O documento discute a toxicologia de produtos naturais, mencionando plantas tóxicas como o cambará, mamona e beladona. Também aborda estudos toxicológicos in vitro e in vivo, testes de toxicidade aguda e crônica, e um estudo clínico de toxicidade de um fitoterápico que mostrou boa tolerância.
Seminário Nacional do Benzeno (5 e 6 de dez/12) - Derivação de Limites de Exposição Ocupacional para Substâncias Carcinogênicas e
Mutagênicas - Experiências Internacionais e Nacional
Seminário Nacional do Benzeno (5 e 6 de dez/12) - Derivação de Limites de Exposição Ocupacional para Substâncias Carcinogênicas e
Mutagênicas - Experiências Internacionais e Nacional
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...sparksupernova
A Prof. Dra. Maria Lucia Zaidan Dagli apresentou ao Supernova, no dia 22 de setembro de 2014, os testes pré-clínicos que são exigidos pelas agências regulatórias para registro de produtos químicos e biológicos.
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...sparksupernova
A Prof. Dra. Maria Lucia Zaidan Dagli apresentou ao Supernova, no dia 22 de setembro de 2014, os testes pré-clínicos que são exigidos pelas agências regulatórias para registro de produtos químicos e biológicos.
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS – DQE
DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA I
DOCENTE: DANIEL DE MELO SILVA
DISCENTES: AILANA SOARES, BETHÂNIA SANTOS, CAROLINE
ROCHA, IGOR RIBEIRO, REBECA CARDOSO E TAMIRES REIS.
Toxicologia de Produtos
Naturais
Jequié - BA
Novembro/ 2014
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2. Toxicologia das plantas
• Uso das plantas Terapia e profilaxia
• Segundo o Ministério da Saúde ocorrem cerca de
2.000 casos de intoxicações por plantas no Brasil.
• Dentre os princípios ativos responsáveis pelas
intoxicações destacam-se:
– Alcalóides
– Glicosídeos
– Toxalbuminas
– Resinas
– Fitotoxinas
– Oxalatos
3. Cambará (Lantana camara)
•Usos: Diurético, expectorante
•Frutos são considerados tóxicos
Mamona ( Ricinus communis L.)
• Usos: Purgativo (óleo de ricínio)
• A semente é tóxica
Beladona (Atropa belladonna L.)
• Usos: Alucinógeno
• Folhas tóxicas
4. Toxicidade
• Capacidade que certa substância tem em causar
algum desequilíbrio ao organismo com o qual
entra em contato.
• Toda e qualquer substância química pode vir a ser
tóxica:
– Dose; frequência e duração da exposição;
– Condições fisiológicas e/ou patológicas do organismo
exposto.
5. Estudos toxicológicos
• Objetivam detectar reações inesperadas.
– Uso de doses excessivas.
– Acúmulo causado pelo desbalanceamento entre a
administração e a eliminação do fármaco no organismo.
• Indicam o grau de confiança a ser depositado em
um medicamento a ser administrado a espécie
humana.
• Permitem estabelecer relação causa-efeito.
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6. Estudos toxicológicos
• Fase pré-clínica
– Espécies inferiores à humana;
– Etapas sequenciais e definidas.
• Fase clínica
– Humanos voluntários;
– Produtos que não demonstraram toxicidade
significativa.
7. Legislação
• Os estudos são realizados seguindo protocolos
aceitos internacionalmente
– As exigências legais variam de país para país.
• O Brasil segue a RE 196/96 do CNS para pesquisas
em seres humanos.
• RDC 90/04: guia atual específico da área
que trata dos estudos de toxicidade
pré-clínica .
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8. Estudos toxicológicos:
• Fatores importante:
– Conhecer a substância;
• Estrutura e composição química, propriedades físico-químicas,
etc.
– Equipe experiente;
– Boas condições do laboratório;
– Qualidade dos animais;
– Definição clara dos objetivos.
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9. Testes in vitro
• Métodos alternativos para avaliação
toxicológica.
• DESAFIO: Capacidade provável para os
mesmos efeitos que ocorrem em animais,
pelo menos, igual a do método que pretende
substituir.
10. Testes in vivo
• Melhores resultados em termos de comparação
aos efeitos em humanos.
• Deve ser realizado em três espécies de
mamíferos, uma delas não-roedora.
– 10 a 20 ratos ou camundongos (90%).
– 6 a 8 cães ou porcos.
11. Testes in vivo
• Princípios éticos do uso de animais de laboratório.
• Escolha da espécie animal
– Substância avaliada;
– Experimento a ser realizado.
• Rato (Rattus novergicus): principal em estudos de
experimentação toxicológica.
– Fácil manejo e observação; baixo custo de manutenção;
conhecimentos sobre sua biologia, fundamental na
extrapolação para a condição humana, etc.
12. Testes de Toxicidade Pré-clínica
• “Guia para condução de estudos não clínicos de
segurança necessários ao desenvolvimento de
medicamentos novos” (ANVISA, 2010)
• Testes toxicológicos pré-clínicos:
– Toxicidade de dose única (aguda); toxicidade dose
repetitivas (crônica); mutagenicidade/genotoxicidade;
tolerância local; carcinogenicidade; toxicidade
reprodutiva; segurança farmacológica e toxicocinética.
13. Testes de Toxicidade Aguda
Dose única ou doses parceladas/ 24 horas.
Duração: 7 a 14 dias.
Buscam conhecer a dose ou concentração letal
mediana (DL ou CL 50 respectivamente).
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Espécie mais
sensível
Índice de
letalidade
Lesões
Sinais que
precedem a
morte
Recuperação da
ação tóxica
histopatológicas Órgãos alvos
14. Testes de Toxicidade Crônica
Grupo de 10 animais (5 machos e 5 fêmeas).
Administração de várias doses.
Duração: 1 a 2 anos.
14
Margem de
segurança
Tempo de
latência
A maior dose
que não produz
efeito tóxico
Acúmulo de
drogas
15. Testes de Toxicidade
A positividade em testes de embriofetotoxicidade,
fertilidade, reprodutivo e carcinogênico, proíbe a
utilização irrestrita na espécie humana.
Homem Animais
Dose única Mínimo de 14 dias;
7 dias Mínimo de 30 dias (testes
subcrônicos);
30 dias Mínimo de 90 dias (testes
crônicos);
Obs.: menos de 30 dias de tratamento: subagudos
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16. Testes de Toxicidade Clínica
• Poucos estudos clínicos são realizados com
produtos naturais.
– Ausência de padronização e controle de qualidade
dos fitoterápicos usados nesse estudo;
– Uso de diferentes dosagens;
– Seleção de pacientes não adequados;
– Dificuldade na elaboração de placebos devido a
problemas de aroma, sabor.
17. Ensaio toxicológico de fitoterápico
• Estudos feitos no Hospital Universitário Lauro
Wanderley/UFPB/PB por Patrícia Trindade C.
Paulo et al.
• Ensaios clínicos toxicológicos, fase I, do
produto fitoterápico composto pelas plantas
medicinais Schinus terebinthifolius Raddi,
Plectranthus amboinicus Lour e Eucalyptus
globulus Labill.
– 28 seres humanos, 14 homens e 14 mulheres entre 20
e 40 anos de idade, previamente selecionados,
devidamente sadios.
18. Procedimento Experimental
• As amostras foram cedidas pela própria empresa
que o produz, e foram utilizados 90 frascos de
500 ml.
– Uma dose de 25 mL do fitoterápico 3 vezes ao dia.
– 1º ao 7º dia: avaliação da toxicidades aguda
– Do 7º dia até 8ª semana: avalição da toxidade crônica.
– No 3º e 7º dia, na 3ª e 6ª semana e 24 horas
após a 8ª semana de ingestão do produto, foram
submetidos a avaliação clinica e laboratorial.
19. Resultados
A ingestão oral do produto fitoterápico em questão
até 45 ml ao dia e durante dois meses, foi bem
tolerada, não apresentando alterações clínicas,
laboratoriais e nem reações adversas significantes.
20. Referências
• TREVISAN, L.F.A. Estudo toxicológico e investigação da
atividade antilitiásica do extrato de Dianthus Catyophyllus.
Patos, PB. 2012.
• PEREIRA, S.S.T.C. Medicamentos fitoterápicos e drogas
vegetais industrializadas e oficializada pelo MS no Brasil:
Regulamentação sanitária, abrangência e qualidade dos
estudos pré-clíncos e clínicos. Rio de Janeiro, RJ. 2013.
• SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; et al,
Farmacognosia: da Planta ao medicamento, Porto
Alegre/Florianópolis Ed.Universiadde/UFRGS/Ed. Da UFSC,
1999.
• Rev. bras. farmacogn. vol.19 n.1a João Pessoa Jan./Mar. 2009