Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
Disciplina: Juventude e Relações Raciais
Fernanda Vasconcelos Dias
Pedagoga, Mestre em Educação pela FaE/UFMG
Programa Observatório da Juventude da UFMG
23.08.2013
Tese o discurso e a prática pedagógica do professor alfabetizadorDayse Alves
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o discurso e a prática pedagógica de duas professoras alfabetizadoras em aulas de leitura. A dissertação analisa o que as professoras dizem sobre a leitura e o que colocam em prática, os recursos utilizados, e os métodos de leitura adotados. A pesquisa baseou-se em entrevistas com as professoras e gravação de aulas para análise da prática pedagógica.
Este documento descreve o memorial de Luis Antonio Bittar Venturi para o concurso de Professor Titular no Departamento de Geografia da USP. O memorial resume sua formação acadêmica em Geografia na PUC-SP e USP, sua atuação como docente e pesquisador, publicações, atividades de gestão e extensão universitária.
A publicidade segundo Sherazade: um estudo sobre o uso de narrativas na publi...Luiz Otavio Medeiros
Este documento apresenta um estudo sobre o uso de narrativas na publicidade impressa brasileira realizado por Luiz Otavio de Sousa Medeiros para obtenção de bacharelado em Comunicação Social. O estudo é dividido em três partes: 1) Análise do discurso retórico publicitário e decomposição da narrativa publicitária; 2) Histórico do uso de narrativas na publicidade brasileira desde seu início até os dias atuais; 3) Conclusão de que as narrativas são amplamente utilizadas na publicidade brasile
Este memorial acadêmico descreve a vida e formação do mestrando Hugo Fernandes Lemos, incluindo sua educação inicial, vida pessoal e profissional, e estudos acadêmicos.
O documento discute a implementação de uma educação para as relações étnico-raciais na Educação Infantil. A autora descreve suas experiências de enfrentar o preconceito por ter descoberto ter ancestralidade negra e como isso a motivou a valorizar a cultura e história afro-brasileira. Ela também analisa a discriminação sofrida pelas funcionárias negras na escola e propõe atividades pedagógicas que promovam o respeito à diversidade e a herança africana entre as crianças.
Este resumo apresenta um estudo sobre a juventude e participação estudantil na Universidade de Brasília (UnB). Aborda conceitos de juventude e movimentos estudantis no Brasil, o ensino superior no país, e a história da criação da UnB no contexto da nova capital Brasília. O trabalho envolveu questionários e entrevistas com estudantes da UnB, apontando que cada geração apresenta suas próprias formas de participação de acordo com o contexto histórico.
Apresentação trabalho de conclusão de curso - fernanda vasconcelos dias 2008Fernanda Vasconcelos Dias
Este trabalho analisa as relações entre jovens e escola, focando nas relações sociais no cotidiano escolar e nos significados atribuídos à indisciplina pelos estudantes. A pesquisa observou uma turma de ensino médio em Vespasiano-MG, entrevistando seis alunos. Os resultados indicam que os alunos compreendem que os níveis de indisciplina variam de acordo com a aula e o professor.
Este documento fornece informações sobre um projeto realizado na Escola Municipal Gov. Pedro Ivo Campos sobre convivência com a diversidade. O projeto teve como objetivo estimular reflexões e debates entre alunos sobre formas de intolerância e preconceito no dia a dia da escola. Alunos produziram textos imaginando como se sentiriam se fossem vítimas de deboche na escola e como lidariam com a situação.
Tese o discurso e a prática pedagógica do professor alfabetizadorDayse Alves
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Apresentação trabalho de conclusão de curso - fernanda vasconcelos dias 2008Fernanda Vasconcelos Dias
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1) Uma aluna branca queria ter o cabelo trançado como uma colega negra para ampliar os padrões de beleza. 2) O documento discute como o racismo afeta a educação de crianças negras e como professores podem combater preconceitos raciais na sala de aula. 3) Uma lei determina que a história e cultura africanas e afro-brasileiras sejam ensinadas em escolas para promover a igualdade racial.
Dissertação - crítica a partir de vestido de noiva.pdfcarlosaldo2
Este documento é uma dissertação de mestrado apresentada por Aline Andrade Pereira à Universidade Federal Fluminense em 2004 sobre a crítica teatral moderna e sua legitimação através da peça Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues. A dissertação investiga como a crítica teatral construiu a memória do teatro brasileiro moderno e de si própria através de suas análises da peça.
Dissertação - crítica a partir de vestido de noiva.pdfcarlosaldo2
Este documento é uma dissertação de mestrado apresentada por Aline Andrade Pereira à Universidade Federal Fluminense em 2004 sobre a crítica teatral moderna e sua legitimação através da peça Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues. A dissertação investiga como a crítica teatral construiu a memória do teatro brasileiro moderno e de si própria através de suas análises da peça.
O documentário retrata a situação do ensino médio em quatro escolas brasileiras de regiões e classes sociais diferentes. Mostra alunos desmotivados, escolas em péssimas condições e professores sobrecarregados. Apesar de alguns poucos exemplos positivos, deixa claro que o ensino médio brasileiro atualmente não prepara adequadamente os jovens para o futuro.
O documento descreve um projeto desenvolvido no CMEI Elza Damasceno da Silva que teve como objetivo promover atividades que valorizassem a identidade e a diversidade cultural das crianças por meio da literatura infantil. O projeto utilizou o livro "Menina Bonita do Laço de Fita" em aulas com sugestões de atividades que abordaram temas como racismo, preconceito e autoestima.
Esta aula ensina sobre respeito às diferenças e incentiva a criatividade. As crianças irão ouvir a história "Menina Bonita do Laço de Fita" e discutir sobre beleza e como todos são únicos. Eles também irão explorar semelhanças e diferenças entre suas famílias e entre pessoas de diferentes regiões do mundo.
Este artigo tem como objetivo discutir acerca da necessidade de compreendermos a importância
da escola no desenvolvimento psicológico dos alunos, tomando como referência os pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural, que se fundamenta no marxismo.
Este documento discute a importância da escola no desenvolvimento psicológico dos alunos a partir da perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky. A história de Vitor e Daniele, alunos que não conseguiam aprender na escola, ilustra como a escola não está cumprindo seu papel de ensinar. O autor argumenta que o fracasso escolar não é culpa do aluno ou professor, mas decorre de condições sociohistóricas, e defende que todos os alunos devem ter acesso ao conhecimento
Discurso de formatura, curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina, formandos 2012.2. Colação de grau em 05 de abril de 2013. Oradores: João Paulo Tomas e Juliana Gulka.
O documento resume uma entrevista com Brenda, uma jovem de Mogi das Cruzes que está desenvolvendo um projeto chamado "Sem Dúvidas" para mapear as perspectivas de jovens sobre temas como cultura, sociedade e política. Brenda sempre gostou de escrever e ler, apesar de ter uma visão crítica da estrutura da escola. Seu projeto busca entender como outros jovens enxergam o presente e o futuro, combatendo estigmas sobre a nova geração.
This thesis analyzes the life experiences of poor youths in Jardim Catarina, a neighborhood in Rio de Janeiro. It discusses how youth build their identities amid difficulties in school, work, housing and the city. The neighborhood is presented as still providing a sense of belonging for many, though their lives also extend beyond its borders.
Este documento apresenta uma proposta didática para trabalhar o livro "Bisa Bia, Bisa Bel" de Ana Maria Machado com estudantes do 9o ano do ensino fundamental. A proposta é dividida em 10 momentos ao longo de 4 semanas e inclui atividades como contato com a obra, leitura em duplas, produção de árvore genealógica e releitura criativa de fotos antigas. O objetivo é refletir sobre relações de gênero e poder na vida familiar e social.
Discriminação uma face da violência nas escolas linha direta junho 2009 (1)bbetocosta77
1) O documento discute os resultados de uma pesquisa sobre violência e discriminação em escolas públicas do Distrito Federal, Brasil.
2) A pesquisa encontrou altos níveis de discriminação, especialmente homofobia e racismo, relatados por alunos e professores.
3) A discriminação pode ter impactos negativos no desenvolvimento dos estudantes e no clima escolar.
O documento apresenta um resumo de 6 acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia sobre situações de diversidade e direitos humanos vividas em escolas durante estágios. Os acadêmicos relataram casos de discriminação racial, homofobia e deficiência onde educadores promoveram a conscientização sobre respeito às diferenças.
Direitos humanos e pluralidade culturalElaine Krauze
1) O documento discute a importância de se respeitar a diversidade cultural e os direitos humanos, especialmente no ambiente escolar.
2) A escola deve reconhecer e valorizar as diferentes culturas, combatendo o preconceito e a discriminação.
3) É papel dos professores ensinar o respeito às diferenças e promover a igualdade de direitos para todos os alunos.
AGORA ESTAMOS AQUI - Um olhar sobre as cotas raciais da UFFElenaWesley1
Livro ensaio produzido por Elena Wesley como trabalho de conclusão de curso no bacharel em Comunicação Social - Jornalismo, sob orientação da Professora Doutora Denise Tavares.
Relações de gênero e história das mulheres naNatália Barros
Este documento discute experiências de inserção da História das Mulheres e da Abordagem de Gênero na educação básica no Colégio de Aplicação da UFPE em 2007. Duas experiências são detalhadas: 1) Um questionário aplicado no Dia Internacional da Mulher revelou percepções negativas sobre a representação feminina na mídia e na história. 2) A disciplina "História das Mulheres no Brasil" foi proposta como parte do currículo para discutir estas questões. O documento defende a educação como espaço para transformar rel
O documento discute o desempenho superior das crianças asiáticas no Brasil devido ao maior tempo dedicado aos estudos, comparando-o com as crianças brasileiras. Aponta também que as escolas públicas brasileiras enfrentam desafios como superlotação e falta de respeito dos alunos, enquanto culpa indevidamente os professores pelos problemas educacionais.
Este documento analisa a obra "Menina bonita do laço de fita" de Ana Maria Machado. A história fala de uma menina negra bonita que admiração de seu vizinho, um coelho branco, que tenta em vão ficar com a cor de pele da menina. O documento discute como a obra aborda questões como aceitação, beleza e identidade racial em crianças. Ele também fornece detalhes sobre a autora e o processo criativo por trás da história.
O documento apresenta uma programação para uma oficina de formação de professores sobre educação antirracista e anti-misógina. A programação inclui dinâmicas, estudos dirigidos sobre os temas, discussões em grupo e apresentações. O objetivo é capacitar os professores para promoverem uma educação que combata o racismo e o sexismo.
Mini-Research on Single Methodology & Study: The Case Study
Course: Research Methods V: Qualitative Inquiry in Educational Leadership and Policy Studies - Fall 2016
Professor: Dr. Kate Way
Students: Fernanda V. Dias & Zeniah A. Sinclair
Date: 09/27/2016
Mini-research: Pierre BOURDIEU’S THEORIES in relation to organizational behav...Fernanda Vasconcelos Dias
This document provides an overview of Pierre Bourdieu's life and theoretical influences as well as key concepts from his work. It discusses Bourdieu's background and influences, including philosophers like Bachelard and Merleau-Ponty. It also outlines Bourdieu's key concepts of habitus, capital, field, and doxa which aim to overcome the opposition between objectivism and subjectivism. Habitus refers to durable mental structures shaped by social conditions. Capital and field relate to one's social position and the arenas of social struggle. Together, these concepts provide a framework for understanding social practice and reproduction or transformation of structures.
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Este documento apresenta uma dissertação de mestrado que investiga as relações raciais entre estudantes negros e brancos de uma escola pública de ensino médio. O objetivo é compreender como esses jovens significam e experienciam as relações raciais na sala de aula. A pesquisa utilizou questionários, grupos de discussão e entrevistas com os estudantes para analisar como eles se autodeclaram racialmente e percebem as questões raciais. Os resultados mostraram que a raça é significativa na dinâmica das interações sociais dos jovens
Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Educação
Disciplina – Sociologia e História da Educação: a teorização de Norbert Elias
Professora – Cynthia Greive Veiga
Grupo – Álida, Ana Beatriz, Andréia Zica, Eliane, Fernanda, Helen, Liliana, Maria , Zenaide, Neilton, Solange, Stefânia
Setembro de 2009
Seminário sobre a obra “Os Estabelecidos e os Outsiders”
Referência da obra: ELIAS, Norbert & SCOTSON, John L. 2000. Os Estabelecidos e os Outsiders: Sociologia das Relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Tradução, Vera Ribeiro; Tradução do posfácio à edição alemã, Pedro Süssekind; apresentação e revisão técnica, Federico Neiburg - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000, 224 p.
O documento discute conceitos de juventude e adolescência, abordando-os sob perspectivas sociológicas e psicológicas. Também reflete sobre as características e estereótipos associados aos jovens hoje em dia, e sobre os desafios de se pensar a relação entre jovens e escola, reconhecendo os sujeitos na sua multiplicidade de experiências.
Este documento discute as relações étnico-raciais entre os jovens no Brasil. Apresenta dados sobre a desigualdade educacional enfrentada pelos jovens negros e destaca desafios como o racismo sutil e estereótipos negativos sobre negros. Defende uma abordagem das juventudes que valorize a dimensão étnico-racial e a desconstrução de equívocos sobre raça no país.
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
Lacunas e possibilidades na articulação entre juventudes e relações raciais no campo de estudo e de pesquisa
1. Lacunas e possibilidades na articulação entre
juventudes e relações raciais no campo de
estudo e de pesquisa
Fernanda Vasconcelos Dias
Pedagoga, Mestre em Educação pela
FaE/UFMG
Programa Observatório da Juventude da
UFMG
23.08.2013
Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais
Disciplina: Juventude e Relações Raciais
2. Para iniciar a discussão…
• Observatório da Juventude
• Parceria ObservAções e experiências na
militância estudantil;
• Pesquisa de Mestrado: “Sem querer você
mostra o seu preconceito!”: um estudo
sobre as relações raciais entre jovens estudantes
de uma escola de Ensino Médio.
3. A dissertação
• Objetivo Geral:
Compreender como se estabelecem as relações
raciais entre jovens negros (pardos e pretos) e
brancos estudantes de uma escola pública de
Ensino Médio, verificando como estes jovens
significam estas relações no interior da sala de
aula e elaboram suas concepções a respeito da
questão racial.
4. Sujeitos e contexto de pesquisa
• Escola Abdias Nascimento, bairro Cachoeirinha, BH/MG
• 1 sala de aula de 3º ano do Ensino Médio (Turma 3B)
• Faixa etária entre 15 e 20 anos
• Autodeclaração racial (conforme categorias do IBGE) somando 28
negros (16 pardos e 12 pretos), 10 brancos e 2 indígenas
• 12 jovens do sexo masculino e 28 jovens do sexo feminino
• 40 jovens estudantes responderam o Questionário de Perfil
Socioeconômico
• 34 jovens participaram dos Grupos de Discussão
• 4 jovens foram entrevistados individualmente (Autodeclaração
racial: 1 preto/ 1 preta / 1 branca / 1 parda
5. Das Lacunas e Possibilidades na articulação
entre juventudes e relações raciais no
campo de estudo e de pesquisa
6. Organização do trabalho
• Introdução
• Capítulo 1- Breve contextualização sobre Juventude,
Relações Raciais e a Escola de Ensino Médio
• Capítulo 2 - O campo da pesquisa e seus sujeitos
• Capítulo 3 - As relações raciais na Turma 3B
• Capítulo 4 - A sutileza das relações raciais e suas
repercussões no cotidiano escolar da Turma 3B
• Considerações Finais
7. Da definição do objeto de pesquisa ao
percurso metodológico: lacunas e
possibilidades
• Construção objeto de pesquisa: problema, objetivos e a necessidade de
questionar o que parece “dado”.
• Definição da amostra: quem são os sujeitos da pesquisa? Qual escola?
Qual/quantas turmas? Como definir esses sujeitos e escola?
• Tensões a cerca do objeto de estudo: entraves relacionados a estudar o
tema “raça” e “relações raciais” – negação da interferência da temática
na realidade escolar , estranhamento, resistências e artifícios do/a
pesquisador/a.
• Destaque:
▫ A investigação tem caráter qualitativo e figura-se como um
Estudo de Caso. O processo de escolha da escola específica
partiu da análise de dados do PROEB (Programa de
Avaliação da Educação Básica) - 2007.
8. Do Referencial Teórico e definição de
conceitos principais: lacunas e
possibilidades
• Juventudes(s)
• Raça e Relações Raciais
• Ensino Médio, Desigualdades Educacionais e
Raciais
• Destaques:
▫ Necessidade de definição conceitual;
conceitos envoltos em tensões acadêmicas
e sociais; posicionamento político do/a
pesquisador/a
9. Do campo de pesquisa: lacunas e
possibilidades
• Tempo de “acomodação” e consciência da
condição permanente de “não igual”;
• Relacionar-se para pesquisar “relações”, sem
deixar de “estranhar”;
• Vigilância contínua diante das situações
envolvendo as concepções raciais dos sujeitos
pesquisados;
• Experimentações de instrumentos
metodológicos e auto-crítica diante dessas
iniciativas.
10. Percurso Metodológico
• Na pesquisa de campo foram utilizados como escopo metodológico,
os seguintes instrumentos:
Observação Participante em sala de aula
Aplicação de Questionário de Perfil Socioeconômico direcionado aos
jovens
Aplicação de questionário sobre a opinião docente a respeito da
turma investigada
Realização de Grupos de Discussão com jovens dos diferentes
grupos raciais e de cor
Realização de Entrevistas Semiestruturadas
Utilização de documentos e dados relacionados à escola e aos jovens
estudantes
• PONDERAÇÕES/DESCARTES: Questionário sociométrico; cautela
relacionada aos falas posteriores ao segundo trecho de filme; GD-
Piloto e GD-6 (GDs realizados e GDs analisados.
11. Bate o sinal para o primeiro horário de aula. Subindo as largas escadas que dão acesso ao
segundo andar do prédio escolar, me dirigi para o lado direito do corredor. Algumas
meninas se aproximaram para me dar aquele abraço e beijinho no rosto de “Bom Dia”,
mas, na maioria das vezes, eu era recepcionada com um leve aceno ou um sorriso ou
parecia nem ser notada. Meu olhar sonolento, devido à mudança de rotina imposta pela
ida diária à escola, cruzava com os olhares curiosos que partiam dos jovens de outras
turmas que não me conheciam e pareciam estranhar minha familiaridade com os alunos
da Turma 3B e minha cotidiana presença na Sala 11. Engraçado que já me perguntaram
até se eu era mais uma aluna. Claro que eu sorri. Logo, alguém se apressou em dizer o
que eu fazia ali e que a melhor turma havia sido escolhida por mim, por isso eu ia para a
aula todos os dias. Em seguida, vinham os risos. Como de costume, parei na frente da
sala ampla, com janelas grandes ao fundo e ambiente iluminado. Observei quem estava
lá dentro e logo a adentrei. Atravessei a porta e, andando em direção ao fundo, fui
escolhendo ao lado de quem me sentaria. A turma estava agitada, situação recorrente
naquele cenário. Entrei no clima, puxando conversa com um jovem aluno negro ao lado
do qual sentara, enquanto a professora não chegava. Comecei a notar que minha
permanência na sala de aula já estava se tornando, digamos, mais comum. Eu já me
sentia mais à vontade e acho que os jovens também. Ri por dentro quando uma jovem
“puxou minha orelha” pelo leve atraso daquele dia, dizendo que tiraria pontos de mim se
eu faltasse. Sorri para ela também. Os jovens foram muito legais comigo e até um apelido
eu ganhei! Algumas vezes, o corinho puxado por algumas meninas entoava: “Tia Nanda!
Tia Nanda!”. Eu ria bastante. Ficava envergonhada, mas tocada pelo carinho. Naquela
turma cheia, me aproximar de todos seria um desafio, mas, aos poucos, fui percebendo
que o segredo poderia estar em me deixar conhecer para conseguir conhecê-los melhor.
Diário de Campo - 2010
12. Do desenvolvimento
• Necessidade de conhecer o histórico discente da
Turma B
▫ Naquele contexto específico, independente do
quesito raça/cor, a sala de aula contava com
jovens oriundos de camadas populares, que
vivenciaram percalços no seu percurso escolar,
demonstrando rendimento escolar mediano no 3º
ano e que geralmente, mantinham relações
tensionadas com boa parte de seus professores
13.
14. • A heteroatribuição racial entre os jovens estudantes e seus
apontamentos
MICHELE: Então, negro mesmo na nossa sala, só o Perícles e
a Patrícia!
MARINA: É, mas isso não é uma questão assim de branco,
negro, as pessoas mais branquinhas da sala são quem?
Maísa, Bruna, Betina, Brigite e acho que só, né?
MARIANA: E Betânia também é branquinha.
MARINA: A Betânia e a... A Beth também é!
MAÍSA: É, é a... Beth.
MARINA: Tipo, o resto, todo mundo assim, não é negro, mas
tipo, como diz a Patrícia, tem o pé na senzala! [risos] (GD:
A.D – Misto: parte do Segmento 636-652; grifo nosso
indicando falas entre risos)
15. • Para explicar sua percepção quanto à presença de muitos negros na Turma 3B, a jovem Mariana
(18 anos, parda) contou-nos sobre um comentário feito por um aluno da escola, que estudava em
outra sala de aula. Na narração de Mariana, este jovem teria comentado sobre a existência de um
“lado escuro na sala”, referindo-se à presença de estudantes negros. Conforme a jovem, ainda,
esta fala surgiu em tom de crítica, com referência àqueles que estavam mais ao fundo da sala de
aula investigada. (DIAS, 2011, p. 174-175)
• De fato, a jovem não esconde que seus colegas que se sentavam mais próximos ficavam “zuando”,
justificando que isso ocorria “porque geralmente no grupo de trás todas eram negras. Todas,
todas!” Nesse sentido a jovem diz o seguinte:
Não tinha ninguém branca ali [As Amigas de Angola] e tinha os meninos
também [Os Amigos da África do Sul], mas eu tô falando do grupo em si, assim!
Quando alguém entrava na sala, via que aquele meio, tudo assim né? Aí os
meninos brincava, tipo assim, cantava: “a macacada reunida...” [risos] Eles
brincavam muito assim, e também quando elas falavam, faziam alguma
gracinha, todo mundo: “Só podia, só podia não entendo isso, só podia ser...”
[negras] Eles brincavam assim, sabe? (Beatriz, 17anos, branca – Entrevista
Individual)
• Destaque:
▫ O campo colocou-me diante de diversas discussões novas, com por exemplo,
mesmo trabalhando com o conceito social de raça as falas dos jovens apontavam
para uma representação social do negro ainda racialista, com representações
demonstrando ainda um racismo vinculado ao racialismo – da existência de
raças.
16. • A heteroatribuição racial entre os jovens estudantes e seus
apontamentos
MICHELE: Então, negro mesmo na nossa sala, só o Perícles e
a Patrícia!
MARINA: É, mas isso não é uma questão assim de branco,
negro, as pessoas mais branquinhas da sala são quem?
Maísa, Bruna, Betina, Brigite e acho que só, né?
MARIANA: E Betânia também é branquinha.
MARINA: A Betânia e a... A Beth também é!
MAÍSA: É, é a... Beth.
MARINA: Tipo, o resto, todo mundo assim, não é negro, mas
tipo, como diz a Patrícia, tem o pé na senzala! [risos] (GD:
A.D – Misto: parte do Segmento 636-652; grifo nosso
indicando falas entre risos)
17. • As brincadeiras de cunho racial, sua incidência e suas
repercussões no cotidiano escolar
Hoje, na aula de Português, a Poliane emprestou o seu lápis para
o Péricles. Eu estava sentada próxima deste jovem e o
empréstimo foi feito sem maiores comentários entre os dois, que
apareciam envolvidos com a atividade escolar. O Paulo virou
para trás e fez o seguinte comentário: “Tem macumba aí!” Num
tom de riso, referindo-se ao lápis emprestado, que já estava nas
mãos de Péricles. E ele acrescentou, olhando para Poliane: “Essa
raça maldita!” e em seguida riu. Poliane voltou um olhar de
desdém para Paulo e Péricles balançou a cabeça, emitindo um
leve sorriso. Fiquei com a impressão de que as jovens sentadas
no fundo escutaram a brincadeira, pois estavam sentadas perto
de Paulo, que falou em tom de voz mediano. Não houve reação de
Poliane nem comentários das meninas próximas. Acho que elas
fizeram de conta que não ouviram. (Diário de Campo – Dia
06.07.2010, terça-feira)
18. O que nós acabamos de ver?
Trechos de falas de estudantes – Grupos de Discussão – Pesquisa de Campo – DIAS, 2011)
19. • Discursos sobre a beleza no ponto de vista dos jovens e
suas vinculações com as relações raciais
O Caso do Orgulho Branco
MARINA: Eu acho também, não é que faz a pessoa ser bonita, mas
às vezes até assim, mais valorizada, entre aspas, assim! Porque
tipo assim, cê olha lá na revista, aí tá aquela mulher, aquela
loirona, aquela coisa assim. Aí eu falo assim: “Nossa, a Maísa
parece com aquela mulher!” Aí falo: “Nó, a Maísa é bonita!” Sei lá
o que. Não deixa de ser uma coisa assim de padrão, entendeu?
MICHEL: E a Maísa vai sentir orgulho!
MARIANA: É!
MICHEL: Vai falar: “Nossa, eu pareço com aquela mulher!” [risos].
(GD: A.D – Misto: Segmento 379-386)
20. • Discursos sobre a beleza no ponto de vista dos jovens e
suas vinculações com as relações raciais
O Caso da Feiúra Negra
MICHELE: Nossa sala não tem isso não, preconceito, questão de
cor, não. Às vezes eu comento que o Péricles ele é negro, mas tem
os traços bonitos, não é? [afirmação entre risos diante das
expressões de “zoação” de Michel e Maísa]
MICHELE: Não, é sério!
MICHEL: Cê tá entregando! [risos]
MICHELE: Ele tem os traços bonitos, ele é simpático. (GD: A.D –
Misto: parte do Segmento 669-681)
21. • Discursos sobre a beleza no ponto de vista dos jovens e
suas vinculações com as relações raciais
O Caso do Valor da Mestiçagem
MARINA: E uma coisa também, tipo assim, tem um casal, um negro
e outro branco, aí sai aquele filho assim... Pode ser branquinho,
só que com aqueles traços negros, aí fica aquela coisa linda,
porque tipo a Bruna, ela é branquinha do olho claro e ela tem os
traços fortes e ela é bonita. Eu não sei, porque eu não conheço a
família dela, mas acho que isso não vem só da pessoa branca,
entendeu? Só que o povo vai falar assim: “Não! É branco!” Que
sei lá o que, só que tipo, ele tem alguma coisa negra, entendeu?
PESQUISADORA: E ele é bonito? É isso?
MARINA: É! A Bruna, ela é branquinha, olho verde, azul, sei lá. E
tipo assim, ela tem os traços muito fortes, entendeu? E ela é
muito bonita! (GD: A.D – Misto: Parte do Segmento 279-301)
22. Breves observações sobre outros desdobramentos
relacionados à questão racial presentes no discurso dos
jovens e apontamentos de um amplo campo de estudos a ser
explorado
• “Negro é feio” – discutido nos casos
• “Negro é ladrão”
• “Negro é incompetente”.
• “Negro é punição”,
• “Negro é preconceituoso”.
23. Considerações Finais
• “Sem querer você mostra o seu preconceito!”: fala nativa e a
existência do preconceito e mesmo do racismo nos desdobramentos
de sua aparente não existência.
• Confirmação da possibilidade de tratar das relações entre os jovens
pretos, pardos e brancos da turma investigada, visto que a categoria
raça mostrou-se significativa no processo de percepções de si e do
outro na dinâmica das interações sociais experimentadas pelos
jovens, internas e externas à escola.
24. Referência bibliográfica
• DIAS, Fernanda Vasconcelos. “Sem querer você
mostra o seu preconceito!” : um estudo sobre as
relações raciais entre jovens estudantes de uma
escola de Ensino Médio / Fernanda Vasconcelos
Dias. - UFMG/FaE, 2011.