Migrações internacionais em um mundo globalizado: como as democracias podem lidar com esse desafio?

A globalização trouxe consigo um aumento dos fluxos internacionais de capitais, mercadorias e de pessoas. A livre circulação de pessoas, em elevação ao longo das últimas décadas, têm sido fonte de tensões políticas crescentes. Uma parte da onda nacionalista e xenófoba na Europa e nos Estados Unidos deve-se a esse fator. O uso político das migrações, apresentadas como ameaça a supostas identidades etno-religiosas preexistentes, se tornou uma questão central para as democracias-liberais. O aumento do número de imigrantes coloca desafios socioeconômicos, políticos e culturais que não podem ser ignorados: quantos, como e quando é possível integrar nos países de destino? Esse desafio esta se tornando cada vez mais crucial para a União Europeia. Para tratar dessa questão, a Fundação FHC receberá Catherine Wihtol de Wenden, politóloga francesa que há mais de duas décadas se dedica ao estudo das migrações e das políticas migratórias, como acadêmica e consultora de organismos multilaterais. CATHERINE WIHTOL DE WENDEN Advogada e cientista política, é doutora em Ciências Políticas pela Sciences Po (Paris). Foi consultora de várias organizações, incluindo a OCDE, a Comissão Europeia, o ACNUR e o Conselho da Europa, e membro da Comissão Nacional de Ética de Segurança da França (de 2003 a 2011). Suas áreas de pesquisa concentram-se em fluxos migratórios, políticas de migração e cidadania na Europa e no mundo.Leia menos