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JOGOS NO PROCESSO DE
MUSICALIZAÇÃO
Glicia Rana
O lúdico no ensino da
música
• Para a criança a música está relacionada ao brincar, e
isto mostra o caráter lúdico que a música tem na
infância. O lúdico tem exatamente esse significado, de
“brincar”.
• O brincar é um modo de ser da criança. É a sua forma
de se relacionar com o mundo e se desenvolver.
• O lúdico para a funciona para criança como um mecanismo de
aprendizado e representação do ambiente externo, e contribui
para suas relações sociais.
• A criança, em suas ações, sempre procura brincar. Muitas vezes,
no ensino, a maneira mais rápida de se conseguir que a criança
entenda determinados assuntos é os transformando em
brincadeira.
O lúdico no ensino da
música
O lúdico no ensino da
música
• A relação da criança com a brincadeira é compreendida
como algo que é necessário para o desenvolvimento e
construção das representações mentais.
• Pode-se assim verificar que o jogo, além de despertar
o interesse da criança, promove outros tipos de
benefícios. Assim, poder-se-ia pensar que o lúdico no
ensino da música, aliado com os jogos, atividades
corporais é a maneira ideal para ensinar as crianças.
O que é
Musicalização?
• Musicalização: ato ou processo de
musicalizar.
• Musicalizar(-se): tornar(-se) sensível à
música, de modo que, internamente, a
pessoa reaja, mova-se com ela.
(PENNA, 1990, p. 19).
Sensibilidade Musical
• Adquirida através do meio.
• Irá definir a forma que a criança irá
reagir ao estimulo musical.
• Aprender música e torna-la significativa.
• Irá contribuir para como a criança se
expressará musicalmente.
Desenvolve:
• Criatividade
• Imaginação
• Atenção
• Socialização
• Afetividade
• Senso rítmico
• Consciência Corporal
Apreciar
Criar
Executar
Métodos Ativos
• Experiência direta com os elementos
musicais.
• Participação Ativa
Métodos Ativos
• Émile Jaques-Dalcroze
• Zoltán Kodály
• Edgar Willems
• Carl Orff
Émile Jaques-Dalcroze Suíça, 1865-1950)
Apresentou uma proposta de educação
musical que relaciona a música ao movimento
corporal. Para o desenvolvimento dessa
perspectiva, Dalcroze propôs diversos
caminhos metodológicos com o objetivo de
estimular “o desenvolvimento global da
pessoa na física, intelectual e social.
Edgard Willems Suíça, 1890-1978
Para ele, “a escuta é a base da
musicalidade” e o estudo da audição foi
uma dos pontos fundamentais abordados
em sua proposta.
Zoltán Kodály Hungria, 1882-
1967
Tem enfoque em desenvolver a leitura à primeira vista, a
improvisação com palavras e rimas, e a execução do canto
coral através de canções da música folclórica e clássica.
Trabalhar sistema de símbolos de duração rítmica; sistema
de alturas relativas, conhecido como dó móvel com conjunto
de sinais manuais que auxiliam o desenvolvimento de
relações tonais, conhecido como manossolfa.
Carl Orff Alemanha, 1895-1982
Baseado no ritmo, no movimento e na
improvisação tem enfoque no ensino
coletivo utilizando sons do corpo,
instrumentos musicais e voz.
Prática
Atividade em
Grupo
Desenvolvimento do Jogo em Piaget
• No desenvolvimento da criança, o
jogo é essencial. Ele pode ser
definido como uma atividade que
tem um fim em si mesma, em
oposição a outras atividades que
têm um objetivo externo, como
conseguir alguma coisa ou resolver
um problema.
Desenvolvimento do Jogo em Piaget
• O jogo está ligado à etapa de
imaturidade da criança e isso
permite que ela resista à frustação e
volte a tentar novamente, o que é
importante quando se está
aprendendo.
Desenvolvimento do Jogo em Piaget
• Compreendendo que todos passam
pelas mesmas etapas de
desenvolvimento, é possível
relacionar determinadas ações que
as crianças realizam e estabelecer,
desta maneira, mecanismos de
ensino, respeitando cada etapa em
que elas estão.
Desenvolvimento do Jogo em Piaget
• As etapas de desenvolvimento do
jogo foram classificadas por
Piaget.
• Os principais tipos de jogos são o
jogo de exercício, o jogo simbólico
e o jogo de regras.
Jogo de Exercício
Nos primeiros anos de vida a criança começa a realizar
movimentos que inicialmente tem um objetivo, como
o de movimentar a cabeça para olhar algo. Depois se
pode perceber que a criança realiza movimentos
simplesmente pelo prazer de se movimentar. Ela
também emite sons, agita os braços e as pernas, anda,
movimenta objetos, corre, entre outros.
Jogo Simbólico
Os jogos simbólicos aparecem por volta de 2 a 6 anos.
a criança assimila a realidade através do jogo
simbólico, o que lhe proporciona uma forma de
expressão própria e trazer a realidade para si.
Os símbolos utilizados por ela podem adquirir
significado dentro da situação e da atividade e podem
ser compartilhados com as outras crianças.
Jogo de Regras
Aos 6 -7 anos de idade a criança passa a realizar a
atividade denominada de jogo de regras, que tem
um papel importante em sua socialização. Fazem
parte desse tipo de jogo atividades como pega-
pega, pique-esconde, polícia e ladrão e etc. Tais
atividades possuem regras que devem ser
acertadas e respeitadas pelas crianças
participantes.
Prática
Conto sonoro
O conto sonoro consiste no relato de uma história, improvisada ou não, cuja finalidade é
ressaltar os elementos sonoros que constituem. A história pode ser expressada com ou
sem narração.
“O domingo”
Era um lindo domingo de sol e Joãozinho acordou com o canto dos passarinhos (*).
Antes de levantar-se, olhou para o relógio e ficou ouvindo o seu tique-taque (*). De
repente, os sinos da igreja começaram a tocar (*) e Joãozinho saiu rapidamente da
cama (*). Depois de escovar os dentes (*) e se vestir (*), foi para a cozinha tomar café
(*). Em seguida, caminhou (*) até a oficina do seu pai que terminava de construir um
caminhãozinho de madeira para ele. Ficou muito alegre em poder ajudá-lo. Começou,
então a martelar (*), serrar (*) e lixar (*). O brinquedo já estava quase pronto quando
papai chegou com uma surpresa: uma buzina. Cuidadosamente ela foi instalada, e
Joãozinho se pôs a buzinar (*) e imaginar o quanto seus amigos iriam gostar da
novidade.
Conto Sonoro
“o Amanhecer na Fazenda”
Tio Zeca balançava-se na rede enquanto escutava o gancho da rede
rangendo (*). Ainda com sono, bocejou (*). Ouviu uns passos na cozinha (*).
Logo depois, tia Matilde abria a torneira (*) e pegava as xícaras, pratos e
talheres preparando a mesa para o café (*). Por uns instantes tudo ficou
quieto, dava até pra escutar o silêncio (*). Foi aí que o tio Zeca percebeu o
tic-tac do relógio, que antes nem havia notado (*). Alceu, o galo preguiçoso,
decidiu cantar (*). Em seguida foram os passarinhos que faziam festa com o
novo dia (*). Giselda, a vaquinha malhada, também veio feliz passear no
pátio da fazenda, fazendo seu chocalho balançar (*). O sino da igreja soou
distante (*). Tio Zeca pulou da rede (*). Estava feliz por mais um dia tão
bonito!...
Conteúdo programático geral (Sugestão para sala de aula)
 O som e o silêncio – pesquisa sonora;
 Pesquisa sonora – reconhecimento e manipulação de fontes sonoras;
 Sons da natureza, dos animais, da cidade, do corpo humano – descrição e
imitação/emissão de som e ritmo como o corpo;
 Audição, diferenciação e reprodução de eventos sonoros;
 Sonorização de histórias;
 Representação gráfica de sons e partituras simbólicas;
 Parâmetros do som – altura, intensidade. Duração e timbre;
 Notas musicais – conhecimento nominal, auditivo e entonação das notas
musicais;
 Leitura rítmica com figuras analógicas e convencionais;
 Reconhecimento do ritmo existente na fala através de músicas: Novas palavras;
vocabulário; Vocalizações; Histórias cantadas e contadas; Parlendas.
 Sequência Rítmica e Expressão corporal: Compreender o ritmo existente na
música; Expressão corporal rítmica; Gestos, palmas, movimentos corporais;
Conhecendo o corpo e seus movimentos; Bandinha rítmica.
 Percepção musical: Diferenciação entre som agradável e ruído; Diferenciação entre som natural e produzido;
Comparação entre sons; Altura do som: sons graves e agudos; Diferenciação entre instrumento de sopro e
cordas; Bandinha Rítmica; Exploração dos sons; Som e silêncio.
 Canto: Oralidade através das músicas; Socialização: Cantar juntos; Exploração do uso de sua própria voz;
Respiração; Diferenciação entre o falar, o cantar e o gritar; Postura; Dicção.
 Apreciação Musical: Audição e Concentração; Ouvido Consciente; Exploração de sons e músicas; Histórias
cantadas e contadas; Compositores: história e músicas (Villa Lobos, Chico Buarque, Mozart, Beethoven).
 Ritmo: O pulso musical; Ritmos diferentes (rápidos e lentos); Contagem rítmica simples; Exercícios rítmicos;
Bandinha rítmica; Sequência numérica de 1 a 10; Noção de grandeza: curto/comprido; Orientação espacial:
dentro e fora, em cima e embaixo, na frente e atrás; Noções de tempo; Tempo musical.
 Sensorial: Sentido visual: cores, formas, tamanhos; Sentido auditivo: reconhecer diversas fontes sonoras,
aprimorar o “ouvir”; Sentido tátil: diferentes objetos sonoros, formas, bandinha rítmica; Desenvolvimento da
emoção através da música – sentimentos; Lateralidade; Coordenação motora; Rodas cantadas; Equilíbrio.
 Vida prática: A música em minha vida; A músicas no meu ambiente; Música na mídia; Brincadeiras musicais;
Movimentos no ambiente; A “minha” música – produção pessoal; Instrumentos musicais: conhecer e
“experimentar” diversos tipos de instrumentos musicais, tais como: flauta, piano, violão, teclado, xilofone, etc.
Referências
Bibliográficas
ALBRECHT, Mônia Kurrle Feller. A ludicidade no ensino do piano para crianças de 5 e 6 anos: caminhos
para a prática docente. 271 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Artes) – Escola Superior de Artes e Turismo,
Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2018.
BARANITA, Isabel Maria da Costa. A importância do jogo no desenvolvimento da criança. 79 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Escola Superior de Educação Almeida Garrett, Lisboa,
2012.
CRISTAL, Q. R. . O processo da musicalização: concepções e implicações práticas. In: XIV Encontro Regional
Nordeste da ABEM, 2018, Salvador. ABEM, 2018
ILARI, Beatriz. Música na infância e na adolescência: um livro para pais, professores e aficionados.
Curitiba: InterSaberes, 2013.
Obrigada!

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Ensino musical para crianças com jogos e brincadeiras

  • 1. JOGOS NO PROCESSO DE MUSICALIZAÇÃO Glicia Rana
  • 2. O lúdico no ensino da música • Para a criança a música está relacionada ao brincar, e isto mostra o caráter lúdico que a música tem na infância. O lúdico tem exatamente esse significado, de “brincar”. • O brincar é um modo de ser da criança. É a sua forma de se relacionar com o mundo e se desenvolver.
  • 3. • O lúdico para a funciona para criança como um mecanismo de aprendizado e representação do ambiente externo, e contribui para suas relações sociais. • A criança, em suas ações, sempre procura brincar. Muitas vezes, no ensino, a maneira mais rápida de se conseguir que a criança entenda determinados assuntos é os transformando em brincadeira. O lúdico no ensino da música
  • 4. O lúdico no ensino da música • A relação da criança com a brincadeira é compreendida como algo que é necessário para o desenvolvimento e construção das representações mentais. • Pode-se assim verificar que o jogo, além de despertar o interesse da criança, promove outros tipos de benefícios. Assim, poder-se-ia pensar que o lúdico no ensino da música, aliado com os jogos, atividades corporais é a maneira ideal para ensinar as crianças.
  • 5. O que é Musicalização? • Musicalização: ato ou processo de musicalizar. • Musicalizar(-se): tornar(-se) sensível à música, de modo que, internamente, a pessoa reaja, mova-se com ela. (PENNA, 1990, p. 19).
  • 6. Sensibilidade Musical • Adquirida através do meio. • Irá definir a forma que a criança irá reagir ao estimulo musical. • Aprender música e torna-la significativa. • Irá contribuir para como a criança se expressará musicalmente.
  • 7. Desenvolve: • Criatividade • Imaginação • Atenção • Socialização • Afetividade • Senso rítmico • Consciência Corporal
  • 9. Métodos Ativos • Experiência direta com os elementos musicais. • Participação Ativa
  • 10. Métodos Ativos • Émile Jaques-Dalcroze • Zoltán Kodály • Edgar Willems • Carl Orff
  • 11. Émile Jaques-Dalcroze Suíça, 1865-1950) Apresentou uma proposta de educação musical que relaciona a música ao movimento corporal. Para o desenvolvimento dessa perspectiva, Dalcroze propôs diversos caminhos metodológicos com o objetivo de estimular “o desenvolvimento global da pessoa na física, intelectual e social.
  • 12.
  • 13. Edgard Willems Suíça, 1890-1978 Para ele, “a escuta é a base da musicalidade” e o estudo da audição foi uma dos pontos fundamentais abordados em sua proposta.
  • 14.
  • 15. Zoltán Kodály Hungria, 1882- 1967 Tem enfoque em desenvolver a leitura à primeira vista, a improvisação com palavras e rimas, e a execução do canto coral através de canções da música folclórica e clássica. Trabalhar sistema de símbolos de duração rítmica; sistema de alturas relativas, conhecido como dó móvel com conjunto de sinais manuais que auxiliam o desenvolvimento de relações tonais, conhecido como manossolfa.
  • 16.
  • 17. Carl Orff Alemanha, 1895-1982 Baseado no ritmo, no movimento e na improvisação tem enfoque no ensino coletivo utilizando sons do corpo, instrumentos musicais e voz.
  • 18.
  • 21. Desenvolvimento do Jogo em Piaget • No desenvolvimento da criança, o jogo é essencial. Ele pode ser definido como uma atividade que tem um fim em si mesma, em oposição a outras atividades que têm um objetivo externo, como conseguir alguma coisa ou resolver um problema.
  • 22. Desenvolvimento do Jogo em Piaget • O jogo está ligado à etapa de imaturidade da criança e isso permite que ela resista à frustação e volte a tentar novamente, o que é importante quando se está aprendendo.
  • 23. Desenvolvimento do Jogo em Piaget • Compreendendo que todos passam pelas mesmas etapas de desenvolvimento, é possível relacionar determinadas ações que as crianças realizam e estabelecer, desta maneira, mecanismos de ensino, respeitando cada etapa em que elas estão.
  • 24. Desenvolvimento do Jogo em Piaget • As etapas de desenvolvimento do jogo foram classificadas por Piaget. • Os principais tipos de jogos são o jogo de exercício, o jogo simbólico e o jogo de regras.
  • 25. Jogo de Exercício Nos primeiros anos de vida a criança começa a realizar movimentos que inicialmente tem um objetivo, como o de movimentar a cabeça para olhar algo. Depois se pode perceber que a criança realiza movimentos simplesmente pelo prazer de se movimentar. Ela também emite sons, agita os braços e as pernas, anda, movimenta objetos, corre, entre outros.
  • 26. Jogo Simbólico Os jogos simbólicos aparecem por volta de 2 a 6 anos. a criança assimila a realidade através do jogo simbólico, o que lhe proporciona uma forma de expressão própria e trazer a realidade para si. Os símbolos utilizados por ela podem adquirir significado dentro da situação e da atividade e podem ser compartilhados com as outras crianças.
  • 27. Jogo de Regras Aos 6 -7 anos de idade a criança passa a realizar a atividade denominada de jogo de regras, que tem um papel importante em sua socialização. Fazem parte desse tipo de jogo atividades como pega- pega, pique-esconde, polícia e ladrão e etc. Tais atividades possuem regras que devem ser acertadas e respeitadas pelas crianças participantes.
  • 29. Conto sonoro O conto sonoro consiste no relato de uma história, improvisada ou não, cuja finalidade é ressaltar os elementos sonoros que constituem. A história pode ser expressada com ou sem narração. “O domingo” Era um lindo domingo de sol e Joãozinho acordou com o canto dos passarinhos (*). Antes de levantar-se, olhou para o relógio e ficou ouvindo o seu tique-taque (*). De repente, os sinos da igreja começaram a tocar (*) e Joãozinho saiu rapidamente da cama (*). Depois de escovar os dentes (*) e se vestir (*), foi para a cozinha tomar café (*). Em seguida, caminhou (*) até a oficina do seu pai que terminava de construir um caminhãozinho de madeira para ele. Ficou muito alegre em poder ajudá-lo. Começou, então a martelar (*), serrar (*) e lixar (*). O brinquedo já estava quase pronto quando papai chegou com uma surpresa: uma buzina. Cuidadosamente ela foi instalada, e Joãozinho se pôs a buzinar (*) e imaginar o quanto seus amigos iriam gostar da novidade.
  • 30. Conto Sonoro “o Amanhecer na Fazenda” Tio Zeca balançava-se na rede enquanto escutava o gancho da rede rangendo (*). Ainda com sono, bocejou (*). Ouviu uns passos na cozinha (*). Logo depois, tia Matilde abria a torneira (*) e pegava as xícaras, pratos e talheres preparando a mesa para o café (*). Por uns instantes tudo ficou quieto, dava até pra escutar o silêncio (*). Foi aí que o tio Zeca percebeu o tic-tac do relógio, que antes nem havia notado (*). Alceu, o galo preguiçoso, decidiu cantar (*). Em seguida foram os passarinhos que faziam festa com o novo dia (*). Giselda, a vaquinha malhada, também veio feliz passear no pátio da fazenda, fazendo seu chocalho balançar (*). O sino da igreja soou distante (*). Tio Zeca pulou da rede (*). Estava feliz por mais um dia tão bonito!...
  • 31. Conteúdo programático geral (Sugestão para sala de aula)  O som e o silêncio – pesquisa sonora;  Pesquisa sonora – reconhecimento e manipulação de fontes sonoras;  Sons da natureza, dos animais, da cidade, do corpo humano – descrição e imitação/emissão de som e ritmo como o corpo;  Audição, diferenciação e reprodução de eventos sonoros;  Sonorização de histórias;  Representação gráfica de sons e partituras simbólicas;  Parâmetros do som – altura, intensidade. Duração e timbre;  Notas musicais – conhecimento nominal, auditivo e entonação das notas musicais;  Leitura rítmica com figuras analógicas e convencionais;  Reconhecimento do ritmo existente na fala através de músicas: Novas palavras; vocabulário; Vocalizações; Histórias cantadas e contadas; Parlendas.  Sequência Rítmica e Expressão corporal: Compreender o ritmo existente na música; Expressão corporal rítmica; Gestos, palmas, movimentos corporais; Conhecendo o corpo e seus movimentos; Bandinha rítmica.
  • 32.  Percepção musical: Diferenciação entre som agradável e ruído; Diferenciação entre som natural e produzido; Comparação entre sons; Altura do som: sons graves e agudos; Diferenciação entre instrumento de sopro e cordas; Bandinha Rítmica; Exploração dos sons; Som e silêncio.  Canto: Oralidade através das músicas; Socialização: Cantar juntos; Exploração do uso de sua própria voz; Respiração; Diferenciação entre o falar, o cantar e o gritar; Postura; Dicção.  Apreciação Musical: Audição e Concentração; Ouvido Consciente; Exploração de sons e músicas; Histórias cantadas e contadas; Compositores: história e músicas (Villa Lobos, Chico Buarque, Mozart, Beethoven).  Ritmo: O pulso musical; Ritmos diferentes (rápidos e lentos); Contagem rítmica simples; Exercícios rítmicos; Bandinha rítmica; Sequência numérica de 1 a 10; Noção de grandeza: curto/comprido; Orientação espacial: dentro e fora, em cima e embaixo, na frente e atrás; Noções de tempo; Tempo musical.  Sensorial: Sentido visual: cores, formas, tamanhos; Sentido auditivo: reconhecer diversas fontes sonoras, aprimorar o “ouvir”; Sentido tátil: diferentes objetos sonoros, formas, bandinha rítmica; Desenvolvimento da emoção através da música – sentimentos; Lateralidade; Coordenação motora; Rodas cantadas; Equilíbrio.  Vida prática: A música em minha vida; A músicas no meu ambiente; Música na mídia; Brincadeiras musicais; Movimentos no ambiente; A “minha” música – produção pessoal; Instrumentos musicais: conhecer e “experimentar” diversos tipos de instrumentos musicais, tais como: flauta, piano, violão, teclado, xilofone, etc.
  • 33. Referências Bibliográficas ALBRECHT, Mônia Kurrle Feller. A ludicidade no ensino do piano para crianças de 5 e 6 anos: caminhos para a prática docente. 271 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Artes) – Escola Superior de Artes e Turismo, Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2018. BARANITA, Isabel Maria da Costa. A importância do jogo no desenvolvimento da criança. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Escola Superior de Educação Almeida Garrett, Lisboa, 2012. CRISTAL, Q. R. . O processo da musicalização: concepções e implicações práticas. In: XIV Encontro Regional Nordeste da ABEM, 2018, Salvador. ABEM, 2018 ILARI, Beatriz. Música na infância e na adolescência: um livro para pais, professores e aficionados. Curitiba: InterSaberes, 2013.