tabela 3).
Os resultados apontam que o preço médio dos
imóveis usados ficou em R$ 4.248,00/m2
em PortoAlegre.
O Centro Histórico aparece na terceira faixa de preços,
Gráfico 3. Distribuição das faixas de oferta mensal de imóveis e respectivas quantidades de bairros (dezembro de
2011), em destaque a faixa em que se situa o Centro Histórico.
Graph 3. Range distribution of the monthly supply of properties and respective neighborhood quantities (December
2011), highlighting the City Centre band.
Fonte: Elaboração própria com base em SECOVI-AGADEMI (2011, p. 11, 27).
10
15
20
25
30
QuanƟdadedebairros
VENDA
LOCAÇÃO
0
5
10
0 1 a 19 20 a 39 40 a 79 80 a 139 140 a 200 201 a 800
Intervalos de quanƟdade de ofertas (unidades/mês)
VENDA
LOCAÇÃO
8. 66 Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
entre R$ 3.501,00 a 4.000,00/m2
, abaixo do preço médio
da cidade. Os bairros com imóveis usados mais caros
foram Bela Vista e Três Figueiras, ambos na faixa de R$
6.000,00 a 7.000,00/m2
, que se situam no eixo centro-leste
mencionado anteriormente.
A pesquisa mostra que o Centro Histórico não se
encontra nas faixas de valor mais alto, mas também não
ocupa as piores posições: em torno de 40% do conjunto
dos bairros pesquisados ofertaram imóveis com preços
menores. Dessa forma, os dados indicam que o mercado
imobiliário no Centro Histórico é ativo, transaciona um
volume significativo de imóveis com relação ao conjunto
da cidade e cujos preços se encontram em patamares
próximos da média da cidade. Há que se considerar o
fato de que as áreas centrais se caracterizam pela con-
solidação do espaço edificado, apresentando poucos
lançamentos de imóveis novos. Também seu estoque
imobiliário é relativamente antigo, com maior tendência
a apresentar defasagens tecnológicas (redes de infraestru-
tura, elevadores, etc.) e programáticas (garagens, áreas
condominiais, etc.).
Conforme levantamento do jornal Zero Hora
(Monteiro, 2012) baseado em dados de mercado, o
Centro de Porto Alegre está entre os bairros com maior
valorização na última década (2002-2012), com 248,6%,
o segundo colocado na cidade.Areportagem afirma que a
forte alta responde, entre outros aspectos, ao baixo patamar
de preços praticados em 2002.
Os dados obtidos para o caso de Porto Alegre
através de pesquisas de jornais, revistas e outras fontes
secundárias aqui são tomados como meramente indicati-
vos em uma analise preliminar, evidenciando a necessi-
dade de novas pesquisas, que possam detalhar melhor a
questão dos tipos e preços de imóveis, bem como do seu
comportamento evolutivo nos últimos anos.
Presença de atividade comercial
O comércio é uma atividade definidora de cen-
tralidade, associada à ideia de hierarquia, movimento e
diversidade. Barata-Salgueiro (2013) analisa o papel do
comércio na resiliência das áreas centrais das cidades
europeias. Para a autora, o comércio é uma atividade
característica do centro, sendo que, para além do papel de
animação das ruas, atração de movimento e identidade, o
comércio dá uma contribuição relevante para o emprego
podendo oferecer diversidade, com forte expressão de
postos de trabalho pouco qualificados e a tempo parcial.
No caso de Porto Alegre, uma análise geral pode
ser realizada considerando os dados sobre quantidade de
empresas varejistas cadastradas (Gráfico 4), identificando
o percentual de participação de cada bairro.
Os dados indicam que o comércio formal se en-
contra descentralizado em termos quantitativos: apenas
12,58% das empresas se localizam no Centro Histórico.
Considerando que, na sequência, os bairros mais bem co-
locados em quantidade de comércio concentram entre 5 e
6% das lojas, verifica-se que o Centro ainda tem um papel
forte na oferta varejista, ao menos em termos quantitativos.
Pode-se citar um exemplo recente com a inauguração, em
março de 2012, no Centro de Porto Alegre, de uma nova
loja com 3.200 m2
da segunda maior rede varejista de
departamentos de vestuário no Brasil.
O bairro que apresenta a segunda colocação em
quantidade de lojas é o Sarandi, cortado por importante
via radial (Av. Assis Brasil), que é historicamente um
corredor comercial e que tem recebido incentivos do poder
público à localização varejista desde a década de 1970.
Destaque-se que os outros dois bairros seguintes (Floresta
e Passo da Areia) contam com shopping centres, sendo
que, no bairro Passo daAreia, a vocação comercial surgiu
Faixas Intervalo de preços médios (R$/m2
) Quantidade de bairros na faixa Percentual sobre o total
1 2.100 a 3.000 6 9,4
2 3.001 a 3.500 19 29,7
3 3.501 a 4.000 13 20,3
4 4.001 a 4.500 11 17,2
5 4.501 a 5.000 6 9,4
6 5.001 a 5.500 5 7,8
7 5.501 a 5.900 2 3,1
8 6.000 a 7.000 2 3,1
Total de bairros
pesquisados
64 100
Tabela 3. Preços médios das ofertas de imóveis usados em Porto Alegre (dezembro de 2012), em destaque a faixa em
que se situa o Centro Histórico.
Table 3. Average values of used properties in Porto Alegre (December, 2012), highlighting the City Centre band.
Fonte: Elaboração própria com base em Revista Exame (2013, p. 91).
9. 67
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
praticamente em função da implantação do Shopping
Iguatemi, na década de 1980.
Atração de viagens
Este item procurou avaliar a atratividade do Centro
Histórico nos deslocamentos do conjunto da população.
Para tanto, foram considerados os dados da Pesquisa de
Origem-Destino realizada pela EPTC (Empresa Pública
de Transporte e Circulação) em 2003. A pesquisa fornece
informação relevante para a compreensão dos padrões de
deslocamento das pessoas. Há que se considerar que, apesar
de já contar com 10 anos, esta é a pesquisa mais recente
disponível com tal profundidade em PortoAlegre.ATabela
4 apresenta uma síntese dos resultados dessa pesquisa.
Pelos dados apresentados, reforça-se a condição de
descentralização da cidade. O Centro Histórico, que em
tempos anteriores era o polo atrator por excelência, em
2003 atraía apenas 14,34% do total das viagens geradas
na cidade, considerando todos os motivos. Alguns moti-
vos para ir ao Centro se revelaram mais importantes. Por
exemplo, o Centro ainda atrai quase 20% de todas as via-
gens a trabalho, o que é bastante significativo, indicando
ainda um forte polo de empregos.
Outro motivo a destacar é o de compras: 22,5%
de todas as viagens com motivo de compras têm como
destino o Centro Histórico. Os dados revelam que o
hábito de comprar no Centro ainda persiste, beneficiado
por diferentes fatores, como a grande acessibilidade por
transporte público e a concentração da oferta de lojas.
O Centro Histórico também atrai mais de um quarto das
viagens com motivo “assuntos pessoais”, que, na defini-
ção da pesquisa, abrange serviços e negócios particulares
como bancos, cartórios, órgãos públicos, empresas, ati-
vidades religiosas, etc. (EDOM, 2004, p. 19). Este é um
indicador interessante do papel institucional que o Centro
Histórico ainda desempenha.
Já o motivo “recreação” envolve os deslocamen-
tos para lazer, clubes, cinemas, bares, esportes, etc. e
também visitas de cordialidade. Aqui se revela a pouca
atratividade do Centro para o lazer, o qual atrai somente
10,68% das viagens com este motivo. Em que pese, no
momento da realização da pesquisa, já estarem concluí-
das muitas intervenções de revitalização na área central,
que resultaram em importantes equipamentos culturais
na década de 1990, tais como a Casa de Cultura Mário
Quintana, Museu deArte do Rio Grande do Sul (MARGS),
Memorial do RS (antigo Correio), Santander Cultural e
Usina do Gasômetro.
Conclusões
Este trabalho abordou o papel do centro histórico
na estrutura das cidades contemporâneas. Da observação
geral das evidências coletadas para o caso de PortoAlegre,
alguns pontos se destacaram. Um primeiro aspecto foi a
tendência recente de crescimento demográfico e a alta
densidade populacional no Centro Histórico, o que indica a
presença de população fixa e crescente na área. Em termos
da renda média da população que habita o Centro de Porto
Alegre, verificou-se a presença de um padrão socioeco-
nômico intermediário em relação ao todo urbano. Alguns
Gráfico 4. Quantidade de empresas varejistas nos bairros (em percentual).
Graph 4. Quantity of retail shops in neighbourhoods (in percentage).
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, Base CEE - Cadastro de Empresário Empregador (RAIS, 2010).
10. 68 Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
aglomerados de população de alta renda ainda puderam ser
identificados no Centro, junto a espaços de alta qualidade
paisagística e ambiental. Os dados mostraram também um
mercado imobiliário bastante ativo para vendas e aluguéis
de imóveis. Do ponto de vista da distribuição de comércio,
apesar deste apresentar já processo avançado de descen-
tralização, o Centro de Porto Alegre ainda detém a maior
quantidade de estabelecimentos varejistas, o que pode
indicar dinamismo e diversidade funcional. Outro dado
relacionado à vitalidade é que o Centro Histórico ainda
permanece como destino importante nos deslocamentos
do conjunto da população, absorvendo em torno de 20%
do total de viagens com motivos de trabalho, compras,
saúde e assuntos pessoais.
Tendo em vista estas constatações, evidencia-se
uma condição de continuidade da valorização do Centro
de PortoAlegre. Pode-se considerar que há uma resiliência
relativa, não tendo sido constatado nenhum fenômeno de
acelerada degradação e abandono.
Por outro lado, há que se destacar que, desde a
década de 1990, o Centro vem sendo alvo de grandes
investimentos públicos e privados em intervenções com
foco na cultura. Alguns exemplos são a revitalização do
MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), San-
tander Cultural (antigo Banco do Comércio), Casa de
Cultura Mário Quintana (antigo Hotel Majestic), o Centro
Cultural dos Correios, Chalé da Praça XV, a construção
do Multipalco junto ao Teatro São Pedro, dentre outros.
Também a atuação do Projeto Monumenta recuperou
espaços públicos e privados importantes na paisagem
do Centro. Ainda do ponto de vista da cultura, o Centro
tem sido protagonista de grandes eventos de abrangência
social, como a ampliação da tradicional Feira do Livro de
Porto Alegre e a Bienal de Arte do MERCOSUL, ambas
ocupando espaços importantes do Centro Histórico.
Além das atividades culturais, a presença de alta
densidade residencial constatada no Centro de PortoAle-
gre parece estar na base da dinâmica existente. Referindo-
-se ao caso de São Paulo, Almeida (2004, p. 172) afirma
que a vitalidade de um centro histórico não pode estar
baseada exclusivamente na recuperação do patrimônio
histórico ou nas atividades vinculadas a lazer e cultura.
Segundo o autor, a modernização dos equipamentos e da
infraestrutura existente e a instalação de moradores no
Centro Histórico e nos bairros centrais deveriam estar na
base da linha de atuação nessas áreas.
No caso de PortoAlegre, embora as classes de alta
renda tenham deixado o Centro, este nunca deixou de ser
lugar de moradia, acomodando as classes de renda média
e média baixa. Por outro lado, a previsão de realização de
grandes projetos, como a revitalização do cais central e da
orla do Lago Guaíba, aponta para o aumento do dinamismo
do Centro, abrindo possibilidades de um retorno de sua
significação para maior parte da população. A posição
peninsular do centro de Porto Alegre, junto a recursos
paisagísticos representados pela orla do Lago Guaíba,
acrescidos de uma extensão de aterros em torno desta orla
que representam potenciais espaços de desenvolvimento
de infraestrutura e grandes equipamentos de cunho social
e cultural, poderá suscitar processos de revitalização e
consequente valorização. Este não é apenas um caso par-
ticular, mas representa vários centros de cidades portuárias
e litorâneas brasileiras.
Em termos gerais, o trabalho sugere que os centros
históricos ainda poderão se tornar fatores de dinamização
das cidades, seja devido ao fato de ainda deterem parcelas
do solo relativamente valorizadas para habitação de es-
tratos médios e altos, seja por se constituírem em espaços
privilegiados de operações de revitalização de grande
porte. De qualquer modo, a concentração de investimentos
Locais
Centro Histórico2
Porto Alegre % Centro / Porto Alegre
Motivos da viagem
Trabalho 81.211 430.389 18,87
Escola / educação 20.856 301.079 6,93
Compras 16.296 72.280 22,55
Saúde 7.220 35.674 20,24
Recreação 4.389 41.095 10,68
Assuntos pessoais 33.559 127.996 26,22
Levar outra pessoa 5.236 70.007 7,48
Outros 2.423 23.600 10,27
Total 171.191 1.193.522 14,34
Tabela 4. Viagens atraídas por motivo1
, em um dia típico.
Table 4. Attracted travels by motive, in a typical day.
Fonte: EDOM 2003, Pesquisa de Origem Destino, EPTC, Porto Alegre.
1
Foram excluídas do cômputo total as viagens atraídas com o motivo “Voltar à residência”.
2
O Centro Histórico é composto por cinco Zonas de Tráfego: 010101, 010105, 010202, 010203 e 010304.
11. 69
Maraschin e Cabral | O papel do centro histórico na estrutura das cidades contemporâneas – o caso de Porto Alegre, Brasil
Arquiteturarevista, vol. 10, n. 2, p. 59-69
históricos inerente aos centros sempre lhes confere um
potencial de desenvolvimento e protagonismo.
Conclui-se que os centros históricos, ainda que
sofrendo processos de obsolescência e perda funcional,
guardam potenciais de desenvolvimento e revivescência.
O caso de PortoAlegre parece indicar que os centros com
maior potencial são os que permanecem como local de
habitação de diversos estratos e como lugar de encontro
e referência coletiva, especialmente quando receptores
de investimentos em sua vocação de fulcro simbólico da
cidade. Nesse quadro, coloca-se a importância de novos
estudos que analisem o complexo processo de transfor-
mação dos espaços centrais na atualidade.
Referências
ALMEIDA, M.A.R. de. 2004.Associação Viva o Centro: a coletividade
pela requalificação do centro de São Paulo. Exacta, 2:153-173.
ALONSO, W. 1964. Location and Land Use. Cambridge MA,
Harvard University Press, 204 p. http://dx.doi.org/10.4159/har-
vard.9780674730854
BARATA-SALGUEIRO,T. 2013. Comércio e requalificação dos centros
urbanos. In: Colóquio Internacional Sobre Comércio e Cidade, IV,
Uberlândia, 2013. Anais... 1:1-19 [CD-ROM].
BORJA, J.; CASTELLS, M. 1997. Local y global: la gestión de las
ciudades en la era de la información. Madrid, United Nations for
Human Settlements/Taurus, 418 p.
BURGESS, E. 1928. Residential Segregation in American Cities.
Annals of the American Academy of Political and Social Science,
140:105-115.
CASTELLS, M. 2009. A questão urbana. São Paulo, Paz e Terra, 590 p.
ENQUETE DOMICILIAR – EDOM 2003. 2004. Relatório Final da
Pesquisa de Origem e Destino de Porto Alegre – Edom – Linha de
Contorno – Aferição 2003. EPTC, Prefeitura Municipal de Porto
Alegre, agosto, 114 p.
FIREY, W. 1974. Sentimiento y simbolismo como variables ecológicas.
In: G.A.THEODORSON, Estudios de ecología humana. Barcelona,
Labor, vol. 1, p. 419-432.
HAUSER, P.M.; SCHNORE, L.F. 1976. Estudos de urbanização. São
Paulo, Pioneira, 520 p.
HOYT, H. 1939. The Structure and Growth of Residential Neighbor-
hoods in American Cities. Washington DC, Federal Housing
Administration, 178 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(IBGE). 2011. Censo Demográfico 2010: Características da Po-
pulação e dos Domicílios - Resultados do Universo. IBGE, Rio
de Janeiro. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso
em: 02/09/2013.
LIPIETZ, A. 1988. O capital e seu espaço. São Paulo, Nobel, 209 p.
MONTEIRO, M. 2012. Paredes sobem e o valor acompanha. Jornal
Zero Hora, Encarte Dinheiro, Domingo, 25 nov., p. 4-5.
OBSERVATÓRIO DA CIDADE DE PORTO ALEGRE (OBSERVA-
POA). 2012. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Indicadores.
Porto Alegre em Análise. Análises Comparativas Intraurbanas.
Disponível em: http://www.observapoa.com.br/. Acesso em:
04/11/2013.
RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS (RAIS). 2010.
Programa de Disseminação de Estatíticas do Trabalho (PDET).
Consulta ao banco de dados da base CEE (Cadastro do Empresário
Empregador), Ministério do Trabalho e Emprego, [CD-ROM].
REVISTA EXAME. 2013. Edição Especial – Guia de Imóveis 2013.
Edição 1041, ano 47, número 9, 15 mar., p. 1-113.
SOUZA, C.F. de; MULLER, D.M. 1997. Porto Alegre e sua evolução
urbana. Porto Alegre, Editora da Universidade, 127 p.
SECOVI-AGADEMI. 2011. Panorama do Mercado Imobiliário. Porto
Alegre, 80 p.
VILLAÇA, F. 2001. Espaço intraurbano no Brasil. São Paulo, Studio
Nobel, 373 p.
Submetido:24/01/2014
Aceito: 19/11/2014
Clarice Maraschin
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Arquitetura
Rua Sarmento Leite, 320, sala 520, 90050-170, Porto
Alegre, RS, Brasil
Gilberto Flores Cabral
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Arquitetura
Rua Sarmento Leite, 320, sala 518, 90050-170, Porto
Alegre, RS, Brasil