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O nascimento da filosofia na Grécia
Maria de Nazaré da Rocha Penna
Mestre em Filosofia Politica (UFC)
Dr.ª em Estudos Latino-americanos (UNAM – México)
“Milagre” grego ou herança
oriental?
Ou as duas coisas?
A Grécia Antiga
• Civilização micênica (sécs. XX a XII a.C.): desenvolveu-se desde o
início do segundo milênio antes de Cristo. Tem esse nome devido a
importância da cidade de Micenas, de onde, por volta de 1250 a.C.,
partiram Agamenon, Aquiles e Ulisses para sitiar e conquistar Tróia;
daí se dá o início as primeiras lendas da mitologia grega.
• Tempos homéricos (sécs. XII a VIII a.C.): narrado por Homero na Ilíada
e na Odisseia, foi o período quando os aqueus, os jônios e os dórios
conquistam e dominam Micenas, Tróia e Creta, trazendo para as
costas do mar Egeu um regime patriarcal e pastoril, passando, no
decorrer de 400 anos à economia doméstica e agrícola e, em seguida,
à economia urbana e comercial, quando começaram a visitar países
distantes.
A mitologia grega e a Justiça (sécs. XII a VIII a.C.)
• O reinado e os casamentos de Zeus: “quando ele se associa a uma
deusa, a díade assim formada traduz aspectos diferentes do deus
soberano, segundo a divindade feminina que o complementa”
(Vernant, 2012, p. 32).
• Ele devora Métis, sua primeira esposa, para assimilá-la inteira.
Com esse ato Zeus incorpora “a astucia tortuosa, a inteligência
ardilosa que necessita para conservar o poder” (Idem, p. 33).
Sobre ela pesava a ameaça que o filho varão que gerasse
destronaria o pai.
• Mas Métis vai dar a Zeus uma filha. Ele, Zeus, o senhor do Olimpo,
passa a sofrer uma dor de cabeça insuportável e pede a Hefesto
que lhe abra a cabeça.
Métis, Têmis, Dikê: as deusas da Justiça
• Mas Metis também a Zeus uma filha. Ele, Zeus, o senhor do Olimpo,
passa a sofrer uma dor de cabeça insuportável e pede a Hefesto que
lhe abra a cabeça.
• Da cabeça do deus supremo sai, inteiramente armada, com capacete,
elmo e espada - Atenas, deusa da inteligência, protetora da cidade a
que dá o nome, a polis mais importante de toda a Grécia: Atenas.
• Zeus “casa” com Têmis, que lhe dará poder sobre as leis cósmicas, a
harmonia social e o Destino.
• Têmis, usa a espada e exerce a justiça ainda com violência.
• Dikê, será a imagem da Justiça na polis, sem a espada, com a balança.
Não há “milagre grego” e há “milagre grego”
• Mutações qualitativas propiciadas pelos gregos
• - Herança recebida de outras civilizações: dos egípcios - conhecimentos para a
agrimensura e a construção de edifícios; dos fenícios, uma aritmética para a
contabilidade comercial; dos babilônios e caldeus, a astrologia. Mas os gregos
produziram a ciência matemática, a geometria e a astronomia.
• - Formas da organização política e social - a invenção da política: a instância da
lei e da justiça como expressão da vida coletiva (e não como imposição da
vontade de um só ou de um grupo); foram os responsáveis pela laicização do
poder (desvinculando-o da atividade mágico-sacerdotal); separaram a autoridade
privada da pública.
• - O que hoje chamamos de cultura: de um lado, o pensamento racional-
sistemático baseado em princípios universais (filosofia e ciência) e, do outro, um
ideal de comunidade, tendo como centro a ideia do homem como ser racional e
político, capaz de agir segundo fins e valores com vistas à excelência humana
(areté).
Mito e Filosofia: continuidades e descontinuidades
• Homero e Hesíodo já haviam liberado, em muito, o mito das superstições mais
antigas e selvagens.
• As viagens comerciais desencantaram o mundo que o mito encantara.
• A prosperidade material libertara os homens não só dos medos que a miséria
produz com seu cortejo de superstições, mas também para a vida contemplativa,
para o tempo dedicado ao ócio (schole).
• A invenção da moeda, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das
coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade deabstração e de
generalização.
• A invenção do calendário.
• O surgimento da vida urbana e a invenção da politica.
• A invenção da escrita alfabetica.
Periodização da Filosofia
• Grécia arcaica (sécs. VIII a VI): com a formação das cidades-estados
(póleis), ocorreram grandes alterações sociais e políticas, bem como o
desenvolvimento do comércio e a expansão da colonização grega. No
início desse período teria vivido Hesíodo. No final do séc. VII e
durante o séc. VI a.C. surgiram os primeiros filósofos.
• Período clássico (sécs. V e IV a.C.): auge da civilização grega; na
política, o apogeu da democracia ateniense; desenvolvimento das
artes, literatura, filosofia; época em que viveram os sofistas e os
filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles.
• Período helenístico (sécs. III a II a.C.): decadência política, domínio
macedônico e conquista da Grécia pelos romanos; culturalmente,
significativa influência das civilizações orientais; florescimento das
filosofias epicuristas e estoicas.
AS ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS
(Escolas da physis e do arkhé únicos)
• A aletheia: a busca da verdade para entender a realidade do mundo;
• A Escola Jônica (Ásia Menor): Tales de Mileto (água), Anaxímenes de
Mileto (o ar), Anaximandro de Mileto (ápeiron, matéria
indeterminada) e Heráclito de Éfeso;
• Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia): Pitágoras de Samos (o
número), Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e Árquita de
Tarento;
• Escola Eleata (Magna Grécia): Parmênides de Eléia, Xenófanes de
Colofão, Zenão de Eléia e Melissos de Samos;
ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS DA PLURALIDADE
(Conceberam a phýsis como pluralidade)
• Escola Atomista (Leucipo e Demócrito);
• Os primeiros filósofos que tentaram conciliar HERÁCLITO E
PARMÊNIDES:
• Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de Clazômena.
(Contemporâneos da pólis democrática)
Bibliografia
• Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires.
Filosofando, Introdução à Filosofia. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2009.
• Chauí, Marilena. Introdução à História da Filosofia I. 2. ed. São Paulo:
Cia. das Letras, 2002.
• Solares, Blanca; Flores Farfán, Letícia. Mitogramas. México, UNAM,
UAEM, 2003.
• Vernant, Jean-Pierre. Mito e religião na Grécia antiga. São Paulo,
Martins Fontes, 2012.
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  • 1.
  • 2. O nascimento da filosofia na Grécia Maria de Nazaré da Rocha Penna Mestre em Filosofia Politica (UFC) Dr.ª em Estudos Latino-americanos (UNAM – México)
  • 3. “Milagre” grego ou herança oriental? Ou as duas coisas?
  • 4.
  • 5. A Grécia Antiga • Civilização micênica (sécs. XX a XII a.C.): desenvolveu-se desde o início do segundo milênio antes de Cristo. Tem esse nome devido a importância da cidade de Micenas, de onde, por volta de 1250 a.C., partiram Agamenon, Aquiles e Ulisses para sitiar e conquistar Tróia; daí se dá o início as primeiras lendas da mitologia grega. • Tempos homéricos (sécs. XII a VIII a.C.): narrado por Homero na Ilíada e na Odisseia, foi o período quando os aqueus, os jônios e os dórios conquistam e dominam Micenas, Tróia e Creta, trazendo para as costas do mar Egeu um regime patriarcal e pastoril, passando, no decorrer de 400 anos à economia doméstica e agrícola e, em seguida, à economia urbana e comercial, quando começaram a visitar países distantes.
  • 6. A mitologia grega e a Justiça (sécs. XII a VIII a.C.) • O reinado e os casamentos de Zeus: “quando ele se associa a uma deusa, a díade assim formada traduz aspectos diferentes do deus soberano, segundo a divindade feminina que o complementa” (Vernant, 2012, p. 32). • Ele devora Métis, sua primeira esposa, para assimilá-la inteira. Com esse ato Zeus incorpora “a astucia tortuosa, a inteligência ardilosa que necessita para conservar o poder” (Idem, p. 33). Sobre ela pesava a ameaça que o filho varão que gerasse destronaria o pai. • Mas Métis vai dar a Zeus uma filha. Ele, Zeus, o senhor do Olimpo, passa a sofrer uma dor de cabeça insuportável e pede a Hefesto que lhe abra a cabeça.
  • 7. Métis, Têmis, Dikê: as deusas da Justiça • Mas Metis também a Zeus uma filha. Ele, Zeus, o senhor do Olimpo, passa a sofrer uma dor de cabeça insuportável e pede a Hefesto que lhe abra a cabeça. • Da cabeça do deus supremo sai, inteiramente armada, com capacete, elmo e espada - Atenas, deusa da inteligência, protetora da cidade a que dá o nome, a polis mais importante de toda a Grécia: Atenas. • Zeus “casa” com Têmis, que lhe dará poder sobre as leis cósmicas, a harmonia social e o Destino. • Têmis, usa a espada e exerce a justiça ainda com violência. • Dikê, será a imagem da Justiça na polis, sem a espada, com a balança.
  • 8. Não há “milagre grego” e há “milagre grego” • Mutações qualitativas propiciadas pelos gregos • - Herança recebida de outras civilizações: dos egípcios - conhecimentos para a agrimensura e a construção de edifícios; dos fenícios, uma aritmética para a contabilidade comercial; dos babilônios e caldeus, a astrologia. Mas os gregos produziram a ciência matemática, a geometria e a astronomia. • - Formas da organização política e social - a invenção da política: a instância da lei e da justiça como expressão da vida coletiva (e não como imposição da vontade de um só ou de um grupo); foram os responsáveis pela laicização do poder (desvinculando-o da atividade mágico-sacerdotal); separaram a autoridade privada da pública. • - O que hoje chamamos de cultura: de um lado, o pensamento racional- sistemático baseado em princípios universais (filosofia e ciência) e, do outro, um ideal de comunidade, tendo como centro a ideia do homem como ser racional e político, capaz de agir segundo fins e valores com vistas à excelência humana (areté).
  • 9. Mito e Filosofia: continuidades e descontinuidades • Homero e Hesíodo já haviam liberado, em muito, o mito das superstições mais antigas e selvagens. • As viagens comerciais desencantaram o mundo que o mito encantara. • A prosperidade material libertara os homens não só dos medos que a miséria produz com seu cortejo de superstições, mas também para a vida contemplativa, para o tempo dedicado ao ócio (schole). • A invenção da moeda, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade deabstração e de generalização. • A invenção do calendário. • O surgimento da vida urbana e a invenção da politica. • A invenção da escrita alfabetica.
  • 10. Periodização da Filosofia • Grécia arcaica (sécs. VIII a VI): com a formação das cidades-estados (póleis), ocorreram grandes alterações sociais e políticas, bem como o desenvolvimento do comércio e a expansão da colonização grega. No início desse período teria vivido Hesíodo. No final do séc. VII e durante o séc. VI a.C. surgiram os primeiros filósofos. • Período clássico (sécs. V e IV a.C.): auge da civilização grega; na política, o apogeu da democracia ateniense; desenvolvimento das artes, literatura, filosofia; época em que viveram os sofistas e os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. • Período helenístico (sécs. III a II a.C.): decadência política, domínio macedônico e conquista da Grécia pelos romanos; culturalmente, significativa influência das civilizações orientais; florescimento das filosofias epicuristas e estoicas.
  • 11. AS ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS (Escolas da physis e do arkhé únicos) • A aletheia: a busca da verdade para entender a realidade do mundo; • A Escola Jônica (Ásia Menor): Tales de Mileto (água), Anaxímenes de Mileto (o ar), Anaximandro de Mileto (ápeiron, matéria indeterminada) e Heráclito de Éfeso; • Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia): Pitágoras de Samos (o número), Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e Árquita de Tarento; • Escola Eleata (Magna Grécia): Parmênides de Eléia, Xenófanes de Colofão, Zenão de Eléia e Melissos de Samos;
  • 12. ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS DA PLURALIDADE (Conceberam a phýsis como pluralidade) • Escola Atomista (Leucipo e Demócrito); • Os primeiros filósofos que tentaram conciliar HERÁCLITO E PARMÊNIDES: • Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de Clazômena. (Contemporâneos da pólis democrática)
  • 13.
  • 14. Bibliografia • Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. Filosofando, Introdução à Filosofia. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2009. • Chauí, Marilena. Introdução à História da Filosofia I. 2. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. • Solares, Blanca; Flores Farfán, Letícia. Mitogramas. México, UNAM, UAEM, 2003. • Vernant, Jean-Pierre. Mito e religião na Grécia antiga. São Paulo, Martins Fontes, 2012.