1) O documento critica abordagens linguísticas que veem a língua como estática, alegando que isso prejudica o ensino e o desenvolvimento da linguística.
2) Defende que a língua deve ser vista como dinâmica e energética, não apenas como um sistema de signos, e que paradigmas como o formalismo foram aplicados de forma excessiva.
3) Pede que a comunidade científica reconheça a abordagem da "Linguística Dinâmica" e conceitos como força e energia linguística.
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Manifesto de Lingüística Dinâmica
1. CARTA ABERTA À COMUNIDADE CIENTÍFICA
NACIONAL E INTERNACIONAL
MANIFESTO DE LINGUÍSTICA DINÂMICA
Prof. Dr. Antonio Torre Medina
Fórum de Linguística Dinâmica
RESUMO:
Chegou a hora de fazermos uma Carta Aberta à
Comunidade Científica Nacional e Internacional, um
Manifesto contra o abuso paradigmático do
conservadorismo, que há séculos prejudica a
formação linguística dos estudantes de Letras e a
capacitação profissional e empresarial de todas as
categorias, impedindo o normal desenvolvimento das
Especialidades Energéticas desta ciência. Estão
enganando a cultura e a civilização com sofismas e
falsos princípios científicos, com a imposição da falsa
ideia de que a língua é estática, e perpetuando o atraso
das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do
Brasil e do Terceiro Mundo. Há uma questão
paradigmática na linguística atual.
Palavras chave: Nova Filosofia da Ciência, Paradigma
Energético. A Língua é «Enérgeia», Atividade, Energia, Força,
Vitalidade e Potência.
2. 2
1º Olhada a questão científica da linguística a partir dos
fundamentos da Nova Filosofia da Ciência, aparecem evidências de que
há dois milênios e meio que os setores unívocos e dicotômicos radicais
das escolas da Corrente do «Ergon» enganam a cultura e a civilização
com sofismas, falácias, retóricas meronímicas e falsos princípios
científicos; como por exemplo, com a imposição da falsa ideia de que a
Língua é Estática.
2º. Também existem evidências de que durante o ano de 2.016
fará um século que os setores dicotômicos das escolas modernistas e
positivistas da linguística do século XX enganam a cultura e a civilização
com meias verdades, sofismas e falsos princípios científicos.
3º. Requeremos à Comunidade Científica Nacional e
Internacional a verificação da nova hipótese sobre a noção da Língua da
Linguística Dinâmica.
4º Requeremos a verificação da hipótese de que a Língua não
é estática, e de que não é somente um Sistema de Signos, pois é
também Ação e um Sistema Energético, ou seja, um sistema produtor de
Energias, Forças, Efeitos e Poder. A Língua é um Sistema de Sistemas
constituído pela união integrada de Sistemas Estáticos, Modelares,
Dinâmicos, Sígnicos, Pragmáticos, Cinéticos, Energéticos, Gerativos,
Verbais e Não-verbais, que funcionam juntos e integrados no ato de fala,
na conversação, no discurso, no texto e na obra.
4º. Proclamamos o Manifesto de Linguística Dinâmica contra as
dicotomias absolutas que impedem o normal desenvolvimento das
Especialidades Energéticas desta ciência, porque é preciso abrir as
portas dos “feudos” e construir uma “democracia” teórica e um consenso
mínimo quanto à noção de língua e ao objeto da linguística.
6º Fazemos o presente MANIFESTO de Linguística Dinâmica
contra o abuso paradigmático das escolas estáticas unívocas e
dicotômicas radicais da Corrente do «Ergon», que há mais de dois
milênios impõem à cultura e à civilização, com abuso paradigmático, a
falsa ideia de que a Língua é Estática, como se fosse um princípio
absoluto e universal da ciência. Teimam em desconsiderar as dimensões
energéticas da linguagem, omitindo e ocultando todo o trabalho de
elaboração teórica dos autores e escolas da Corrente da «Enérgeia».
Porque é preciso romper com a intransigência das escolas estáticas,
unívocas e dicotômicas radicais, que impedem o normal desenvolvimento
das Especialidades Energéticas desta ciência.
3. Por todas essas razões, declaramos e proclamamos:
I. Depois de mais de dois milênios em que os equívocos das visões
estáticas absolutas de Parmênides (s. VI-V a. C.) e Zenão de Eleia
(s. V a. C.) foram impostos no Ocidente como se fossem princípios
absolutos e universais da ciência, negando em contrapartida a
importância da pesquisa sobre os sistemas energéticas da
linguagem, chegou a hora de relativizarmos o paradigma estático
absoluto, de superarmos o abuso do paradigma estático da inércia
do conservadorismo que impõe a ideia pseudocientífica de que “a
língua é estática”.
II. Há mais de dois milênios que foi disseminada a falsa ideia de que
a terra era uma plataforma plana apoiada nos sólidos pilares de
Hércules e o universo uma abóbada celeste fixa e imutável. De
forma semelhante, aconteceu também na linguística a imposição
da falsa ideia de que a Língua é Estática. Por isso, chegou a hora
de colocarmos o Paradigma Estático no lugar que lhe corresponde,
nos campos das Especialidades Estáticas, e fazer com que os
setores das concepções estáticas deixem de impedir o normal
desenvolvimento das Especialidades Energéticas da linguística;
III. Depois de um século que os setores dicotômicos radicais do
Estruturalismo Formalista impuseram a falsa ideia de que a língua
é estática, definindo-a como “uma forma, não uma substância” ou
como um sistema de relações imateriais e valores puros, ou como
um sistema de signos, ou como um conjunto de formas, estruturas
e sistemas verbais, chegou a hora de desvendar a retórica
meronímica que representou a concepção dos setores dicotômicos
radicais daquela escola.
IV. Depois de um século em que impuseram na linguística o
paradigma formalista-puro como se fosse uma necessidade
absoluta da ciência para todas as especialidades, é hora de
superar no século XXI o abuso da extrapolação do Paradigma
Formalista, para situá-lo no lugar que lhe corresponde, nos
campos das Especialidades Formalistas;
V. Chegou a hora de mostrar equitativamente os dois lados da
questão: Que a dicotomia é um principio formal relativo dos
campos das Especialidades Dicotômicas. Porém, quando
3
4. 4
extrapolada e imposta a todas as Especialidades, como se fosse
um princípio absoluto e universal da ciência, converte-se em um
erro teórico no plano da filosofia da linguagem e da noção de
língua, porque separa radicalmente, como se fossem totalmente
contraditórios e irreconciliáveis, conjuntos de sistemas que
funcionam normalmente juntos e integrados no ato de fala, na
conversação, no discurso, no texto e na obra. Chegou a hora de
relativizar a dicotomia radical e absoluta, para situá-la no lugar que
lhe corresponde, nos campos das suas Especialidades
específicas.
VI. Depois de um século em que foi imposto o paradigma formalista-
puro como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência,
chegou a hora de superar no século XXI o abuso da extrapolação
do paradigma formalista puro para situá-lo no lugar que lhe
corresponde, no campo das Especialidades Formalistas;
VII. Depois de um século em que foi criada e imposta a retórica
meronímica do Paradigma Linear da geometria plana euclidiana
idealizada, convertida em um princípio absoluto e universal da
linguística, chegou a hora de colocar o paradigma linear no lugar
que lhe correspondente, no campo das Especialidades Lineares.
VIII. Chegou a hora de superar no século XXI o abuso paradigmático da
imposição dos paradigmas estáticos e formalistas unívocos e
dicotômicos, extrapolados como si fossem princípios absolutos e
universais da ciência. A hora de mostrar que aquelas opiniões
eram erros teóricos hoje insustentáveis nos campos da filosofia da
linguagem, da linguística fundamental e da noção de língua.
IX. Chegou a hora de assumirmos na ciência linguística a descrição
em termos de dinâmica, pela aplicação aberta e integrada dos
Paradigmas Dinâmicos e Energéticos à pesquisa sobre os
sistemas energéticos da língua e da linguagem, sem as
dissimulações ideológicas nem os hermetismos retóricos da
política linguística elitista de Maquiavel, que postula “Todo o poder
linguístico para o Príncipe; nenhum poder linguístico para o povo”.
Por isso, se ensina a língua ao povo como se fosse estática, em
função da política. Chegou a hora de superarmos a inércia do
conservadorismo para integrar o Paradigma Energético da ciência
avançada no campo linguístico, para a pesquisa, identificação e
caracterização dos sistemas linguísticos produtores de energias e
forças de ação, reação e efeitos no ato de fala, na conversação, no
discurso, no texto e na obra, e para integrar a hipótese de que a
língua é um instrumento potente de força e poder.
5. X. Também durante o século XX, as tendências dicotômicas radicais
têm levado alguns setores ao extremo de imporem no âmbito
linguístico a falácia descritiva da dicotomia absoluta e radical, para
perpetuar o imobilismo, omitindo e negando os sistemas
energéticos da língua, maculando, desqualificando e discriminando
os autores e setores que têm aplicado ao campo linguístico a
descrição em termos de dinâmica, pela introdução dos paradigmas
energéticos da ciência avançada, para a identificação e
caracterização dos sistemas energéticos da língua, hipótese
postulada por Aristóteles e a corrente da «Enérgeia» durante o
período grego clássico, reforçada no final do século XVIII pelo
trabalho de observação sistemática de numerosas línguas de
todos os continentes pelo linguista alemão William von Humboldt,
reforçando a hipótese aristotélica de que a língua é atividade,
energia, força, vitalidade e potência, trabalho que teve
continuidade pelo desenvolvimento da escola humboldtiana
durante os séculos XIX e XX. Porém, essa concepção tão
importante foi desconsiderada e negada por meio do abuso
paradigmático e do ocultismo histórico pelos setores unívocos e
dicotômicos radicais da Corrente do «Ergon».
XI. Depois de várias décadas que as tendências dicotômicas da
Pragmática reduziram a noção austiniana de FORÇA ILOCUTIVA
à categoria do Significado e à Estrutura Semântica, reduzindo-a a
uma “força mínima”, ou a uma espécie de “força misteriosa” sem
forças mentais, psíquicas, intencionais, comportamentais,
estratégicas e interativas do falante na emissão do ato
ilocucionário, e depois de que Levinson prognosticara o colapso da
Tese e da Antítese, percebendo o colapso da tendência dicotômica
da pragmática, chegou a hora de integrarmos na pesquisa
linguística o Paradigma Energético da Corrente da «Enérgeia»,
que define a língua como atividade, energia, força, vitalidade e
potência: É hora de fazer com que o Paradigma Energético seja
reconhecido e integrado no campo linguístico, como um paradigma
fundamental da ciência, tão importante e relevante nos campos
das suas Especialidades quanto o paradigma estático, o sígnico, o
formalista e o pragmático nos seus próprios campos.
XII. Chegou a hora de introduzir no plano mais alto da terminologia
linguística as noções aristotélicas e humboldtianas de energia,
força e potência, porque a língua não é somente um Sistema de
Signos para expressar sentidos, significados e significações, e
realizar a comunicação; pois os dados da pesquisa conforme os
5
6. 6
fundamentos da Nova Filosofia da Ciência mostram evidências de
que a Língua é também um sistema produtor de energias e forças
de ação, reação e efeitos, um sistema energético, um instrumento
poderoso de energização das mentes, das psiques, das
consciências, dos comportamentos e das ações, um sistema de
força e poder. Porém continuam preparando os estudantes de
Letras para ensinarem a Língua como se fosse estática, gerando
um prejuízo considerável na capacitação profissional e empresarial
de todas as categorias.
XIII. Conforme os dados empíricos, analíticos e epistemológicos da
pesquisa, é preciso incluir a categoria de FORÇA, junto com a
categoria do SIGNIFICADO, no plano mais alto da terminologia
linguística fundamental, considerando que é uma categoria
formalmente independente do SIGNIFICADO, localizada no seio
do conjunto das CIÊNCIAS OU ESPECIALIDADES
ENERGÉTICAS (formalmente independentes e distintas das
especialidades da SEMIOLOGIA).
XIV. Os dados empíricos, analíticos e epistemológicos atualmente
disponíveis, levam-nos a conclusão de que é preciso repensar a
concepção fundamental das teorias linguísticas, pois a noção de
FORÇA é na língua tão importante quanto a de SIGNIFICADO, e
nalguns aspectos ou pontos de vista mais importante.
XV. Os distintos setores da Pragmática precisam tomar consciência de
que essa ideia já está clara e explícita nas obras de Aristóteles e
na obra “Palavras e ações: Como fazer coisas com palavras” de
John Austin;
XVI. A FORÇA linguística não é da natureza do SIGNO, do
SIGNIFICADO, do SENTIDO ou da SIGNIFICAÇÃO; não é da
natureza da SEMIOLOGIA, e sim dos SISTEMAS ENERGÉTICOS.
XVII. É hora de superarmos no século XXI o abuso dos paradigmas
estáticos e formalistas dicotômicos, extrapolados e impostos como
si fossem princípios absolutos e universais da ciência. É a hora de
mostrar as evidências de que as visões linguísticas absolutas e
radicais eram erros teóricos fundamentados numa lógica formal
deturpada, hoje insustentável nos campos da filosofia da
linguagem e da noção de língua. Pois, como observa Backtin
podem ser qualificados como “O próton Pseudos da Primeira
Mentira do Objetivismo Abstrato”;
7. XVIII. Chegou a hora de substituir todas as noções de língua unívocas,
estáticas e dicotômicas da tradição e do século XX, por uma nova
noção dinâmica, integrativa e multidimensional nos campos da
filosofia da linguagem e da Linguística Fundamental;
XIX. As ESPECIALIDADES ENERGÉTICAS da linguística
distinguem-se das ESPECIALIDADES PRAGMÁTICAS, porque as
Pragmáticas tratam dos sistemas da ação, preferencialmente nos
campos da linguagem do cotidiano, enquanto que as
ESPECIAQLIDADES ENERGÉTICAS tratam dos sistemas
linguísticos produtores de energias e forças de ação, reação e
efeitos, bem como dos sistemas de energização mental, psíquica,
comportamental, interativa, social e política da língua em uso,
amplamente utilizados por algumas figuras e líderes ao longo da
histórica dos povos, como, por exemplo, por Hitler, Napoleão,
Lênin, Mão, Jesus de Nazaré, Maomé, etc. Não acreditamos que
os pragmáticos dicotômicos tenham condições de negar os
sistemas energéticos da língua pela simples razão de que os seus
paradigmas dicotômicos sejam incapazes de percebê-los,
identificá-los e caracterizá-los.
XX. Defendemos que as teorias linguísticas herdadas da tradição
e do século XX, precisam ser revistas desde os seus fundamentos
teóricos, científicos e filosóficos primeiros.
Por várias razões, parece-nos que existe uma razão de ser
para declarar o presente MANIFESTO nos inícios do século XXI, contra
as posições radicais absolutas assumidas por determinados setores,
contra o abuso da radicalização extrapolada dos enfoques estáticos,
unívocos, dicotômicos, unilaterais e reducionistas, porque é preciso
tomar consciência do equívoco científico historicamente perpetuado pela
dependência da ciência da língua em relação à política linguística elitista
de Maquiavel, assumindo pseudoprincípios como se fossem princípios
absolutos e universais da ciência.
A Linguística Dinâmica é a parte da linguística que assume
a tarefa de investigar, identificar e caracterizar os sistemas energéticos
da língua, estimulando o desenvolvimento das habilidades e forças
linguísticas da cidadania e da produtividade profissional e empresarial.
7