Seremos agraciados com mais um estudo sobre a pessoa do Espirito Santo, veremos sua importância, sua forma de trabalho, como Ele age em nosso meio e principalmente a sua existência entre a Trindade, que é um fato muito importante para explanação em nossa sala de aula.
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Lição 05 - A identidade do espirito santo
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5. INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas revelam a identidade do
Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua
personalidade, sua consubstancialidade com o Pai
e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas
obras no contexto histórico-salvífico. Todos esses
dados da revelação só foram definidos depois do
Concílio de Niceia. A formulação da doutrina
pneumatológica aconteceu tardiamente na história
da Igreja, na segunda metade do século IV. A
presente lição pretende explicar e mostrar como
tudo isso aconteceu a partir da Bíblia.
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7. I - O ESPÍRITO SANTO
1. A revelação divina.
A Bíblia mostra que a revelação divina foi
progressiva, como disse um dos pais da Igreja no
século IV: "O Antigo Testamento manifestou
claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo
manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a
divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita
entre nós e se dá mais claramente a conhecer"
(Gregório de Nazianzo). O Senhor Jesus revelou o
Pai (Jo 1.18), e o Espírito Santo é quem revela o
Filho (Jo 16.14; 1 Co 12.3).
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9. 2. O esquecimento.
Há abundância de detalhes na Bíblia sobre a identidade
do Espírito Santo no que diz respeito à sua
personalidade e divindade, bem como ao seu
relacionamento com o Pai e o Filho. Ele aparece,
literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na
criação (Gn 1.2), até o Apocalipse (22.17). Mas esses
dados da revelação precisavam ser definidos, daí a
necessidade de formulações teológicas exigidas pela
nova realidade cultural em que a Igreja vivia e pelas
demais civilizações em que o evangelho havia
penetrado. Essa difícil tarefa levou séculos para ser
concluída, e as várias tentativas resultaram também em
heresias.
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11. 3. O Espírito Santo e os primeiros cristãos.
À luz do Novo Testamento e comparando com a
literatura patrística dos séculos II e III, fica claro
que os cristãos da Era Apostólica conheciam mais
sobre a identidade do Espírito Santo do que os pais
da Igreja do referido período. A verdadeira
identidade do Espírito Santo, com base bíblica, só
aconteceu a partir de Atanásio e dos três grandes
capadócios. Antes disso, a conceituação sobre o
Espírito Santo era quase sempre inadequada.
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14. II - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA
1. A divindade declarada.
O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas:
"Ora, o SENHOR é o Espírito" (2 Co 3.17; ARA). Os nomes
"Deus" e "Espírito Santo" aparecem alternadamente na Bíblia:
"Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao
Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] Não
mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3,4b). Deus e o Espírito
Santo aqui são uma mesma divindade. O apóstolo Paulo
também emprega esse tipo de linguagem: "Não sabeis vós que
sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?"
(1 Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: "O Espírito do
SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca.
Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou" (2 Sm
23.2,3). É nessa linguagem que a Bíblia diz que o Espírito Santo
é Deus.
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16. 2. A divindade revelada.
O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho
revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles.
Isso está claro nas construções tripartidas do Novo
Testamento (Mt 28.19, 1 Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; 1 Pe
1.2). Em relação ao Pai, o Espírito penetra todas as coisas, até
mesmo as profundezas de Deus (1 Co 2.10,11); é igualmente
chamado de "Espírito de Deus" (Gn 1.2) e de "o Espírito que
provém de Deus" (1 Co 2.12). Concernente ao Filho, Ele é
chamado por Jesus de "outro Consolador" (Jo 14.16). O
termo grego para "Consolador" aqui é parácleto, que
significa "ajudador, advogado" e é aplicado ao Senhor Jesus
como Advogado (1 Jo 2.1). Ele é chamado de "Espírito de
Jesus" (At 16.7), "Espírito de Cristo" (Rm 8.9) e ainda
"Espírito de seu Filho" (Gl 4.6).
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18. 3. Obras divinas.
A divindade do Espírito Santo é vista não apenas na declaração
direta das Escrituras, nem somente pelo relacionamento dEle
com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O Espírito
Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13;
33.4; Sl 104.30). Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o
ressuscitou dentre os mortos (1 Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis
(Rm 8.11). Ele é o Senhor da Igreja (At 20.28); autor do novo
nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o pecador
(Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1 Co 12.7-11). Assim, o
Credo Niceno-Constantinopolitano declara: "E no Espírito
Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho,
o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado,
o que falou por meio dos profetas". A confirmação bíblica
dessa verdade é abundante (2 Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp
3.3; 2 Pe 1.21).
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21. III - OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE
1. Alguns atributos incomunicáveis.
A divindade do Espírito Santo é revelada também nos
seus atributos divinos. Aqui apresentamos apenas
alguns, devido à exiguidade do espaço. O Espírito é
onipotente (Rm 15.19) e a fonte de poder e milagres
(Mt 12.28; At 2.4; 1 Co 12.9-11). Ele é onipresente,
está em toda parte do Universo (Sl 139.7-10); e é
onisciente, pois conhece todas as coisas, desde as
profundezas de Deus (1 Co 2.10,11), passando pelo
coração humano (Ez 11.5), até alcançar as coisas
futuras (Lc 2.26; Jo 16.13; 1 Tm 4.1). Assim a Bíblia
ensina que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14).
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23. 2. Alguns atributos comunicáveis.
A santidade de Deus é o atributo mais solenizado nas
Escrituras (Is 6.3; Ap 15.4). O termo "santo" é
aplicado ao Espírito como consequência direta de
sua natureza e não como resultado de uma fonte
externa. Ele é santo em si mesmo; assim, não precisa
ser santificado, pois é Ele quem santifica (Rm 15.16;
1 Co 6.11). A bondade é outro atributo divino, por
isso, Jesus disse: "Ninguém há bom senão um, que é
Deus" (Mc 10.18 e passagens paralelas de Mt 19.17;
Lc 18.19); no entanto, a Bíblia ensina que o Espírito
Santo é bom (Ne 9.20; Sl 143.10). O Espírito é a
verdade (1 Jo 5.6) e sábio (Is 11.2).
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25. 3. O Espírito Santo e a Trindade.
O Espírito Santo iguala-se ao Pai e ao Filho, tendo também um
nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus discípulos
batizassem "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo"
(Mt 28.19). Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa
fé, pois em seu nome somos batizados, indicando
reconhecimento igual ao do Pai e do Filho. A expressão
"comunhão com o Espírito Santo" (2 Co 13.13) mostra que Ele
é não apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa
oração e adoração. Há uma absoluta igualdade dentro da
Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à outra,
como se houvesse uma hierarquia na substância divina.
Existe, sim, uma distinção de serviço, e o Espírito Santo
representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na
terra (Jo 16.13,14).
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28. IV - PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1. As faculdades da personalidade.
A personalidade do Espírito Santo está presente em
toda a Bíblia de maneira abundante e
inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o
princípio. Há nEle elementos constitutivos da
personalidade, tais como intelecto, pois Ele
penetra todas as coisas (1 Co 2.10,11) e inteligência
(Rm 8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm
15.30; Ef 4.30) e também possui vontade (At 16.7;
1 Co 12.11). As três faculdades intelecto, emoção e
vontade caracterizam a personalidade.
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30. 2. Reações do Espírito Santo.
Outra prova da personalidade do Espírito Santo é
que Ele reage a certos atos praticados pelo ser
humano. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At
10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At
5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram
ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos
recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef
4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito
Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em
nome do Espírito Santo (Mt 28.19).
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33. CONCLUSÃO
A frase que se refere ao Espírito Santo como
"terceira Pessoa da Trindade" se deve ao fato de
seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na
fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia
intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito
Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas
distintas.
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Notas do Editor
Seremos agraciados com mais um estudo sobre a pessoa do Espirito Santo, veremos sua importância, sua forma de trabalho, como Ele age em nosso meio e principalmente a sua existência entre a Trindade, que é um fato muito importante para explanação em nossa sala de aula. Vamos estudar nessa lição o que é pneumatologia e o que é tratado de Niceia e sua importância para toda a igreja da atualidade.
Ao estudarmos o AT veremos a revelação de Adonai ao seu povo e obscuramente Yeshua seu filho, já no NT fica evidente a revelação de Yeshua o Messias e também entre em evidência o consolador que viria após a sua ascensão do filho de Deus, isso significa que Ruach HaKodesh esteve e está entre todos os que entendem o sacrifício do calvário elaborado por Jesus Cristo e que Deus formou o mundo através de sua palavra.
O que é deidade: Conjunto de forças ou intenções que materializam a divindade, logo veremos que o Espirito santo é divindade entre o povo, precisamos entender que seu agir no AT não foi tão evidente como no NT, mas o que precisamos levar em conta é que sua presença sempre esteve ligada a Adonai em todo tempo, existem algumas passagens que comprovam sua presença como (Gn. 1.2) (Jó 26.13) (Nm. 11.17), todos estes vs. Nos mostram a atuação do Espirito Santo e o que comprava toda esse tese é o fato de Ele mesmo inspirar todos os autores a escrever a própria Torá.
A manifestação do Espirito Santo estava evidente entre todos no AT, mas só entra em total evidência com Atanásio de Alexandria dito o Grande ou o Confessor, chamado também de o Apostólico na Igreja Ortodoxa Copta, foi o vigésimo arcebispo de Alexandria (como Atanásio I de Alexandria). Seu episcopado durou 45 anos (c. 8 de junho de 296 – 2 de maio de 373), dos quais dezessete ele passou exilado, em cinco ocasiões diferentes e por ordem de quatro diferentes imperadores romanos. Atanásio foi um importante teólogo cristão, um dos "padres da Igreja", o principal defensor do trinitarismo contra o arianismo e um grande líder da comunidade de Alexandria no século IV. O conflito contra Ário e seus seguidores, apoiados muitas vezes pela corte em Roma, moldou a carreira de Atanásio. Em 325, com 27 anos, começou a luta contra os arianos como assistente de seu arcebispo Alexandre, no Concílio de Niceia, convocado pelo imperador Constantino I entre maio e agosto de 325 para tratar da tese ariana de que o Filho de Deus, Jesus de Nazaré, e Deus Pai seriam de substâncias (ousia) diferentes. Três anos depois de Niceia, Atanásio sucedeu ao seu mentor como arcebispo.
(2 Sm. 23. 2,3) Nos mostrará que o Espirito Santo e Deus são a mesma divindade, ou seja, consubstancialidade, assim como afirma Lucas em (At. 5. 3,4), logo temos base tanto no NT como no AT para afirmamos que o Espirito Santo é Deus.
Somente alguém envolvido de tamanho poder poderia executar uma obra tão difícil como a de penetrar nas profundezas de Deus, (1 Co 2.10,11), em (João 14.18, 19) nos mostra o cuidado paternal de Jesus pelos seus, aqueles a quem Ele amou (João 14.3); ela também afirmou a presença de Jesus com os discípulos através do Espírito da verdade, porque Ele disse: “Voltarei para vós”. Após a ressurreição, o Senhor Jesus apareceu aos discípulos em seu corpo glorioso da ressurreição, e lhes falou antes de voltar ao Pai (João 20.21.22). Naquele momento, Ele soprou o Espírito Santo sobre os seus discípulos. Isto assegurou aos discípulos que o Senhor viria a eles quando o Espírito lhes fosse dado.
São tantas as obras do Espirito Santo na Bíblia que podemos e devemos vê-lo como o nosso ajudador, nosso conselheiro, amigo é quem distribui os dons entre a igreja, criador de todas as coisas assim como Adonai e Yeshua, Ele gerou o verbo encarnado, o ressuscitou dentre os mortos nos mostrando o quanto Ele é poderoso nos livrando através da sua lei do pecado da morte, por isso Ele é digno de honras e glórias. (Rm. 8. 1,2).
O Espirito Santo por ser parte da trindade tem os mesmos atributos, como onisciência, onipresença, onipotência, nos mostrando que assim como Yeshua tinha os atributos do Pai e não os utilizou, Ele também os tem e demonstra em todo tempo o maior de todos assim como o Mestre, o autocontrole, mesmo sendo Deus não exerce sua soberania sobre o homem, o deixando decidir ou não aceita-lo.
A santidade é a demonstração direta da natureza de Adonai, assim Jesus a buscou quando estava em um corpo humano e a teve em todo tempo, assim como o Espirito Santo a tem pois Ele é quem santifica, destaca-se também a bondade, sabedoria e a verdade que são atributos de quem permanece em Deus. (Is. 11.2) (Lc. 18.19).
É necessário definirmos o que é Pericorese. A palavra grega se compõe de três radicais: “Peri” quer dizer “ao redor”, como periferia ou perímetro. A palavra: “chorea” de onde provém o meio de Pericorese, significa “dança ou estar de frente” como o coro de cantores que fica de frente para a plateia. E, finalmente, a última parte: “esis”; significa “decorrência”. Algo que jorra de uma fonte. Os cristãos do Oriente, eles tem uma figura interessante, pois eles chamam a comunhão da santíssima Trindade e da humanidade, eles comparam como uma dança. Uma dança de crianças, como uma brincadeira de roda. E eles dizem que a Trindade baila, dança por todo o Universo e por toda a eternidade. Também dizem que a Trindade abre espaço para participarmos dessa dança. A igreja como uma virgem pura é convidada a participar dessa dança. Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza. (Jeremias 31.13). No caso dos discípulos, o Espírito Santo guiou o registro do Novo Testamento de uma forma incomparável, lembrando-os de todas as coisas. Este processo ainda está em pleno vigor em nossos dias. Nós também temos este precioso Espírito, que nos lembra de todas as coisas. Os discípulos primeiro ouviram Jesus falar; nós descobrimos as palavras de Jesus nas Escrituras. Ler, estudar, memorizar, meditar, e obedecer são ações que implantam as palavras de Cristo firmemente dentro de nós, e o Espírito Santo faz com que nos lembremos de sua aplicação à medida que nos movemos pela vida.
A pergunta a ser feita nesse tópico é a seguinte, o que é personalidade? É o conjunto de qualidades que define a individualidade de uma pessoa moral, o Espirito Santo é uma pessoa pois Ele tem intelecto, emoção e vontade o que caracteriza personalidade, logo deve ser tratado como tratamos a quem amamos e queremos bem em todo tempo.
As reações do Espirito Santo nos mostra a sua personalidade, seu envolvimento em nosso meio, note que Pedro o obedece como relata (Atos 10.19,21) enquanto Ananias mente e tem um fim trágico, (At 7.51) e Paulo nos ensina em (Ef. 4.30) a não entristece-lo pois Ele é o selo que nos garante a vitória para o dia da redenção, isso quer nos lembrar que não devemos trata-lo mau pois Ele nos levará a salvação.