Este documento resume um livro sobre linguística aplicada interdisciplinar. O livro contém 11 capítulos escritos por autores brasileiros e estrangeiros discutindo uma visão renovada da linguística aplicada como uma ciência social preocupada com questões sociais e identidades. Os autores defendem que a linguística aplicada deve ser transgressiva, política e interdisciplinar, indo além de seu foco anterior no ensino de idiomas.
A linguística aplicada na era da globalizaçãoAFMO35
O documento discute como a Linguística Aplicada precisa se transformar para lidar com os desafios da globalização, do pós-colonialismo e do pós-modernismo. A globalização está diminuindo distâncias, espalhando o inglês e criando tensões entre homogeneização e heterogeneização cultural. A LA precisa se tornar mais autônoma, tratar a linguagem como discurso ao invés de sistema, e lidar com as dimensões coloniais do inglês.
7243986 weedwood-barbara-historia-concisa-da-linguistica-110121222407-phpapp01Academia Nova Stylo
O documento lista 10 livros sobre temas relacionados à linguística, incluindo história da linguística, sociolinguística, gramática, semântica e escrita. A lista inclui títulos, autores e edições dos livros.
Línguistica aplicada e o professor de língua inglesaSergiouesc
O documento discute a importância da Linguística Aplicada no desenvolvimento de novas abordagens para o ensino de línguas estrangeiras, especialmente o inglês. A Linguística Aplicada estuda questões relacionadas ao uso e aprendizagem de línguas. O artigo também analisa a situação atual dos professores de inglês, especialmente na rede pública, e defende uma prática pedagógica mais reflexiva e adequada à realidade dos alunos.
Este capítulo apresenta um estudo sobre aprendizagem de línguas mediada por computador. Na Parte 1, o autor descreve o desenvolvimento da área, desde os primeiros projetos nos anos 1960 até as abordagens atuais, que enfatizam o computador como instrumento de mediação na aprendizagem. Na Parte 2, o autor apresenta o estudo de caso como metodologia representativa para pesquisas nessa área, detalhando os procedimentos metodológicos.
MELO, Iran Ferreira de. As contribuições da linguística para o ensino de líng...Junior Ferreira
O documento discute a história do desenvolvimento da gramática e da norma-padrão da língua portuguesa. Começa explicando como as gramáticas surgiram na Antiguidade para normatizar a língua grega e depois o latim. Apresenta como as primeiras gramáticas de línguas vernáculas, como o português, seguiram esse modelo normativo baseado na literatura clássica. Discorre sobre a construção da norma-padrão no Brasil no século XIX e a distância criada entre esta norma e a
Este documento discute as convergências teóricas entre a sociolinguística e a gramaticalização. Ambas as abordagens veem a língua como uma estrutura variável e mutável, reconhecendo que fatores sociais influenciam a mudança linguística. A sociolinguística estuda a variação linguística e seus condicionamentos sociais, enquanto a gramaticalização examina como itens lexicais adquirem características gramaticais. Juntas, essas perspectivas podem fornecer ferramentas complement
O documento discute a evolução da linguística, passando do formalismo ao funcionalismo e à sociolingüística. Aborda a mudança na visão da língua como um sistema heterogêneo e variável, influenciado pelo contexto social, e não como um sistema homogêneo e estático. Também discute os estudos sobre contato entre línguas e dialetos.
O documento descreve a evolução histórica dos estudos linguísticos da Antiguidade até o século XIX. Na Antiguidade, os estudos se concentraram nos aspectos filosóficos e gramaticais da língua, divididos entre correntes naturalista e convencionalista. Na Idade Média, prevaleceu a manutenção das concepções antigas. No Renascimento, houve avanços na classificação de línguas e na gramática geral. Na Modernidade, o método histórico-comparativo levou à reconstrução
A linguística aplicada na era da globalizaçãoAFMO35
O documento discute como a Linguística Aplicada precisa se transformar para lidar com os desafios da globalização, do pós-colonialismo e do pós-modernismo. A globalização está diminuindo distâncias, espalhando o inglês e criando tensões entre homogeneização e heterogeneização cultural. A LA precisa se tornar mais autônoma, tratar a linguagem como discurso ao invés de sistema, e lidar com as dimensões coloniais do inglês.
7243986 weedwood-barbara-historia-concisa-da-linguistica-110121222407-phpapp01Academia Nova Stylo
O documento lista 10 livros sobre temas relacionados à linguística, incluindo história da linguística, sociolinguística, gramática, semântica e escrita. A lista inclui títulos, autores e edições dos livros.
Línguistica aplicada e o professor de língua inglesaSergiouesc
O documento discute a importância da Linguística Aplicada no desenvolvimento de novas abordagens para o ensino de línguas estrangeiras, especialmente o inglês. A Linguística Aplicada estuda questões relacionadas ao uso e aprendizagem de línguas. O artigo também analisa a situação atual dos professores de inglês, especialmente na rede pública, e defende uma prática pedagógica mais reflexiva e adequada à realidade dos alunos.
Este capítulo apresenta um estudo sobre aprendizagem de línguas mediada por computador. Na Parte 1, o autor descreve o desenvolvimento da área, desde os primeiros projetos nos anos 1960 até as abordagens atuais, que enfatizam o computador como instrumento de mediação na aprendizagem. Na Parte 2, o autor apresenta o estudo de caso como metodologia representativa para pesquisas nessa área, detalhando os procedimentos metodológicos.
MELO, Iran Ferreira de. As contribuições da linguística para o ensino de líng...Junior Ferreira
O documento discute a história do desenvolvimento da gramática e da norma-padrão da língua portuguesa. Começa explicando como as gramáticas surgiram na Antiguidade para normatizar a língua grega e depois o latim. Apresenta como as primeiras gramáticas de línguas vernáculas, como o português, seguiram esse modelo normativo baseado na literatura clássica. Discorre sobre a construção da norma-padrão no Brasil no século XIX e a distância criada entre esta norma e a
Este documento discute as convergências teóricas entre a sociolinguística e a gramaticalização. Ambas as abordagens veem a língua como uma estrutura variável e mutável, reconhecendo que fatores sociais influenciam a mudança linguística. A sociolinguística estuda a variação linguística e seus condicionamentos sociais, enquanto a gramaticalização examina como itens lexicais adquirem características gramaticais. Juntas, essas perspectivas podem fornecer ferramentas complement
O documento discute a evolução da linguística, passando do formalismo ao funcionalismo e à sociolingüística. Aborda a mudança na visão da língua como um sistema heterogêneo e variável, influenciado pelo contexto social, e não como um sistema homogêneo e estático. Também discute os estudos sobre contato entre línguas e dialetos.
O documento descreve a evolução histórica dos estudos linguísticos da Antiguidade até o século XIX. Na Antiguidade, os estudos se concentraram nos aspectos filosóficos e gramaticais da língua, divididos entre correntes naturalista e convencionalista. Na Idade Média, prevaleceu a manutenção das concepções antigas. No Renascimento, houve avanços na classificação de línguas e na gramática geral. Na Modernidade, o método histórico-comparativo levou à reconstrução
Este documento apresenta um trabalho acadêmico sobre as variantes linguísticas presentes na fala do personagem Chico Bento nas histórias em quadrinhos. O trabalho analisa exemplos da linguagem típica do interior de São Paulo usada por Chico Bento e outros personagens, comparando formas reduzidas e desenvolvidas de palavras. A pesquisa mostra o embate entre a fala regional e a norma culta, mas também a flexibilidade da língua para a comunicação entre os personagens.
A linguística aplicada surgiu há 60 anos focada no ensino de línguas estrangeiras e hoje é uma área produtiva que gerou novos campos de pesquisa transdisciplinares. Ela estuda aquisição de linguagem, ensino de línguas, tradução e relação entre linguagem e tecnologia. No Brasil, há debates sobre formação de professores e letramento, e críticas sobre o suposto autoritarismo da linguística aplicada.
Este documento fornece um panorama dos estudos linguísticos, abordando tópicos como a origem e história da gramática, filologia, gramáticas comparadas, surgimento da linguística, corte saussuriano e linguística aplicada. A gramática surgiu dos estudos dos gregos e teve importantes contribuições como a Gramática de Port-Royal. As gramáticas comparadas revelaram o parentesco entre línguas e levaram à reconstrução de línguas proto-indo-europeias. A linguística se firmou
1) O texto discute a evolução histórica da intervenção de lingüistas no ensino de português no Brasil, desde as primeiras décadas da década de 1970.
2) Aryon Rodrigues, em 1965, propôs que lingüistas contribuíssem com subsídios para a pedagogia da língua materna, sem monopolizar o processo. Nas décadas seguintes, entretanto, lingüistas passaram a monopolizar a formulação de políticas para o ensino de português.
3) O texto argumenta que é preciso superar equí
1. O documento discute a teoria dos gêneros do discurso de Bakhtin e como suas ferramentas conceituais podem contribuir para análises de texto centradas no significado, especialmente dos gêneros discursivos encontrados em salas de aula e dispositivos didáticos.
2. A pesquisa em Linguística Aplicada tem se voltado cada vez mais para problemas sociais relevantes, levando a uma abordagem não disciplinar e transdisciplinar dos objetos de estudo, como os usos de linguagem em contextos educacionais.
Este documento discute as especificidades da literatura e como isso influencia as escolhas dos professores no ensino de literatura. A dificuldade em definir o que é literatura afeta tanto a seleção de textos quanto como eles são abordados em sala de aula. Vários teóricos são citados para debater essa questão, desde Barthes até Culler, destacando que a literatura permite transgressões linguísticas e que o contexto e o leitor são elementos essenciais para a análise literária. O processo histórico de canonização também é disc
Da Línguitica Aplicada ao Ensino de LínguasWalber Abreu
O documento discute a linguística aplicada ao ensino de línguas, enfatizando a importância de professores reflexivos que observam sua própria prática. Também destaca que não há respostas certas, já que cada contexto e sujeito é diferente, e teorias não podem prescrever métodos de ensino de forma rígida.
O documento discute a linguística aplicada e o ensino de línguas. Apresenta exemplos de enunciados em português e inglês, analisando se estão de acordo com a norma culta. Também discute a importância da comunicação e do entendimento entre emissor e receptor, mesmo com erros gramaticais. Explica o surgimento da linguística aplicada e seu foco no ensino e aprendizagem de idiomas com base em teorias linguísticas e outras ciências.
Caderno do seminário permanente de estudos literáriosMárcio Cantalicio
Este documento apresenta informações sobre o Caderno do Seminário Permanente de Estudos Literários (CaSePEL), incluindo sua equipe editorial, objetivos e conteúdo do número 4. O CaSePEL publica textos produzidos em atividades do Seminário Permanente de Estudos Literários da UERJ e busca promover debates sobre literatura.
A Paratopia em "Feliz Ano Velho": Linguagem e TransmidiaçãoKelly Christi
Adendo da autora: fica livre a leitura,download e circulação não-comercial deste trabalho, mas não poderá ser mudado o seu conteúdo, feito isto poderá ocorrer pareceres judiciais cabíveis.
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao departamento de letras/linguística, da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, que discute fenômenos da linguagem e da comunicação como paratopia, transmidiação e repercussão editorial na obra " Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva.
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasDaniela Mittel
Este documento discute a perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e seu uso no ensino de línguas. Primeiramente, define os conceitos-chave de Bakhtin sobre enunciados e gêneros discursivos. Em seguida, argumenta que os gêneros discursivos devem ser usados como unidades de ensino de línguas, levando os alunos a participar de diferentes situações sociais por meio da linguagem. Por fim, defende que o ensino de línguas deve ser contextualizado e baseado na interação entre
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
(24) 14.00 Maria Bernadette Velloso (Louvre IV, 25.04)CAEI
1) O documento discute representações do Canadá como um espaço marcado pela consciência diaspórica no contexto cultural das Américas.
2) A autora analisa como a noção de diáspora foi ressignificada para incluir uma multiplicidade de contatos e identidades, em vez de apenas dispersão.
3) Exemplos de escritores canadenses, como Gabrielle Roy e Marco Micone, ilustram a presença do imaginário diaspórico na literatura canadense.
O documento discute a evolução da Linguística Aplicada. Inicialmente focada na aplicação de teorias linguísticas, tornou-se uma disciplina autônoma e interdisciplinar, preocupada com questões de uso da linguagem em contextos reais. Nos últimos anos, passou a enfatizar estudos críticos e a atuar como agente de transformação social.
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...Raquel Salcedo Gomes
Este documento discute as diferentes abordagens do estruturalismo na linguística. Apresenta as ideias de Saussure, Bloomfield, Sapir e Hjelmslev como fundadores do estruturalismo europeu e americano. Argumenta que as fronteiras entre as escolas estruturalistas e entre estruturalismo e gerativismo não são neutras, mas construídas por fatores históricos e ideológicos.
Este documento apresenta seis artigos acadêmicos sobre temas relacionados à história da América, natureza e literatura. Os artigos abordam tópicos como a percepção da natureza por imigrantes italianos no Paraná, o eugenismo em Monteiro Lobato, história e sexualidade, um terremoto no Peru em 1746, a agricultura inca e as culturas inca e hispânica na obra de Garcilaso de la Vega.
Este documento descreve as principais fases históricas dos estudos lingüísticos, desde os gregos até Saussure. Começou com uma fase filosófica, seguida por uma fase filológica e finalmente uma fase histórico-comparativa iniciada por Leibniz. Os neogramáticos estabeleceram as bases da linguística moderna ao descobrirem leis fonéticas regulares. Saussure fundou a linguística moderna ao definir conceitos como signo, significante e significado.
Este documento discute a linguística aplicada e seu papel no ensino de línguas. A linguística aplicada se concentra nos problemas práticos da linguagem em uso, enquanto a linguística é mais teórica. A linguística aplicada tem como objetivo identificar e analisar questões de linguagem na prática dentro ou fora do contexto escolar. Ela também desenvolve estudos sobre interação verbal, bilinguismo, aprendizagem de segunda língua e outros tópicos relevantes para o ensino de línguas.
Os formalismos trabalho de línguistica - ufs slidesTaty Pedral
O documento discute a tradição descritivista na linguística americana. A linguística americana foi influenciada pelo estudo de línguas indígenas e adotou um método descritivista liderado por linguistas como Boas, Sapir e principalmente Bloomfield. Bloomfield publicou seu livro Language em 1933, que estabeleceu os fundamentos do distribucionalismo e abordagem estruturalista e behaviorista na linguística americana. Harris e Pike continuaram essa tradição, embora Pike tenha adotado uma abordagem mais funcional
A Sociolinguística - uma nova maneira de ler o mundo BORTONI-RICARDO (2014).pdfThiagoAmorim82
1) O documento descreve os antecedentes e o desenvolvimento da Sociolinguística como disciplina acadêmica, desde suas origens no século XX até se tornar uma área central de estudos nas ciências sociais.
2) A Sociolinguística emergiu como campo interdisciplinar a partir de 1950, embora alguns linguistas já estudassem questões socioculturais antes disso. William Labov e outros pioneiros nos EUA conduziram pesquisas influentes na década de 1960.
3) O documento discute conceitos-chave como relativismo cultural,
O documento discute a evolução da Linguística Aplicada. Inicialmente focada na aplicação de teorias linguísticas, tornou-se uma disciplina autônoma e multidisciplinar preocupada com questões de uso da linguagem. Nos últimos anos, passou a enfatizar estudos críticos e a conscientização sobre como a linguagem reflete e reproduz relações de poder na sociedade.
Este documento apresenta um trabalho acadêmico sobre as variantes linguísticas presentes na fala do personagem Chico Bento nas histórias em quadrinhos. O trabalho analisa exemplos da linguagem típica do interior de São Paulo usada por Chico Bento e outros personagens, comparando formas reduzidas e desenvolvidas de palavras. A pesquisa mostra o embate entre a fala regional e a norma culta, mas também a flexibilidade da língua para a comunicação entre os personagens.
A linguística aplicada surgiu há 60 anos focada no ensino de línguas estrangeiras e hoje é uma área produtiva que gerou novos campos de pesquisa transdisciplinares. Ela estuda aquisição de linguagem, ensino de línguas, tradução e relação entre linguagem e tecnologia. No Brasil, há debates sobre formação de professores e letramento, e críticas sobre o suposto autoritarismo da linguística aplicada.
Este documento fornece um panorama dos estudos linguísticos, abordando tópicos como a origem e história da gramática, filologia, gramáticas comparadas, surgimento da linguística, corte saussuriano e linguística aplicada. A gramática surgiu dos estudos dos gregos e teve importantes contribuições como a Gramática de Port-Royal. As gramáticas comparadas revelaram o parentesco entre línguas e levaram à reconstrução de línguas proto-indo-europeias. A linguística se firmou
1) O texto discute a evolução histórica da intervenção de lingüistas no ensino de português no Brasil, desde as primeiras décadas da década de 1970.
2) Aryon Rodrigues, em 1965, propôs que lingüistas contribuíssem com subsídios para a pedagogia da língua materna, sem monopolizar o processo. Nas décadas seguintes, entretanto, lingüistas passaram a monopolizar a formulação de políticas para o ensino de português.
3) O texto argumenta que é preciso superar equí
1. O documento discute a teoria dos gêneros do discurso de Bakhtin e como suas ferramentas conceituais podem contribuir para análises de texto centradas no significado, especialmente dos gêneros discursivos encontrados em salas de aula e dispositivos didáticos.
2. A pesquisa em Linguística Aplicada tem se voltado cada vez mais para problemas sociais relevantes, levando a uma abordagem não disciplinar e transdisciplinar dos objetos de estudo, como os usos de linguagem em contextos educacionais.
Este documento discute as especificidades da literatura e como isso influencia as escolhas dos professores no ensino de literatura. A dificuldade em definir o que é literatura afeta tanto a seleção de textos quanto como eles são abordados em sala de aula. Vários teóricos são citados para debater essa questão, desde Barthes até Culler, destacando que a literatura permite transgressões linguísticas e que o contexto e o leitor são elementos essenciais para a análise literária. O processo histórico de canonização também é disc
Da Línguitica Aplicada ao Ensino de LínguasWalber Abreu
O documento discute a linguística aplicada ao ensino de línguas, enfatizando a importância de professores reflexivos que observam sua própria prática. Também destaca que não há respostas certas, já que cada contexto e sujeito é diferente, e teorias não podem prescrever métodos de ensino de forma rígida.
O documento discute a linguística aplicada e o ensino de línguas. Apresenta exemplos de enunciados em português e inglês, analisando se estão de acordo com a norma culta. Também discute a importância da comunicação e do entendimento entre emissor e receptor, mesmo com erros gramaticais. Explica o surgimento da linguística aplicada e seu foco no ensino e aprendizagem de idiomas com base em teorias linguísticas e outras ciências.
Caderno do seminário permanente de estudos literáriosMárcio Cantalicio
Este documento apresenta informações sobre o Caderno do Seminário Permanente de Estudos Literários (CaSePEL), incluindo sua equipe editorial, objetivos e conteúdo do número 4. O CaSePEL publica textos produzidos em atividades do Seminário Permanente de Estudos Literários da UERJ e busca promover debates sobre literatura.
A Paratopia em "Feliz Ano Velho": Linguagem e TransmidiaçãoKelly Christi
Adendo da autora: fica livre a leitura,download e circulação não-comercial deste trabalho, mas não poderá ser mudado o seu conteúdo, feito isto poderá ocorrer pareceres judiciais cabíveis.
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao departamento de letras/linguística, da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, que discute fenômenos da linguagem e da comunicação como paratopia, transmidiação e repercussão editorial na obra " Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva.
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasDaniela Mittel
Este documento discute a perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e seu uso no ensino de línguas. Primeiramente, define os conceitos-chave de Bakhtin sobre enunciados e gêneros discursivos. Em seguida, argumenta que os gêneros discursivos devem ser usados como unidades de ensino de línguas, levando os alunos a participar de diferentes situações sociais por meio da linguagem. Por fim, defende que o ensino de línguas deve ser contextualizado e baseado na interação entre
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
(24) 14.00 Maria Bernadette Velloso (Louvre IV, 25.04)CAEI
1) O documento discute representações do Canadá como um espaço marcado pela consciência diaspórica no contexto cultural das Américas.
2) A autora analisa como a noção de diáspora foi ressignificada para incluir uma multiplicidade de contatos e identidades, em vez de apenas dispersão.
3) Exemplos de escritores canadenses, como Gabrielle Roy e Marco Micone, ilustram a presença do imaginário diaspórico na literatura canadense.
O documento discute a evolução da Linguística Aplicada. Inicialmente focada na aplicação de teorias linguísticas, tornou-se uma disciplina autônoma e interdisciplinar, preocupada com questões de uso da linguagem em contextos reais. Nos últimos anos, passou a enfatizar estudos críticos e a atuar como agente de transformação social.
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...Raquel Salcedo Gomes
Este documento discute as diferentes abordagens do estruturalismo na linguística. Apresenta as ideias de Saussure, Bloomfield, Sapir e Hjelmslev como fundadores do estruturalismo europeu e americano. Argumenta que as fronteiras entre as escolas estruturalistas e entre estruturalismo e gerativismo não são neutras, mas construídas por fatores históricos e ideológicos.
Este documento apresenta seis artigos acadêmicos sobre temas relacionados à história da América, natureza e literatura. Os artigos abordam tópicos como a percepção da natureza por imigrantes italianos no Paraná, o eugenismo em Monteiro Lobato, história e sexualidade, um terremoto no Peru em 1746, a agricultura inca e as culturas inca e hispânica na obra de Garcilaso de la Vega.
Este documento descreve as principais fases históricas dos estudos lingüísticos, desde os gregos até Saussure. Começou com uma fase filosófica, seguida por uma fase filológica e finalmente uma fase histórico-comparativa iniciada por Leibniz. Os neogramáticos estabeleceram as bases da linguística moderna ao descobrirem leis fonéticas regulares. Saussure fundou a linguística moderna ao definir conceitos como signo, significante e significado.
Este documento discute a linguística aplicada e seu papel no ensino de línguas. A linguística aplicada se concentra nos problemas práticos da linguagem em uso, enquanto a linguística é mais teórica. A linguística aplicada tem como objetivo identificar e analisar questões de linguagem na prática dentro ou fora do contexto escolar. Ela também desenvolve estudos sobre interação verbal, bilinguismo, aprendizagem de segunda língua e outros tópicos relevantes para o ensino de línguas.
Os formalismos trabalho de línguistica - ufs slidesTaty Pedral
O documento discute a tradição descritivista na linguística americana. A linguística americana foi influenciada pelo estudo de línguas indígenas e adotou um método descritivista liderado por linguistas como Boas, Sapir e principalmente Bloomfield. Bloomfield publicou seu livro Language em 1933, que estabeleceu os fundamentos do distribucionalismo e abordagem estruturalista e behaviorista na linguística americana. Harris e Pike continuaram essa tradição, embora Pike tenha adotado uma abordagem mais funcional
A Sociolinguística - uma nova maneira de ler o mundo BORTONI-RICARDO (2014).pdfThiagoAmorim82
1) O documento descreve os antecedentes e o desenvolvimento da Sociolinguística como disciplina acadêmica, desde suas origens no século XX até se tornar uma área central de estudos nas ciências sociais.
2) A Sociolinguística emergiu como campo interdisciplinar a partir de 1950, embora alguns linguistas já estudassem questões socioculturais antes disso. William Labov e outros pioneiros nos EUA conduziram pesquisas influentes na década de 1960.
3) O documento discute conceitos-chave como relativismo cultural,
O documento discute a evolução da Linguística Aplicada. Inicialmente focada na aplicação de teorias linguísticas, tornou-se uma disciplina autônoma e multidisciplinar preocupada com questões de uso da linguagem. Nos últimos anos, passou a enfatizar estudos críticos e a conscientização sobre como a linguagem reflete e reproduz relações de poder na sociedade.
1) O documento discute as principais direções da pesquisa ocidental contemporânea na área da tradução e literatura comparada, segundo o ensaio de Sandra Bermann.
2) Bermann aponta que a tradução tem o potencial de transformar e inovar ao prolongar a vida de textos literários e culturais em escala global.
3) Ela defende que a literatura comparada deve ser influenciada pela perspectiva da tradução, lendo textos como se traduz, com atenção aos níveis textuais e contexto cultural.
UMA LEITURA ALÉM DO GÊNERO TEXTUAL: uma análise que relaciona o gênero discur...Allan Diego Souza
O documento propõe uma atividade didática para alunos do 2o ano do ensino médio que analisa a obra literária "Dom Casmurro" de Machado de Assis relacionando o gênero discursivo com a gramática funcional. A atividade inclui uma discussão sobre a canção "Maria da Vila Matilde" e a análise de metáforas presentes no texto literário.
O documento discute como a gramática normativa pode levar à discriminação linguística, seja de forma explícita ou implícita. A gramática normativa escrita serve para aumentar o controle do Estado sobre grupos menos controláveis e fornece parâmetros para estratificação social. Há dois níveis de discriminação linguística: explícita, com base na gramática normativa, e implícita, derivada da ideia de língua padrão.
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)Mariane Murakami
Este documento resume um livro sobre línguas, identidade e discurso. A autora discute como esses conceitos são construções sociais através da análise de diferentes textos. Ela argumenta que o desejo de fixar identidades e sentidos é impossível dada a natureza fluida da linguagem. O livro explora como essas noções são negociadas em contextos como a mídia, a educação e a tradução.
O documento discute a linguística aplicada, definindo-a como uma disciplina que lida com problemas relacionados à linguagem na prática e busca soluções para esses problemas. Ao longo da história, a linguística aplicada expandiu seu escopo para incluir questões como aquisição de segunda língua, alfabetização, direitos linguísticos de minorias e formação de professores.
Este documento apresenta um resumo do Caderno Temático "Letramentos de Reexistência" da Revista ABPN. O caderno contém 41 artigos de ativistas, pesquisadores e intelectuais de diversas áreas que discutem como os sujeitos negros constantemente reinventam suas identidades e práticas de uso da linguagem para reexistir em um contexto de opressão racial. Os artigos abordam tópicos como tradições orais, educação antirracista, sociabilidades negras e como o intelectual negro promove letrament
Este documento fornece um resumo da Sociolinguística em três frases:
1) A Sociolinguística estuda a relação entre linguagem e sociedade, analisando como fatores sociais influenciam a variação linguística.
2) A variação linguística é inerente às línguas e está relacionada a fatores geográficos, sociais e de estilo/registro.
3) A Sociolinguística busca descrever e interpretar o comportamento linguístico no contexto social, levando em
O documento discute os conceitos de gêneros textuais e tipologia textual. Em três frases, o texto explora como os gêneros surgem em esferas sociais específicas e são constituídos por elementos como estilo, forma e conteúdo temático.
1) O texto descreve a evolução histórica da Análise do Discurso como disciplina, desde suas primeiras tentativas na década de 1960 até sua consolidação.
2) As primeiras tentativas ainda estavam presas à dicotomia saussuriana entre língua e fala e não conseguiam definir claramente o objeto discurso.
3) Jean Dubois e Michel Pêcheux, na década de 1968, fundaram a Análise do Discurso de linha francesa, definindo o discurso como determinado historicamente e o sujeito
Este documento é um resumo de um trabalho acadêmico sobre a variação linguística na obra literária "Dona Guidinha do Poço", de Manuel de Oliveira Paiva. O trabalho descreve as variações linguísticas encontradas na obra, analisando expressões populares típicas do nordeste brasileiro. A pesquisa teve como objetivo mapear essas expressões regionais e discutir a importância do léxico para refletir a cultura de uma comunidade.
Literatura e sociedade no Facebook: da palavra alheia dos outros à minha pala...Diego Pereira
Este documento apresenta um projeto didático-pedagógico que visa promover a formação do leitor literário no ensino médio por meio do uso do Facebook. O projeto se baseia em uma concepção de linguagem como forma de interação humana e de literatura como discurso que reflete seu contexto sócio-histórico-cultural. As atividades planejadas visam desenvolver a capacidade dos alunos de realizar análises metalinguísticas sobre textos literários e fluxos conversacionais no Facebook.
Este documento discute a representação da mulher e da violência contra a mulher nas canções populares brasileiras entre 1930-1945. Analisa como as letras de música frequentemente retratavam as mulheres de forma estereotipada e machista, justificando a violência doméstica e a inferioridade feminina. Também explora como a cultura do "malandro" influenciou essas representações, normalizando a agressão contra as parceiras.
Este documento discute como as telenovelas influenciam a formação de identidades de gênero entre alunas e professoras de Educação de Jovens e Adultos. Analisou-se 15 entrevistas e cenas de novela para entender como os discursos midiáticos afetam a subjetividade dessas mulheres e o papel que a escola pode desempenhar para promover uma análise crítica desses discursos. Conclui-se que as novelas exercem uma "pedagogia cultural" na produção de sentidos e sujeitos soc
1. O documento apresenta uma introdução à análise do discurso, discutindo sua evolução histórica e perspectivas teóricas.
2. Aborda a distinção entre língua e fala proposta por Saussure e como Bakhtin superou essa dicotomia valorizando o discurso.
3. Discorre sobre como a linguagem é o lugar de manifestação da ideologia e não pode ser estudada de forma isolada do contexto social.
O documento discute o uso de poemas e letras de música no ensino médio para promover direitos humanos. Ele apresenta pesquisas sobre esferas literárias e gêneros textuais como poemas. Também descreve uma sequência didática proposta utilizando os poemas de Castro Alves para ensinar sobre a promoção de valores humanos.
O documento discute os conceitos-chave da Análise de Discurso, incluindo suas origens na linguística e desenvolvimento a partir de teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault. A AD busca entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade, considerando fatores linguísticos e extralinguísticos como ideologia e poder.
1. O documento apresenta um capítulo introdutório sobre sociolinguística de um livro escrito pelo professor Benedito Gomes Bezerra.
2. Aborda conceitos fundamentais da sociolinguística como variação linguística, variantes e variáveis.
3. Explica as origens da sociolinguística e seus principais precursores como Meillet, Bernstein e Labov, considerado o pai da área.
O documento discute a Linguística Aplicada e sua evolução de um apêndice da Linguística para uma disciplina transdisciplinar produtiva. Também resume as principais correntes linguísticas como o Estruturalismo de Saussure, o Gerativismo de Chomsky e o Funcionalismo de Jakobson. Por fim, discute a abordagem Interacionista e a importância de considerar as diferenças linguísticas dos estudantes na escolha de material didático.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
QUIZ - HISTÓRIA 9º ANO - PRIMEIRA REPÚBLICA_ERA VARGAS.pptx
Moita lopes
1. MOITA LOPES, L. P. (Org.) Por uma
Lingüística Aplicada Indisciplinar. São
Paulo: Parábola Editorial, 2006. 279 p.
John Robert Schmitz
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
A obra, os autores e seus artigos
Por uma Lingüística Aplicada Interdisciplinar está dividido em onze
capítulos, precedido de uma “Introdução” assinada pelo próprio organizador
Luiz Paulo da Moita Lopes. Os capítulos são: “Lingüística Aplicada como
Espaço de Desaprendizagem: Redescrições em Curso” (Branca Falabella
Fabrício), “Uma Lingüística Aplicada Transgressiva” (Alastair Pennycook),
“LingüísticaAplicadaeVidaContemporânea:ProblematizaçãodosConstrutos
queTêm Orientado a Pesquisa” (Luiz Paulo Moita Lopes), “Continuidade e
Mudança nas Visões de Sociedade em Lingüística Aplicada” (Ben Rampton),
“A Lingüística Aplicada na Era da Globalização” (B. Kumaravadivelu),
“Repensar o Papel da Lingüística Aplicada” (Kanavillil Rajagopalan), “A
Questão da Língua Legítima na Sociedade Democrática: um Desafio para a
Lingüística Aplicada Contemporânea” (Inês Signorini), “Lingüística Aplicada
na África: Desconstruindo a Noção de Língua” (Sinfree Makoni e Ulrike
Hanna Meinhof), “ATeoria Queer em Lingüística Aplicada: Enigmas sobre
“sair do armário” em Salas de Aula Globalizadas” (Cynthia D. Nelson).
A finalidade e importância da obra para a LA
O objetivo do livro sob apreço é apresentar para o leitor brasileiro as
mudanças substanciais na/da LA desde o final da década de 80, ao longo dos
anos 90 e no decorrer dos primeiros anos deste novo século. A LA estava
voltada principalmente nas décadas de 60 e 70 para o ensino-aprendizagem de
línguas e atrelada à língua inglesa e aos interesses políticos e econômicos dos
paísesondeoinglêséfalado. Para os autores do volume,aLA se encontra numa
“novaera”ebusca“novosmodosdeteorizarafazerLA”(MOITALOPES,p.14).
2. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
236
Do mesmo modo, segundo Fabrício (p. 52), as pesquisas no campo “navegam
por novos mares”. Os colaboradores aceitam com entusiasmo que o campo
tem “múltiplos centros” (RAMPTON, p. 109) e que focaliza “problemas do
mundo real” (KUMARAVADIVELU, p. 138).
Todos os autores dos diferentes capítulos se subscrevem à visão de uma
LA voltada para “as práticas sociais” (MOITA LOPES, p. 23), e também para
“a relevância social da temática e do objetivo gerais de nossos estudos”
(FABRÍCIO, p. 59). Daí se vê que a LA contemporânea é politizada e nos
termos de Pennycook (p.82) é “transgressiva” e “crítica”, diferente da prática
de LA reinante nos anos 70 cujos praticantes consideraram a disciplina como
neutra e apolítica. A obra contribui também para enterrar a visão de uma LA
como dependente da lingüística em que o lingüista aplicado atua meramente
como mediador entre a lingüística e a área de ensino-aprendizagem de língua.
Neste novo perfil a LA se torna uma ciência social. Seria bom, todavia, saber
se os cientistas sociais estão cientes da diferença (ou semelhança?) entre a LA e
a “lingüística teórica” e se realmente consideram a LA uma disciplina “irmã”.
A coletânea tem um perfil internacional, pois conta com a participação
de seis lingüistas aplicados brasileiros (Moita Lopes, Fabrício, Rajagopalan,
Signori, Cavalcanti e Rojo) e seis do exterior: dois especialistas lecionam neste
momento na Austrália (Pennycook e Nelson), dois na Grã-Bretanha
(RamptoneMeinhoff)edoisnosEstadosUnidos(MakonieKumaravadivelu).
O texto mostra o estado da arte da LA no contexto brasileiro. A “Introdução”
e o capítulo de Moita Lopes, os de Fabrício e de Rajagopalan versam, em geral,
sobre a LA no país; Kumaravadivelu faz um apelo para uma “transformação
disciplinar da LA” (p. 147), Rajagopalan sugere uma LA engajada na prática
social e adverte contra o teórico que “faz questão de não se envolver com os
problemas mundanos” (p.166). Cavalcanti se refere à elaboração de pesquisas
por parte dos próprios índios brasileiros “politicamente comprometidos com
as suas comunidades”, suas culturas e línguas (p. 247); Signorini, ao lidar com
alínguamaternaeanoçãodediglossia,argumentaqueaLAestáinstrumentalizada
do ponto de vista metodológico a contribuir para uma reflexão sobre a questão
da “legitimidade da língua em uso hoje no Brasil” (p. 188): Rojo se debruça
sobre a aquisição da linguagem (língua portuguesa) e as diferenças de produção
escrita entre duas crianças “de inserção social diferente” (p. 270). Rampton, ao
se referir à LA na Grã-Bretanha, lamenta que “[...] não há grande quantidade
de pesquisa para comparar com as tradições associadas a pesquisadores tais
3. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 237
como Erickson, Gumperz, McDermott, Ochs e os Goodwins”1
(p. 123).
Makoni e Meinhoff, ao se referirem ao continente africano, questionam a
noção de “língua” elaborada pelos lingüistas e missionários cristãos com base
na noção de “idioma nacional” de uma nação-estado durante a época colonial
européia (p. 209). Cynthia D. Nelson insere no campo de LA uma reflexão
sobre a sexualidade humana como prática e não como algo implantada no ato
de nascimento. O artigo contribui para uma reflexão sobre a noção de
identidade no contexto atual de imigração, deslocamento, transculturalismo,
miscigenação e multilingüísmo (p. 216), situações em que a(s) identidade(s)
dos indivíduos pode(m) mudar ou se misturar.
Os textos que integram o volume apresentam diferentes fontes
primárias que contribuem para patentear a diversidade de pensamento dos
autores. Fabrício recorre a Foucault e a Fairclough, de um lado, e Nietzsche e
Wittgenstein, por outro. Signorini recorre às idéias de Bourdieu, Latour e
Ranciére. Rojo baseia a sua pesquisa nas idéias de Bakhtin, Vygotsky,
Schneuwly, e Bronckart. Muito salutar numa coletânea de artigos publicada
em língua portuguesa e elaborada para leitores do referido idioma é o texto de
Makoni e Meinhof voltado para a realidade africana e o trabalho de LA na
África. Sem dúvida, a práxis da LA na Ásia, no Oriente Médio, na África e na
América do Sul vai ser diferente da LA realizada na Europa ou na América do
Norte. A variedade de fontes encontradas nas respectivas bibliografias e os
temas, sempre voltados para a vida social, retratam a mudança de enfoque da
LA no Brasil e no exterior nesta primeira década do século XXI.
Identidade e vida social
Os três textos que lidam com a noção de identidade são os de Moita
Lopes, Pennycook e Nelson. Os referidos artigos refletem a transformação da
LA nos últimos dez anos. Na década de 80 do século passado, temas referentes
1
RAMPTON deixa de fornecer na bibliografia final a fonte de OCHS e dos
GOODWINS. Mas, ele arrola na bibliografia os outros autores citados no corpo
do trabalho: F. ERICKSON, Qualitative Methods in Research on Teaching. In: M.
WITTROCK, (Ed.) Handbook of Research on Teaching. 3. ed., New York: Macmillan,
1985; J. GUMPERZ, Discourse Strategies. Cambidge: Cambrige University Press,
1982; R. MCDERMOTT, Inarticulateness. In: D. TANNEN (Ed.) Linguistics in
Context: Connecting Observation and Understanding. New Jersey: Ablex Publishing
Company,1988.
4. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
238
à sexualidade humana, isto é, “os nós das identidades sexuais” (NELSON,
p. 227) à teoria feminista e à teoria queer e à identidade não foram cogitados.
A LA, de fato, enquanto disciplina, ampliou os seus objetivos de pesquisa e
aproximou-se das ciências sociais.
As identidades são construídas através da linguagem Os autores acertam
aoquerermudaramentalidadedosindivíduosqueinsistememveridentidades
como únicas e fixas. Moita Lopes, Pennycook e Nelson consideram, em certos
casos, perigosa a noção de identidade porque alguns indivíduos utilizam suas
identidades com uma determinada nação, religião, classe social para apagar
“quem é diferente de nós” (MOITA LOPES, p. 102). Essa situação acarreta
problemas na vida social das pessoas, pois em vez de harmonia, existem
preconceito e intolerância com respeito às diferenças. Subjacente aos textos de
Moita Lopes, Nelson e Pennycook está a seguinte pergunta: o que é normal
realmente e quem decide o que vem a ser normal? Existem diferenças nas
concepções sobre o que significa “família” em diferentes sociedades. Existe,
segundo Cameron (2005, p. 482)2
uma diversidade de gêneros. A referência
de Pennycook ao corpo humano (p. 80) traz à tona os problemas ocasionados
pelas diferentes religiões (em particular, os fundamentalismos) que insistem
em fazer com que a existência do corpo humano vire um local de frustração e
sofrimento.
Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade
A tentativa por parte de alguns precursores da LA de manter a disciplina
estável com um único enfoque – (vejam a posição de James,3
1993, p. 17 que
considera a LA uma disciplina demasiada ampla com a de Rampton, p. 103,
que concebe a LA como uma disciplina com “múltiplos centros”) – motiva
Moita Lopes a caracterizar a nova LA como “indisciplinar”, adjetivo esse que
figuranoprópriotítulodaobra.Todososestudiososdaáreatêmconhecimento
da crise de identidade que surgiu dez anos atrás na área de LA ocasionada pelo
apelo de Rampton (1997) para uma disciplina socialmente constituída, em
contato, por um lado, com a sociolingüística, a lingüística educacional e a
2
CAMERON, D. Language, Gender, and Sexuality: Current Issues and New
Directions. Applied Linguistics. v. 26, n. 4, p. 482- 502, 2005.
3
JAMES, C. What is applied linguistics? International Journal of Applied Linguistics.
v. n. 2/1, p. 17-32, 1993.
5. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 239
lingüística forense (p. 16) e, por outro, em constante diálogo fora dos muros
das universidades.4
Os adjetivos “indisciplinar”, “mestiça” mostram uma “nova AL”, um
palco no qual existem atravessamentos de fronteiras disciplinares, contestação
de ideologias e mistura de disciplinas e conceitos. Ser “nômade” é um pouco
problemático para a LA no mundo acadêmico, pois todas as disciplinas para
sobreviverprecisamserancoradasfirmementedentrodaestruturainstitucional
de seus respectivos centros de pesquisa. Tenho certeza de que todos os
lingüistas aplicados se lembram dos tempos quando a disciplina ficava “sem
teto” (CAVALCANTI, 1998, p. 207-208).
Na busca constante de outros contatos inter-/transdisciplinares
Moita Lopes (p.14) acerta ao comentar que não vale a pena continuar
o debate sobre a diferença entre lingüística aplicada e a aplicação da lingüística.
Concordo que a discussão está “envelhecida” e pertence à situação histórica da
práxis da LA na década de 60. Muitas das aplicações, na verdade, foram
verdadeiros“desastres”pedagógicos.Mas,nemtodas.Considerandoquealguns
dos autores caracterizam a LA como uma das “áreas aplicadas” ou como
“contexto de aplicação” (MOITA LOPES, p. 23) e “campo aplicado”
(SIGNORINI, p. 187), um contato com as outras disciplinas aplicadas pode
estreitarainter-/transdisciplinaridade.Existeumagamadedisciplinasaplicadas
como “antropologia aplicada”, “filosofia aplicada” e “sociologia aplicada” e
“geografia aplicada” que, por um lado, se consideram relevantes para uma
prática ou vida social nesta primeira década do século XXI e que, por outro,
buscam atravessar outros campos de conhecimento como a LA. Acredito que
a interação com as outras disciplinas aplicadas seria de interesse para a LA. O
funcionamentodeLAparaasoutra(s)disciplina(s)edeoutra(s)disciplinaspara
a LA é sine qua non de inter-/transdisciplinaridade.
4
RAMPTON, B. Retuning in Applied Linguistics, International Journal of Applied
Linguistics, v. 7, n. 1, p. 3-25, 1997. O trabalho de Rampton é historicamente
importante, pois incitou um debate bastante acirrado entre vários especialistas
como Widdowson, Brumfit e Rajagopalan.
6. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
240
A LA não é a única disciplina inter-/transdisciplinar
Ainterdisciplinaridadeoutransdisciplinaridadenãosãoatividadesnovas.
Todos os autores do livro caracterizam a LA como uma atividade inter- / ou
transdisciplinar. Existe um perigo de pensar a LA como única prática
transdisciplinar presente no mundo acadêmico. A inter-/transdisciplinaridade
não é recente. Existem, de longa data, outras disciplinas, atividades, programas
deestudoemovimentosquetêmagendasinterdisciplinaresoutransdisciplinares.
O próprio pós-modernismo ao qual todos os participantes do livro se referem
(e apóiam) é também interdisciplinar, pois ele atravessa uma gama de áreas de
conhecimento.
Problematizando a transdisciplinaridade5
O único autor que problematiza, até certo ponto, a noção de
transdisciplinaridadeéMoitaLopes.Eletemrazão,comoRoxoobserva(p.259),
ao afirmar que uma transdisciplinaridade somente é possível no caso de
pesquisas elaboradas por equipes ou grupos de pesquisadores. A noção é muito
complexa e muito difícil para um único indivíduo ter conhecimento suficiente
e competência profunda de uma ou duas disciplinas, além da própria LA.
Acredito que nenhum dos autores iniciou (ênfase minha) a carreira com uma
postura interdisciplinar, embora Moita Lopes pense o contrário (p.20). A
inter-/transdisciplinar é realmente um projeto que se desenvolve, construído
ao longo da carreira antes como discente (Iniciação Científica, Mestrado,
Doutoramento) e, mais tarde, como docente (assistente doutor, pós-
doutoramento, livre docente e titular). Uma postura interdisciplinar e também
transdisciplinaracarretacertosproblemasparaaLAcomrespeitoàorganização
e elaboração de programação de cursos em nível de graduação e de pós-
graduação. Qual deve ser a “dosagem” de interdisciplinaridade que poderia (ou
deveria) estar presente no conteúdo programático no nível de mestrado e de
doutoramento? Os cursos de doutoramento em comparação com os de
5
A noção de transdisciplinaridade é bastante complexa. Iribarry tece comentários
pertinentes a respeito dos termos “transdisciplinaridade” e outros como
“multidisciplinaridade”, “pluridisciplinaridade” e “interdisciplinaridade”. Cf.
IRIBARRY, I. N. Aproximações sobre a transdisciplinaridade: algumas linhas
históricas, fundamentos e princípios aplicados ao trabalho de equipe. Psicologia:
Reflexões e Críticas. v. 16, n. 3, p. 483-490, 2003.
7. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 241
mestrado tendem a facilitar uma interdisciplinaridade devido ao maior tempo
disponível na grade horária e à maturidade intelectual de discentes depois do
mestrado.
Quantoaoníveldegraduação,perguntoseexistirnagradehoráriaespaço
suficiente para implantar uma verdadeira postura interdisciplinar e uma visão
crítica levando em consideração a estrutura departamental bastante rígida de
certas universidades brasileiras e até estrangeiras. Antes de enveredar pela
interdisciplinaridade, os graduandos precisam ter matérias introdutórias que
traçam o desenvolvimento da LA desde os seus primórdios até a sua atuação
contemporânea. Um rompimento ou ruptura com o paradigma tradicional
deLAeumamudançaparaoutravisãodaLAnãodeveacarretarumasupressão
a respeito das origens históricas da disciplina. Os textos fundadores ou
canônicos não devem ser esquecidos (nenhum dos autores recomenda isso),
mas sempre disponíveis para questionamento e “desconstrução”.
Quais disciplinas fora de LA deveriam ser cursadas e como elas
deveriam ser amarradas para incentivar um espírito interdisciplinar nos cursos
de graduação? Cursar duas ou três matérias em sociologia ou psicologia,
mormente introdutórias, não caracteriza a interdisciplinaridade concebida por
Moita Lopes e pelos outros colaboradores do volume. Com base nas críticas
à “lingüística teórica” por parte de Pennycook e Rajagopalan nos seus
respectivos capítulos, tenho a impressão de que a referida disciplina não
constaria dos contatos inter-ou transdisciplinares. Seria lamentável, a meu ver,
que futuros lingüistas aplicados não tivessem oportunidades para refletir sobre
a linguagem que seja da ótica da pragmática, da análise do discurso, da
sociolingüística (ver RAMPTON, p. 115-119) ou da lingüística sistêmico-
funcional,todaselas“teóricas”.Rajagopalanrecomendaoestudoda“lingüística
crítica” (que é teórica), ao passo que Pennycook incentiva o uso da “Lingüística
Aplicada Crítica” (que também é teórica). A questão de qual dessas abordagens
“críticas”maisinteressaaLAteriadeserdecididapelospróprioslingüistasaplicados
nos contatos interdisciplinares. O que importa é que o lingüista aplicado tenha
contatocomumaouduascorrenteslingüísticasequenãopercaogostoeointeresse
nofenômeno“linguagem”enaestruturaefunçõesdaslínguasnaturais.
Transdisciplinaridade e engajamento político versus
“neutralidade”
A leitura do livro evidencia um antagonismo de ordem política e
filosófica no interior da LA. Por um lado, há os que querem ampliar o leque
8. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
242
da LA para lidar com questões sociais, culturais, econômicas e políticas. Com
base num comentário de Pennycook “[...] perspectivas críticas na LA estão
emergindo no mundo com agendas múltiplas” (p. 69), argumentaria que os
pesquisadores que seguem essa orientação são a maioria. Por outro lado, há
alguns veteranos (uma minoria?) que insistem numa posição apolítica e uma
postura “neutra” para a LA com relação a assuntos da vida social. Pergunto se
nãosetratadeuma“briga”entregerações:paiefilho. Pensoquenãovaleapena
gastar mais tinta para tentar resolver o referido conflito. A realidade é que a LA
já adotou uma agenda político-social e seria impossível, neste momento
histórico em que a LA está inserida, reverter o quadro.
A LA e sua relação com os estudos lingüísticos: a LA como “o
outro”
Moita Lopes externa (p. 17) a sua preocupação de que os lingüistas
aplicados vão sempre continuar sendo vistos como “os outros” na área de
estudos lingüísticos devido ao fato de que a LA, parafraseando Pennycook, se
caracterizapelo“[...]envolvimentoemumareflexãocontínuasobresimesmo”,
se repensando a cada momento. Rampton (p. 122) também se preocupa com
“a posição precária do lingüista aplicado na academia e de sua necessidade de
se diferenciar e se justificar perante os lingüistas.” Diria o que realmente
importa na relação entre LA e os estudos lingüísticos é a qualidade de pesquisas
realizadas (ou a serem realizadas) no interior da LA. Dessa forma, a LA vai
deixar de ser vista como “a outra lingüística”. A legitimidade acadêmica
dependedaresponsabilidadeeseriedadedospesquisadoresperanteosdiferentes
objetivos de pesquisa.
A insatisfação com a lingüística mainstream
Moita Lopes (p. 16) informa que Pennycook conclui que a disciplina
delingüística“[...]emmuitasdesuasmanifestaçõesatuais”está“emlamentável
estado de falência múltipla” e que “pode ser de interesse periférico.”
Rajagopalan reitera a posição de Pennycook e concorda com a previsão de
Martin (2000, p.123-124)6
de que a LA vai “ressuscitar a lingüística como
disciplina” devido ao fato de a lingüística mainstream não visar um papel “mais
6
MARTIN, J.R. Design and Practice: Enacting Functional Linguisics. Annual Review
of Applied Linguistics, v. 21, p. 431-462, 2000.
9. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 243
socialmente responsável”. Imagino que Pennycook, Rajagopalan e Martin
estejamsereferindoàlingüísticagerativaenãoàlingüísticasistêmico-funcional
ou à lingüística de corpus.
Écuriosaessamanifestaçãodecríticaàlingüísticateóricanestemomento
atual, uma vez que a mesma insatisfação está registrada na literatura
especializada de LA desde o início da década de 90 do século passado e
possivelmente antes daquela data. Sridhar (1990, p.170), por exemplo,
comenta que, embora a lingüística teórica tenha contribuído para o estudo da
linguagem, a lingüística formal ou mainstream “pagou um preço muito alto”
por ter excluído de sua agenda três enfoques: (1) a função, (2) o desempenho
(performance) e (3) o contexto.
As referidas exclusões motivaram a busca por parte de lingüistas
aplicados de outros modelos ou abordagens lingüísticas como o funcional, a
lingüística de corpus ou a “sociolingüística pós-moderna” (RAMPTON,
p. 115-119) que melhor contribuíram para a construção de suas pesquisas.
Continuar insistindo na condenação da lingüística formal chomskiana
ou de outro modelo ou escola relacionado é desnecessário, considerando que
a LA há muito tempo declarou a sua independência do domínio acadêmico
(e administrativo) da disciplina de lingüística. Widdowson justamente merece
créditoporterlutadoparaestabelecerumaidentidadeprópriaeterpreparadoo
terreno para uma nova LA como Rampton (p. 122) reconhece.
Amelhorpolíticaseriadeixarosquepreferemtrabalharcomformalismos
trilhar o seu próprio caminho. O diálogo é sempre essencial e diria que a ética
acadêmica pede que os próprios formalistas sejam ouvidos a respeito das
afirmações de a lingüística teórica estar ou não na UTI!
Devehaver,acredito,naacademialugaresparapesquisadoresespecularem
e teorizarem, livres da necessidade de fornecer uma justificativa a respeito da
“praticidade” de suas idéias e pensamentos. Considero importante a existência
de “think tanks”, isto é, centros de estudos e pesquisas avançados nas
universidades (e não “torres de marfim” como Rajagopalan (p. 158) as
considera) que funcionam como espaços para uma reflexão livre das pressões
de cobrança do “mercado capitalista” e de governos autoritários que querem
influenciaroteordaspesquisasaseremrealizadas.Oquemeinquietaéainsistência
dequetodapesquisa(ênfaseminha)sejarelevanteà“vidaeàpráticasocial”.
Os projetos de transdisciplinaridade e engajamento social da LA de
nenhuma forma são comprometidos ou ameaçados pela existência de
disciplinas“nãosocialmenteresponsáveis”.Asdisciplinasengajadaspoliticamente
não podem coexistir neste mundo complexo, caótico e diversificado com as
10. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
244
não-comprometidas com o social? Penso que sempre haverá discursos
imensuráveis, se os dois lados não querem ouvir um ao outro.
A Lingüísitica de Corpus
Alingüísticadecorpusformapartedos“bonsventos”(RAJAGOPALAN,
p. 160-161) da LA e a referida disciplina exemplifica “uma lingüística de
resultados”, por apresentar fatos empíricos a respeito da linguagem com base
na ánalise de dados mediados pelos processadores de palavras e diferentes
programas de computação. A lingüística de corpus aborda a linguagem de
forma diferente da lingüística gerativa. A primeira enfoca a prática e depois
desenvolve uma teoria para aquela prática; a segunda formula teorias para
explicar a prática. É verdade que a lingüística de corpus tem contribuído para
a lexicologia, os estudos da tradução e também para a preparação de material
didático para o ensino e aprendizagem de língua estrangeira. Posto isso, para
não dar uma visão equivocada da lingüística de corpus, cumpre observar que
muitos trabalhos na referida área são descritivos sem acusar nenhum
encaminhamento prático por parte dos respectivos autores. Uma boa parte dos
trabalhos publicados na International Journal of Corpus Linguistics é descritiva
sem “resultados práticos para a vida social” (http://www.corpus.bham.ac.uk/
ccl/ijcd.htm). Não diria que são “descrições ingênuas” (RAMPTON, p. 122).
Ética
Muitos dos que contribuem para o livro se referem à noção de “ética”.
Moita Lopes (p. 27) diz que uma LA transdisciplinar ou indisciplinar precisa
contemplar“questõesdeéticaepoder”. Muito procedenteéarejeiçãoporparte
do referido lingüista aplicado de um “relativismo ético” que acarreta práticas
que“[...]causemsofrimentohumano”ouqueapresentam“[...]significadosque
façam mal aos outros”. Para Fabrício (p. 61), “a pluralidade de nossos tempos”
requer a “ética como horizonte norteador.” Cavalcanti acerta (p. 250) ao
afirmarque“[...]aéticaprecisaserco-construídainteroumulticulturalmente”.
Ecoando as palavras de Sousa Santos (2000)7
, Cavalcanti comenta que a ética
não pode e não deve ser “antropocêntrica” e “individualista”.
7
SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência.
São Paulo: Cortez Editora, 2000.
11. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 245
As reflexões a respeito da noção de ética refletem os “bons ventos” da LA
contemporânea, reflexiva e contestatória e vão contribuir para a realização de
pesquisas responsáveis que não prejudiquem os próprios pesquisados.Teria
preferido nas considerações sobre a ética um posicionamento mais detalhado
sobre o papel da ética dentro (ênfase minha) da prática da disciplina de LA por
parte dos autores da coletânea, nos moldes do trabalho de autoria de Paiva
(2005) sobre a problemática de ética na pesquisa.
Com respeito ao problema de ética em vários países deste mundo
capitalista e neoliberal, pergunto o que a LA pode contribuir para moralizar
os diferentes poderes legislativos que fazem leis supostamente para o bem
comum de todos, mas aceitam subornos para legislar em favor dos que pagam
pelo “serviço”. A mesma coisa acontece no poder judiciário em muitas
sociedades. A corrupção é ubíqua e parece que precedeu de longe o advento da
globalização. Estamos diante de um problema sério ligado às práticas sociais
(anti-sociais, na verdade) que necessitam da interação de uma gama de
disciplinas com a LA. O problema é que a LA precisa ser vista como uma área
deconhecimentolegítimoerelevanteparaasociedadeporpartedospraticantes
de outras disciplinas. O contato entre disciplinas deve ser multilateral com
lingüistas aplicados, por um lado, citando textos escritos por sociólogos e
cientistas políticos e, por outro, sociólogos e cientistas políticos citando
trabalhos alinhavados por lingüistas aplicados.
Um problema com respeito às considerações sobre ética no livro em tela
é que nenhum autor define o que vem a ser ético. Mesmo que Moita Lopes
não aceite uma postura de “relativismo ético” (p. 27), não haveria numa “LA
auto-reflexiva” posicionamentos diversos a respeito do que fosse ético e do que
fosse antiético? Fazer “escolhas ideológicas, políticas e éticas (MOITA LOPES,
p. 28) [ênfase minha] é bastante complexo porque diferentes lingüistas
aplicados podem ter opiniões divergentes a respeito de assuntos polêmicos e
emotivos como pena capital, eutanásia, aborto, uso de células-tronco de
embriões em pesquisa e a presença de transgênicos nos alimentos.
Pós-colonialismo, pós-modernismo e globalização?
Kumaravadivelu está convencido da “transformação colonial para pós-
colonial” (p. 143-146) e que essa transformação exige, segundo ele, “novos
modos de investigação” para a LA. Sem dúvida, como comentei acima,
pesquisasengajadascomproblemasdedesigualdade,preconceitoracialeétnico
e discriminação contra homossexuais e lésbicas, pobres, deficientes físicos e
12. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
246
idosos são temas de grande relevância para a LA. Mas, o que é problemático é
o uso do termo “pós-colonial”. Levando a preocupação de Moita Lopes (p. 87)
com “[...] a globalização perversa que vivemos, institucionalizada, por
exemplo, no Banco Mundial, no FMI, na Casa Branca, no Mercado Comum
Europeu,etc.,decujosefeitosdevastadoressomoscotidianamentetestemunhas
[...]”, pergunto se o colonialismo realmente acabou ou se é questão de haver
um neo-colonialismo. Makoni e Meinhoff (p. 197) descrevem os danos
ocasionados pelo trabalho em conjunto de lingüistas e missionários cristãos em
“fabricar” línguas nos moldes do estado-nação europeu e de acordo com
conveniência dos religiosos na imposição de suas crenças. Os autores não
mencionam os antropólogos que colaboraram intimamente com os lingüistas
e, em certos casos, com grupos religiosos. Falta no artigo de Makoni e
Meinhoff uma referência ao islamismo, a sua divulgação no norte da África e
a resultante tensão com o cristianismo e sua porta-voz—a língua inglesa.
A “descolonização” vai ao encontro da referência por parte de
Kumaravadivelu (p. 146) e também por parte de Cavalcanti (p.250) ao
trabalho deTuhiwai Smith no livro Decolonizing Methodologies: Research and
Indigenous Peoples. London: Zed Books, 1999. O que é importante para Smith
(e também Cavalcanti) é a formação de pesquisadores “indígenas” (os índios
Maori na Nova Zelândia, no caso de Smith, e os índios brasileiros, no de
Cavalcanti), que lidam com a sua própria cultura, tornam-se os pesquisadores,
e não os pesquisados, e que não transportam metodologias ou procedimentos
depesquisautilizadosnoocidentequepodemnãofuncionaremcontextosalheios.
O que precisa ser descolonizada é a própria LA, para dar poder aos que foram
historicamenteobjetosdepesquisa,enãopesquisadoresdesuaprópriarealidade.
Todos os autores do volume seguem, em linhas gerais, as idéias de
Pennycook (1990) que foi um dos primeiros lingüistas aplicados (se não o
primeiro) a se referir ao pós-modernismo no campo de LA e a rejeitar o
modernismo. No artigo “Towards a critical applied linguistics for the 1990s”
(Issues in Applied Linguistics, v. 1, n. 1, p. 8-20), Pennycook aportou idéias
“ousadas” do pós-modernismo à LA (idéias essas que ocasionaram verdadeiras
revoluções em outras áreas de pesquisa) e que transformaram radicalmente a
própria LA.
Considerando que os autores, em primeiro lugar, situam-se como
pesquisadores pós-modernos em contraste com os modernos e levando em
conta, em segundo lugar, que o livro em apreço na verdade não é uma
introdução à LA, é natural que os autores pressuponham uma familiaridade
13. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 247
por parte dos leitores com as idéias filosóficas do pós-modernismo. Diria que
incumbe aos eventuais leitores, que se sentem desnorteados com a densidade
dos textos, consultar as fontes citadas nas bibliografias de cada capítulo para
aceitar ou não as considerações aventadas. Um leitor perspicaz e crítico (o tipo
de leitor que os autores desejam, sem dúvida!) vai notar que existem em alguns
dos textos arrolados críticas ao modernismo: “idéias modernistas”, “LA
modernista”, (MOITA LOPES, p. 14-15), “junções modernidade/pós-
modernidade”,“ilusõesmodernistas”(RAMPTON,p.115-116),“transformação
do moderno para o pós-moderno” (KUMARAVAVIDELU, p. 139),
“condições moderna e pós-moderna” (ROJO, p. 260). É importante enfatizar
que o termo “pós-modernismo” surgiu paulatinamente do “modernismo”.
Segundo Cameron (2005, p. 484), sem o trabalho pioneiro de Simone de
Beauvoir (1949), nos moldes do próprio modernismo, não teríamos a visão
de gênero como “performance” com “atravessamentos identitários” (MOITA
LOPES, p. 22), “a produção da identidade no fazer” (PENNYCOOK, p. 81)
neste momento contemporâneo. Moita Lopes (p.103) rejeita a versão cética
do pós-modernismo que concebe o mundo como “um vale tudo”. Concordo
plenamente porque uma postura de ceticismo impede que se proponham
soluções para tentar mudar a ordem social e pode conduzir a uma indiferença,
a um niilismo ou anarquismo.
O conceito “positivista” também é problemático para alguns dos
autores: “ciência positiva e moderna” (MOITA LOPES, p. 88), “positivismo
como uma das “grandes narrativas da pós-modernidade”, (CAVALCANTI,
p. 236) e “questionar se e até que ponto a grande maioria das abordagens
positivistas na pesquisa em LA confina a área a um perímetro limitado”
(KUMARAVADIVELU, p.146). Ao se referirem ao positivismo, penso que
os autores estão se referindo à existência de uma metodologia quantitativa (ou
estatística), isto é, ao empiricismo. Não acredito que pesquisas empíricas sobre
a utilização de dicionários por diferentes usuários (língua materna ou
estrangeira) limitem ou confinem a LA a um perímetro limitado, como
observa Kumaravadivelu (p. 146). As pesquisas no campo de lexicografia
apresentadas por Welker (2006)8
mostra que o Dicionário em todas as
sociedades é parte da prática e vida social dos seres humanos.
8
WELKER, H. A. O uso dos dicionários: panorama geral das pesquisas empíricas.
Brasília: Thesaurus Editora, 2006.
14. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
248
Observo, em alguns dos textos, uma dose de impaciência com a
metodologia quantitativa que entra em choque com a própria finalidade da
nova LA estipulada por Moita Lopes (p. 14) no sentido de “[...] não se objetiva
que todos tenham de optar pelas mesmas escolhas teóricas e metodológicas e
seguir uma “nova verdade”. Concordaria com Kumaravadivelu (p. 146) se
fosse o caso de que as metodologias de cunho empírico chegassem a ser o único
paradigma de pesquisa do campo. Meu receio é que o antagonismo entre
métodos de pesquisa cause a separação de uma lingüística aplicada quantitativa
nos moldes de Hatch e Lazaraton (The Research Manual: Design and Statistics
forAppliedLinguistics,Boston:Heinle&HeinlePublishers,1991)deumaLA
transdisciplinarquesupostamentepossui“múltiploscentros”(RAMPTON,p.109).
Julgo importante a presença de uma postura pós-moderna na LA por
ter facilitado a circulação das vozes de Foucault, Derrida, Heidegger e
Nietzsche, entre outros. Graças à nova visão liderada por Pennycook, a LA
ampliou o seu leque de enfoques, anteriormente restrito ao ensino-
aprendizagem de línguas. Moita Lopes apresenta uma posição ponderada com
respeito à LA “indisciplinar” ao afirmar que “não estamos diante de uma nova
verdade[...]”(MOITALOPES,p.21).AvisãodeLAtidaporKumaravadivelu
(p. 146) parece, na realidade, propor “uma nova verdade” ao condenar
pesquisas por terem se originado no Oocidente ou por formar parte da
“tradiçãoanglo-americanadepesquisaemLA”(KUMARAVADIVELU,p.146,
nota 4). Não seria categórica a postura de Kumaravadivelu em contraste com
a de Moita Lopes?
Moita Lopes responsabiliza, seguindo Bauman (1999)9
, o fenômeno da
globalização pela pobreza e injustiça reinante no mundo (p. 24), Fabrício,
(p. 47) se refere aos efeitos da globalização “a velocidade da circulação de
discursos e imagens disponibilizados em tempo real pelaTV e pela internet”
e “a transnacionalização das dimensões política e econômica [...]”. Nelson
(p. 216) se refere às “[...] salas de aula cada vez mais globalizadas com grupos
de alunos internacionais...” Devido à globalização e à migração constante de
indivíduos, temos cidades na Europa, na América do Norte, na América do
Sul e na Austrália, com grupos de pessoas dos quatro continentes. A nova
realidade “globalizada” é a mistura e o deslocamento de raças e identidades:
9
BAUMAN, Z. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editores. 1999.
15. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008 249
turcos e portugueses em Berlim, jamaicanos e paquistaneses em Londres,
iranianos e brasileiros em Paris, coreanos e libaneses em São Paulo, e latino-
americanos e indianos em Nova York. Daí se vê que um estado-nação
homogêneo com uma única identidade e monolíngüe é coisa do passado.
Kumaravadivelu (p. 131) devota mais espaço ao fenômeno de
globalização do que os outros colaboradores e apresenta uma reflexão mais
equilibrada a respeito. Com base em vários autores, o autor apresenta três
pontos de vista: (1) a língua de globalização é o inglês, (2) um dos sinônimos
do referido fenômeno é “mcdonaldização” e (3) existe uma tensão entre a
globalização e a glocalização. As próprias palavras de Kumaravadivelu: “A LA
como campo de estudos não pode deixar de considerar a realidade emergente
global”(p.135),melevamapensarqueeleestáconformadocomessarealidade
e, por este motivo, sugere que o mundo globalizado implique uma
transformação disciplinar para a LA. Kumaravadivelu, diferentemente de
Moita Lopes, não considera a globalização como “perniciosa” (p. 82). Bastante
intrigante para mim é a conclusão de Kumaravadivelu (p. 147), na qual ele
receia a existência de “interesses estabelecidos que submetem a disciplina a uma
sombra hegemônica”. Quais seriam os interesses a que o autor se refere? A
língua inglesa? O império anglo-americano? A própria globalização? O
positivismo? Métodos de pesquisa quantitativa? A lingüística teórica?
Um assunto que deveria receber mais atenção por parte dos autores é o
papel da própria Internet. Fabrício (p. 47), de fato, menciona a Internet que
pode chegar a ser outra forma de imperialismo por parte dos países ricos, ou
pode ser uma esperança de emancipação ou “empoderamento” para os países
emergentes.
Encaminhamento
Pela variedade de textos abordados e pela seriedade dos onze artigos,
concluo que Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar é de leitura essencial em
cursos de LA, particularmente em nível de especialização e pós-graduação
(stricto sensu). Estsa recomendação se deve à complexidade dos temas
abordados, que exigem uma leitura cuidadosa e uma pré-leitura dos diferentes
filósofos, sociólogos, antropólogos, psicólogos, cientistas sociais, lingüistas e
educadores arrolados nas bibliografias dos respectivos autores.
Considerando o espírito inter-/transdisciplinar da coletânea, espero que
os especialistas em outras áreas que também lidam com os referidos conceitos
e os temas como as teorias feminista e queer, identidade, ética e ideologia
16. Rev.BrasileiradeLingüísticaAplicada,v. 8, n. 1, 2008
250
venham a conhecer o que os lingüistas aplicados têm a dizer a respeito dos
diferentes assuntos.
O fato de que o volume consta de artigos de autores brasileiros (Moita
Lopes, Fabrício, Cavalcanti, Signorini e Rojo), penso que seria procedente
verter os textos para o inglês (e outros idiomas) para publicação no Brasil ou
no exterior. Lamentavelmente nem todos os lingüistas aplicados no exterior
lêem o português, fato que dificulta uma tomada de conhecimento do que se
faz em LA no Brasil e o que os lingüistas aplicados têm a dizer.Teria sido de
interesse saber onde os textos traduzidos para o volume (Pennycook, Nelson,
Kumaravadivelu, Markoni e Meinhoff), foram publicados originalmente.
Vários autores brasileiros (Moita Lopes, Fabrício, Signorini, Cavalcanti,
e Rojo) mencionam de passagem as suas próprias pesquisas na LA em forma
de teses, dissertações, artigos e livros.Vale a pena aprofundar os resultados das
pesquisas realizadas no Brasil. Quem sabe o organizador se anima a elaborar
no futuro próximo outro texto sobre a LA brasileira, transdisciplinar e
indisciplinar!
Referências
A.(Alistair) Pennycook, Towards a critical applied linguistics for the 1990s.
Issues in Applied Linguistics. vol. 1, no. 1: 8-29 (junho)1990.
CAVALCANTI, M. AILA 1996. Estado da Arte em Microcosmo da Lingüística
Aplicada. In: SIGNORINI, I.; CAVALCANTI, M.C. (Ed.). Lingüística Aplicada
e Transdisciplinaridade. Campinas: Mercado de Letras, 1998. 215p.
E.(Evelyn Hatch e Anne Lazaraton, The Research Manual:Design and Statistics
for Applied Linguistics. New York: Newbury House, 1991.
PAIVA, V. M. de O. e. Reflexões sobre a ética e a pesquisa. Revista Brasileira de
Lingüística Aplicada, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 43-61, 2005.
SRIDHAR, S.N. What are applied linguists? Studies in the Linguistic Sciences.
v. 20, n. 2, p. 165-176, 1990.