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JB NEWS
Informativo Nr. 168
Editoria: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Rio Branco (SC) 11 de fevereiro de 2011
A qualidade de Irmão é sempre mais perfeita,
e o preço muito mais justo.
Índice desta sexta-feira:
1. Almanaque
2. A Filosofia de Descartes (pesquisa JB News)
3. O Quadro do Aprendiz (Ir. Fábio Sérgio do Amaral)
4. A Escada de Jacó (Ir. Moacir dos Santos)
5. Destaques JB
Fundação do Japão.
Patrice Lumumba,
primeiro-ministro da República do Congo, é assassinado.
 660 a.C. – Fundação do Japão.
 641 – Fim do reinado do imperador bizantino Heráclio.
 1858 – Primeira aparição da Virgem Maria a Bernadette Soubirous em Lourdes, na
França.
 1873 – Renúncia de Amadeu I ao reinado da Espanha.
 1907 – Inicia-se o processo de beatificação do Papa Pio IX.
 1919 – Friedrich Ebert torna-se presidente da Alemanha (reichpräsident).
 1920 – Imabari recebe o estatuto de cidade.
 1921 – Criação da Diocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XV.
 1929 – Independência do Vaticano, segundo os tratados de Latrão.
 1932 – Criação da Universidade Federal de Santa Catarina.
 1945 – Termina a Conferência de Ialta.
 1947 – Abashiri recebe o estatuto de cidade.
 1961
o Em Israel, tem início o processo de Adolf Eichmann.
o Patrice Lumumba, primeiro-ministro da República Democrática do Congo, é
assassinado.
 1963 – Os Beatles gravam o seu primeiro disco, Please Please Me.
 1965 – Ringo Starr casa-se com Maureen Cox.
 1971 – Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e outros países, assinam o Tratado
sobre a Proibição da Colocação de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição em
Massa no Leito do Mar e no Fundo do Oceano e em seu subsolo, banindo as armas
nucleares.
 1979 – Revolução Iraniana: o aiatolá Khomeini toma o poder.
 1982 – O Partido dos Trabalhadores é reconhecido oficialmente pelo Tribunal Superior
de Justiça Eleitoral brasileiro.
 1987 – Entra em vigor a atual constituição das Filipinas.
 1990
o Após 28 anos de prisão e pressão internacional por sua liberdade, Nelson Mandela
é solto por ordem do presidente Frederik de Klerk.
 1998 – É solta e extraditada de volta ao Brasil Lamia Maruf Hassan, condenada à prisão
perpétua pelo governo de Israel por ter participado do sequestro e da morte de um
soldado israelense, em 1984.
 2004
o É tornada pública uma investigação de suspeita de lavagem de dinheiro
envolvendo a esposa de Yasser Arafat, Suha.
 2005 – Google anuncia intenção de oferecer hospedagem para a Wikipedia.
 2007 – Em Portugal, um referendo nacional não atinge quorum necessário, mas a uma
ligeira maioria dos votantes escolhe a despenalização do aborto (interrupção voluntária
da gravidez) realizada a pedido da mulher durante as primeiras dez semanas de gravidez.
 2010 – Pela primeira vez na história do Brasil, um Governador de Estado é preso no
exercício do mandato: José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal é preso pela
Policia Federal, acusado de corrupção.
Eventos culturais e artísticos
 1922 – Inicia-se a Semana de Arte Moderna, evento que é o marco inicial do
Modernismo no Brasil,
Eventos desportivos
 1891 – Primeiro registro de uma partida de hóquei feminino, em Ottawa.
 1928 – Início dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Saint Moritz.
Nascimentos
 1261 – Otão III, Duque da Baviera 1312.
 1466 – Isabel de York, rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra (m. no mesmo dia
em 1503).
 1535 – Papa Gregório XIV (m. 1591).
 1657 – Bernard le Bovier de Fontenelle, escritor francês (m. 1757).
 1701 – Carlo Lodi, pintor italiano (m. 1765).
 1801 – Antônio de Sousa Neto, proclamador da República Rio-Grandense a 11 de
Setembro de 1836.
 1802 – Lydia Maria Child, escritora abolicionista estadunidense (m. 1880).
 1847 – Thomas Edison, inventor norte-americano (m. 1931).
 1853 – Salvatore Pincherle, matemático italiano (m. 1936).
 1881 – Carlo Carrà, pintor futurista italiano (m. 1966).
 1886 – Antônio de Almeida Lustosa, bispo brasileiro (m. 1974).
 1896 – Raffaele Stasi, militar italiano (m. 1917).
 1907 – Caio Prado Júnior, historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro (m.
1990).
 1917 – Sidney Sheldon, escritor estadunidense (m. 2007).
 1920 – Faruk, penúltimo rei do Egito (m. 1965).
 1926 – Leslie Nielsen, ator e comediante canadense. (m. 2010)
 1934 – John Surtees, ex-piloto automobilístico britânico, vencedor da Temporada de
Fórmula 1 de 1964.
 1935 – Gene Vincent, músico estadunidense de rockabilly (m. 1971).
 1936 – Burt Reynolds, ator estadunidense.
 1938
o Manuel Noriega, militar e político panamenho.
o Simone de Oliveira, cantora e atriz portuguesa.
 1941 – Sérgio Mendes, músico brasileiro.
 1943 – Joselito, ator espanhol.
 1946
o Mário Prata, escritor brasileiro.
o Ian Porterfield, futebolista inglês (m. 2007).
 1947
o Edwin Luisi, ator brasileiro.
o Yukio Hatoyama, político japonês.
 1953 – Jeb Bush, 43º governador do Estado americano da Flórida e irmão do 43º
presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
 1954 – João Cahulla, político brasileiro.
 1958 – Paulo César Grande, ator brasileiro.
 1959 – Roberto Pupo Moreno, ex-piloto brasileiro de F1 e Indy.
 1962 – Sheryl Crow, cantora norte-americana.
 1963 – José Mari Bakero, ex-futebolista e treinador espanhol de futebol.
 1964 – Sarah Palin, política norte-americana.
 1965 – Álvaro Peña, ex-futebolista e treinador boliviano de futebol.
 1967 – Ciro Ferrara, ex-futebolista italiano.
 1969
o Jennifer Aniston, atriz estadunidense.
o Takeshi Obata, mangaka japonês.
o Abdelhafid Tasfaout, ex-futebolista argelino.
o Dino Toso, engenheiro automobilístico italiano (m. 2008).
o Vincenzo Montalbano, futebolista e treinador de futebol italiano.
 1972
o Steve McManaman, ex-futebolista inglês.
o Kelly Slater, surfista norte-americano.
o Craig Jones, músico norte-americano.
 1973
o Patrick Wilson, músico estadunidense.
o Kristian Vikernes, músico norueguês da banda Burzum.
 1974 – Nick Barmby, futebolista inglês.
 1975
o Pedro Emanuel, ex-futebolista angolano-português.
o Matteo Sereni, futebolista italiano.
 1976 – Ricardo Pereira, futebolista português.
 1977
o Ioannis Okkas, futebolista cipriota.
o Mike Shinoda, músico estadunidense, guitarrista da banda de rock Linkin Park.
 1978 – Magda Gomes, modelo brasileira.
 1979 – Mabrouk Zaid, futebolista saudita.
 1980
o Titi Buengo, futebolista angolano.
o Mark Bresciano, futebolista australiano.
o Matthew Lawrence, ator estadunidense.
 1981
o Kelly Rowland, cantora estadunidense, ex-membro das Destiny's Child.
o Aritz Aduriz, futebolista espanhol.
 1982
o Christian Maggio, futebolista italiano.
o Florin Lovin, futebolista romeno.
 1983
o Rafael van der Vaart, futebolista holandês.
o Federico Agliardi, futebolista italiano.
o Emmanuel Krontiris, futebolista alemão.
 1984
o Khaled Kharroubi, futebolista argelino.
o Maxime Talbot, jogador de hóquei no gelo canadense.
o Doka Madureira, futebolista brasileiro.
 1985
o Casey Dellacqua, tenista australiana.
o Andrei Marinescu, futebolista romeno.
 1987
o Aleqsandr Kobakhidze, futebolista georgiano.
o Luca Antonelli, futebolista italiano.
 1988
o Aldo, futebolista brasileiro.
o Jacob Banda, futebolista zambiano.
o Markus Joenmäki, futebolista finlandês.
 1989 – Souza, futebolista brasileiro.
 1990 – Ettore Mendicino, futebolista italiano.
 1991 – Christofer Drew Ingle, cantor estadunidense.
 1992 – Taylor Lautner, ator estaduniense.
Mortes
 641 – Heráclio, imperador bizantino (m. 575).
 731 – Papa Gregório II
 824 – Papa Pascoal I
 1141 – Hugo de São Vitor, filósofo e teólogo da Idade Média (n. 1096)
 1503 – Isabel de York, rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra, de trabalho de
parto (n. no mesmo dia em 1466)
 1626 – Pietro Cataldi, matemático italiano (n. 1552)
 1650 – René Descartes, filósofo francês (n. 1596).
 1790 – Johann Tobias Krebs, organista e compositor alemão (n. 1690)
 1866 – William Thomas Brande, químico britânico (n. 1788).
 1868 – Jean Bernard Léon Foucault, físico e astrônomo francês (n. 1819)
 1891 – Carl Johan Thyselius, foi primeiro-ministro da Suécia (n. 1811).
 1903 – Jean-François de la Harpe, poeta francês (n. 1839)
 1917 – Oswaldo Cruz, cientista e médico brasileiro (n. 1872)
 1918 – Taitu Bitul, Imperatriz etíope (n. 1851).
 1924 – Paul Feyerabend, filósofo da ciência austríaco (n. 1924).
 1931 – Charles Algernon Parsons, inventor britânico (n. 1854)
 1944 – Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, Militar e Governador de Angola.
 1948 – Sergei Eisenstein, cineasta soviético (n. 1898).
 1958 – Jossei Toda segundo presidente da Soka Gakkai.
 1960 – Victor Klemperer, professor de Filologia, testemunha do Holocausto (n. 1881).
 1963 – Sylvia Plath, escritora estadunidense (n. 1932)
 1973 – J. Hans D. Jensen, físico alemão (n. 1907)
 1978 – Harry Martinson, escritor sueco (n. 1904).
 1984 – Catulo de Paula, compositor brasileiro (n. 1923)
 1986 – Frank Herbert, escritor estadunidense (n. 1920)
 1993 – Robert W. Holley, bioquímico estadunidense (n. 1922)
 1996 – Pierre Verger, etnólogo e fotógrafo francês (n. 1902)
 1996 – Quarentinha, futebolista brasileiro (n. 1933)
 2000 – Roger Vadim, cineasta francês (n. 1928)
 2000 – Dina Mangabeira, poetisa brasileira (n. 1923).
 2002 – Traudl Junge, ex-secretária pessoal de Adolf Hitler (n. 1920)
 2010 – Alexander McQueen, estilista inglês (n. 1969).
Feriados e eventos cíclicos
Camarões: Dia Nacional da Juventude.
 Dia da Criação da Casa de Moeda.
 Dia de Nossa Senhora de Lourdes.
 Dia Mundial do Enfermo.
 Dia Nacional do Japão
 Emancipação Política da Cidade de Araucária PR
 Irã: Dia da Pátria
 Vaticano: Dia da Independência
 Dia do Zelador
Fatos Históricos de Santa Catarina
1728 Tem início, nesta data, a construção da estrada dos Conventos, por
Francisco de Souza e Faria.
1738 Ordem Régia, desta data., incorpora o Continente de São Pedro do Rio
Grande à capitania de Santa Catarina.
1749 No governo da Capitania de Santa Catarina, Manuel Escudeiro faz
cumprir provisão do Conselho Ultramarino, determinando a construção
da matriz de Nossa Senhora de Desterro, nos altos da Praça XV de
Novembro.
1841 As tropas “farroupilhas” abandonam o município de Lages.
1892 A comarca de Joinville é elevada à categoria de 2ª Entrância.
1893 Nasce na capital catarinense João Medeiros Júnior. Foi o pioneiro na
radiodifusão no Estado, fundando, em 1931, a Rádio Clube de
Blumenau, com o prefixo PRC-4.
1915 Fundado, em Florianópolis, o Clube de Regatas Martinelli.
1932 Fundada, em Florianópolis, a Faculdade de Direito de Santa Catarina,
iniciativa de José Arthur Boiteux.
Calendário Maçônico do Dia:
1830 Fundado o Supremo Conselho do Peru
1980 Fundação da Loja “Toneza Cascaes” Nr. 37 (GOSC) em Orleans.
René Descartes
Países-
terá o título de senhor de Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o
aposto "fidalgo poitevino".
De 1604 a 1614, estuda no colégio jesuíta de La Flèche. Aí gozará de
um regime de privilégio, pois levanta-se quando quer, o que o leva a
adquirir um hábito que o acompanhará por toda sua vida: meditar no
próprio leito. Apesar de apreciado por seus professores, ele se declara,
no "Discurso sobre o Método", decepcionado com o ensino que lhe foi
ministrado: a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade
indiscutível, "Não encontramos aí nenhuma coisa sobre a qual não se
dispute". Só as matemáticas demonstram o que afirmam: "As
matemáticas agradavam-me sobretudo por causa da certeza e da
evidência de seus raciocínios". Mas as matemáticas são uma exceção,
uma vez que ainda não se tentou aplicar seu rigoroso método a outros
domínios. Eis por que o jovem Descartes, decepcionado com a escola,
parte à procura de novas fontes de conhecimento, a saber, longe dos
livros e dos regentes de colégio, a experiência da vida e a reflexão
pessoal: "Assim que a idade me permitiu sair da sujeição a meus
preceptores, abandonei inteiramente o estudo das letras; e resolvendo
não procurar outra ciência que aquela que poderia ser encontrada em
mim mesmo ou no grande livro do mundo, empreguei o resto de minha
juventude em viajar, em ver cortes e exércitos, conviver com pessoas
de diversos temperamentos e condições".
Após alguns meses de elegante lazer com sua família em Rennes,
onde se ocupa com equitação e esgrima (chega mesmo a redigir um
tratado de esgrima, hoje perdido), vamos encontrá-lo na Holanda
engajado no exército do príncipe Maurício de Nassau. Mas é um
estranho oficial que recusa qualquer soldo, que mantém seus
equipamentos e suas despesas e que se declara menos um "ator" do
que um "espectador": antes ouvinte numa escola de guerra do que
verdadeiro militar. Na Holanda, ocupa-se sobretudo com matemática,
ao lado de Isaac Beeckman. É dessa época (tem cerca de 23 anos)
que data sua misteriosa divisa "Larvatus prodeo". Eu caminho
mascarado. Segundo Pierre Frederix, Descartes quer apenas significar
que é um jovem sábio disfarçado de soldado.
Em 1619, ei-lo a serviço do Duque de Baviera. Em virtude do inverno,
aquartela-se às margens do Danúbio. Podemos facilmente imaginá-lo
alojado "numa estufa", isto é, num quarto bem aquecido por um desses
fogareiros de porcelana cujo uso começa a se difundir, servido por um
criado e inteiramente entregue à meditação. A 10 de novembro de
1619, sonhos maravilhosos advertem que está destinado a unificar
todos os conhecimentos humanos por meio de uma "ciência admirável"
da qual será o inventor. Mas ele aguardará até 1628 para escrever um
pequeno livro em latim, as "Regras para a direção do espírito"
(Regulae ad directionem ingenii). A idéia fundamental que aí se
encontra é a de que a unidade do espírito humano (qualquer que seja
a diversidade dos objetos da pesquisa) deve permitir a invenção de um
método universal. Em seguida, Descartes prepara uma obra de física,
o Tratado do Mundo, a cuja publicação ele renuncia visto que em 1633
toma conhecimento da condenação de Galileu. É certo que ele nada
tem a temer da Inquisição. Entre 1629 e 1649, ele vive na Holanda,
país protestante. Mas Descartes, de um lado é católico sincero
(embora pouco devoto), de outro, ele antes de tudo quer fugir às
querelas e preservar a própria paz.
Finalmente, em 1637, ele se decide a publicar três pequenos resumos
de sua obra científica: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria. Esses
resumos, que quase não são lidos atualmente, são acompanhados por
um prefácio e esse prefácio foi que se tornou famoso: é o Discurso
sobre o Método. Ele faz ver que o seu método, inspirado nas
matemáticas, é capaz de provar rigorosamente a existência de Deus e
o primado da alma sobre o corpo. Desse modo, ele quer preparar os
espíritos
inclusive o movimento da Terra em torno do Sol! Isto não quer dizer
que a metafísica seja, para Descartes, um simples acessório. Muito
pelo contrário! Em 1641, aparecem as Meditações Metafísicas, sua
obra-prima, acompanhadas de respostas às objeções. Em 1644, ele
publica uma espécie de manual cartesiano. Os Princípios de Filosofia,
dedicado à princesa palatina Elisabeth, de quem ele é, em certo
sentido, o diretor de consciência e com quem troca importante
correspondência. Em 1644, por ocasião da rápida viagem a Paris,
Descartes encontra o embaixador da frança junto à corte sueca,
Chanut, que o põe em contato com a rainha Cristina.
Esta última chama Descartes para junto de si. Após muitas
tergiversações, o filósofo, não antes de encarregar seu editor de
imprimir, para antes do outono, seu Tratado das Paixões
para Amsterdã e chega a Estocolmo em outubro de 1649. É ao surgir
da aurora (5 da manhã!) que ele dá lições de filosofia cartesiana à sua
real discípula. Descartes, que sofre atrozmente com o frio, logo se
arrepende, ele que "nasceu nos jardins da Touraine", de ter vindo
"viver no país dos ursos, entre rochedos e geleiras". Mas é demasiado
tarde. Contrai uma pneumonia e se recusa a ingerir as drogas dos
charlatões e a sofrer sangrias sistemáticas ("Poupai o sangue francês,
senhores"), morrendo a 9 de fevereiro de 1650. Seu ataúde, alguns
anos mais tarde, será transportado para a França. Luís XIV proibirá os
funerais solenes e o elogio público do defunto: desde 1662 a Igreja
Católica Romana, à qual ele parece Ter-se submetido sempre e com
humildade, colocará todas as suas obras no Index.
O Método
Descartes quer estabelecer um método universal, inspirado no rigor
matemático e em suas "longas cadeias de razão".
A primeira regra é a evidência: não admitir "nenhuma coisa como
verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras
palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos) e
só ter por verdadeiro o que for claro e distinto, isto é, o que "eu não
tenho a menor oportunidade de duvidar". Por conseguinte, a evidência
é o que salta aos olhos, é aquilo de que não posso duvidar, apesar de
todos os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da dúvida,
apesar de todos os resíduos, o produto do espírito crítico. Não, como
diz bem Jankélévitch, "uma evidência juvenil, mas quadragenária".
A segunda, é a regra da análise: "dividir cada uma das
dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis".
A terceira, é a regra da síntese: "concluir por ordem meus
pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de
conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus,
aos mais complexos".
A última á a dos "desmembramentos tão complexos... a ponto de
estar certo de nada ter omitido".
Se esse método tornou-se muito célebre, foi porque os séculos
posteriores viram nele uma manifestação do livre exame e do
racionalismo.
) Ele não afirma a independência da razão e a rejeição de qualquer
autoridade? "Aristóteles disse" não é mais um argumento sem réplica!
Só contam a clareza e a distinção das idéias. Os filósofos do século
XVIII estenderão esse método a dois domínios de que Descartes, é
importante ressaltar, o excluiu expressamente: o político e o religioso
(Descartes é conservador em política e coloca as "verdades da fé" ao
abrigo de seu método).
b) O método é racionalista porque a evidência de que Descartes parte
não é, de modo algum, a evidência sensível e empírica. Os sentidos
nos enganam, suas indicações são confusas e obscuras, só as idéias
da razão são claras e distintas. O ato da razão que percebe
diretamente os primeiros princípios é a intuição. A dedução limita-se a
veicular, ao longo das belas cadeias da razão, a evidência intuitiva das
"naturezas simples". A dedução nada mais é do que uma intuição
continuada.
Metafísica
No Discurso sobre o Método, Descartes pensa sobretudo na ciência.
Para bem compreender sua metafísica, é necessário ler as
Meditações.
1 Todos sabem que Descartes inicia seu itinerário espiritual com a
dúvida. Mas é necessário compreender que essa dúvida tem um outro
alcance que a dúvida metódica do cientista. Descartes duvida
voluntária e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um
argumento, por mais frágil que seja. Por conseguinte, os instrumentos
da dúvida nada mais são do que os auxiliares psicológicos, de uma
ascese, os instrumentos de um verdadeiro "exército espiritual".
Duvidemos dos sentidos, uma vez que eles freqüentemente nos
enganam, pois, diz Descartes, nunca tenho certeza de estar sonhando
ou de estar desperto! (Quantas vezes acreditei-me vestido com o "robe
de chambre", ocupado em escrever algo junto à lareira; na verdade,
"estava despido em meu leito").
Duvidemos também das próprias evidências científicas e das verdades
se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências
matemáticas e físicas? Tanto quanto duvido do Ser, sempre posso
duvidar do objeto (permitam-me retomar os termos do mais lúcido
intérprete de Descartes, Ferdinand Alquié).
Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que
o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso
seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de
pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é
indubitável. "Penso, cogito, logo existo, ergo sum". Não é um
raciocínio (apesar do logo, do ergo), mas uma intuição, e mais sólida
que a do matemático, pois é uma intuição metafísica, metamatemática.
Ela trata não de um objeto, mas de um ser. Eu penso, Ego cogito (e o
ego, sem aborrecer Brunschvicg, é muito mais que um simples
acidente gramatical do verbo cogitare). O cogito de Descartes,
portanto, não é, como já se disse, o ato de nascimento do que, em
filosofia, chamamos de idealismo (o sujeito pensante e suas idéias
como o fundamento de todo conhecimento), mas a descoberta do
domínio ontológico (estes objetos que são as evidências matemáticas
remetem a este ser que é meu pensamento).
Nesse nível, entretanto, nesse momento de seu itinerário
espiritual, Descartes é solipsista. Ele só tem certeza de seu ser, isto é,
de seu ser pensante (pois, sempre duvido desse objeto que é meu
corpo; a alma, diz Descartes nesse sentido, "é mais fácil de ser
conhecida que o corpo").
É pelo aprofundamento de sua solidão que Descartes escapará dessa
solidão. Dentre as idéias do meu cogito existe uma inteiramente
extraordinária. É a idéia de perfeição, de infinito. Não posso tê-la tirado
de mim mesmo, visto que sou finito e imperfeito. Eu, tão imperfeito,
que tenho a idéia de Perfeição, só posso tê-la recebido de um Ser
perfeito que me ultrapassa e que é o autor do meu ser. Por
conseguinte, eis demonstrada a existência de Deus. E nota-se que se
trata de um Deus perfeito, que, por conseguinte, é todo bondade. Eis o
fantasma do gênio maligno exorcizado. Se Deus é perfeito, ele não
pode ter querido enganar-me e todas as minhas idéias claras e
distintas são garantidas pela veracidade divina. Uma vez que Deus
existe, eu então posso crer na existência do mundo. O caminho é
exatamente o inverso do seguido por São Tomás. Compreenda-se
que, para tanto, não tenho o direito de guiar-me pelos sentidos (cujas
mensagens permanecem confusas e que só têm um valor de sinal para
os instintos do ser vivo). Só posso crer no que me é claro e distinto
(por exemplo: na matéria, o que existe verdadeiramente é o que é
claramente pensável, isto é, a extensão e o movimento). Alguns acham
que Descartes fazia um circulo vicioso: a evidência me conduz a Deus
e Deus me garante a evidência! Mas não se trata da mesma evidência.
A evidência ontológica que, pelo cogito, me conduz a Deus
fundamenta a evidência dos objetos matemáticos. Por conseguinte, a
metafísica tem, para Descartes, uma evidência mais profunda que a
ciência. É ela que fundamenta a ciência (um ateu, dirá Descartes, não
pode ser geômetra!).
A Quinta meditação apresenta uma outra maneira de provar a
existência de Deus. Não mais se trata de partir de mim, que tenho a
idéia de Deus, mas antes da idéia de Deus que há em mim. Apreender
a idéia de perfeição e afirmar a existência do ser perfeito é a mesma
coisa. Pois uma perfeição não-existente não seria uma perfeição. É o
argumento ontológico, o argumento de Santo Anselmo que Descartes
(que não leu Santo Anselmo) reencontra: trata-se, ainda aqui, mais de
uma intuição, de uma experiência espiritual (a de um infinito que me
ultrapassa) do que de um raciocínio.
Ir.'. Moacir dos Santos
Enviado pelo Ir Djaci Soares Menezes Campos (S.Paulo-SP)
A Escada de Jacob, alegoria de origem bíblica,
portanto,
nem sempre está presente no recinto da Loja maçônica,
a não ser no desenho do Painel da Loja...
"Jacob pois tendo partido de Bersabé, ia para Haran. E como chegasse
depois do sol posto a um certo lugar, onde ele queria passar a noite,
pegou numa das pedras que ali havia ; e tendo-a posto por baixo da sua
cabeça, dormiu ali mesmo. Então viu ele em sonhos uma escada, cujos
pés estavam fincados sobre a terra, e o cimo tocava no céu ; e os anjos de
Deus subindo e descendo por esta escada. Viu também ao Senhor firmado
no cimo da escada, que lhe dizia : Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu
pai, e o Deus de Isaac. Eu te darei a ti e aos teus descendentes, a terra
em que tu dormes. A tua posteridade será numerosa como o pó da terra ;
e tu te estenderás ao Ocidente, e ao Oriente, e ao Setentrião, e ao Meio-
Dia ; e todas as tribos da terra serão benditas em ti e naquele que sairá de
ti. Eu serei o teu condutor por toda a parte onde fores ; e eu te tornarei a
trazer a este país ; e não te deixarei, menos que não tenha executado tudo
o que te prometi. Jacob, tendo despertado depois do sono, disse: Em
verdade que o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E cheio de medo
prosseguiu : Que terrível é este lugar! Verdadeiramente não é isto outra
coisa, que a casa de Deus e a porta do céu" (Gênesis, 28 – 10 a 17)
A Escada de Jacob, alegoria de origem bíblica, portanto, nem sempre
está presente no recinto da Loja maçônica, a não ser no desenho do
Painel da Loja. Todavia, algumas Lojas costumam esculpir a escada na
face frontal do Altar (ou Pedestal), no Oriente. No topo da escada há uma
estrela de sete pontas. A estrela de sete pontas tem o mesmo simbolismo
do número sete, que é o produto da união do ternário espiritual com o
quaternário material ; o sete é considerado um número perfeito, pois
representa um ciclo, ou período existencial completo. Toda a mística e
toda a tradição cosmogônica ocidental assim como parte da oriental, estão
baseadas no sistema setenário : a escala musical tem sete notas, sete são
as cores do arco-íris, sete são os chacras principais, sete são as esferas
planetárias tradicionais, sete são os pecados capitais,sete foram os dias
da criação, sete são as ciências liberais. A estrela heptagonal --- assim
como o menorá, candelabro de sete braços --- também simboliza os sete
planetas conhecidos na Antiguidade e as sete Ciências, ou Artes Liberais :
Gramática, Lógica, Retórica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Símbolo da via ascendente, em direção ao céu, a Escada de Jacob
repousa, no Painel, dito alegórico, sobre o Livro das Sagradas Escrituras,
tendo três, ou sete degraus, sobre os quais repousam os símbolos das três
virtudes teologais : a Cruz (Fé), a Âncora (Esperança) e o Cálice, ou Graal
(Caridade).
A âncora é o símbolo da esperança; no cristianismo, ela é usada,
associada à figura dos dois peixes (símbolo do cristianismo).
O graal é o objeto misterioso, que, de acordo com a lenda medieval, é o
cálice com que Jesus instituiu a Eucaristia ; segundo outras correntes
místicas, seria a bandeja onde foi servido o cordeiro pascal, durante a
última ceia. A busca posterior do Santo Graal foi um tema muito importante
na literatura da Idade Média, tendo influenciado a poesia e a mitologia da
Inglaterra (o rei Arthur e os seus cavaleiros da Távola Redonda) da
Alemanha (o mito de Parsifal) e também das sociedades secretas
importantes, como a Ordem dos Templários e o catarismo. O Santo Graal
é um dos mais símbolos legendários de maior importância, beleza e
complexidade. Segundo a lenda, a posse dele, por alguém, asseguraria
eterna juventude ao seu possuidor. Manly Palmer Hall destaca que "a
busca do Santo Graal foi a mais misteriosa e importante das lendas
cavalheirescas. O sangue do Cristo, sempre fluindo no interior do graal,
simboliza sua verdadeira doutrina ; e o cálice que o contém, sua escola
esotérica, o cálice de sues adeptos. A busca do graal representa a
aventura espiritual da regeneração e as provas e tribulações dos
cavaleiros simbolizam as etapas da iniciação nos mistérios espirituais do
Cristo". O graal é o símbolo da caridade.
A cruz é um símbolo bastante antigo e de caráter universal, simbolizando a
união dos opostos e a harmonia entre Deus e a Terra. Um dos mais
antigos símbolos cósmicos, indica os quatro pontos cardeais, sendo base
de todos os símbolos de orientação : terrestre, celeste, espacial e
temporal. O braço vertical liga os pólos ao plano do equador ; o braço
horizontal relaciona-se com os solstícios e os equinócios. Em seu ponto de
encontro inscreve-se o centro.
Embora possa ser encontrada com um número muito grande de variações,
o modelo básico é sempre a interseção de dois segmentos de reta, um
vertical e outro horizontal. O significado arquetipal do simbolismo da cruz é
sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical, masculino, com o eixo
horizontal, feminino; o positivo com o negativo ; o superiro com o inferior ,
o tempo com o espaço; o Sol com a Lua; o ativo com o passivo ; a vida
com a morte.
A idéia central contida na simbologia da crucificação do Cristo é a união
dos opostos e a razão pela qual ela foi escolhida como máximo emblema
do cristianismo. O sentido básico da crucificação é o de experimentar a
essência do antagonismo, uma idéia que fica na raiz da existência, pois
tudo, no Universo, nasce e se desenvolve a partir do doloroso choque de
forças antagônicas. O significado religioso e esotérico da cruz, todavia, é
muito antigo e não se prende a um tempo, ou a uma só civilização, sendo
comum encontrá-lo entre os egípcios, romanos, celtas, fenícios, etruscos e
indígenas das Américas Central e do Norte.
Cirlot, um dos grandes estudiosos dos símbolos, explica que a cruz, como
o símbolo da "árvore da vida" , funciona como emblema do eixo do mundo.
Situada no centro, ou no coração místico do cosmos, a cruz,
simbolicamente, transforma-se na escada através da qual a alma pode
chegar a Deus. Ela afirma, assim, a relação básica entre o mundo celestial
e o terreno (1).
Existem vários tipos de cruz:
 A cruz simples é a forma básica, com as hastes horizontal e vertical
cruzando-se exatamente no meio de cada uma, como símbolo
perfeito da união dos opostos. É também chamada de cruz grega.
A cruz de Santo Antônio, ou tau reproduz o desenho da letra grega
tau (T). Ela já era usada pelos antigos egípcios, como a
representação de um martelo de duas cabeças, o sinal "daquele que
faz cumprir". Para os gauleses, é o martelo do deus escandinavo
Thor.
 A cruz latina, ou cruz cristã, era, originalmente a representação de
um patíbulo, com uma trave vertical longa e uma trave horizontal,
mais curta, próxima ao topo. Ela era bastante usada pelos romanos,
para a execução de criminosos, como, posteriormente, se usaria a
forca (entre os judeus, a execução era feita por lapidação, ou por
apedrejamento, mas nunca por crucificação).
 A cruz de Santo André, com o formato de um "xis", tem esse nome
porque Santo André teria sido martirizado numa cruz com essa
forma. É o símbolo da união do mundo superior com o inferior.
Também é a representação do infinito incognoscível, pois suas
hastes divergem até ao infinito (e assim está presente na Prancheta
da Loja maçônica).
 A cruz ansata, com o formato de um tau, sobre o qual há um círculo,
no topo da haste vertical, é um importante símbolo solar egípcio. Ela
era um hieróglifo, que significa "vida", exprimindo uma profunda idéia
: a do círculo da vida, colocando-se sobre a matéria inerte, para
vivificá-la.
 A cruz gamada, ou suástica é um símbolo muito antigo e importante :
ela representa a energia criativa do cosmos em movimento. Graças a
isso, ela pode ter dois sentidos : o destrógiro, ou no sentido dos
ponteiro do relógio, quando seus braços sugerem movimento para a
direita ; e o sinistrógiro, ou no sentido anti-horário, quando seus
braços sugerem movimento para a esquerda. No primeiro caso, ela é
considerada evolutiva e benéfica ; no segundo, maléfica e involutiva.
René Guénon estabeleceu uma relação entre este símbolo e o da
dupla espiral, igualmente relacionada com o tai-chi oriental.
Lamentavelmente, um símbolo tão belo e tão profundo adquiriu má
reputação, depois de ter sido usado pelos nazistas, no século XX,
como símbolo do seu movimento político-ideológico. No Ocidente,
ela é chamada de cruz gamada, devido à sua semelhança com a
letra grega gama.
 A cruz quádrupla é formada por duas paralelas horizontais e duas
verticais, que se cruzam, formando um quadrado fechado,
reforçando, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também,
pelo espaço delimitado que forma, a limitação da capacidade do
Homem. Está também presente na Prancheta da Loja.
 A cruz de Malta, ou cruz de São João, com quatro pontas bipartidas,
na extremidade, é, no sentido místico, a representação das forças
centrípetas do espírito. Emblema da Ordem dos cavaleiros de São
João, da ilha de Malta, é também usada em condecorações militares.
 A cruz forcada, ou teutônica, composta por um ramo vertical e um
horizontal, tendo, cada um deles, nas pontas, um pequeno ramo
tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de "forcada"
porque forcado é um utensílio da lavoura, formado por uma haste de
pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de
bifurcação.
 A cruz de Lorena, ou cruz patriarcal é formada por um ramo vertical e
por dois ramos horizontais desiguais --- o inferior mais longo do que
o superior (representando os bispos e príncipes da Igreja cristã
primitiva. Seu nome é alusivo à região da Lorraine, situada na parte
oriental da França).
 A cruz rosa-cruz tem significado místico e alegórico. Ela é
interpretada como o corpo físico do Homem, com os braços
estendidos, em saudação ao Sol (que simboliza a Luz Maior) no
Oriente. A rosa, no centro da cruz, ou seja, no cruzamento das
hastes vertical e horizontal, simboliza a alma humana, o "eu" interior,
que vai se desenvolvendo, no ser humano, à medida que ele recebe
mais luz. Colocada no centro da cruz, a rosa representa o ponto de
unidade.
Na escada de Jacob, a figura é a de uma cruz latina.
O uso da Escada de Jacob, no simbolismo maçônico, é um produto dos
últimos anos do século XVIII, na Inglaterra, já que, antes disso, ele não era
conhecido e nem mencionado. No final desse século, já surgia literatura
referente à fé, à esperança e à caridade ; mais recentemente é que as três
virtudes foram colocadas sobre degraus da Escada de Jacob, mas com
grandes variações, inclusive apenas com as letras F (Faith), H (Hope) e C
(Charity). Esses símbolos, antes disso, freqüentavam os antigos
certificados maçônicos ingleses, com desenhos muito variados. Colin Dyer
narra que, no certificado concedido a William Preston (famoso autor do
final do século XVIII e início do XIX) pela Loja Antiquity nº 1, estavam
presentes as três colunas das principais ordens arquitetônicas gregas, em
cujos topos eram representadas as três virtudes : para a fé, uma figura
feminina, portando uma cruz ; para a esperança, outra figura feminina, com
uma âncora ; e, para a caridade, uma terceira figura feminina, cuidando de
crianças e socorrendo a pobres e aleijados (2). Não havia, ainda, nessa
época, qualquer relação com a Escada, o que surgiria, junto com outros
símbolos, quando a conexão com o cristianismo tornou-se patente.
O número fixo de degraus (sete) surgiu de uma influência antiga, mas
totalmente dissociada da experiência onírica de Jacob. A escada de sete
degraus foi usada nos mistérios da Índia, para simbolizar a ascensão da
alma à perfeição ; os degraus eram, usualmente, chamados de "portas",
ou "portões". Como Jacob teria exclamado, ao despertar, "isto é a casa de
Deus e a porta do céu", foi o que bastou para que pretendidos exegetas
associassem a escada onírica de Jacob com a escada indiana, embora o
texto bíblico, em nenhum momento fale em número de degraus, já que
uma escada para o céu teria um número imenso e praticamente
incontável, ao contrário da escada dos mistérios da Índia, cujos degraus
são apenas etapas que devem ser vencidas pela alma, no caminho da
perfeição.
A redução para três degraus foi apenas em atenção ao fato de que cada
degrau representaria uma das três virtudes. Quando a escada tem sete
degraus, a representação das virtudes ocupa os degraus ímpares, com
exceção do primeiro. Mas os primeiros painéis não tinham número fixo de
degraus e o seu topo, enfumaçado pela nuvens, sugeria que eles se
elevavam mais ainda, sendo incontáveis.
Bibliografia:
1. J. E. Cirlot, en "Dictionary of Simbols" – Madrid – 1962.
2. Colin Dyer, in Symbolism in Craft Freemasonry – Lewis Masonic –
London – 1983.
Ir FÁBIO SÉRGIO DO AMARAL
A.: M.: A.: R.: L.: S.: Theobaldo Varoli Filho
Introdução
No início, qualquer local podia ser transformado em Templo. Bastava
desenhar com giz, no chão, o “Quadro” simbólico do grau em que a
Oficina trabalhava. Após a reunião, bastava apagar o “Quadro”. Mais
tarde surgiram as telas pintadas, desenroladas no início das reuniões.
Atualmente, os Templos reproduzem todos os símbolos do “Quadro”.
No eixo longitudinal do Templo, estende-se, sobre um cavalete,
voltado para o Ocidente, o Painel Simbólico do Grau, de modo a
permitir a livre circulação entre o Norte e o Sul. Entre o Painel
Simbólico do Grau e o Altar dos Juramentos deve haver espaço
suficiente para a passagem de uma pessoa.
Esse “Quadro” comporta Duas Colunas, encimadas por Romãs,
enquadrando uma Porta à qual conduzem Três Degraus; estes,
seguidos de um Adro em Mosaico. Vêem-se aí também Três Janelas,
uma Pedra Bruta e uma Pedra Cúbica Pontiaguda. Uma Corda com
Três Nós emoldura esse “Quadro”, que compreende, além disso, o
Sol e a Lua, as duas luminárias, o Esquadro e o Compasso, a
Perpendicular e o Nível, o Malhete e o Cinzel, e a Prancha de Traçar.
Composição do quadro e seu significado
As Duas Colunas
A coluna colocada ao Norte, à esquerda de quem entra no Templo,
tem esculpida no fuste a letra B, enquanto que a coluna colocada ao
Sul, à direita de quem entra no Templo, tem esculpida no seu fuste a
letra J, ambas em posição de leitura para o Venerável Mestre.
É tão difícil conceber, de acordo com a bíblia, como eram feitas as
duas colunas colocadas diante do Templo, quanto o próprio Templo.
Os autores estão longe de chegar a um acordo e os pormenores
dados são tão confusos que os escritores maçônicos só chegam a um
acordo quanto às características principais.
O nome da coluna da direita era Yakhin, que significa “ele
tornará estável”,e o da coluna da esquerda era Bo’az, “nele há
força”.Variações posteriores conduziram Yakhin aos nomes Yahvé,
Yakhun e Jachin, que significa “ele estabelecerá”. Já Bo’az variou
para Be’oz, Baïz e Booz, que significa “na força”. As duas palavras
significam, portanto, “Deus estabeleceu na força, solidamente, o
templo e a religião de que Ele é o centro”.
As Romãs
O simbolismo religioso da Romã deve ser considerado em
primeiro lugar: caridade, humildade e união são as primeiras virtudes
que lhe são associadas. Pode ser considerada ainda o símbolo
representante da fecundidade.
Os três Degraus
A passagem do mundo profano para o plano iniciático não pode ser
realizada diretamente e os Três Degraus simbólicos são necessários:
eles marcam o Iniciado, isto é, o Aprendiz.
Os Três Degraus representam sucessivamente o plano físico ou
material, o plano intermediário, chamado de plano “astral”, e o plano
psíquico ou mental. Estes três planos correspondem à divisão ternária
do ser humano em corpo, alma e espírito.
O Pavimento Mosaico
O soalho do Ocidente é representado pelo Piso Mosaico, constituído
de lajes quadradas, brancas e pretas, dispostas, alternadamente,
formando um tabuleiro de xadrez.
Os ladrilhos devem ser de tamanho que proporcione a medida
dos passos regulares da Maçonaria que, no Rito Escocês Antigo e
Aceito, são seguidos com os pés em esquadria, abertos para frente.
O Pavimento Mosaico extensivo ao soalho do Ocidente foi a
norma nas Grandes Lojas do Brasil até 1942, quando, a partir de
então, por iniciativa do Irmão General Joaquim Moreira Sampaio,
sucessor do Irmão Mário Behring, ficou restrito ao centro do Templo,
com o formato de um tabuleiro de xadrez circundado por uma orla
dentada, sobre o qual era proibido pisar, salvo nas passagens
ritualísticas previstas.
O simbolismo do piso pode ter variadas interpretações, tais como:
“emblema a variedade do solo terrestre,...simboliza a união de todos
os Maçons do Globo...”; ou “o Piso Mosaico é na Maçonaria a imagem
da objetividade...”.
Com efeito, o simbolismo do Piso Mosaico geralmente admitido
é o do Bem e do Mal inerentes à existência terrestre. Trevas e Luzes
estão ligadas no Piso Mosaico. Mas é também o Corpo e o Espírito,
unidos, mas não confundidos.
As Três Janelas
Três Janelas são representadas no “Quadro do Aprendiz”: a primeira
a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente. Nenhuma
janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma
rede de arame.
Elas representam as três portas do templo de Salomão. Ora, na
Bíblia se diz (I Livro dos Reis, VI, 4): “O Rei fez na casa janelas com
grande fixas”.
A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de
atividade; a do Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz
que, à medida que se torna mais fraca, convida ao repouso.
Os trabalhos dos Maçons começam, simbolicamente, ao Meio-
Dia e terminam à Meia-Noite. Os aprendizes são colocados ao Norte
porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim
toda a luz da janela do Meio-Dia.
A Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Pedra Cúbica Pontiaguda
Como se sabe, o trabalho do Aprendiz consiste em desbastar a
Pedra Bruta, transformando-a num cubo que é um sólido geométrico
perfeito, pois se encaixa nas construções perfeitamente, sem deixar
espaços vazios. Assim a pedra pode ser polida, sem ter o formato
cúbico exigido para o uso nas construções. Portanto, a terminologia
correta é Pedra Cúbica e não Pedra Polida.
A Pedra Cúbica, o hexaedro, é a obra-prima que o Aprendiz
deve realizar. A Pedra Cúbica do “Quadro do Aprendiz” é encimada
por uma pirâmide quadrangular, chamada Pedra Cúbica Pontiaguda.
A Pedra Cúbica Pontiaguda é destinada a afiar os instrumentos
e termina em pirâmide, símbolo do fogo, para que aí sejam inscritos
os números sagrados.
A Corda de Nós
Dá-se o nome de “Borda Dentada” à corda de nós que rodeia o
“Quadro de Aprendiz”. Trata-se de uma corda formando nós,
chamados laços de amor, e terminada por uma borla em cada
extremidade.
Os primeiros Maçons deram aos nós da “Borda Dentada” a
forma de laços de amor. Esse é um nó muito simples, que consiste
num anel onde é introduzida a outra extremidade. Por que esse nó é
chamado “laço do amor”? Essa questão não pode ser respondida,
pois não se sabe sua resposta.
Esses nós entrelaçados são a imagem da união fraterna que
liga todos os Maçons do Globo, sem distinção de seitas, nem
condições. Seu entrelaçamento simboliza também o segredo que
deve rodear nossos mistérios.
O Sol e a Lua
No alto, à direita e à esquerda do quadro são representados o
Sol e a Lua, as duas Luminárias. O sol, ativo, fica à direita, do lado da
coluna J, e a Lua, passiva, à esquerda, do lado da coluna B.
Na Loja, os trabalhos são iniciados simbolicamente ao Meio-dia,
quando o Sol está no Zênite, e fechados à Meia-Noite, quando ele
está no Nadir.
As três luzes da Loja, de acordo com os antigos rituais são o
Sol, a Lua e o Mestre da Loja. O Sol corresponde ao Orador e a Lua
ao Secretário.
O Esquadro e o Compasso
No simbolismo maçônico, esses dois instrumentos estão sempre
associados. O Esquadro é um instrumento cuja propriedade é tornar
os corpos quadrados. O Esquadro pendurado no cordão do Venerável
significa que sua vontade é a dos estatutos da Ordem e que ela só
deve agir de uma maneira: a do bem.
O Compasso é um dos instrumentos que o homem inventou
depois de ter adquirido a noção de círculo. Serve não só para traçar
círculos, como também para tomar e transferir medidas.
O Compasso, instrumento móvel, simboliza o espírito, e o
Esquadro, instrumento fixo, a matéria.
A Perpendicular e o Nível
A Perpendicular e o Nível dão, respectivamente, a Vertical e a
Horizontal. O Nível indica a Horizontal, mas ele próprio está munido
da Vertical: a Perpendicular.
O Nível é, portanto, um instrumento mais completo do que a
Perpendicular sozinha, e este é o motivo pelo qual ele é a insígnia do
Primeiro Vigilante, o único qualificado para tomar o lugar do Venerável
em caso de ausência deste.
O Nível não é apenas a Horizontal, mas ainda a Cruz, reunião
da Vertical com a Horizontal.
A Perpendicular dá a direção do centro da Terra, enquanto o
Nível dá a linha reta em Esquadro, em relação a um ponto dado com
a Perpendicular.
A Perpendicular é o símbolo da profundidade do conhecimento
e de sua retidão. O Nível mostra que o conhecimento deve relacionar-
se com o “plano terrestre”, o único capaz de interessar diretamente à
criatura humana.
O Malhete e o Cinzel
O Malhete, ou Malho, e o Cinzel servem para o desbastamento da
Pedra Bruta, estando, portanto, diretamente relacionados com o Grau
de Aprendiz.
O Malho simboliza a vontade ativa do Aprendiz. Não é uma
massa metálica, pesada e brutal, pois a vontade não deve ser de
obstinação nem teimosia; deve ser apenas firme e perseverante. Mas
o homem não pode agir diretamente sobre a matéria. O Cinzel servirá,
então, de intermediário, devendo ser continuamente amolado. Isto é,
o Aprendiz deve rever continuamente os conhecimentos adquiridos.
A Prancha de Traçar
A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os
esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico. Em outras
palavras, a Maçonaria chama, em seu simbolismo, o papel sobre o
qual se escreve de “Prancha de Traçar” e substitui o verbo escrever
pela expressão “Traçar uma Prancha”.
Simboliza esta o local onde o Mestre estabelece seus planos e onde
os aprendizes se exercitam, esboçando suas idéias, motivo pelo qual
esse símbolo já figura no “Quadro de Aprendiz”.
Conclusão
É realmente gratificante, apesar de extenuante, dado o pouco tempo
de que dispomos em virtude de nossos compromissos no mundo
profano, fazer uma pesquisa dessa natureza.
Essa é a oportunidade de nos forçarmos ao aprimoramento daquilo
que freqüentemente vemos e utilizamos, mas não conhecemos
exatamente seu significado.
Assim foi com o “Quadro do Aprendiz”. Exposto em todas as sessões
de que participam os Aprendizes Maçons, muitas vezes nos
questionamos de seu significado, sem imaginar sua real profundidade.
Obviamente, este trabalho de pesquisa não teve por finalidade exaurir
o tema, mas apenas trazer à discussão seu significado mais
superficial e básico de conhecimento sobre o “Quadro” que nos é
afeto.
Indubitavelmente, o “Quadro do Aprendiz” se revelou um tema
empolgante para o trabalho de aumento de salário, pois aborda,
dentro da mesma pesquisa, vários assuntos relevantes para a
Maçonaria.
Bibliografia
1. BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 11ª Edição.
2001.
SILVA FILHO, José Inácio da, M.: I.: Grande Loja do
Estado da Paraíba. O TEMPLO MAÇÔNICO. Alagoa Grande – PB
 O JB News esteve na Loja Barão do Rio Branco nr. 2441 em Rio Branco
(GOB/AC) na noite de quarta-feira (9), com excelente receptividade do
Eminente Grão-Mestre Ir. José Augusto, do Venerável Mestre Ir
Adalberto Alves Ferreira e dos Obreiros daquela Oficina.
Acompanhe os registros:
 Começa nesta sexta-feira em Rio Branco o I Encontro de Líderes da
Ordem DeMolay do Estado do Acre, com a presença de autoridades
nacionais. Acompanhe a programação que se encontra anexada.
 Neste sábado em São Pedro de Alcântara, às 10h00 tem Sessão da
ARLS Adonhiramita nr. 3129 e, às 14h00, após o almoço, Sessão na
GAL Perfeição Logos nr. 0541.
 Nas nossas andanças ouvimos excelentes referências sobre as fotos do
Templo Maçônico de Pomerode (SC), que foram divulgadas na edição de
ontem do JB News.
 O Bethel 08/SC Fênix tem posse da nova diretoria designada para amanhã
dia, 12 às 17h00 no Templo da Loja “Ordem e Trabalho”, na Serrinha.
Tomarão posse como Honorável Rainha a sobrinha Bianca Brasil Silva
Santos, Primeira Princesa Giulia Almeida Costamilan e 2ª. Princesa a
sobrinha Iris Mascelani Silvério. O convite encontra-se anexado a este
informativo.
 Chuletão Templário? Acesse WWW.chuletaotemplario.com.br
Do Ir. Joel Guimarães de Oliveira - Estandarte - Confraria dos Talhadores de Pedra
O Malfadado Futebol.
A 12 de outubro de 1922 durante a Sessão da Loja
“Fraternidade de Santos”, em Santos Estado de São
Paulo, ocorreu um fato curioso envolvendo o futebol. O
esporte, introduzido no Brasil em 1894 por Charles
Muller, brasileiro filho de ingleses, era nessa época
bastante difundido. Já tinham sido disputados alguns
campeonatos regionais. Havia sido criada a Federação
Brasileira de Sports, em 1914, a qual, no mesmo ano da
fundação, apresentou-se com sua seleção em Buenos
Aires, contra a Argentina, abrindo a série de jogos pela
famosa “Copa Roca”; havia sido criada a Confederação
Brasileira de Desportos que, com seu selecionado,
participou, em 1916, do I Campeonato Sul-Americano
e, naquele mesmo ano de 1922, nascia o campeonato de
seleções estaduais, com muita rivalidade.
Por isso o fato é curioso para uma sessão maçônica.
Conforme o que consta na ata daquele dia 12 de
outubro, o Obreiro Delfino Stocker de Lima refere-se
ao “malfadado foot-ball, jogo este que está contribuindo
para a desarmonia não só entre nossos patrícios, mas
também entre as nações amigas, do que pode resultar
grave situação internacional”.
Propôs, então, que a Loja Fraternidade de Santos
oficiasse aos deputados federais, solicitando a proibição
dos jogos internacionais de futebol. A proposta foi
aprovada por unanimidade na Loja e saudada com uma
prolongada bateria incessante de palmas e malhetes.
(do Livro Fragmentos da Pedra Bruta, de José Castellani).
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 168 Editoria: Ir Jerônimo Borges (Loja Templários da Nova Era - GLSC) Rio Branco (SC) 11 de fevereiro de 2011
  • 2. A qualidade de Irmão é sempre mais perfeita, e o preço muito mais justo.
  • 3. Índice desta sexta-feira: 1. Almanaque 2. A Filosofia de Descartes (pesquisa JB News) 3. O Quadro do Aprendiz (Ir. Fábio Sérgio do Amaral) 4. A Escada de Jacó (Ir. Moacir dos Santos) 5. Destaques JB
  • 4. Fundação do Japão. Patrice Lumumba, primeiro-ministro da República do Congo, é assassinado.  660 a.C. – Fundação do Japão.  641 – Fim do reinado do imperador bizantino Heráclio.  1858 – Primeira aparição da Virgem Maria a Bernadette Soubirous em Lourdes, na França.  1873 – Renúncia de Amadeu I ao reinado da Espanha.  1907 – Inicia-se o processo de beatificação do Papa Pio IX.  1919 – Friedrich Ebert torna-se presidente da Alemanha (reichpräsident).  1920 – Imabari recebe o estatuto de cidade.  1921 – Criação da Diocese de Belo Horizonte pelo Papa Bento XV.  1929 – Independência do Vaticano, segundo os tratados de Latrão.  1932 – Criação da Universidade Federal de Santa Catarina.  1945 – Termina a Conferência de Ialta.
  • 5.  1947 – Abashiri recebe o estatuto de cidade.  1961 o Em Israel, tem início o processo de Adolf Eichmann. o Patrice Lumumba, primeiro-ministro da República Democrática do Congo, é assassinado.  1963 – Os Beatles gravam o seu primeiro disco, Please Please Me.  1965 – Ringo Starr casa-se com Maureen Cox.  1971 – Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e outros países, assinam o Tratado sobre a Proibição da Colocação de Armas Nucleares e Outras Armas de Destruição em Massa no Leito do Mar e no Fundo do Oceano e em seu subsolo, banindo as armas nucleares.  1979 – Revolução Iraniana: o aiatolá Khomeini toma o poder.  1982 – O Partido dos Trabalhadores é reconhecido oficialmente pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral brasileiro.  1987 – Entra em vigor a atual constituição das Filipinas.  1990 o Após 28 anos de prisão e pressão internacional por sua liberdade, Nelson Mandela é solto por ordem do presidente Frederik de Klerk.  1998 – É solta e extraditada de volta ao Brasil Lamia Maruf Hassan, condenada à prisão perpétua pelo governo de Israel por ter participado do sequestro e da morte de um soldado israelense, em 1984.  2004 o É tornada pública uma investigação de suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo a esposa de Yasser Arafat, Suha.  2005 – Google anuncia intenção de oferecer hospedagem para a Wikipedia.  2007 – Em Portugal, um referendo nacional não atinge quorum necessário, mas a uma ligeira maioria dos votantes escolhe a despenalização do aborto (interrupção voluntária da gravidez) realizada a pedido da mulher durante as primeiras dez semanas de gravidez.  2010 – Pela primeira vez na história do Brasil, um Governador de Estado é preso no exercício do mandato: José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal é preso pela Policia Federal, acusado de corrupção. Eventos culturais e artísticos  1922 – Inicia-se a Semana de Arte Moderna, evento que é o marco inicial do Modernismo no Brasil, Eventos desportivos  1891 – Primeiro registro de uma partida de hóquei feminino, em Ottawa.  1928 – Início dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Saint Moritz. Nascimentos  1261 – Otão III, Duque da Baviera 1312.
  • 6.  1466 – Isabel de York, rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra (m. no mesmo dia em 1503).  1535 – Papa Gregório XIV (m. 1591).  1657 – Bernard le Bovier de Fontenelle, escritor francês (m. 1757).  1701 – Carlo Lodi, pintor italiano (m. 1765).  1801 – Antônio de Sousa Neto, proclamador da República Rio-Grandense a 11 de Setembro de 1836.  1802 – Lydia Maria Child, escritora abolicionista estadunidense (m. 1880).  1847 – Thomas Edison, inventor norte-americano (m. 1931).  1853 – Salvatore Pincherle, matemático italiano (m. 1936).  1881 – Carlo Carrà, pintor futurista italiano (m. 1966).  1886 – Antônio de Almeida Lustosa, bispo brasileiro (m. 1974).  1896 – Raffaele Stasi, militar italiano (m. 1917).  1907 – Caio Prado Júnior, historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro (m. 1990).  1917 – Sidney Sheldon, escritor estadunidense (m. 2007).  1920 – Faruk, penúltimo rei do Egito (m. 1965).  1926 – Leslie Nielsen, ator e comediante canadense. (m. 2010)  1934 – John Surtees, ex-piloto automobilístico britânico, vencedor da Temporada de Fórmula 1 de 1964.  1935 – Gene Vincent, músico estadunidense de rockabilly (m. 1971).  1936 – Burt Reynolds, ator estadunidense.  1938 o Manuel Noriega, militar e político panamenho. o Simone de Oliveira, cantora e atriz portuguesa.  1941 – Sérgio Mendes, músico brasileiro.  1943 – Joselito, ator espanhol.  1946 o Mário Prata, escritor brasileiro. o Ian Porterfield, futebolista inglês (m. 2007).  1947 o Edwin Luisi, ator brasileiro. o Yukio Hatoyama, político japonês.  1953 – Jeb Bush, 43º governador do Estado americano da Flórida e irmão do 43º presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.  1954 – João Cahulla, político brasileiro.  1958 – Paulo César Grande, ator brasileiro.  1959 – Roberto Pupo Moreno, ex-piloto brasileiro de F1 e Indy.  1962 – Sheryl Crow, cantora norte-americana.  1963 – José Mari Bakero, ex-futebolista e treinador espanhol de futebol.  1964 – Sarah Palin, política norte-americana.  1965 – Álvaro Peña, ex-futebolista e treinador boliviano de futebol.  1967 – Ciro Ferrara, ex-futebolista italiano.  1969 o Jennifer Aniston, atriz estadunidense. o Takeshi Obata, mangaka japonês.
  • 7. o Abdelhafid Tasfaout, ex-futebolista argelino. o Dino Toso, engenheiro automobilístico italiano (m. 2008). o Vincenzo Montalbano, futebolista e treinador de futebol italiano.  1972 o Steve McManaman, ex-futebolista inglês. o Kelly Slater, surfista norte-americano. o Craig Jones, músico norte-americano.  1973 o Patrick Wilson, músico estadunidense. o Kristian Vikernes, músico norueguês da banda Burzum.  1974 – Nick Barmby, futebolista inglês.  1975 o Pedro Emanuel, ex-futebolista angolano-português. o Matteo Sereni, futebolista italiano.  1976 – Ricardo Pereira, futebolista português.  1977 o Ioannis Okkas, futebolista cipriota. o Mike Shinoda, músico estadunidense, guitarrista da banda de rock Linkin Park.  1978 – Magda Gomes, modelo brasileira.  1979 – Mabrouk Zaid, futebolista saudita.  1980 o Titi Buengo, futebolista angolano. o Mark Bresciano, futebolista australiano. o Matthew Lawrence, ator estadunidense.  1981 o Kelly Rowland, cantora estadunidense, ex-membro das Destiny's Child. o Aritz Aduriz, futebolista espanhol.  1982 o Christian Maggio, futebolista italiano. o Florin Lovin, futebolista romeno.  1983 o Rafael van der Vaart, futebolista holandês. o Federico Agliardi, futebolista italiano. o Emmanuel Krontiris, futebolista alemão.  1984 o Khaled Kharroubi, futebolista argelino. o Maxime Talbot, jogador de hóquei no gelo canadense. o Doka Madureira, futebolista brasileiro.  1985 o Casey Dellacqua, tenista australiana. o Andrei Marinescu, futebolista romeno.  1987 o Aleqsandr Kobakhidze, futebolista georgiano. o Luca Antonelli, futebolista italiano.  1988 o Aldo, futebolista brasileiro.
  • 8. o Jacob Banda, futebolista zambiano. o Markus Joenmäki, futebolista finlandês.  1989 – Souza, futebolista brasileiro.  1990 – Ettore Mendicino, futebolista italiano.  1991 – Christofer Drew Ingle, cantor estadunidense.  1992 – Taylor Lautner, ator estaduniense. Mortes  641 – Heráclio, imperador bizantino (m. 575).  731 – Papa Gregório II  824 – Papa Pascoal I  1141 – Hugo de São Vitor, filósofo e teólogo da Idade Média (n. 1096)  1503 – Isabel de York, rainha consorte de Henrique VII de Inglaterra, de trabalho de parto (n. no mesmo dia em 1466)  1626 – Pietro Cataldi, matemático italiano (n. 1552)  1650 – René Descartes, filósofo francês (n. 1596).  1790 – Johann Tobias Krebs, organista e compositor alemão (n. 1690)  1866 – William Thomas Brande, químico britânico (n. 1788).  1868 – Jean Bernard Léon Foucault, físico e astrônomo francês (n. 1819)  1891 – Carl Johan Thyselius, foi primeiro-ministro da Suécia (n. 1811).  1903 – Jean-François de la Harpe, poeta francês (n. 1839)  1917 – Oswaldo Cruz, cientista e médico brasileiro (n. 1872)  1918 – Taitu Bitul, Imperatriz etíope (n. 1851).  1924 – Paul Feyerabend, filósofo da ciência austríaco (n. 1924).  1931 – Charles Algernon Parsons, inventor britânico (n. 1854)  1944 – Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, Militar e Governador de Angola.  1948 – Sergei Eisenstein, cineasta soviético (n. 1898).  1958 – Jossei Toda segundo presidente da Soka Gakkai.  1960 – Victor Klemperer, professor de Filologia, testemunha do Holocausto (n. 1881).  1963 – Sylvia Plath, escritora estadunidense (n. 1932)  1973 – J. Hans D. Jensen, físico alemão (n. 1907)  1978 – Harry Martinson, escritor sueco (n. 1904).  1984 – Catulo de Paula, compositor brasileiro (n. 1923)  1986 – Frank Herbert, escritor estadunidense (n. 1920)  1993 – Robert W. Holley, bioquímico estadunidense (n. 1922)  1996 – Pierre Verger, etnólogo e fotógrafo francês (n. 1902)  1996 – Quarentinha, futebolista brasileiro (n. 1933)  2000 – Roger Vadim, cineasta francês (n. 1928)  2000 – Dina Mangabeira, poetisa brasileira (n. 1923).  2002 – Traudl Junge, ex-secretária pessoal de Adolf Hitler (n. 1920)  2010 – Alexander McQueen, estilista inglês (n. 1969).
  • 9. Feriados e eventos cíclicos Camarões: Dia Nacional da Juventude.  Dia da Criação da Casa de Moeda.  Dia de Nossa Senhora de Lourdes.  Dia Mundial do Enfermo.  Dia Nacional do Japão  Emancipação Política da Cidade de Araucária PR  Irã: Dia da Pátria  Vaticano: Dia da Independência  Dia do Zelador Fatos Históricos de Santa Catarina 1728 Tem início, nesta data, a construção da estrada dos Conventos, por Francisco de Souza e Faria. 1738 Ordem Régia, desta data., incorpora o Continente de São Pedro do Rio Grande à capitania de Santa Catarina. 1749 No governo da Capitania de Santa Catarina, Manuel Escudeiro faz cumprir provisão do Conselho Ultramarino, determinando a construção da matriz de Nossa Senhora de Desterro, nos altos da Praça XV de Novembro. 1841 As tropas “farroupilhas” abandonam o município de Lages. 1892 A comarca de Joinville é elevada à categoria de 2ª Entrância. 1893 Nasce na capital catarinense João Medeiros Júnior. Foi o pioneiro na radiodifusão no Estado, fundando, em 1931, a Rádio Clube de Blumenau, com o prefixo PRC-4. 1915 Fundado, em Florianópolis, o Clube de Regatas Martinelli. 1932 Fundada, em Florianópolis, a Faculdade de Direito de Santa Catarina, iniciativa de José Arthur Boiteux. Calendário Maçônico do Dia: 1830 Fundado o Supremo Conselho do Peru 1980 Fundação da Loja “Toneza Cascaes” Nr. 37 (GOSC) em Orleans.
  • 10. René Descartes Países- terá o título de senhor de Perron, pequeno domínio do Poitou, daí o aposto "fidalgo poitevino". De 1604 a 1614, estuda no colégio jesuíta de La Flèche. Aí gozará de um regime de privilégio, pois levanta-se quando quer, o que o leva a adquirir um hábito que o acompanhará por toda sua vida: meditar no próprio leito. Apesar de apreciado por seus professores, ele se declara,
  • 11. no "Discurso sobre o Método", decepcionado com o ensino que lhe foi ministrado: a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade indiscutível, "Não encontramos aí nenhuma coisa sobre a qual não se dispute". Só as matemáticas demonstram o que afirmam: "As matemáticas agradavam-me sobretudo por causa da certeza e da evidência de seus raciocínios". Mas as matemáticas são uma exceção, uma vez que ainda não se tentou aplicar seu rigoroso método a outros domínios. Eis por que o jovem Descartes, decepcionado com a escola, parte à procura de novas fontes de conhecimento, a saber, longe dos livros e dos regentes de colégio, a experiência da vida e a reflexão pessoal: "Assim que a idade me permitiu sair da sujeição a meus preceptores, abandonei inteiramente o estudo das letras; e resolvendo não procurar outra ciência que aquela que poderia ser encontrada em mim mesmo ou no grande livro do mundo, empreguei o resto de minha juventude em viajar, em ver cortes e exércitos, conviver com pessoas de diversos temperamentos e condições". Após alguns meses de elegante lazer com sua família em Rennes, onde se ocupa com equitação e esgrima (chega mesmo a redigir um tratado de esgrima, hoje perdido), vamos encontrá-lo na Holanda engajado no exército do príncipe Maurício de Nassau. Mas é um estranho oficial que recusa qualquer soldo, que mantém seus equipamentos e suas despesas e que se declara menos um "ator" do que um "espectador": antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar. Na Holanda, ocupa-se sobretudo com matemática, ao lado de Isaac Beeckman. É dessa época (tem cerca de 23 anos) que data sua misteriosa divisa "Larvatus prodeo". Eu caminho mascarado. Segundo Pierre Frederix, Descartes quer apenas significar que é um jovem sábio disfarçado de soldado. Em 1619, ei-lo a serviço do Duque de Baviera. Em virtude do inverno, aquartela-se às margens do Danúbio. Podemos facilmente imaginá-lo alojado "numa estufa", isto é, num quarto bem aquecido por um desses fogareiros de porcelana cujo uso começa a se difundir, servido por um criado e inteiramente entregue à meditação. A 10 de novembro de
  • 12. 1619, sonhos maravilhosos advertem que está destinado a unificar todos os conhecimentos humanos por meio de uma "ciência admirável" da qual será o inventor. Mas ele aguardará até 1628 para escrever um pequeno livro em latim, as "Regras para a direção do espírito" (Regulae ad directionem ingenii). A idéia fundamental que aí se encontra é a de que a unidade do espírito humano (qualquer que seja a diversidade dos objetos da pesquisa) deve permitir a invenção de um método universal. Em seguida, Descartes prepara uma obra de física, o Tratado do Mundo, a cuja publicação ele renuncia visto que em 1633 toma conhecimento da condenação de Galileu. É certo que ele nada tem a temer da Inquisição. Entre 1629 e 1649, ele vive na Holanda, país protestante. Mas Descartes, de um lado é católico sincero (embora pouco devoto), de outro, ele antes de tudo quer fugir às querelas e preservar a própria paz. Finalmente, em 1637, ele se decide a publicar três pequenos resumos de sua obra científica: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria. Esses resumos, que quase não são lidos atualmente, são acompanhados por um prefácio e esse prefácio foi que se tornou famoso: é o Discurso sobre o Método. Ele faz ver que o seu método, inspirado nas matemáticas, é capaz de provar rigorosamente a existência de Deus e o primado da alma sobre o corpo. Desse modo, ele quer preparar os espíritos inclusive o movimento da Terra em torno do Sol! Isto não quer dizer que a metafísica seja, para Descartes, um simples acessório. Muito pelo contrário! Em 1641, aparecem as Meditações Metafísicas, sua obra-prima, acompanhadas de respostas às objeções. Em 1644, ele publica uma espécie de manual cartesiano. Os Princípios de Filosofia, dedicado à princesa palatina Elisabeth, de quem ele é, em certo sentido, o diretor de consciência e com quem troca importante correspondência. Em 1644, por ocasião da rápida viagem a Paris, Descartes encontra o embaixador da frança junto à corte sueca, Chanut, que o põe em contato com a rainha Cristina. Esta última chama Descartes para junto de si. Após muitas
  • 13. tergiversações, o filósofo, não antes de encarregar seu editor de imprimir, para antes do outono, seu Tratado das Paixões para Amsterdã e chega a Estocolmo em outubro de 1649. É ao surgir da aurora (5 da manhã!) que ele dá lições de filosofia cartesiana à sua real discípula. Descartes, que sofre atrozmente com o frio, logo se arrepende, ele que "nasceu nos jardins da Touraine", de ter vindo "viver no país dos ursos, entre rochedos e geleiras". Mas é demasiado tarde. Contrai uma pneumonia e se recusa a ingerir as drogas dos charlatões e a sofrer sangrias sistemáticas ("Poupai o sangue francês, senhores"), morrendo a 9 de fevereiro de 1650. Seu ataúde, alguns anos mais tarde, será transportado para a França. Luís XIV proibirá os funerais solenes e o elogio público do defunto: desde 1662 a Igreja Católica Romana, à qual ele parece Ter-se submetido sempre e com humildade, colocará todas as suas obras no Index. O Método Descartes quer estabelecer um método universal, inspirado no rigor matemático e em suas "longas cadeias de razão". A primeira regra é a evidência: não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto, isto é, o que "eu não tenho a menor oportunidade de duvidar". Por conseguinte, a evidência é o que salta aos olhos, é aquilo de que não posso duvidar, apesar de todos os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da dúvida, apesar de todos os resíduos, o produto do espírito crítico. Não, como diz bem Jankélévitch, "uma evidência juvenil, mas quadragenária". A segunda, é a regra da análise: "dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas forem possíveis". A terceira, é a regra da síntese: "concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus,
  • 14. aos mais complexos". A última á a dos "desmembramentos tão complexos... a ponto de estar certo de nada ter omitido". Se esse método tornou-se muito célebre, foi porque os séculos posteriores viram nele uma manifestação do livre exame e do racionalismo. ) Ele não afirma a independência da razão e a rejeição de qualquer autoridade? "Aristóteles disse" não é mais um argumento sem réplica! Só contam a clareza e a distinção das idéias. Os filósofos do século XVIII estenderão esse método a dois domínios de que Descartes, é importante ressaltar, o excluiu expressamente: o político e o religioso (Descartes é conservador em política e coloca as "verdades da fé" ao abrigo de seu método). b) O método é racionalista porque a evidência de que Descartes parte não é, de modo algum, a evidência sensível e empírica. Os sentidos nos enganam, suas indicações são confusas e obscuras, só as idéias da razão são claras e distintas. O ato da razão que percebe diretamente os primeiros princípios é a intuição. A dedução limita-se a veicular, ao longo das belas cadeias da razão, a evidência intuitiva das "naturezas simples". A dedução nada mais é do que uma intuição continuada. Metafísica No Discurso sobre o Método, Descartes pensa sobretudo na ciência. Para bem compreender sua metafísica, é necessário ler as Meditações. 1 Todos sabem que Descartes inicia seu itinerário espiritual com a dúvida. Mas é necessário compreender que essa dúvida tem um outro alcance que a dúvida metódica do cientista. Descartes duvida voluntária e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um
  • 15. argumento, por mais frágil que seja. Por conseguinte, os instrumentos da dúvida nada mais são do que os auxiliares psicológicos, de uma ascese, os instrumentos de um verdadeiro "exército espiritual". Duvidemos dos sentidos, uma vez que eles freqüentemente nos enganam, pois, diz Descartes, nunca tenho certeza de estar sonhando ou de estar desperto! (Quantas vezes acreditei-me vestido com o "robe de chambre", ocupado em escrever algo junto à lareira; na verdade, "estava despido em meu leito"). Duvidemos também das próprias evidências científicas e das verdades se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências matemáticas e físicas? Tanto quanto duvido do Ser, sempre posso duvidar do objeto (permitam-me retomar os termos do mais lúcido intérprete de Descartes, Ferdinand Alquié). Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. "Penso, cogito, logo existo, ergo sum". Não é um raciocínio (apesar do logo, do ergo), mas uma intuição, e mais sólida que a do matemático, pois é uma intuição metafísica, metamatemática. Ela trata não de um objeto, mas de um ser. Eu penso, Ego cogito (e o ego, sem aborrecer Brunschvicg, é muito mais que um simples acidente gramatical do verbo cogitare). O cogito de Descartes, portanto, não é, como já se disse, o ato de nascimento do que, em filosofia, chamamos de idealismo (o sujeito pensante e suas idéias como o fundamento de todo conhecimento), mas a descoberta do domínio ontológico (estes objetos que são as evidências matemáticas remetem a este ser que é meu pensamento). Nesse nível, entretanto, nesse momento de seu itinerário espiritual, Descartes é solipsista. Ele só tem certeza de seu ser, isto é,
  • 16. de seu ser pensante (pois, sempre duvido desse objeto que é meu corpo; a alma, diz Descartes nesse sentido, "é mais fácil de ser conhecida que o corpo"). É pelo aprofundamento de sua solidão que Descartes escapará dessa solidão. Dentre as idéias do meu cogito existe uma inteiramente extraordinária. É a idéia de perfeição, de infinito. Não posso tê-la tirado de mim mesmo, visto que sou finito e imperfeito. Eu, tão imperfeito, que tenho a idéia de Perfeição, só posso tê-la recebido de um Ser perfeito que me ultrapassa e que é o autor do meu ser. Por conseguinte, eis demonstrada a existência de Deus. E nota-se que se trata de um Deus perfeito, que, por conseguinte, é todo bondade. Eis o fantasma do gênio maligno exorcizado. Se Deus é perfeito, ele não pode ter querido enganar-me e todas as minhas idéias claras e distintas são garantidas pela veracidade divina. Uma vez que Deus existe, eu então posso crer na existência do mundo. O caminho é exatamente o inverso do seguido por São Tomás. Compreenda-se que, para tanto, não tenho o direito de guiar-me pelos sentidos (cujas mensagens permanecem confusas e que só têm um valor de sinal para os instintos do ser vivo). Só posso crer no que me é claro e distinto (por exemplo: na matéria, o que existe verdadeiramente é o que é claramente pensável, isto é, a extensão e o movimento). Alguns acham que Descartes fazia um circulo vicioso: a evidência me conduz a Deus e Deus me garante a evidência! Mas não se trata da mesma evidência. A evidência ontológica que, pelo cogito, me conduz a Deus fundamenta a evidência dos objetos matemáticos. Por conseguinte, a metafísica tem, para Descartes, uma evidência mais profunda que a ciência. É ela que fundamenta a ciência (um ateu, dirá Descartes, não pode ser geômetra!). A Quinta meditação apresenta uma outra maneira de provar a existência de Deus. Não mais se trata de partir de mim, que tenho a idéia de Deus, mas antes da idéia de Deus que há em mim. Apreender a idéia de perfeição e afirmar a existência do ser perfeito é a mesma coisa. Pois uma perfeição não-existente não seria uma perfeição. É o
  • 17. argumento ontológico, o argumento de Santo Anselmo que Descartes (que não leu Santo Anselmo) reencontra: trata-se, ainda aqui, mais de uma intuição, de uma experiência espiritual (a de um infinito que me ultrapassa) do que de um raciocínio. Ir.'. Moacir dos Santos Enviado pelo Ir Djaci Soares Menezes Campos (S.Paulo-SP) A Escada de Jacob, alegoria de origem bíblica, portanto, nem sempre está presente no recinto da Loja maçônica, a não ser no desenho do Painel da Loja...
  • 18. "Jacob pois tendo partido de Bersabé, ia para Haran. E como chegasse depois do sol posto a um certo lugar, onde ele queria passar a noite, pegou numa das pedras que ali havia ; e tendo-a posto por baixo da sua cabeça, dormiu ali mesmo. Então viu ele em sonhos uma escada, cujos pés estavam fincados sobre a terra, e o cimo tocava no céu ; e os anjos de Deus subindo e descendo por esta escada. Viu também ao Senhor firmado no cimo da escada, que lhe dizia : Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaac. Eu te darei a ti e aos teus descendentes, a terra em que tu dormes. A tua posteridade será numerosa como o pó da terra ; e tu te estenderás ao Ocidente, e ao Oriente, e ao Setentrião, e ao Meio- Dia ; e todas as tribos da terra serão benditas em ti e naquele que sairá de ti. Eu serei o teu condutor por toda a parte onde fores ; e eu te tornarei a trazer a este país ; e não te deixarei, menos que não tenha executado tudo o que te prometi. Jacob, tendo despertado depois do sono, disse: Em
  • 19. verdade que o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E cheio de medo prosseguiu : Que terrível é este lugar! Verdadeiramente não é isto outra coisa, que a casa de Deus e a porta do céu" (Gênesis, 28 – 10 a 17) A Escada de Jacob, alegoria de origem bíblica, portanto, nem sempre está presente no recinto da Loja maçônica, a não ser no desenho do Painel da Loja. Todavia, algumas Lojas costumam esculpir a escada na face frontal do Altar (ou Pedestal), no Oriente. No topo da escada há uma estrela de sete pontas. A estrela de sete pontas tem o mesmo simbolismo do número sete, que é o produto da união do ternário espiritual com o quaternário material ; o sete é considerado um número perfeito, pois representa um ciclo, ou período existencial completo. Toda a mística e toda a tradição cosmogônica ocidental assim como parte da oriental, estão baseadas no sistema setenário : a escala musical tem sete notas, sete são as cores do arco-íris, sete são os chacras principais, sete são as esferas planetárias tradicionais, sete são os pecados capitais,sete foram os dias da criação, sete são as ciências liberais. A estrela heptagonal --- assim como o menorá, candelabro de sete braços --- também simboliza os sete planetas conhecidos na Antiguidade e as sete Ciências, ou Artes Liberais : Gramática, Lógica, Retórica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia. Símbolo da via ascendente, em direção ao céu, a Escada de Jacob repousa, no Painel, dito alegórico, sobre o Livro das Sagradas Escrituras, tendo três, ou sete degraus, sobre os quais repousam os símbolos das três virtudes teologais : a Cruz (Fé), a Âncora (Esperança) e o Cálice, ou Graal (Caridade). A âncora é o símbolo da esperança; no cristianismo, ela é usada, associada à figura dos dois peixes (símbolo do cristianismo). O graal é o objeto misterioso, que, de acordo com a lenda medieval, é o cálice com que Jesus instituiu a Eucaristia ; segundo outras correntes místicas, seria a bandeja onde foi servido o cordeiro pascal, durante a última ceia. A busca posterior do Santo Graal foi um tema muito importante na literatura da Idade Média, tendo influenciado a poesia e a mitologia da Inglaterra (o rei Arthur e os seus cavaleiros da Távola Redonda) da Alemanha (o mito de Parsifal) e também das sociedades secretas importantes, como a Ordem dos Templários e o catarismo. O Santo Graal é um dos mais símbolos legendários de maior importância, beleza e
  • 20. complexidade. Segundo a lenda, a posse dele, por alguém, asseguraria eterna juventude ao seu possuidor. Manly Palmer Hall destaca que "a busca do Santo Graal foi a mais misteriosa e importante das lendas cavalheirescas. O sangue do Cristo, sempre fluindo no interior do graal, simboliza sua verdadeira doutrina ; e o cálice que o contém, sua escola esotérica, o cálice de sues adeptos. A busca do graal representa a aventura espiritual da regeneração e as provas e tribulações dos cavaleiros simbolizam as etapas da iniciação nos mistérios espirituais do Cristo". O graal é o símbolo da caridade. A cruz é um símbolo bastante antigo e de caráter universal, simbolizando a união dos opostos e a harmonia entre Deus e a Terra. Um dos mais antigos símbolos cósmicos, indica os quatro pontos cardeais, sendo base de todos os símbolos de orientação : terrestre, celeste, espacial e temporal. O braço vertical liga os pólos ao plano do equador ; o braço horizontal relaciona-se com os solstícios e os equinócios. Em seu ponto de encontro inscreve-se o centro. Embora possa ser encontrada com um número muito grande de variações, o modelo básico é sempre a interseção de dois segmentos de reta, um vertical e outro horizontal. O significado arquetipal do simbolismo da cruz é sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical, masculino, com o eixo horizontal, feminino; o positivo com o negativo ; o superiro com o inferior , o tempo com o espaço; o Sol com a Lua; o ativo com o passivo ; a vida com a morte. A idéia central contida na simbologia da crucificação do Cristo é a união dos opostos e a razão pela qual ela foi escolhida como máximo emblema do cristianismo. O sentido básico da crucificação é o de experimentar a essência do antagonismo, uma idéia que fica na raiz da existência, pois tudo, no Universo, nasce e se desenvolve a partir do doloroso choque de forças antagônicas. O significado religioso e esotérico da cruz, todavia, é muito antigo e não se prende a um tempo, ou a uma só civilização, sendo comum encontrá-lo entre os egípcios, romanos, celtas, fenícios, etruscos e indígenas das Américas Central e do Norte. Cirlot, um dos grandes estudiosos dos símbolos, explica que a cruz, como o símbolo da "árvore da vida" , funciona como emblema do eixo do mundo. Situada no centro, ou no coração místico do cosmos, a cruz,
  • 21. simbolicamente, transforma-se na escada através da qual a alma pode chegar a Deus. Ela afirma, assim, a relação básica entre o mundo celestial e o terreno (1). Existem vários tipos de cruz:  A cruz simples é a forma básica, com as hastes horizontal e vertical cruzando-se exatamente no meio de cada uma, como símbolo perfeito da união dos opostos. É também chamada de cruz grega. A cruz de Santo Antônio, ou tau reproduz o desenho da letra grega tau (T). Ela já era usada pelos antigos egípcios, como a representação de um martelo de duas cabeças, o sinal "daquele que faz cumprir". Para os gauleses, é o martelo do deus escandinavo Thor.  A cruz latina, ou cruz cristã, era, originalmente a representação de um patíbulo, com uma trave vertical longa e uma trave horizontal, mais curta, próxima ao topo. Ela era bastante usada pelos romanos, para a execução de criminosos, como, posteriormente, se usaria a forca (entre os judeus, a execução era feita por lapidação, ou por apedrejamento, mas nunca por crucificação).  A cruz de Santo André, com o formato de um "xis", tem esse nome porque Santo André teria sido martirizado numa cruz com essa forma. É o símbolo da união do mundo superior com o inferior. Também é a representação do infinito incognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito (e assim está presente na Prancheta da Loja maçônica).  A cruz ansata, com o formato de um tau, sobre o qual há um círculo, no topo da haste vertical, é um importante símbolo solar egípcio. Ela era um hieróglifo, que significa "vida", exprimindo uma profunda idéia : a do círculo da vida, colocando-se sobre a matéria inerte, para vivificá-la.  A cruz gamada, ou suástica é um símbolo muito antigo e importante : ela representa a energia criativa do cosmos em movimento. Graças a isso, ela pode ter dois sentidos : o destrógiro, ou no sentido dos ponteiro do relógio, quando seus braços sugerem movimento para a direita ; e o sinistrógiro, ou no sentido anti-horário, quando seus braços sugerem movimento para a esquerda. No primeiro caso, ela é considerada evolutiva e benéfica ; no segundo, maléfica e involutiva. René Guénon estabeleceu uma relação entre este símbolo e o da
  • 22. dupla espiral, igualmente relacionada com o tai-chi oriental. Lamentavelmente, um símbolo tão belo e tão profundo adquiriu má reputação, depois de ter sido usado pelos nazistas, no século XX, como símbolo do seu movimento político-ideológico. No Ocidente, ela é chamada de cruz gamada, devido à sua semelhança com a letra grega gama.  A cruz quádrupla é formada por duas paralelas horizontais e duas verticais, que se cruzam, formando um quadrado fechado, reforçando, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também, pelo espaço delimitado que forma, a limitação da capacidade do Homem. Está também presente na Prancheta da Loja.  A cruz de Malta, ou cruz de São João, com quatro pontas bipartidas, na extremidade, é, no sentido místico, a representação das forças centrípetas do espírito. Emblema da Ordem dos cavaleiros de São João, da ilha de Malta, é também usada em condecorações militares.  A cruz forcada, ou teutônica, composta por um ramo vertical e um horizontal, tendo, cada um deles, nas pontas, um pequeno ramo tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de "forcada" porque forcado é um utensílio da lavoura, formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de bifurcação.  A cruz de Lorena, ou cruz patriarcal é formada por um ramo vertical e por dois ramos horizontais desiguais --- o inferior mais longo do que o superior (representando os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. Seu nome é alusivo à região da Lorraine, situada na parte oriental da França).  A cruz rosa-cruz tem significado místico e alegórico. Ela é interpretada como o corpo físico do Homem, com os braços estendidos, em saudação ao Sol (que simboliza a Luz Maior) no Oriente. A rosa, no centro da cruz, ou seja, no cruzamento das hastes vertical e horizontal, simboliza a alma humana, o "eu" interior, que vai se desenvolvendo, no ser humano, à medida que ele recebe mais luz. Colocada no centro da cruz, a rosa representa o ponto de unidade. Na escada de Jacob, a figura é a de uma cruz latina. O uso da Escada de Jacob, no simbolismo maçônico, é um produto dos últimos anos do século XVIII, na Inglaterra, já que, antes disso, ele não era
  • 23. conhecido e nem mencionado. No final desse século, já surgia literatura referente à fé, à esperança e à caridade ; mais recentemente é que as três virtudes foram colocadas sobre degraus da Escada de Jacob, mas com grandes variações, inclusive apenas com as letras F (Faith), H (Hope) e C (Charity). Esses símbolos, antes disso, freqüentavam os antigos certificados maçônicos ingleses, com desenhos muito variados. Colin Dyer narra que, no certificado concedido a William Preston (famoso autor do final do século XVIII e início do XIX) pela Loja Antiquity nº 1, estavam presentes as três colunas das principais ordens arquitetônicas gregas, em cujos topos eram representadas as três virtudes : para a fé, uma figura feminina, portando uma cruz ; para a esperança, outra figura feminina, com uma âncora ; e, para a caridade, uma terceira figura feminina, cuidando de crianças e socorrendo a pobres e aleijados (2). Não havia, ainda, nessa época, qualquer relação com a Escada, o que surgiria, junto com outros símbolos, quando a conexão com o cristianismo tornou-se patente. O número fixo de degraus (sete) surgiu de uma influência antiga, mas totalmente dissociada da experiência onírica de Jacob. A escada de sete degraus foi usada nos mistérios da Índia, para simbolizar a ascensão da alma à perfeição ; os degraus eram, usualmente, chamados de "portas", ou "portões". Como Jacob teria exclamado, ao despertar, "isto é a casa de Deus e a porta do céu", foi o que bastou para que pretendidos exegetas associassem a escada onírica de Jacob com a escada indiana, embora o texto bíblico, em nenhum momento fale em número de degraus, já que uma escada para o céu teria um número imenso e praticamente incontável, ao contrário da escada dos mistérios da Índia, cujos degraus são apenas etapas que devem ser vencidas pela alma, no caminho da perfeição. A redução para três degraus foi apenas em atenção ao fato de que cada degrau representaria uma das três virtudes. Quando a escada tem sete degraus, a representação das virtudes ocupa os degraus ímpares, com exceção do primeiro. Mas os primeiros painéis não tinham número fixo de degraus e o seu topo, enfumaçado pela nuvens, sugeria que eles se elevavam mais ainda, sendo incontáveis. Bibliografia: 1. J. E. Cirlot, en "Dictionary of Simbols" – Madrid – 1962.
  • 24. 2. Colin Dyer, in Symbolism in Craft Freemasonry – Lewis Masonic – London – 1983. Ir FÁBIO SÉRGIO DO AMARAL A.: M.: A.: R.: L.: S.: Theobaldo Varoli Filho Introdução No início, qualquer local podia ser transformado em Templo. Bastava desenhar com giz, no chão, o “Quadro” simbólico do grau em que a Oficina trabalhava. Após a reunião, bastava apagar o “Quadro”. Mais tarde surgiram as telas pintadas, desenroladas no início das reuniões. Atualmente, os Templos reproduzem todos os símbolos do “Quadro”.
  • 25. No eixo longitudinal do Templo, estende-se, sobre um cavalete, voltado para o Ocidente, o Painel Simbólico do Grau, de modo a permitir a livre circulação entre o Norte e o Sul. Entre o Painel Simbólico do Grau e o Altar dos Juramentos deve haver espaço suficiente para a passagem de uma pessoa. Esse “Quadro” comporta Duas Colunas, encimadas por Romãs, enquadrando uma Porta à qual conduzem Três Degraus; estes, seguidos de um Adro em Mosaico. Vêem-se aí também Três Janelas, uma Pedra Bruta e uma Pedra Cúbica Pontiaguda. Uma Corda com Três Nós emoldura esse “Quadro”, que compreende, além disso, o Sol e a Lua, as duas luminárias, o Esquadro e o Compasso, a Perpendicular e o Nível, o Malhete e o Cinzel, e a Prancha de Traçar. Composição do quadro e seu significado As Duas Colunas A coluna colocada ao Norte, à esquerda de quem entra no Templo, tem esculpida no fuste a letra B, enquanto que a coluna colocada ao Sul, à direita de quem entra no Templo, tem esculpida no seu fuste a letra J, ambas em posição de leitura para o Venerável Mestre. É tão difícil conceber, de acordo com a bíblia, como eram feitas as duas colunas colocadas diante do Templo, quanto o próprio Templo. Os autores estão longe de chegar a um acordo e os pormenores dados são tão confusos que os escritores maçônicos só chegam a um acordo quanto às características principais. O nome da coluna da direita era Yakhin, que significa “ele tornará estável”,e o da coluna da esquerda era Bo’az, “nele há
  • 26. força”.Variações posteriores conduziram Yakhin aos nomes Yahvé, Yakhun e Jachin, que significa “ele estabelecerá”. Já Bo’az variou para Be’oz, Baïz e Booz, que significa “na força”. As duas palavras significam, portanto, “Deus estabeleceu na força, solidamente, o templo e a religião de que Ele é o centro”. As Romãs O simbolismo religioso da Romã deve ser considerado em primeiro lugar: caridade, humildade e união são as primeiras virtudes que lhe são associadas. Pode ser considerada ainda o símbolo representante da fecundidade. Os três Degraus A passagem do mundo profano para o plano iniciático não pode ser realizada diretamente e os Três Degraus simbólicos são necessários: eles marcam o Iniciado, isto é, o Aprendiz. Os Três Degraus representam sucessivamente o plano físico ou material, o plano intermediário, chamado de plano “astral”, e o plano
  • 27. psíquico ou mental. Estes três planos correspondem à divisão ternária do ser humano em corpo, alma e espírito. O Pavimento Mosaico O soalho do Ocidente é representado pelo Piso Mosaico, constituído de lajes quadradas, brancas e pretas, dispostas, alternadamente, formando um tabuleiro de xadrez. Os ladrilhos devem ser de tamanho que proporcione a medida dos passos regulares da Maçonaria que, no Rito Escocês Antigo e Aceito, são seguidos com os pés em esquadria, abertos para frente. O Pavimento Mosaico extensivo ao soalho do Ocidente foi a norma nas Grandes Lojas do Brasil até 1942, quando, a partir de então, por iniciativa do Irmão General Joaquim Moreira Sampaio, sucessor do Irmão Mário Behring, ficou restrito ao centro do Templo, com o formato de um tabuleiro de xadrez circundado por uma orla dentada, sobre o qual era proibido pisar, salvo nas passagens ritualísticas previstas. O simbolismo do piso pode ter variadas interpretações, tais como: “emblema a variedade do solo terrestre,...simboliza a união de todos
  • 28. os Maçons do Globo...”; ou “o Piso Mosaico é na Maçonaria a imagem da objetividade...”. Com efeito, o simbolismo do Piso Mosaico geralmente admitido é o do Bem e do Mal inerentes à existência terrestre. Trevas e Luzes estão ligadas no Piso Mosaico. Mas é também o Corpo e o Espírito, unidos, mas não confundidos. As Três Janelas Três Janelas são representadas no “Quadro do Aprendiz”: a primeira a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente. Nenhuma janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma rede de arame. Elas representam as três portas do templo de Salomão. Ora, na Bíblia se diz (I Livro dos Reis, VI, 4): “O Rei fez na casa janelas com grande fixas”.
  • 29. A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade; a do Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz que, à medida que se torna mais fraca, convida ao repouso. Os trabalhos dos Maçons começam, simbolicamente, ao Meio- Dia e terminam à Meia-Noite. Os aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim toda a luz da janela do Meio-Dia. A Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Pedra Cúbica Pontiaguda Como se sabe, o trabalho do Aprendiz consiste em desbastar a Pedra Bruta, transformando-a num cubo que é um sólido geométrico perfeito, pois se encaixa nas construções perfeitamente, sem deixar espaços vazios. Assim a pedra pode ser polida, sem ter o formato cúbico exigido para o uso nas construções. Portanto, a terminologia correta é Pedra Cúbica e não Pedra Polida. A Pedra Cúbica, o hexaedro, é a obra-prima que o Aprendiz deve realizar. A Pedra Cúbica do “Quadro do Aprendiz” é encimada por uma pirâmide quadrangular, chamada Pedra Cúbica Pontiaguda.
  • 30. A Pedra Cúbica Pontiaguda é destinada a afiar os instrumentos e termina em pirâmide, símbolo do fogo, para que aí sejam inscritos os números sagrados. A Corda de Nós Dá-se o nome de “Borda Dentada” à corda de nós que rodeia o “Quadro de Aprendiz”. Trata-se de uma corda formando nós, chamados laços de amor, e terminada por uma borla em cada extremidade. Os primeiros Maçons deram aos nós da “Borda Dentada” a forma de laços de amor. Esse é um nó muito simples, que consiste num anel onde é introduzida a outra extremidade. Por que esse nó é chamado “laço do amor”? Essa questão não pode ser respondida, pois não se sabe sua resposta. Esses nós entrelaçados são a imagem da união fraterna que liga todos os Maçons do Globo, sem distinção de seitas, nem
  • 31. condições. Seu entrelaçamento simboliza também o segredo que deve rodear nossos mistérios. O Sol e a Lua No alto, à direita e à esquerda do quadro são representados o Sol e a Lua, as duas Luminárias. O sol, ativo, fica à direita, do lado da coluna J, e a Lua, passiva, à esquerda, do lado da coluna B. Na Loja, os trabalhos são iniciados simbolicamente ao Meio-dia, quando o Sol está no Zênite, e fechados à Meia-Noite, quando ele está no Nadir. As três luzes da Loja, de acordo com os antigos rituais são o Sol, a Lua e o Mestre da Loja. O Sol corresponde ao Orador e a Lua ao Secretário. O Esquadro e o Compasso
  • 32. No simbolismo maçônico, esses dois instrumentos estão sempre associados. O Esquadro é um instrumento cuja propriedade é tornar os corpos quadrados. O Esquadro pendurado no cordão do Venerável significa que sua vontade é a dos estatutos da Ordem e que ela só deve agir de uma maneira: a do bem. O Compasso é um dos instrumentos que o homem inventou depois de ter adquirido a noção de círculo. Serve não só para traçar círculos, como também para tomar e transferir medidas. O Compasso, instrumento móvel, simboliza o espírito, e o Esquadro, instrumento fixo, a matéria. A Perpendicular e o Nível A Perpendicular e o Nível dão, respectivamente, a Vertical e a Horizontal. O Nível indica a Horizontal, mas ele próprio está munido da Vertical: a Perpendicular. O Nível é, portanto, um instrumento mais completo do que a Perpendicular sozinha, e este é o motivo pelo qual ele é a insígnia do Primeiro Vigilante, o único qualificado para tomar o lugar do Venerável em caso de ausência deste. O Nível não é apenas a Horizontal, mas ainda a Cruz, reunião da Vertical com a Horizontal. A Perpendicular dá a direção do centro da Terra, enquanto o Nível dá a linha reta em Esquadro, em relação a um ponto dado com a Perpendicular.
  • 33. A Perpendicular é o símbolo da profundidade do conhecimento e de sua retidão. O Nível mostra que o conhecimento deve relacionar- se com o “plano terrestre”, o único capaz de interessar diretamente à criatura humana. O Malhete e o Cinzel O Malhete, ou Malho, e o Cinzel servem para o desbastamento da Pedra Bruta, estando, portanto, diretamente relacionados com o Grau de Aprendiz. O Malho simboliza a vontade ativa do Aprendiz. Não é uma massa metálica, pesada e brutal, pois a vontade não deve ser de obstinação nem teimosia; deve ser apenas firme e perseverante. Mas o homem não pode agir diretamente sobre a matéria. O Cinzel servirá, então, de intermediário, devendo ser continuamente amolado. Isto é, o Aprendiz deve rever continuamente os conhecimentos adquiridos. A Prancha de Traçar
  • 34. A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico. Em outras palavras, a Maçonaria chama, em seu simbolismo, o papel sobre o qual se escreve de “Prancha de Traçar” e substitui o verbo escrever pela expressão “Traçar uma Prancha”. Simboliza esta o local onde o Mestre estabelece seus planos e onde os aprendizes se exercitam, esboçando suas idéias, motivo pelo qual esse símbolo já figura no “Quadro de Aprendiz”. Conclusão É realmente gratificante, apesar de extenuante, dado o pouco tempo de que dispomos em virtude de nossos compromissos no mundo profano, fazer uma pesquisa dessa natureza. Essa é a oportunidade de nos forçarmos ao aprimoramento daquilo que freqüentemente vemos e utilizamos, mas não conhecemos exatamente seu significado. Assim foi com o “Quadro do Aprendiz”. Exposto em todas as sessões de que participam os Aprendizes Maçons, muitas vezes nos questionamos de seu significado, sem imaginar sua real profundidade. Obviamente, este trabalho de pesquisa não teve por finalidade exaurir o tema, mas apenas trazer à discussão seu significado mais superficial e básico de conhecimento sobre o “Quadro” que nos é afeto. Indubitavelmente, o “Quadro do Aprendiz” se revelou um tema empolgante para o trabalho de aumento de salário, pois aborda, dentro da mesma pesquisa, vários assuntos relevantes para a Maçonaria. Bibliografia 1. BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 11ª Edição. 2001. SILVA FILHO, José Inácio da, M.: I.: Grande Loja do Estado da Paraíba. O TEMPLO MAÇÔNICO. Alagoa Grande – PB
  • 35.  O JB News esteve na Loja Barão do Rio Branco nr. 2441 em Rio Branco (GOB/AC) na noite de quarta-feira (9), com excelente receptividade do Eminente Grão-Mestre Ir. José Augusto, do Venerável Mestre Ir Adalberto Alves Ferreira e dos Obreiros daquela Oficina. Acompanhe os registros:
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  • 37.
  • 38.  Começa nesta sexta-feira em Rio Branco o I Encontro de Líderes da Ordem DeMolay do Estado do Acre, com a presença de autoridades nacionais. Acompanhe a programação que se encontra anexada.  Neste sábado em São Pedro de Alcântara, às 10h00 tem Sessão da ARLS Adonhiramita nr. 3129 e, às 14h00, após o almoço, Sessão na GAL Perfeição Logos nr. 0541.  Nas nossas andanças ouvimos excelentes referências sobre as fotos do Templo Maçônico de Pomerode (SC), que foram divulgadas na edição de ontem do JB News.  O Bethel 08/SC Fênix tem posse da nova diretoria designada para amanhã dia, 12 às 17h00 no Templo da Loja “Ordem e Trabalho”, na Serrinha.
  • 39. Tomarão posse como Honorável Rainha a sobrinha Bianca Brasil Silva Santos, Primeira Princesa Giulia Almeida Costamilan e 2ª. Princesa a sobrinha Iris Mascelani Silvério. O convite encontra-se anexado a este informativo.  Chuletão Templário? Acesse WWW.chuletaotemplario.com.br Do Ir. Joel Guimarães de Oliveira - Estandarte - Confraria dos Talhadores de Pedra
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  • 41. O Malfadado Futebol. A 12 de outubro de 1922 durante a Sessão da Loja “Fraternidade de Santos”, em Santos Estado de São Paulo, ocorreu um fato curioso envolvendo o futebol. O esporte, introduzido no Brasil em 1894 por Charles Muller, brasileiro filho de ingleses, era nessa época bastante difundido. Já tinham sido disputados alguns campeonatos regionais. Havia sido criada a Federação Brasileira de Sports, em 1914, a qual, no mesmo ano da fundação, apresentou-se com sua seleção em Buenos
  • 42. Aires, contra a Argentina, abrindo a série de jogos pela famosa “Copa Roca”; havia sido criada a Confederação Brasileira de Desportos que, com seu selecionado, participou, em 1916, do I Campeonato Sul-Americano e, naquele mesmo ano de 1922, nascia o campeonato de seleções estaduais, com muita rivalidade. Por isso o fato é curioso para uma sessão maçônica. Conforme o que consta na ata daquele dia 12 de outubro, o Obreiro Delfino Stocker de Lima refere-se ao “malfadado foot-ball, jogo este que está contribuindo para a desarmonia não só entre nossos patrícios, mas também entre as nações amigas, do que pode resultar grave situação internacional”. Propôs, então, que a Loja Fraternidade de Santos oficiasse aos deputados federais, solicitando a proibição dos jogos internacionais de futebol. A proposta foi aprovada por unanimidade na Loja e saudada com uma prolongada bateria incessante de palmas e malhetes. (do Livro Fragmentos da Pedra Bruta, de José Castellani).