Este documento discute a inovação no âmbito microeconômico. Apresenta dados que mostram que empresas inovadoras têm maior crescimento, produtividade e pagam salários mais altos do que empresas não inovadoras. Defende que a inovação é uma estratégia importante para a competitividade e sustentabilidade dos negócios.
O documento discute a relação entre inovação e produtividade no Brasil. Ele resume pesquisas que mostram que empresas que inovam em processo ou produto têm maior produtividade do que empresas que não inovam. Além disso, investimentos em P&D têm maior impacto na produtividade de setores de alta intensidade tecnológica, enquanto o estoque de capital afeta mais setores de baixa intensidade tecnológica. O documento conclui que, para aumentar produtividade de forma sustentada, as empresas devem focar em
Este relatório apresenta 19 exemplos de negócios inclusivos no Brasil e discute os desafios e oportunidades do ecossistema de negócios inclusivos no país. O relatório argumenta que os negócios inclusivos podem contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e destaca o papel importante que o setor privado pode desempenhar na inclusão social no Brasil.
1) O documento analisa as diferenças de produtividade entre firmas exportadoras e não-exportadoras na indústria brasileira entre 1997 e 2003.
2) Os resultados mostram que as firmas exportadoras apresentam maiores níveis de produtividade do que as não-exportadoras.
3) A explicação mais provável para essa diferença é a hipótese de seleção, onde os mercados de exportação selecionam as firmas mais eficientes.
O documento resume os principais impactos econômicos e empresariais da Indústria 4.0. Estes incluem: um aumento da produtividade e queda dos custos de produção, mudanças dramáticas no mercado de trabalho com substituição de empregos por automação, e uma maior concorrência entre empresas focada na inovação.
Indicadores competitividade Sistemico Estrutural e EmpresarialFabio Ono
O documento discute indicadores nacionais e internacionais de competitividade, apresentando um modelo para segmentá-los em três níveis: país/estado, território/município e empresa. Ele resume vários rankings e índices, descrevendo suas variáveis e limitações, e fornece exemplos comparativos entre países.
O documento descreve a trajetória da empresa Gávea Sensors, desde sua origem no
Laboratório de Sensores a Fibra Óptica da PUC-Rio até se tornar uma empresa de sucesso.
Detalha os principais marcos, como o primeiro contrato com a Petrobras em 1999 e o
lançamento como spin-off em 2003, além dos incentivos e parcerias que contribuíram para seu
crescimento, como projetos aprovados junto à Finep e Faperj.
O documento discute a relação entre inovação e produtividade no Brasil. Ele resume pesquisas que mostram que empresas que inovam em processo ou produto têm maior produtividade do que empresas que não inovam. Além disso, investimentos em P&D têm maior impacto na produtividade de setores de alta intensidade tecnológica, enquanto o estoque de capital afeta mais setores de baixa intensidade tecnológica. O documento conclui que, para aumentar produtividade de forma sustentada, as empresas devem focar em
Este relatório apresenta 19 exemplos de negócios inclusivos no Brasil e discute os desafios e oportunidades do ecossistema de negócios inclusivos no país. O relatório argumenta que os negócios inclusivos podem contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e destaca o papel importante que o setor privado pode desempenhar na inclusão social no Brasil.
1) O documento analisa as diferenças de produtividade entre firmas exportadoras e não-exportadoras na indústria brasileira entre 1997 e 2003.
2) Os resultados mostram que as firmas exportadoras apresentam maiores níveis de produtividade do que as não-exportadoras.
3) A explicação mais provável para essa diferença é a hipótese de seleção, onde os mercados de exportação selecionam as firmas mais eficientes.
O documento resume os principais impactos econômicos e empresariais da Indústria 4.0. Estes incluem: um aumento da produtividade e queda dos custos de produção, mudanças dramáticas no mercado de trabalho com substituição de empregos por automação, e uma maior concorrência entre empresas focada na inovação.
Indicadores competitividade Sistemico Estrutural e EmpresarialFabio Ono
O documento discute indicadores nacionais e internacionais de competitividade, apresentando um modelo para segmentá-los em três níveis: país/estado, território/município e empresa. Ele resume vários rankings e índices, descrevendo suas variáveis e limitações, e fornece exemplos comparativos entre países.
O documento descreve a trajetória da empresa Gávea Sensors, desde sua origem no
Laboratório de Sensores a Fibra Óptica da PUC-Rio até se tornar uma empresa de sucesso.
Detalha os principais marcos, como o primeiro contrato com a Petrobras em 1999 e o
lançamento como spin-off em 2003, além dos incentivos e parcerias que contribuíram para seu
crescimento, como projetos aprovados junto à Finep e Faperj.
O documento analisa o grau de maturidade em gestão da inovação em empresas de TI de Minas Gerais. Ele apresenta uma revisão bibliográfica sobre inovação e gestão da inovação, descreve a metodologia de pesquisa realizada por questionário com empresas de TI, e apresenta os resultados da análise dos questionários sobre indicadores de entrada, saída e formas de inovação nas empresas.
O documento discute indicadores para medir a competitividade da indústria brasileira, comparando-a com outros países. Apresenta dados sobre a participação do Brasil nas exportações globais e fatores que determinam a competitividade, como custo da mão de obra, produtividade e inovação. Também compara o Brasil com 15 países em indicadores como disponibilidade e custo da mão de obra.
O documento discute as políticas industriais e de inovação do Brasil e seus efeitos negativos na economia. A participação da indústria no PIB caiu significativamente nos últimos anos, em parte devido a erros nas políticas macroeconômicas e microeconômicas. Além disso, os esforços de inovação estagnaram, com pouca difusão de novas tecnologias nas empresas, resultando em baixa produtividade e aumento dos custos. As políticas de financiamento para investimento e inovação não conseguiram
A pesquisa foi realizada com a participação das empresas do CRI Nacional do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC buscando explorar a percepção das mesmas sobre os investimentos em tecnologias associadas ao tema “Indústria 4.0” e nos possíveis ganhos de produtividade.
A amostra envolve 52 respondentes em funções de liderança nas empresas em que atuam. Finalmente, os resultados alcançados em 2017 não diferem significativamente da
mesma pesquisa realizada em 2016, sugerindo poucos avanços do tema no Brasil.
Mudança tecnológica e competitividade industrial são dois conceitos fundamentais que integram os modelos evolucionários e kaldorianos de crescimento para economias abertas1. Em ambos os modelos são incorporados os efeitos interativos ou a causação circular entre crescimento industrial, inovações tecnológicas e competitividade das exportações. O princípio da demanda efetiva é outro elemento comum entre os dois modelos. Ambos compartilham a afinidade com as abordagens das vantagens construídas ou das capacitações. Enquanto alguns aspectos fundamentais da mudança tecnológica e da competitividade industrial compõem o objeto de análise da abordagem evolucionária, o tratamento mais consistente dos aspectos macroeconômicos das economias abertas é um dos méritos da abordagem kaldoriana.
Com tantas similaridades e complementaridades, fica claro que a integração dessas abordagens representa uma linha de pesquisa mais condizente com a realidade das economias para as quais não se pode negligenciar o papel dinamizador do comércio exterior. Obviamente, essa integração aumenta o grau de complexidade dos modelos de crescimento econômico, os quais deverão tratar simultaneamente da diversidade microeconômica, da causalidade circular e da composição macroeconômica. Por conta dessa complexidade, esses modelos deverão ser do tipo multissetorial, contemplando as conexões intersetoriais que definirão os parâmetros e as interações micro-macroeconômicos do modelo.
Este artigo decorre do esforço de uma pesquisa teórica que tem por objetivo integrar as abordagens evolucionárias e kaldorianas para analisar as relações de causalidade entre inovações tecnológicas, competitividade industrial e crescimento econômico. No presente momento, esse esforço está voltado para o desenvolvimento de um modelo teórico com o qual se pretende analisar os fundamentos normativos das políticas industriais e tecnológicas de promoção do crescimento econômico via comércio exterior. Em vista das complexas relações de determinação que emergem de uma abordagem em que são contempladas a diversidade setorial e a causalidade circular (feedback loop) entre as variáveis micro e macroeconômicas, as inferências empíricas desse modelo requerem uma estrutura de modelagem apropriada à realização dos exercícios e testes de simulação. Contudo, no estágio atual desta pesquisa, ainda não foi possível a realização desses exercícios.
Na ausência de estudos empíricos, todos as seções deste artigo apresentam análises de natureza teórica. A primeira seção é dedicada às análises dos conceitos de competitividade e de inovação. O propósito dessas análises é delimitar o campo da pesquisa em torno das teorias das vantagens construídas ou das capacitações, as quais enfatizam a importância do comércio intra-industri
O documento fornece estatísticas sobre empresas brasileiras e paulistas, discute conceitos de inovação e destaca formas como pequenas empresas podem inovar, como por meio de novos produtos, processos ou mercados. O SEBRAE-SP oferece diversos programas e serviços para apoiar a inovação em pequenas empresas.
1. O documento discute as políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e por que elas têm sido pouco eficazes em promover a capacidade de inovação tecnológica. 2. Ele argumenta que as características estruturais do setor produtivo brasileiro, com poucas empresas nacionais em setores dinâmicos e de alta tecnologia, neutralizam os efeitos das políticas. 3. Sugere que as políticas precisam criar condições para o fortalecimento de empresas nacionais nesses setores para que
O documento discute a indústria têxtil em Sergipe no século XIX e atualmente. A cadeia têxtil e confecções representa 9,5% da produção industrial do estado e é composta principalmente por micro e pequenas empresas. O SEBRAE vem procurando inserir a cultura de inovação nessas empresas através do projeto Agentes Locais de Inovação desde 2009. O estudo investigou como esse programa melhorou os processos de inovação em 6 empresas participantes.
1) O documento analisa a relação entre inovação e porte das empresas, comparando a contribuição de grandes e pequenas empresas para a atividade de inovação.
2) Os dados da pesquisa CIS6 e PINTEC mostram que, embora a taxa de inovação aumente com o porte da empresa, o esforço inovativo é maior entre pequenas empresas em muitos países.
3) Isso destaca a importância das pequenas empresas para a inovação, contrariando análises que enfatizam apenas a contribuição delas para o emprego.
Este documento analisa a participação de subsidiárias brasileiras de empresas transnacionais em suas atividades globais de P&D. Ele compara dados de patentes e publicações científicas de subsidiárias no Brasil com subsidiárias em outros países, nos setores de telecomunicações, informática e eletrônica. Os resultados mostram que a participação brasileira em patentes internacionais é baixa em comparação com outros países em desenvolvimento, indicando pouca envolvimento de subsidiárias brasileiras no desenvolvimento tecnológico global dessas empresas.
Critérios de seleção de propjetos para incubadorasJosé Adeodato
1. O documento discute políticas de incubadoras de empresas, focando nos fatores de seleção de projetos para incubação.
2. Argumenta-se que a análise da competitividade de um projeto é mais importante do que seu conteúdo tecnológico. Graus de diferenciação e proteção de uma inovação afetam sua vantagem competitiva.
3. A capacidade de proteger uma inovação contra cópia, por meio de patentes, segredos industriais ou conhecimento diferenciado, deve ser um critério chave na
O documento discute a competitividade da indústria automobilística brasileira, comparando seus fatores de custo e competitividade com outros países. Analisa questões como mão de obra, tributação, financiamento, capacidade de inovação e perspectivas de crescimento do setor. Conclui que é necessário um trabalho conjunto entre governo e indústria para reduzir custos indiretos, melhorar a infraestrutura e incentivar P&D, a fim de aumentar a competitividade do setor no mercado global.
1) O documento apresenta indicadores sobre o empreendedorismo em Portugal entre 2004-2007, incluindo taxas de natalidade, mortalidade e sobrevivência de empresas.
2) Em 2007, 167.473 novas empresas foram criadas, com taxas de natalidade mais altas nos serviços do que na indústria. Cerca de 30% das empresas não sobrevivem ao primeiro ano.
3) A indústria teve as maiores taxas de sobrevivência no primeiro ano, enquanto a construção teve as maiores taxas a 2 e 3 anos. As
A construção de modelos macroeconômicos está apoiada no pressuposto da existência de um padrão único de comportamento dos agentes econômicos que delineiam cada agregado macroeconômico. O modelo apresentado neste artigo não foge a regra. No entanto, a adoção desse pressuposto não é aplicada a todas as equações do modelo. O princípio evolucionário da diversidade dos padrões de mudança tecnológica e de concorrência no âmbito da indústria é introduzido neste modelo, o que implica a adoção de um conjunto de distintas equações de competitividade, cada uma delas referente a um grupo setorial específico.
As equações relativas aos determinantes dos gastos de consumo e de investimento que serão utilizadas no modelo de simulação foram elaboradas dentro dos preceitos da abordagem kaldoriana, sendo, portanto, compatíveis com o pressuposto descrito acima. As equações de exportação e de importação, por sua vez, seguem o princípio evolucionário da diversidade. De acordo com a abordagem evolucionária, a diversidade em termos dos determinantes do nível de competitividade de cada indústria ou setor produtivo é reflexo da diversidade dos regimes de acumulação tecnológica que prevalece dentro de cada ramo da atividade produtiva.
O ponto central desta pesquisa reside, portanto, nas análises teóricas que permitem associar o conceito de regime tecnológico aos fatores de seleção das indústrias nacionais no mercado externo. A seção 2 foi elaborada para este fim. A estrutura matemática do modelo de simulação, que será apresentada na seção 3, pode ser resumida nos seguintes aspectos: pelo conceito de regime tecnológico, serão formados quatro grupos setoriais. Esses grupos estão ligados entre si pelos coeficientes técnicos da produção e cada um deles apresenta especificidades em termos dos fatores determinantes do nível de competitividade. Com isso, as análises das interações micro e macroeconômicas associadas à competitividade externa e ao crescimento econômico serão realizadas tendo por base um modelo de simulação do tipo insumo-produto, em que os gastos de consumo e de investimento são endogenamente determinados pelo nível de renda, enquanto as exportações e as importações ficam submetidas às mudanças do nível de renda externa e interna, respectivamente, e ao nível de competitividade da indústria nacional, cujo market share é regido pelo princípio de Fisher (replicator equation).
Para que essas análises tenham alguma relevância teórica e empírica, os valores da maior parte dos parâmetros e das variáveis exógenas do modelo, assim como os valores iniciais de suas variáveis endógenas, foram atribuídos de acordo com as estatísticas oficiais referentes à economia brasileira de 2003. Não obstante, este modelo apresenta algumas lacunas – entre elas a ausência
Inovação nas médias empresas Brasileiras, um desafio para a competitividadeFundação Dom Cabral - FDC
Este documento resume os principais resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral sobre inovação nas empresas brasileiras de médio porte. A pesquisa analisou 149 empresas de diferentes setores em 4 regiões do Brasil e concluiu que: 1) a inovação aparece de forma evidente na ideologia de 71,2% das empresas pesquisadas, porém apenas em 22,2% de seus concorrentes; 2) as principais práticas inovativas nas empresas variam entre 16,7% e 23,3% e incluem inovação em produtos,
O documento descreve o evento Brasiltec 2005, que irá ocorrer entre 5 e 8 de outubro em São Paulo. O objetivo do evento é aproximar empresas, financiadores e usuários de tecnologia, promovendo a inovação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil. O documento destaca a importância da tecnologia para a competitividade das empresas e da economia, e apresenta as principais abordagens e temas do evento, como política industrial e exportação de tecnologia.
Síntese do Caderno de Ideias realizada pelo Núcleo Bradesco de Inovação da FDC que aborda o desafio da inovação e competitividade nas médias empresas brasileiras.
As fragilidades do brasil em ciência, tecnologia e inovaçãoFernando Alcoforado
O documento discute as fragilidades do Brasil em ciência, tecnologia e inovação. Aponta que o país está entre os últimos colocados em termos de inovação e que as empresas instaladas no Brasil contribuem pouco com pesquisa e desenvolvimento. Isso se deve à subordinação da economia brasileira ao capital estrangeiro, que domina setores estratégicos e controla a maioria das maiores empresas do país.
1. O documento apresenta uma introdução sobre a importância da inovação para as empresas num ambiente em constante mudança.
2. Aborda conceitos teóricos sobre inovação e fatores que levam à necessidade de inovar e ao sucesso da inovação.
3. Apresenta um estudo de caso sobre a Refinaria de Sines e sua relação com a inovação.
O documento discute a internacionalização dos serviços no contexto da mundialização. A globalização levou ao crescimento das indústrias de serviços em todo o mundo e as empresas passaram a competir não só no produto, mas também na tecnologia. As empresas reestruturaram-se geograficamente visando a competitividade global. Os investimentos diretos estrangeiros em serviços cresceram e motivações como acesso a mercados e culturas similares guiam as decisões de investimento.
O documento discute a inovação no Brasil, destacando que o número de patentes é baixo e as atividades de P&D nas empresas são lentas. O governo criou leis como a Lei de Inovação para incentivar a inovação e a cultura de propriedade intelectual. Os objetivos do governo incluem aumentar o número de pesquisadores no setor privado e o número de incubadoras e parques tecnológicos.
A Fundação Dom Cabral, em conjunto com a Inventta Consultoria, realizou um levantamento com as empresas brasileiras para entender o processo de captação e uso de recursos públicos como meio de alavancar o processo de inovação.
O documento analisa o grau de maturidade em gestão da inovação em empresas de TI de Minas Gerais. Ele apresenta uma revisão bibliográfica sobre inovação e gestão da inovação, descreve a metodologia de pesquisa realizada por questionário com empresas de TI, e apresenta os resultados da análise dos questionários sobre indicadores de entrada, saída e formas de inovação nas empresas.
O documento discute indicadores para medir a competitividade da indústria brasileira, comparando-a com outros países. Apresenta dados sobre a participação do Brasil nas exportações globais e fatores que determinam a competitividade, como custo da mão de obra, produtividade e inovação. Também compara o Brasil com 15 países em indicadores como disponibilidade e custo da mão de obra.
O documento discute as políticas industriais e de inovação do Brasil e seus efeitos negativos na economia. A participação da indústria no PIB caiu significativamente nos últimos anos, em parte devido a erros nas políticas macroeconômicas e microeconômicas. Além disso, os esforços de inovação estagnaram, com pouca difusão de novas tecnologias nas empresas, resultando em baixa produtividade e aumento dos custos. As políticas de financiamento para investimento e inovação não conseguiram
A pesquisa foi realizada com a participação das empresas do CRI Nacional do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC buscando explorar a percepção das mesmas sobre os investimentos em tecnologias associadas ao tema “Indústria 4.0” e nos possíveis ganhos de produtividade.
A amostra envolve 52 respondentes em funções de liderança nas empresas em que atuam. Finalmente, os resultados alcançados em 2017 não diferem significativamente da
mesma pesquisa realizada em 2016, sugerindo poucos avanços do tema no Brasil.
Mudança tecnológica e competitividade industrial são dois conceitos fundamentais que integram os modelos evolucionários e kaldorianos de crescimento para economias abertas1. Em ambos os modelos são incorporados os efeitos interativos ou a causação circular entre crescimento industrial, inovações tecnológicas e competitividade das exportações. O princípio da demanda efetiva é outro elemento comum entre os dois modelos. Ambos compartilham a afinidade com as abordagens das vantagens construídas ou das capacitações. Enquanto alguns aspectos fundamentais da mudança tecnológica e da competitividade industrial compõem o objeto de análise da abordagem evolucionária, o tratamento mais consistente dos aspectos macroeconômicos das economias abertas é um dos méritos da abordagem kaldoriana.
Com tantas similaridades e complementaridades, fica claro que a integração dessas abordagens representa uma linha de pesquisa mais condizente com a realidade das economias para as quais não se pode negligenciar o papel dinamizador do comércio exterior. Obviamente, essa integração aumenta o grau de complexidade dos modelos de crescimento econômico, os quais deverão tratar simultaneamente da diversidade microeconômica, da causalidade circular e da composição macroeconômica. Por conta dessa complexidade, esses modelos deverão ser do tipo multissetorial, contemplando as conexões intersetoriais que definirão os parâmetros e as interações micro-macroeconômicos do modelo.
Este artigo decorre do esforço de uma pesquisa teórica que tem por objetivo integrar as abordagens evolucionárias e kaldorianas para analisar as relações de causalidade entre inovações tecnológicas, competitividade industrial e crescimento econômico. No presente momento, esse esforço está voltado para o desenvolvimento de um modelo teórico com o qual se pretende analisar os fundamentos normativos das políticas industriais e tecnológicas de promoção do crescimento econômico via comércio exterior. Em vista das complexas relações de determinação que emergem de uma abordagem em que são contempladas a diversidade setorial e a causalidade circular (feedback loop) entre as variáveis micro e macroeconômicas, as inferências empíricas desse modelo requerem uma estrutura de modelagem apropriada à realização dos exercícios e testes de simulação. Contudo, no estágio atual desta pesquisa, ainda não foi possível a realização desses exercícios.
Na ausência de estudos empíricos, todos as seções deste artigo apresentam análises de natureza teórica. A primeira seção é dedicada às análises dos conceitos de competitividade e de inovação. O propósito dessas análises é delimitar o campo da pesquisa em torno das teorias das vantagens construídas ou das capacitações, as quais enfatizam a importância do comércio intra-industri
O documento fornece estatísticas sobre empresas brasileiras e paulistas, discute conceitos de inovação e destaca formas como pequenas empresas podem inovar, como por meio de novos produtos, processos ou mercados. O SEBRAE-SP oferece diversos programas e serviços para apoiar a inovação em pequenas empresas.
1. O documento discute as políticas de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e por que elas têm sido pouco eficazes em promover a capacidade de inovação tecnológica. 2. Ele argumenta que as características estruturais do setor produtivo brasileiro, com poucas empresas nacionais em setores dinâmicos e de alta tecnologia, neutralizam os efeitos das políticas. 3. Sugere que as políticas precisam criar condições para o fortalecimento de empresas nacionais nesses setores para que
O documento discute a indústria têxtil em Sergipe no século XIX e atualmente. A cadeia têxtil e confecções representa 9,5% da produção industrial do estado e é composta principalmente por micro e pequenas empresas. O SEBRAE vem procurando inserir a cultura de inovação nessas empresas através do projeto Agentes Locais de Inovação desde 2009. O estudo investigou como esse programa melhorou os processos de inovação em 6 empresas participantes.
1) O documento analisa a relação entre inovação e porte das empresas, comparando a contribuição de grandes e pequenas empresas para a atividade de inovação.
2) Os dados da pesquisa CIS6 e PINTEC mostram que, embora a taxa de inovação aumente com o porte da empresa, o esforço inovativo é maior entre pequenas empresas em muitos países.
3) Isso destaca a importância das pequenas empresas para a inovação, contrariando análises que enfatizam apenas a contribuição delas para o emprego.
Este documento analisa a participação de subsidiárias brasileiras de empresas transnacionais em suas atividades globais de P&D. Ele compara dados de patentes e publicações científicas de subsidiárias no Brasil com subsidiárias em outros países, nos setores de telecomunicações, informática e eletrônica. Os resultados mostram que a participação brasileira em patentes internacionais é baixa em comparação com outros países em desenvolvimento, indicando pouca envolvimento de subsidiárias brasileiras no desenvolvimento tecnológico global dessas empresas.
Critérios de seleção de propjetos para incubadorasJosé Adeodato
1. O documento discute políticas de incubadoras de empresas, focando nos fatores de seleção de projetos para incubação.
2. Argumenta-se que a análise da competitividade de um projeto é mais importante do que seu conteúdo tecnológico. Graus de diferenciação e proteção de uma inovação afetam sua vantagem competitiva.
3. A capacidade de proteger uma inovação contra cópia, por meio de patentes, segredos industriais ou conhecimento diferenciado, deve ser um critério chave na
O documento discute a competitividade da indústria automobilística brasileira, comparando seus fatores de custo e competitividade com outros países. Analisa questões como mão de obra, tributação, financiamento, capacidade de inovação e perspectivas de crescimento do setor. Conclui que é necessário um trabalho conjunto entre governo e indústria para reduzir custos indiretos, melhorar a infraestrutura e incentivar P&D, a fim de aumentar a competitividade do setor no mercado global.
1) O documento apresenta indicadores sobre o empreendedorismo em Portugal entre 2004-2007, incluindo taxas de natalidade, mortalidade e sobrevivência de empresas.
2) Em 2007, 167.473 novas empresas foram criadas, com taxas de natalidade mais altas nos serviços do que na indústria. Cerca de 30% das empresas não sobrevivem ao primeiro ano.
3) A indústria teve as maiores taxas de sobrevivência no primeiro ano, enquanto a construção teve as maiores taxas a 2 e 3 anos. As
A construção de modelos macroeconômicos está apoiada no pressuposto da existência de um padrão único de comportamento dos agentes econômicos que delineiam cada agregado macroeconômico. O modelo apresentado neste artigo não foge a regra. No entanto, a adoção desse pressuposto não é aplicada a todas as equações do modelo. O princípio evolucionário da diversidade dos padrões de mudança tecnológica e de concorrência no âmbito da indústria é introduzido neste modelo, o que implica a adoção de um conjunto de distintas equações de competitividade, cada uma delas referente a um grupo setorial específico.
As equações relativas aos determinantes dos gastos de consumo e de investimento que serão utilizadas no modelo de simulação foram elaboradas dentro dos preceitos da abordagem kaldoriana, sendo, portanto, compatíveis com o pressuposto descrito acima. As equações de exportação e de importação, por sua vez, seguem o princípio evolucionário da diversidade. De acordo com a abordagem evolucionária, a diversidade em termos dos determinantes do nível de competitividade de cada indústria ou setor produtivo é reflexo da diversidade dos regimes de acumulação tecnológica que prevalece dentro de cada ramo da atividade produtiva.
O ponto central desta pesquisa reside, portanto, nas análises teóricas que permitem associar o conceito de regime tecnológico aos fatores de seleção das indústrias nacionais no mercado externo. A seção 2 foi elaborada para este fim. A estrutura matemática do modelo de simulação, que será apresentada na seção 3, pode ser resumida nos seguintes aspectos: pelo conceito de regime tecnológico, serão formados quatro grupos setoriais. Esses grupos estão ligados entre si pelos coeficientes técnicos da produção e cada um deles apresenta especificidades em termos dos fatores determinantes do nível de competitividade. Com isso, as análises das interações micro e macroeconômicas associadas à competitividade externa e ao crescimento econômico serão realizadas tendo por base um modelo de simulação do tipo insumo-produto, em que os gastos de consumo e de investimento são endogenamente determinados pelo nível de renda, enquanto as exportações e as importações ficam submetidas às mudanças do nível de renda externa e interna, respectivamente, e ao nível de competitividade da indústria nacional, cujo market share é regido pelo princípio de Fisher (replicator equation).
Para que essas análises tenham alguma relevância teórica e empírica, os valores da maior parte dos parâmetros e das variáveis exógenas do modelo, assim como os valores iniciais de suas variáveis endógenas, foram atribuídos de acordo com as estatísticas oficiais referentes à economia brasileira de 2003. Não obstante, este modelo apresenta algumas lacunas – entre elas a ausência
Inovação nas médias empresas Brasileiras, um desafio para a competitividadeFundação Dom Cabral - FDC
Este documento resume os principais resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral sobre inovação nas empresas brasileiras de médio porte. A pesquisa analisou 149 empresas de diferentes setores em 4 regiões do Brasil e concluiu que: 1) a inovação aparece de forma evidente na ideologia de 71,2% das empresas pesquisadas, porém apenas em 22,2% de seus concorrentes; 2) as principais práticas inovativas nas empresas variam entre 16,7% e 23,3% e incluem inovação em produtos,
O documento descreve o evento Brasiltec 2005, que irá ocorrer entre 5 e 8 de outubro em São Paulo. O objetivo do evento é aproximar empresas, financiadores e usuários de tecnologia, promovendo a inovação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil. O documento destaca a importância da tecnologia para a competitividade das empresas e da economia, e apresenta as principais abordagens e temas do evento, como política industrial e exportação de tecnologia.
Síntese do Caderno de Ideias realizada pelo Núcleo Bradesco de Inovação da FDC que aborda o desafio da inovação e competitividade nas médias empresas brasileiras.
As fragilidades do brasil em ciência, tecnologia e inovaçãoFernando Alcoforado
O documento discute as fragilidades do Brasil em ciência, tecnologia e inovação. Aponta que o país está entre os últimos colocados em termos de inovação e que as empresas instaladas no Brasil contribuem pouco com pesquisa e desenvolvimento. Isso se deve à subordinação da economia brasileira ao capital estrangeiro, que domina setores estratégicos e controla a maioria das maiores empresas do país.
1. O documento apresenta uma introdução sobre a importância da inovação para as empresas num ambiente em constante mudança.
2. Aborda conceitos teóricos sobre inovação e fatores que levam à necessidade de inovar e ao sucesso da inovação.
3. Apresenta um estudo de caso sobre a Refinaria de Sines e sua relação com a inovação.
O documento discute a internacionalização dos serviços no contexto da mundialização. A globalização levou ao crescimento das indústrias de serviços em todo o mundo e as empresas passaram a competir não só no produto, mas também na tecnologia. As empresas reestruturaram-se geograficamente visando a competitividade global. Os investimentos diretos estrangeiros em serviços cresceram e motivações como acesso a mercados e culturas similares guiam as decisões de investimento.
O documento discute a inovação no Brasil, destacando que o número de patentes é baixo e as atividades de P&D nas empresas são lentas. O governo criou leis como a Lei de Inovação para incentivar a inovação e a cultura de propriedade intelectual. Os objetivos do governo incluem aumentar o número de pesquisadores no setor privado e o número de incubadoras e parques tecnológicos.
A Fundação Dom Cabral, em conjunto com a Inventta Consultoria, realizou um levantamento com as empresas brasileiras para entender o processo de captação e uso de recursos públicos como meio de alavancar o processo de inovação.
1. O documento apresenta melhores práticas para conexão entre startups e indústrias no processo de inovação aberta.
2. Foi realizado um diagnóstico junto a dez indústrias para identificar problemas e entraves nos fluxos de inovação com startups, como ausência de planejamento, critérios de seleção e acordos adequados.
3. O documento propõe um framework de inovação aberta e fluxo de processo otimizado entre startups e indústrias, além de boas práticas para cada etapa
A empresa A Mais Gestão é uma consultoria especializada em gestão empresarial que oferece serviços de transferência de conhecimento e tecnologia para auxiliar no desenvolvimento de gestão adequada às empresas. A empresa possui mais de 12 anos de experiência, já capacitou mais de 2.000 alunos e publicou 17 livros sobre gestão.
O documento discute a necessidade de mais investimentos e colaboração entre governo, empresas, universidades e instituições de pesquisa para gerar conhecimento inovador no Brasil. O governo planeja investir R$15 bilhões em ciência, tecnologia e inovação até 2014, e empresas como a Embraer e a Vale investem pesado em P&D para ganhar competitividade global.
O documento discute a importância da inovação para as empresas melhorarem a competitividade e lucrarem mais. A inovação pode ocorrer em produtos, serviços, processos e modelos de negócios. As empresas devem criar um ambiente propício à inovação e estimular pessoas criativas a desenvolverem processos sistemáticos de inovação.
O documento discute a importância da inovação para as empresas melhorarem a competitividade e lucrarem mais. A inovação é o processo de desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos para atender às necessidades dos consumidores e oportunidades do mercado. O texto também descreve as principais etapas do processo de gestão da inovação nas organizações.
Este documento discute a integração entre tecnologia e produto no processo de inovação. Ele identifica atividades críticas nos processos de desenvolvimento de tecnologia e de produto a partir de uma revisão da literatura e de um estudo de caso em uma empresa de nanotecnologia. As atividades de pesquisa de mercado, participação em feiras do setor e contato constante com clientes durante o desenvolvimento da tecnologia foram fundamentais para a integração entre tecnologia e produto no caso estudado.
> Estudo dos ambientes de inovação de Minas Gerais: empresas, incubadoras de ...LilianMilena
Trabalho coordenado pelo Núcleo Tecnológico de Gestão da Universidade Federal de Viçosa (NTG/UFV), com apoio da RM, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Governo de Minas Gerais.
A Relacao entre as Cadeias Globais de Valor e o Desenvolvimiento Economico Lo...FOMINDEL
O documento discute as sinergias entre desenvolvimento local e cadeias globais de valor e como promover o crescimento inclusivo através do trabalho decente. Ele explora como o upgrading econômico e sócio-laboral podem convergir para gerar mais e melhores empregos, promover direitos trabalhistas, diálogo social e proteção social. Também analisa experiências setoriais na Índia e lições para apoiar pequenas empresas no Brasil.
O documento discute como a inovação pode melhorar a competitividade das pequenas e médias empresas (MPE) e os benefícios que o SEBRAE pode trazer para apoiar as MPE a inovarem, incluindo orientação estratégica e capacitação. Empresas mais inovadoras tendem a ter maior faturamento, produtividade e lucros.
O documento descreve o evento Brasiltec 2005, que irá ocorrer entre 5 e 8 de outubro em São Paulo. O objetivo do evento é aproximar empresas, financiadores e usuários de tecnologia, promovendo a inovação e a competitividade da indústria brasileira. O documento detalha a programação do evento, que incluirá debates sobre política industrial e tecnológica, financiamento da inovação, tecnologias sociais e parcerias internacionais.
O documento discute os resultados preliminares do Fórum Sul de Apoio à Inovação Tecnológica, incluindo a apresentação de instrumentos de inovação, novos atores na cadeia de inovação e a necessidade de cultivar uma cultura pró-inovação no Brasil.
O documento discute a integração das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de inovação no Brasil. Apresenta conceitos teóricos sobre TICs e inovação e analisa indicadores sobre uso de TICs em domicílios e empresas, além de inovação tecnológica. Aponta que os indicadores existentes não capturam adequadamente o processo de aprendizado e que estatísticas educacionais sugerem escassez de capacidade para seleção, uso e geração de conhecimento no Brasil
O documento discute novas oportunidades de negócios para o setor sucroenergético, incluindo biocombustíveis, bioquímicos e biomateriais. Apresenta dados sobre investimentos em P&D e produtividade no Brasil e globalmente, e discute a bioeconomia e parcerias estratégicas como fontes de crescimento para o setor.
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústriaFabricio Martins
O documento discute conceitos e mecanismos de gestão e fomento da inovação para a indústria brasileira. Aborda definições de inovação, sua importância para as empresas, formas de gestão da inovação e incentivos fiscais e financiamentos disponíveis para projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Estrategia de Inovação e Empreendedorismos - Gestão Estratégica de Negociosmolina_bruna
O documento discute estratégias de inovação e empreendedorismo. Aborda conceitos como inovação, tipos de inovação como de produto, processo, organizacional e marketing. Apresenta casos de inovação no Itaú Unibanco e exemplos de como a Walmart usa a inovação para reduzir custos e aumentar vendas.
inovação e competitividade empresarial - bases para a aceleração do crescimen...ADVB
O documento discute a importância da inovação e competitividade para o crescimento econômico brasileiro. A produtividade do Brasil tem crescido pouco e sua competitividade é baixa, em parte devido à baixa taxa de inovação e exportação de produtos de alta tecnologia. Investimentos em pesquisa, educação e abertura comercial são necessários para aumentar a produtividade e competitividade do país.
O documento discute empreendedorismo, inovação e incubadoras de empresas no Brasil. Em particular, apresenta dez perguntas frequentes sobre o que são incubadoras, seus serviços, público-alvo, vantagens de empresas incubadas e tempo de incubação.
Apresentação da palestra "Gestão do Conhecimento, Inteligência Competitiva e Inovação", ministrada por Ângela Guimarães - presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento - Pólo Minas Gerais (SBGC - MG), no CIGEPRO 2010.
Gestao do conhecimento, inteligência competitiva e inovação
Ip importância da inovação 2013
1. Emerson H S Chenta
IP – INOVATEC - Jan/13
Inovação no âmbito microeconômico
Genericamente falando, inovação é a captura de valor a partir de ideias, posteriormente
formalizadas por conhecimentos teóricos aplicados pela técnica à criação ou
aperfeiçoamento de produto, processo, sistema ou modelo de negócio que é ofertado ao
mercado.
Inovação não se trata de invenção, embora o senso comum confunda um e outro. Pelo
contrário, a pesquisa básica, celeiro de invenções e descobertas tecnológicas são
tecnicamente atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), pelo fato que ainda não
gerou ou gera valor ao mercado.
Para esclarecer este ponto, o transistor quando foi incorporado aos grandes
computadores, até então constituídos de válvulas, já existia há quase uma década. Os
princípios da microeletrônica fundamentados no conhecimento da natureza dos
semicondutores e todo conhecimento científico sobre eles já estava formulado há pelo
menos três décadas. Entretanto, não havia produto ou processo ao mercado, isto é,
geração de valor e assim, não constituía propriamente uma inovação.
Independente das variantes que possam existir na sua definição, em geral os autores são
conformes em dizer que não é possível falar em inovação sem o fato econômico, sem
geração de valor. E a geração de valor ao mercado é um elemento fundamental para a
vantagem competitiva.
Dessa forma, as empresas inovadoras que adotaram como estratégia competitiva a
diferenciação dos produtos e processos com vistas ao aumento das suas
competitividades no mercado, apresentaram desempenhos superiores em relação às
demais.
1
2. Uma pesquisa do IPEA, elaborada a partir de microdados da Pesquisa de Inovação
Tecnológica na Indústria (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e de outras bases de dados nacionais, tais como Pesquisa Industrial Anual
(PIA), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e outras, apresentaram os
seguintes dados:
Tabela 1 - Características das firmas industriais brasileiras segundo suas estratégias competitivas efetivamente
praticadas - 2000
(Fonte: DE NEGRI, J. A.; KUBOTA, L. C. (Org.:
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/inovacaotecnologica/capitulo01.pdf)
2
3. Tabela 2 - Número de firmas na indústria brasileira, escala média de produção, e eficiência de escala segundo
estratégias competitivas e padrões tecnológicos - 2000
(Fonte: Extraído de Políticas de Incentivo à Inovação Tecnológica no Brasil, IPEA,
Mario Sergio Salerno, Luis Claudio Kubota.
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/inovacaotecnologica/capitulo01.pdf )
Tabela 3 - Características da mão-de-obra empregada nas firmas industriais por categoria - 2000
(Fonte: Extraído de Políticas de Incentivo à Inovação Tecnológica no Brasil, IPEA,
Mario Sergio Salerno, Luis Claudio Kubota.
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/inovacaotecnologica/capitulo01.pdf )
Os dados mostram que as firmas inovadoras:
1) São maiores em termos de faturamento e de pessoal empregado;
2) Tem maior produtividade e maior eficiência de escala;
3) Empregam trabalhadores com maior nível de escolaridade (uma aproximação de
qualificação);
3
4. 4) Apresentam maior estabilidade no emprego (pois o tempo médio de emprego é
maior), além de pagarem maiores salários;
5) Pagam em média três vezes mais aos funcionários do que as empresas que não
diferenciam produtos e têm produtividade menor;
6) Pagam 66% mais do que a média paga pelas especializadas em produtos
padronizados.
A relação entre inovação e salários é extremamente relevante, uma vez que indica se
uma política de apoio à inovação e diferenciação de produtos é condizente ou não com a
melhoria dos salários brasileiros, relacionado com o empenho e a satisfação dos
funcionários. O efeito benéfico em uma relação diretamente proporcional, além de
beneficiar a empresa, por ter funcionários mais fidelizados, dedicados e eficientes, está
de acordo com um dos objetivos gerais de política econômica e social, de política de
desenvolvimento, que é o aumento da renda per capita da população.
A análise dessa relação, porém, exigiu um tratamento especial dos dados, pois não seria
metodologicamente correto comparar salários pagos em firmas de características muito
diferentes em termos de faturamento, eficiência e grau de escolaridade dos
trabalhadores, pois existe uma relação direta entre salários maiores e maior faturamento,
eficiência e o grau de escolaridade.
Assim, para isolar o efeito da inovação descontando os demais fatores de eficiência e
tamanho de faturamento e realizar uma melhor análise da relação entre inovação e
diferenciação de produto e salário, os pesquisadores do Ipea utilizaram modelos
estatísticos nos quais foram inseridos as variáveis que podem influir no salário, para que
elas pudessem ser “descontadas” ou “controladas”.
Foram “controladas” quase duzentas variáveis nos modelos utilizados, isto é,
faturamento, número de trabalhadores, setor de atividade, tipo de produto, escolaridade
e tempo de casa dos empregados, coeficientes de exportação e de importação, município
e etc.
Feito isso, o resultado foi o seguinte:
4
5. Duas empresas parecidas, se uma delas inova e diferencia produtos e a outra não, a
primeira tenderá a pagar salários 23% maiores do que os pagos pela segunda. Isso quer
dizer o seguinte: o efeito líquido da inovação sobre os salários é de 23% se comparado
ao das empresas que não inovam e têm produtividade menor, e de 11% se comparado
àquele das empresas especializadas em produtos padronizados (Bahia e Anbache, 2005).
Além do impacto nos salários, a pesquisa apontou que:
1) As empresas que inovam têm 16% de chance a mais de serem exportadoras, e há
fortíssima correlação entre inovação tecnológica e diferenciação de produto (ou
seja, a inovação tecnológica é uma fonte fundamental de diferenciação, de
obtenção de renda diferencial pelas empresas).
2) As empresas que inovam e diferenciam produtos crescem mais;
3) As empresas brasileiras internacionalizadas que utilizam suas unidades no
exterior como fonte de informação para a inovação também apresentam
desempenho superior, crescendo mais no Brasil.
Em 2007, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) criou o conceito de
índice inovação de empresas de capital aberto conhecido como Inovação Innoscience
(3i) com o objetivo de acompanhar o desempenho das empresas mais inovadoras do
Brasil. Constituído por uma carteira de empresas como Whirlpool, Tecnisa, Embraer,
Lojas Renner, Natura e TOTVS, totalizando 31 empresas que foram classificadas como
as mais inovadoras do país no último ano a partir de rankings divulgados por
publicações de gestão de negócios, essa carteira de empresas inovadoras apresentou
significativamente melhor comparada ao índice Ibovespa. De janeiro de 2007 até agosto
deste ano, o 3i valorizou 114,2%, sendo que a diferença em favor da carteira de
empresas inovadoras chega a 76,4 pontos percentuais.
(http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1041
)
5
6. Conclusão
As empresas são instituições cuja finalidade é a geração de bens e riquezas. Para tal,
visam à perpetuidade dos seus negócios pela contínua oferta de valor aos mercados a
que se dedicam, seja pelo fornecimento de bens, seja de serviços, obtendo, assim, um
sustentável crescimento do seu fluxo de caixa.
Os esforços direcionados para tal finalidade, tendo em vista a escassez de recursos e a
limitação dos mercados, tomam corpo no que se denomina planejamento estratégico,
definido como o estabelecimento de um conjunto de ações coordenadas embasadas na
situação atual da empresa, que visam à obtenção de uma vantagem competitiva no
longo-prazo em relação às demais.
Por conta das exigências dos mercados atuais por agregados tecnológicos, do aumento
da competitividade e da consequente exigência de eficiência das indústrias, atreladas ao
crescimento dos custos das inovações e da velocidade da mudança de tecnologias, as
empresas passaram a considerar a inovação e o desenvolvimento tecnológico como
elementos a ser gerenciados com maior critério, de forma contínua e sistemática, no
contexto do planejamento estratégico.
No âmbito microeconômico, sob o aspecto da competitividade, mostramos dados do
IPEA que indicam maior crescimento de empresas inovadoras em relação à média do
mercado, bem como seus impactos sociais e econômicos benéficos. Desta forma, a
inovação tem se mostrado uma estratégia bem sucedida das empresas para a preservação
e crescimento dos seus negócios e aumento da riqueza dos seus acionistas.
6
7. Bibliografia
DE NEGRI, J. A.; Kubota, L.C. Políticas de Incentivo à Inovação Tecnológica. Brasília.
2008.
DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S. (Eds.). DE NEGRI, F. Padrões tecnológicos e de
comércio exterior das firmas brasileiras. In: DE NEGRI, J. A.; SALERNO, M. S.
(Eds.). Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras.
Brasília: Ipea, 2005.
7