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Patogenia da
Doença de Chagas
TRATAMENTO ETIOLÓGICO
Quase uma centena de drogas já foram
testadas contra o Tripanosoma cruzi em
infecções experimentais de animais de
laboratório. Poucas foram testadas no
homem, até o momento, e com resultados de
baixa eficácia.
DETERMINANTES DA DOENÇA
Entre os determinantes da doença de Chagas devemos considerar a
dimensão do inóculo do T. cruzi na infecção inicial e nas reinfecções, as
características das cepas infectantes e a resposta imunológica do
hospedeiro.
O inóculo, isto é, o número de tripanosomas inoculados na infecção
inicial é um fator de grande importância no desenvolvimento da
doença. Em condições naturais, esse inóculo é pequeno e
possivelmente explica as discretas manifestações da fase inicial
da infecção com poucos ou nenhum sintoma. Outro determinante
importante da gravidade da doença é a reinfecção. Pacientes de
área não-endêmica, não expostos a reinfecções, praticamente não
apresentam evolução da forma indeterminada para formas clínicas
mais graves (cardiopatia e megas), ao contrário de áreas
endêmicas, em que aproximadamente 2% dessas formas inaparentes
evoluem, por ano, para cardiopatia.


Entende-se por patogenia da doença de Cha
gas os mecanismos pelos quais o Trypanosoma
cruzi produz as lesões. De acordo com os numerosos
trabalhos publicadosn são muitos os mecanismos,
dependentes de numerosos fatores, que Interferem
direta e Indiretamente, qualitativa e
quantitativamente na determinação e evolução da
infecção pelo T. cruzL Por ex.: (1) Fatores que
dependem do parasito (polimorfismo, tropis
mo, virulência, constituição antigênica, núme
ro de T. cruzi inoculado, atenuação da virulêncla, as
chamadas cepas e raças.e (2)
Fatores inerentes ao hospedeiro (constituição
genética, sexo, idade e raça; espécie; resposta
imunológlca; Infecção; fatores nutricionais;
temperatura, etc.).






Caracterização ou classificação do parasito


São muito importantes estes estudos, pois
têm sido feitas hipóteses que as diferentes
formas anátomoclinicas da doença de Chagas
estariam relacionadas com as cepas e as sub.
populações do T. cruzi. De fato, estimativas
recentes mostram que mais de 24 mIlhões de
pessoas podem ser infectadas com o T. cruzi
e cerca de 50% desta população poderá ler
a doença com sinais e sintomas acentuados
e/ou graves, com aparecimento das formas
cardíaca e/ou digestiva (megaesôfago, mega-colo, etc.). Apesar
de tudo, a distribuição
geográfica das formas anátomo-clinlcas acima
referidas é variável e o parasito isolado nestas áreas mostra
caracteristicas biológicas
distintas.
Disciplinas : Patologia e Parasitologia .
Aluna: Maria Fernanda Pereira Macedo

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  • 1. Patogenia da Doença de Chagas TRATAMENTO ETIOLÓGICO Quase uma centena de drogas já foram testadas contra o Tripanosoma cruzi em infecções experimentais de animais de laboratório. Poucas foram testadas no homem, até o momento, e com resultados de baixa eficácia. DETERMINANTES DA DOENÇA Entre os determinantes da doença de Chagas devemos considerar a dimensão do inóculo do T. cruzi na infecção inicial e nas reinfecções, as características das cepas infectantes e a resposta imunológica do hospedeiro. O inóculo, isto é, o número de tripanosomas inoculados na infecção inicial é um fator de grande importância no desenvolvimento da doença. Em condições naturais, esse inóculo é pequeno e possivelmente explica as discretas manifestações da fase inicial da infecção com poucos ou nenhum sintoma. Outro determinante importante da gravidade da doença é a reinfecção. Pacientes de área não-endêmica, não expostos a reinfecções, praticamente não apresentam evolução da forma indeterminada para formas clínicas mais graves (cardiopatia e megas), ao contrário de áreas endêmicas, em que aproximadamente 2% dessas formas inaparentes evoluem, por ano, para cardiopatia. Entende-se por patogenia da doença de Cha gas os mecanismos pelos quais o Trypanosoma cruzi produz as lesões. De acordo com os numerosos trabalhos publicadosn são muitos os mecanismos, dependentes de numerosos fatores, que Interferem direta e Indiretamente, qualitativa e quantitativamente na determinação e evolução da infecção pelo T. cruzL Por ex.: (1) Fatores que dependem do parasito (polimorfismo, tropis mo, virulência, constituição antigênica, núme ro de T. cruzi inoculado, atenuação da virulêncla, as chamadas cepas e raças.e (2) Fatores inerentes ao hospedeiro (constituição genética, sexo, idade e raça; espécie; resposta imunológlca; Infecção; fatores nutricionais; temperatura, etc.). Caracterização ou classificação do parasito São muito importantes estes estudos, pois têm sido feitas hipóteses que as diferentes formas anátomoclinicas da doença de Chagas estariam relacionadas com as cepas e as sub. populações do T. cruzi. De fato, estimativas recentes mostram que mais de 24 mIlhões de pessoas podem ser infectadas com o T. cruzi e cerca de 50% desta população poderá ler a doença com sinais e sintomas acentuados e/ou graves, com aparecimento das formas cardíaca e/ou digestiva (megaesôfago, mega-colo, etc.). Apesar de tudo, a distribuição geográfica das formas anátomo-clinlcas acima referidas é variável e o parasito isolado nestas áreas mostra caracteristicas biológicas distintas. Disciplinas : Patologia e Parasitologia . Aluna: Maria Fernanda Pereira Macedo