1) O documento analisa as visões de Marx e Piketty sobre as desigualdades sociais no capitalismo.
2) Marx via a desigualdade como resultado da exploração dos trabalhadores pelos proprietários dos meios de produção, enquanto Piketty enfatiza as consequências distributivas.
3) Embora ambos reconheçam a tendência do capitalismo em gerar desigualdade crescente, suas soluções diferem: Marx defendia o socialismo, e Piketty propostas para reformar o sistema capitalista.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 21 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 21 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 05 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 05 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Essa aula conceitual busca trabalhar as diferenças entre o Comunismo, Socialismo e o Anarquismo.
Para isso, são utilizadas diferentes fontes como vídeos, filme, livro e imagens.
Todas as fontes possuem o objetivo de fazer com que o aluno pense a respeito do assunto e não reproduza a fala ou até a ideologia do professor.
Neste tema extremamente ideológico, o que prevalece são diferentes arguntos, visões de mundo e acima de tudo o RESPEITO.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 06 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 06 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 21 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 21 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 05 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 05 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Essa aula conceitual busca trabalhar as diferenças entre o Comunismo, Socialismo e o Anarquismo.
Para isso, são utilizadas diferentes fontes como vídeos, filme, livro e imagens.
Todas as fontes possuem o objetivo de fazer com que o aluno pense a respeito do assunto e não reproduza a fala ou até a ideologia do professor.
Neste tema extremamente ideológico, o que prevalece são diferentes arguntos, visões de mundo e acima de tudo o RESPEITO.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 06 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 06 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
O estudo do trabalho, das questões que o envolvem e a relação do trabalho com outros aspectos da vida social são referências para os autores clássicos. Neste capítulo vamos conhecer a visão dos autores clássicos sobre o trabalho assalariado. Também veremos como o trabalho assalariado se desenvolveu, quais são suas características centrais no mundo atual, como se organiza o trabalho na indústria, qual o papel da gerência e como a tecnologia incrementa o trabalho.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 22 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 22 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Essa aula apresenta questões relacionadas ao trabalho, tais como:
- a etimologia da palavra;
- o trabalho nas sociedades tribais;
- o trabalho na Idade Antiga,
- o trabalho na Idade Média;
- o trabalho na Idade Moderna;
- o trabalho na Idade Contemporânea;
- concepção de trabalho para Marx;
- concepção de trabalho para Durkheim (solidariedade mecânica x solidariedade orgânica).
Aula no formato Power Point sobre o Socialismo, explicando os tipos de Socialismo, apresentando as características respectivas de cada um e apresentando os pontos positivos e negativos dessa doutrina política.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 14 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 14 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 07 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 07 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.
Seu pensamento influencia várias áreas, especialmente Filosofia, Geografia, História, Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia, Ciência Política, Antropologia, Economia e Teologia, mas também Biologia, Psicologia, Comunicação, Administração, Física, Cosmologia, Arquitetura e Ecologia.
Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros estudiosos. Na Alemanha, a teoria de Marx foi ignorada durante bastante tempo, até que em 1879 um alemão estudioso da Economia Política, Adolph Wagner, comentou uma obra intitulada Allgemeine oder theoretische Volkswirthschaftslehre. A partir de então, os escritos de Marx começaram a atrair cada vez mais atenção.
Nos primeiros anos após a morte de Marx, sua teoria obteve crescente influência intelectual e política sobre os movimentos operários, e em menor proporção, sobre os círculos acadêmicos ligados às ciências humanas.
Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant, Nietzsche e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos maiores (para muitos, o maior) pensadores de todos os tempos, tendo uma produção teórica com a extensão e densidade de um Aristóteles, de quem era um admirador.
Marx criticou ferozmente o sistema filosófico idealista de Hegel. Enquanto que, para Hegel, da realidade se faz filosofia, para Marx a filosofia precisa incidir sobre a realidade. Para transformar o mundo é necessário vincular o pensamento à prática revolucionária, união conceitualizada como práxis: união entre teoria e prática.
A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Marx, se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa.
Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade. Esta compreensão e concepção do homem é radicalmente revolucionária em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais.
O COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS NO CAPITALISMO SEGUNDO MARX E PIKETTYFernando Alcoforado
ARTIGO DE FERNANDO ALCOFORADO PUBLICADO PELA REVISTA POLÍTICA DEMOCRÁTICA SOB O TÍTULO "O COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS NO CAPITALISMO SEGUNDO MARX E PIKETTY DISPONÍVEL NO WEBSITE <http: />
Este artigo tem por objetivo demonstrar que que riqueza e pobreza não podem ser tratados de forma isolada, uma vez que são as faces de uma mesma moeda formando um conjunto irredutível. A análise da riqueza não pode ser dissociada da pobreza, pois a concentração da riqueza gera a exploração que se constitui elemento fundante da pobreza. Isto significa dizer que se trata de uma falácia capitalista o dogma de que a promoção da concentração da riqueza e da renda seria o meio para o desenvolvimento econômico e a superação da pobreza. Há um pensamento generalizado de que as causas da miséria e da pobreza estariam vinculadas a desajustes familiares, ao despreparo educacional do indivíduo para o mundo do trabalho e à falta de capacidade do indivíduo para empreender. As causas da pobreza estão relacionadas com as desigualdades sociais resultantes da concentração da riqueza no capitalismo. Será que existe solução que leve â redução da desigualdade social? A resposta é a de que o fim da desigualdade social só será alcançada quando for implantado o Estado de Bem Estar social nos moldes do praticado nos países escandinavos com a necessária adaptação a cada país porque é o mais bem sucedido sistema social já implantado no mundo porque incorpora os elementos mais positivos tanto do socialismo como do capitalismo.
O estudo do trabalho, das questões que o envolvem e a relação do trabalho com outros aspectos da vida social são referências para os autores clássicos. Neste capítulo vamos conhecer a visão dos autores clássicos sobre o trabalho assalariado. Também veremos como o trabalho assalariado se desenvolveu, quais são suas características centrais no mundo atual, como se organiza o trabalho na indústria, qual o papel da gerência e como a tecnologia incrementa o trabalho.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 22 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 22 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Essa aula apresenta questões relacionadas ao trabalho, tais como:
- a etimologia da palavra;
- o trabalho nas sociedades tribais;
- o trabalho na Idade Antiga,
- o trabalho na Idade Média;
- o trabalho na Idade Moderna;
- o trabalho na Idade Contemporânea;
- concepção de trabalho para Marx;
- concepção de trabalho para Durkheim (solidariedade mecânica x solidariedade orgânica).
Aula no formato Power Point sobre o Socialismo, explicando os tipos de Socialismo, apresentando as características respectivas de cada um e apresentando os pontos positivos e negativos dessa doutrina política.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 14 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 14 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 07 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 07 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.
Seu pensamento influencia várias áreas, especialmente Filosofia, Geografia, História, Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia, Ciência Política, Antropologia, Economia e Teologia, mas também Biologia, Psicologia, Comunicação, Administração, Física, Cosmologia, Arquitetura e Ecologia.
Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros estudiosos. Na Alemanha, a teoria de Marx foi ignorada durante bastante tempo, até que em 1879 um alemão estudioso da Economia Política, Adolph Wagner, comentou uma obra intitulada Allgemeine oder theoretische Volkswirthschaftslehre. A partir de então, os escritos de Marx começaram a atrair cada vez mais atenção.
Nos primeiros anos após a morte de Marx, sua teoria obteve crescente influência intelectual e política sobre os movimentos operários, e em menor proporção, sobre os círculos acadêmicos ligados às ciências humanas.
Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant, Nietzsche e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos maiores (para muitos, o maior) pensadores de todos os tempos, tendo uma produção teórica com a extensão e densidade de um Aristóteles, de quem era um admirador.
Marx criticou ferozmente o sistema filosófico idealista de Hegel. Enquanto que, para Hegel, da realidade se faz filosofia, para Marx a filosofia precisa incidir sobre a realidade. Para transformar o mundo é necessário vincular o pensamento à prática revolucionária, união conceitualizada como práxis: união entre teoria e prática.
A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Marx, se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa.
Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade. Esta compreensão e concepção do homem é radicalmente revolucionária em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais.
O COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS NO CAPITALISMO SEGUNDO MARX E PIKETTYFernando Alcoforado
ARTIGO DE FERNANDO ALCOFORADO PUBLICADO PELA REVISTA POLÍTICA DEMOCRÁTICA SOB O TÍTULO "O COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS NO CAPITALISMO SEGUNDO MARX E PIKETTY DISPONÍVEL NO WEBSITE <http: />
Este artigo tem por objetivo demonstrar que que riqueza e pobreza não podem ser tratados de forma isolada, uma vez que são as faces de uma mesma moeda formando um conjunto irredutível. A análise da riqueza não pode ser dissociada da pobreza, pois a concentração da riqueza gera a exploração que se constitui elemento fundante da pobreza. Isto significa dizer que se trata de uma falácia capitalista o dogma de que a promoção da concentração da riqueza e da renda seria o meio para o desenvolvimento econômico e a superação da pobreza. Há um pensamento generalizado de que as causas da miséria e da pobreza estariam vinculadas a desajustes familiares, ao despreparo educacional do indivíduo para o mundo do trabalho e à falta de capacidade do indivíduo para empreender. As causas da pobreza estão relacionadas com as desigualdades sociais resultantes da concentração da riqueza no capitalismo. Será que existe solução que leve â redução da desigualdade social? A resposta é a de que o fim da desigualdade social só será alcançada quando for implantado o Estado de Bem Estar social nos moldes do praticado nos países escandinavos com a necessária adaptação a cada país porque é o mais bem sucedido sistema social já implantado no mundo porque incorpora os elementos mais positivos tanto do socialismo como do capitalismo.
Foram analisadas as contribuições de Karl Marx, Friedrich Engels, Adam Smith, David Ricardo e Thomas Malthus, Leon Walras, Stanley Jevons, Alfred Marshall, Ludwig von Mises, Friedrich von Hayek, Joseph Schumpeter, John Maynard Keynes, Paul Samuelson, John Kenneth Galbraith, Milton Friedman, Fernand Braudel. Immanuel Wallerstein na evolução do pensamento econômico.
O artigo faz uma análise do capitalismo, como produtor de exclusão social, pelo seu cunho financeiro digital globalizado,
provocador de contínuas crises econômicas, resolvidas pelo sacrifício dos direitos sociais dos cidadãos; pela sua manipulação biotecnológica da vida, configurando uma bioeconomia de otimização do corpo e de comercialização da saúde; pelo seu processo de produção de mais valia não mais centrado na venda de mercadorias, mas na detenção de conhecimentos, adquiridos pelas pessoas, cujocérebro torna-se o capital fixo do sistema, através da configuração da sua subjetividade.
Este artigo tem por objetivos: 1) demonstrar como o lucro é formado no capitalismo; 2) demonstrar a tendência inexorável de queda da taxa de lucro do sistema capitalista mundial; 3) demonstrar que o sistema capitalista mundial chegará ao fim em meados do século XXI; 4) apresentar as ações neutralizadoras da tendência de queda da taxa de lucro no sistema capitalista mundial; 5) apresentar as consequências benéficas e maléficas da automação industrial sobre a taxa de lucro no capitalismo e sobre a sociedade; 6) apresentar o desempenho do sistema capitalista mundial no período recente; e, 7) analisar a financeirização do capital e de risco de debacle do sistema capitalista mundial.
Este artigo tem por objetivo demonstrar que o povo brasileiro vive o inferno representado pelas catástrofes políticas, econômicas, sociais e ambientais que estão conduzindo o País a um desastre humanitário sem precedentes em sua história de gigantescas proporções. A catástrofe política no Brasil poderá ocorrer com o fim do processo democrático resultante da escalada do fascismo na sociedade pela ação do presidente Jair Bolsonaro que busca colocar em prática sua proposta de governo tipicamente fascista baseada no culto explícito da ordem, na violência de Estado, em práticas autoritárias de governo, no desprezo social por grupos vulneráveis e fragilizados e no anticomunismo. Soma-se à catástrofe política, a catástrofe econômica caracterizada pela estagnação da economia brasileira que amarga uma recessão em 2020 agravada pela pandemia do novo coronavirus porque o PIB caiu 4,1% em relação ao de 2019, a menor taxa da série histórica, iniciada em 1996, bem como com a taxa de desemprego em patamar recorde de 14,8 milhões de pessoas em busca de emprego no País. A catástrofe social se manifesta no fato de o governo Bolsonaro nada fazer para reduzir as taxas de desemprego reativando a economia, atuar em prejuízo dos interesses dos trabalhadores promovendo medidas contra os direitos sociais da população e contribuir para o número elevado de infectados e mortos pelo coronavirus no Brasil ao sabotar o combate ao vírus. Finalmente, a catástrofe ambiental se manifesta no fato de o governo Bolsonaro contribuir para a inação de órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização contra as agressões ao meio ambiente, abrir caminho para atividades de mineração, agricultura, pecuária e madeireira na Floresta Amazônica e afastar o Brasil do Acordo do Clima de Paris.
Cet article vise à démontrer que le peuple brésilien vit l'enfer représenté par les catastrophes politiques, économiques, sociales et environnementales qui conduisent le pays à une catastrophe humanitaire sans précédent dans son histoire aux proportions gigantesques. La catastrophe politique au Brésil pourrait survenir avec la fin du processus démocratique résultant de l'escalade du fascisme dans la société par l'action du président Jair Bolsonaro, qui cherche à mettre en pratique sa proposition de gouvernement typiquement fasciste. fondée sur le culte explicite de l'ordre, la violence d'État, les pratiques gouvernementales autoritaires, le mépris social pour les groupes vulnérables et fragiles et l'anticommunisme. Outre la catastrophe politique, la catastrophe économique caractérisée par la stagnation de l'économie brésilienne après une récession en 2020, aggravée par la nouvelle pandémie de coronavirus, car le PIB a baissé de 4,1% par rapport à 2019, le taux le plus bas du série historique, commencée en 1996, ainsi qu'avec le taux de chômage à un niveau record de 14,8 millions de personnes à la recherche d'un emploi dans le pays.La catastrophe sociale se manifeste par le fait que le gouvernement Bolsonaro ne fait rien pour réduire les taux de chômage en réactivant la économique, agissant au détriment des intérêts des travailleurs, promouvant des mesures contre les droits sociaux de la population et contribuant au nombre élevé de personnes infectées et tuées par le coronavirus au Brésil en sabotant la lutte contre le virus. Enfin, la catastrophe environnementale se manifeste par le fait que le gouvernement Bolsonaro contribue à l'inaction des agences gouvernementales chargées de surveiller les agressions contre l'environnement, ouvrant la voie aux activités minières, agricoles, d'élevage et d'exploitation forestière dans la forêt amazonienne et retirant le Brésil de l'Accord de Paris sur le climat.
Cet article a pour objectif de présenter et d'analyser le rapport du Groupe d'experts intergouvernemental sur l'évolution du climat (GIEC), agence liée à l'ONU, rendu public le 9 août 2021 à travers lequel il montre l'ensemble des connaissances acquises depuis la publication de son précédent rapport en 2014 sur le climat de la planète Terre. 234 auteurs de 66 pays ont examiné plus de 14 000 études scientifiques et leur travail a été reçu avec plus de 78 000 commentaires et observations de chercheurs et d'experts qui travaillant pour les 195 gouvernements auxquels ce travail est destiné. Ce rapport révèle une connaissance approfondie du climat passé, présent et futur de la Terre. Le résumé de ce rapport est à lire dans l'article Selon le GIEC, le changement climatique est irréversible, mais peut encore être corrigé disponible sur le site <https://www.sciencesetavenir.fr/nature-environnement/climat/selon-le-giec-le-changement-climatique-s-accelere-est-irreversible-mais-peut-etre-corrige_156431>. Alors que peut-on faire pour éviter cette catastrophe climatique ? La solution est de réduire de moitié les émissions mondiales de gaz à effet de serre d'ici 2030 et de zéro émission nette d'ici le milieu de ce siècle pour arrêter et éventuellement inverser la hausse des températures. La réduction à zéro des émissions nettes consiste à réduire autant que possible les émissions de gaz à effet de serre en utilisant les technologies propres et les énergies renouvelables, ainsi que comme capter et stocker le carbone, ou l'absorber en plantant des arbres. Très probablement, le monde ne réussira pas à empêcher d'autres changements climatiques en raison de l'absence d'un système de gouvernance mondiale capable d'empêcher l'augmentation du réchauffement climatique et le changement climatique catastrophique résultant de l'impuissance de l'ONU.
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar os impactos do aquecimento global e da consequente mudança climática sobre a saúde humana e as soluções que permitam evitar suas maléficas consequências contra a humanidade. Para alcançar este objetivo, é necessário promover uma transformação profunda da sociedade atual que tem sido extremamente destruidora das condições de vida do planeta. Diante disso, é imprescindível que seja edificada uma sociedade sustentável substituindo o atual modelo econômico dominante em todo o mundo por outro que leve em conta o homem integrado com o meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento sustentável. Foi analisado o Acordo de Paris com base na COP 21 organizada pela ONU através do qual 195 países e a União Europeia definiram como a humanidade lutará contra o aquecimento global nas próximas décadas, bem como foi analisada literatura relacionada com o aquecimento global e a mudança climática para extrair as conclusões que apontam como substituir o modelo de desenvolvimento atual pelo modelo de desenvolvimento sustentável.
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
This article aims to present the impacts of global warming and the consequent global climate change on human health and the solutions to avoid its harmful consequences against humanity. In order to achieve this goal, it is necessary to promote a profound transformation of current society, which has been extremely destructive of the planet's living conditions. Therefore, it is essential to build a sustainable society, replacing the current dominant economic model throughout the world with one that takes into account man integrated with the environment, with nature, that is, the model of sustainable development. The Paris Agreement was analyzed based on the COP 21 organized by the UN through which 195 countries and the European Union defined how humanity will fight global warming in the coming decades, as well as was analyzed literature related to global warming and climate change to extract the conclusions that point out how to replace the current development model with the sustainable development model.
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
Cet article a pour objectif de présenter les impacts du réchauffement climatique et du changement climatique qui en découle sur la santé humaine et les solutions pour éviter ses conséquences néfastes contre l'humanité. Pour atteindre cet objectif, il est nécessaire de promouvoir une transformation profonde de la société d'aujourd'hui qui a été extrêmement destructrice des conditions de vie sur la planète. Il est donc essentiel de construire une société durable, en remplaçant le modèle économique actuel dominant à travers le monde par un autre qui prenne en compte l'homme intégré à l'environnement, à la nature, c'est-à-dire le modèle de développement durable. L'Accord de Paris a été analysé sur la base de la COP 21 organisée par l'ONU à travers laquelle 195 pays et l'Union européenne ont défini comment l'humanité luttera contre le réchauffement climatique dans les prochaines décennies, ainsi que a été analysée la littérature liée au réchauffement climatique et au changement climatique pour extraire les conclusions qui indiquent comment remplacer le modèle de développement actuel par le modèle de développement durable.
Cet article a trois objectifs : 1) démontrer qu'il y a un changement drastique du climat de la Terre grâce au réchauffement climatique, qui contribue à la survenue d'inondations dans les villes aux effets de plus en plus catastrophiques ; 2) proposer des mesures pour lutter contre le changement climatique mondial ; et 3) proposer des mesures pour préparer les villes à faire face à des événements météorologiques extrêmes. Récemment, des inondations se sont produites qui exposent la vulnérabilité des villes d'Europe et de Chine aux conditions météorologiques les plus extrêmes. Après les inondations qui ont fait des morts en Allemagne, en Belgique et en Chine, le message a été renforcé que des changements importants sont nécessaires pour préparer les villes à faire face à des événements similaires à l'avenir. Les gouvernements doivent admettre que les infrastructures qu'ils ont construites dans le passé pour les villes, même à une époque plus récente, sont vulnérables à ces phénomènes météorologiques extrêmes. Pour faire face aux inondations qui deviendront de plus en plus fréquentes, les gouvernements doivent agir simultanément dans trois directions : la première est de lutter contre le changement climatique mondial ; le second est de préparer les villes à faire face à des événements météorologiques extrêmes et le troisième est de mettre en œuvre une société durable aux niveaux national et mondial.
This article has three objectives: 1) to demonstrate that there is a drastic change in the Earth's climate thanks to global warming, which is contributing to the occurrence of floods in cities that are increasingly catastrophic in their effects; 2) propose measures to combat global climate change; and 3) propose measures to prepare cities to face extreme weather events. Recently, floods have occurred that expose the vulnerability of cities in Europe and China to the most extreme weather. After the floods that killed people in Germany, Belgium and China, the message was reinforced that significant changes are needed to prepare cities to face similar events in the future. Governments need to admit that the infrastructure they built in the past for cities, even in more recent times, is vulnerable to these extreme weather events. To deal with the floods that will become more and more frequent, governments need to act simultaneously in three directions: the first is to combat global climate change; the second is to prepare cities to face extreme weather events and the third is to implement a sustainable society at the national and global levels.
Este artigo tem três objetivos: 1) demonstrar que está havendo uma mudança drástica no clima da Terra graças ao aquecimento global que está contribuindo para a ocorrência de inundações nas cidades que se repetem de forma cada vez mais catastrófica em seus efeitos; 2) propor medidas para combater a mudança climática global; e, 3) propor medidas visando preparar as cidades para enfrentar eventos climáticos extremos. Recentemente, ocorreram enchentes que expõem a vulnerabilidade das cidades da Europa e da China ao clima mais extremo. Depois das enchentes que mataram pessoas na Alemanha, Bélgica e China foi reforçada a mensagem de que são necessárias mudanças significativas para preparar as cidades para enfrentar eventos similares no futuro. Os governos precisam admitir que a infraestrutura que construíram no passado para as cidades, mesmo em tempos mais recentes, é vulnerável a esses eventos de clima extremo. Para lidar com as inundações que serão cada vez mais frequentes, os governos precisam agir simultaneamente em três direções: a primeira consiste em combater a mudança climática global; a segunda consiste em preparar as cidades para enfrentar eventos extremos no clima e a terceira consiste em implantar uma sociedade sustentável nas esferas nacional e global.
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo demonstrar que as eleições de 2022 são decisivas para o futuro do Brasil porque que o povo brasileiro terá que decidir entre os valores da civilização e da democracia ou os da barbárie e do fascismo defendidos pelos candidatos à Presidência da República. É preciso observar que a Civilização é considerada o estágio mais avançado que uma sociedade humana pode alcançar do ponto de vista político, econômico, social, cultural, científico e tecnológico. O contrário de civilização é a Barbárie que é a condição daquilo que é selvagem, cruel, desumano e grosseiro, ou seja, quem ou o que é tido como bárbaro que atenta contra o progresso político, econômico, social, cultural, científico e tecnológico. A barbárie sempre se caracterizou ao longo da história da humanidade por grupos que usam a força e a crueldade para alcançar seus objetivos.
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
Cet article vise à démontrer que les élections de 2022 sont décisives pour l'avenir du Brésil car le peuple brésilien devra trancher entre les valeurs de civilisation et de démocratie ou celles de barbarie et de fascisme défendues par les candidats à la Présidence de la République. Il convient de noter que la civilisation est considérée comme le stade le plus avancé qu'une société humaine puisse atteindre d'un point de vue politique, économique, social, culturel, scientifique et technologique. Le contraire de la civilisation est la barbarie, qui est la condition de ce qui est sauvage, cruel, inhumain et grossier, c'est-à-dire qui ou ce qui est considéré comme barbare qui attaque le progrès politique, économique, social, culturel, scientifique et technologique. La barbarie a toujours été caractérisée tout au long de l'histoire de l'humanité par des groupes qui utilisent la force et la cruauté pour atteindre leurs objectifs.
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
This article aims to demonstrate that the 2022 elections are decisive for the future of Brazil because the Brazilian people will have to decide between the values of civilization and democracy or those of barbarism and fascism defended by candidates for the Presidency of the Republic. It should be noted that Civilization is considered the most advanced stage that a human society can reach from a political, economic, social, cultural, scientific and technological point of view. The opposite of civilization is Barbarism, which is the condition of what is savage, cruel, inhuman and coarse, that is, who or what is considered barbaric that attacks political, economic, social, cultural, scientific and technological progress. Barbarism has always been characterized throughout human history by groups that use force and cruelty to achieve their goals.
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar o que foi dito pelo falecido cientista Stephen Hawking que afirmou em 2018 que a espécie humana poderia ser levada à extinção em 100 anos e que, devido a isto, forçaria os seres humanos a saírem da Terra, bem como demonstrar que as ameaças de extinção da espécie humana citadas por Hawking podem ser enfrentadas sem que haja a necessidade de fuga de seres humanos da Terra.
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
Cet article vise à présenter ce qu'a dit le regretté scientifique Stephen Hawking qui a déclaré en 2018 que l'espèce humaine pourrait être amenée à l'extinction dans 100 ans et que, de ce fait, il forcerait les êtres humains à quitter la Terre, ainsi que démontrer que les menaces d'extinction de l'espèce humaine citées par Hawking peuvent être affrontées sans que les êtres humains aient besoin de s'échapper de la Terre.
Today the French Revolution is commemorated, which was a dividing mark in the history of humanity, starting the contemporary age. It was such an important event that its ideals influenced many movements around the world.
On commémore aujourd'hui la Révolution française, qui a marqué l'histoire de l'humanité en commençant l'ère contemporaine. C'était un événement si important que ses idéaux ont influencé de nombreux mouvements à travers le monde.
Hoje é comemorada a Revolução Francesa que foi um marco divisório da história da humanidade dando início à idade contemporânea. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo.
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
É bastante evidente o descalabro do setor elétrico do Brasil. O planejamento eficaz do setor elétrico é aquele que deve ser desenvolvido com vários anos de antecedência e baseado em estudos técnicos e econômicos. A gestão competente tem que ser baseada no planejamento de longo prazo e com visão sistêmica que está faltando ao governo Bolsonaro. Sem a cultura do planejamento e a não utilização de profissionais competentes nas ações do governo federal, o resultado só poderia ser o que vem se registrando no setor elétrico que está ameaçado de “apagões” e de racionamento de energia elétrica.
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
Cet article vise à analyser les facteurs déclencheurs des révolutions sociales qui se sont produites tout au long de l'histoire de l'humanité et à évaluer la possibilité de leur occurrence dans le Brésil contemporain.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
This article aims to analyze the triggering factors of social revolutions that have occurred throughout human history and assess the possibility of their occurrence in contemporary Brazil.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
O combate às desigualdades sociais no capitalismo segundo marx e piketty
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O COMBATE ÀS DESGUALDADES SOCIAIS NO CAPITALISMO SEGUNDO
MARX E PIKETTY
Fernando Alcoforado*
Thomas Piketty escreveu um livro chamado Capital in the Twenty-First Century
(Capital no século XXI) publicado pela The Belknap Press of Harvard University Press,
Cambridge, Massachusetts, 2014, no qual defende a taxação progressiva e a tributação
da riqueza global como único caminho para deter a tendência de uma desigualdade
crescente de riqueza e renda no sistema capitalista. Ele coloca em xeque a visão,
amplamente aceita, de que o capitalismo de livre mercado distribui riqueza. Piketty
demonstra que o capitalismo de livre mercado, na ausência de uma grande intervenção
redistributiva por parte do Estado, produz oligarquias antidemocráticas. O livro tem sido
frequentemente apresentado como substituto para o século 21 do trabalho do século 19
de Karl Marx, que leva o mesmo título.
Em seu livro, Piketty não explica as causas mais profundas da crise mundial de 2008, e
por que está demorando tanto para o sistema capitalista mundial se recuperar. Ele não
ajuda a entender por que o crescimento econômico é tão medíocre hoje nos Estados
Unidos, ocorre a estagnação da Europa e do Japão e a desaceleração econômica da
China. O que Piketty mostra estatisticamente é que o capital tendeu, através da história,
a produzir níveis cada vez maiores de desigualdade. Esta é exatamente a conclusão
teórica de Marx, no primeiro volume de sua versão do Capital. Em O Capital de Marx,
a desigualdade é vista não como o resultado da distribuição da riqueza como O Capital
no Século XXI de Piketty apresenta, mas como um resultado inevitável da produção da
riqueza sob o capitalismo.
Segundo Marx, toda riqueza na sociedade é produto do trabalho, criada pelos esforços
físicos e mentais da classe trabalhadora. Os lucros, que significam o retorno sobre o
capital, são como Marx explicou nada mais do que o trabalho não pago da classe
trabalhadora, isto é, a diferença entre o valor que é produzido e o valor que reverte aos
trabalhadores na forma de salários. Uma taxa crescente de lucro, portanto, apenas
implica em uma exploração crescente da classe trabalhadora, o que significa
necessariamente uma maior parte da riqueza na sociedade se acumulando nas mãos dos
capitalistas – uma pequena elite de exploradores.
Marx demonstrou em seus três volumes de O Capital (Boitempo Editorial, São Paulo,
2013) como, por vários meios, o capitalismo pode explorar a classe trabalhadora por
maiores lucros: 1) estendendo a jornada de trabalho, através de uma intensificação do
trabalho dentro de um dado tempo; e, 2) aumentando a eficiência e a produtividade dos
trabalhadores, através da substituição de trabalho por máquinas etc. Tudo isto se reflete
no aumento da proporção do trabalho não pago em relação ao valor do que é produzido
pelos trabalhadores.
Marx viu a economia capitalista como um sistema com processos interconectados, e em
última análise como uma luta entre forças vivas – uma luta de classes entre os
capitalistas detentores dos meios de produção e os trabalhadores pelo excedente
produzido na sociedade. Através dos meios descritos acima, os capitalistas podem tentar
aumentar seus lucros à custa da classe trabalhadora. No entanto, onde a classe
trabalhadora é organizada, unida e desejosa de lutar, reformas podem ser obtidas e os
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trabalhadores podem ganhar uma parcela maior da renda gerada pela atividade
produtiva.
Este tipo de exploração é inerente ao capitalismo. Se os trabalhadores não recebem de
volta o pleno valor de seu produto – o que é necessariamente o caso em um sistema de
propriedade privada e de produção para o lucro – então, não podem comprar de volta
todas as mercadorias que produzem. Esta situação tende a criar situações de
superprodução que, historicamente, têm resultado na queda da produção e no aumento
do desemprego que leva inevitavelmente a crises tendentes à depressão como a que
experimentamos em 1929 e atualmente, na qual todas as contradições acumuladas no
sistema capitalista mundial estão se agravando.
Pelo exposto, Piketty não é o novo Marx. Enquanto Marx mostra as verdadeiras causas
das desigualdades sociais que estão relacionadas com a expropriação da renda dos
trabalhadores pelos detentores dos meios de produção, Piketty aponta as consequências
desta expropriação, isto é, as desigualdades resultantes. Enquanto Karl Marx defende o
fim do capitalismo com a implantação do socialismo e, mais tarde, do comunismo para
acabar com as desigualdades sociais, Piketty propõe medidas para consertar o sistema
capitalista e mantê-lo funcionando. O problema para Piketty não é a desigualdade em si,
mas o fato de que esta cria injustiça na sociedade que ameaça a existência do próprio
sistema capitalista. Piketty afirma que é muito difícil fazer o sistema funcionar quando
se tem uma desigualdade tão extrema como a que vem se registrando.
Para diminuir as desigualdades sociais, Thomas Piketty propõe uma medida que é
considerada utópica que é a taxação de grandes fortunas. O Capital no Século XXI
sugere, entre outras coisas, a tributação de grandes fortunas, o combate à desigualdade
econômica e à concentração da riqueza nas mãos de poucos. Com cerca de 500
páginas, O Capital no Século XXI é dividido em quatro partes nas quais trata da questão
da renda, produção, capital e suas transformações ao longo da história, principalmente a
partir da Revolução Industrial e faz uma verdadeira genealogia da questão de renda,
sobretudo, com um extensivo levantamento sobre as políticas de salário com focos na
França, Reino Unido e Estados Unidos os quais foram muito úteis para uma leitura a
respeito da história do capitalismo global e suas problemáticas.
Thomas Piketty analisa, também, a desigualdade, a concentração de renda, o rentista
enquanto inimigo da democracia, a desigualdade mundial da riqueza no século XXI, a
questão das famílias detentoras da riqueza global e, por fim, a taxação e regulação da
riqueza global. Piketty aborda o “apocalipse marxista” de acúmulo infinito de capital
que, para ele, não se concretizou. Porém, afirma que, apesar de não termos um acúmulo
infinito de capital, temos cada vez mais poucas famílias detendo quase a metade da
riqueza global.
Piketty explica que ocorre uma tendência ao crescimento da desigualdade devido ao
contínuo aumento da acumulação de riqueza resultante do fato de que a taxa de retorno
sobre o capital (r) sempre excede a taxa de crescimento da renda (g). Isso, diz Piketty, é
e sempre foi “a contradição central” do capital. Mas esse tipo de regularidade estatística
dificilmente alicerça uma explicação adequada, quanto mais uma lei. Então, quais são as
forças que produzem e sustentam tal contradição? Piketty não diz. Marx afirma em sua
obra O Capital que a existência desta lei resulta do desequilíbrio de poder entre capital e
trabalho. E essa explicação ainda é válida hoje. A queda constante da participação do
trabalho na renda nacional, desde os anos 1970, é decorrente do declínio do poder
político dos trabalhadores à medida que o capital mobilizava tecnologia, aumentava o
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desemprego, realizava a deslocalização de empresas e adotava políticas antitrabalho
(como as de Margaret Thatcher e Ronald Reagan) para destruir qualquer oposição.
As políticas anti-inflação dos anos 1980 aumentaram o desemprego que era um modo
extremamente desejável de reduzir a força política das classes trabalhadoras. A crise do
capitalismo que se seguiu recriava um exército de mão de obra de reserva possibilitando
que os capitalistas lucrassem mais do que nunca. A disparidade entre a remuneração
média dos trabalhadores e dos executivos-chefes era cerca de trinta para um em 1970.
Hoje está bem acima de trezentos para um e, no caso do MacDonalds, cerca de 1200
para um (OUTRAS PALAVRAS. David Harvey: leia Piketty, mas não se esqueça de
Marx. Disponível no website <http://outraspalavras.net/posts/david-harvey-leia-piketty-
mas-nao-se-esqueca-de-marx/>. Piketty reúne uma grande quantidade de dados para
sustentar sua argumentação. Sua descrição das diferenças entre renda e riqueza é
bastante útil e faz uma defesa cuidadosa da tributação sobre a herança, do imposto
progressivo e de um imposto sobre a riqueza global como possíveis (embora quase
certamente não politicamente viável) antídotos contra o avanço da concentração de
riqueza e poder.
A solução proposta por Karl Marx de superação das desigualdades deveria levar ao fim
do capitalismo com a implantação do socialismo e, mais tarde, do comunismo a qual é
considerada utópica por muitos analistas haja vista o fracasso do socialismo real
implantado na União Soviética e em outros países. A solução proposta por Piketty para
consertar o sistema capitalista e mantê-lo funcionando é, também, considerada utópica
diante do poder do capital porque sugere, entre outras medidas, a tributação de grandes
fortunas, o combate à desigualdade econômica e à concentração da riqueza nas mãos de
poucos. Em suma, ambas as soluções propostas seriam politicamente inviáveis e,
portanto, utópicas por muitos analistas.
Eric Hobsbawn ofereceu uma resposta a este dilema em artigo publicado no jornal
britânico The Guardian em 16/04/2009, sob o título Pressupostos teóricos da "economia
mista", quando afirmou que conhecemos duas tentativas práticas de realizar ambos os
sistemas, socialista e neoliberal, em sua forma pura: por um lado, as economias de
planificação estatal, centralizadas, de tipo soviético; por outro, a economia capitalista de
livre mercado isenta de qualquer restrição e controle. As primeiras vieram abaixo na
década de 1980, e com elas os sistemas políticos comunistas europeus; a segunda está se
decompondo diante de nossos olhos na maior crise do capitalismo global ocorrida em
2008.
Hobsbawm disse que o futuro pertence às economias mistas nas quais o público e o
privado estejam mutuamente vinculados de uma ou outra maneira. Isto significa dizer
que a Social Democracia com o Estado de Bem Estar social, o mais bem sucedido
sistema já implantado no mundo, que incorpora elementos tanto do socialismo como do
capitalismo, especialmente nos países escandinavos, poderia ser a solução para o
problema da desigualdade que avassala o planeta em que vivemos. A social democracia
do futuro, que deveria resultar do aperfeiçoamento do modelo atual implantado nos
países escandinavos, operaria com um tripé estruturado com base na Sociedade Civil
Organizada ativa, Setor Produtivo (estatal e privado) eficiente e eficaz e um Estado
neutro, que exerceria a coordenação do planejamento e a regulação do sistema e
mediaria os conflitos entre a Sociedade Civil e o Setor Produtivo.
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* Fernando Alcoforado, 75, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.