O documento descreve uma metodologia para avaliação de tomadas de instrumentos, vents e drenos de pequeno diâmetro utilizando radiografia computadorizada. A metodologia permite identificar reduções de espessura e tomar decisões imediatas para manutenção. A técnica mostrou-se eficaz, segura e produtiva para inspeção desses componentes importantes em instalações industriais.
Metodologia de avaliação de tomadas de instrumentos, vent e dreno de pequeno diâmetro
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METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE TOMADAS DE INSTRUMENTOS, VENT E DRENO DE PEQUENO DIÂMETRO
METODOLOGIA DE
AVALIAÇÃO DE TOMADAS
DE INSTRUMENTOS, VENT E
DRENO DE PEQUENO
DIÂMETRO
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METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE TOMADAS DE INSTRUMENTOS, VENT E DRENO DE PEQUENO DIÂMETRO
Valdir Silva da Conceição[1], Ronaldo Ribeiro
Barros[2], Marcelino da Silva Fernandes[3],
Diogo Loback dos Santos[4], Franco Zingali[5],
Antonio Fernando Gomes Rocha[6]
[1] Mestre em Gestão Tecnológica, Bacharel em Ciências Contábeis, Técnico em Inspeção de
Equipamentos – PETROBRAS/UO-BC
[2] Bacharel em Direito, Técnico em Inspeção de Equipamentos – PETROBRAS/UO-BC
[3] Bacharelando em Arquitetura, Técnico em Inspeção de Equipamentos – PETROBRAS/UO-BC
[4] Engenheiro Metalúrgico, Profissional Habilitado (PH) NR-13 – PETROBRAS/UO-BC
[5] Engenheiro de Produção, Técnico em Inspeção de Equipamentos – PETROBRAS/UO-BC
[6] Técnico Mecânico, Técnico em Inspeção de Equipamentos – BRASITEST
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As instalações industriais possuem tubulações de diversos
diâmetros. Os maiores problemas são verificados naquelas de
pequeno diâmetro, que são mais susceptíveis a corrosão e em
alguns casos são responsáveis por acidentes com ou sem vítima
e/ou perda material. Normalmente são difíceis de inspecionar
dependendo dos locais mais elevados ou mais baixos que
acumulam fluídos (ponto morto), o que vai acelerar mais o
processo corrosivo. Atualmente, utiliza-se como ensaio a
radiografia digital, que possui maior confiabilidade e permite um
laudo imediato, fazendo com que as unidades tomem as
providências necessárias em caso de perda ou redução da
espessura.
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• TANQUE ATMOSFÉRICO 19,8%
• TUBULAÇÕES 10,6%
• DRENOS 3,6%
• VENT 2,0%
• JUNTA ROSCADA 2,3%
• JUNTA FLANGEADA 5,2%
• VÁLVULAS DIVERSAS 5,7%
• REATORES 8,8%
• VASOS PRESSÃO 8,6%
• FORNOS E CALDEIRAS 5,9%
• BOMBAS E COMPRESSORES 5,3%
• TROCADORES DE CALOR 4,6%
• VÁLVULAS SEG. ALÍVIO 3,4%
• TANQUES TRANSPORTÁVEIS 2,0%
5,6%
FALHAS POR COMPONENTES
Fonte: Sind.Ind. Químicas 1995
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De acordo com a norma NBR NM 314 (2007) a definição de
radiografia computadorizada é a seguinte:
“...imagem obtida através do método luminescente foto estimulado
composto de duas etapas no processo de formação de imagem
radiográfica:
1 – uma placa de fósforo para armazenamento de imagem é
exposta a radiação penetrante;
2 – a luminescência da placa de fósforo luminescente foto
estimulada é detectada, digitalizada e disponibilizada em formato
impresso ou arquivo eletrônico.”
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O filme precisa ficar o mais próximo possível da
peça a ser ensaiada, pois, a imagem obtida no filme
é a projeção real da peça ensaiada e no caso de
ficar muito distante pode haver um aumento da peça
projetada no filme em relação ao tamanho real da
peça, podendo inclusive ser dado um laudo não
muito coerente com o realmente encontrado na
peça. Normalmente, usa-se padrões detectáveis,
com medidas certificadas, para garantir esta
projeção real.
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Segundo Etter, Ferreira & Teodoro (2009) as principais
vantagens da avaliação por radiografia em uma peça
são:
- Realiza-se com a unidade/tubulação em operação,
podendo ser realizada previamente para aumentar a
assertividade das recomendações de inspeção;
- Temperatura de operação não limita a técnica, requer
cuidado especial, como anteparos isolantes;
- Tempo de exposição da fonte radioativa muito
pequena, 20 segundos em média, devido a
sensibilidade da tela, representa grande produtividade,
30 conexões em média, com o máximo de 52
tomadas;
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- Atividade da fonte radioativa é pequena se
comparada com a radiografia convencional;
- Menor interferência, pois o raio de isolamento é
bastante reduzido variando de 1 a 3 metros,
evitando grandes interdições da planta,
possibilitando a realização do trabalho no
período diurno;
- Maior segurança, devido ao menor tempo de
exposição da fonte radiativa com menor risco
para a saúde ocupacional dos trabalhadores;
- Registro digital da imagem gerada, com o valor
de espessura encontrada, podendo ser
guardada para comparações futuras;
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- Redução de arquivo físico, pois os dados
resultantes da radiografia são digitais;
- A radiação é gerada a partir da energia
elétrica, portanto, em caso de risco de
acidente de radiação basta desligar a
tomada;
- Não existe uso de produtos químicos de
revelação, portanto não gera rejeitos
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Em alguns trechos houve a necessidade da
montagem de andaime, o que dificultava uma
grande produtividade da equipe. Em outros, a
dificuldade estava na liberação da operação em
trechos que havia necessidade de intervenção
operacional
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A inspeção com radiografia computadorizada
mostrou-se eficaz na determinação da espessura
remanescente dos niples dos vents e dos drenos,
tendo como fator principal a imediata tomada de
decisão nos casos em que apresentaram redução
de espessura abaixo da mínima calculada e nas que
devem ser observadas em um intervalo menor do
que o previsto no plano de inspeção.
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Utilizando-se a identificação do trecho de acordo
com a numeração do isométrico tornou-se mais
fácil o serviço de mapeamento do trecho
ensaiado, reduzindo-se a possibilidade de erro,
principalmente, porque o operador da fonte leva o
isométrico com as indicações dos pontos a serem
ensaiados e a sua numeração, além da realização
da identificação na área com fita adesiva,
mostrando ser essa técnica muito eficaz e
eficiente, evitando a ocorrência de retrabalho em
virtude da dificuldade anteriormente existente na
localização e definição do trecho que foi ensaiado.
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A técnica já está consolidada e provou-se eficiente
e eficaz, tanto na detecção direta de pontos
críticos (caso exposto), como auxiliar na
aplicação com maior acuidade de outras técnicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
- NBR NM 314 - Ensaios não Destrutivos - Radiografia
Industrial – Terminologia. Rio de Janeiro, ABNT, 2007
- NBR 15783 - Ensaios não Destrutivos - Radiografia Industrial -
Medição de Espessura em Serviço de Tubulações e Acessórios
com Uso de Radiografia Computadorizada. Rio de Janeiro,
ABNT, 2009
ETTER, José A. N.; FERREIRA, Fabrício C., TEODORO,
Jonathas F. Metodologia de avaliação de integridade de
tubulações de pequeno diâmetro por radiografia digital. X
COTEQ, Salvador, 2009.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (cont.)
MACHADO, Alessandra Silveira. Estudo comparativo da
radiografia convencional e computadorizada para análise
de ligas metálicas. 2011. 78 p. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Nuclear) Universidade Federal do Rio de Janeiro –
UFRJ, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em
http://www.con.ufrj.br/MSc Dissertacoes/2011/Dissertacao_Alessandra_
Silveira_Machado.pdf. Acesso em 20/maio/2013.
NASCIMENTO,Joseilson Rodrigues. Estudo comparativo de
sistema de radiografia digital na inspeção de solda. 2012.
78 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Nuclear)
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de
Janeiro, 2012. Disponível em
www.con.ufrj.br/MSc%20Dissertacoes/2012/Dissertacao_Jos
eilson.pdf. Acesso em 20/mai/2013.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (cont.)
PETROBRAS – N-2820 - Ensaios não destrutivos – radiografia industrial -
medição de espessura em serviço de tubulações e acessórios com uso de
radiografia computadorizada. Rio de Janeiro: PETROBRAS, 2011