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Índice
Apresentação
1 Introdução
1.1 Origem do Mercado
2 Factores de evolução dos mercados
2.1 Factores de evolução do mercado a curto/médio prazo
2.2 Factores de Evolução do mercado a longo prazo
3 Sociologia do Mercado
4 Classificação dos mercados
4.1 Elementos principais para a formação de uma estrutura de mercado
4.2 Mercado de concorrência perfeita
4.3 Demais estruturas de mercado
5 Marketing e o mercado
6 Mercadoria segundo Karl Marx
7 Conclusão
8 Bibiografia
Apresentação
Introdução
1.1 Origem do Mercado
Originalmente o termo mercado, do latim, era utilizado para designar o
sítio onde compradores e vendedores se encontravam para trocar os seus
bens.
Para o pensamento econômico os mercados seriam a coleção de
compradores e vendedores que interagem, resultando na possibilidade de
troca (Pindick e Rubinfield, 1995) e serviriam como forma de governar as
transações econômicas que acontecem no seu meio, definidas pela lei da
oferta e demanda.
Já para a visão jurídica, os mercados seriam apenas a forma achada pela
sociedadepara proporcionaras trocas de forma organizada.
Tais visões levam a um objetivo único dos mercados, já previsto pelo
estudioso liberais da economia, o equilíbrio do mercado, pois neste cenário
de mercado perfeito todos os compradores evendedores teriam a mesma
informação e seu funcionamento se daria apenas pela procura e pela oferta
dos produtos.
Porém existe ainda uma outra forma de entender os mercados, por meio do
estudo sociológico, que buscaentender o comportamento da sociedade
frente aos mercados e que vão criticar o cenário previsto de mercado
perfeito. Para essa corrente o consumidor presumido pela teoria
neoclássica, com informação completa para sua compra, não existe
empiricamente. Segundo a autora Fernanda Wanderley, é possívelseparar
esses estudos sociológicos da economia por parte da sociologia em quatro
frentes:
 Enfoque estrutural: Que buscadefinir os intercâmbios financeiros
dos mercados como sendo padrões de relações interpessoais
concretas.
 Enfoque cultural: Busca analisar o papel que os significados
coletivos podem ter na hora de se definirem as estratégias
macroeconômicas a serem seguidas.
 Enfoque cognitivo: volta sua atenção as regularidades dos processos
mentais que limitam o exercício da racionalização econômica, como
por exemplo as preferências.
 Enfoque político: Segundo a autora esse método de estudo privilegia
as lutas pelo poderentre instituições sociais e políticas, como o
Estado e as classes sociais, e a forma como essadualidade afeta os
mercados.
Porém, mesmo com a existências destas diferentes abordagens, na hora de
se analisar a economia não necessariamente o analista precisa optar por
apenas uma, estes estudos podemser vistos como complementares, a partir
do ponto que buscam explicar diferentes tipos de comportamento da
sociedadefrente ao mercado e a economia. Como por exemplo a
pesquisadoraNadya Guimarães, no ano de 2004 fez um estudo sobreo
desemprego em duas metrópoles Tóquio e São Paulo, no qual é possível
ver como a sociedadese comportade forma diferente frente a esse
fenômeno, no Japão as pessoas veem essefato como um grande empecilho
as carreiras que tem uma grande relevância na vida das pessoas, já no
Brasil o desemprego é visto como algo mais natural que devido a cultura do
país é algo comum a sociedade, mesmo o emprego não possuio mesmo
valor se comparado ao que o povo Japonês dá.
Atualmente, com o avanço tecnológico, os mercados não necessitam de ser
lugares físicos ondecompradores e vendedores interagem (Internet).
A definição de mercado poderáser entendida de duas formas distintas:
 Em sentido amplo: Conjunto de pessoas individuais ou coletivas
capazes de influenciar as vendas de um determinado produto
 Em sentido restrito: Conjunto de dados sobrea importância e
evolução das vendas de um produto.
Quando nos referimos ao mercado, em sentido amplo ou em sentido
restrito, existem três classificações de mercado:
 Mercado real: Volume de vendas efetivo de um determinado produto
ou número de consumidores que compram o produto (os
consumidores do produto que a empresa fabrica).
Quota de Mercado é o mesmo que Mercado real da Empresa.
 Mercado potencial: Estimativa do volume a atingir pelas vendas de
um determinado produto ou conjunto de compradores que estão em
condições de adquirir esse produto (os consumidores que adquirem o
tipo de produto fabricado pela empresa e pela concorrência).
 Mercado total: Engloba o mercado potencial de um determinado
produto e o mercado dos que não consomemesse produto (toda a
população que tenha condições para vir a adquirir um bem ou
serviço, mas sem a garantia de vir a adquiri-lo).
Factores de evolução dos mercados
Um mercado é um sistema que evolui no tempo, sob o efeito de variáveis
cuja influência se verifica a curto/médio e a longo prazo. É importante
identificar esses factores, os quais ajudarão a perceber o que de mais
importante se vai passando no mercado e assim adoptar as estratégias e
políticas mais indicadas.
2 Factoresde evolução do mercado a curto/médio prazo
 Conjuntura econômica, política e social: as variações conjunturais do
do sistema envolta do mercado se reflete no comportamento que este
tem, pois impacta as condições de consumo e oferta de produtos,
tanto por parte das pessoas quanto por parte das empresas.
 Variações sazonais: é do conhecimento comum que o consumo de
muitos produtos varia ao longo do ano – a venda de chapéus-de-
chuva aumenta no Inverno e o consumo de gelados sofre um
acréscimo no Verão. Existe assim uma certa fragilidade destes
mercados, pois um Verão pouco quente e chuvoso podeprovocar
uma quebra nas vendas de gelados, apenas recuperável num próximo
Verão quente.
2.1 Factoresde Evolução do mercado a longo prazo
 Tempo: muitos mercados evoluem naturalmente ao longo do tempo à
medida que o consumo de certos produtos sevai expandindo e
entrando nos hábitos das pessoas. Éo caso de muitos equipamentos
domésticos, como as máquinas de lavar louça ou os microondas.
 Efeito de substituição de produtos:a substituição de muitos produtos
por novos (com o desaparecimento ou não dos antigos) provoca
alterações qualitativas e quantitativas nos mercados. Porexemplo, o
desaparecimento dos candeeiros de petróleo deu lugar à criação de
um espantoso mercado da iluminação eléctrica e o surgimento das
máquinas de barbear permitiu, não só a criação dessemesmo
mercado, mas também a expansão do próprio mercado concorrente –
o das lâminas de barbear.
 A inovação tecnológica como geradora de novos mercados:
actualmente, as empresas procuram na tecnologia grande fontes de
inspiração para novos produtos etambém para a criação de
vantagens concorrenciais.
 Grau de concorrência: o aparecimento de novos concorrentes no
mercado leva à dinâmica de desenvolvimento desses mercados
 Mercados condicionados:existem mercados que estão condicionados
pelo desenvolvimento de outros e, consequentemente, e
desenvolvimento deste irá levar ao desenvolvimento do outros. É o
caso do mercado da TV por cabo, que está condicionada pelo
mercado dos televisores, ou a Internet que está condicionada pelo
mercado dos computadores.
 Envolventes política, económica, cultural, demográfica, tecnológica
e social: de uma forma geral, os mercados são influenciados pelas
condições gerais envolventes.
Estes factores de evolução podem ser objecto de algum controlo e
influência por parte dos agentes econômicos, pois nunca podemos esquecer
que as empresas são forças activas e actuantes.
3 Sociologia do Mercado
Nesse contexto, convém destacar a abordagem que a sociologia do mercado
retrata acerca das origens e do funcionamento do mercado. O ramo não é
unívoco em seu entendimento, porém eles se completam na intenção de
explicar uma realidade que não encontra paralelo na literatura econômica
tradicional.
Com base nos estudos de Neil Fligstein e Luke Dauter, a sociologia é
essencial para apresentar uma visão mais completa dos mercados, com o
apoio de uma estruturação social , já que as relações sociais são essenciais
para o mercado, na medida em que o retira do campo das ideias e o
encontra no cotidiano.
As três grandes correntes sociológicas nos estudos dos mercados são:a
teoria das redes, que parte de um pressupostodeconstrução social do
mercado a partir dos laços tradicionais de sua estrutura social; a teoria
institucionalista, que parte do pressuposto quea cognição e a ação servem
como base para o mercado, a partir de mecanismos de poder, normalmente
político, e pelas normas; e, porfim, a teoria da performidade, que acredita
que a formação dos mercados tem base na aplicação porindivíduos dos
processos técnicos que escolherem mais adequados, combase em sua
realidade cultural e cognitiva.
Em última análise, apesar de serem estudadas de forma separada, essas
teorias convergem nos mercados tradicionais, sendo frequentemente
adotadas em conjunto pelos agentes econômicos.
4 Classificação dos mercados
Existem dois tipos de mercado:
 Mercado formal
 Mercado informal
O funcionamento de um sistema de mercado se fundamenta em um
conjunto de regras, onde se compram e vendem bens e serviços e também
fatores de produção.
A quantidade demandada por um bem não depende unicamente do preço do
bem em consideração, mas de diversos outros fatores, como, porexemplo,
preferências do consumidor, preço de outros bens que possamvir a ser
substitutos, renda disponível, etc.
A quantidade ofertada de um bem também depende de vários factores, tais
como tecnologia disponível, preço dos fatores de produção, subsídios,
impostos, preço do próprio bem, etc.
4.1 Elementos principais para a formação de uma estrutura de
mercado
 Quantidade de vendedores/ofertantes
 Quantidade de demandantes
 Tipo de produto
 Acesso a informação
4.2 Mercado de concorrênciaperfeita
Segundo Marco António Sandoval de Vasconcellos, o mercado de
concorrência perfeita, que também podeser chamado de mercado
perfeitamente competitivo, é o reflexo de um mercado que resulta de uma
economia completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente. Ele
é o ápice da ideologia liberal, sendo a máxima expressão da mão invisível
do mercado, em que ele se autorregula, sem a interferência de entes
externos.
Esse mercado é caracterizado pela sua atomicidade, já que existem
inúmeros compradores e vendedores garantindo que nenhum deles possa
influenciar de forma decisiva em seu funcionamento, pela homogeneidade
no produto, que não proporcionavantagens para nenhuma das partes,
fluidez de partes, que garante a livre entrada e saídade capital desse
mercado, e transparência nas negociações, já que é característica essencial
da livre concorrência que todos os participantes tenham acesso as mesmas
informações.
O mercado de concorrência perfeita não existe de fato, porém ele é a
base, um modelo construído combaseem mercados reais, que deve ser o
objetivo das economias reais. Assim, a autora Marie France Garcia-Parpet,
realizou um estudo acerca de um mercado no interior da França que reflete
esses mecanismo, qual seja, o mercado computadorizado deFontaines-em-
Sologne, porém, ela questiona o fato de que ele é puramente um reflexo dos
mecanismos de mercado materializados e levados a últimas consequências,
ressaltando o fato de que inclusive a escolha pelo modelo econômico de
funcionamento foi feita pelos agentes envolvidos nasua criação e
desenvolvimento.Resumidamente, ela mostra com base em fatos concretos,
refletidos em seus exemplos e na descrição de seu funcionamento que o
mercado de Fontaines-em-Sologne é uma “invenção social”, fruto do
trabalho de alguns agentes com interesses convergentes.
Ou seja, mesmo o exemplo dessarelação econômica encontrado na
sociedade, possuifatores de formação que extrapolam muito o liberalismo
econômico aplicado ao caso concreto, já que também reflete as
necessidades e lutas da sociedade naquele tempo e espaço determinado,
além de suas ideologias individuais, abordagem que nem sempre é
considerada em análises econômicas.
4.3 Demais estruturas de mercado
 Monopólio
 Oligopólio
 Monopsônio
 Oligopsônio
 Concorrência monopolística
5 Marketing e o mercado
Marketing é a gestão dos mercados, fazendo emergir trocas e relações com
o intuito de criar valor e satisfazer necessidades e desejos. É um processo
através do qual os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam
criando e trocando produtos e valor uns com os outros. Embora muitas
vezes pensemos no Marketing como sendo apenas praticado por
vendedores, os compradores também participam nas actividades de
marketing. Os consumidores fazem marketing quando procuram novos
produtos e preços vantajosos, que eles consigam suportar
6 Mercadoria segundo Karl Marx
Karl Marx em O Capital define a mercadoria como tendo um duplo
aspecto:a) como valor de uso, a mercadoria é algo concreto, um objeto de
consumo, que podeser imediatamente utilizado para satisfazer uma
necessidade ou que podeser consumido produtivamente - ser usado como
meio de produção de outros objetos ou como matéria-prima; b) como valor
de troca, a mercadoria é uma coisa que podeser trocada por outra,
diretamente - escambo - ou por meio do dinheiro. Marx afirma que, como
valor de troca, as peculiaridades dos objetos são deixadas de lado para
considerá-los apenas como quantidades abstratas. Por exemplo, 2 kg de
arroz tornam-se iguais a uma caixa de fósforos, enquanto que, como coisas
concretas (valores de uso), caixas de fósforos e sacos de arroz não tem nada
em comum.
Para Marx, esses dois aspectos são constituintes de toda e qualquer
mercadoria e formam uma unidade inseparável ao mesmo tempo que
conflitante (contraditória). Ele define a sociedadecapitalista como tendo
posto o valor de uso como meio para o aumento do valor de troca, enquanto
as sociedades mercantis pré-capitalistas colocavam o valor de uso como
fim e o valor de troca como meio.
Em O Capital, Marx vê a sociedade capitalista se constituindo na interação
e interrelacionamento de três tipos de mercadorias (cada uma tendo o duplo
aspecto de valor de troca/valor de uso), que são: a mercadoria-simples, a
mercadoria força de trabalho e a mercadoria-capital, sendo que esta última
domina e dirige a produção e reprodução dos outros dois tipos. A
mercadoria-capital consiste, enquanto valor de uso, nos meios de
produção que se acumulam revolucionando-se indefinidamente, e,
enquanto valor de troca, no valor que buscase valorizar indefinidamente (a
mercadoria-capital não deve ser confundida com o capital propriamente
dito, pois este é uma relação social, enquanto a mercadoria-capital é apenas
uma coisa econômica); a mercadoria simples consiste, como valor de uso,
em objetos que satisfazem uma necessidade e nas matérias primas, e, como
valor de troca, no valor que desaparece como uso ou tende a conservar seu
valor ao ser usada como matéria prima; a mercadoria força de trabalho
consiste, enquanto valor de uso, nas habilidades e aptidões humanas e,
enquanto valor de troca, no valor que se consomena reprodução da força
de trabalho (reprodução das habilidades e aptidões), isto é, o salário, mas é
unicamente a utilização da força de trabalho que cria o valor que se
acumula indefinidamente na mercadoria-capital. Para uma descrição da
interação entre estas mercadorias, ver o artigo mais-valia.
Um aspecto fundamental para entender O Capital, é o conceito
de fetichismo da mercadoria, segundo o qual, na troca de mercadorias, a
relação entre pessoas “assumea forma fantasmagórica de uma relação entre
coisas. Numa sociedade mercantil (capitalista ou pré-capitalista) ocorre que
a troca de mercadorias é a única maneira na qual os diferentes produtores
isolados se relacionam entre si. Dessa maneira, o valor das mercadorias é
determinado de modo independente dos produtores individuais, e cada
produtordeve produzir sua mercadoria em termos de satisfação de
necessidades alheias. Disso resulta que a mercadoria mesma (ou o
mercado) parece determinar a vontade do produtore não o contrário. O
fetichismo da mercadoria é o fenômeno social e psicológico onde as
mercadorias aparentam ter uma vontade independente de seus produtores.
O desdobramento que Marx faz da crítica do fetichismo da mercadoria
forma o núcleo de "O Capital" como crítica do capital, afirmando que este é
uma relação social onde o trabalho morto (as coisas, os meios de
produção,etc.)domina o trabalho vivo (a atividade dos homens), de modo
que os homens passama existir como meras peças das máquina e
instrumentos que, embora sejam os homens que as operam e produzem,
formam um sistema mundial que se alimenta do trabalho vivo e buscase
acumular indefinidamente.
Conclusão
8 Bibiografia

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  • 1. Índice Apresentação 1 Introdução 1.1 Origem do Mercado 2 Factores de evolução dos mercados 2.1 Factores de evolução do mercado a curto/médio prazo 2.2 Factores de Evolução do mercado a longo prazo 3 Sociologia do Mercado 4 Classificação dos mercados 4.1 Elementos principais para a formação de uma estrutura de mercado 4.2 Mercado de concorrência perfeita 4.3 Demais estruturas de mercado 5 Marketing e o mercado 6 Mercadoria segundo Karl Marx 7 Conclusão 8 Bibiografia
  • 4. 1.1 Origem do Mercado Originalmente o termo mercado, do latim, era utilizado para designar o sítio onde compradores e vendedores se encontravam para trocar os seus bens. Para o pensamento econômico os mercados seriam a coleção de compradores e vendedores que interagem, resultando na possibilidade de troca (Pindick e Rubinfield, 1995) e serviriam como forma de governar as transações econômicas que acontecem no seu meio, definidas pela lei da oferta e demanda. Já para a visão jurídica, os mercados seriam apenas a forma achada pela sociedadepara proporcionaras trocas de forma organizada. Tais visões levam a um objetivo único dos mercados, já previsto pelo estudioso liberais da economia, o equilíbrio do mercado, pois neste cenário de mercado perfeito todos os compradores evendedores teriam a mesma informação e seu funcionamento se daria apenas pela procura e pela oferta dos produtos. Porém existe ainda uma outra forma de entender os mercados, por meio do estudo sociológico, que buscaentender o comportamento da sociedade frente aos mercados e que vão criticar o cenário previsto de mercado perfeito. Para essa corrente o consumidor presumido pela teoria neoclássica, com informação completa para sua compra, não existe empiricamente. Segundo a autora Fernanda Wanderley, é possívelseparar esses estudos sociológicos da economia por parte da sociologia em quatro frentes:  Enfoque estrutural: Que buscadefinir os intercâmbios financeiros dos mercados como sendo padrões de relações interpessoais concretas.  Enfoque cultural: Busca analisar o papel que os significados coletivos podem ter na hora de se definirem as estratégias macroeconômicas a serem seguidas.  Enfoque cognitivo: volta sua atenção as regularidades dos processos mentais que limitam o exercício da racionalização econômica, como por exemplo as preferências.  Enfoque político: Segundo a autora esse método de estudo privilegia as lutas pelo poderentre instituições sociais e políticas, como o
  • 5. Estado e as classes sociais, e a forma como essadualidade afeta os mercados. Porém, mesmo com a existências destas diferentes abordagens, na hora de se analisar a economia não necessariamente o analista precisa optar por apenas uma, estes estudos podemser vistos como complementares, a partir do ponto que buscam explicar diferentes tipos de comportamento da sociedadefrente ao mercado e a economia. Como por exemplo a pesquisadoraNadya Guimarães, no ano de 2004 fez um estudo sobreo desemprego em duas metrópoles Tóquio e São Paulo, no qual é possível ver como a sociedadese comportade forma diferente frente a esse fenômeno, no Japão as pessoas veem essefato como um grande empecilho as carreiras que tem uma grande relevância na vida das pessoas, já no Brasil o desemprego é visto como algo mais natural que devido a cultura do país é algo comum a sociedade, mesmo o emprego não possuio mesmo valor se comparado ao que o povo Japonês dá. Atualmente, com o avanço tecnológico, os mercados não necessitam de ser lugares físicos ondecompradores e vendedores interagem (Internet). A definição de mercado poderáser entendida de duas formas distintas:  Em sentido amplo: Conjunto de pessoas individuais ou coletivas capazes de influenciar as vendas de um determinado produto  Em sentido restrito: Conjunto de dados sobrea importância e evolução das vendas de um produto. Quando nos referimos ao mercado, em sentido amplo ou em sentido restrito, existem três classificações de mercado:  Mercado real: Volume de vendas efetivo de um determinado produto ou número de consumidores que compram o produto (os consumidores do produto que a empresa fabrica). Quota de Mercado é o mesmo que Mercado real da Empresa.  Mercado potencial: Estimativa do volume a atingir pelas vendas de um determinado produto ou conjunto de compradores que estão em condições de adquirir esse produto (os consumidores que adquirem o tipo de produto fabricado pela empresa e pela concorrência).  Mercado total: Engloba o mercado potencial de um determinado produto e o mercado dos que não consomemesse produto (toda a
  • 6. população que tenha condições para vir a adquirir um bem ou serviço, mas sem a garantia de vir a adquiri-lo). Factores de evolução dos mercados Um mercado é um sistema que evolui no tempo, sob o efeito de variáveis cuja influência se verifica a curto/médio e a longo prazo. É importante identificar esses factores, os quais ajudarão a perceber o que de mais importante se vai passando no mercado e assim adoptar as estratégias e políticas mais indicadas. 2 Factoresde evolução do mercado a curto/médio prazo  Conjuntura econômica, política e social: as variações conjunturais do do sistema envolta do mercado se reflete no comportamento que este tem, pois impacta as condições de consumo e oferta de produtos, tanto por parte das pessoas quanto por parte das empresas.  Variações sazonais: é do conhecimento comum que o consumo de muitos produtos varia ao longo do ano – a venda de chapéus-de- chuva aumenta no Inverno e o consumo de gelados sofre um acréscimo no Verão. Existe assim uma certa fragilidade destes mercados, pois um Verão pouco quente e chuvoso podeprovocar uma quebra nas vendas de gelados, apenas recuperável num próximo Verão quente. 2.1 Factoresde Evolução do mercado a longo prazo  Tempo: muitos mercados evoluem naturalmente ao longo do tempo à medida que o consumo de certos produtos sevai expandindo e entrando nos hábitos das pessoas. Éo caso de muitos equipamentos domésticos, como as máquinas de lavar louça ou os microondas.  Efeito de substituição de produtos:a substituição de muitos produtos por novos (com o desaparecimento ou não dos antigos) provoca alterações qualitativas e quantitativas nos mercados. Porexemplo, o desaparecimento dos candeeiros de petróleo deu lugar à criação de um espantoso mercado da iluminação eléctrica e o surgimento das máquinas de barbear permitiu, não só a criação dessemesmo mercado, mas também a expansão do próprio mercado concorrente – o das lâminas de barbear.  A inovação tecnológica como geradora de novos mercados: actualmente, as empresas procuram na tecnologia grande fontes de
  • 7. inspiração para novos produtos etambém para a criação de vantagens concorrenciais.  Grau de concorrência: o aparecimento de novos concorrentes no mercado leva à dinâmica de desenvolvimento desses mercados  Mercados condicionados:existem mercados que estão condicionados pelo desenvolvimento de outros e, consequentemente, e desenvolvimento deste irá levar ao desenvolvimento do outros. É o caso do mercado da TV por cabo, que está condicionada pelo mercado dos televisores, ou a Internet que está condicionada pelo mercado dos computadores.  Envolventes política, económica, cultural, demográfica, tecnológica e social: de uma forma geral, os mercados são influenciados pelas condições gerais envolventes. Estes factores de evolução podem ser objecto de algum controlo e influência por parte dos agentes econômicos, pois nunca podemos esquecer que as empresas são forças activas e actuantes. 3 Sociologia do Mercado Nesse contexto, convém destacar a abordagem que a sociologia do mercado retrata acerca das origens e do funcionamento do mercado. O ramo não é unívoco em seu entendimento, porém eles se completam na intenção de explicar uma realidade que não encontra paralelo na literatura econômica tradicional. Com base nos estudos de Neil Fligstein e Luke Dauter, a sociologia é essencial para apresentar uma visão mais completa dos mercados, com o apoio de uma estruturação social , já que as relações sociais são essenciais para o mercado, na medida em que o retira do campo das ideias e o encontra no cotidiano. As três grandes correntes sociológicas nos estudos dos mercados são:a teoria das redes, que parte de um pressupostodeconstrução social do mercado a partir dos laços tradicionais de sua estrutura social; a teoria institucionalista, que parte do pressuposto quea cognição e a ação servem como base para o mercado, a partir de mecanismos de poder, normalmente político, e pelas normas; e, porfim, a teoria da performidade, que acredita que a formação dos mercados tem base na aplicação porindivíduos dos processos técnicos que escolherem mais adequados, combase em sua realidade cultural e cognitiva.
  • 8. Em última análise, apesar de serem estudadas de forma separada, essas teorias convergem nos mercados tradicionais, sendo frequentemente adotadas em conjunto pelos agentes econômicos. 4 Classificação dos mercados Existem dois tipos de mercado:  Mercado formal  Mercado informal O funcionamento de um sistema de mercado se fundamenta em um conjunto de regras, onde se compram e vendem bens e serviços e também fatores de produção. A quantidade demandada por um bem não depende unicamente do preço do bem em consideração, mas de diversos outros fatores, como, porexemplo, preferências do consumidor, preço de outros bens que possamvir a ser substitutos, renda disponível, etc. A quantidade ofertada de um bem também depende de vários factores, tais como tecnologia disponível, preço dos fatores de produção, subsídios, impostos, preço do próprio bem, etc. 4.1 Elementos principais para a formação de uma estrutura de mercado  Quantidade de vendedores/ofertantes  Quantidade de demandantes  Tipo de produto  Acesso a informação 4.2 Mercado de concorrênciaperfeita Segundo Marco António Sandoval de Vasconcellos, o mercado de concorrência perfeita, que também podeser chamado de mercado perfeitamente competitivo, é o reflexo de um mercado que resulta de uma economia completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente. Ele é o ápice da ideologia liberal, sendo a máxima expressão da mão invisível do mercado, em que ele se autorregula, sem a interferência de entes externos. Esse mercado é caracterizado pela sua atomicidade, já que existem inúmeros compradores e vendedores garantindo que nenhum deles possa
  • 9. influenciar de forma decisiva em seu funcionamento, pela homogeneidade no produto, que não proporcionavantagens para nenhuma das partes, fluidez de partes, que garante a livre entrada e saídade capital desse mercado, e transparência nas negociações, já que é característica essencial da livre concorrência que todos os participantes tenham acesso as mesmas informações. O mercado de concorrência perfeita não existe de fato, porém ele é a base, um modelo construído combaseem mercados reais, que deve ser o objetivo das economias reais. Assim, a autora Marie France Garcia-Parpet, realizou um estudo acerca de um mercado no interior da França que reflete esses mecanismo, qual seja, o mercado computadorizado deFontaines-em- Sologne, porém, ela questiona o fato de que ele é puramente um reflexo dos mecanismos de mercado materializados e levados a últimas consequências, ressaltando o fato de que inclusive a escolha pelo modelo econômico de funcionamento foi feita pelos agentes envolvidos nasua criação e desenvolvimento.Resumidamente, ela mostra com base em fatos concretos, refletidos em seus exemplos e na descrição de seu funcionamento que o mercado de Fontaines-em-Sologne é uma “invenção social”, fruto do trabalho de alguns agentes com interesses convergentes. Ou seja, mesmo o exemplo dessarelação econômica encontrado na sociedade, possuifatores de formação que extrapolam muito o liberalismo econômico aplicado ao caso concreto, já que também reflete as necessidades e lutas da sociedade naquele tempo e espaço determinado, além de suas ideologias individuais, abordagem que nem sempre é considerada em análises econômicas. 4.3 Demais estruturas de mercado  Monopólio  Oligopólio  Monopsônio  Oligopsônio  Concorrência monopolística 5 Marketing e o mercado Marketing é a gestão dos mercados, fazendo emergir trocas e relações com o intuito de criar valor e satisfazer necessidades e desejos. É um processo através do qual os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam
  • 10. criando e trocando produtos e valor uns com os outros. Embora muitas vezes pensemos no Marketing como sendo apenas praticado por vendedores, os compradores também participam nas actividades de marketing. Os consumidores fazem marketing quando procuram novos produtos e preços vantajosos, que eles consigam suportar 6 Mercadoria segundo Karl Marx Karl Marx em O Capital define a mercadoria como tendo um duplo aspecto:a) como valor de uso, a mercadoria é algo concreto, um objeto de consumo, que podeser imediatamente utilizado para satisfazer uma necessidade ou que podeser consumido produtivamente - ser usado como meio de produção de outros objetos ou como matéria-prima; b) como valor de troca, a mercadoria é uma coisa que podeser trocada por outra, diretamente - escambo - ou por meio do dinheiro. Marx afirma que, como valor de troca, as peculiaridades dos objetos são deixadas de lado para considerá-los apenas como quantidades abstratas. Por exemplo, 2 kg de arroz tornam-se iguais a uma caixa de fósforos, enquanto que, como coisas concretas (valores de uso), caixas de fósforos e sacos de arroz não tem nada em comum. Para Marx, esses dois aspectos são constituintes de toda e qualquer mercadoria e formam uma unidade inseparável ao mesmo tempo que conflitante (contraditória). Ele define a sociedadecapitalista como tendo posto o valor de uso como meio para o aumento do valor de troca, enquanto as sociedades mercantis pré-capitalistas colocavam o valor de uso como fim e o valor de troca como meio. Em O Capital, Marx vê a sociedade capitalista se constituindo na interação e interrelacionamento de três tipos de mercadorias (cada uma tendo o duplo aspecto de valor de troca/valor de uso), que são: a mercadoria-simples, a mercadoria força de trabalho e a mercadoria-capital, sendo que esta última domina e dirige a produção e reprodução dos outros dois tipos. A mercadoria-capital consiste, enquanto valor de uso, nos meios de produção que se acumulam revolucionando-se indefinidamente, e, enquanto valor de troca, no valor que buscase valorizar indefinidamente (a mercadoria-capital não deve ser confundida com o capital propriamente dito, pois este é uma relação social, enquanto a mercadoria-capital é apenas uma coisa econômica); a mercadoria simples consiste, como valor de uso, em objetos que satisfazem uma necessidade e nas matérias primas, e, como valor de troca, no valor que desaparece como uso ou tende a conservar seu valor ao ser usada como matéria prima; a mercadoria força de trabalho
  • 11. consiste, enquanto valor de uso, nas habilidades e aptidões humanas e, enquanto valor de troca, no valor que se consomena reprodução da força de trabalho (reprodução das habilidades e aptidões), isto é, o salário, mas é unicamente a utilização da força de trabalho que cria o valor que se acumula indefinidamente na mercadoria-capital. Para uma descrição da interação entre estas mercadorias, ver o artigo mais-valia. Um aspecto fundamental para entender O Capital, é o conceito de fetichismo da mercadoria, segundo o qual, na troca de mercadorias, a relação entre pessoas “assumea forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. Numa sociedade mercantil (capitalista ou pré-capitalista) ocorre que a troca de mercadorias é a única maneira na qual os diferentes produtores isolados se relacionam entre si. Dessa maneira, o valor das mercadorias é determinado de modo independente dos produtores individuais, e cada produtordeve produzir sua mercadoria em termos de satisfação de necessidades alheias. Disso resulta que a mercadoria mesma (ou o mercado) parece determinar a vontade do produtore não o contrário. O fetichismo da mercadoria é o fenômeno social e psicológico onde as mercadorias aparentam ter uma vontade independente de seus produtores. O desdobramento que Marx faz da crítica do fetichismo da mercadoria forma o núcleo de "O Capital" como crítica do capital, afirmando que este é uma relação social onde o trabalho morto (as coisas, os meios de produção,etc.)domina o trabalho vivo (a atividade dos homens), de modo que os homens passama existir como meras peças das máquina e instrumentos que, embora sejam os homens que as operam e produzem, formam um sistema mundial que se alimenta do trabalho vivo e buscase acumular indefinidamente.