1) O documento discute a teoria filosófica de Leibniz de que estamos vivendo no "melhor dos mundos possíveis".
2) Leibniz acreditava que Deus escolheu este mundo entre infinitas possibilidades por ser o melhor balanceamento entre ordem e variedade.
3) Cada substância no universo reflete todo o universo de uma perspectiva única, sem interagir diretamente com as outras substâncias.
O documento descreve a educação e influências filosóficas iniciais de Karl Marx, incluindo seus estudos com Bruno Bauer e a filosofia de Hegel. Explica como Marx desenvolveu seu conceito de alienação a partir das ideias de Hegel sobre a separação entre sujeito e objeto e como essa noção foi influenciada por Ludwig Feuerbach.
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveisuniversalismo-7
Este documento discute a compatibilidade entre ciência, milagres e oração. Argumenta que milagres não são exceções às leis da natureza, mas sim confirmações delas, já que a natureza é Deus e Deus pode se manifestar através dela. Também afirma que o cristianismo não é baseado apenas no evangelho sem milagres, mas no próprio Cristo histórico, cuja existência depende dos milagres para provar sua divindade.
O Universo Autoconsciente - palestra sobre o livroJulio Machado
Palestra baseada na obra O Universo Autoconsciente, do filósofo e físico indiano AMIT GOSWAMI. Baseado em experimentos da mecânica quântica ele advoga que é a consciência que cria a matéria, contradizendo toda a teoria evolucionista que prega que a consciência é um epifenômeno da matéria.
Este documento é um prefácio para o livro "O Universo Autoconsciente". Nele, o autor descreve sua jornada pessoal que o levou a escrever este livro, começando com seus estudos iniciais em física quântica e como ele gradualmente se afastou das questões fundamentais da física para se concentrar em sua carreira. Após anos de reflexão, ele decidiu investigar a razão para os paralelos entre a visão mística do mundo e a física quântica, o que o levou a uma investig
Considerações Filosóficas sobre o Fantasma Divino, sobre o Mundo Real e sobre...BlackBlocRJ
1) O documento discute a natureza do universo e afirma que tudo está interconectado através de ações e reações, criando um sistema natural de causalidade universal.
2) Apresenta a ideia de que existem leis gerais e particulares que governam diferentes aspectos da natureza, desde leis físicas até leis sociais.
3) Argumenta que o homem só pode conhecer uma pequena parte do universo através da observação, devendo se concentrar nos sistemas terrestres e sociais mais acessíveis.
1. O documento discute o problema da liberdade versus determinismo no pensamento de Nietzsche, analisando obras de 1886-1889.
2. A tensão é entre (i) um determinismo onde todos os acontecimentos estão entrelaçados e (ii) a valorização da ação humana e responsabilidade.
3. O capítulo será dividido em duas partes para confrontar este problema, analisando a cosmologia da vontade de poder e a noção de sujeito em Nietzsche.
Giordano Bruno foi um filósofo do século XVI que defendia ideias revolucionárias como o heliocentrismo e o universo infinito. Ele acreditava que a magia natural poderia revelar verdades sobre Deus e o cosmos através do estudo das correspondências entre signos mágicos, astrais e a natureza. Infelizmente, suas ideias o levaram a ser queimado vivo pela Inquisição Católica em Roma.
1. Kant foi influenciado pelo racionalismo e empirismo, especialmente por Hume, cujo pensamento o levou a questionar os limites do conhecimento humano.
2. Kant propõe uma "revolução copernicana" na filosofia, defendendo que não é o nosso conhecimento que deve se adaptar aos objetos, mas sim os objetos que devem se regular de acordo com nosso modo de conhecer.
3. Segundo Kant, só temos acesso aos fenômenos e não às coisas em si mesmas, pois espaço e
O documento descreve a educação e influências filosóficas iniciais de Karl Marx, incluindo seus estudos com Bruno Bauer e a filosofia de Hegel. Explica como Marx desenvolveu seu conceito de alienação a partir das ideias de Hegel sobre a separação entre sujeito e objeto e como essa noção foi influenciada por Ludwig Feuerbach.
Huberto Rohden - Ciência, Milagre e Oração são Compatíveisuniversalismo-7
Este documento discute a compatibilidade entre ciência, milagres e oração. Argumenta que milagres não são exceções às leis da natureza, mas sim confirmações delas, já que a natureza é Deus e Deus pode se manifestar através dela. Também afirma que o cristianismo não é baseado apenas no evangelho sem milagres, mas no próprio Cristo histórico, cuja existência depende dos milagres para provar sua divindade.
O Universo Autoconsciente - palestra sobre o livroJulio Machado
Palestra baseada na obra O Universo Autoconsciente, do filósofo e físico indiano AMIT GOSWAMI. Baseado em experimentos da mecânica quântica ele advoga que é a consciência que cria a matéria, contradizendo toda a teoria evolucionista que prega que a consciência é um epifenômeno da matéria.
Este documento é um prefácio para o livro "O Universo Autoconsciente". Nele, o autor descreve sua jornada pessoal que o levou a escrever este livro, começando com seus estudos iniciais em física quântica e como ele gradualmente se afastou das questões fundamentais da física para se concentrar em sua carreira. Após anos de reflexão, ele decidiu investigar a razão para os paralelos entre a visão mística do mundo e a física quântica, o que o levou a uma investig
Considerações Filosóficas sobre o Fantasma Divino, sobre o Mundo Real e sobre...BlackBlocRJ
1) O documento discute a natureza do universo e afirma que tudo está interconectado através de ações e reações, criando um sistema natural de causalidade universal.
2) Apresenta a ideia de que existem leis gerais e particulares que governam diferentes aspectos da natureza, desde leis físicas até leis sociais.
3) Argumenta que o homem só pode conhecer uma pequena parte do universo através da observação, devendo se concentrar nos sistemas terrestres e sociais mais acessíveis.
1. O documento discute o problema da liberdade versus determinismo no pensamento de Nietzsche, analisando obras de 1886-1889.
2. A tensão é entre (i) um determinismo onde todos os acontecimentos estão entrelaçados e (ii) a valorização da ação humana e responsabilidade.
3. O capítulo será dividido em duas partes para confrontar este problema, analisando a cosmologia da vontade de poder e a noção de sujeito em Nietzsche.
Giordano Bruno foi um filósofo do século XVI que defendia ideias revolucionárias como o heliocentrismo e o universo infinito. Ele acreditava que a magia natural poderia revelar verdades sobre Deus e o cosmos através do estudo das correspondências entre signos mágicos, astrais e a natureza. Infelizmente, suas ideias o levaram a ser queimado vivo pela Inquisição Católica em Roma.
1. Kant foi influenciado pelo racionalismo e empirismo, especialmente por Hume, cujo pensamento o levou a questionar os limites do conhecimento humano.
2. Kant propõe uma "revolução copernicana" na filosofia, defendendo que não é o nosso conhecimento que deve se adaptar aos objetos, mas sim os objetos que devem se regular de acordo com nosso modo de conhecer.
3. Segundo Kant, só temos acesso aos fenômenos e não às coisas em si mesmas, pois espaço e
ESDE. EADE. MÓDULO VII: Pluralidade dos Mundos Habitados Roteiro 1: O fluido cósmico universal. OBJETIVO: Explicar o que é fluido cósmico universal. Esclarecer a respeito do fluido vital.
1) O documento discute os elementos gerais do universo segundo O Livro dos Espíritos, definindo Espírito como o princípio inteligente do universo e matéria como um instrumento sobre o qual o Espírito atua.
2) É mencionado o Fluido Cósmico Universal que preenche todo o universo e é o elemento primordial que, ao se modificar, gera os diversos corpos.
3) Aborda-se a formação dos mundos e seres vivos, indicando que surgiram de acordo com leis divinas a partir
Parte do Livro dos Espíritos que trata da Criação de tudo que existe por Deus: a criação dos mundos, incluindo todos os astros do Universo, a formação dos seres vivos, o povoamento do planeta Terra pelo ser humano, a simbologia sobre Adão e as diversidades étnicas da Terra, afirma que todos os globos que se movem no Universo são habitados.
O documento apresenta uma visão holística do universo como um sistema divino, argumentando que o universo é um sistema fechado que se transforma eternamente e que pode ser considerado o corpo de Deus. A visão é apresentada como compatível com o conhecimento científico e capaz de integrar todos os aspectos da realidade de forma lógica.
Este documento fornece um resumo dos fundamentos da filosofia esotérica segundo H.P. Blavatsky. Ele descreve a Lei Fundamental Única, as Quatro Idéias Básicas, e as Três Proposições Fundamentais da Doutrina Secreta de Blavatsky. O objetivo é apresentar as ideias centrais de seus ensinamentos para guiar o estudo de seus textos.
Este documento resume as principais doutrinas da filosofia de Leibniz, incluindo sua metafísica, lógica e física. Aborda conceitos como mônadas, substâncias, percepção, harmonia preestabelecida e como Leibniz buscou conciliar fé e razão.
O documento discute várias teorias sobre a origem e estrutura do universo ao longo da história, incluindo: 1) Mitos antigos que tentavam explicar fenômenos naturais através de histórias sobrenaturais; 2) Teorias científicas modernas como o Big Bang e o criacionismo; 3) Visões filosóficas como o dualismo cartesiano sobre a separação entre mente e corpo.
O documento discute a evolução do pensamento científico desde os mitos gregos até as tendências contemporâneas, passando pela cosmologia pré-socrática, mecanicismo, dualismo cartesiano, materialismo mecânico e idealismo. Aborda também conceitos como determinismo, reducionismo e a teoria do Big Bang.
O documento discute experiências de quase-morte (EQMs), nas quais a consciência parece expandir-se para além do corpo físico. Sugere que a consciência pode existir em dois níveis: um nível localizado no cérebro e um nível supraluminoso que não está limitado por espaço e tempo. EQMs podem ocorrer quando estas duas formas de consciência se comunicam através de mecanismos cerebrais como o tronco encefálico.
O documento descreve as tentativas de Goethe e Hegel de sintetizar o pensamento humanista e científico através da filosofia da natureza e da dialética, respectivamente. Goethe via a natureza como permeando o espírito humano, enquanto Hegel via o mundo como a auto-realização do absoluto através de um processo dialético de tese-antítese-síntese. Embora influentes, suas visões foram criticadas por limitarem a contingência e a autonomia humana.
Aula 03 FCU - Fluído Cósmico ou Universalcarlos freire
1) O documento discute os fluidos cósmicos universais e como eles podem ser modificados pelos espíritos para criar fenômenos no mundo espiritual.
2) Os espíritos podem agir sobre os fluidos usando o pensamento e a vontade para direcioná-los, combiná-los e transformá-los, criando formas e aparições.
3) Esses fluidos constituem a atmosfera, os materiais e o meio de transmissão do pensamento para os espíritos.
1) O documento discute a natureza tríplice do Logos manifesto em um sistema solar, correspondendo aos aspectos de criação, preservação e regeneração.
2) Explica que essa tríplice natureza deriva da diferenciação entre o Eu, o Não-Eu e a relação entre eles.
3) Aponta exemplos de outras triplicidades na natureza, como a eletricidade, o prana e a kundalini no corpo humano, que refletem os três aspectos do Logos.
O documento discute a natureza do fluido cósmico universal e suas modificações. O fluido cósmico é a matéria elementar primitiva que preenche todo o universo. Uma de suas modificações mais importantes é o fluido vital, responsável pela força motriz dos corpos vivos. O fluido vital dá vida à matéria orgânica ao modificar sua constituição molecular.
O documento descreve os princípios fundamentais do materialismo dialético e histórico de acordo com Marx e Engels. O materialismo dialético analisa a natureza e a sociedade de forma dialética e materialista, enfatizando as contradições internas, o desenvolvimento contínuo através da luta entre forças opostas, e a interconexão de todos os fenômenos. O materialismo histórico aplica esses mesmos princípios ao estudo da sociedade e da história.
O documento discute várias perspectivas sobre a natureza humana, incluindo se os seres humanos são puramente naturais ou têm uma essência espiritual, se possuem livre arbítrio ou são determinados, e qual a sua condição original no "estado de natureza".
1. O documento descreve a obra A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky, que sintetiza a Ciência, Religião e Filosofia de forma a apresentar o tronco comum de todas as religiões.
2. A Doutrina Secreta apresenta o homem como produto de uma evolução divina ao invés de descendente de seres inferiores, fornecendo a chave do aprimoramento humano através da constituição setenária do cosmo, das raças e do homem.
3. A obra também apresenta as Le
Este documento resume a filosofia de Leibniz sobre a Monadologia. Segundo Leibniz, o mundo é composto por substâncias indivisíveis chamadas de mônadas. Cada mônada reflete o universo de uma maneira única e possui percepções e apetição. Leibniz acredita que Deus criou as mônadas e o mundo de forma a constituir a harmonia perfeita.
O documento discute o que é uma sessão espírita, definindo-a como uma reunião de pessoas em uma Casa Espírita com o objetivo de estudar e praticar a Doutrina Espírita. Explica que as sessões podem ser públicas ou privadas e tem como finalidade o auxílio aos espíritos desencarnados e encarnados que se encontram em sofrimento. Aponta que as sessões seguem rigorosamente dias e horários determinados pelas Casas Espíritas e contam com a participação de pessoas preparadas com propósito
Este documento discute a crença em Deus e a Santíssima Trindade. Ele afirma que a certeza em Deus vem da experiência espiritual, não de provas, e que a Trindade representa as funções de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), não indivíduos distintos. A natureza de Deus é o Ser Universal, não um deus pessoal limitado.
Este documento discute a crença em Deus e a Santíssima Trindade. O autor acredita em um Deus universal e infinito, não um Deus pessoal limitado. Ele tem certeza da existência de Deus através da experiência espiritual, não provas. A Santíssima Trindade refere-se às três funções de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), não três indivíduos distintos.
ESDE. EADE. MÓDULO VII: Pluralidade dos Mundos Habitados Roteiro 1: O fluido cósmico universal. OBJETIVO: Explicar o que é fluido cósmico universal. Esclarecer a respeito do fluido vital.
1) O documento discute os elementos gerais do universo segundo O Livro dos Espíritos, definindo Espírito como o princípio inteligente do universo e matéria como um instrumento sobre o qual o Espírito atua.
2) É mencionado o Fluido Cósmico Universal que preenche todo o universo e é o elemento primordial que, ao se modificar, gera os diversos corpos.
3) Aborda-se a formação dos mundos e seres vivos, indicando que surgiram de acordo com leis divinas a partir
Parte do Livro dos Espíritos que trata da Criação de tudo que existe por Deus: a criação dos mundos, incluindo todos os astros do Universo, a formação dos seres vivos, o povoamento do planeta Terra pelo ser humano, a simbologia sobre Adão e as diversidades étnicas da Terra, afirma que todos os globos que se movem no Universo são habitados.
O documento apresenta uma visão holística do universo como um sistema divino, argumentando que o universo é um sistema fechado que se transforma eternamente e que pode ser considerado o corpo de Deus. A visão é apresentada como compatível com o conhecimento científico e capaz de integrar todos os aspectos da realidade de forma lógica.
Este documento fornece um resumo dos fundamentos da filosofia esotérica segundo H.P. Blavatsky. Ele descreve a Lei Fundamental Única, as Quatro Idéias Básicas, e as Três Proposições Fundamentais da Doutrina Secreta de Blavatsky. O objetivo é apresentar as ideias centrais de seus ensinamentos para guiar o estudo de seus textos.
Este documento resume as principais doutrinas da filosofia de Leibniz, incluindo sua metafísica, lógica e física. Aborda conceitos como mônadas, substâncias, percepção, harmonia preestabelecida e como Leibniz buscou conciliar fé e razão.
O documento discute várias teorias sobre a origem e estrutura do universo ao longo da história, incluindo: 1) Mitos antigos que tentavam explicar fenômenos naturais através de histórias sobrenaturais; 2) Teorias científicas modernas como o Big Bang e o criacionismo; 3) Visões filosóficas como o dualismo cartesiano sobre a separação entre mente e corpo.
O documento discute a evolução do pensamento científico desde os mitos gregos até as tendências contemporâneas, passando pela cosmologia pré-socrática, mecanicismo, dualismo cartesiano, materialismo mecânico e idealismo. Aborda também conceitos como determinismo, reducionismo e a teoria do Big Bang.
O documento discute experiências de quase-morte (EQMs), nas quais a consciência parece expandir-se para além do corpo físico. Sugere que a consciência pode existir em dois níveis: um nível localizado no cérebro e um nível supraluminoso que não está limitado por espaço e tempo. EQMs podem ocorrer quando estas duas formas de consciência se comunicam através de mecanismos cerebrais como o tronco encefálico.
O documento descreve as tentativas de Goethe e Hegel de sintetizar o pensamento humanista e científico através da filosofia da natureza e da dialética, respectivamente. Goethe via a natureza como permeando o espírito humano, enquanto Hegel via o mundo como a auto-realização do absoluto através de um processo dialético de tese-antítese-síntese. Embora influentes, suas visões foram criticadas por limitarem a contingência e a autonomia humana.
Aula 03 FCU - Fluído Cósmico ou Universalcarlos freire
1) O documento discute os fluidos cósmicos universais e como eles podem ser modificados pelos espíritos para criar fenômenos no mundo espiritual.
2) Os espíritos podem agir sobre os fluidos usando o pensamento e a vontade para direcioná-los, combiná-los e transformá-los, criando formas e aparições.
3) Esses fluidos constituem a atmosfera, os materiais e o meio de transmissão do pensamento para os espíritos.
1) O documento discute a natureza tríplice do Logos manifesto em um sistema solar, correspondendo aos aspectos de criação, preservação e regeneração.
2) Explica que essa tríplice natureza deriva da diferenciação entre o Eu, o Não-Eu e a relação entre eles.
3) Aponta exemplos de outras triplicidades na natureza, como a eletricidade, o prana e a kundalini no corpo humano, que refletem os três aspectos do Logos.
O documento discute a natureza do fluido cósmico universal e suas modificações. O fluido cósmico é a matéria elementar primitiva que preenche todo o universo. Uma de suas modificações mais importantes é o fluido vital, responsável pela força motriz dos corpos vivos. O fluido vital dá vida à matéria orgânica ao modificar sua constituição molecular.
O documento descreve os princípios fundamentais do materialismo dialético e histórico de acordo com Marx e Engels. O materialismo dialético analisa a natureza e a sociedade de forma dialética e materialista, enfatizando as contradições internas, o desenvolvimento contínuo através da luta entre forças opostas, e a interconexão de todos os fenômenos. O materialismo histórico aplica esses mesmos princípios ao estudo da sociedade e da história.
O documento discute várias perspectivas sobre a natureza humana, incluindo se os seres humanos são puramente naturais ou têm uma essência espiritual, se possuem livre arbítrio ou são determinados, e qual a sua condição original no "estado de natureza".
1. O documento descreve a obra A Doutrina Secreta de Helena Blavatsky, que sintetiza a Ciência, Religião e Filosofia de forma a apresentar o tronco comum de todas as religiões.
2. A Doutrina Secreta apresenta o homem como produto de uma evolução divina ao invés de descendente de seres inferiores, fornecendo a chave do aprimoramento humano através da constituição setenária do cosmo, das raças e do homem.
3. A obra também apresenta as Le
Este documento resume a filosofia de Leibniz sobre a Monadologia. Segundo Leibniz, o mundo é composto por substâncias indivisíveis chamadas de mônadas. Cada mônada reflete o universo de uma maneira única e possui percepções e apetição. Leibniz acredita que Deus criou as mônadas e o mundo de forma a constituir a harmonia perfeita.
O documento discute o que é uma sessão espírita, definindo-a como uma reunião de pessoas em uma Casa Espírita com o objetivo de estudar e praticar a Doutrina Espírita. Explica que as sessões podem ser públicas ou privadas e tem como finalidade o auxílio aos espíritos desencarnados e encarnados que se encontram em sofrimento. Aponta que as sessões seguem rigorosamente dias e horários determinados pelas Casas Espíritas e contam com a participação de pessoas preparadas com propósito
Este documento discute a crença em Deus e a Santíssima Trindade. Ele afirma que a certeza em Deus vem da experiência espiritual, não de provas, e que a Trindade representa as funções de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), não indivíduos distintos. A natureza de Deus é o Ser Universal, não um deus pessoal limitado.
Este documento discute a crença em Deus e a Santíssima Trindade. O autor acredita em um Deus universal e infinito, não um Deus pessoal limitado. Ele tem certeza da existência de Deus através da experiência espiritual, não provas. A Santíssima Trindade refere-se às três funções de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), não três indivíduos distintos.
Gottfried Leibniz foi um importante filósofo e matemático alemão do século XVII que desenvolveu teorias sobre verdades de razão e verdades de fato, defendeu que Deus criou o melhor dos mundos possíveis, e propôs a existência de mônadas, substâncias indivisíveis que compõem a realidade.
O documento apresenta o prefácio do livro "A Lei de Deus" de Pietro Ubaldi. Ele descreve a obra como uma série de palestras radiofônicas que desenvolvem conceitos sobre a lei divina de forma racional e positiva, baseada na ciência. A nova abordagem busca estabelecer uma ética universal demonstrável logicamente e controlável experimentalmente.
O documento apresenta o prefácio do livro "A Lei de Deus" de Pietro Ubaldi. Nele, o autor explica que o livro contém 24 palestras sobre a lei divina que regula o desenvolvimento moral e espiritual do homem. O objetivo é abordar o tema de forma racional e científica, diferentemente das religiões, mostrando que a ética deriva de leis universais que podem ser comprovadas pela experiência.
O documento apresenta o prefácio do livro "A Lei de Deus" de Pietro Ubaldi. Nele, o autor explica que o livro contém 24 palestras sobre a lei divina que regula o desenvolvimento moral e espiritual do homem. O autor defende uma abordagem racional e científica para o estudo da ética, baseada nos princípios universais que regem o universo revelados pela ciência.
Este documento apresenta o prefácio do livro "A Lei de Deus" de Pietro Ubaldi. Nele, o autor explica que o livro apresenta uma abordagem racional e positiva para orientar a conduta humana, baseada nos princípios da ciência e não em doutrinas religiosas. O objetivo é estabelecer uma ética universal válida para todos, independente de crenças particulares.
Este documento apresenta um novo método de estudo das obras de Pietro Ubaldi que combina arte, música e pensamento para facilitar a meditação. O capítulo resume os princípios de Ubaldi de viver em harmonia com as leis do universo para evitar sofrimento e alcançar felicidade. O texto original do capítulo é apresentado com imagens e música para aproximar os ensinamentos de Ubaldi dos leitores.
Este documento apresenta um resumo do primeiro capítulo do livro "A Lei de Deus" de Pietro Ubaldi. O capítulo discute a nova metodologia de estudar as obras de Ubaldi usando arte, música e pensamento para criar um ambiente propício à meditação. Também discute a importância de compreender as leis que regem o universo para alcançar a felicidade.
Este documento apresenta um novo método de estudo das obras de Pietro Ubaldi que combina arte, música e pensamento para facilitar a meditação. O capítulo resume os princípios de Ubaldi de viver em harmonia com as leis do universo para evitar sofrimento e alcançar felicidade. Apresenta também explicações sobre como usar a síntese do texto junto com a leitura do capítulo original para uma experiência mais profunda.
1) O artigo discute a noção de causalidade a partir da perspectiva do ser absoluto como fonte de toda a existência e atividade.
2) Defende que Deus criou o mundo através de um ato de amor livre, concedendo diferentes graus de liberdade aos seres criados de acordo com sua excelência.
3) Explica que embora os seres criados ajam de forma necessária para fora de si mesmos, o mal no mundo decorre da liberdade humana e não pode ser atribuído a Deus.
O documento discute a criação do universo e a evolução da vida através de várias perspectivas filosóficas e científicas. Apresenta citações sobre a admiração pela natureza e compreensão do universo de figuras como Aristóteles, Einstein e Platão. Reflete também sobre a presença do pensamento divino na criação e funcionamento do universo.
O documento discute a criação do universo e a presença do pensamento divino nele através de várias citações. Em três frases, resume: 1) Um menino questiona seu pai sobre a criação do universo, dizendo que foi o Big Bang e não Deus; 2) Embora a ciência busque a verdade, suas descobertas são permeadas por persuasão que não permite questionamentos; 3) O universo é uma sinfonia harmônica que expressa a presença de Deus como seu Criador e orquestrador por meio de leis universais.
Este documento apresenta trechos de um livro de Huberto Rohden sobre Deus, o homem e o universo. O autor discute a importância de "fechar o circuito" ao compartilhar os dons recebidos de Deus com os outros, evitando assim a "velhice moral" do egoísmo. Ele também reflete sobre como o verdadeiro eu está para além das cobiças físicas e mentais, identificando Deus no homem como a alma ou espírito interior.
1) O documento apresenta o primeiro capítulo da obra "Considerações Filosóficas sobre o Fantasma Divino, sobre o Mundo Real e sobre o Homem" de Mikhail Bakunin.
2) Bakunin define a natureza como a soma das transformações reais das coisas que se produzem incessantemente, e propõe que todas as coisas no universo exercem ações e reações umas sobre as outras, produzindo a causalidade universal.
3) O texto discute as leis gerais e particulares que governam a natureza, desde as leis
1) O documento apresenta um resumo do primeiro capítulo da obra "Considerações Filosóficas sobre o Fantasma Divino, sobre o Mundo Real e sobre o Homem" de Mikhail Bakunin.
2) Bakunin define natureza como a soma das transformações reais das coisas que ocorrem incessantemente no universo, resultando na ação e reação de todos os seres.
3) Ele explica que existem leis gerais que governam toda a matéria no universo, assim como leis particulares que governam sistemas e fenômen
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera avançada, bateria de longa duração e processador rápido. O dispositivo também possui tela grande e armazenamento expandível. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial sugerido abaixo dos principais concorrentes.
1) O documento discute os desafios para os espíritas cristãos no século XXI e caminhos para promover o próprio desenvolvimento espiritual.
2) Ele aborda a importância de se mover de acordo com o plano divino e de adquirir inteligência espiritual, bem como o domínio das emoções e a capacidade de amar a Deus, a si mesmo e ao próximo.
3) O texto propõe uma autoavaliação do leitor em três áreas: conhecimento intelectual, inteligência emocional e capac
O documento discute a importância de apoiar os trabalhadores espíritas, não apenas capacitando-os para suas responsabilidades doutrinárias, mas também promovendo seu bem-estar emocional. Sugere que os centros espíritas devem ensinar a debater temas sobre o autoconhecimento para ajudar os servidores a iluminarem a si mesmos, não apenas aos outros.
O documento descreve o livro "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec, publicado em 1865, que discute a vida após a morte segundo a doutrina espírita. O livro explica que as almas progridem através de encarnações sucessivas até alcançarem a perfeição, e que não há condenação eterna. Também refuta as ideias tradicionais do Inferno e do Purgatório, afirmando que a expiação ocorre através de novas vidas na Terra.
5 dicas de ouro para ter uma vida mais praticaEscola da Vida
Este documento discute a importância do pensamento positivo para a felicidade. Sugere que encarar situações de forma positiva, mesmo quando difíceis, ajuda a lidar melhor com problemas e enxergar soluções. Também recomenda não comparar a própria vida com a dos outros, já que cada um tem uma trajetória única, e manter expectativas realistas para não se decepcionar.
O documento fornece um código VBA para enviar um relatório gerado em PDF como anexo de um email utilizando o Microsoft Access. O código cria um objeto de mensagem CDO, configura os parâmetros do servidor SMTP do Gmail como servidor de saída e envia o email com o relatório PDF anexado após gerar o relatório.
O documento descreve a importância do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) para promover o conhecimento e a difusão dos princípios espíritas. Ele detalha os objetivos do ESDE para o indivíduo, a casa espírita, a doutrina e a sociedade, e como o ESDE pode levar à reforma íntima e à pureza doutrinária entre os estudantes. Também fornece orientações sobre a organização, implantação e manutenção de programas de ESDE.
Espiritismo e politica (aylton guido coimbra paiva)Escola da Vida
1) O documento discute a relação entre espiritismo e política, afirmando que embora o espiritismo não deva se comprometer com partidos políticos específicos, ele possui princípios filosóficos que podem contribuir para questões políticas e sociais.
2) O autor Aylton Paiva escreve sobre como o espiritismo pode e deve atuar no campo político e social de maneira a contribuir para soluções de problemas atuais, sem se vincular a legendas ou partidos.
3) O resumo apresenta o documento como uma proposta
( Filosofia) g w leibniz - princípios da filosofia ou a monadologiaEscola da Vida
Este documento apresenta um resumo da obra "Monadologia" de Gottfried Leibniz, incluindo uma breve biografia do autor e explicações sobre os principais conceitos da filosofia leibniziana, como mônadas, percepção e apetição. O texto também fornece um índice com as páginas do documento.
1. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
1 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Índice
Segundo o filósofo Leibniz estamos no MELHOR DOS MUNDOS
POSSÍVEIS - Como entender isto ?...............................................2
Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 20 de
fevereiro de 2013 | 15:49 ......................................................2
O ponto principal do pensamento de Leibniz é a teoria das
mônada:....................................................................................13
Estamos no melhor dos mundos possíveis,o ser só é,só
existe,porque é o melhor possível: ..........................................17
Leibniz diferencia a verdade de razão da verdade de fato: ....17
Princípios de Filosofia ou Monadologia:..................................18
2. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
2 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Segundo o filósofo Leibniz
estamos no MELHOR DOS
MUNDOS POSSÍVEIS - Como
entender isto ?
Written By Beraká - o blog da
família on quarta-feira, 20 de
fevereiro de 2013 | 15:49
Afirmava Leibniz que este
era o melhor dos mundos
possíveis, ao que Bradley acrescentou, ironicamente, "e nele
todo o mal é necessário".
De acordo com Leibniz, são infinitos os mundos possíveis dentre
os quais Deus escolhe o melhor para existir. Não só o mundo eleito
como os demais têm restrições em cada uma das séries neles
contidas.
Cada mundo é um conjunto completo; isso significa que nenhum
elemento ulterior pode ser acrescentado a ele sem torná-lo
inconsistente ou sem diminuir a riqueza de suas misturas de
variedade e ordem.
3. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
3 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
A distinção entre um mundo e outro está no fato de seus membros
operarem de acordo com diferentes leis. Cada mundo impõe
certas restrições às mônadas (as unidades substanciais que
formam tais mundos).
Assim, uma mônada pertencente a um mundo possível
desenvolve-se de acordo com as leis do mundo do qual ela
participa. Isso faz com que seja inviável que uma mônada junte-se
a outras que estejam subordinadas a outras leis designadas por
Deus.
Esse é o motivo de algumas substâncias possíveis serem
inadmissíveis em outra seleção possível. Daí os mundos não
poderem ser levados para caminhos incompatíveis com as
leis que os governam.
Todos os acidentes estão incluídos desde sempre na essência da
mônada, ou seja, ela traz em si tudo aquilo que aconteceu e o que
lhe acontecerá; seus estados passados, presentes e futuros, bem
como todos os estados do universo inteiro.
Ela reflete todo o universo a partir de certa perspectiva; contém
não só aquilo que é relativo ao seu próprio estado como também
todas as coisas com as quais ela se relaciona. Tais relações
externas aparecem nas mônadas como modificações internas,
4. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
4 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
pois elas são fechadas em si; sendo assim, não têm relação direta
umas com as outras.
A mônada é desprovida de um canal de comunicação para fora de
si; apesar disso, indiretamente ocorre uma influência mútua na
medida em que cada mudança externa é expressa por uma
alteração no interior da mônada.
A relação entre elas se dá através das respectivas percepções de
cada uma delas. Cada mônada é como um espelho que reflete
tudo que acontece, mas não interage com as outras. Isso,
posteriormente, aparecerá no sistema como sendo a harmonia
preestabelecida:
“Deus produz diversas substâncias conforme as diferentes
perspectivas que tem do universo e, por sua intervenção, a
natureza própria de cada substância implica que o que
acontece a uma corresponda ao que acontece a todas as
outras, sem que ajam imediatamente umas sobre as outras
(LEIBNIZ, 2004, p. 29).”
Dessaforma,tudo que acontecea uma substânciaé consequência
dela própria, do mundo interno dela.
5. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
5 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
As percepções nas substâncias ativas são mais distintas,
enquanto nas substâncias consideradas passivas tais percepções
se dão de maneira mais confusa.
De acordo com Leibniz, Deus não dá simplesmente origem às
criaturas, deixa-as livres;sua criação se dá de forma contínua,
se dá por emanação.
Tal relação de conservação causa dependência perpétua dos
seres com Deus. Apesar de tal relação, cada substância é um
mundo particular. Isso, porém, não impede que seja possível
prever algumas atitudes futuras delas, não apenas devido a
determinadas características que cada uma possui como também
devido às suas atitudes passadas. A substância expressa também
o conteúdo de Deus; apesar disso, ela não sabe com certezacomo
agir da melhor forma.
Ela, assim como Deus, tem a visão geral do mundo. O que irá
diferenciar uma substância de outra é o modo de percepção das
coisas ao seu redor, ou seja, o grau de clareza ou obscuridade que
tem em relação às coisas.
Há, contudo, pontos de convergência entre as substâncias, como
ocorre, por exemplo, quando várias substâncias presenciam um
mesmo fato. A despeito disso, cada uma terá uma perspectiva
6. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
6 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
própria sobre o ocorrido, mas não tão distante a ponto de não se
entenderem.
Se assim não fosse, se cada substância tivesse uma visão
particular que não fosse compartilhada com as das outras, não
haveria nenhuma ligação entre elas, e não é o que ocorre. Vemos,
nesse caso, que ligação apresenta um sentido bem diferente de
dependência.
Deus, apesar de ter uma visão do todo, sabe como cada
substância enxerga individualmente.
Ele é o responsável por tornar o ponto de vista individual algo geral
compartilhado por elas. É assim que ocorre a ligação entre elas.
Façamos Jus a este grande pensador filho de seu tempoe das
circunstâncias(E quem não é ?), mas que com todas as suas
falhas e limitações muito contribuiu e ainda contribui para o
pensamento moderno:
Leibniz – biografia e pensamentos
7. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
7 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Gottfried Wilhelm Leibniz – (1646- 1716) nasceu no dia primeiro
de julho, na cidade alemã de Leipzig. Era filho de um professor de
filosofia moral. Sua família era de origem eslava. Criança ainda,
explorava a biblioteca do pai. Viu os autores antigos e
escolásticos.
Tomou contato com Platão e Aristóteles. Com quinze anos
começou a ler os filósofos modernos: Bacon, Descartes, Hobbes
e Galileu.
Leibniz foi de um espírito universal, muito inteligente, que revelou
aptidão e genialidade em diversos campos. Bertrand Russel fala
que era admirável, mas não como pessoa; pois escreveu para ser
popular e agradar os princípes.
8. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
8 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Cursou filosofia na cidade natal, matemática em Jena, com vinte
anos. Cursou também jurisprudência em Altdorf. Em 1663, aluno
da faculdade de filosofia, escreveu um trabalho sobre
individualização.
Influenciado pelo mecanicismo de Descartes, que mais tarde
refutou, expôs suas idéias em um livro, onde associava a filosofia
e a matemática. Esboçou as primeiras considerações do que viria
a ser sua grande descoberta matemática: o cálculo infinitesimal.
Leibniz o desenvolveu na mesma época que Newton, um pouco
depois.
Ingressou na sociedade secreta e mística dos sábios Rosacruzes.
Em 1668 entrou na corte de Eleitor de Mogúncia. Ganhou uma
pensão participando da Rosa cruz em Nuremberg, que lhe abriu
as portas para a política.
Quando ingressou na corte, traçou um caminho que podemos
associar ao de Bacon. Era ambicioso e movia-se agilmente pela
corte em busca de seus projetos , muitos dos quais utópicos. Um
de seus projetos filosóficos;antigo já , era a criaçãode um alfabeto
do conhecimento humano. Foi nesse sentido influenciado pela
lógica de Aristóteles.
CRONOLOGIA:
9. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
9 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Em 1670, Leibniz ascendeu para conselheiro da corte de justiça,
em Mogúncia. No seu novo cargo, partiu para uma missão
diplomática: convencer o rei absolutista francês (Luís XIV) a
conquistar o Egito para proteger a Europa da Invasão dos turcos e
mouros. Esse pedido foi recusado.
De 1672 a 1676 Leibniz viveu em Paris. Sua missão que resultou
em fracasso procurava evitar guerras entre os Europeus,
desviando as tropas francesas para o Egito. Conseguiu permissão
para continuar em Paris, o que lhe foi vantajoso para estudar, pois
gozou do contato com a elite intelectual francesa.
Em 1676 , completoua descoberta do cálculo infinitesimal. Newton
tinha inventado um novo método de cálculos. Embora as
descobertas tivessem o mesmo objetivo, forma feitas sob pontos
de vista diferentes. Leibniz calculava através do infinitamente
pequeno.
Em Paris havia conhecido e ficado amigo do matemático
Huyghens. Conheceu também o filósofo Arnauld (1612-1694) e
Malembranche. Viajou para Londres e entrou para a Royal Society.
Voltou para Paris. Sua estada lá, continuou sendo importante
intelectualmente. O alemão ainda não era uma língua culta, e ele
aprendeu francês perfeitamente.
10. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
10 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Quando voltava para a Alemanha, passou de novo por Londres,
onde conheceu newton. Na Holanda, conheceu Spinoza.
Conversaram sobre metafísica e Spinoza mostrou a Leibniz os
originais de Ètica.
Em 1676, vai para Hanôver, onde se torna bibliotecário chefe.
Passou os anos finais de sua vida nessa cidade, salvo algumas
viagens. Foi conselheiro da corte, historiógrafo da dinastia e um
dos reponsáveis por Hanôver ter se tornado um eleitorado.
Viajou pela Europa para conseguir documentos que fossem
importantes para o seu papel de historiador. Foi para Áustria ,
Itália. Na Itália, passou por Nápoles, Florença e Veneza.
Leibniz era a favor da união das igrejas. Foi sócio da academia
científica de Paris e de Berlim, que fundou.
Em 1711, viajou para a Rússia, onde aconselhou Pedro o grande,
czar russo. Pedro queria elevar a Rússia ao nível dos maiores
reinados europeus. Em 1713 Leibniz foi elevado conselheiro da
corte de Viena.
Os últimos anos da vida de Leibniz foram tristes e solitários. Sua
protetora, a princesa Sofia, havia morrido. Jorge I da Inglaterra não
11. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
11 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
o queria mais por lá. As diversas cortes e academias de que fez
parte esqueceram-no . Assim , perdeu prestígio. A Royal Society
deu o crédito da invenção do cálculo infinitesimal para Newton.
Leibniz, que teve uma vida agitada, escrevia e meditava à
noite. Seus trabalhos são breves em tamanho, não exigiram
muito elaboração. Leibniz escreveu em latim e francês.
Morreu com setenta anos em funeral acompanhado apenas
por seu secretário. Havia brigado com a corte de Hanôver.
Dentre as muitas obras de Leibniz se destacam: Discurso da
Metafísica, Novos ensaios sobre o entendimento
humano (resposta a Locke), Sobre a origem das coisas, Sobre o
verdadeiro método da filosofia , Teologia e correspondência.
Leibniz procurou expôr conceitos de validade atemporal na sua
filosofia. Ele chamava tal filosofia de perene. E quis conciliá-la com
a filosofia moderna. A filosofia moderna havia tomado caminhos
diferentes da antiga e escolástica. Leibniz descobriu que era uma
questão de perspectiva , mas todas as filosofias podiam ser unidas
sob muitos aspectos.Ele resgatou a visão teleológica
escolástico-aristotélica, que atribuía uma causa a tudo. De
Descartes aproveitou a aplicação da matemática ao mundo.
12. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
12 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Leibniz criticou a materialismo moderno. Apesar disso, era um
racionalista. Seu racionalismo, como o de Zenão, chegava ao
paradoxo.
Usando a teoria da causalidade, Leibniz explica a existência
de Deus. Diz que ele não faz nada ao acaso, é supremamente
bom.
O universo não foi feito apenas pelo homem, mas o homem pode
conhecer o universo inteiro. Deus é engenhoso, é capaz de formar
uma “máquina” com apenas um simples líquido, sendo necessário
apenas a interação com as leis da natureza para desenvovê-la.
A vontade do criador está submetida à sua lógica e a de seu
entendimento. É uma visão racionalista do mundo, e a mente
divina seria impregnada de racionalidade. Mas o mundo é mais do
que a razão pode concatenar. O valor da razão reside no seu lado
prático. Ela pode conhecer o princípio matemático das coisas, do
conhecimentos específicos, mas ignora as causas últimas.
Leibniz, apesar de ser influenciado por Descartes, zombou da
simplicidade do método. E refuta o mecanicismo. Diz que a
extensão e o movimento, figura e número, não passam das
aparências, não são a essência. Existe algo que está além da
física da extensão e movimento, e é de natureza metafísica,
uma força.Descartes havia dito que a constante nos
13. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
13 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
fenômenos mecânicos é a quantidade – movimento. Leibniz
fala que isso é um erro, para ele a constante é a força viva, a
energia cinética.
O PONTO PRINCIPAL DO PENSAM ENTO DE LEIBNIZ É A TEORIA DAS
M ÔNADA:
É um conceito neoplatônico, que foi retomado por Giordano Bruno
e Leibniz desenvolveu.
As mônadas (unidade em grego) são pontos últimos se
deslocando no vazio. Leibniz chama de enteléquia e mônada a
substância tomada como coisa em si, tendo em si sua
determinação e finalidade.
Para Leibniz, o espaçoé um fenômeno não ilusório. É a ordem das
coisas que se relacionam. o espaço tem uma parte objetiva, a da
relação, mas não é o real tomado em si mesmo. Assim como o
espaço, o tempo também é um fenômeno.
As leis elaboradas pela mecânica são leis de conveniência,
pela qual Deus criou o melhor dos mundos.
Assim como o mecanicismo, Leibniz critica a visão cartesiana de
máquinas. Os seres orgâncicos são máquinas divinas. Em cada
pequena parte desses seres, há uma peça dessas máquinas, que
14. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
14 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
são do querer divino. É a maneira pela qual se realiza o finalismo
superior.Para conhecermos a realidade precisamos conhecer os
centros de força que a constituem, as mônadas. São pontos
imateriais como átomos. São e formam tudo o que existe. São
unas assim como a mente. A mente apresenta diversidade, bem
como várias representações. A mônada deve ser pensada junto
com a mente. As atividades principais das mônadas são a
percepção e a representação. Elas tem tendências à várias
percepções.Uma mônada só é distinta da outra pela sua atividade
interna. As mônadas tem dois tipos de percepção, a simples e a
consciente.A última é chamada de apercepção. Somente algumas
mônadas apercebem, e elas tem mais percepções inconscientes
que conscientes.
Leibniz identificou a percepção inconsciente na natureza
humana:
É aquele estado de consciência no qual a alma fica sem perceber
nada distintamente, nós não nos recordamos do que vivemos.
Certamente Leibiniz falava daquela estado especial de não
entendimento e não associação em que a alma fica “amorfa”. Mas
tal estado não é duradouro. enquanto estamos nele, parecemos
as mônadas.Leibniz, na sua doutrina das mônadas, fala que cada
mônada espelha o universo inteiro. Tudo está em tudo. Isso se
aplica também ao tempo, ele diz: “o presente está grávido do
15. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
15 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
futuro.” Uma mônada se diferencia da outra, poque as coisas estão
presentes em maior ou menor grau nelas, e sob diferentes ângulos
e aspectos.Não existem duas substâncias exatamente idênticas,
pois se houvesse, elas seriam a mesma. A realidade é composta
de mínusculas partículas, tem uma riqueza infinita. Deus conhece
a tudo perfeitamente.
Leibniz fala da lei da continuidade. Uma coisa leva a outra, na
natureza não há saltos. Entre um extremo e outro, há um nível
médio.
Deus é a mônada das mônadas:
Uma substância incriada, original e simples. Deus criou e cria, a
partir do nada, todas as outras substâncias. Uma substância, por
meio natural, não pode perecer. Só através da aniquilação .
Também, de uma não se criam duas. Uma mônada é uma
substância, e é uma coisa sem janela, encerra em si mesma sua
finalidade.
Como já disse, a mônada é imaterial:
Porém é da relação entre elas que nasce o espaço e matéria. A
mônada é atividade limitada, pois a atividade ilimitada só se
encontra em Deus (um tipo especial ). É dessa imperfeição, que
torna a essência obscura que nasce a matéria.
16. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
16 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Os organismos são um agregados de mônadas unidos por
uma enteléquia superior. Nos animais essa enteléquia é a
alma. Nos homens, a alma é entendida como espírito.
Uma coisa já está em potência na semente - Até aí nada de
novo:
O original em Leibniz, é que não existe geração nem morte.Só
existe desenvolvimento, no sêmem já existe um animal. Ele só
precisa se desenvolver.
A substâncias brutas espelham mais ao mundo do que a Deus. O
contrário nas substâncias superiores: Deus governa o mundo com
leis materiais e espirituais. Existem vários pequenos deuses,
controlados pelo grande Deus.
Leibniz,para explicar a interação entre a matéria e o espírito,
formulou três hipóteses:
1) uma ação recíproca
2) intervenção de Deus em todas as ações
3) A harmonia pré-estabelecida. Cada substância tira tudo de
seu interior,segundo a vontade divina.
17. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
17 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
O famosoprincípio da razão suficiente de Leibniz, é junto com
sua mônadologia,a pedra lapidar de sua metafísica. Esse
princípio postula que cada coisa existe com uma razão de ser.
Nada acontece ao acaso.
ESTAM OS NO M ELHOR DOS M UNDOS POSSÍVEIS,O SER SÓ É,SÓ
EXISTE,PORQUE É O M ELHOR POSSÍVEL:
A perfeição de Deus garante essa vantagem . Deus escolheu
dentre os mundos possíveis,o que melhor espelhava sua
perfeição. Ele escolheu esse mundo por uma necessidade moral.
Mas se esse mundo é tão bom porque existe o mal? Na
Teódiceia, Leibniz indentifica três tipos de mal:
1) O mal metafísico,que deriva da finitude do que não é Deus
2) O mal moral,que advém do homem, não de Deus. É o pecado.
3) O mal físico. Deus o permite para evitar males maiores, para
corrigir.
LEIBNIZ DIFERENCIA A VERDADE DE RAZÃO DA VERDADE DE FATO:
A verdade de razãoé absoluta, pois estáno intelectode Deus:
18. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
18 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Por exemplo, as leis da matemática e as regras de justiça e
bondade. O oposto dessas verdades é impossível. As verdades de
fato admitem opostos. Elas poderiam não existir, mas tem um
motivo prático para existirem.
No livro Novos ensaios sobre o entendimento humano, Leibniz
analisa o livro de Locke, Ensaio sobre o entendimento humano.
Ele critica o empirismo de Locke (nada existe na mente que
não tenha estado nos sentidos) e defende, como Descartes,
um inatismo. Ele localiza qualidades inatas na alma, como o
ser , o uno, o idêntico, a causa, a percepção e o raciocínio.
Leibniz retoma Platão, e sua teoria de reminiscência das
idéias, dizendo que a alma reconhece virtualmente tudo.
Leibniz coloca que as condições para a liberdade são três:
A inteligência, a espontaneidade e a contingência. A liberdade da
alma consiste em nela encerrar um fim em si mesma, não
dependendo de externos.
PRINCÍPIOS DE FILOSOFIA OU MONADOLOGIA:
19. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
19 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
1 — A Mónada, de que iremos aqui falar, não é outra coisa senão
uma substância simples, que entra nos compostos; simples, quer
dizer, sem partes. (Teodíceia, § 10).
2 — E, como há compostos, é necessário que haja substâncias
simples; porque o composto não é outra coisa senão um montão
ou AGGREGATUM dos simples.
3 — Ora, onde não há partes, não há nem extensão, nem figura,
nem divisibilidade possível. E estas Mónadas são os verdadeiros
Átomos da Natureza ou, numa palavra, os Elementos das coisas.
4 — Não há também dissolução a temer, e não há nenhuma
maneira concebível pela qual uma substância simples possa
perecer naturalmente.
5 — Pela mesma razão, não há nenhuma maneira pela qual uma
substância simples possacomeçarnaturalmente, pois não poderia
ser formada por composição.
6 — Assim,pode dizer-seque as Mónadas não poderiam começar
nem acabar senão instantaneamente, isto é, elas não poderiam
começar senão por criação e acabar senão por aniquilação; ao
contrário, o que é composto começa e acaba por partes.
7 — Não há igualmente meio de explicar como uma Mónada pode
ser alterada ou mudada no seu interior por outra qualquer criatura;
Pois nada se lhe pode transpor, nem conceber algum movimento
interno que pudesse ser excitado, dirigido, aumentado ou
diminuído dentro dela, como acontece nos compostos, onde há
mudança entre as partes. As mónadas não têm janelas por que
20. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
20 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
alguma coisa pudesse entrar ou sair. Os acidentes não poderiam
separar-se, nem passear-se fora das substâncias, como faziam
outrora as espécies sensíveis dos escolásticos. Assim, nem
substância, nem acidente pode vir de fora para uma Mónada.
8 — No entanto, é necessário que as Mónadas tenham algumas
qualidades; de outro modo, nem sequer seriam Seres. E se as
substâncias simples não diferissem pelas suas qualidades, não
haveria meio de se aperceber de qualquer mudança nas coisas;
porque o que está nos compostos só pode provir dos ingredientes
simples; e as Mónadas sendo sem qualidades, seriam
indistinguíveis uma da outra, já que elas em nada diferem em
quantidade. E, consequentemente, o pleno sendo suposto, cada
lugar só receberia em movimento o Equivalente do que tinha tido,
e um estado de coisas seria indistinguível de outro.
9 — É mesmonecessárioque cada Mónada seja diferente de cada
outra. Porque não existe nunca na natureza dois Seres que sejam
perfeitamente um comoo outro e onde não seja possível encontrar
uma diferença interna ou fundada sobre uma determinação
intrínseca.
10 — Temo igualmente por aceite que todo o ser criado está sujeito
à mudança, e por conseqüência a Mónada, criada ela também; e
mesmo que esta mudança é contínua em cada uma.
11 — Segue-se do que dissemos, que as mudanças naturais das
Mónadas provêm de um PRINCÍPIO INTERNO, já que uma causa
externa não poderia influir no seu interior.(Teod., §s. 396 e 400).
21. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
21 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
12 — Mas também é necessário que, para além do princípio de
mudança, haja um DETALHE DO QUE MUDA, que faça, por assim
dizer, a especificação e a variedade das substâncias simples.
13 — Este detalhe deve envolver uma multiplicidade na unidade
ou no simples. Porque como toda a mudança natural se faz por
degraus, alguma coisa muda e alguma coisa permanece; e, con-
sequentemente, é necessário que na substância simples haja
pluralidade de afecções e de relações, ainda que nela não haja
partes.
14 — O estado passageiro que envolve e representa uma
multiplicidade na unidade ou na substância simples não é outra
coisa senão o que se chama a PERCEPÇÃO, a qual deve
distinguir-se da apercepção ou da consciência, como se mostrará
adiante. E foi nisto que os cartesianos falharam bastante, não
tendo considerado para nada as percepções que não se aperce-
bem. Foi igualmente o que fez acreditar que só os Espíritos eram
Mónadas e que não havia Almas dos Animais nem outras
Enteléquias; e que os fez confundir, com o vulgo, um longo
atordoamento com uma morte a rigor, o que os fez ainda cair no
preconceito escolástico das almas totalmente separadas e, do
mesmo modo, fortaleceu os espíritos mal formados na opinião da
mortalidade das almas.
15 — A Ação do princípio interno que faz a mudança ou a passa-
gem de uma percepção a outra pode ser chamada APETIÇÃO. É
verdade que o apetite não pode sempre adequar-se inteiramente
22. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
22 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
a toda a percepção para onde ela tende, mas consegue sempre
qualquer coisa e alcança percepções novas.
16 — Nós próprios experimentamos uma multiplicidade na
substânciasimples logo que notamos que o menor pensamento de
que nos apercebemos envolve uma variedade no objeto. Assim,
todos os que reconhecem que a Alma é uma substância simples
deviam reconhecer esta multiplicidade na Mónada, e Bayle não
devia encontrar aí uma dificuldade, como o fez no seu Dicionário,
artigo Rorarius.
17 — De resto, é-se obrigado a confessar que a PERCEPÇÃO e
o que dela depende é INEXPLICÁVEL POR RAZÕES ME-
CÂNICAS, isto é, pelas figuras e pelos movimentos. E fingindo
existir uma Máquina cuja estrutura fizesse pensar, sentir, ter
percepção, poder-se-ia, conservando as mesmas proporções,
concebê-la aumentada de tal modo que nela se pudesse entrar
como num moinho. E assim, percorrendo-a por dentro, não
encontraríamos senão peças impulsionando-se umas às outras e
nada por que explicar uma percepção. Assim, é na substãncia
simples, e no composto ou na máquina, que é preciso procurá-la.
Também nada senão isso se poderá encontrar nas substâncias
simples, isto é, as percepções e as suas mudanças. E é só nisso
igualmente que podem consistir todas as AÇÕES INTERNAS das
substâncias simples.
23. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
23 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
18 — Poder-se-ia dar o nome de Enteléquias a todas as
substâncias simples ou Mônadas criadas porque elas contêm uma
certa perfeição, (echousi to
enteles) e possuem umasuficiência (autarkeia) que as torna fontes
das suas próprias acções internas e, por assim dizer, em
Autômatos incorporais. (Teod., § 87).
19 — Se queremos chamar alma a tudo o que tem
PERCEPÇÕES e APETITES no sentido geral que acabo de
explicar, todas as substâncias simples ou Mónadas criadas
poderiam ser chamadas Almas; mas como o sentimento é
algo mais que uma simples percepção, concordo que o nome
geral de Mónadas e Enteléquias baste para as substâncias
simples que só têm percepção e que se chame Almas
somente àquelas cuja percepção é mais distinta e
acompanhada de memória.
20 — Nós próprios experimentamos um Estado em
que não nos lembramos de nada nem temos nenhuma
percepção distinta, como quando desfalecemos ou quando
estamos abatidos num profundo sono sem nenhum sonho.
Neste estado, a alma não difere em nada de uma simples
Mónada; mas como este estado não é durável, e dele se
liberta, a alma é algo mais. (Teod., § 61).
21 — Disto não se infere que, naquele estado, a substância
simples esteja sem qualquer percepção. Tal não é possível, até
pelas razões já apontadas; porque tal como não poderia perecer,
24. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
24 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
assim também não poderia subsistir sem nenhuma afecção, que
não é outra coisa que a sua percepção. Mas quando há uma
grande quantidade de pequenas percepções, onde nada se en-
contra distinto, é porque se está atordoado, como quando se anda
continuamente à volta num mesmo sentido várias vezes, de modo
que advém uma vertigem que nos faz desmaiar e nada nos deixa
distinguir. E a morte pode conferir por uns tempos este estado aos
animais.
22 — E como todo o estado presente de uma substância simples
é naturalmente uma conseqüência do seu estado precedente, do
mesmo modo o presente está prenhe do futuro. (Teod., § 360).
23 — Assim, pois que despertada do atordoamento APERCEBE-
SE das suas percepções, é necessário que também as tivesse tido
imediatamente antes, ainda que tal fosse imperceptível; porque
uma percepção não poderia provir naturalmente senão de outra
percepção, como um movimento não provém naturalmente senão
doutro movimento. (Teod., §s. 401-403).
24 — Daqui se conclui que, se não tivéssemos nada de distinto e,
por assim dizer, de recortado e de um mais alto gosto nas nossas
percepções, estaríamos num contínuo atordoamento. É este o
estado das Mónadas nuas.
25 — Assim, vemos que a Natureza deu percepções recortadas
aos animais, graças aos cuidados que ela toma de lhes fornecer
os órgãos que conjugam vários raios de luz ou várias ondulações
do ar, de modo a que, pela sua união, tivessem mais eficácia. Há
25. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
25 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
algo de semelhante no odor, no gosto e no tacto, e talvez em
muitos outros sentidos que nos são desconhecidos. Em breve
explicarei como o que se passa na Alma representa o que sucede
nos órgãos.
26 — A memória fornece às almas uma espécie de
CONSECUÇÂO que imita a razão, mas que se lhe deve distinguir.
É que vemos que os animais tendo a percepção de algo que os
incomoda, e da qual tinham antes uma percepção semelhante,
aguardam através da representação da sua memóriao que esteve
junto nessa percepção precedente e, assim, são levados a
sentimentos semelhantes aos de então. Por exemplo, quando se
mostra um pau aos cães, eles recordam-se da dor causada
anteriormente e, ganindo, fogem. (Prelimin., § 65).
27 — E a imaginação forte que os perturba e agita provém ou da
grandeza ou da quantidade das percepções precedentes. Porque
muitas vezes uma impressão forte provoca de uma só vez o efeito
de um longo HÁBITO ou de muitas fracas percepções reiteradas,
28 — Os homens,enquanto as consecuções das suas percepções
só se fazem pelo princípio da memória, agem como os animais,
assemelhando-se aos Médicos Empíricos que têm uma simples
prática sem teoria; o nós somos somente Empíricos em três
quartos das nossas Acções. Por exemplo: quando se espera pelo
dia de amanhã porque assim sempre sucedeu até agora, age-se
empiricamente. Neste caso, só o Astrônomo julga pela razão.
(Prelimin.. § 65).
26. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
26 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
29 — Porém, o conhecimentodas verdades necessárias e eternas
é o que nos distingue dos simples animais e nos faz possuir a
RAZÃO e as Ciências, elevando-nos ao conhecimento de nós
próprios e de Deus. E é o que se chama em nós Alma Racional ou
Espírito.
30 — É também pelo conhecimento das verdades necessárias e
pelas suas abstracções que nos elevamos aos ACTOS
REFLEXIVOS, que nos fazem pensar no que se chama Eu e a
considerar que isto ou aquilo existem em nós. E é assim que
pensando em nós pensamos no Ser, na Substância, no simples e
no composto, no imaterial e no próprio Deus, concebendo que
aquilo que é limitado em nós é nele ilimitado. E estes Actos
reflexivos fornecem os objectos principais dos nossos
raciocínios. (Teod., Prefácio).
31 — Os nossos raciocínios estãp fundados em DOIS
GRANDES PRINCÍPIOS, O DA CONTRADIÇÃO em virtude do
qual julgamos FALSO o que implica contradição e
VERDADEIRO o que é oposto ou contraditório com o
falso. (Teod., §s. 44 e 169).
32 — E O DA RAZÃO SUFICIENTE, em virtude do qual
consideramos que nenhum Jacto poderia ser verdadeiro ou
existente, nenhuma Enunciação verídica sem que haja uma
razão suficiente para que isso assim seja e não de outro
27. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
27 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
modo, ainda que estas razoes as mais das vezes não possam
ser conhecidas por nós. (Teod., §s. 44 e 196).
33 — Há duas espécies de VERDADES; as de RACIOCÍNIO e as
de FACTO. As verdades de Raciocínio são necessárias e o seu
oposto é impossível; e as de facto são contingentes e o seu oposto
é possível. Quando uma verdade é necessária pode encontrar-se
a sua razão pela análise, resolvendo-a em idéias e verdades mais
simples até se chegar às primitivas. (Teod, §s. 170, 174, I89, 280-
282, 367; Resumo, 3.ª Objecção).
34 — Ê assim que os Matemáticos reduzem os TEOREMAS de
especulação e as REGRAS da prática através da Análise às
Definições, Axiomas e Postulados.
35 — Enfim, há IDÉIAS SIMPLES cuja definição não se pode dar;
há também Axiomas e Postulados ou, numa palavra, PRINCÍPIOS
PRIMITIVOS que não poderiam ser provados e que também não
têm necessidade de sê-lo; são as ENUNCIAÇÕES IDÊNTICAS,
cujo oposto contém uma contradição expressa.
36 — Mas a RAZÃO SUFICIENTE deve encontrar-se também nas
VERDADES CONTINGENTES ou DE FACTO, isto é, na série das
coisas que se encontram repartidas pelo universo das criaturas,
onde a resolução em razões particulares poderia ser levada a um
detalhe sem limites devido à variedade imensa das coisas da
28. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
28 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Natureza e à divisão dos corpos ao infinito. Há uma infinidade de
figuras e movimentos presentes e passados que entram na causa
eficiente da minha presente escrita e há uma infinidade de
pequenas inclinações e disposições da minha alma, presentes e
passadas, que entram na causa final. (Teod., §s. 36, 37, 44, 45,
49, 52, 121, 122, 637, 340-344).
37 — E como todo este DETALHE envolve ainda outros
contingentes anteriores ou mais detalhados, dos quais cada um
tem ainda necessidadede uma Análise semelhante para lhe confe-
rir razão, nunca mais seavança na análise; e é precisoque a razão
suficiente ou última esteja fora da seqüência ou SÉRIES deste
detalhe dos contingentes por mais infinito que ele possa ser.
38 — E é assim que a última razão das coisas deve estar numa
substâncianecessária, na qual o detalhe das mudanças não esteja
senão eminentemente, como na origem: e é o que chamamos
Deus. (Teod., § 7).
39 - Ora, esta substância sendo uma razão suficiente de todo este
detalhe, o qual está igualmente ligado por todo o todo o lado, NÃO
HÁ SENÃO UM DEUS E ESTE DEUS BASTA.
40 — Pode julgar-se também que esta Substância Suprema que é
única, universal e necessária, não tendo nada fora dela que lhe
29. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
29 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
seja independente, e sendo uma conseqüência simples do ser
possível, deva ser incapaz de limites e deva conter tanta realidade
quanto lhe seja possível.
41 — Donde se segue que Deus é absolutamente perfeito, não
sendo outra coisa a perfeição senão a grandeza de realidade
positiva tomada rigorosamente, excluindo os limites ou restrições
nas coisas que as têm. E onde não há limites, isto é, em Deus, a
perfeição é absolutamente infinita. (Teod., § 22, Prefácio, § 4).
42 — Segue-se igualmente que as criaturas têm as suas
perfeições a partir da influência de Deus, mas que elas têm
também as suas imperfeições a partir da sua própria natureza,
incapaz de ser sem limites. Porque é nisto que elas são distintas
de Deus.(Teod., §s. 20, 27-30, 153, 167, 377 e ss.).
43 — Ê igualmente verdade que em Deus está não somente a
fonte das existências, mas ainda a das essências, enquanto reais,
ou o que há de real na possibilidade. E isto é assim porque o
Entendimento de Deus é a região das verdades eternas ou das
idéias de que se dependem, e sem ele nada de real haveria nas
possibilidades; e não somente nada de existente, mas tão-pouco
nada de possível. (Teod., § 20).
30. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
30 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
44 — Porque é necessário que, se há uma realidade nas
Essências ou possibilidades ou nas verdades eternas, esta
realidade seja fundada em algo de existente e Actual; e,
consequentemente, na Existência do Ser necessário, no qual a
Essência implica a Existência ou no qual basta ser possível para
ser Actual. (Teod,, §s. 184-189, 335).
45 — Assim, só Deus (ou o Ser Necessário) tem este privilégio: se
é possível tem de existir necessariamente. E como nada pode
impedir a possibilidade do que não contém nenhuns limites,
nenhuma negação, e, consequentemente, nenhuma contradição,
isto basta para conhecer a Existência de Deus A PRIORI.
Demonstramo-la igualmente pela realidade das verdades eternas.
Mas acabamos também de prová-la A POSTERIORI pela
existência de seres contingentes, os quais não poderiam ter a sua
razão última ou suficiente senão no ser necessário o qual tem a
razão da sua existência em si próprio.
46 — Porém, não é preciso imaginar-se, como alguns, que as
verdades eternas, sendo dependentes de Deus, são arbitrárias e
dependentes da sua vontade, como Descartes parece tê-lo feito e,
posteriormente, Poiret. Isto não é verdade senão para as verdades
contingentes, cujo princípio é a CONVENIÊNCIA ou a escolha do
MELHOR, ao passo que as Verdades Necessárias dependem
31. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
31 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
unicamente do seu objecto interno. (Teod., §s. 180-184, 185, 335,
351, 380).
47 — Assim, só Deus é a Unidade Primitiva ou a substância
simples originária, da qual todas as Mónadas criadas ou
derivativas são produções; e nascem, por assim dizer, por
Fulgurações contínuas da Divindade de momento a momento,
limitadas pela receptividade da criatura, à qual é essencial ser
limitada. (Teod., §s. 382-391, 398, 395).
48 — Há em Deus a POTÊNCIA, que é a fonte de tudo, depois o
CONHECIMENTO, que contém o detalhe das idéias, e enfim a
VONTADE, que faz as mudanças ou produções segundo o
princípio do melhor. E isto é o que corresponde, ao que nas
Mónadas criadas faz o Sujeito ou a Base, a Faculdade Perceptiva
e a Faculdade Apetitiva. Mas em Deus estes atributos são
absolutamente infinitos ou perfeitos; e nas Mónadas criadas ou
nas Enteléquias (ou perfectihabies, como Hermolaus Barbarus
traduziu esta palavra) não são senão imitações à medida da
perfeição que contêm. (Teod., §s. 7, 149, 150; § 87).
49 — A criatura é dita AGIR para fora tanto quanto perfeição
contém; e PADECER de uma outra tanto quanto é imperfeita.
32. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
32 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Assim, atribui-se a ACÇÃO à Mónada enquanto ela possui per-
cepções distintas e a paixão enquanto ela tem percepções
confusas. (Teod.,§s. 32, 66, 368).
50 — E uma criatura é mais perfeita do- que outra enquanto se
encontra nela o que serve para dar razão A PRIORI do que se
passa noutra e é por isso mesmo que se diz que ela age sobre a
outra.
51 — Mas nas substâncias simples há somente uma influência
ideal de uma Mónada sobre outra, a qual não pode ter o seu efeito
senão pela intervenção de Deus e tanto quanto nas idéias de Deus
uma Mónada pede com razão que Deus, regulando as outras
desde o começo das coisas, a tenha em consideração. Porque, já
que umaMónada criada não poderia ter uma influência física sobre
o interior de outra, é somente por este meio que uma pode estar
dependente de outra. (Teod., §s. 9, 54, 65, 66, 201, Resumo,
3.a
Obj.).
52 — E é assim que entre as criaturas as Acções e as Paixões são
mútuas. Porque Deus, comparando duas substâncias simples,
encontra em cada uma razões que a obrigam a acomodar-se à
outra; e, consequentemente, o que de certo ponto de vista é activo,
é passivo segundo um outro ponto de consideração: ACTIVO
enquanto o que se conhece distintamente nela serve para dar
33. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
33 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
razão do que se passa numa outra, e PASSIVO enquanto a razão
do que se passanela seencontra no que seconhece distintamente
em outra.
53 — Ora, como há uma infinidade de universos possíveis nas
idéias de Deus e como não pode existir senão um só, é preciso
que haja uma razão suficiente da escolha de Deus, que o
determine a preferir a um mais do que a outro. (Teod., §s. 8, 10,
44, 173, 196 e ss., 225, 414-416).
54 — E esta razão não se pode encontrar senão na
CONVENIÊNCIA ou nos graus de perfeição que estes mundos
contêm; cada possível tendo direito a pretender à existência à
medida da perfeição que contém. (Teod., §s. 74, 167, 350, 201,
130, 352, 345 e ss., 354).
55 — E é esta a causa da Existência do Melhor, que a Sabedoria
fez conhecer a Deus, que a sua bondade o fez escolher e que a
sua potência o fez produzir.
(Teod., §s. 8, 78, 80, 84, 119, 204, 206, 208, Resumo 1a
Obj.,
8.a
Obj.).
64 — Assim, cada corpo orgânico de um vivente é uma Espécie
de Máquina divina, ou de um Autômato Natural, que ultrapassa
34. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
34 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
infinitamente todos os Autômatos artificiais, porque uma Máquina
feita pela arte do homem não é Máquina em cada uma das suas
partes. Por exemplo: o dente de uma roda de latão tem partes ou
fragmentos que já não nos são algo de artificial e não contêm mais
nada que indique da Máquina relativamente ao uso a que a roda
era destinada. Mas as Máquinas da Natureza, isto é, os corpos
vivos, são ainda Máquinas nas suas menores partes, até ao
infinito. É isto que faz a diferença entre a Natureza e a Arte, isto é,
entre a Arte divina e a Nossa. (Teod., §s. 134, 146, 194, 483).
65 — E o Autor da Natureza pôde praticar este artifício divino e
infinitamente maravilhoso porque cada porção de matéria não é
somente divisível ao infinito, como os antigos reconheceram, mas
ainda subdividido actualmente sem fim, cada parte em partes, das
quais cada uma tem algum movimento próprio. De outro modo
seria impossível que cada porção de matéria pudesse exprimir
todo o universo. (Prelimin., § 70; Teod., § 195).
66 — Donde se vê que há um Mundo de criaturas, de viventes, de
Animais, de Enteléquias, de Almas na menor porção de matéria.
67 — Cada porção de matéria pode ser concebida comoum jardim
pleno de plantas.e como um lago pleno de peixes. Mas cada ramo
da planta, cada membro do Animal, cada gota de seus humores é
ainda um tal jardim ou um tal lago.
35. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
35 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
68 — E embora a terra e o ar interpostos entre as plantas do jardim
ou a água interposta entre os peixes do lago não sejam plantas
nem peixes, eles os contêm ainda, as mais das vezes de uma
subtilidade imperceptível para nós.
69 — Assim, não há nada de inculto, de estéril, de morto no
universo, não há caos nem confusão senão na aparência, mais ou
menos como num lago à distância no qual se veria um movimento
confuso e buliçoso, por assim dizer, de peixes no lago sem
discernir os próprios peixes.
70 — Por isso se vê que cada corpo vivo tem uma Enteléquia
dominante, que é a Alma no animal; mas os membros deste corpo
vivo são plenos de outros corpos vivos, plantas, animais, dos quais
cada um tem ainda a sua Enteléquia ou a sua alma dominante.
71 — Não é necessário imaginar, porém, como alguns que
perceberam mal o meu pensamento, que cada Alma tem uma
massaou porção de matéria própria ou a ela afectada para sempre
e que possui, consequentemente, outros vivos ao seu serviço.
Porque todos os corpos estão num fluxo perpétuo como os rios em
que as partes entram e saem continuamente.
36. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
36 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
72 — Assim, a alma não muda de corpo senão pouco a pouco e
por graus, de modo que não é nunca despojada instantaneamente
de todos os seus órgãos; e muitas vezes há metamorfose nos
animais, mas nunca há Metempsicose nem transmigração das
Almas; também não existem ALMAS completamente
SEPARADAS nem Gênios sem corpo. Só Deus está inteiramente
separado. (Teod., §s. 90, 124).
73 — O que igualmente faz que nunca haja nem geração inteira
nem morte perfeita tomada a rigor, isto é, consistindo na
separação da alma. E o que chamamos GERAÇÕES são
desenvolvimentos e crescimentos, tal como o que chamamos
MORTES são Envolvimentos e Diminuições.
74 — Os Filósofos estiveram bastante embaraçados sobre a
origem das Formas, Enteléquias ou Almas; mas hoje, quando se
apercebeu, através de investigações exactas feitas sobre as
plantas, os insectos e os animais, que os corpos orgânicos da
natureza nunca são produzidos a partir de um caos ou de uma
putrefação, mas sempre através de sementes, nas quais sem
dúvida existia alguma PREFORMAÇÃO, julgou-se que não
somente o corpo orgânico já aí estava antes da concepção, mas
ainda uma Alma neste corpo e, numa palavra, o próprio animal; e
que, por meio da concepção, este animal foi somente disposto a
uma grande transformaçãode modo a se tornar um animal de uma
37. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
37 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
outra espécie. Vê-se mesmo algo de semelhante fora da geração,
como quando os vermes se tornam moscas e as lagartas
borboletas.(Teod., §s. 86, 89, 90, 187, 188, 403, 397).
75 — Os ANIMAIS, dos quais alguns são elevados ao grau dos
maioes animais por meio da concepção, podem ser chamados
ESPERMÁTICOS; mas os que entre eles permanecem na sua
espécie, isto é, a maioria, nascem e multiplicam-se e são des-
truídos como os grandes animais, e não há senão um pequeno
número de Eleitos que passam a um maior teatro.
76 — Mas isto não era senão a metade da verdade: eu julguei
então que, se o animal nunca começa naturalmente, também
nunca acaba naturalmente, e que não somente não haverá
geração como não haverá ainda destruição inteira, nem morte
tomada a rigor. E estes raciocínios feitos A POSTERIORIe tirados
da experiência acordam-se perfeitamente com os seus princípios
deduzidos A PRIORI e acima expostos. (Teod., § 90).
77 — Assim, pode dizer-se que não somente a Alma (espelho de
um universo indestrutível) é indestrutível, como ainda o próprio
animal, ainda que a sua Máquina pereça freqüentemente em parte
e abandone ou receba despojos orgânicos.
38. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
38 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
78 — Estes princípios proporcionaram-me o meio de explicar
naturalmente a união, ou melhor, a conformidade da Alma e do
corpo orgânico. A Alma segue as suas próprias leis e o corpo
igualmente as suas e eles se encontram em virtude da harmonia
pré-estabelecida entre todas as substâncias, pois que todas são
representações de um mesmouniverso. (Teod., §s. 340, 352, 353,
358).
79 — As Almas agem segundo as leis das causas finais, por
apetites, fins e meios. Os corpos agem segundo as leis das causas
eficientes ou movimentos.E os dois reinos, o das causas eficientes
e o das causas finais, são harmônicos entre si.
80 — Descartes reconheceu que as Almas não podem dar força
aos corpos, porque há sempre a mesma quantidade de força na
matéria. Todavia, acreditou que a alma podia mudar a direção dos
corpos. Mas isto foi porque no seu tempo não se conhecia a lei da
natureza sobre a conservação da mesma direcção total na
matéria. Se a tivesse conhecido, ele teria caído no meu Sistema
da Harmonia pré-estabelecida. (Teod., §s. 32, 59, 60, 61, 62, 66,
345, 346, e ss. 354, 355).
81 — Este sistema faz que os corpos ajam como se (por
impossível) não houvesse Almas e que as Almas ajam como se
39. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
39 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
não houvesse corpos. E os dois agem como se um influísse sobre
o outro.
82 — Quanto aos Espíritos ou Almas racionais, embora eu pense
que haja no fundo a mesma coisa em todos os viventes e animais,
como acabamos de dizer (a saber, que o Animal e a Alma não
começam senão com o Mundo e igualmente só acabam com o
Mundo), há, todavia, isto de particular nos Animais racionais, que
os seus pequenos Animais Espermáticos, enquanto não são
senão só isso, têm somente Almas ordinárias ou sensitivas; mas,
tratando-se dos eleitos, por assim dizer, que atingem por uma
actual concepção a natureza humana, as suas almas sensitivas
são elevadas ao grau da razão e à prerrogativa de
Espíritos. (Teod., §s. 91, 397).
83 — Entre as várias diferenças que há entre as Almas ordinárias
e os Espíritos, das quais já analisei uma parte, há ainda esta: que
as Almas em geral são espelhos vivos ou imagens do universo das
criaturas mas que os Espíritos são ainda imagens da própria
Divindade ou do próprio Autor da natureza, capazes de conhecer
o Sistema do Universo e de o imitar em algo através de
escantilhões arquitectónicos, cada Espírito sendo como uma
pequena divindade no seu domínio. (Teod., § 147).
40. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
40 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
84 — É o que faz que os Espíritos sejam capazes de entrar numa
Maneira de Sociedade com Deus, e que Ele seja relativamente a
eles não somente o que um inventor é à sua Máquina (como o é
Deus relativamente às outras criaturas), mas ainda o que um
Príncipe é a seus súbditos e mesmo um pai a seus filhos.
85 — Donde é fácil de concluir que a reunião de Todos os Espíritos
deve constituir a Cidade de Deus, isto é, o mais perfeito estado
possível sob o mais perfeito dos Monarcas. (Teod., § 146;
Resumo, 2.a
Obj.).
86 — Esta Cidade de Deus, esta Monarquia verdadeiramente
universal, é um Mundo Moral no Mundo Natural e o que de mais
elevado e de mais divino existe nas obras de Deus; e é nela que
consisteverdadeiramente a glória de Deus, pois que não a haveria
se a sua grandeza e a sua bondade não fossem conhecidas e
admiradas pelos espíritos; e é também relativamente a esta cidade
divina que há propriamente Bondade, ao passo que a sua
Sabedoria e a sua Potência se manifestam por todo o lado.
87 — Do mesmo modo que acima estabelecemos uma Harmonia
perfeita entre os dois Reinos Naturais, um o das causas Eficientes,
outro o das Finais, devemos ainda assinalar uma outra harmonia
entre o reino Físico da Natureza e o reino Moral da Graça, isto é,
entre Deus considerado como Arquitecto da Máquina do universo
41. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
41 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
e Deus considerado como Monarca da cidade divina dos
Espíritos. (Teod., §s. 62, 74, 118, 112, 130, 147).
88 — Esta Harmonia faz que as coisas conduzam à graça pelas
próprias vias da natureza, e que este globo, por exemplo, deve ser
destruído e reparado pelas vias naturais e nos momentos em que
o requer o governo dos Espíritos, para castigo de uns e
recompensa de outros. (Teod., §s. 18 e ss. 110, 244, 245, 340).
89 — Pode dizer-se ainda que Deus como Arquitecto satisfaz em
tudo a Deus como Legislador e que, assim, os pecados devem
arrastar consigo a sua pena segundo a ordem da natureza e em
virtude da própria estrutura mecânica das coisas; e que do mesmo
modo as belas acções atrairão as suas recompensas por vias
mecânicas relativamente aos corpos, ainda que isto não possa e
não deva sempre acontecer imediatamente.
90 — Enfim, sob este governo perfeito não haverá boa Acção sem
recompensa nem má sem castigo; e tudo deve resultar para bem
dos bons, isto é, daqueles que não se encontram descontentes
neste grande Estado, que confiam na providência após terem feito
o seu dever e que amam e imitam como é devido o Autor de todo
o bem, alegrando-se na consideração das suas perfeições
segundo a natureza do verdadeiro PURO AMOR, que nos faz
gozar com a felicidade do que se ama. É o que faz trabalhar as
42. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
42 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
pessoas sábias e virtuosas em tudo o que parece conforme à
vontade divina presumida ou antecedente e satisfazer–se,todavia,
com aquilo que Deus faz efectivamente acontecer por via da sua
vontade secreta, conseqüente ou decisiva; reconhecendo que, se
pudéssemos entender suficientemente a ordem do universo
concluiríamos que ela ultrapassa todos os desejos dos mais sábios
e que seria impossível torná-lo melhor do que ele é, não somente
para o todo em geral mas ainda para nós próprios em particular,
se nos submetemos comoé devido ao Autor de tudo, não só como
ao Arquitecto e à causa eficiente do nosso ser, mas ainda como a
nosso Mestre e à causa Final que deve constituir todo o objecto da
nossa vontade e o único que pode fazer a nossa
felicidade.(Teod.,§ 278; Prefácio).
Síntese acerca da Teoria do Conhecimento em Leibniz:
43. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
43 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
Em 10 pontos poderíamos sintetizar as ideias essenciais de
Leibniz, destacando os aspectos relativos à Teoria do
Conhecimento e à Metafísica:
1 – Ponto de partida: crítica à metafísica dualística de
Descartes. Deus, que é perfeição infinita, não pode ter criado um
universo bitolado em duas substâncias irreconciliáveis (res
extensa e res cogitans), na forma em que foi pensado por
Descartes.
2 – Deus, portanto, criou o “melhor dos mundos possíveis”,
caracterizado pelo princípio da “harmonia preestabelecida”.
44. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
44 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
3 – O homem está chamado a tomar conhecimento da
“harmonia preestabelecida” do Universo. Nisso consiste a
verdade e a máxima felicidade do espírito. A nossa bem-
aventurança, na Terra, consisteem contemplarmos a harmonia do
Cosmo, que espelha a perfeição divina.
4 – O homem apreende, pelo seu conhecimento, a harmonia
do Universo em dois níveis: matemático (pela ciência da
natureza) e metafísico (pela filosofia), sendo que esta última
constitui a apreensão mais completa da “harmonia
preestabelecida”. Nas ciências, apreendemos a harmonia com a
ajuda das matemáticas.Nelas, joga um papel importante o “cálculo
infinitesimal”, que nos habilita a apreendermos a harmonia
cósmica no contexto de uma infinita quantidade de variáveis. Na
filosofia, apreendemo-la com a ajuda dos conceitos metafísicos,
que exprimem a harmonia da totalidade. A ars combinatoria
constitui, para as ciências e a filosofia, poderoso instrumento
lógico que nos possibilita superar as contradições decorrentes dos
significados equívocos das palavras (“calculemos para que nos
entendamos”, afirmava Leibniz).
5 – Cerne da metafísica leibniziana:a monadologia. O universo
foi formado mediante a criação, por Deus, de infinitas unidades
substanciais de energia ou mônadas. Essas unidades estão
45. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
45 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
rigorosamente hierarquizadas e organizadas pelo Supremo
Arquiteto do Universo (Deus) que age à maneira de Causa Final,
no contexto de um modelo que hoje caracterizaríamos como
finalistico-cibernético. A matéria, em si, não existe. Ela é apenas
manifestação aparente da única realidade existente: a força ou
energia, constituída pelas mônadas. Estas podem, portanto,
expandir no espaço a sua essência, ou contraí-la num ponto (à
maneira dos buracos negros postulados pela astrofísica
contemporânea). Cada uma das mônadas encerra, dentro de si,
uma representação da harmonia do Cosmo. Essa representação,
nos seres humanos, é consciente, sendo que os demais seres não
possuem essa consciência, o que torna o homem o Rei da
Criação, não para atrapalhar a ordem da “harmonia
preestabelecida”, mas para, com a luz da razão, reconhecer essa
ordem harmônica e louvar a Deus.
6 – A liberdade humana é um postulado teológico que se
depreende da tese do “melhor dos mundos possíveis”. Se Deus
não tivesse criado o homem livre, faltaria ao Cosmouma perfeição
importante, a mais exímia entre as perfeições finitas: a liberdade.
Como conciliar a liberdade com a “presciência divina?” – Ao
praticar o mal, o homem não está dando ensejo a um ser: o mal
moral é entendido por Leibniz como ignorância (carência de
conhecimento) de parte do homem, da “harmonia preestabelecida”
por Deus no Cosmo. O pecador é um ignorante. A sua infelicidade
46. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
46 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
consiste em desconhecer a ordem cósmica. Para Leibniz, “Deus
escreve certo com linhas tortas”. Ele, na sua infinita sabedoria,
antecipa-se a todos os nossos comportamentos, certos ou
errados. Permite os errados, como decorrentes da nossa
liberdade. Mas, tomando conhecimento do contexto em que eles
acontecem, minimiza-os mediante uma ação providencial, que
coloca as más ações dos pecadores junto às boas ações dos
homens virtuosos, a fim de que o conjunto de todas as ações
humanas seja harmonioso, como num grande mosaico bizantino.
As pedrinhas escuras, irregulares, seriam as más ações. Mas
estas praticamente desaparecem, ofuscadas pelo brilho das
pedrinhas que representam, reluzentes e coloridas, os
inumeráveis atos virtuosos dos homens bons. Assim, a ação dos
maus serve como pano de fundo que ressalta a beleza das boas
ações. No contexto deste arrazoado, Leibniz formula o seu
“providencialismo ou lex melioris”, que seestende a todos os seres
do Cosmo. Nada foi criado para ser aniquilado. Isto iria contra a
bondade infinita de Deus. Todos os seres foram criados para
integrarem o Universo definitivamente liberto do Mal, na Parusia (à
maneira como, no século XX, Teilhard de Chardin imaginou a
caminhada de toda a criação em direção ao Ponto Ômega). As
unidades de energia, que são as mônadas, revestir-se-ão da mais
maravilhosa materialização que poderíamos imaginar, a fim de
toda a criação testemunhar a grandeza e a sabedoria infinitas do
Criador.
47. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
47 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
7 – A sociedade humana, na sua organização política, deve
refletir a harmonia cósmica, mediante a estruturação harmônica
das instituições a serviço do bem comum dos cidadãos,
preservado graças à sabedoria previdente do Rei, que constitui
uma espécie de poder moderador entre todas as forças sociais e
os indivíduos, a fim de que o bem de todos se realize. As teorias
do poder moderador ou do poder neutro, que foram formuladas no
século XIX por Jacques Necker, Benjamin Constant de Rebecque,
François Guizot, Silvestre Pinheiro Ferreira, Domingos Gonçalves
de Magalhães, Paulino Soares de Sousa, etc., encontram em
Leibniz o seu inspirador.
8 – Do ponto de vista religioso, Leibniz apelava para o
ecumenismo entre todas as Igrejas cristãs, superando o trágico
período das guerras de religião, que ocorreram na Europa ao longo
dos séculos XVI e XVII. O filósofo imaginava que esse
ecumenismo poderia ser construído por um Monarca cristão
ilustrado (Luís XIV, da França), que faria uma espécie de pacto
moderador entre as várias igrejas, incluídos os católicos e os
outros príncipes e soberanos europeus, a fim de fazer frente à
ameaça do Islã. Leibniz chegou a cogitar numa ordem político-
religiosa universal, que incluísse a China, mediante a relação de
diálogo e de atividades conjuntas entre cristãos ocidentais e
budistas tibetanos.
48. O MELHOR DOS MUNDOS POSSIVEIS
Página
48 de 48
(Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)
9 – Do ângulo antropológico, Leibniz considerava que os
seres humanos, criados por Deus à sua imagem e
semelhança, davam ensejo a criações variadas que deveriam
ser conhecidas na sua origem e nas suas manifestações, não se
restringindo isso à cultura europeia. Para apreendermos o
fenômeno humano, pensava Leibniz, seria necessárioabordarmos
todas as culturas, respeitando a sua identidade, num esforço de
abertura às criações humanas. Este aspecto contrastava,
evidentemente, com as reservas que o filósofo tinha em face do
Islamismo.
10 – O filósofo desenvolveu amplo trabalho de
aconselhamento a reis e príncipes europeus, na tentativa de
consolidar a unidade continental. Essa ideia da Europa Unida
seria retomada, no início do século XIX, por Napoleão Bonaparte
e, no século XX, pelos idealizadores do Mercado Comum Europeu
e, ulteriormente, da Unidade Europeia.
Fonte: Edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda – Lisboa