O documento discute a interação entre canto e acompanhamento harmônico na educação musical, propondo que os alunos experimentem diferentes níveis de interdependência entre as duas partes, desde canto e harmonia previsíveis até improvisação conjunta mantendo o pulso. O autor resume considerações de Schoenberg sobre conclusões musicais para contextualizar o tópico.
Este documento apresenta uma análise semiótica da música "Dom Quixote" dos Engenheiros do Hawaii baseada na teoria de Greimas. A letra descreve um sujeito que se sente fora de lugar por amar causas perdidas, apesar das críticas que recebe. A análise identifica os actantes da narrativa e mostra como o sujeito passa de uma posição de discordância para uma de conformismo com o tempo. O quadrado semiótico é usado para mapear as relações entre identidade, alteridade e seus opostos na música.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
O documento resume o contexto histórico e as principais características do período barroco, incluindo a contrarreforma católica, o dualismo entre o mundo material e espiritual, e o uso excessivo de figuras de linguagem. O documento também analisa um soneto de Gregório de Matos que ilustra temas comuns da arte barroca como a fé em Deus e a mortalidade.
Este documento apresenta uma entrevista com o compositor e educador Paulo Costa Lima sobre a pedagogia da teoria e análise musical. Paulo Lima argumenta que a análise musical pode ser vista como um "feito composicional" ou uma forma de "escrever música", e que isso pode ajudar a construir pontes entre a didática da composição e da análise musical. Ele também discute como a experiência musical, teoria, análise e composição estão interligadas e não devem ser vistas como compartimentos isolados.
O documento apresenta exercícios sobre a análise poética de diferentes poemas. Inclui poemas, questões sobre esses poemas e soluções comentadas para as questões.
A concepção intervalar na poética pós-ruptura: uma análise da Sonata n. 3 de ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar na poética pós-ruptura de Almeida Prado, analisando especificamente a Sonata n.o 3. O autor demonstra como Prado desenvolveu um espaço "entre" sistemas musicais, chamado transtonalismo, utilizando mecanismos intervalares. A análise da Sonata mostra como esses intervalos característicos ocorrem nas fases Pós-Tonal, Síntese e Pós-Moderna de Prado.
Parmênides trágico — luis felipe bellintani ribeiroChristian Athayde
1) O texto discute a filosofia de Parmênides e sua natureza "trágica", na qual a escolha entre os caminhos da verdade e da aparência envolve perda e ganho simultâneos.
2) Analisa as referências a "caminhos" no poema de Parmênides e propõe a existência de três caminhos distintos: o do ser, o do não-ser e o da aparência-opinião.
3) Argumenta que o espírito fundamental de Parmênides é trágico, na medida em que o caminho do não-ser
O poema é composto por uma única estrofe irregular de 14 versos, predominantemente decassílabos, com rima cruzada e interpolada. Narra a recordação de um tempo passado feliz, contrastada com a desilusão do presente onde o futuro é incerto.
Este documento apresenta uma análise semiótica da música "Dom Quixote" dos Engenheiros do Hawaii baseada na teoria de Greimas. A letra descreve um sujeito que se sente fora de lugar por amar causas perdidas, apesar das críticas que recebe. A análise identifica os actantes da narrativa e mostra como o sujeito passa de uma posição de discordância para uma de conformismo com o tempo. O quadrado semiótico é usado para mapear as relações entre identidade, alteridade e seus opostos na música.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
O documento resume o contexto histórico e as principais características do período barroco, incluindo a contrarreforma católica, o dualismo entre o mundo material e espiritual, e o uso excessivo de figuras de linguagem. O documento também analisa um soneto de Gregório de Matos que ilustra temas comuns da arte barroca como a fé em Deus e a mortalidade.
Este documento apresenta uma entrevista com o compositor e educador Paulo Costa Lima sobre a pedagogia da teoria e análise musical. Paulo Lima argumenta que a análise musical pode ser vista como um "feito composicional" ou uma forma de "escrever música", e que isso pode ajudar a construir pontes entre a didática da composição e da análise musical. Ele também discute como a experiência musical, teoria, análise e composição estão interligadas e não devem ser vistas como compartimentos isolados.
O documento apresenta exercícios sobre a análise poética de diferentes poemas. Inclui poemas, questões sobre esses poemas e soluções comentadas para as questões.
A concepção intervalar na poética pós-ruptura: uma análise da Sonata n. 3 de ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar na poética pós-ruptura de Almeida Prado, analisando especificamente a Sonata n.o 3. O autor demonstra como Prado desenvolveu um espaço "entre" sistemas musicais, chamado transtonalismo, utilizando mecanismos intervalares. A análise da Sonata mostra como esses intervalos característicos ocorrem nas fases Pós-Tonal, Síntese e Pós-Moderna de Prado.
Parmênides trágico — luis felipe bellintani ribeiroChristian Athayde
1) O texto discute a filosofia de Parmênides e sua natureza "trágica", na qual a escolha entre os caminhos da verdade e da aparência envolve perda e ganho simultâneos.
2) Analisa as referências a "caminhos" no poema de Parmênides e propõe a existência de três caminhos distintos: o do ser, o do não-ser e o da aparência-opinião.
3) Argumenta que o espírito fundamental de Parmênides é trágico, na medida em que o caminho do não-ser
O poema é composto por uma única estrofe irregular de 14 versos, predominantemente decassílabos, com rima cruzada e interpolada. Narra a recordação de um tempo passado feliz, contrastada com a desilusão do presente onde o futuro é incerto.
O documento discute o uso de conectivos como preposições e conjunções. Aprendemos sobre:
1) A função de preposições de ligar elementos em uma oração e criar relações de subordinação.
2) As classificações de preposições essenciais e acidentais.
3) O uso de preposições em adjuntos adverbiais e complementos nominais e verbais, e quando sua omissão é permitida.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 105-106luisprista
O documento anuncia um estágio de jornalismo que irá decorrer na sede da Associação de Estudantes na sexta-feira, dia 6 de março à tarde. As inscrições devem ser feitas através de uma ficha a preencher que pode ser adquirida na Associação de Estudantes.
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 26-27luisprista
Os textos descrevem o cansaço dos sujeitos poéticos em relação aos "outros", que consideram idealistas ou excessivamente confiantes. Apesar das dificuldades, os eu líricos privilegiam a intuição e escolhem não seguir as normas sociais, vivendo livremente de acordo com as suas emoções e intelectualidade.
Este documento discute o lugar do amor na psicanálise, especialmente no tratamento de mulheres. Aborda como o amor está ligado à falta e à morte, e como a demanda por amor é frequentemente a primeira questão a surgir no tratamento feminino. Também explora como o amor se manifesta de forma diferente nos registros imaginário, simbólico e real, e como isso se relaciona com as posições masculina e feminina na teoria da sexuação de Lacan.
Este documento analisa a "Ode Triunfal" de Álvaro de Campos através da perspectiva da assinatura e do narcisismo. Ele argumenta que o poema expressa a indiferença à moral da assinatura e canta sobre a experiência moderna de estímulos múltiplos, forçando-nos a ouvir nossa própria voz. A assinatura de Álvaro de Campos captura tanto o primitivismo quanto a sofisticação do canto humano.
Revisional de estilos de época 08, simbolismoma.no.el.ne.ves
O documento discute aspectos temáticos e formais do Simbolismo presentes na poesia de Cruz e Sousa. Tematicamente, valoriza-se as sensações, emoções e impressões, preferindo sugerir em vez de nomear, com desejo de elevação e transcendência e manifestações metafísicas e espirituais. Formalmente, destaca-se a musicalidade, sinestesia, linguagem vaga e imprecisa, maiúsculas alegorizantes e rebuscamento formal herdado do Parnasianismo.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 119-120luisprista
Blimunda procura Baltasar durante nove anos e finalmente o reencontra em Lisboa. Embora Baltasar pareça diferente com a barba enegrecida, Blimunda o reconhece. Pela primeira vez, Blimunda vê o interior de Baltasar.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 82luisprista
O documento apresenta um poema de Fernando Pessoa intitulado "Às vezes, em sonho triste" e realiza uma análise estilística e temática do mesmo através de perguntas. O poema descreve a nostalgia do eu lírico por um país onde seria possível ser feliz simplesmente sendo feliz, sem desejos ou vontades, comparando-o a uma infância sem fim. A análise destaca o recurso da hipálage no primeiro verso e a ideia de que o sonho representa uma felicidade inacessível da infância.
O documento apresenta exemplos de diferentes classes de palavras e suas funções em frases. Inclui exemplos de substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, preposições, conjunções e pronomes. Além disso, discute a classificação e função dessas palavras em contextos linguísticos específicos.
Luís Vaz de Camões foi um poeta português renascentista conhecido principalmente por ter escrito a épica nacional portuguesa "Os Lusíadas". Além disso, Camões escreveu peças de teatro, lírica e sonetos, abordando temas neoplatônicos e filosóficos sobre amor e reflexão. Sua obra máxima, "Os Lusíadas", publicada em 1572, glorifica as conquistas portuguesas e a viagem de Vasco da Gama às Índias através de dez cantos
A arte influencia profundamente as pessoas. A leitura de livros marcantes, filmes influentes e músicas apreciadas moldam quem somos e como vemos o mundo.
Este documento apresenta uma aula sobre períodos compostos e orações subordinadas. Discute as diferenças entre orações coordenadas e subordinadas, e fornece exemplos de cada tipo de oração subordinada substantiva. Por fim, apresenta exercícios sobre classificação de orações.
Nota teoria i escansão poemas cecília meire s gabaPéricles Penuel
O documento discute conceitos fundamentais da métrica e da versificação poética em português, como metro, escansão, classificação dos versos de acordo com o número de sílabas, tipos de rima, aliteração e assonância. Também apresenta exemplos de formas fixas como soneto e balada.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 48-49luisprista
O documento discute a poesia de Alberto Caeiro e sua abordagem naturalista. Afirma que Caeiro privilegia as sensações e a visão sobre a natureza, rejeitando a metafísica. Embora sua poesia pareça simples, exige elaboração formal do poeta para fragmentar o discurso poético de forma espontânea. Apesar disso, Caeiro tem uma posição crucial entre os heterônimos de Pessoa, definindo uma concepção contrastante com o resto da obra do autor.
Apresentação Para Décimo Primeiro Ano, Aula 29luisprista
Este documento discute a origem da palavra "barroco" e define o estilo artístico do Barroco, caracterizado por um dramatismo sensacional e emotivo que começou como uma reação contra a Reforma religiosa do século XVI. Também explora as principais figuras retóricas utilizadas na poesia barroca, como a metáfora, hipérbole e antítese.
Comentários sobre “A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de Reprodução”, p...RobertsonKircher
Este documento analisa o poema "A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de Reprodução" de Jayro Luna, que se inspira no ensaio de mesmo nome de Walter Benjamin. O texto discute a forma do poema, os verbos usados e a ocorrência anagramática da palavra "aura" em diversos versos, relacionando isso com os conceitos de originalidade e aura na obra de arte discutidos por Benjamin.
O soneto descreve a história bíblica de Jacó, que serviu Labão por sete anos para casar com Raquel, mas foi enganado e recebeu Lia no lugar. Jacó serviu outros sete anos para ficar com Raquel, indicando que seu amor por ela era tão grande que mais serviria, se a vida não fosse tão curta.
O projeto tem como objetivo analisar poemas e canções que tratam do tema amor, utilizando os verbos como elemento central para compreensão dos textos. Alunas bolsistas irão desenvolver atividades com verbos para estudar poesias e músicas selecionadas.
O documento discute a relação entre poesia e pensamento abstrato. O autor argumenta que a oposição entre os dois é excessivamente simplista e que a experiência poética envolve tanto emoção quanto reflexão. Ele reflete sobre como certas palavras e combinações de palavras podem provocar uma emoção poética e como a poesia busca unir som e sentido de forma indissolúvel.
Coesão e coerência textual com os elementos da referenciaçãoFranciscoGaleno3
O documento discute os conceitos de coesão e coerência textual. A coesão textual refere-se à conexão linguística entre as ideias no texto e pode ser alcançada por meio de recursos como pronomes, conectivos e sinônimos. Já a coerência textual significa que o texto é interpretável devido à linearidade e não contradição das ideias apresentadas, fatores como conhecimento linguístico e do mundo.
Este documento discute o trabalho de Ferdinand de Saussure sobre anagramas na poesia latina. A pesquisa de Saussure sobre anagramas revelou dificuldades que apontaram para a necessidade de considerar a temporalidade na análise linguística, em contraste com seu método sincrônico proposto posteriormente. Embora Saussure tenha tentado uma abordagem sincrônica nos anagramas, o elemento diacrônico escapa ao sistema e questiona a estabilidade de uma descrição puramente sincrônica da lí
Este texto apresenta um poema de Raul de Leoni que reflete sobre a relação entre as coisas e a alma humana. O poema sugere que embora as coisas pareçam sempre iguais, na verdade nada se repete exatamente, pois o espírito humano que as percebe está em constante mudança.
O documento discute o uso de conectivos como preposições e conjunções. Aprendemos sobre:
1) A função de preposições de ligar elementos em uma oração e criar relações de subordinação.
2) As classificações de preposições essenciais e acidentais.
3) O uso de preposições em adjuntos adverbiais e complementos nominais e verbais, e quando sua omissão é permitida.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 105-106luisprista
O documento anuncia um estágio de jornalismo que irá decorrer na sede da Associação de Estudantes na sexta-feira, dia 6 de março à tarde. As inscrições devem ser feitas através de uma ficha a preencher que pode ser adquirida na Associação de Estudantes.
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 26-27luisprista
Os textos descrevem o cansaço dos sujeitos poéticos em relação aos "outros", que consideram idealistas ou excessivamente confiantes. Apesar das dificuldades, os eu líricos privilegiam a intuição e escolhem não seguir as normas sociais, vivendo livremente de acordo com as suas emoções e intelectualidade.
Este documento discute o lugar do amor na psicanálise, especialmente no tratamento de mulheres. Aborda como o amor está ligado à falta e à morte, e como a demanda por amor é frequentemente a primeira questão a surgir no tratamento feminino. Também explora como o amor se manifesta de forma diferente nos registros imaginário, simbólico e real, e como isso se relaciona com as posições masculina e feminina na teoria da sexuação de Lacan.
Este documento analisa a "Ode Triunfal" de Álvaro de Campos através da perspectiva da assinatura e do narcisismo. Ele argumenta que o poema expressa a indiferença à moral da assinatura e canta sobre a experiência moderna de estímulos múltiplos, forçando-nos a ouvir nossa própria voz. A assinatura de Álvaro de Campos captura tanto o primitivismo quanto a sofisticação do canto humano.
Revisional de estilos de época 08, simbolismoma.no.el.ne.ves
O documento discute aspectos temáticos e formais do Simbolismo presentes na poesia de Cruz e Sousa. Tematicamente, valoriza-se as sensações, emoções e impressões, preferindo sugerir em vez de nomear, com desejo de elevação e transcendência e manifestações metafísicas e espirituais. Formalmente, destaca-se a musicalidade, sinestesia, linguagem vaga e imprecisa, maiúsculas alegorizantes e rebuscamento formal herdado do Parnasianismo.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 119-120luisprista
Blimunda procura Baltasar durante nove anos e finalmente o reencontra em Lisboa. Embora Baltasar pareça diferente com a barba enegrecida, Blimunda o reconhece. Pela primeira vez, Blimunda vê o interior de Baltasar.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 82luisprista
O documento apresenta um poema de Fernando Pessoa intitulado "Às vezes, em sonho triste" e realiza uma análise estilística e temática do mesmo através de perguntas. O poema descreve a nostalgia do eu lírico por um país onde seria possível ser feliz simplesmente sendo feliz, sem desejos ou vontades, comparando-o a uma infância sem fim. A análise destaca o recurso da hipálage no primeiro verso e a ideia de que o sonho representa uma felicidade inacessível da infância.
O documento apresenta exemplos de diferentes classes de palavras e suas funções em frases. Inclui exemplos de substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, preposições, conjunções e pronomes. Além disso, discute a classificação e função dessas palavras em contextos linguísticos específicos.
Luís Vaz de Camões foi um poeta português renascentista conhecido principalmente por ter escrito a épica nacional portuguesa "Os Lusíadas". Além disso, Camões escreveu peças de teatro, lírica e sonetos, abordando temas neoplatônicos e filosóficos sobre amor e reflexão. Sua obra máxima, "Os Lusíadas", publicada em 1572, glorifica as conquistas portuguesas e a viagem de Vasco da Gama às Índias através de dez cantos
A arte influencia profundamente as pessoas. A leitura de livros marcantes, filmes influentes e músicas apreciadas moldam quem somos e como vemos o mundo.
Este documento apresenta uma aula sobre períodos compostos e orações subordinadas. Discute as diferenças entre orações coordenadas e subordinadas, e fornece exemplos de cada tipo de oração subordinada substantiva. Por fim, apresenta exercícios sobre classificação de orações.
Nota teoria i escansão poemas cecília meire s gabaPéricles Penuel
O documento discute conceitos fundamentais da métrica e da versificação poética em português, como metro, escansão, classificação dos versos de acordo com o número de sílabas, tipos de rima, aliteração e assonância. Também apresenta exemplos de formas fixas como soneto e balada.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 48-49luisprista
O documento discute a poesia de Alberto Caeiro e sua abordagem naturalista. Afirma que Caeiro privilegia as sensações e a visão sobre a natureza, rejeitando a metafísica. Embora sua poesia pareça simples, exige elaboração formal do poeta para fragmentar o discurso poético de forma espontânea. Apesar disso, Caeiro tem uma posição crucial entre os heterônimos de Pessoa, definindo uma concepção contrastante com o resto da obra do autor.
Apresentação Para Décimo Primeiro Ano, Aula 29luisprista
Este documento discute a origem da palavra "barroco" e define o estilo artístico do Barroco, caracterizado por um dramatismo sensacional e emotivo que começou como uma reação contra a Reforma religiosa do século XVI. Também explora as principais figuras retóricas utilizadas na poesia barroca, como a metáfora, hipérbole e antítese.
Comentários sobre “A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de Reprodução”, p...RobertsonKircher
Este documento analisa o poema "A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de Reprodução" de Jayro Luna, que se inspira no ensaio de mesmo nome de Walter Benjamin. O texto discute a forma do poema, os verbos usados e a ocorrência anagramática da palavra "aura" em diversos versos, relacionando isso com os conceitos de originalidade e aura na obra de arte discutidos por Benjamin.
O soneto descreve a história bíblica de Jacó, que serviu Labão por sete anos para casar com Raquel, mas foi enganado e recebeu Lia no lugar. Jacó serviu outros sete anos para ficar com Raquel, indicando que seu amor por ela era tão grande que mais serviria, se a vida não fosse tão curta.
O projeto tem como objetivo analisar poemas e canções que tratam do tema amor, utilizando os verbos como elemento central para compreensão dos textos. Alunas bolsistas irão desenvolver atividades com verbos para estudar poesias e músicas selecionadas.
O documento discute a relação entre poesia e pensamento abstrato. O autor argumenta que a oposição entre os dois é excessivamente simplista e que a experiência poética envolve tanto emoção quanto reflexão. Ele reflete sobre como certas palavras e combinações de palavras podem provocar uma emoção poética e como a poesia busca unir som e sentido de forma indissolúvel.
Coesão e coerência textual com os elementos da referenciaçãoFranciscoGaleno3
O documento discute os conceitos de coesão e coerência textual. A coesão textual refere-se à conexão linguística entre as ideias no texto e pode ser alcançada por meio de recursos como pronomes, conectivos e sinônimos. Já a coerência textual significa que o texto é interpretável devido à linearidade e não contradição das ideias apresentadas, fatores como conhecimento linguístico e do mundo.
Este documento discute o trabalho de Ferdinand de Saussure sobre anagramas na poesia latina. A pesquisa de Saussure sobre anagramas revelou dificuldades que apontaram para a necessidade de considerar a temporalidade na análise linguística, em contraste com seu método sincrônico proposto posteriormente. Embora Saussure tenha tentado uma abordagem sincrônica nos anagramas, o elemento diacrônico escapa ao sistema e questiona a estabilidade de uma descrição puramente sincrônica da lí
Este texto apresenta um poema de Raul de Leoni que reflete sobre a relação entre as coisas e a alma humana. O poema sugere que embora as coisas pareçam sempre iguais, na verdade nada se repete exatamente, pois o espírito humano que as percebe está em constante mudança.
Este documento discute a evolução e função da pontuação. Originalmente, os sinais de pontuação marcavam pausas na leitura em voz alta, mas hoje servem para auxiliar na compreensão da estrutura sintática do texto, independente das pausas. Alguns dicionários ainda definem os sinais com base nas pausas, o que é considerado ultrapassado.
O documento discute a literatura e como um texto se torna literário. Apresenta um poema de Luís de Camões chamado "Amor é fogo que arde sem se ver" e analisa suas características formais como rimas e estrutura em sonetos. Explica também termos literários como metáfora e personificação encontrados no poema. Por fim, fornece contexto biográfico sobre a vida do poeta Luís de Camões.
Este documento discute a prática da geometria. Trata da geometria como o estudo da ordem espacial através da medição das relações entre formas, e como fazia parte integrante da educação clássica junto com a aritmética, astronomia e música. Também aborda como a geometria pode ser vista como uma aproximação à ordem cósmica subjacente ao universo e como uma disciplina para o desenvolvimento espiritual.
ADENDO A TERCEIRA PARTE DO LIVRO EGOCIENCIA E SERCIENCIA – ENSAIOSCarlos Azeitona .'.
Este documento resume um adendo à terceira parte do livro "EgoCiência e SerCiência - Ensaios" que enfoca a famosa equação de Einstein E=mc2. O adendo descreve experiências místicas da autora que a levaram a novas percepções sobre a equação. Ela recebeu mensagens sobre energia sendo uma sensação vivida em um vácuo quântico onde matéria e energia são a mesma coisa, existindo em diferentes frequências.
Este documento apresenta uma análise semiótica da música "Dom Quixote" da banda Engenheiros do Hawaii utilizando a teoria de Greimas. A análise identifica o enunciador como sujeito que deseja alcançar as "causas perdidas" como objeto de valor, apesar de ser criticado por outros. No final, o sujeito aceita a situação embora não concorde, mostrando conformidade com as críticas recebidas.
O documento explica os principais conceitos sobre o verbo na língua portuguesa, incluindo sua definição, conjugações, elementos estruturais, flexões de pessoa, número, modo e tempo. Também apresenta exemplos de como os verbos variam nesses aspectos e são usados para expressar diferentes nuances de tempo, certeza e atitude do falante.
O documento resume os tópicos de uma aula sobre denotação e conotação, coesão e coerência, competência lexical, semântica e pragmática e formação de palavras. Também inclui resumos sobre linguagem denotativa vs conotativa, elementos de coesão e coerência em textos e o significado de neologismos.
O texto discute a estrutura do tempo comparando-o a uma mola que ora se comprime ora se distende, afetando a percepção humana do passar do tempo. A teoria propõe que o tempo possui quatro dimensões cíclicas análogas à curta, média e longa duração na história, e que é uma propriedade da matéria. O autor defende que no início existia apenas energia e que o tempo surgiu quando a energia se tornou matéria.
Estudo do contraponto johann joseph fuxMILTON ALVES
O documento apresenta um resumo do tratado de contraponto "O Estudo do Contraponto" de Johann Joseph Fux. O texto descreve brevemente a vida e obra de Fux e traz um diálogo inicial entre um mestre e aluno onde discutem os princípios básicos da composição musical.
O documento apresenta uma análise preliminar do poema épico "Caramuru" de Santa Rita Durão. O autor sugere que o poema celebra métodos coloniais de imposição cultural, embora também contenha descrições da natureza em estado de paz que sugerem uma busca por tranqüilidade. A análise destaca a presença de traços barrocos e elementos da cultura quinhentista portuguesa no poema, resultado da formação do autor e de sua longa estadia na Itália. O conflito é um elemento estrutural importante no poema, ref
Curso de linguistica_geral_ferdinand_saussureSimoneOrlando4
1) O documento discute o objeto de estudo da linguística e as dificuldades em definí-lo.
2) A linguagem apresenta múltiplas facetas (física, fisiológica, psicológica, individual e social) tornando seu objeto confuso.
3) O autor defende que a língua deve ser colocada no centro dos estudos linguísticos, pois fornece um ponto de apoio ao agrupar os diversos aspectos da linguagem.
Régis duprat musicologia e interpretação - teoria e práticaGisele Laura Haddad
O documento discute a música como um ato interpretativo que nos transforma, baseado na teoria de Gadamer de uma fusão de horizontes no ato interpretativo. Aborda a história da música dos séculos XV e XVI até a atualidade, mostrando a simbiose entre teoria e prática. Defende que a interpretação requer mais do que apenas o uso de instrumentos originais, mas também compreensão de elementos como ritmo, ornamentos e paixões.
Este resumo analisa o conto "Preciosidade" de Clarice Lispector, descrevendo a jornada ritualística de uma adolescente de 15 anos desde seu despertar até a descoberta de sua feminilidade e sexualidade.
Saussure, ferdinand curso de linguistica geralFabiana Pinto
1) O documento discute as dificuldades em definir o objeto integral da Linguística, já que a linguagem pode ser vista sob diferentes aspectos e pontos de vista.
2) Propõe que a língua deve ser colocada no centro do estudo, como um todo autônomo que fornece um princípio de classificação dos fenômenos linguísticos.
3) Argumenta que a faculdade da linguagem no homem é a habilidade de criar um sistema de signos convencionais correspondentes a ideias, e não a simples capacidade
Semelhante a “O instrumento harmônico e o canto” (20)
1. O documento apresenta a edição número 2 do ano 3 do boletim TeMA Informativo, com seções sobre entrevistas, eventos em destaque, fotos de eventos e resumos de livros e artigos.
2. Na seção de entrevistas, o presidente da TeMA entrevista Alessandro Santoro sobre as comemorações do centenário de nascimento do compositor Cláudio Santoro no Brasil em 2019, incluindo gravações, livros e eventos.
3. O editor-chefe agradece a equipe editorial e colaboradores pelo trabalho
Este boletim apresenta: 1) Uma entrevista com Pauxy Gentil-Nunes sobre o próximo congresso da TeMA no Rio de Janeiro, as atividades do PPGM-UFRJ e do grupo de pesquisa MusMat; 2) Informações sobre a chamada para submissões da revista Musica Theorica; 3) Fotos do encontro da TeMA em João Pessoa e atividades de pesquisa de associados.
This document summarizes the latest issue of the TeMA newsletter. It discusses an interview with music theorist Michael Klein on intertextuality and narrativity in music analysis, highlights of an upcoming TeMA conference in João Pessoa, Brazil, and summaries of recent publications in music theory and analysis from Brazil and abroad.
Este documento apresenta uma entrevista com Maria Lúcia Pascoal, uma importante pesquisadora brasileira da teoria e análise musical. Ela discute sua trajetória como pianista e como se tornou uma das pioneiras no ensino e aplicação de métodos analíticos no Brasil. Ela também fala sobre suas contribuições para a formação de gerações de pesquisadores e sobre a importância dos festivais de música para o desenvolvimento de sua carreira.
Este documento apresenta o número 1 do ano 2 do TeMA Informativo. Contém uma entrevista com o compositor Celso Loureiro Chaves, resumos de livros e artigos sobre teoria e análise musical, e registros fotográficos do III Simpósio Villa-Lobos.
O documento apresenta um resumo do terceiro número do boletim TeMA informativo. Contém uma entrevista com o compositor Ricardo Tacuchian sobre sua carreira e visão sobre música, anúncios de eventos acadêmicos, fotos do congresso da TeMA e resumos de livros e artigos sobre teoria e análise musical.
O documento apresenta o primeiro número do TeMA informativo, um boletim informativo da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA). O boletim terá periodicidade quadrimestral e objetiva integrar e comunicar entre os associados da TeMA e a comunidade do campo teórico-analítico da música no Brasil. O boletim conterá entrevistas, resumos de publicações, registros fotográficos de eventos, divulgações de lançamentos e outras informações relevantes.
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este texto discorre sobre o ensino de flauta doce cujo método anteriormente foi concebido para as séries iniciais do ensino fundamental. Em geral, essa prática aconteceu em cursos que se desenvolveram em um período de 12 a 18 meses em diversas instituições e projetos de ensino sob contextos socioescolares diferentes. A posteriori, percebeu-se que os conceitos e as reflexões dessa prática poderiam ser ampliados e desenvolvidos para as faixas etárias da infância à juventude. Como referencial teórico, propus considerações a partir de Keith Swanwick (1979, 1994), Howard Gardner (1975, 1985, [1994]), e por último, algumas interpretações de autores sobre o conceito de sujeito social de Jean Piaget (1973), tangenciando algumas contribuições da psicologia genética do autor.
A metodologia se atrelou a suportes visuais para concatenar
conteúdos teóricos e experienciais em quatro tópicos de práticas contínuas na disciplina - História da Arte, rítmica, gêneros musicais e flauta doce - estas se dariam in loco a partir da realidade e dos desafios em salas de aulas compostas por jovens do ensino médio tecnológico integrado em um campus do Instituto Federal do Mato Grosso, que, em hipótese, poderia dar-se em qualquer dos campi dos Institutos Federais brasileiros.
Por uma análise pela composição: a concepção intervalar de Almeida Prado nas ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar de Almeida Prado em Cartas Celestes I. O autor propõe uma análise musical baseada na composição que identifique os intervalos característicos utilizados e sua função expressiva. A análise deve considerar o contexto histórico e a poética do compositor para compreender plenamente a obra.
A(s) Musicologia(s) na Atualidade Brasileira: o Jogo do Saber e seus ParadoxosEDSON HANSEN SANT ' ANA
1) O documento discute os desafios atuais da(s) Musicologia(s) no Brasil e propõe novas abordagens metodológicas.
2) Questiona se a Musicologia brasileira ainda se baseia em modelos teóricos estrangeiros em vez de questões e problemas locais.
3) Defende uma abordagem "bottom-up", começando por estudos de caso empíricos em vez de teorias predeterminadas.
O documento discute a educação musical como experiência e cultura. Defende que o educador musical deve ensinar sobre o que é comum entre os alunos, considerando seus interesses musicais compartilhados. A educação musical é vista como um processo contínuo de aprendizagem mútua entre mestre e discípulo, mediado pela experiência musical.
Poesilúdio nº 4 de Almeida Prado: dimensões de tempo e altura como ferramenta...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este artigo analisa o Poesilúdio no 4 de Almeida Prado, demonstrando como o compositor manipula o tempo e a altura de forma a expandir e subverter a noção tradicional de forma musical. A análise mostra como esses elementos são contraídos e expandidos de acordo com uma lógica que não exclui o diálogo com a teoria tonal, mas que reutiliza esses conceitos para estruturar seu gesto musical atonal.
Composição de Edson Hansen Sant ' Ana
Peça Dodecafônica para dois pianos
(UNICAMP 03/dezembro/1992 - Limeira - Campinas - SP).
Peça Dodecafônica para dois pianos
Educação Musical no Brasil: professor generalista ou professor de músicaEDSON HANSEN SANT ' ANA
1) O documento discute os diferentes atores que participam do ensino de música no Brasil, incluindo educadores musicais, professores generalistas e músicos.
2) Há debates sobre se apenas educadores musicais deveriam ensinar música ou se outros profissionais também poderiam desempenhar esse papel.
3) O documento explora a história do ensino de música no Brasil e os desafios atuais para garantir educação musical de qualidade para todos.
A tendência da teoria e análise ao direcionamento crítico na nova musicologia...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este artigo discute autores que tem estabelecido contribuições significativas quanto ao
direcionamento da teoria e da análise musical no cenário contemporâneo da musicologia brasileira
em direção à crítica musical. Discorre sobre o desafio de transcender a compreensão da
composição musical atual e cânon teórico em direção à aplicabilidade da análise musical embasada
em teoria crítica capaz de superar aspectos tecnicistas em direção à utopia e à inovação na
metodologia musicológica e seus resultados como produto de conhecimento contextualizado.
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1. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
“O instrumento harmônico e o canto”
Edson Hansen Sant ’ Ana
e-mail: edhansen_2000@hotmail.com
Resumo: O conteúdo deste mini-curso compreende traçar algumas questões sobre a junção do canto
com acompanhamento harmônico e a resultante das interações entre essas duas partes – melodia e
acompanhamento enquanto seqüência harmônica. O foco de estudo compreende as duas partes,
mas, sobretudo as possíveis interdependências que uma parte pode provocar na outra. A proposta
foca o aproveitamento das potencialidades musicais dos alunos no que tange a prática em grupo do
canto.
Introdução
Como abertura de nossas considerações, gostaria de propor uma quebra de protocolo e
apontar uma leitura literal de algumas considerações teóricas de Schoenberg sobre os inícios e finais
dos materiais harmônicos dos trechos de uma peça e ou uma qualquer estrutura musical. Suas
considerações abordam sobre o campo das conclusões e cadências. O que ele fala e da maneira
como fala ajudará a traçar e a colocar um pano de fundo para compor o cenário de nossa pretensa
discussão – o instrumento harmônico e o canto na escola. Entendemos escola todo lugar que se
transforme num local ou encontro para se treinar e testar experimentos. Um lugar para se acertar,
para repetir modelos consagrados, mas assim como testar outras possibilidades, buscando outras
soluções para construção de materiais motívicos e frasísticos a partir da interação que ocorre entre
harmonia (acompanhamento) e melodia (canto).
Pedindo aqui uma licença aos trâmites acadêmicos tradicionais, antes de prosseguirmos em
nossas considerações, abro aqui uma exceção e apresento um texto de Schoenberg, retirado de seu
livro chamado Harmonia. O subcapítulo intitula-se assim:
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2. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Conclusões e cadências
Devo logo dizer que não acredito ser possível concluir uma peça musical
de forma que se exclua por completo a possibilidade de continuação.
Assim como a Flauta Mágica e o Fausto admitem uma segunda parte,
qualquer drama pode ser continuado e todo romance pode ter os seus
‘Vinte anos depois...’. E se a morte é a conclusão da tragédia, não é a sua
conclusão definitiva. Assim, na música poder-se-ia, sempre alinhar mais
uma vez novos acordes, conforme demonstram numerosas cadências e
freqüentes repetições do acorde final, particularmente em obras dos
antigos mestres. Porém, indubitavelmente, mesmo aqui também seria
possível prosseguir, desenvolver mais ainda a idéia original ou dar
seqüência a outras novas. Talvez a proporção ficasse prejudicada, mas
não possuímos nenhuma fórmula para a medida exata. Ocorre,
freqüentemente, que a princípio se toma por excessivo o que depois se
considerará em perfeita simetria. A música, neste aspecto, assemelha-se a
um gás, sem forma definida, mas que pode expandir-se ilimitadamente.
Contudo, se introduzido numa forma, preenche-se se que se altere a
massa e a substância. Se levo em conta tais fatos, hei de considerar muito
difícil, quase impossível, realizar um desfecho de forma absolutamente
conclusiva. Todavia, não é improvável (e talvez seja até mesmo certo)
que resida em cada idéia e na forma de realizá-la algo que aponta para
fronteiras que devem ser atingidas, mas não ultrapassadas. Não é
improvável, como também não é completamente seguro, que cada idéia
traga em si uma proporção. Contudo é possível, por outro lado, que essa
proporção resida na idéia (ou apenas nela), mas também em nós.
Entretanto, não por isso deva existir em nós como algo imutável, como
um dado natural não passível de mudança e evolução, mas sim como uma
coisa que se transforma ao seguir as tendências do gosto, talvez até
mesmo da moda do espírito da época. Não acredito na Seção Áurea.*
Pelo menos não creio ser a única lei forma que atenda ao nosso senso de
beleza, senão uma lei a mais dentre outras leis, dentre incontáveis leis.
__________________
* Postulado geométrico devido a Euclides, matemático grego que viveu em Alexandria no século III a.C.
Seção Áurea, na geometria euclidiana, é a divisão de um segmento de tal modo que a relação entre o
segmento total e a parte maior é igual à relação entre a parte maior e a parte menor. A parte maior é
denominada de Segmento Áureo. bela Bartók (1881-1945), compositor húngaro contemporâneo de
Schoenberg, fazia uso freqüente desse princípio geométrico na estruturação de suas obras, donde ser provável
que derive daí a presente observação.
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3. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Logo, não acredito que uma composição tenha necessariamente que
possuir uma extensão determinada, mais longa ou mais curta; que um
motivo, considerado como o germe do todo, admita somente uma única
forma de realização. Caso contrário, dificilmente seria possível escrever
duas ou mais fugas diferentes sobre o mesmo tema, como Bach e outros
fizeram repetidamente. Se é que tais leis existem, ainda não conseguimos
identifica-las. Acredito, isso sim, em outra coisa. A saber, que cada época
possui um determinado sentido de forma, o qual diz quão longe há de se
ir na realização de uma idéia e até onde não se pode ir. A questão,
portanto, reside em tratar de cumprir determinadas condições, através da
convenção, e através do sentido formal de cada época, condições essas
que, graças às suas possibilidades trazem à tona uma expectativa que
garanta a satisfação da necessidade conclusiva.
A música, até hoje, teve a possibilidade de estender-se a tais
fronteiras através de cumprimento das leis da tonalidade. Todavia, como
já disse anteriormente, não considero a tonalidade uma exigência natural
da eficácia artística. E as leis, pelas quais a tonalidade se realiza, são
menos naturais ainda. Representam, simplesmente, o aproveitamento
unilateral e linear de algumas particularidades naturais; não ensinam a
substância: têm em vista meramente a execução regular e mecânica de
um artifício que possibilita conferir às idéias musicais uma aparência de
unidade. Voltarei ainda a falar minuciosamente da tonalidade, limitando-
me aqui ao que é imprescindível no momento. Certamente há algo de
muito correto na idéia de concluir uma peça com o mesmo som com o
qual se começou, o que resulta, em certo sentido, como algo natural.
Pois, visto todas as relações simples procedem da mais simples natureza
do som (de seus harmônicos superiores mais próximos), este som –
fundamental – possui um certo domínio sobre as estruturas que nascem
dele. Os componentes mais importantes dessas estruturas – como que
originados do seu esplendor – são, por assim dizer, os seus sátrapas, seus
procuradores, à maneira de Napoleão, que sentou nos tronos da Europa
seus parentes e amigos. Ele é o alfa e o ômega. Isto é moral enquanto
uma outra moral não passe a ser válida. Portanto, as coisas podem vir a
ser outras! Por exemplo, se o senhor supremo se enfraquecer e os
submetidos se fortalecerem. Um caso que acontece com grande
freqüência na harmonia. Mas, da mesma maneira que não é necessário
que o conquistador permaneça ditatorialmente, é também desnecessário
que a tonalidade tenha que ser orientada por um som fundamental, ainda
que se tenha originado dele. Ao contrário: a luta pelo predomínio entre
duas fundamentais desse tipo, conforme demonstrado em muitos
exemplos da harmonia moderna, chega mesmo a ser algo sedutor. E se
aqui a luta termina com a vitória de uma das fundamentais, isso não
significa que deva ser sempre assim. Esta é uma pergunta que se poderia
deixar em aberto, ali, onde tantas outras ainda permanecem sem
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4. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
respostas. Pois demonstramos tanto interesse pelo próprio problema em
si quanto pela sua própria pretensa resolução. É supérfluo a cada vez
remontar aos antepassados, a cada vez buscar a genealogia dos acordes
para evidenciar sua procedência da fundamental, mostrando
detalhadamente o processo e assim fazer esta dependência saltar à vista,
quando tal relação está presente e viva na memória de todos. A maneira
complicada que os antigos possuíam de atar, aferrolhar, encravar e lacrar
a conclusão de uma peça musical é, perante o atual sentido da forma,
demasiado pesada e enfadonha para que se deseje empregá-la. E o
pressuposto de que o som é aquilo de onde tudo se origina, pode muito
bem pairar tranqüilo, solto no ar, visto que cada som nos recorda isso a
todo instante. E, quando devaneamos, também nos desamarrarmos de
todas as fronteiras, ainda que o corpo continue a tê-las.
O sentimento formal do presente não reclama essa exagerada
compreensibilidade que surge através desse esculpir [Herausarbeitung] a
tonalidade. A ele, uma peça é compreensível ainda que a relação com o
som fundamental não seja especificamente tratada, e mesmo quando a
tonalidade se mantenha, por assim dizer, flutuante. Como muitos
exemplos demonstram, a unidade [Geschlossenheit] da composição não
se perde quando a tonalidade está apenas sugerida, ou se torna pouco
nítida. E – sem querer afirmar que a música moderna seja realmente
“atonal” (pois talvez ocorra que, simplesmente, ainda não conseguimos
comprovar nela a tonalidade ou coisa parecida) – a comparação com a
infinitude dificilmente poderia ser feita melhor do que através de uma
harmonia flutuante, de uma harmonia, por assim dizer, infinita, que não
precisa trazer consigo atestado de procedência e passaporte para explicar
minuciosamente de onde veio e para onde se dirige. Decerto é simpático
os burgueses prazerosamente desejarem saber onde começa e acaba o
infinito. E pode-se perdoá-los o demonstrarem pouca confiança num
infinito cujas dimensões desconhecem. A arte, porém, se deve ter algo
em comum com o eterno, não pode temer o vácuo.
O senso de forma dos antigos exigia outra coisa. Para eles, a
comédia terminava com as núpcias, a tragédia com a expiação ou a
vingança, e a obra musical ‘com o mesmo som’. Daí brotar para eles,
quando da escolha da escala fundamental, a obrigação de tratar todos os
acontecimentos, como o senhor patriarcal de um território delimitado por
seu poder e sua vontade: o seu escudo de armas aparecendo nos luares
mais visíveis, especialmente no começo e no final. E, assim, era dada a
eles uma possibilidade de conclusão, cuja eficácia resultasse [em] uma
aparência de necessidade.
Teremos de ocupar-nos em aprender os meios artísticos através dos
quais a tonalidade se manifesta. Mas, antes de tudo, trataremos daquilo
de onde partimos: da conclusão, da cadência. O aluno verá no estudo das
formas, quando estiver mais adiantado, que para atingir conclusões são
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5. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
necessários ainda outros recursos além dos meramente harmônicos.
Discutir esses recursos e suas funções, e assim guiar o aluno conforme
suas necessidades, é, seja como for, muito difícil. Tão difícil que é
recomendável familiariza-lo desde agora com aquilo do qual esse
resultado depende.
Harmonia / Arnold Schoenberg; introdução, tradução e notas de Marden
Maluf – São Paulo: Editora UNESP, 2001. (p. 195-198). (Compilação de
Edson Hansen Sant ’ Ana, 15 de Novembro de 2011 da referida edição).
Nas iniciais considerações que fizemos do texto do Schoenberg, a palavra interação
parece que consegue expor o espaço que pretendemos discutir. Assim, interação continuará
a ser a palavra de ordem. Buscar-se-á entender aqui interação entre canto e o
acompanhamento, como e o que, e quais mecanismos, processos e conceitos acontecem na
junção dessas duas partes materiais. Como elas se soldam, se juntam, se interpõem, como
dialogam. Assim, aprofundamos as questões em busca de uma possibilidade de
entendimento e importância desta interação.
Para tanto, devemos compreender interação, como algo que pode ocorrer do co
relacionamento entre acompanhamento harmônico e canto coletivo e ou canto individual.
Podemos estabelecer que o canto possa em algum dado momento dessa interação caminhar
como um canto definido sem muita variação e ou improvisação. Assim como a harmonia
pode caminhar mais previsível e possibilitar ao canto entradas criativas e compensatórias
quanto ao tempo, velocidade e dinâmica das figuras rítmicas. E num terceiro plano, um
estágio mais avançado, onde se exige criatividade e capacidade de controle rítmico onde
ambas as partes flertam com a improvisação e não perdem o pulso.
Essa prática tem se mostrado uma grande fonte de motivação entre alunos tanto de
canto, como aqueles do instrumento melódico elementar (flauta-doce, e ou etc) ao serem
acompanhados por uma performance de acompanhamento que ao mesmo instante cultive o
controle do pulso, mas ainda assim crie ondas diversas de improvisação que são
descendentes dos ritmos básicos. A possibilidade dos alunos experimentarem a flexão e o
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6. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
movimento do balanço rítmico gerado entre a melodia no canto e acompanhamento rítmico-
harmônico produz nos alunos iniciais ou nos mais experientes um senso de controle e de
prazer ao desenvolverem a habilidade de cantar com essa associação.
Neste trabalho, ou considerações não pretendemos fazer apologia a este ou aquele
gênero musical. Mesmo que falemos e necessitemos do conceito improvisação, não
necessariamente queremos entender unicamente linhagens ou cadências harmônicas
jazzísticas. Se bem que tais materiais podem estar implícitos. Assim, a improvisação segue
como grande leque de possibilidades abrindo uma coleção ampla de cores e nuances
provinda da inflexão entre ritmo e harmonia que perfazem a base seqüencial sonora para
ajustar o pulso, ou até mesmo injetar uma energia plural instigando o canto a praticar outros
pulsos rítmicos, assim como outros caminhos ornamentais, e ainda mais outros caminhos
escalares e ou harmônicos.
A compreensão do discurso: interrogação/afirmação (pergunta/resposta)
Há implícito nas duas partes, tanto no acompanhamento (predominantemente
harmonia) como no canto (melodia) uma lógica discursiva. Assim, ambas as partes
trabalham com pergunta e resposta.
Quais as possíveis variáveis e práticas do canto a partir de um procedimento de
acompanhamento harmônico do ponto de vista do discurso pergunta-resposta?
Em termos formais, o tema melódico Jingle Bells, o qual pretendemos usar para ilustrar as
possibilidades, concluímos que ele está ajustado assim:
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7. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Abaixo o diagrama corresponde ao esquema frasístico e suas desinências no
discurso.
comp.1 frase A 4 pergunta
comp.5 frase A’ 8 resposta
comp.9 frase B 12 pergunta
comp.13 frase B’ 16 resposta
Figura 1 – diagrama da forma: frases A, A’, B, B’.
Logo em contrapartida, devemos entender que a sequência harmônica básica
possível para esta melodia conterá devidamente suas articulações sonoras e sensoriais
quanto à tonalidade e suas funções harmônicas articuladas entre a pergunta e a resposta.
Assim, obviamente aqui se fala em cadências – estruturas que dão acabamentos de
pontuação do discurso aos trechos ou frases harmônicas. Assim, a pergunta se sub
estabelece como cadência suspensiva e a resposta como cadência conclusiva.
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8. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Duduque (2008, p.2) reforça o que Schoenberg propõe que em si uma melodia pode
apontar para um fenômeno cadencial igualmente tão eficaz ou algumas vezes mais eficaz
que um material harmônico. Assim, Dudeque continua ressaltando que Schoenberg declara
“que a eficácia conclusiva de uma cadência é mais completa quando utilizada
conjuntamente nas dimensões harmônica, melódica e rítmica”.
Apresentaremos uma idéia de alguns cuidados e procedimentos, que podem
englobar áreas que envidam atenção para prática do canto e sua associação deste ao
material de acompanhamento. Listamos alguns tópicos importantes.
O repertório
A escolha de melodias deve ser segundo grau de dificuldade e segundo
possibilidade de compreensão do público a ser treinado. Essa escolha deve ater-se as
possibilidades praticáveis segundo idade cronológica assim como segundo perfil de tempo
já investido em treinamento e ensaio destes alunos. Assim a maturidade musical virá
através de uma adequada trajetória pedagógica que visa domínio progressivo das peças, no
que tange às melodias a serem cantadas de modo original e ou arranjadas. Outro dado
importante e primordial é o de que se o repertório for conhecido dos alunos ficará mais fácil
uma inserção do treinamento, da técnica, da criação, da improvisação e da musicalidade.
Haverá depois, a possibilidade de se aplicar repertório novo aos alunos (desconhecido dos
alunos). Com essa alternância, consegue-se o enriquecimento do repertório alternando entre
músicas conhecidas e desconhecidas. Essa estratégia enriquece o conteúdo temático do
repertório dos alunos cantores.
Frega (2007) aponta para a importância de observar a pluralidade e a diversidade
musical consumida e ouvida pela sociedade atual. Assim deve-se levar em conta a
contextualização do material escolhido para aplicação em sala de aula.
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9. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Hoje, vive-se imerso em um mundo pluricultural “globalizado” com suas
vantagens e desvantagens que geram dúvidas ao docente de música na
educação básica, com respeito ao que se deve e pode ensinar, e assim
dizer em suas intervenções didáticas. Algumas vezes podem as
formulações ser expressas assim: folclore ou música acadêmica? tradição
regional ou internacional? música de hoje ou de ontem? (Frega, 2007, p.
23).
Harmonia
Neste tópico tem-se uma importante área de conhecimento (pertencente à
propriedade da altura), mas ao mesmo tempo uma ferramenta pré-requisito para se
apropriar da criatividade de forma a combinar os elementos estruturais a serviço da
expressão vernacular, indo além e aprendendo a ousar e a especular, dominando e
controlando os idiomatismos, podendo aí passar a aplicar simbolismos e para poder com
liberdade haver uma interação sistemática do universo do discurso musical - sugere-se,
necessita-se de buscas e tentativas contínuas de criatividade e ousadia. A criação deve
também ser acompanhada de organização e capacidade de manter sistematizações,
manutenções de idéias que tem a função de serem backgrounds (bases). A harmonia está
contida na propriedade musical da altura. A criatividade deve ser aprofundada ou não,
segundo o domínio técnico deste campo do instrumentista/professor (cantor regente) e
segundo as possibilidades dos alunos. Requer a necessidade do conhecimento de aspectos
teóricos, conceitos e leis harmônicas. Um entendimento de que a harmonia pode ser uma
base climatizadora de emoções e prazer para se praticar uma melodia conhecida
revitalizando-a assim como provocando uma simbiose entre melodia e acompanhamento
harmônico.
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Ritmo
A compreensão e o domínio na propriedade musical da duração possibilita
conseguir nuances no balanço e movimento entre as partes da melodia e acompanhamento.
Essa associação, essa produção das nuances é que pode fazer acontecer o nascimento e a
formação de um gênero musical. Aqui interessa as possibilidades, e nem tanto a
sistematização repetitiva de uma batida ou um pattern rítmico. Assim poder controlar as
durações e padrões das figuras, além de gerar as bases de um gênero musical, pode gerar a
capacidade de controlar idiomaticamente seus elementos em nome da expressão e da
musicalidade. Assim o acompanhamento – as sequências harmônicas mais simplificadas,
bem como as seqüências mais complexas podem em conjunto com a performance melódica
e suas nuances interpretativas que são resultantes das provocações e interações do próprio
acompanhamento – provoca uma auto alimentação entre os dois sistemas (canto e
acompanhamento). Se bem que muitas vezes a proliferação ou ênfase da energia rítmica
podem em geral aparecer associadas às seqüências harmônicas mais simplificadas. Outro
aspecto fundamental e minimamente básico é a capacidade de sentir o pulso rítmico mesmo
na presença de pausas. Há sempre uma dificuldade por parte de iniciantes, a compreensão
da contagem do tempo nas pausas (figuras negativas). Essa lógica dos compassos é
primordial para se obter a concatenação do discurso entre as partes melódico-rítmico-
harmônico.
Improvisação
Essa potencialidade está presente em todos os seguimentos de música, pois a
improvisação pode ser o estágio anterior da composição. Pode ser para alguns musicistas
um estágio de experimentação, mas nos dias atuais, principalmente a partir do jazz, uma
atividade que pode ser entendida e compreendida como capaz de compor um universo em
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si. O dicionário de música New Grove’s, pode trazer uma elucidação sobre essa habilidade,
podendo dizer, que é uma das artes musicais em evidência na atual conjuntura
contemporânea.
Improvisação geralmente é considerada como o elemento principal do
jazz desde que ofereça as possibilidades de espontaneidade, surprêsa,
experimentação, e senso de descoberta, sem quais características a maior
atividade do jazz seria destituída de seu interesse (Kernfeld, Barry.
Improvisação, Música de Grove ed de Online. L. Macy).
A performance, com a prática criativa se pode alinhar com a proposta da teoria de
Tillmam e Swanwick (1986) - a teoria/ferramenta TECLA – versão aportuguesada que é
entendida: técnica, execução, composição, literatura e apreciação musical. A improvisação
pode cumprir e oferecer saídas para essas questões conceituais que Swanwick levanta em
sua teoria, assim como gera no aluno capacidades vocais em música, que podem dominar
temas originais, bem como podem experimentar efeitos criativos e novos. Lembrando-se
que o arranjo poderá caminhar em duas grandes vertentes: o arranjo ornamental e o
arranjo estrutural.
Práticas conceituais dos arranjos – a interação entre canto (melodia) e
acompanhamento (harmonia)
Para uma aplicação prática da proposta conceitual que estamos desenvolvendo
nestas considerações, arrolamos aqui, como já era previsto, o tema do Jingle Bells, e uma
possível sequência harmônica que seja a mais próxima do convencional e simplificado – ou
seja, do original.
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12. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
Esta sequência servirá de base comparativa para se poder medir passa a passo outras
propostas de arrumações harmônicas como parte do acompanhamento. Outro dado
importante é saber e entender os aspectos relevantes das funções harmônicas e suas
correlações. Portanto, gostaríamos de evidenciar os aspectos da dominante, da
subdominante e da tônica. Não como possibilidades somente matemáticas e plausíveis
dentro do tradicional. Mas, buscar experimentação, e um senso de continuar o que já está
acabado, de mudar ou inverter o que está posto – assim como propõe Schoenberg na leitura
acima. Interessa-nos compassar, descompassar, atrasar, defasar, mas poder voltar tão
somente quando se queira à ordem mais natural, ou original das coisas. Poder caminhar
numa manipulação discursiva dos elementos a fim de expressar outros pensamentos
musicais. Para tanto vamos nos ater a um tema só e ao mesmo tempo graduar pequenas
mudanças.
Figura 2 – seqüência harmônica original (ou próxima ao original).
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A posterior, o objetivo inicial é demonstrar a possibilidade de apresentar um
caminho introdutório de mudanças, a partir dos acordes básicos (arranjo original). Os
acordes abaixo apresentam somente uma agregação de graus que caracterizam dissonância,
mas que possam evidenciar os aspectos melódicos. Entendo chamar esse processo de
harmonia ornamentada, e como por alguns teóricos – como harmonia em extensão (a partir
da base triádica do acorde).
Nesta fase mais alargada da marcha harmônica se pode trabalhar com arranjos mais
rítmicos. Evidenciando o que podemos conceituar de arranjo ornamental (escalas, notas de
passagem, ornamentos [trinados, retardos, apogiaturas, mordentes, etc] – incluindo neste
conceito de arranjo – as inflexões rítmicas entre mão esquerda [representando o baixo e
seus procedimentos de aproximação cromática, e ou diatônica somando-se aos já famosos
jogos de quintas e quartas que são muito peculiares aos contornos dos desdobramentos
harmônicos de um determinado acorde; assim como os jogos alternados entre mão direita e
mão esquerda – onde podemos ter na mão direita a acentuação dos segundos e quartos
tempos enquanto o baixo marca os primeiros e terceiros tempos]).
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Figura 3 – somente ornamentação harmônica ao arranjo original.
Para o próximo exemplo, além dos acessórios dos graus em extensão, partindo de uma
harmonia mais natural, mais previsível quanto à necessidade melódica – projetamos aqui uma
mudança gradual e estrutural de alguns pontos da sequência harmônica. No primeiro sistema (linha)
deste arranjo, há uma mudança nos terceiros e quartos compassos. Elas são descendentes de seus
acordes principais e anteriormente chamados de originais, ou segundo Schoenberg – acordes com
som mais naturais. As alterações seguem assim o acorde de Dó com sétima maior é substituído por
um acorde de função relativa. Seu relativo menor, já conduzindo uma sétima menor. Queremos
como numa convenção, a partir de agora instituir a sétima menor aos acordes menores como
acessório já pertencente normalmente ao acorde. Assim como dos acordes maiores a sétima maior,
com exceção da dominante que se carregará a sétima menor para poder deixar implícito o trítono –
elemento gestor da tensão para resolução das suas sensíveis: a sensível tonal e a sensível modal.
Nos terceiros e quartos sistemas (linhas), no seu segundo compasso aplicamos ali em concordância
com as notas melódicas que também estão contidas no relativo menor e anti-relativo menor (2a. lei
funcional) que são originados em Sol maior. Obs. (entendendo que as sétimas maiores ou menores
já estão intrínsecas na gestão destes exemplos – sendo que não necessariamente haja de estar
presente esse grau dissonante, lembrando que há estilos ou gêneros musicais que não comportam as
sétimas como disposições naturais ao contexto harmônico – como é no Jazz, por exemplo; em outro
caso, veja-se que na harmonia barroca a sétima na maioria das vezes como a sétima menor que está
intrínseca à dominante para resolver as sensíveis em busca da estabilização na tônica).
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Figura 4 – ornamentação ou agregação de graus e algumas mudanças na estrutura
acórdica.
Na próxima proposta de arranjo iremos ousar mais em busca de outras possibilidades que
irão articular com as resoluções da dominante para a tônica. Ocorrerá onde se esperaria um acorde
de tônica, como no segundo compasso do primeiro sistema (linha), ocorre uma subdominante
forçada a partir do acorde anterior que está na função de dominante por que aparece na formulação
de Dm/G (o que nada mais é um acorde maior com sétima menor – que já em si caracteriza-se como
acorde possuidor do trítono). Assim é lógico apontar que o ajuste na parte superior do acorde de
subdominante (G/C), esse ajuste tem objetivos de se acoplar ajustar á melodia (Ré3, Si3). Aqui
neste trecho em questão ocorre a resolução do acorde que era tônica, mas que com uma inserção da
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estrutura superior do (Ré-Fá-Lá) gerou através do Fá a sétima menor provocando a existência do
trítono assim o que era Subdominante resultou numa tônica local (momentânea). Assim, outros
eventos de lógica funcional ocorrem neste exemplo. Poderemos contemplar e comentar os
comportamentos mais diversos. Mas, vai uma ressalva importante, como que uma recomendação
segura em prol do bom êxito dessa proposta de arranjo: é que a melodia deve ser sempre realçada
para que se contemplem os efeitos harmônicos. Quando se têm alunos mais amadurecidos podem
ser experimentadas harmonias mais densas. Tendo alunos ainda iniciantes, prefira-se harmonias
mais leves e simplificadas dando realce a elementos rítmicos – ao que chamamos de arranjo
ornamental.
Figura 5 – arranjo estrutural com proposta concatenada entre melodia e outras possibilidades
lógicas no encadeamento harmônico.
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No próximo caso abaixo, este quinto arranjo ocorre uma proposta de modalização.
O que é isso? Nada mais é do que a modulação da estrutura melódica-harmônica.
Simplesmente harmoniza-se a melodia em Sol menor, por acordes pertencentes ao modo
menor do mesmo referido homônimo tom menor. Ocorrem extenções aderindo tanto a
escala menor natural, assim como da utilização da escala menor harmônica, tendo presente
o elemento Fá#, o qual caracteriza a escala menor harmônica de Sol.
Figura 6 – modulação melódica e igualmente modulação harmônica da sequência.
No arranjo sub sequente, o primeiro sistema (linha) se optou pela manutenção da
lógica de um pedal em sol que se repete na linha do baixo, deixando claro que todas as
harmonias terão que se concatenar entre sua sequenciação, assim como ao mesmo tempo
estar ajustada ao desenvolvimento melódico. No segundo sistema (linha), a proposta é se
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18. Educação Musical em Mato Grosso: Novas Perspectivas. UFMT, Cuiabá - 2011
praticar uma linha de progressão por graus conjuntos na linha de baixo, e se conseguir a
evolução harmônica através de ajustes harmônicos das diversas posições possíveis de um
acorde. Da mesma forma a melodia também é valorizada para se entender as possíveis
variantes da harmonia. É como se a própria melodia se tornasse aqui o elo unificador –
dando a melodia o caráter de acompanhamento, invertendo a ordem funcional da parte. O
elo unificador é a melodia, ela dará noção ao ouvinte o quanto se pode ir longe com a
harmonia. Ou seja, que malabarismos poderá se aplicar à harmonia enquanto acompanha
uma melodia. E mesmo assim, tudo se manter em uma pretensa e até tênue segurança ou
estabelecida ordem gestual do conjunto. Por isso, acima recomendei, a execução melódica
mesmo que não se cante, mas só se experimente pianisticamente. Assim, como se pode
esperar na inflexão rítmica, caminhos diferentes dos da melodia. Desta forma aqui, levamos
a extensivos caminhos e encadeamentos harmônicos.
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Figura 6 – arranjo estrutural com idéia d arranjo estrutural inicialmente com uma proposta
de pedal no baixo.
Para este exemplar, utilizamos possibilidades mais livres, como se fosse uma colcha
de retalhos quanto a procedimentos. É um trabalho onde se busca reunir livremente as
possibilidades técnicas e conceituais apresentadas aqui. Substituições harmônicas, baseadas
no estudo da possibilidade melódica para o encaixe daquele ou outro acorde, pensando-se
na função e ajuste se necessário da harmonia superior do acorde. Assim, como as
resoluções tradicionais das cadências (as conclusivas: perfeita, completa e plagal), assim
como entendimentos de passagens e aproximações cromáticas e ou diatônicas não somente
do baixo, mas de fato do acorde integral. Aqui então, um exercício livre buscando aplicar
os conceitos e idéias aqui veiculadas.
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Figura 7 – arranjo ornamental e estrutural com idéia de arranjo instrumental livre. Tal
procedimento se estende para a linha vocal.
Algumas prévias à conclusão
Nas escolas que já existe um horário reservado na grade para música, pode-se criar
um espaço para que o professor estimule a apresentação de alunos que desenvolvam
alguma prática vocal. O canto coletivo unifica, ainda mais quando executado a partir de
uma performance de acompanhamento inovadora e provocadora – que é o caso de nossa
proposta. Além do mais o professor pode ter uma idéia do tipo de performance, no que
tange à musicalidade e em que situação a desenvoltura artística do aluno praticante ou
aspirante ao canto está. Se há uma prática musical viável: é o canto – um instrumento
musical pessoal. Os alunos quando indagados sobre o que gostam de cantar oferecerão
guias e possibilidades de repertórios. Há a possibilidade de “intercooperação com
professores de outras disciplinas. Por exemplo, um professor de inglês que queira trabalhar
ou aprimorar as canções do idioma, pode contar com o apoio do professor de música, daí
pode nascer um coral de classe, associado a uma banda instrumental (violão, guitarra,
contrabaixo e bateria)” (Sant’Ana, 2010).
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Conclusão
O presente texto quer apresentar a potencialidade de grande energia criativa e
musicalidade que podem surgir da interação entre canto (melodia) e o acompanhamento
(harmonia). Essa interação deve ser explorada a ponto de que tanto a execução do canto e
do acompanhamento se funda seguramente tendo possibilidades infindáveis do discurso
(pergunta e resposta), ao domínio dos elementos necessários para a expressão dos
simbolismos e significados individuais e coletivos. Que emane o prazer da comunicação e
controle musical – tanto das questões rítmicas assim como dos campos e nuances criativas
que possa advir da atitude provocadora do acompanhamento bem harmonizado no que
tange ao planejamento do arranjo, assim como da segurança e densidade criativa da
improvisação que perpasse entre o canto e o próprio acompanhamento, numa
retroalimentação constante. O domínio do pulso, as questões rítmicas que envolvem o
controle da sincopa, do contratempo, do entendimento das revitalizações das frases através
das inflexões ritmicas-harmônicas não só nas cadências e conclusões dos trechos
frasísticos, dos possíveis desdobramentos de elementos e materiais das estruturas acórdicas,
mas sempre buscando o objetivo de conservar a lógica do pulso claro. Isso tudo propiciará a
interação segura, mas também possibilitará a nuance beirando tentativas inovadoras do
desgarrar-se premeditado do ritmo, assim como do seu andamento. Tal domínio
possibilitará, treinará e propiciará ao professor e ao aluno terrenos inexplorados dos
materiais, das frases, da criação, dos simbolismos pessoais, fortalecendo a prática coletiva.
Das nuances, das imprecisões, poderão ser geradas outras propostas de gênero musical.
Assim, é nesse sentido que podemos agir do ponto de vista de Schoenberg - quanto ao
discurso do ritmo, da velocidade, do andamento, da harmonia, da melodia, do discurso
pontual ou suspensivo dos acordes; das inversões ou reutilizações subversoras das funções
dos acordes. Como caminhar entre o tonal e o limite possível disso que é tonal.
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Referências bibliográficas
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V. 18, 21-26, out. 2007.
PASCOAL, Maria Lúcia; PASCOAL, Alexandre. Estrutura Tonal: Harmonia.
Campinas: Instituto de Artes, UNICAMP, 2000.
SANT’ANA, Edson Hansen. Arranjos para conjuntos de escola. Mini-curso. Encontro
Regional da ABEM.Sinop-MT: 2010. (pp. 1-5).
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SCHOENBERG, Arnold. Harmonia. Trad. de Marden Maluf. São Paulo: Editora
UNESP, 1999.
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