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O Conselho de E. G. White sobre as versões da Bíblia
Por Arthur L. White
Em seus escritos das Escrituras Sagradas, Ellen White fez
uso das várias traduções em inglês das Escrituras Sagradas que
estavam disponíveis em sua época. No entanto, ela não comenta
diretamente sobre os méritos relativos a essas versões, mas fica
claro devido a sua prática que ela reconheceu a desejabilidade de
usar do melhor em todas as versões da Bíblia. O que ela escreveu
estabelece um amplo fundamento para uma abordagem de abertura
de mente às muitas produções do Texto Sagrado.
Como parte da visão de a Grande Controvérsia de 4 de
março de 1858, ela teve uma visão da preservação da Bíblia, que
apresentou no capítulo “Morte, Não Vida Eterna em Miséria”
(Primeiros Escritos: pp. 218-222). Esta declaração inicial é
significativa:
“Vi então que Deus sabia que Satanás experimentaria todo
artifício para destruir o homem; portanto, fez com que Sua Palavra
fosse escrita, e esclareceu de tal maneira os Seus propósitos com
relação à raça humana que nem o mais fraco precisa errar. Depois
de haver dado Sua Palavra ao homem, preservou-a cuidadosamente
da destruição por Satanás e seus anjos, ou por qualquer de seus
agentes ou representantes. Conquanto outros livros pudessem ser
destruídos, este deveria ser imortal. E, próximo do fim do tempo,
quando aumentassem os enganos de Satanás, deveria ser
multiplicado de tal maneira que todos os que quisessem poderiam
ter dele um exemplar, e poderiam, assim desejando, armar-se
contra as armadilhas e prodígios de mentira de Satanás.” (página
220).
“Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia,
ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos
nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam
tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam
mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas
estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi,
porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita,
prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os
verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não
somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o caminho
da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do
caminho da vida ali revelado.” (página 220).
Sobre a atitude da Sra. White em relação à revisão inglesa
da década de 1880, seu filho, W. C. White, relata:
“Antes que a versão revisada fosse publicada, houve
vazamentos do comitê de declarações a respeito das mudanças que
pretendiam se fazer. Trouxe algumas delas à atenção da Mãe e ela
me deu informações muito surpreendentes a respeito destas
Escrituras. Isto me levou a acreditar que a revisão, quando chegou
às nossas mãos, seria uma questão de grande serviço para nós.”
W. C. White, DF 579 (1931); Ministry, abril de 1947, p. 17.
É significativo que quase imediatamente após o
aparecimento da Versão Revisada em inglês, a Sra. White fez uso
dela em seus livros, como fez também com a versão American
Standad quando ela se tornou disponível em 1901. É também
significativo que quatro grandes declarações da pena da Sra. White
a respeito da Bíblia e dos escritores bíblicos foram escritas durante
esta década do aparecimento das versões revisadas do Novo e do
Antigo Testamento.
A revisão do Novo Testamento foi publicada em 1881, a
revisão do Antigo Testamento em 1885. É interessante notar que
durante a década da revisão, vários artigos apareceram na Review
and Herald de uma maneira bastante casual, mantendo diante dos
Adventistas do Sétimo Dia o que estava envolvido na revisão - o
progresso do trabalho, sua recepção, sua relação com a versão King
James e seu valor para nós. A maioria dos artigos foram
reimpressões de outros periódicos:
NT: Deixamos os nomes dos artigos no idioma original para
facilitar a busca de quem se interessar em lê-los na íntegra.
1. March 11, 1880 (p. 167), “The Revised Bible."
2. February 8, 1881 (p. 87), "Different Versions of the
Bible"--A historical review.
3. June 14, 1881 (p. 377), "The Revised Greek
Testament"--A discussion of the Greek texts used in the revision
of the New Testament.
4. June 28, 1881 (p. 9), "The New Version"--An editorial,
probably by Uriah Smith, representing a favorable reaction to
the new version.
5. March 20, 1883 (p. 186), "The New Version vs. the
Old"--W. H. Littlejohn answers questions, with favorable
reaction.
6. October 21, 1884 (p. 666), "The Revision of the Old
Testament Ready for the Press."
7. February 8, 1887 (p. 83), "The Revised Version"--A
recommendation from F. D. Starr.
8. June 11, 1889 (p. 384), "Revising the Scriptures"--A
discussion by L. A. Smith of work undertaken by the Baptists to
get a satisfactory translation of texts on baptism.
Apart from these articles, there is little or nothing in the
columns of the Review on the revised versions of the Bible of
1881-1885 and 1901.
Between the years 1886 and 1889, however, Mrs. White
penned the four comprehensive and illuminating article on the
nature and authority of the Holy Scriptures referred to above.
These are as follows:
1. In 1886, "Objections to the Bible," Ms 24, 1886 (1SM
19-21).
2. In 1888, Introduction to The Great Controversy, v-vii.
3. In 1888, "The Guide Book," Ms 16, 1888 (1SM 15-18).
4. In 1889, "The Mysteries of the Bible a Proof of Its
Inspiration"--5T 698-711.
A partir destes artigos, selecionamos alguns trechos que
tornam clara sua compreensão da redação e preservação do texto
bíblico. Estas considerações evidentemente prepararam o caminho
para que ela fizesse uso de várias versões e traduções das
Escrituras.
1. Declarações feitas em 1886 – Objeções à Bíblia
“Os escritores da Bíblia tiveram de exprimir suas ideias
em linguagem humana. Ela foi escrita por seres humanos. Esses
homens foram inspirados pelo Espírito Santo. Devido a
imperfeições da compreensão humana da linguagem, ou da
perversidade da mente humana, hábil em fugir à verdade,
muitos leem e entendem a Bíblia de maneira a se agradarem a
si mesmos. Não é que a dificuldade esteja na Bíblia. Adversários
políticos questionam pontos de lei no livro dos estatutos, e
tomam atitudes opostas em sua aplicação, e nessas leis...
“A Bíblia não nos é dada em elevada linguagem sobre-
humana. A fim de chegar aos homens onde eles se encontram, Jesus
revestiu-Se da humanidade. A Bíblia precisa ser dada na linguagem
dos homens. Tudo quanto é humano é imperfeito. Significações
diversas são expressas pela mesma palavra; não há uma palavra
para cada ideia distinta. A Bíblia foi dada para fins práticos...
“A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a
maneira de pensar e exprimir-se de Deus. Esta é da humanidade.
Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão
muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém,
não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os
escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena.
Olhai os diversos escritores.”
Mensagens Escolhidas, v. 1, pp. 19-21.
2. Declarações feitas em 1888 – Introdução à Grande
Controvérsia
“A Escritura Sagrada aponta a Deus como seu autor; no
entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus
diferentes livros apresenta os característicos dos diversos escritores.
As verdades reveladas são dadas por inspiração de Deus (II Tim.
3:16); acham-se, contudo, expressas em palavras de homens. O Ser
infinito, por meio de Seu Santo Espírito, derramou luz no
entendimento e coração de Seus servos. Deu sonhos e visões,
símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada,
concretizaram os pensamentos em linguagem humana.
“Os Dez Mandamentos foram pronunciados pelo próprio
Deus, e por Sua própria mão foram escritos. São de redação divina
e não humana. Mas a Escritura Sagrada, com suas divinas verdades,
expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino
com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo, que
era o Filho de Deus e Filho do homem. Assim, é verdade com
relação à Escritura, como o foi em relação a Cristo, que "o Verbo Se
fez carne e habitou entre nós". João 1:14.
“Escritos em épocas diferentes, por homens de origem e
posição diversas, e variando entre si quanto à sua capacidade
intelectual e espiritual, os livros da Bíblia oferecem um singular
contraste de estilos e uma variedade de formas dos assuntos
expostos. A fraseologia dos diferentes escritos diverge, expondo
uns os mesmos fatos com maior clareza do que outros.
“É assim que Deus Se agradou comunicar Sua verdade ao
mundo por meio de agências humanas que Ele próprio, pelo Seu
Espírito, faz idôneas para essa missão, dirigindo-lhes a mente no
tocante ao que devem falar ou escrever. Os tesouros divinos são
deste modo confiados a vasos terrestres sem contudo nada
perderem de sua origem celestial. O testemunho nos é transmitido
nas expressões imperfeitas de nossa linguagem, conservando
todavia o seu caráter de testemunho de Deus, no qual o crente
submisso descobre a virtude divina, superabundante em graça e
verdade.
“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o
conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem
ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade.
Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de
toque da experiência religiosa. "Toda Escritura é inspirada por Deus
e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra." II Tim. 3:16 e 17.”
O Grande Conflito, p. 7 (online)
3.Declarações feitas em 1888 – “O Livro Guia”
“Este Livro Santo tem resistido aos assaltos de Satanás, que
se tem unido com homens maus para envolver em névoas e
escuridão tudo quanto é de caráter divino. O Senhor, porém, tem
guardado este Livro Santo em sua forma atual mediante o miraculoso
poder dEle - uma carta ou guia para a família humana a fim de
mostrar-lhe o caminho do Céu.
“Alguns nos olham seriamente e dizem: "Não acha que deve
ter havido algum erro nos copistas ou da parte dos tradutores?" Tudo
isso é provável, e a mente que for tão estreita que hesite e tropece
nessa possibilidade ou probabilidade, estaria igualmente pronta a
tropeçar nos mistérios da Palavra Inspirada, porque sua mente fraca
não pode ver através dos desígnios de Deus. Sim, com a mesma
facilidade tropeçariam em fatos simples que a mente comum aceita
e em que discerne o Divino, e para quem as declarações de Deus
são simples e belas, cheias de essência e riqueza. Mesmo todos os
erros não causarão dificuldade a uma alma, nem farão tropeçar os
pés de alguém que não fabrique dificuldades da mais simples
verdade revelada.
“Deus confiou o preparo de Sua Palavra divinamente
inspirada ao homem finito. Esta Palavra, arranjada em livros - o
Antigo e o Novo Testamentos - é o guia para os habitantes de um
mundo caído, a eles legado para que, mediante o estudar as
direções e obedecer-lhes, alma alguma perdesse o caminho do
Céu.
“Tomo a Bíblia tal como ela é, como a Palavra Inspirada.
Creio nas declarações de uma Bíblia inteira. Levantam-se homens
que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a
expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses
homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem
eloquência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar
espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver
segundo eles próprios veem. E a mesma obra é transmitida de um
para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até
que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo:
"Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na
Terra?" Luc. 18:8.
“Os homens devem deixar que Deus cuide de Seu próprio
Livro, Seus oráculos vivos, como Ele tem feito por séculos. Eles
começam a pôr em dúvida algumas partes da revelação, e acham
falhas nas aparentes incoerências desta e daquela declaração.
Começando em Gênesis, eles rejeitam aquilo que julgam
questionável, e sua mente os leva adiante, pois Satanás levará a
qualquer extensão a que eles o sigam em sua crítica, e vejam alguma
coisa de que duvidar em todas as Escrituras. Suas faculdades de
crítica são aguçadas pelo exercício, e não podem repousar em nada
com certeza. Procurais raciocinar com esses homens, mas é tempo
perdido. Você tenta racionalizar com esses homens, mas perde seu
tempo. Eles exercerão sua capacidade de ridículo mesmo sobre a
Bíblia. Tornam-se até zombadores, e ficariam surpreendidos se os
fizésseis ver as coisas por esse aspecto.
“Irmãos, apegai-vos à sua Bíblia, tal como se lê, parai com
vossas críticas relativamente a sua validade, e obedecei à Palavra, e
nenhum de vós se perderá. O engenho dos homens se tem
exercitado através dos séculos para medir a Palavra de Deus por sua
mente finita e limitada compreensão. Se o Senhor, o Autor das
Sagradas Escrituras, retirasse a cortina e revelasse Sua sabedoria e
Sua glória perante eles, reduzir-se-iam a nada, e exclamariam como
Isaías: "Sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um
povo de impuros lábios." Isa. 6:5.”
Mensagens escolhidas, v. 1, pp. 15-18.
4. Declarações feitas em 1889 – “Os Mistérios da Bíblia”
“Todos os que se aproximam da Bíblia com espírito dócil e
devoto, para estudar suas expressões como a Palavra de Deus,
receberão iluminação divina. Há muitas coisas aparentemente
difíceis ou obscuras que Deus tornará claras e simples aos que assim
buscarem compreendê-las...
“Muito julgam que repousa sobre eles a responsabilidade
de explicar todas as aparentes dificuldades da Bíblia, a fim de
enfrentar as cavilações dos céticos e infiéis. Mas, procurando
explicar aquilo que compreendem apenas imperfeitamente, acham-
se em perigo de confundir a mente dos outros com referência a
pontos claros e facilmente compreensíveis. Não é esta a nossa obra.
Tampouco devemos lamentar que existam essas dificuldades, mas
aceitá-las como foram permitidas pela sabedoria de Deus. É dever
nosso receber Sua Palavra, que é clara em todos os pontos
essenciais à salvação da alma, e praticar seus princípios em nossa
vida, ensinando-os a outros, tanto pelo preceito como pelo exemplo.
“Meus irmãos, que a Palavra de Deus permaneça
exatamente tal qual é. Que nenhuma sabedoria humana presuma
diminuir a força de uma só declaração das Escrituras.”
Testemunhos para a Igreja, v. 5, pp. 704-706, 711.
Alguns Comentários Adicionais – 1889 e 1901
"Deus tinha testemunhas fiéis a quem Ele comprometeu a
verdade, os quais preservaram a Palavra de Deus. Os manuscritos
em hebraico e grego das Escrituras têm sido preservados através
dos tempos por um milagre de Deus".
Letter 32, 1899.
“O Senhor fala aos seres humanos em linguagem imperfeita,
a fim de os sentidos degenerados, a percepção pesada, terrena, dos
seres da Terra poderem compreender-Lhe as palavras. Nisto se
revela a condescendência de Deus. Ele vai ao encontro dos caídos
seres humanos onde eles se acham. Perfeita como é, em toda a sua
simplicidade, a Bíblia não corresponde às grandes idéias de Deus;
pois idéias infinitas não se podem corporificar perfeitamente em
finitos veículos de pensamento. Em lugar de as expressões da Bíblia
serem exageradas, como julgam muitos, as fortes expressões se
enfraquecem ante a magnificência da idéia, embora o escritor
escolha a mais expressiva linguagem para transmitir as verdades da
educação mais elevada. Os seres pecadores só podem suportar
olhar a sombra do brilho da glória celeste.”
Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 22.
O Uso das Versões Revisadas pela Irmã White
Como observado anteriormente, a Sra. White utilizou
ocasionalmente a versão revisada, também a leitura marginal de
textos, em quase todos os seus livros publicados após 1885, o ano
do aparecimento da versão revisada completa em inglês.
Em A Grande Controvérsia, publicado em 1888, foram
utilizados sete textos da revisão recém-editada, e ela também
utilizou a interpretação marginal de outros oito textos. A proporção
da Versão Revisada e interpretação marginal de textos é muito
pequena quando consideramos que há mais de 850 escrituras
citadas em A Grande Controvérsia, ou uma média de pouco mais de
um texto das escrituras para uma página, enquanto que há
aproximadamente uma citação da Versão Revisada e uma
interpretação marginal para cada cem páginas.
Em 1901 a Versão Revisada Americana saiu do prelo, e a
partir dessa época descobrimos que a Sra. White empregou
ocasionalmente tanto a Versão Revisada Inglesa quanto a Versão
Revisada Americana.
Em 1911, quando A Grande Controvérsia foi reiniciada, a
Sra. White reteve seis dos sete textos anteriormente citados da
Versão Revisada em inglês. Para o outro texto, ela substituiu pela
Versão Revisada Americana. As oito citações marginais foram
usadas como na edição anterior.
Na publicação do livro A Ciência do Bom Viver (1905) a Sra.
White empregou oito textos da Versão Revisada em inglês, 55 da
Versão Revisada Americana, dois de Leeser e quatro de Noyes,
além de sete citações marginais.
Outros volumes nos quais os textos da Versão Revisada
frequentemente aparecem são Patriarcas e Profetas (1890); Caminho
a Cristo (1892); O Maior Discurso de Cristo (1896); O Desejo de
todas as Nações (1898); Educação (1903); e Testemunhos para a
Igreja, v. 8 (1904).
Os livros de E. G. White, usando algumas versões revisadas
ou citações marginais, são Parábolas de Jesus (1900); Testemunhos
para a Igreja, v. 7 (1902); Testemunhos para a Igreja, v. 9 (1909); Atos
dos Apóstolos (1911); Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes
(1913); Obreiros Evangélicos (1915); e Profetas e Reis (1917).
Patriarcas e Profetas (1890) também contém duas citações
da tradução Bernard, e pelo menos uma da Versão Boothroyd.
Educação (1903) contém pelo menos uma citação da tradução de
Rotherham.
Nos cinco volumes da série Grande Conflito, encontramos
as versões revisadas citadas. Como seria de se esperar, aqueles
volumes que entram numa exposição da verdade bíblica tratando de
pontos de doutrina ou dos ensinamentos de Cristo, contêm mais
textos citados das versões revisadas do que os volumes de
conselhos à igreja e aqueles que apresentam em grande parte uma
descrição histórica. Nos três volumes do Índice Compreensivo dos
Escritos de Ellen G. White o uso das versões revisadas está indicado
no Índice Escriturístico.
Quanto à atitude da Sra. White em relação às revisões de
1885 e 1901, e quanto ao seu próprio uso das mesmas na pregação
e escrita, seu filho, W. C. White, que estava intimamente associado a
ela em seu ministério público e na preparação e publicação de seus
livros, escreveu em 1931:
"Eu não sei de nada nos escritos de E. G. White, nem posso
me lembrar de nada nas conversas da Irmã White, que intimava que
ela sentia que havia algum mal no uso da Versão Revisada...
"Quando a primeira revisão foi publicada, eu comprei um
bom exemplar e dei-o à Mãe. Ela se referiu a ele ocasionalmente,
mas nunca o usou em suas pregações. Mais tarde, quando os
manuscritos eram preparados para seus novos livros e para edições
revisadas de livros já impressos, a atenção da Irmã White foi
chamada de tempos em tempos por mim e pela Irmã Marian Davis,
para o fato de que ela estava usando textos que foram traduzidos
muito mais claramente na Versão Revisada. A Irmã White estudou
cada um cuidadosamente, e em alguns casos ela nos instruiu a usar
a Versão Revisada. Em outros casos, ela nos instruiu a aderir à
Versão Autorizada.
"Quando Testemunhos para a Igreja, v. 8, foi impresso e
parecia desejável fazer algumas citações longas dos Salmos, foi
apontado à Irmã White que a Versão Revisada destes Salmos era
preferível, e que usando a forma de “blank verse” (NT: poesia sem
rima) as passagens eram mais legíveis. A Irmã White deu uma
consideração deliberada ao assunto, e nos instruiu a usar a Versão
Revisada. Ao estudar estas passagens, você verá que em vários
lugares onde a Versão Revisada é amplamente utilizada, a Versão
Autorizada é utilizada onde a tradução parece ser melhor.
"Não podemos encontrar em nenhum dos escritos da Irmã
White, nem encontro em minha memória nenhuma condenação da
Versão Revisada Americana das Escrituras Sagradas. As razões da
Irmã White para não utilizar a Versão Revisada Americana no púlpito
são as seguintes:
“Há muitas pessoas na congregação que se lembram das
palavras dos textos que poderíamos usar conforme são
apresentados na Versão Autorizada, e ler a partir da Versão
Revisada introduziria questões perplexas em suas mentes sobre o
porquê da redação do texto ter sido alterada pelos revisores e sobre
o porquê de estar sendo usada pelo orador.”
"Ela não me aconselhou de forma positiva a não usar a
Versão Revisada Americana, mas ela me sugeriu muito claramente
que seria melhor não o fazer, pois o uso da redação diferente trouxe
perplexidade aos membros mais velhos da congregação".
White Estate DF 579; Ministry, abril de 1947, pp. 17, 18.
Os extratos citados acima revelam a posição de Ellen White
sobre questões como a transmissão do Texto Sagrado, a união do
divino e do humano no registro escrito da revelação de Deus ao
homem, e também sobre sua relação com as várias traduções das
Escrituras Sagradas.
9 de dezembro de 1953
Ellen G White Estate
Washington, D.C.
Revised May, 1991
Fonte: https://whiteestate.org/legacy/issues-versions-html/

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  • 1. O Conselho de E. G. White sobre as versões da Bíblia Por Arthur L. White Em seus escritos das Escrituras Sagradas, Ellen White fez uso das várias traduções em inglês das Escrituras Sagradas que estavam disponíveis em sua época. No entanto, ela não comenta diretamente sobre os méritos relativos a essas versões, mas fica claro devido a sua prática que ela reconheceu a desejabilidade de usar do melhor em todas as versões da Bíblia. O que ela escreveu estabelece um amplo fundamento para uma abordagem de abertura de mente às muitas produções do Texto Sagrado. Como parte da visão de a Grande Controvérsia de 4 de março de 1858, ela teve uma visão da preservação da Bíblia, que apresentou no capítulo “Morte, Não Vida Eterna em Miséria” (Primeiros Escritos: pp. 218-222). Esta declaração inicial é significativa: “Vi então que Deus sabia que Satanás experimentaria todo artifício para destruir o homem; portanto, fez com que Sua Palavra fosse escrita, e esclareceu de tal maneira os Seus propósitos com relação à raça humana que nem o mais fraco precisa errar. Depois de haver dado Sua Palavra ao homem, preservou-a cuidadosamente da destruição por Satanás e seus anjos, ou por qualquer de seus agentes ou representantes. Conquanto outros livros pudessem ser destruídos, este deveria ser imortal. E, próximo do fim do tempo, quando aumentassem os enganos de Satanás, deveria ser multiplicado de tal maneira que todos os que quisessem poderiam ter dele um exemplar, e poderiam, assim desejando, armar-se contra as armadilhas e prodígios de mentira de Satanás.” (página 220). “Vi que Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos
  • 2. nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do caminho da vida ali revelado.” (página 220). Sobre a atitude da Sra. White em relação à revisão inglesa da década de 1880, seu filho, W. C. White, relata: “Antes que a versão revisada fosse publicada, houve vazamentos do comitê de declarações a respeito das mudanças que pretendiam se fazer. Trouxe algumas delas à atenção da Mãe e ela me deu informações muito surpreendentes a respeito destas Escrituras. Isto me levou a acreditar que a revisão, quando chegou às nossas mãos, seria uma questão de grande serviço para nós.” W. C. White, DF 579 (1931); Ministry, abril de 1947, p. 17. É significativo que quase imediatamente após o aparecimento da Versão Revisada em inglês, a Sra. White fez uso dela em seus livros, como fez também com a versão American Standad quando ela se tornou disponível em 1901. É também significativo que quatro grandes declarações da pena da Sra. White a respeito da Bíblia e dos escritores bíblicos foram escritas durante esta década do aparecimento das versões revisadas do Novo e do Antigo Testamento. A revisão do Novo Testamento foi publicada em 1881, a revisão do Antigo Testamento em 1885. É interessante notar que durante a década da revisão, vários artigos apareceram na Review and Herald de uma maneira bastante casual, mantendo diante dos Adventistas do Sétimo Dia o que estava envolvido na revisão - o progresso do trabalho, sua recepção, sua relação com a versão King
  • 3. James e seu valor para nós. A maioria dos artigos foram reimpressões de outros periódicos: NT: Deixamos os nomes dos artigos no idioma original para facilitar a busca de quem se interessar em lê-los na íntegra. 1. March 11, 1880 (p. 167), “The Revised Bible." 2. February 8, 1881 (p. 87), "Different Versions of the Bible"--A historical review. 3. June 14, 1881 (p. 377), "The Revised Greek Testament"--A discussion of the Greek texts used in the revision of the New Testament. 4. June 28, 1881 (p. 9), "The New Version"--An editorial, probably by Uriah Smith, representing a favorable reaction to the new version. 5. March 20, 1883 (p. 186), "The New Version vs. the Old"--W. H. Littlejohn answers questions, with favorable reaction. 6. October 21, 1884 (p. 666), "The Revision of the Old Testament Ready for the Press." 7. February 8, 1887 (p. 83), "The Revised Version"--A recommendation from F. D. Starr. 8. June 11, 1889 (p. 384), "Revising the Scriptures"--A discussion by L. A. Smith of work undertaken by the Baptists to get a satisfactory translation of texts on baptism. Apart from these articles, there is little or nothing in the columns of the Review on the revised versions of the Bible of 1881-1885 and 1901. Between the years 1886 and 1889, however, Mrs. White penned the four comprehensive and illuminating article on the nature and authority of the Holy Scriptures referred to above. These are as follows:
  • 4. 1. In 1886, "Objections to the Bible," Ms 24, 1886 (1SM 19-21). 2. In 1888, Introduction to The Great Controversy, v-vii. 3. In 1888, "The Guide Book," Ms 16, 1888 (1SM 15-18). 4. In 1889, "The Mysteries of the Bible a Proof of Its Inspiration"--5T 698-711. A partir destes artigos, selecionamos alguns trechos que tornam clara sua compreensão da redação e preservação do texto bíblico. Estas considerações evidentemente prepararam o caminho para que ela fizesse uso de várias versões e traduções das Escrituras. 1. Declarações feitas em 1886 – Objeções à Bíblia “Os escritores da Bíblia tiveram de exprimir suas ideias em linguagem humana. Ela foi escrita por seres humanos. Esses homens foram inspirados pelo Espírito Santo. Devido a imperfeições da compreensão humana da linguagem, ou da perversidade da mente humana, hábil em fugir à verdade, muitos leem e entendem a Bíblia de maneira a se agradarem a si mesmos. Não é que a dificuldade esteja na Bíblia. Adversários políticos questionam pontos de lei no livro dos estatutos, e tomam atitudes opostas em sua aplicação, e nessas leis... “A Bíblia não nos é dada em elevada linguagem sobre- humana. A fim de chegar aos homens onde eles se encontram, Jesus revestiu-Se da humanidade. A Bíblia precisa ser dada na linguagem dos homens. Tudo quanto é humano é imperfeito. Significações diversas são expressas pela mesma palavra; não há uma palavra para cada ideia distinta. A Bíblia foi dada para fins práticos... “A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e exprimir-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão
  • 5. muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. Olhai os diversos escritores.” Mensagens Escolhidas, v. 1, pp. 19-21. 2. Declarações feitas em 1888 – Introdução à Grande Controvérsia “A Escritura Sagrada aponta a Deus como seu autor; no entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta os característicos dos diversos escritores. As verdades reveladas são dadas por inspiração de Deus (II Tim. 3:16); acham-se, contudo, expressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio de Seu Santo Espírito, derramou luz no entendimento e coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada, concretizaram os pensamentos em linguagem humana. “Os Dez Mandamentos foram pronunciados pelo próprio Deus, e por Sua própria mão foram escritos. São de redação divina e não humana. Mas a Escritura Sagrada, com suas divinas verdades, expressas em linguagem de homens, apresenta uma união do divino com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e Filho do homem. Assim, é verdade com relação à Escritura, como o foi em relação a Cristo, que "o Verbo Se fez carne e habitou entre nós". João 1:14. “Escritos em épocas diferentes, por homens de origem e posição diversas, e variando entre si quanto à sua capacidade intelectual e espiritual, os livros da Bíblia oferecem um singular contraste de estilos e uma variedade de formas dos assuntos expostos. A fraseologia dos diferentes escritos diverge, expondo uns os mesmos fatos com maior clareza do que outros. “É assim que Deus Se agradou comunicar Sua verdade ao mundo por meio de agências humanas que Ele próprio, pelo Seu
  • 6. Espírito, faz idôneas para essa missão, dirigindo-lhes a mente no tocante ao que devem falar ou escrever. Os tesouros divinos são deste modo confiados a vasos terrestres sem contudo nada perderem de sua origem celestial. O testemunho nos é transmitido nas expressões imperfeitas de nossa linguagem, conservando todavia o seu caráter de testemunho de Deus, no qual o crente submisso descobre a virtude divina, superabundante em graça e verdade. “Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." II Tim. 3:16 e 17.” O Grande Conflito, p. 7 (online) 3.Declarações feitas em 1888 – “O Livro Guia” “Este Livro Santo tem resistido aos assaltos de Satanás, que se tem unido com homens maus para envolver em névoas e escuridão tudo quanto é de caráter divino. O Senhor, porém, tem guardado este Livro Santo em sua forma atual mediante o miraculoso poder dEle - uma carta ou guia para a família humana a fim de mostrar-lhe o caminho do Céu. “Alguns nos olham seriamente e dizem: "Não acha que deve ter havido algum erro nos copistas ou da parte dos tradutores?" Tudo isso é provável, e a mente que for tão estreita que hesite e tropece nessa possibilidade ou probabilidade, estaria igualmente pronta a tropeçar nos mistérios da Palavra Inspirada, porque sua mente fraca não pode ver através dos desígnios de Deus. Sim, com a mesma facilidade tropeçariam em fatos simples que a mente comum aceita e em que discerne o Divino, e para quem as declarações de Deus são simples e belas, cheias de essência e riqueza. Mesmo todos os
  • 7. erros não causarão dificuldade a uma alma, nem farão tropeçar os pés de alguém que não fabrique dificuldades da mais simples verdade revelada. “Deus confiou o preparo de Sua Palavra divinamente inspirada ao homem finito. Esta Palavra, arranjada em livros - o Antigo e o Novo Testamentos - é o guia para os habitantes de um mundo caído, a eles legado para que, mediante o estudar as direções e obedecer-lhes, alma alguma perdesse o caminho do Céu. “Tomo a Bíblia tal como ela é, como a Palavra Inspirada. Creio nas declarações de uma Bíblia inteira. Levantam-se homens que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem eloquência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver segundo eles próprios veem. E a mesma obra é transmitida de um para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Luc. 18:8. “Os homens devem deixar que Deus cuide de Seu próprio Livro, Seus oráculos vivos, como Ele tem feito por séculos. Eles começam a pôr em dúvida algumas partes da revelação, e acham falhas nas aparentes incoerências desta e daquela declaração. Começando em Gênesis, eles rejeitam aquilo que julgam questionável, e sua mente os leva adiante, pois Satanás levará a qualquer extensão a que eles o sigam em sua crítica, e vejam alguma coisa de que duvidar em todas as Escrituras. Suas faculdades de crítica são aguçadas pelo exercício, e não podem repousar em nada com certeza. Procurais raciocinar com esses homens, mas é tempo perdido. Você tenta racionalizar com esses homens, mas perde seu tempo. Eles exercerão sua capacidade de ridículo mesmo sobre a
  • 8. Bíblia. Tornam-se até zombadores, e ficariam surpreendidos se os fizésseis ver as coisas por esse aspecto. “Irmãos, apegai-vos à sua Bíblia, tal como se lê, parai com vossas críticas relativamente a sua validade, e obedecei à Palavra, e nenhum de vós se perderá. O engenho dos homens se tem exercitado através dos séculos para medir a Palavra de Deus por sua mente finita e limitada compreensão. Se o Senhor, o Autor das Sagradas Escrituras, retirasse a cortina e revelasse Sua sabedoria e Sua glória perante eles, reduzir-se-iam a nada, e exclamariam como Isaías: "Sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios." Isa. 6:5.” Mensagens escolhidas, v. 1, pp. 15-18. 4. Declarações feitas em 1889 – “Os Mistérios da Bíblia” “Todos os que se aproximam da Bíblia com espírito dócil e devoto, para estudar suas expressões como a Palavra de Deus, receberão iluminação divina. Há muitas coisas aparentemente difíceis ou obscuras que Deus tornará claras e simples aos que assim buscarem compreendê-las... “Muito julgam que repousa sobre eles a responsabilidade de explicar todas as aparentes dificuldades da Bíblia, a fim de enfrentar as cavilações dos céticos e infiéis. Mas, procurando explicar aquilo que compreendem apenas imperfeitamente, acham- se em perigo de confundir a mente dos outros com referência a pontos claros e facilmente compreensíveis. Não é esta a nossa obra. Tampouco devemos lamentar que existam essas dificuldades, mas aceitá-las como foram permitidas pela sabedoria de Deus. É dever nosso receber Sua Palavra, que é clara em todos os pontos essenciais à salvação da alma, e praticar seus princípios em nossa vida, ensinando-os a outros, tanto pelo preceito como pelo exemplo. “Meus irmãos, que a Palavra de Deus permaneça exatamente tal qual é. Que nenhuma sabedoria humana presuma diminuir a força de uma só declaração das Escrituras.”
  • 9. Testemunhos para a Igreja, v. 5, pp. 704-706, 711. Alguns Comentários Adicionais – 1889 e 1901 "Deus tinha testemunhas fiéis a quem Ele comprometeu a verdade, os quais preservaram a Palavra de Deus. Os manuscritos em hebraico e grego das Escrituras têm sido preservados através dos tempos por um milagre de Deus". Letter 32, 1899. “O Senhor fala aos seres humanos em linguagem imperfeita, a fim de os sentidos degenerados, a percepção pesada, terrena, dos seres da Terra poderem compreender-Lhe as palavras. Nisto se revela a condescendência de Deus. Ele vai ao encontro dos caídos seres humanos onde eles se acham. Perfeita como é, em toda a sua simplicidade, a Bíblia não corresponde às grandes idéias de Deus; pois idéias infinitas não se podem corporificar perfeitamente em finitos veículos de pensamento. Em lugar de as expressões da Bíblia serem exageradas, como julgam muitos, as fortes expressões se enfraquecem ante a magnificência da idéia, embora o escritor escolha a mais expressiva linguagem para transmitir as verdades da educação mais elevada. Os seres pecadores só podem suportar olhar a sombra do brilho da glória celeste.” Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 22. O Uso das Versões Revisadas pela Irmã White Como observado anteriormente, a Sra. White utilizou ocasionalmente a versão revisada, também a leitura marginal de textos, em quase todos os seus livros publicados após 1885, o ano do aparecimento da versão revisada completa em inglês. Em A Grande Controvérsia, publicado em 1888, foram utilizados sete textos da revisão recém-editada, e ela também utilizou a interpretação marginal de outros oito textos. A proporção da Versão Revisada e interpretação marginal de textos é muito pequena quando consideramos que há mais de 850 escrituras
  • 10. citadas em A Grande Controvérsia, ou uma média de pouco mais de um texto das escrituras para uma página, enquanto que há aproximadamente uma citação da Versão Revisada e uma interpretação marginal para cada cem páginas. Em 1901 a Versão Revisada Americana saiu do prelo, e a partir dessa época descobrimos que a Sra. White empregou ocasionalmente tanto a Versão Revisada Inglesa quanto a Versão Revisada Americana. Em 1911, quando A Grande Controvérsia foi reiniciada, a Sra. White reteve seis dos sete textos anteriormente citados da Versão Revisada em inglês. Para o outro texto, ela substituiu pela Versão Revisada Americana. As oito citações marginais foram usadas como na edição anterior. Na publicação do livro A Ciência do Bom Viver (1905) a Sra. White empregou oito textos da Versão Revisada em inglês, 55 da Versão Revisada Americana, dois de Leeser e quatro de Noyes, além de sete citações marginais. Outros volumes nos quais os textos da Versão Revisada frequentemente aparecem são Patriarcas e Profetas (1890); Caminho a Cristo (1892); O Maior Discurso de Cristo (1896); O Desejo de todas as Nações (1898); Educação (1903); e Testemunhos para a Igreja, v. 8 (1904). Os livros de E. G. White, usando algumas versões revisadas ou citações marginais, são Parábolas de Jesus (1900); Testemunhos para a Igreja, v. 7 (1902); Testemunhos para a Igreja, v. 9 (1909); Atos dos Apóstolos (1911); Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes (1913); Obreiros Evangélicos (1915); e Profetas e Reis (1917). Patriarcas e Profetas (1890) também contém duas citações da tradução Bernard, e pelo menos uma da Versão Boothroyd. Educação (1903) contém pelo menos uma citação da tradução de Rotherham.
  • 11. Nos cinco volumes da série Grande Conflito, encontramos as versões revisadas citadas. Como seria de se esperar, aqueles volumes que entram numa exposição da verdade bíblica tratando de pontos de doutrina ou dos ensinamentos de Cristo, contêm mais textos citados das versões revisadas do que os volumes de conselhos à igreja e aqueles que apresentam em grande parte uma descrição histórica. Nos três volumes do Índice Compreensivo dos Escritos de Ellen G. White o uso das versões revisadas está indicado no Índice Escriturístico. Quanto à atitude da Sra. White em relação às revisões de 1885 e 1901, e quanto ao seu próprio uso das mesmas na pregação e escrita, seu filho, W. C. White, que estava intimamente associado a ela em seu ministério público e na preparação e publicação de seus livros, escreveu em 1931: "Eu não sei de nada nos escritos de E. G. White, nem posso me lembrar de nada nas conversas da Irmã White, que intimava que ela sentia que havia algum mal no uso da Versão Revisada... "Quando a primeira revisão foi publicada, eu comprei um bom exemplar e dei-o à Mãe. Ela se referiu a ele ocasionalmente, mas nunca o usou em suas pregações. Mais tarde, quando os manuscritos eram preparados para seus novos livros e para edições revisadas de livros já impressos, a atenção da Irmã White foi chamada de tempos em tempos por mim e pela Irmã Marian Davis, para o fato de que ela estava usando textos que foram traduzidos muito mais claramente na Versão Revisada. A Irmã White estudou cada um cuidadosamente, e em alguns casos ela nos instruiu a usar a Versão Revisada. Em outros casos, ela nos instruiu a aderir à Versão Autorizada. "Quando Testemunhos para a Igreja, v. 8, foi impresso e parecia desejável fazer algumas citações longas dos Salmos, foi apontado à Irmã White que a Versão Revisada destes Salmos era preferível, e que usando a forma de “blank verse” (NT: poesia sem rima) as passagens eram mais legíveis. A Irmã White deu uma
  • 12. consideração deliberada ao assunto, e nos instruiu a usar a Versão Revisada. Ao estudar estas passagens, você verá que em vários lugares onde a Versão Revisada é amplamente utilizada, a Versão Autorizada é utilizada onde a tradução parece ser melhor. "Não podemos encontrar em nenhum dos escritos da Irmã White, nem encontro em minha memória nenhuma condenação da Versão Revisada Americana das Escrituras Sagradas. As razões da Irmã White para não utilizar a Versão Revisada Americana no púlpito são as seguintes: “Há muitas pessoas na congregação que se lembram das palavras dos textos que poderíamos usar conforme são apresentados na Versão Autorizada, e ler a partir da Versão Revisada introduziria questões perplexas em suas mentes sobre o porquê da redação do texto ter sido alterada pelos revisores e sobre o porquê de estar sendo usada pelo orador.” "Ela não me aconselhou de forma positiva a não usar a Versão Revisada Americana, mas ela me sugeriu muito claramente que seria melhor não o fazer, pois o uso da redação diferente trouxe perplexidade aos membros mais velhos da congregação". White Estate DF 579; Ministry, abril de 1947, pp. 17, 18. Os extratos citados acima revelam a posição de Ellen White sobre questões como a transmissão do Texto Sagrado, a união do divino e do humano no registro escrito da revelação de Deus ao homem, e também sobre sua relação com as várias traduções das Escrituras Sagradas. 9 de dezembro de 1953 Ellen G White Estate Washington, D.C. Revised May, 1991 Fonte: https://whiteestate.org/legacy/issues-versions-html/