SlideShare uma empresa Scribd logo
1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 2
2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA........................................................... 2
2.1 Tipos de aquíferos.............................................................................................. 2
2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos............................................................... 2
2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados.......................................................... 3
2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos............................................................ 3
2.2 Métodos de perfuração..................................................................................... 3
2.2.1 Perfuração rotativa..................................................................................... 3
2.2.2 Perfuração à percussão............................................................................... 4
2.2.3 Perfuração roto-pneumática....................................................................... 5
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 6
2
1 INTRODUÇÃO
A água subterrânea é proveniente do ciclo hidrológico, a qual não é evaporada
ou absorvida pelos vegetais, desta forma, infiltrando-se, através dos poros do solo ou
formação rochosa, no subsolo e formando os reservatórios naturais de água subterrâneos
ou aquíferos. A região em que essa água é armazenada é conhecida como zona saturada,
podendo variar em espessura de acordo com a natureza geológica do solo, e acima dela
se encontra o lençol freático. Quando a superfície limitante da zona saturada coincide
com o lençol freático, o aquífero é classificado como livre. Se o aquífero está limitado
por duas camadas impermeáveis, a água está a uma pressão superior à atmosférica, e o
aquífero é conhecido como confinado ou artesiano.
2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
A captação da água subterrânea é feita por meio de poços tubulares, também
conhecidos como poços artesianos, no qual a perfuração é feita por máquinas
perfuratrizes rotativas, à percussão e roto-pneumáticas. O poço pode ou não ter
revestimento, dependendo do tipo de rocha de formação do aquífero.
2.1 Tipos de aquíferos
2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos
São aqueles em que a água está armazenada e flui nos espaços entre os grãos em
sedimentos e rochas sedimentares de estrutura granular (arenitos e aluviões, por
exemplo). Armazenam grandes volumes de água e ocorrem em grandes áreas. Exemplo:
Aquífero Guarani.
3
2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados
Ocorrem nas rochas ígneas e metamórficas, e a água se acumula nas fraturas e
fendas dessas rochas (cristalinas). Como exemplos, têm-se os granitos, gnaisses e
diabásios.
2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos
São aqueles formados em rochas carbonáticas, e, devido à dissolução do
carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes (cavernas), de forma a criar
rios subterrâneos, como pode-se observar em regiões com grutas calcárias.
2.2 Métodos de perfuração
2.2.1 Perfuração rotativa
Método de perfuração utilizado principalmente em formações sedimentares
(aquíferos porosos), em que o fluido de perfuração é injetado por dentro da haste e
coluna de perfuração saindo pelos orifícios da broca e retornando à superfície
conduzindo os fragmentos da rocha triturada, pelo espaço entre a coluna e a parede do
poço. A perfuratriz é girada por uma mesa rotativa que permite que a haste de
perfuração deslize para baixo, na medida em que o furo evolui.
Geralmente, é feita a aplicação de um tubo de aço como revestimento preliminar
no poço, a fim de evitar desmoronamentos superficiais, e que reduzem vibrações e
trabalham com fluidos de perfuração mais leves. A lama proveniente do processo de
perfuração do poço forma uma espécie de reboco na parede e evita seu
desmoronamento. Se não ocorrer nenhum problema e a perfuração mostrar-se favorável,
o furo é alargado, e então o revestimento é descido com as seções filtrantes, aplicadas
com cuidado frente às camadas produtoras de água potável. Depois, isolam-se as
camadas geológicas com águas salobras e/ou ferruginosas por cimentação e, por fim,
“lava-se” o poço com água limpa e desinfetante, utilizando hastes de perfuração, a fim
de remover o reboco de lama das paredes.
4
Figura 1 – Perfuratriz rotativa
2.2.2 Perfuração à percussão
Sistema de perfuração utilizado com eficácia em aquíferos fissurados, consiste
na elevação e queda de uma série de pesadas ferramentas, que são sustentadas por um
cabo de aço dentro do furo e acionadas por meio de um balancim de curso regulável. Ao
cair em queda livre, o trépano, ferramenta cortante, rompe e esmaga a rocha dura em
pequenos fragmentos, ao mesmo tempo em que gira sobre o seu próprio eixo, de
maneira a proporcionar um furo circular. Durante a ação de vai e vem das ferramentas,
misturam-se as porções trituradas com água para formar uma lama, que é retirada a
intervalos por uma caçamba.
No início da perfuração em formações inconsolidadas, é necessário o
revestimento (preliminar) da parede do poço, a fim de evitar desmoronamentos. Depois
de concluída a perfuração, aplica-se o revestimento definitivo à parede do poço.
5
Figura 2 - Perfuratriz à percussão
2.2.3 Perfuração roto-pneumática
O método de perfuração roto-pneumática, ou à ar comprimido, consiste num
sistema de percussão em alta frequência e de pequeno curso através de um martelo
(megadrill) em uma broca (bit), que, ao mesmo tempo, é rotacionado para triturar e
desgastar a rocha. O fluido, nesse caso, é o próprio ar comprimido transmitido pelo
compressor dentro da coluna de perfuração, e que passa por dentro do martelo e da
broca.
6
Figura 3 – Perfuratriz roto-pneumática
7
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPUCCI, E. et al. Poços tubulares e outras captações de água subterrânea –
Orientação aos usuários. Rio de Janeiro, 2001.
FILHO, W. D. C. et al. Noções básicas sobre poços tubulares. Recife, 1998.
GIAMPÁ, C. E. Q., GONÇALES, V. G. Orientações para a utilização de águas
subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, 2005.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Hidrologia escoamento superficial
Hidrologia   escoamento superficialHidrologia   escoamento superficial
Hidrologia escoamento superficial
marciotecsoma
 
Drenagem Superficial
Drenagem SuperficialDrenagem Superficial
Drenagem Superficial
Kattylinne Barbosa
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Isabel Lopes
 
BioGeo11-princípios de estratigrafia
BioGeo11-princípios de estratigrafiaBioGeo11-princípios de estratigrafia
BioGeo11-princípios de estratigrafia
Rita Rainho
 
análise granulométrica
análise granulométricaanálise granulométrica
análise granulométrica
Carolina Corrêa
 
Apresentação calcário
Apresentação calcárioApresentação calcário
Apresentação calcário
PublicaTUDO
 
Rochas MetamóRficas
Rochas MetamóRficasRochas MetamóRficas
Rochas MetamóRficas
Arminda Malho
 
8 vulcanologia
8   vulcanologia8   vulcanologia
8 vulcanologia
margaridabt
 
Mecânica das Rochas
Mecânica das RochasMecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
Thiago Meira
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
Catir
 
O tempo em geologia - datação relativa e absoluta
O tempo em geologia - datação relativa e absolutaO tempo em geologia - datação relativa e absoluta
O tempo em geologia - datação relativa e absoluta
Ana Castro
 
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICASIX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
sandranascimento
 
Ciclo rochas magmaticas
Ciclo rochas magmaticasCiclo rochas magmaticas
Drenagem de Taludes
Drenagem de TaludesDrenagem de Taludes
Drenagem de Taludes
camilapasta
 
Ppt 23 Vulcanismo SecundáRio
Ppt 23   Vulcanismo SecundáRioPpt 23   Vulcanismo SecundáRio
Ppt 23 Vulcanismo SecundáRio
Nuno Correia
 
Metamorfismo
MetamorfismoMetamorfismo
Metamorfismo
Isabel Lopes
 
Hidrologia Geral
Hidrologia GeralHidrologia Geral
Hidrologia Geral
Thalles Barbosa
 
Geologia 11 rochas sedimentares - meteorização mecânica
Geologia 11   rochas sedimentares  - meteorização mecânicaGeologia 11   rochas sedimentares  - meteorização mecânica
Geologia 11 rochas sedimentares - meteorização mecânica
Nuno Correia
 
Geologia 10 face da terra
Geologia 10   face da terraGeologia 10   face da terra
Geologia 10 face da terra
Nuno Correia
 
Aula 8 drenagem urbana
Aula 8 drenagem urbanaAula 8 drenagem urbana
Aula 8 drenagem urbana
Jose Luis Prado Sánchez
 

Mais procurados (20)

Hidrologia escoamento superficial
Hidrologia   escoamento superficialHidrologia   escoamento superficial
Hidrologia escoamento superficial
 
Drenagem Superficial
Drenagem SuperficialDrenagem Superficial
Drenagem Superficial
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
 
BioGeo11-princípios de estratigrafia
BioGeo11-princípios de estratigrafiaBioGeo11-princípios de estratigrafia
BioGeo11-princípios de estratigrafia
 
análise granulométrica
análise granulométricaanálise granulométrica
análise granulométrica
 
Apresentação calcário
Apresentação calcárioApresentação calcário
Apresentação calcário
 
Rochas MetamóRficas
Rochas MetamóRficasRochas MetamóRficas
Rochas MetamóRficas
 
8 vulcanologia
8   vulcanologia8   vulcanologia
8 vulcanologia
 
Mecânica das Rochas
Mecânica das RochasMecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
 
Paisagens geológicas
Paisagens geológicasPaisagens geológicas
Paisagens geológicas
 
O tempo em geologia - datação relativa e absoluta
O tempo em geologia - datação relativa e absolutaO tempo em geologia - datação relativa e absoluta
O tempo em geologia - datação relativa e absoluta
 
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICASIX - ROCHAS MAGMÁTICAS
IX - ROCHAS MAGMÁTICAS
 
Ciclo rochas magmaticas
Ciclo rochas magmaticasCiclo rochas magmaticas
Ciclo rochas magmaticas
 
Drenagem de Taludes
Drenagem de TaludesDrenagem de Taludes
Drenagem de Taludes
 
Ppt 23 Vulcanismo SecundáRio
Ppt 23   Vulcanismo SecundáRioPpt 23   Vulcanismo SecundáRio
Ppt 23 Vulcanismo SecundáRio
 
Metamorfismo
MetamorfismoMetamorfismo
Metamorfismo
 
Hidrologia Geral
Hidrologia GeralHidrologia Geral
Hidrologia Geral
 
Geologia 11 rochas sedimentares - meteorização mecânica
Geologia 11   rochas sedimentares  - meteorização mecânicaGeologia 11   rochas sedimentares  - meteorização mecânica
Geologia 11 rochas sedimentares - meteorização mecânica
 
Geologia 10 face da terra
Geologia 10   face da terraGeologia 10   face da terra
Geologia 10 face da terra
 
Aula 8 drenagem urbana
Aula 8 drenagem urbanaAula 8 drenagem urbana
Aula 8 drenagem urbana
 

Destaque

Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aguas Subterraneas
Aguas SubterraneasAguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
Limnos Ufsc
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 5
Aula 5Aula 5
13aula agua subterranea
13aula agua subterranea13aula agua subterranea
13aula agua subterranea
UFRN
 
Aguas subterraneas
Aguas subterraneasAguas subterraneas
Aguas subterraneas
JOSE MORENO R
 
Erosão
ErosãoErosão
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 5b
Aula 5bAula 5b
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 10
Aula 10Aula 10
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
Giovanna Ortiz
 
AGUAS SUBTERRANEAS
AGUAS SUBTERRANEASAGUAS SUBTERRANEAS
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
Carlos Gomes
 
Recursos hidricos
Recursos hidricosRecursos hidricos
Recursos hidricos
Cristina Vitória
 
Aula 4
Aula 4Aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Giovanna Ortiz
 

Destaque (20)

Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Aguas Subterraneas
Aguas SubterraneasAguas Subterraneas
Aguas Subterraneas
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Aula 5
Aula 5Aula 5
Aula 5
 
13aula agua subterranea
13aula agua subterranea13aula agua subterranea
13aula agua subterranea
 
Aguas subterraneas
Aguas subterraneasAguas subterraneas
Aguas subterraneas
 
Erosão
ErosãoErosão
Erosão
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Aula 5b
Aula 5bAula 5b
Aula 5b
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Aula 10
Aula 10Aula 10
Aula 10
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
AGUAS SUBTERRANEAS
AGUAS SUBTERRANEASAGUAS SUBTERRANEAS
AGUAS SUBTERRANEAS
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
 
Recursos hidricos
Recursos hidricosRecursos hidricos
Recursos hidricos
 
Aula 4
Aula 4Aula 4
Aula 4
 
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
 

Semelhante a Métodos de captação de água subterrânea

PedroDuarte_AguasPenacova.pdf
PedroDuarte_AguasPenacova.pdfPedroDuarte_AguasPenacova.pdf
PedroDuarte_AguasPenacova.pdf
AfonsoCuamba1
 
Taa 6
Taa 6Taa 6
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdfFluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
jackson_lima
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
Ivandete de Oliveira
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
Pedro Paulo Maciel
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
Fernando Boff
 
Perfuratriz
PerfuratrizPerfuratriz
Perfuratriz
Thiago Meira
 
Abertura de poço
Abertura de poçoAbertura de poço
Abertura de poço
Ednesio Sitoe
 
Ação geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneaAção geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrânea
marciotecsoma
 
Métodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aulaMétodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aula
PublicaTUDO
 
Relatório experimental
Relatório experimentalRelatório experimental
Relatório experimental
antoniopedropinheiro
 
Aula-Perfuração.ppt
Aula-Perfuração.pptAula-Perfuração.ppt
Aula-Perfuração.ppt
OseiasAlvesPessoa
 
Betoneiras v3
Betoneiras v3Betoneiras v3
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentares
margaridabt
 
2404 5813-2-pb
2404 5813-2-pb2404 5813-2-pb
2404 5813-2-pb
Noel Felix Melo
 
Introduçao ao aquiduto
Introduçao ao aquidutoIntroduçao ao aquiduto
Introduçao ao aquiduto
Luisjoaquim
 
Processos supergênicos
Processos supergênicosProcessos supergênicos
Processos supergênicos
Jonathas Santos
 
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do ParáMecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
Isleno Araújo
 
Traução cimentos
Traução cimentosTraução cimentos
Traução cimentos
Heron Soares
 
Operações especiais de perfuração
Operações especiais de perfuraçãoOperações especiais de perfuração
Operações especiais de perfuração
Alisson André Silva Balbino
 

Semelhante a Métodos de captação de água subterrânea (20)

PedroDuarte_AguasPenacova.pdf
PedroDuarte_AguasPenacova.pdfPedroDuarte_AguasPenacova.pdf
PedroDuarte_AguasPenacova.pdf
 
Taa 6
Taa 6Taa 6
Taa 6
 
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdfFluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
Fluidos de perfuração e completação_aula 1.pdf
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
 
Apostila fundacoes
Apostila fundacoesApostila fundacoes
Apostila fundacoes
 
Perfuratriz
PerfuratrizPerfuratriz
Perfuratriz
 
Abertura de poço
Abertura de poçoAbertura de poço
Abertura de poço
 
Ação geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneaAção geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrânea
 
Métodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aulaMétodos de perfuração aula
Métodos de perfuração aula
 
Relatório experimental
Relatório experimentalRelatório experimental
Relatório experimental
 
Aula-Perfuração.ppt
Aula-Perfuração.pptAula-Perfuração.ppt
Aula-Perfuração.ppt
 
Betoneiras v3
Betoneiras v3Betoneiras v3
Betoneiras v3
 
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentares
 
2404 5813-2-pb
2404 5813-2-pb2404 5813-2-pb
2404 5813-2-pb
 
Introduçao ao aquiduto
Introduçao ao aquidutoIntroduçao ao aquiduto
Introduçao ao aquiduto
 
Processos supergênicos
Processos supergênicosProcessos supergênicos
Processos supergênicos
 
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do ParáMecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
Mecânica das rochas - Escavações IFPA - Polo avançado Ipixuna do Pará
 
Traução cimentos
Traução cimentosTraução cimentos
Traução cimentos
 
Operações especiais de perfuração
Operações especiais de perfuraçãoOperações especiais de perfuração
Operações especiais de perfuração
 

Último

MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
Vilson Stollmeier
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
carlos silva Rotersan
 
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
Consultoria Acadêmica
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
JosAtila
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
Consultoria Acadêmica
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Tronicline Automatismos
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
Consultoria Acadêmica
 

Último (7)

MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
 
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
 

Métodos de captação de água subterrânea

  • 1. 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 2 2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA........................................................... 2 2.1 Tipos de aquíferos.............................................................................................. 2 2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos............................................................... 2 2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados.......................................................... 3 2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos............................................................ 3 2.2 Métodos de perfuração..................................................................................... 3 2.2.1 Perfuração rotativa..................................................................................... 3 2.2.2 Perfuração à percussão............................................................................... 4 2.2.3 Perfuração roto-pneumática....................................................................... 5 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 6
  • 2. 2 1 INTRODUÇÃO A água subterrânea é proveniente do ciclo hidrológico, a qual não é evaporada ou absorvida pelos vegetais, desta forma, infiltrando-se, através dos poros do solo ou formação rochosa, no subsolo e formando os reservatórios naturais de água subterrâneos ou aquíferos. A região em que essa água é armazenada é conhecida como zona saturada, podendo variar em espessura de acordo com a natureza geológica do solo, e acima dela se encontra o lençol freático. Quando a superfície limitante da zona saturada coincide com o lençol freático, o aquífero é classificado como livre. Se o aquífero está limitado por duas camadas impermeáveis, a água está a uma pressão superior à atmosférica, e o aquífero é conhecido como confinado ou artesiano. 2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA A captação da água subterrânea é feita por meio de poços tubulares, também conhecidos como poços artesianos, no qual a perfuração é feita por máquinas perfuratrizes rotativas, à percussão e roto-pneumáticas. O poço pode ou não ter revestimento, dependendo do tipo de rocha de formação do aquífero. 2.1 Tipos de aquíferos 2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos São aqueles em que a água está armazenada e flui nos espaços entre os grãos em sedimentos e rochas sedimentares de estrutura granular (arenitos e aluviões, por exemplo). Armazenam grandes volumes de água e ocorrem em grandes áreas. Exemplo: Aquífero Guarani.
  • 3. 3 2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados Ocorrem nas rochas ígneas e metamórficas, e a água se acumula nas fraturas e fendas dessas rochas (cristalinas). Como exemplos, têm-se os granitos, gnaisses e diabásios. 2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos São aqueles formados em rochas carbonáticas, e, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes (cavernas), de forma a criar rios subterrâneos, como pode-se observar em regiões com grutas calcárias. 2.2 Métodos de perfuração 2.2.1 Perfuração rotativa Método de perfuração utilizado principalmente em formações sedimentares (aquíferos porosos), em que o fluido de perfuração é injetado por dentro da haste e coluna de perfuração saindo pelos orifícios da broca e retornando à superfície conduzindo os fragmentos da rocha triturada, pelo espaço entre a coluna e a parede do poço. A perfuratriz é girada por uma mesa rotativa que permite que a haste de perfuração deslize para baixo, na medida em que o furo evolui. Geralmente, é feita a aplicação de um tubo de aço como revestimento preliminar no poço, a fim de evitar desmoronamentos superficiais, e que reduzem vibrações e trabalham com fluidos de perfuração mais leves. A lama proveniente do processo de perfuração do poço forma uma espécie de reboco na parede e evita seu desmoronamento. Se não ocorrer nenhum problema e a perfuração mostrar-se favorável, o furo é alargado, e então o revestimento é descido com as seções filtrantes, aplicadas com cuidado frente às camadas produtoras de água potável. Depois, isolam-se as camadas geológicas com águas salobras e/ou ferruginosas por cimentação e, por fim, “lava-se” o poço com água limpa e desinfetante, utilizando hastes de perfuração, a fim de remover o reboco de lama das paredes.
  • 4. 4 Figura 1 – Perfuratriz rotativa 2.2.2 Perfuração à percussão Sistema de perfuração utilizado com eficácia em aquíferos fissurados, consiste na elevação e queda de uma série de pesadas ferramentas, que são sustentadas por um cabo de aço dentro do furo e acionadas por meio de um balancim de curso regulável. Ao cair em queda livre, o trépano, ferramenta cortante, rompe e esmaga a rocha dura em pequenos fragmentos, ao mesmo tempo em que gira sobre o seu próprio eixo, de maneira a proporcionar um furo circular. Durante a ação de vai e vem das ferramentas, misturam-se as porções trituradas com água para formar uma lama, que é retirada a intervalos por uma caçamba. No início da perfuração em formações inconsolidadas, é necessário o revestimento (preliminar) da parede do poço, a fim de evitar desmoronamentos. Depois de concluída a perfuração, aplica-se o revestimento definitivo à parede do poço.
  • 5. 5 Figura 2 - Perfuratriz à percussão 2.2.3 Perfuração roto-pneumática O método de perfuração roto-pneumática, ou à ar comprimido, consiste num sistema de percussão em alta frequência e de pequeno curso através de um martelo (megadrill) em uma broca (bit), que, ao mesmo tempo, é rotacionado para triturar e desgastar a rocha. O fluido, nesse caso, é o próprio ar comprimido transmitido pelo compressor dentro da coluna de perfuração, e que passa por dentro do martelo e da broca.
  • 6. 6 Figura 3 – Perfuratriz roto-pneumática
  • 7. 7 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPUCCI, E. et al. Poços tubulares e outras captações de água subterrânea – Orientação aos usuários. Rio de Janeiro, 2001. FILHO, W. D. C. et al. Noções básicas sobre poços tubulares. Recife, 1998. GIAMPÁ, C. E. Q., GONÇALES, V. G. Orientações para a utilização de águas subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, 2005.