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O HOMEM
E
O RIO
Havia um homem
apaixonado por um
rio. Gastava longas
horas vendo suas
águas a passar,
carregando em seu
dorso suave, folhas e
histórias das cidades
acima e isto lhe dava
felicidade.
Sua grande alegria era quando chegava
a tarde, depois do trabalho.
Ele ia correndo para o rio,
pulava uma cerca e ficava
lá em uma prainha, com os
pés mexendo nas areias
grossas, bem embaixo de
um velho ingá.
Falava muito, confidenciava
segredos, dava gargalhadas,
nunca ia embora, enquanto
houvesse luz... e por muitas vezes
só se deu conta que era noite
quando a lua ladrilhava de prata
as águas do rio.
Ficava lá, remoendo lembranças, indo
para o futuro em sonhos.
Seus olhos eram rio. O rio passeava com
suas águas amigas em seus olhos, como
em nenhum outro.
Ambos pareciam ter nascido para ser daquele
jeito, nunca sem o outro, a unidade de almas.
Dizia o homem:
- Amor pra toda vida...
Consentia o rio.
Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram
a terra e a chuva desabou sobre o mundo
A cabeceira do rio foi enchendo e
logo tudo virou correnteza. Árvores
foram arrancadas folhas deram
lugar aos galhos pesados, estes
arranhavam tudo o que
encontravam, as barrancas
desmaiavam e sumiam devoradas
pela fúria das águas.
O rio cresceu, ultrapassou as
margens, derrubou cercas, foi
crescendo até chegar na casa
do homem. Avançou o jardim...
margaridas e rosas desapareceram...
Quando veio o sol, veio também a desolação.
Tinha que recomeçar e como é difícil
recomeçar. Fez o que pôde, sem olhar em
direção ao rio. Seu peito era uma amargura só.
Sua cabeça não ficava em silêncio. Só pensava
no que iria dizer.
Então falou:
- Por quê? Por que fez isto? Eu confiava em você, tinha
certeza que isto não iria acontecer...não conosco...
Havia muito amor entre nós... Amor que não merecia acabar
assim. Não é só a lama que está no jardim, é a confiança que
nunca mais será confiança, o amor que nunca mais será amor,
é o adeus que será para sempre adeus...
Foi inútil o rio tentar explicar.
Nunca mais se encontraram. Nunca mais
a lua cantou naquele lugar. E as águas
daquele rio, como o coração daquele
homem, nunca mais foram os mesmos
O homem mudou-se para muito longe e o rio,
quando passava por lá, tentava não olhar mas
sonhava, bem dentro, em suas águas mais
profundas, um dia ver ali, debaixo do ingá,
quem nunca deveria ter ido embora.
"Esquecemos as conversas onde só o coração
fala e perdemos tardes lindas de amor...
abraços apertados, aconchego... por não
querer relevar... não querer
lutar um pouco mais.
Às vezes temos 100% e por causa de 1%
perdemos 99%...
Já viram como sempre ficamos presos a este
1%???.
Guardamos sempre a imagem da casa
destruída, mas, negamos dar vida ao rio
CRÉDITOS
TEXTO – O homem e o rio
(Desconheço o autor)
MÚSICA – Secret feelings -
Ernesto Cortazar
APRESENTAÇÃO – idealizada e produzida
por Tecla Maria

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Homem apaixonado perde amizade com rio após enchente

  • 2. Havia um homem apaixonado por um rio. Gastava longas horas vendo suas águas a passar, carregando em seu dorso suave, folhas e histórias das cidades acima e isto lhe dava felicidade.
  • 3. Sua grande alegria era quando chegava a tarde, depois do trabalho. Ele ia correndo para o rio, pulava uma cerca e ficava lá em uma prainha, com os pés mexendo nas areias grossas, bem embaixo de um velho ingá.
  • 4. Falava muito, confidenciava segredos, dava gargalhadas, nunca ia embora, enquanto houvesse luz... e por muitas vezes só se deu conta que era noite quando a lua ladrilhava de prata as águas do rio.
  • 5. Ficava lá, remoendo lembranças, indo para o futuro em sonhos. Seus olhos eram rio. O rio passeava com suas águas amigas em seus olhos, como em nenhum outro.
  • 6. Ambos pareciam ter nascido para ser daquele jeito, nunca sem o outro, a unidade de almas. Dizia o homem: - Amor pra toda vida... Consentia o rio.
  • 7. Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram a terra e a chuva desabou sobre o mundo
  • 8. A cabeceira do rio foi enchendo e logo tudo virou correnteza. Árvores foram arrancadas folhas deram lugar aos galhos pesados, estes arranhavam tudo o que encontravam, as barrancas desmaiavam e sumiam devoradas pela fúria das águas.
  • 9. O rio cresceu, ultrapassou as margens, derrubou cercas, foi crescendo até chegar na casa do homem. Avançou o jardim... margaridas e rosas desapareceram...
  • 10. Quando veio o sol, veio também a desolação. Tinha que recomeçar e como é difícil recomeçar. Fez o que pôde, sem olhar em direção ao rio. Seu peito era uma amargura só. Sua cabeça não ficava em silêncio. Só pensava no que iria dizer.
  • 11. Então falou: - Por quê? Por que fez isto? Eu confiava em você, tinha certeza que isto não iria acontecer...não conosco... Havia muito amor entre nós... Amor que não merecia acabar assim. Não é só a lama que está no jardim, é a confiança que nunca mais será confiança, o amor que nunca mais será amor, é o adeus que será para sempre adeus...
  • 12. Foi inútil o rio tentar explicar. Nunca mais se encontraram. Nunca mais a lua cantou naquele lugar. E as águas daquele rio, como o coração daquele homem, nunca mais foram os mesmos
  • 13. O homem mudou-se para muito longe e o rio, quando passava por lá, tentava não olhar mas sonhava, bem dentro, em suas águas mais profundas, um dia ver ali, debaixo do ingá, quem nunca deveria ter ido embora.
  • 14. "Esquecemos as conversas onde só o coração fala e perdemos tardes lindas de amor... abraços apertados, aconchego... por não querer relevar... não querer lutar um pouco mais. Às vezes temos 100% e por causa de 1% perdemos 99%... Já viram como sempre ficamos presos a este 1%???. Guardamos sempre a imagem da casa destruída, mas, negamos dar vida ao rio
  • 15. CRÉDITOS TEXTO – O homem e o rio (Desconheço o autor) MÚSICA – Secret feelings - Ernesto Cortazar APRESENTAÇÃO – idealizada e produzida por Tecla Maria