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A histoplasmose é uma doença de incidência
mundial e, no Brasil, acomete todas as regiões.²
No entanto, a maioria dos estudos realizados
centra-se nos estados do Sudeste e Sul
brasileiros. Na Bahia, ouve-se falar de alguns
casos, todavia pouco se tem relatado sobre a
doença. O quadro clínico é variável, podendo ir
de casos assintomáticos (90 a 95% em
indivíduos previamente hígidos) até doença
disseminada grave (maior incidência na
primeira infância, em algumas zonas endêmicas
e em indivíduos com grave comprometimento
imunológico), dependendo do inóculo, da
virulência do microrganismo e do hospedeiro.¹
A apresentação dessa micose é bastante
inespecífica, expandindo o leque de
diagnósticos diferenciais, como criptococose,
tuberculose, pneumocistose, calazar e outros.³
Estudo observacional de corte transversal
descritivo e analítico. A amostragem se deu de
maneira não probabilística por conveniência. Os
dados foram provenientes dos prontuários dos
34 pacientes com suspeita de histoplasmose
atendidos em um hospital de referência em
Salvador, Bahia, no ano de 2014. As variáveis
categóricas foram descritas em freqüência
absoluta e porcentagem.
Descrever parâmetros e achados clínicos dos
pacientes com histoplasmose atendidos em um
Hospital de Referência em Salvador-BA.
PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM
HISTOPLASMOSE ATENDIDOS EM UM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA
Tâmara Nunes Biquiba Guarani¹; Pryscilla Alves Ferreira¹; Eduardo Vinícius Cunha Lima¹; Ana Letícia
Andrade Leal¹; Merson Silva de Almeida¹
1– Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC)
INTRODUÇÃO OBJETIVOS
MÉTODOS
Dentre os 34 pacientes com suspeita de histoplasmose, 82,3% eram do sexo masculino. A média de
idade dos pacientes acompanhados no hospital foi de 37,3 anos (± 14,026).
47%
53%
Figura 1. Diagnósticos de pacientes com
Histoplasmose. N=34
Suspeitos Confirmados
3%
32%
65%
Figura 2. Desfecho dos pacientes com
Histoplasmose. N=34
Não informado Alta Óbito
100%
85,3% 79,4%
26,5% 26,5%
2,9% 2,9% 2,9% 0%
Figura 3. Prevalência das comorbidades encontradas nos
pacientes com Histoplasmose. N=34
RESULTADOS
Mais da metade das suspeitas de histoplasmose
foram confirmadas. Além da presença de
HIV/SIDA em 100% dos casos, a histoplasmose
demonstrou ser associada a várias outras
doenças infecciosas. Seus sinais e sintomas
foram bem inespecíficos (febre, tosse, náuseas,
vômitos, dispneia e hipocromia), o que torna
grande o leque de diagnósticos diferenciais. Os
dados revelam que a morbidade da doença é
expressiva, tornando o estudo importante para
endossar os dados epidemiológicos sobre esse
agravo na Bahia e para orientar a análise
clínica e formulação de novas abordagens
diagnósticas.
Obs.: Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Hospital aprovado com o
número de parecer 921.062.
tamy_nbg@hotmail.com
88,8%
52,9%
35,3% 35,3% 35,3% 35,3% 35,3% 29,4% 29,4% 26,5% 26,5% 20,6% 17,6% 11,8%
2,9%
Figura 4. Prevalência dos sinais e sintomas apresentados por
pacientes com Histoplasmose. N=34
1 - COSTA, C. R. et al. Infecções fúngicas em pacientes hiv
positivos: revisão da literatura sobre criptococose e
histoplasmose. Rev. estudos, Goiânia, v. 41, n. 4, p. 843-854,
out./dez. 2014.
2 - FERREIRA, M. S.; BORGES, A. S. Histoplasmose. Rev. Soc.
Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 42, n. 2, p. 192-198, Apr. 2009
3 - SANTOS, J. W. A. et al. Histoplasmose pulmonar cavitária
crônica. J Bras Pneumol., v. 35, n. 11, 2009.
CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA
CONTATO

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  • 1. A histoplasmose é uma doença de incidência mundial e, no Brasil, acomete todas as regiões.² No entanto, a maioria dos estudos realizados centra-se nos estados do Sudeste e Sul brasileiros. Na Bahia, ouve-se falar de alguns casos, todavia pouco se tem relatado sobre a doença. O quadro clínico é variável, podendo ir de casos assintomáticos (90 a 95% em indivíduos previamente hígidos) até doença disseminada grave (maior incidência na primeira infância, em algumas zonas endêmicas e em indivíduos com grave comprometimento imunológico), dependendo do inóculo, da virulência do microrganismo e do hospedeiro.¹ A apresentação dessa micose é bastante inespecífica, expandindo o leque de diagnósticos diferenciais, como criptococose, tuberculose, pneumocistose, calazar e outros.³ Estudo observacional de corte transversal descritivo e analítico. A amostragem se deu de maneira não probabilística por conveniência. Os dados foram provenientes dos prontuários dos 34 pacientes com suspeita de histoplasmose atendidos em um hospital de referência em Salvador, Bahia, no ano de 2014. As variáveis categóricas foram descritas em freqüência absoluta e porcentagem. Descrever parâmetros e achados clínicos dos pacientes com histoplasmose atendidos em um Hospital de Referência em Salvador-BA. PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM HISTOPLASMOSE ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BA Tâmara Nunes Biquiba Guarani¹; Pryscilla Alves Ferreira¹; Eduardo Vinícius Cunha Lima¹; Ana Letícia Andrade Leal¹; Merson Silva de Almeida¹ 1– Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) INTRODUÇÃO OBJETIVOS MÉTODOS
  • 2. Dentre os 34 pacientes com suspeita de histoplasmose, 82,3% eram do sexo masculino. A média de idade dos pacientes acompanhados no hospital foi de 37,3 anos (± 14,026). 47% 53% Figura 1. Diagnósticos de pacientes com Histoplasmose. N=34 Suspeitos Confirmados 3% 32% 65% Figura 2. Desfecho dos pacientes com Histoplasmose. N=34 Não informado Alta Óbito 100% 85,3% 79,4% 26,5% 26,5% 2,9% 2,9% 2,9% 0% Figura 3. Prevalência das comorbidades encontradas nos pacientes com Histoplasmose. N=34 RESULTADOS
  • 3. Mais da metade das suspeitas de histoplasmose foram confirmadas. Além da presença de HIV/SIDA em 100% dos casos, a histoplasmose demonstrou ser associada a várias outras doenças infecciosas. Seus sinais e sintomas foram bem inespecíficos (febre, tosse, náuseas, vômitos, dispneia e hipocromia), o que torna grande o leque de diagnósticos diferenciais. Os dados revelam que a morbidade da doença é expressiva, tornando o estudo importante para endossar os dados epidemiológicos sobre esse agravo na Bahia e para orientar a análise clínica e formulação de novas abordagens diagnósticas. Obs.: Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital aprovado com o número de parecer 921.062. tamy_nbg@hotmail.com 88,8% 52,9% 35,3% 35,3% 35,3% 35,3% 35,3% 29,4% 29,4% 26,5% 26,5% 20,6% 17,6% 11,8% 2,9% Figura 4. Prevalência dos sinais e sintomas apresentados por pacientes com Histoplasmose. N=34 1 - COSTA, C. R. et al. Infecções fúngicas em pacientes hiv positivos: revisão da literatura sobre criptococose e histoplasmose. Rev. estudos, Goiânia, v. 41, n. 4, p. 843-854, out./dez. 2014. 2 - FERREIRA, M. S.; BORGES, A. S. Histoplasmose. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 42, n. 2, p. 192-198, Apr. 2009 3 - SANTOS, J. W. A. et al. Histoplasmose pulmonar cavitária crônica. J Bras Pneumol., v. 35, n. 11, 2009. CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA CONTATO