Portugueses estão entre os principais clientes da primeira gestora robótica de patrimónios. Mas os investidores nacionais são mais conservadores do que no resto da Europa. Portugueses já confiam num robot para gerir o seu dinheiro Bloomberg Ler mais tarde Imprimir Negócios jng@negocios.pt 14 de dezembro de 2017 às 12:39 A ETFmatic, a primeira gestora robótica de patrimónios a operar em Portugal, tem clientes em 32 países, entre os quais as maiores economias do mundo como Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Finlândia, mesmo assim o nosso país é um dos seus cinco melhores clientes, revela hoje o Observador. Há quase uma década que os gestores-robot são uma realidade nos Estados Unidos, país onde já administram mais de 45 mil milhões de euros. Mas na Europa o caminho tem sido mais lento, e em Portugal a ETFmatic é aliás a única empresa a usar este modelo de gestão de património – em que o dinheiro dos clientes é investido automaticamente através de algoritmos - e começou o operar há apenas um ano e meio. "Portugal é agora um dos cinco principais mercados" da ETFmatic, "definitivamente, não estávamos à espera", revela o empreendedor espanhol que fundou a ETFmatic, em Londres, Luís Rivera. O gestor não revela números, mas avança com uma explicação para o sucesso em Portugal: "Muito do nosso crescimento está a vir de países onde os emitentes de fundos cotados não investiram no desenvolvimento, [logo] a nossa oferta é mais disruptiva." Na mesma entrevista ao Observador, o fundador da ETFmatic conta que os investidores nacionais são mais conservadores do que no resto da Europa. A carteira mais comum entre os portugueses tem 40% aplicado no mercado accionista e 60% em fundos de obrigações, revela Luís Rivera. Ao nível europeu, a carteira mais popular tem 80% exposta a acções e 20% a obrigações, de acordo com as estatísticas mais recentes da companhia londrina. Isto acontece "apesar de [os portugueses] serem ligeiramente mais novos", com 32 anos, afirma Luís Rivera.