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Gerador de Polo Desviado e
Gerador de Rosenberg
Ana Carolina Silva Castro
Ruthe de Melo Souza
Trabalho da disciplina Máquinas Elétricas II
ministrada pela Prof. MSc. Mariana Guimarães dos Santos
1. Introdução
• Máquinas mais especializadas, por sua natureza ou aplicação.
• Ambos baseados no gerador CC conectado em shunt.
Fig. 1. Circuito equivalente de gerador CC
conectado em shunt [1].
Fig. 2. Tensão de carga em função da corrente de carga para o gerador CC
conectado em shunt e o gerador CC excitado separadamente [1].
2. Gerador de Polo
Desviado
• Propósito: produzir uma característica de tensão absolutamente plana.
• Gerador Shunt com interpolo bobinado ou enrolamento de polo desviado (Figura 3) e
derivação magnética interposta (Figura 4).
Fig. 3. Circuito do polo desviado [2]. Fig. 4. Caminhos do fluxo a vazio [2].
2. Gerador de Polo
Desviado
Fig. 5. Caminhos do fluxo sob carga [2].
• Parte do fluxo do campo principal é desviado, resultado líquido: carga aumenta, fluxo
desviado aumenta, equilibra diminuição do fluxo principal (Figura 5).
• Característica de tensão nos terminais em função da corrente de carga (Figura 6).
Fig. 6. Característica de carga [2].
2. Gerador de Polo
Desviado
• Em condição de curto-circuito é autoprotetor: fluxo desviado cancela fluxo principal,
tensão gerada cai drasticamente.
• Principais aplicações:
 Carregamento de baterias (não há necessidade de ajuste).
 Fontes de potência eletrônicas, nos laboratórios, em que se requer uma tensão CC
elevada e absolutamente constante.
3. Gerador de Rosenberg
• Propósitos:
 Entregar corrente constante, independente da velocidade.
 Manter a polaridade, independente do sentido de rotação (propriedade única).
• Utiliza a reação de armadura como vantagem.
• Núcleos pequenos, grandes sapatas polares (Figura 7).
Fig. 7. Esquema de gerador de Rosenberg [2].
3. Gerador de Rosenberg
• Quando acionado por máquina primária:
 Tensão coletada de escovas interpolares é curto-circuitada,
 Alta corrente de curto com grandes sapatas polares: efeito transmagnetizante da
reação de armadura.
 Condutores girantes são concatenados por este fluxo e nova tensão é gerada.
 Tensão entregue à carga através de chave interruptora normalmente fechada, cuja
função é impedir que o gerador atue como motor abaixo de uma velocidade mínima.
3. Gerador de Rosenberg
Fig. 8. Relações vetoriais[2].
• Fluxo original produz fluxo de armadura, que produz fluxo de carga, que se opõe ao fluxo
principal.
• Fluxo resultante é necessário para sustentar o fluxo de armadura.
3. Gerador de Rosenberg
• Característica de corrente constante independente da velocidade: aumento na velocidade,
aumento na tensão de curto, aumento no fluxo de armadura, aumento no fluxo de carga, redução
do fluxo resultante, corrente constante.
• Mesmo efeito com a variação de carga.
• Característica de polaridade de saída constante independente do sentido de rotação: sentidos
da corrente de curto e do fluxo de armadura mudam, polaridade da tensão induzida gerada se
mantém.
4. Referências Bibliográficas
[1] A. R. Hambley. Electrical Engineering: Principles and Applications, LTC, 6a Edição, Rio de Janeiro, 2009.
[2] I. L. Kosow. Máquinas Elétricas e Transformadores, Globo, 4a Edição, Porto Alegre, 19.

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  • 1. Gerador de Polo Desviado e Gerador de Rosenberg Ana Carolina Silva Castro Ruthe de Melo Souza Trabalho da disciplina Máquinas Elétricas II ministrada pela Prof. MSc. Mariana Guimarães dos Santos
  • 2. 1. Introdução • Máquinas mais especializadas, por sua natureza ou aplicação. • Ambos baseados no gerador CC conectado em shunt. Fig. 1. Circuito equivalente de gerador CC conectado em shunt [1]. Fig. 2. Tensão de carga em função da corrente de carga para o gerador CC conectado em shunt e o gerador CC excitado separadamente [1].
  • 3. 2. Gerador de Polo Desviado • Propósito: produzir uma característica de tensão absolutamente plana. • Gerador Shunt com interpolo bobinado ou enrolamento de polo desviado (Figura 3) e derivação magnética interposta (Figura 4). Fig. 3. Circuito do polo desviado [2]. Fig. 4. Caminhos do fluxo a vazio [2].
  • 4. 2. Gerador de Polo Desviado Fig. 5. Caminhos do fluxo sob carga [2]. • Parte do fluxo do campo principal é desviado, resultado líquido: carga aumenta, fluxo desviado aumenta, equilibra diminuição do fluxo principal (Figura 5). • Característica de tensão nos terminais em função da corrente de carga (Figura 6). Fig. 6. Característica de carga [2].
  • 5. 2. Gerador de Polo Desviado • Em condição de curto-circuito é autoprotetor: fluxo desviado cancela fluxo principal, tensão gerada cai drasticamente. • Principais aplicações:  Carregamento de baterias (não há necessidade de ajuste).  Fontes de potência eletrônicas, nos laboratórios, em que se requer uma tensão CC elevada e absolutamente constante.
  • 6. 3. Gerador de Rosenberg • Propósitos:  Entregar corrente constante, independente da velocidade.  Manter a polaridade, independente do sentido de rotação (propriedade única). • Utiliza a reação de armadura como vantagem. • Núcleos pequenos, grandes sapatas polares (Figura 7). Fig. 7. Esquema de gerador de Rosenberg [2].
  • 7. 3. Gerador de Rosenberg • Quando acionado por máquina primária:  Tensão coletada de escovas interpolares é curto-circuitada,  Alta corrente de curto com grandes sapatas polares: efeito transmagnetizante da reação de armadura.  Condutores girantes são concatenados por este fluxo e nova tensão é gerada.  Tensão entregue à carga através de chave interruptora normalmente fechada, cuja função é impedir que o gerador atue como motor abaixo de uma velocidade mínima.
  • 8. 3. Gerador de Rosenberg Fig. 8. Relações vetoriais[2]. • Fluxo original produz fluxo de armadura, que produz fluxo de carga, que se opõe ao fluxo principal. • Fluxo resultante é necessário para sustentar o fluxo de armadura.
  • 9. 3. Gerador de Rosenberg • Característica de corrente constante independente da velocidade: aumento na velocidade, aumento na tensão de curto, aumento no fluxo de armadura, aumento no fluxo de carga, redução do fluxo resultante, corrente constante. • Mesmo efeito com a variação de carga. • Característica de polaridade de saída constante independente do sentido de rotação: sentidos da corrente de curto e do fluxo de armadura mudam, polaridade da tensão induzida gerada se mantém.
  • 10. 4. Referências Bibliográficas [1] A. R. Hambley. Electrical Engineering: Principles and Applications, LTC, 6a Edição, Rio de Janeiro, 2009. [2] I. L. Kosow. Máquinas Elétricas e Transformadores, Globo, 4a Edição, Porto Alegre, 19.