O poema fala sobre uma alma que finalmente encontra descanso e segurança na morte, dormindo para sempre e dizendo adeus à saudade. A saudade ficará triste ao ouvir a alma adormecendo para sempre.
1. Fi Fi Fi
m Alma, enfim descansa m Alma, enfim descansa m Alma, enfim descansa
Guilherme de
Guilherme de
Guilherme de
Na desesperança. Na desesperança. Na desesperança.
Alma, esquece e passa: Alma, esquece e passa: Alma, esquece e passa:
Dorme, enfim segura Dorme, enfim segura Dorme, enfim segura
Faria
Faria
Dessa última graça Dessa última graça Faria Dessa última graça
Que é toda a ventura. Que é toda a ventura. Que é toda a ventura.
E à Saudade em flor E à Saudade em flor E à Saudade em flor
Que o teu sonho lindo Que o teu sonho lindo Que o teu sonho lindo
Perfumou de amor, Perfumou de amor, Perfumou de amor,
Diz-lhe adeus, sorrindo… Diz-lhe adeus, sorrindo… Diz-lhe adeus, sorrindo…
Que Ela há-de escutar-te, Que Ela há-de escutar-te, Que Ela há-de escutar-te,
Pálida, a entender-te! Pálida, a entender-te! Pálida, a entender-te!
E, no espanto enorme, E, no espanto enorme, E, no espanto enorme,
Sonhando envolver-te, Sonhando envolver-te, Sonhando envolver-te,
Triste, há-de embalar-te Triste, há-de embalar-te Triste, há-de embalar-te
– «Dorme… dorme… dorme…» – – «Dorme… dorme… dorme…» – – «Dorme… dorme… dorme…» –
Como a adormecer-te. Como a adormecer-te. Como a adormecer-te.
Manhã de Nevoeiro [1927] Manhã de Nevoeiro [1927] Manhã de Nevoeiro [1927]