O documento discute como decretos presidenciais recentes incentivaram investimentos em inovação na indústria automotiva brasileira, reduzindo impostos caso empresas invistam em pesquisa e desenvolvimento. Isso beneficiará fornecedores e pode levar a novos carros híbridos, motores a diesel mais limpos e células de combustível. Empresas que desejam entrar nesse setor devem avaliar sua capacidade de engenharia e integração com fornecedores.
1. Automotivos voltam a investir em inovação.
Logike Associados S/C Decreto Presidencial recente, e
anterior ao ‘Inova-Auto’, não
apenas já havia alterado a tabela de
incidência do IPI na indústria
automotiva, mas, e principalmente,
contribuiu para uma nova
oportunidade para inovação no
setor. Isto porque as montadoras
nacionais poderão usufruir ainda até
dezembro de 2012, de redução de
alíquotas do IPI conforme o
Decreto 7567/11, desde que
atendam, entre outros requisitos, a
“realização de investimentos em
atividades de inovação, de
pesquisa e de desenvolvimento
tecnológico de produto no País,
correspondentes a pelo menos
meio por cento da receita bruta
total de venda de bens e serviços,
excluídos os impostos e
contribuições incidentes sobre a
venda”.
Estas medidas de incentivo irão
favorecer fortemente a cadeia
produtiva, incluindo os
fornecedores que atuam nas
atividades de fabricação de
motores, montagem de chassis e de
carrocerias, montagem de sistemas
de direção, de suspensão, elétrico e
de freio, de eixos, de motor, de
caixa de câmbio e de transmissão e
fabricação de transmissões, entre
outros.
Apesar de bem-vindo, o incentivo
apenas reforça o fato de que o setor
já está respondendo às pressões
naturais do mercado. Significa dizer
também que as condicionantes hoje
ultrapassam os limites tributários.
E quem já começou a inovar não
consegue mais parar, uma vez que
assumiu uma séria
responsabilidade: a de dar
andamento no desenvolvimento dos
projetos apontados pelos estudos de
tendências inovadoras. Entre elas
estão:
Carros híbridos e todo o
processo que o acompanha
como a frenagem
regenerativa e a
transformação de uma parte
da energia cinética em
energia para o carregamento
de baterias híbridas atuando
em conjunto com o motor
elétrico.
Novos propulsores a diesel
atendendo às metas de
redução da taxa de emissão
de CO2. Novas descobertas
na área do bioetanol com
alto teor de oxigênio
possibilitando uma
combustão mais limpa e o
melhor desempenho dos
motores.
Células de combustível de
membrana polimérica,
atuando com densidade de
alta potência e uma baixa
temperatura operacional
(entre 60 e 80 graus Celsius)
economizando no tempo
para que célula de
combustível comece a
aquecer e gerar eletricidade;