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“Saber ler um texto é saber fazer as
inferências corretas ou plausíveis que
cada trecho do texto propicia.”
(Heronides Moura)
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa
interpretação de texto. Para isso, devemos:
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura,
vá até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos
umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa
interpretação de texto. Para isso, devemos:
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor
compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto
correspondente;
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa
interpretação de texto. Para isso, devemos:
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não,
correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a
entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a
mais exata ou a mais completa;
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa
interpretação de texto. Para isso, devemos:
12. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
13. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia
a resposta;
14. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo
autor, definindo o tema e a mensagem;
 A leitura de um texto exige do leitor algo mais do que
conhecimento do código linguístico, pois o texto não é
apenas um amontoado de palavras e frases, e sua
interpretação não é produto da decodificação de um
receptor passivo. Isso significa que um texto não
contém o sentido em si, apenas.
Implícitos e interpretação textual
 A ideia de implícito em um texto está naquilo que
está presente pela ausência, ou seja, o conteúdo
implícito pode ser definido como o conteúdo que
fica à margem da discussão porque ele não vem
explicitado no texto.
a) o que não está dito, mas que, de certa forma,
sustenta o que está dito;
b) o que está suposto para que se entenda o que
está dito;
c) aquilo a que o que está dito se opõe;
d) outras maneiras diferentes de se dizer o que se
disse e que significa com nuances distintas etc.
Implícitos e interpretação textual
Leitura, interpretação e análise de textos
 Compreensão – Está explícito no texto; o leitor
precisa saber apenas o que o texto diz.
 Interpretação – Está além do texto; implícito; o leitor
tem de entender a ideia do autor do texto mediante a
alguns marcadores textuais.
Pressupostos
 O dicionário Houaiss define pressuposto como
“circunstância ou fato em que se considera um
antecedente necessário do outro.
 Ex.: Maria parou de fumar.
 Obs.: Para ser aceita como verdadeira, essa frase, seu
autor e o leitor precisam concordar como antecedente
a informação verdadeira de que Maria fumava antes.
Marcadores de Pressuposição
 Inferem uma informação precisa do texto.
 Modalizadores – São marcadores de pressuposição que
além de inferirem uma ideia, mostra o estado, o ponto
de vista do autor.
 Ex.:
 Amanhã não haverá aula. (declaração explícita)
 Amanhã, infelizmente, não haverá aula. (o termo
destacado mostra que o locutor gostaria que tivesse
aula)
Marcadores de Pressuposição
 Alguns advérbios ou locuções adverbiais:
Martiniana está bela nesta noite de formatura.
 Pronomes adjetivos:
Cartinélio foi meu primeiro namorado na capital de mês estado.
 Verbos que indicam mudança ou permanência de
estado:
O presidente americano converteu-se ao catolicismo romano.
Marcadores de Pressuposição
 Determinadas conjunções:
Casei-me com uma menina bem alta, mas sou feliz.
 Orações Adjetivas
 Os americanos, que se consideram os guardiões da
democracia, estão animados com seu novo presidente.
Marcadores de Pressuposição
 Choveu de novo hoje. (O termo sublinhado pressupõe
que outro dia choveu)
 Ele nunca mais voltou a Brasília. (O termo sublinhado
pressupõe que ele já esteve em Brasília)
SUBENTENDIDO
 SUBENTENDER: perceber ou compreender o que não
está bem claro ou explicado, apenas sugerido.
 Não apresentam marcadores, no entanto a natureza da
informação, o contexto em que se passa a situação
textual permite criamos deduções possíveis de um
enunciado.
SUBENTENDIDO
 Na casa dos outros não se pode escolher o canal de televisão.
 Essa fala pode indicar:
a)Uma pessoa está na casa de outra e está passando um programa
que ele não gosta.
b)Uma pessoa está na casa de outra e está passando o seu programa
predileto em outro canal.
c)Na casa dos outros normalmente não temos o poder sobre o
controle remoto.
 Em Para Entender o Texto, os autores definem os
subentendidos,, como: “[…] são as insinuações
escondidas por trás de uma afirmação” (PLATÃO;
FIORIN, 2000, p. 244); em Lições de Texto, “São
insinuações, não marcadas linguisticamente, contidas
numa frase ou num conjunto de frases” (PLATÃO;
FIORIN, 1997, p. 310).
 O subentendido difere do pressuposto num
aspecto importante: o pressuposto é um dado
posto como indiscutível para o falante e para o
ouvinte, não é para ser contestado; o
subentendido é de responsabilidade do ouvinte,
pois o falante, ao subentender, esconde-se por
trás do sentido literal das palavras e pode dizer
que não estava querendo dizer o que o ouvinte
depreendeu. (PLATÃO; FIORIN, 2000, p. 244)
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita
indisciplina.
LÍNGUA PORTUGUESA
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do
país.
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a
mulher não está satisfeita com essa situação.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou
por não encontrar trabalho no seu país.
Texto 01
 Flu se reapresenta nesta terça e deve ter mudanças.
Texto 02
 Globo muda programação para atender a nova classe C.
Texto 03
 França acha mais partes do Airbus que caiu na costa do
Brasil.
 Assim, no texto 01, temos:
 Posto: Flu se reapresenta nesta terça e deve
ter mudanças.
 Pressuposto: O time do Fluminense volta a se
apresentar na terça.
 Subentendido: O time do Fluminense já havia
se apresentado.
 Vejamos o texto 02:
 Posto: Globo muda programação para atender
a nova classe C.
 Pressuposto 1: A TV Globo mudou a
programação que não atendia a nova classe C.
 Pressuposto 2: Há uma nova classe C.
 Subentendido 1: A programação anterior não
atendia a nova classe C.
 Subentendido 2: Já existia uma classe C que
não era contemplada pela programação da Rede
Globo.
 Subentendido 3: A classe C passou a ser alvo
da programação da Rede Globo.
 Vamos ao texto 03:
 Posto: França acha mais partes do Airbus que
caiu na costa do Brasil.
 Pressuposto: Outras partes do avião Airbus que
caiu foram encontradas.
 Subentendido 1: Partes do avião já haviam sido
encontradas.
 Subentendido 2: Houve um acidente envolvendo
um Airbus que caiu na costa do Brasil.
Valores semânticos
É o sentido que uma palavra (substantivo, verbo, adjetivo,
conjunção, pronome, etc.) pode ter de acordo como é usada
num determinado contexto.
Os sinônimos, antônimos e as figuras de linguagem são
excelentes recursos linguísticos que atuam nesse sentido.
Ex.:
Ele anda doente. (verbo indica estado e não movimento)
Mesmo não sabendo nadar, pulou na piscina.(conjunção
que indica valor de concessão)
Ele entrou pisando em ovos. (metáfora que indica passos
silenciosos)
Cheguem cedo para não perdermos o ônibus. .(preposição
que indica finalidade)
Exercícios
Texto para as questões 1 e 2
Jornal do Rio está fazendo 50 anos
Ousado e investigativo o “Correio do Povo” sempre mostrou numa linguagem muito clara,
tanto com os assuntos da cidade, do país e do mundo, como também dos municípios do bairro
de cada cidadão e leitor.
Fonte: Revista Veja 2001.
1-No trecho “Ousado e investigativo o Correio do Povo sempre mostrou numa linguagem
muito clara...” as palavras destacadas qualificam:
a) A cidade do Rio de Janeiro.
b) O leitor.
c) O jornal.
d) Os jornalistas.
Exercícios
2-Nesse contexto pode-se inferir que:
a)O jornal é de má qualidade
b)O jornal é sensacionalista
c)O jornal só trabalha questões policiais
d)O jornal é corajoso e minucioso.
Exercícios
3-“Salustiano era bom de garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de
abundante.
-Quando voltará a jantar conosco? Perguntou-lhe a dona da casa.
-Agora mesmo, se quiser.”
Deduz-se do texto que Salustiano:
a)come pouco
b)é uma pessoa educada
c)não ficou satisfeito com o jantar
d)é um grande amigo da dona de casa
e)decidiu que não mais comeria naquela casa
Exercícios
4-“A maior alegria do brasileiro é hospedar alguém, mesmo um
desconhecido que lhe peça pouso, numa noite de chuva”
Segundo as ideias contidas no texto, o brasileiro:
a)põe a hospitalidade acima da prudência
b)hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvosas
c)dá preferência a hospedar pessoas desconhecidas
d)não tem outra alegria senão a de hospedar pessoas, conhecidas
ou não.
e)não é prudente, por aceitar hóspedes à noite
As questões 1 a 4 referem-se ao texto abaixo:
"Sete Quedas por nós passaram
E não soubemos amá-las
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar.
Sete fantasmas, sete crimes
Dos vivos golpeando a vida
Que nunca mais renascerá.“
(Carlos Drummond de Andrade)
1. Por fantasmas, no texto, entende-
se:
a) entes sobrenaturais que aparecem aos
vivos
b) imagens dos que existem no além
c) imagens de culpa que iremos carregar
d) imagens que assombram e causam
medo
e) frutos da imaginação doentia do
homem
c) imagens de culpa que iremos carregar
2. A repetição do conectivo "e" tem
efeito de marcar:
a) que existe uma seqüência
cronológica dos fatos
b) um exagero do conectivo
c) que existe uma descontinuidade de
fatos
d)que existe uma implicação natural de
conseqüência dos dois últimos fatos
em relação ao primeiro
e) que existe uma coordenação entre as
três orações
"Sete Quedas por nós passaram
E não soubemos amá-las
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar.
Sete fantasmas, sete crimes
Dos vivos golpeando a vida
Que nunca mais renascerá.“
(Carlos Drummond de Andrade)
d)que existe uma implicação
natural de consequência dos
dois últimos fatos em relação ao
primeiro
"Sete Quedas por nós passaram
E não soubemos amá-las
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar.
Sete fantasmas, sete crimes
Dos vivos golpeando a vida
Que nunca mais renascerá.“
(Carlos Drummond de Andrade)
3. A afirmação: "Sete Quedas por nós
passaram / E não soubemos amá-las."
Faz-nos entender que:
a) só agora nos damos conta do valor
daquilo que perdemos
b) enquanto era possível, não
passávamos por Sete Quedas
c) Sete Quedas pertence agora ao
passado
d) Todos, antigamente, podiam apreciar
o espetáculo; agora não
e) Os brasileiros costumam desprezar a
natureza
a) só agora nos damos conta do valor
daquilo que perdemos
"Sete Quedas por nós passaram
E não soubemos amá-las
E todas sete foram mortas,
E todas sete somem no ar.
Sete fantasmas, sete crimes
Dos vivos golpeando a vida
Que nunca mais renascerá.“
(Carlos Drummond de Andrade)
4. Na passagem: "E todas sete foram
mortas, / E todas sete somem no ar." O
uso de todas sete se justifica:
a) como referência ao número de quedas
que existiram no rio Paraná
b) para representar todo conjunto das
quedas que desaparece
c) para destacar o valor individual de
cada uma das quedas
d) para confirmar que a perda foi parcial
b) para representar todo conjunto das
quedas que desaparece
DESCONTRAINDO...
36
 Treinamento para gabaritar:
1- (FGV) A frase abaixo que NÃO se estrutura com base
numa oposição é:
A) A tortura é um meio seguro de absolver os criminosos
robustos e condenar os fracos inocentes;
B) Muitos primeiros virão a ser os últimos;
C) A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta
que não seja perdida;
D) Nenhuma lei se adapta igualmente bem a todos;
E) Infeliz é aquele discípulo que não supera seu mestre.
DESCONTRAINDO...
37
 Treinamento para gabaritar:
2- (FGV) "As leis existem, mas quem as aplica?"
Esse pensamento de Dante Alighieri critica:
A. a má elaboração das leis;
B. o excesso de leis;
C. o rigor excessivo da polícia;
D. a fraqueza humana;
E. o controle demasiadamente rigoroso das leis.
DESCONTRAINDO...
38
 Treinamento para gabaritar:
3- (FGV) "Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio
crime, outros, a coroa".
Essa frase confirma o seguinte ditado popular:
A. O crime não compensa, às vezes;
B. Toda punição é maldade;
C. Olho por olho e dente por dente;
D. Pena intensa não cura bandido;
E. A prisão é escola do crime.
DESCONTRAINDO...
39
4- (FGV) "Sem instrução, as melhores leis tornam-se inúteis". Esse
pensamento deve ser entendido do seguinte modo:
A. Se não houver educação dos cidadãos, as leis tornam-se
inúteis;
B. Se as leis não forem acompanhadas de instruções de
funcionamento, tornam-se inúteis;
C. Caso as leis não possuam instruções claras, elas se tornam
inúteis;
D. Só com a educação dos juízes, as leis podem tornar-se úteis;
E. Se os juízes não forem pessoas cultas, as leis se tornam inúteis
por não serem claras.
DESCONTRAINDO...
40
5- (FGV) A frase abaixo que mostra uma visão ironicamente
negativa sobre a justiça é:
A. Em geral, a lei é a razão humana, na medida em que governa
todos os povos da terra;
B. A lei é ordem; e uma boa lei é uma boa ordem;
C. A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o
pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de
roubar pão;
D. A lei deve ser breve para que os indoutos possam
compreendê-la facilmente;
E. O mundo não pode se sustentar sem justiça.
DESCONTRAINDO...
41
6- (FGV) "Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento
dos fatos, às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores".
Indução é um processo lógico que parte do particular para o geral,
como ocorre no seguinte raciocínio:
A. Todos os dias o metrô está cheio; hoje deve estar também;
B. Após as chuvas, as ruas ficam alagadas; hoje deve ter chovido
durante toda a noite;
C. A torcida do Corinthians está presente em todos os jogos; domingo
não deve ser diferente;
D. O estacionamento do restaurante está cheio de carros; o lucro desse
restaurante deve ser alto;
E. Os carros brasileiros ainda mostram deficiências; o meu automóvel
enguiçou ontem.
DESCONTRAINDO...
42
7- (FGV) "Nunca serei juiz. Neste grande vale onde a espécie humana
nasce, vive, morre, se reproduz, se cansa, e depois volta a morrer, sem
saber como nem por quê, distingo apenas felizardos e desventurados".
Nessa frase do escritor italiano Ligo Foscolo, a função do segundo
período é:
A. contradizer o primeiro;
B. explicar melhor o que é dito antes de forma vaga;
C. repetir o mesmo pensamento já dito;
D. justificar a declaração anterior;
E. argumentar contra o primeiro período.
DESCONTRAINDO...
43
8- (FGV) "Quem critica a injustiça o faz não porque teme cometer ações
injustas, mas porque teme sofrê-las".
No caso desse pensamento de Platão, o verbo fazer substitui toda uma
oração anterior (critica a injustiça); a mesma situação ocorre na
seguinte frase:
A. Arrepende-se quem faz o que não deve;
B. Zangou-se com os amigos e fez uma longa denúncia;
C. Decidiu viajar e fez isso rapidamente;
D. Comprou um novo computador e fez o trabalho;
E. Ficou preocupado e fez a viagem de repente.

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  • 1.
  • 2. “Saber ler um texto é saber fazer as inferências corretas ou plausíveis que cada trecho do texto propicia.” (Heronides Moura)
  • 3. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos: 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
  • 4. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos: 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
  • 5. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos: 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
  • 6. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos: 12. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 13. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 14. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
  • 7.  A leitura de um texto exige do leitor algo mais do que conhecimento do código linguístico, pois o texto não é apenas um amontoado de palavras e frases, e sua interpretação não é produto da decodificação de um receptor passivo. Isso significa que um texto não contém o sentido em si, apenas.
  • 8. Implícitos e interpretação textual  A ideia de implícito em um texto está naquilo que está presente pela ausência, ou seja, o conteúdo implícito pode ser definido como o conteúdo que fica à margem da discussão porque ele não vem explicitado no texto.
  • 9. a) o que não está dito, mas que, de certa forma, sustenta o que está dito; b) o que está suposto para que se entenda o que está dito; c) aquilo a que o que está dito se opõe; d) outras maneiras diferentes de se dizer o que se disse e que significa com nuances distintas etc. Implícitos e interpretação textual
  • 10.
  • 11. Leitura, interpretação e análise de textos  Compreensão – Está explícito no texto; o leitor precisa saber apenas o que o texto diz.  Interpretação – Está além do texto; implícito; o leitor tem de entender a ideia do autor do texto mediante a alguns marcadores textuais.
  • 12. Pressupostos  O dicionário Houaiss define pressuposto como “circunstância ou fato em que se considera um antecedente necessário do outro.  Ex.: Maria parou de fumar.  Obs.: Para ser aceita como verdadeira, essa frase, seu autor e o leitor precisam concordar como antecedente a informação verdadeira de que Maria fumava antes.
  • 13. Marcadores de Pressuposição  Inferem uma informação precisa do texto.  Modalizadores – São marcadores de pressuposição que além de inferirem uma ideia, mostra o estado, o ponto de vista do autor.  Ex.:  Amanhã não haverá aula. (declaração explícita)  Amanhã, infelizmente, não haverá aula. (o termo destacado mostra que o locutor gostaria que tivesse aula)
  • 14. Marcadores de Pressuposição  Alguns advérbios ou locuções adverbiais: Martiniana está bela nesta noite de formatura.  Pronomes adjetivos: Cartinélio foi meu primeiro namorado na capital de mês estado.  Verbos que indicam mudança ou permanência de estado: O presidente americano converteu-se ao catolicismo romano.
  • 15. Marcadores de Pressuposição  Determinadas conjunções: Casei-me com uma menina bem alta, mas sou feliz.  Orações Adjetivas  Os americanos, que se consideram os guardiões da democracia, estão animados com seu novo presidente.
  • 16. Marcadores de Pressuposição  Choveu de novo hoje. (O termo sublinhado pressupõe que outro dia choveu)  Ele nunca mais voltou a Brasília. (O termo sublinhado pressupõe que ele já esteve em Brasília)
  • 17. SUBENTENDIDO  SUBENTENDER: perceber ou compreender o que não está bem claro ou explicado, apenas sugerido.  Não apresentam marcadores, no entanto a natureza da informação, o contexto em que se passa a situação textual permite criamos deduções possíveis de um enunciado.
  • 18. SUBENTENDIDO  Na casa dos outros não se pode escolher o canal de televisão.  Essa fala pode indicar: a)Uma pessoa está na casa de outra e está passando um programa que ele não gosta. b)Uma pessoa está na casa de outra e está passando o seu programa predileto em outro canal. c)Na casa dos outros normalmente não temos o poder sobre o controle remoto.
  • 19.  Em Para Entender o Texto, os autores definem os subentendidos,, como: “[…] são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação” (PLATÃO; FIORIN, 2000, p. 244); em Lições de Texto, “São insinuações, não marcadas linguisticamente, contidas numa frase ou num conjunto de frases” (PLATÃO; FIORIN, 1997, p. 310).
  • 20.  O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: o pressuposto é um dado posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte, não é para ser contestado; o subentendido é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu. (PLATÃO; FIORIN, 2000, p. 244)
  • 21. LÍNGUA PORTUGUESA Exemplos: - Heloísa está cansada de ser professora. Pressuposto: Heloísa é professora. Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.
  • 22. LÍNGUA PORTUGUESA - Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país. Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação. Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país.
  • 23. Texto 01  Flu se reapresenta nesta terça e deve ter mudanças. Texto 02  Globo muda programação para atender a nova classe C. Texto 03  França acha mais partes do Airbus que caiu na costa do Brasil.
  • 24.  Assim, no texto 01, temos:  Posto: Flu se reapresenta nesta terça e deve ter mudanças.  Pressuposto: O time do Fluminense volta a se apresentar na terça.  Subentendido: O time do Fluminense já havia se apresentado.
  • 25.  Vejamos o texto 02:  Posto: Globo muda programação para atender a nova classe C.  Pressuposto 1: A TV Globo mudou a programação que não atendia a nova classe C.  Pressuposto 2: Há uma nova classe C.  Subentendido 1: A programação anterior não atendia a nova classe C.  Subentendido 2: Já existia uma classe C que não era contemplada pela programação da Rede Globo.  Subentendido 3: A classe C passou a ser alvo da programação da Rede Globo.
  • 26.  Vamos ao texto 03:  Posto: França acha mais partes do Airbus que caiu na costa do Brasil.  Pressuposto: Outras partes do avião Airbus que caiu foram encontradas.  Subentendido 1: Partes do avião já haviam sido encontradas.  Subentendido 2: Houve um acidente envolvendo um Airbus que caiu na costa do Brasil.
  • 27. Valores semânticos É o sentido que uma palavra (substantivo, verbo, adjetivo, conjunção, pronome, etc.) pode ter de acordo como é usada num determinado contexto. Os sinônimos, antônimos e as figuras de linguagem são excelentes recursos linguísticos que atuam nesse sentido. Ex.: Ele anda doente. (verbo indica estado e não movimento) Mesmo não sabendo nadar, pulou na piscina.(conjunção que indica valor de concessão) Ele entrou pisando em ovos. (metáfora que indica passos silenciosos) Cheguem cedo para não perdermos o ônibus. .(preposição que indica finalidade)
  • 28. Exercícios Texto para as questões 1 e 2 Jornal do Rio está fazendo 50 anos Ousado e investigativo o “Correio do Povo” sempre mostrou numa linguagem muito clara, tanto com os assuntos da cidade, do país e do mundo, como também dos municípios do bairro de cada cidadão e leitor. Fonte: Revista Veja 2001. 1-No trecho “Ousado e investigativo o Correio do Povo sempre mostrou numa linguagem muito clara...” as palavras destacadas qualificam: a) A cidade do Rio de Janeiro. b) O leitor. c) O jornal. d) Os jornalistas.
  • 29. Exercícios 2-Nesse contexto pode-se inferir que: a)O jornal é de má qualidade b)O jornal é sensacionalista c)O jornal só trabalha questões policiais d)O jornal é corajoso e minucioso.
  • 30. Exercícios 3-“Salustiano era bom de garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de abundante. -Quando voltará a jantar conosco? Perguntou-lhe a dona da casa. -Agora mesmo, se quiser.” Deduz-se do texto que Salustiano: a)come pouco b)é uma pessoa educada c)não ficou satisfeito com o jantar d)é um grande amigo da dona de casa e)decidiu que não mais comeria naquela casa
  • 31. Exercícios 4-“A maior alegria do brasileiro é hospedar alguém, mesmo um desconhecido que lhe peça pouso, numa noite de chuva” Segundo as ideias contidas no texto, o brasileiro: a)põe a hospitalidade acima da prudência b)hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvosas c)dá preferência a hospedar pessoas desconhecidas d)não tem outra alegria senão a de hospedar pessoas, conhecidas ou não. e)não é prudente, por aceitar hóspedes à noite
  • 32. As questões 1 a 4 referem-se ao texto abaixo: "Sete Quedas por nós passaram E não soubemos amá-las E todas sete foram mortas, E todas sete somem no ar. Sete fantasmas, sete crimes Dos vivos golpeando a vida Que nunca mais renascerá.“ (Carlos Drummond de Andrade) 1. Por fantasmas, no texto, entende- se: a) entes sobrenaturais que aparecem aos vivos b) imagens dos que existem no além c) imagens de culpa que iremos carregar d) imagens que assombram e causam medo e) frutos da imaginação doentia do homem c) imagens de culpa que iremos carregar
  • 33. 2. A repetição do conectivo "e" tem efeito de marcar: a) que existe uma seqüência cronológica dos fatos b) um exagero do conectivo c) que existe uma descontinuidade de fatos d)que existe uma implicação natural de conseqüência dos dois últimos fatos em relação ao primeiro e) que existe uma coordenação entre as três orações "Sete Quedas por nós passaram E não soubemos amá-las E todas sete foram mortas, E todas sete somem no ar. Sete fantasmas, sete crimes Dos vivos golpeando a vida Que nunca mais renascerá.“ (Carlos Drummond de Andrade) d)que existe uma implicação natural de consequência dos dois últimos fatos em relação ao primeiro
  • 34. "Sete Quedas por nós passaram E não soubemos amá-las E todas sete foram mortas, E todas sete somem no ar. Sete fantasmas, sete crimes Dos vivos golpeando a vida Que nunca mais renascerá.“ (Carlos Drummond de Andrade) 3. A afirmação: "Sete Quedas por nós passaram / E não soubemos amá-las." Faz-nos entender que: a) só agora nos damos conta do valor daquilo que perdemos b) enquanto era possível, não passávamos por Sete Quedas c) Sete Quedas pertence agora ao passado d) Todos, antigamente, podiam apreciar o espetáculo; agora não e) Os brasileiros costumam desprezar a natureza a) só agora nos damos conta do valor daquilo que perdemos
  • 35. "Sete Quedas por nós passaram E não soubemos amá-las E todas sete foram mortas, E todas sete somem no ar. Sete fantasmas, sete crimes Dos vivos golpeando a vida Que nunca mais renascerá.“ (Carlos Drummond de Andrade) 4. Na passagem: "E todas sete foram mortas, / E todas sete somem no ar." O uso de todas sete se justifica: a) como referência ao número de quedas que existiram no rio Paraná b) para representar todo conjunto das quedas que desaparece c) para destacar o valor individual de cada uma das quedas d) para confirmar que a perda foi parcial b) para representar todo conjunto das quedas que desaparece
  • 36. DESCONTRAINDO... 36  Treinamento para gabaritar: 1- (FGV) A frase abaixo que NÃO se estrutura com base numa oposição é: A) A tortura é um meio seguro de absolver os criminosos robustos e condenar os fracos inocentes; B) Muitos primeiros virão a ser os últimos; C) A glória deve ser conquistada; a honra, por sua vez, basta que não seja perdida; D) Nenhuma lei se adapta igualmente bem a todos; E) Infeliz é aquele discípulo que não supera seu mestre.
  • 37. DESCONTRAINDO... 37  Treinamento para gabaritar: 2- (FGV) "As leis existem, mas quem as aplica?" Esse pensamento de Dante Alighieri critica: A. a má elaboração das leis; B. o excesso de leis; C. o rigor excessivo da polícia; D. a fraqueza humana; E. o controle demasiadamente rigoroso das leis.
  • 38. DESCONTRAINDO... 38  Treinamento para gabaritar: 3- (FGV) "Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio crime, outros, a coroa". Essa frase confirma o seguinte ditado popular: A. O crime não compensa, às vezes; B. Toda punição é maldade; C. Olho por olho e dente por dente; D. Pena intensa não cura bandido; E. A prisão é escola do crime.
  • 39. DESCONTRAINDO... 39 4- (FGV) "Sem instrução, as melhores leis tornam-se inúteis". Esse pensamento deve ser entendido do seguinte modo: A. Se não houver educação dos cidadãos, as leis tornam-se inúteis; B. Se as leis não forem acompanhadas de instruções de funcionamento, tornam-se inúteis; C. Caso as leis não possuam instruções claras, elas se tornam inúteis; D. Só com a educação dos juízes, as leis podem tornar-se úteis; E. Se os juízes não forem pessoas cultas, as leis se tornam inúteis por não serem claras.
  • 40. DESCONTRAINDO... 40 5- (FGV) A frase abaixo que mostra uma visão ironicamente negativa sobre a justiça é: A. Em geral, a lei é a razão humana, na medida em que governa todos os povos da terra; B. A lei é ordem; e uma boa lei é uma boa ordem; C. A majestosa igualdade das leis, que proíbe tanto o rico como o pobre de dormir sob as pontes, de mendigar nas ruas e de roubar pão; D. A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la facilmente; E. O mundo não pode se sustentar sem justiça.
  • 41. DESCONTRAINDO... 41 6- (FGV) "Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores". Indução é um processo lógico que parte do particular para o geral, como ocorre no seguinte raciocínio: A. Todos os dias o metrô está cheio; hoje deve estar também; B. Após as chuvas, as ruas ficam alagadas; hoje deve ter chovido durante toda a noite; C. A torcida do Corinthians está presente em todos os jogos; domingo não deve ser diferente; D. O estacionamento do restaurante está cheio de carros; o lucro desse restaurante deve ser alto; E. Os carros brasileiros ainda mostram deficiências; o meu automóvel enguiçou ontem.
  • 42. DESCONTRAINDO... 42 7- (FGV) "Nunca serei juiz. Neste grande vale onde a espécie humana nasce, vive, morre, se reproduz, se cansa, e depois volta a morrer, sem saber como nem por quê, distingo apenas felizardos e desventurados". Nessa frase do escritor italiano Ligo Foscolo, a função do segundo período é: A. contradizer o primeiro; B. explicar melhor o que é dito antes de forma vaga; C. repetir o mesmo pensamento já dito; D. justificar a declaração anterior; E. argumentar contra o primeiro período.
  • 43. DESCONTRAINDO... 43 8- (FGV) "Quem critica a injustiça o faz não porque teme cometer ações injustas, mas porque teme sofrê-las". No caso desse pensamento de Platão, o verbo fazer substitui toda uma oração anterior (critica a injustiça); a mesma situação ocorre na seguinte frase: A. Arrepende-se quem faz o que não deve; B. Zangou-se com os amigos e fez uma longa denúncia; C. Decidiu viajar e fez isso rapidamente; D. Comprou um novo computador e fez o trabalho; E. Ficou preocupado e fez a viagem de repente.