SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 51
Baixar para ler offline
Profa. Fernanda Rodrigues Macedo
Avaliação de IHM
INTERFACE HOMEM
MÁQUINA
Iremos iniciar o estudo de alguns métodos de avaliação de
IHM, sendo eles:
• Avaliação através de inspeção;
• Avaliação através de observação;
• Avaliação Heurística.
Introdução
Ciclo DCH
Avaliações de IHC não são testes de
software!
Servem para verificar se o sistema apoia o
usuário a atingir seus objetivos.
• Determinar o valor de algo.
• Apreciar.
• Julgar.
• Ponderar, examinar, considerar.
• Calcular, estimar.
O que é avaliar?
É uma atividade profissional especializada:
• Não é uma emissão de opinião;
• Não é baseada em preferências ou conjecturas.
• Tem por objetivo julgar a qualidade de interação de um
sistema ou artefato computacional:
• Usuário sempre têm opiniões e julgamentos, mas isso
não é uma avaliação de IHM.
O que é avaliação de IHM?
A realização de uma atividade profissional depende de
conhecimentos técnicos.
Conhecimentos requeridos:
• Conceitos de IHM;
• Métodos de avaliação;
• Modos e meios de aplicação de conceitos e métodos;
• Disciplina e rigor para realizar a coleta de dados;
• Cuidados éticos.
Definição de uma atividade profissional
O sistema sempre será avaliado, ao menos informalmente,
toda vez que um usuário utilizá-lo.
Logo, precisamos:
• Consertar problemas antes e não depois do lançamento
do projeto;
• Colocar a questão humana em meio à exatidão da área de
computação;
• Comercializar produtos mais sólidos no mercado.
Importância da avaliação em IHM
Avaliação Contínua
Aspectos cognitivos e funcionais relativos à realização das
tarefas apoiadas pelo sistema:
É rápido? - Velocidade
É fácil aprender? - Facilidade de aprendizado
O sistema é confiável e opera de maneira consistente?-
Confiabilidade
Permite reverter facilmente erros cometidos? - Capacidade
de desfazer ações
Permite ser lembrado depois de algum tempo sem usar? -
Memorabilidade
O que devemos avaliar?
• Verificar o entendimento dos projetistas sobre as
necessidades e preferências do usuário;
• Investigar como a interface afeta a forma de trabalho;
• Comparar alternativas de interação ou de interface;
• Identificar problemas potenciais ou reais;
• Verificar conformidade com um padrão ou conjunto de
heurísticas;
• Elaborar material de apoio e treinamento.
Objetivos da avaliação
• Rápido e rasteiro
▪ Prima pela informalidade
• Testes de usabilidade
▪ Experimentos controlados
• Estudos de campo
▪ São realizados nos contextos naturais de uso das
tecnologias avaliadas
• Avaliação preditiva
▪ Baseada em conhecimento heurístico ou teórico de
um avaliador especialista
Paradigmas para a avaliação de IHM
Prática comum no design de IHM.
Designers pedem apreciações formais do que fizeram ou
estão fazendo.
São avaliações literalmente rápidas e, por isso, podem se
repetir em vários pontos do ciclo de desenvolvimento.
Oferecem feedback imediato, mas não são muito
cuidadosas e informativas.
O paradigma“Rápido e rasteiro”
Toda boa avaliação deve ser guiada por objetivos e
questões claras , pois, do contrário, existirá grande
chance do trabalho ser uma perda de tempo.
Podemos não envolver usuários, apenas“advogar”por
eles:
▪ Avaliação por Inspeção (inspeção de interface)
Podemos envolver usuários, observá-los e entrevistá-los:
▪ Avaliação por Observação (teste de interface)
Abordagens para Avaliação
• A inspeção é feita por um especialista:
▪ Inspeção baseada em conhecimento prático e/ou
teórico.
• Tentaantever as consequências de decisões de design.
• A Avaliação Heurística é um exemplo de avaliação por
inspeção.
• No caso de produtos:
▪ Inspecionar as características do artefato.
• No caso de processos:
▪ Inspecionar as condições de uso do artefato.
Avaliação por Inspeção
• Há o envolvimento de usuários:
▪ Com ou sem apoio de tecnologia.
• Coleta dados sobre situações em que os participantes realizam
suas
atividades:
▪ Em laboratório;
▪ Em campo.
• Identifica problemas reais e não apenas problemas
potencialmente previstos.
• Ex: Teste de Usabilidade, Avaliação da Comunicabilidade,
Prototipação em papel.
Avaliação por Observação
• Método de inspeção:
▪ Não envolve usuários;
▪ Realizada por um especialista.
• Baseada em conhecimento prático:
▪ Princípios gerais de bom design de interfaces.
• Proposta por Jacob Nielsen em 1994 (material disponível
em
www.useit.com/papers/heuristic).
• O avaliador identifica situações onde uma ou mais das
“10 heurísticas de Nielsen”é violada.
Avaliação Heurística
• Os usuários devem ser mantidos informados sobre o que
está acontecendo e no tempo real
1- Visibilidade do Estado do Sistema
• O sistema deve utilizar palavras, expressões e conceitos que
são familiares ao usuário.
• Ex: o programa CSE HTML Validator v3.05 verifica erros de
sintaxe em documentos HTML, não deixando claro o que cada
“flag” significa.
2 – Correspondência entre o sistema e o
mundo real
• O sistema precisa fornecer alternativas para o usuário
sair de uma situação indesejada.
3 – Controle e liberdade do usuário
• O design deve seguir as convenções da plataforma ou do
ambiente computacional.
• No programa abaixo, a cor dos textos estáticos e dos botões (ou
do próprio painel) foge do padrão do ambiente computacional.
4 – Consistência e padronização
• A interface deve apresentar claramente os objetos,
ações e opções, pois o usuário não deve precisar
“decorar” formas de acionamento do sistema. No
exemplo abaixo, a ordenação da lista está no menu
“Table”.
5 – Reconhecimento em vez de memorização
• As ações de interface devem ter diferentes formas de
ser acionadas.
• Ex: além de fazer uso excessivo de abas, o que diminui a
eficiência, as categorias são acessadas apenas com o
mouse.
6 – Flexibilidade e eficiência de uso
• A interface não deve conter informação irrelevante ou
raramente necessária, deve-se manter“clean”.
• Ex: mais de uma heurística pode ser violada em uma
mesma situação.
7 – Projeto estético e minimalista
• O sistema deve evitar que enganos e erros ocorram, sempre
que possível.
7 – Projeto estético e minimalista
8 – Prevenção de erros
• O sistema deve ter mensagens de erros claras e informativas,
que ajudem a entender o que houve e reparar erros.
9 – Ajude os usuários a reconhecerem,
diagnosticarem e se recuperarem de erros
• Acesso rápido e claro a conteúdo informativo, focado na
tarefa do usuário.
10 - Ajuda e Documentação
• Recomenda-se envolver de 3 a 5 avaliadores.
• Atividades:
1) Preparação;
2) Coleta de dados;
3) Interpretação;
4) Consolidação dos resultados;
5) Relato dos resultados.
Aplicação da Avaliação Heurística
• Preparação:
▪ Todos os avaliadores aprendem sobre a situação atual
e selecionam as partes da interface que devem ser
avaliadas.
• Coleta de dados e Interpretação:
▪ Cada avaliador inspeciona a interface para
identificar violações das heurísticas, indicando
local, gravidade, justificativa e recomendações
de solução.
Aplicação da Avaliação Heurística
• Local do problema:
▪ Em um único local?
▪ Em dois ou mais locais?
▪ Na estrutura geral da interface?
▪ Não está lá! Precisa ser incluído.
• Severidade ou gravidade do problema:
▪ Frequência: 1) comum, 2) raro
▪ Impacto: 1) fácil superação, 2) difícil superação
▪ Persistência: 1) uma vez e é superado, 2) atrapalhará muitas
vezes
▪ Severidade: 1)cosmético, 2)pequeno, 3)grande, 4)catastrófico
Coleta de dados e Interpretação
• Consolidação dos resultados e Relato dos resultados:
▪ Todos os avaliadores revisam os problemas
encontrados, julgam suas interpretações e geram um
relatório consolidado.
Aplicação da Avaliação Heurística
Inspeção Semiótica
Método de avaliação por inspeção:
• Não envolve usuários.
• Realizada por um especialista.
Baseado na Engenharia Semiótica:
• Teoria que investiga a comunicação entre designers,
usuários e sistemas.
Avalia a comunicabilidade de uma solução de IHM.
Inspeção Semiótica
Considera o ponto de vista do designer.
Inspeciona a interface para identificar, interpretar e
analisar os signos contidos na mesma.
Faz um julgamento da comunicabilidade por meio da
análise dos signos.
Papel do avaliador
Signos estáticos:
• Comunicam o seu significado integral em telas fixas
(estáticas) do sistema.
Signos dinâmicos:
• Comunicam o seu significado em sequências de
telas ou com o tempo (dinamicamente).
Signos metalinguísticos:
• Explicam ou ilustram outros signos estáticos e
dinâmicos.
Tipos de Signos
Não precisa mais que um avaliador; caso mais de um
esteja envolvido, eles devem trabalhar em conjunto.
Atividades:
1)Preparação;
2)Coleta de dados;
3)Interpretação;
4)Consolidação dos resultados;
5)Relato dos resultados.
Aplicação da Inspeção Semiótica
• Identificar perfis de usuários.
• Identificar objetivos apoiados pelo sistema.
• Definir as partes da interface que serão avaliadas.
• Escrever cenários de interação para guiar a avaliação
(chamado “cenário de inspeção”).
Preparação
• Inspecionar a interface simulando interações conforme
o cenário.
• Analisar os signos metalinguísticos.
• Analisar os signos estáticos.
• Analisar o signos dinâmicos.
Coleta dos dados e interpretação
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
Análise de signos metalinguísticos
• O usuário poderia interpretar este signo ou esta
mensagem diferente do previsto pelo designer? Como?
Por quê?
• Essa outra interpretação ainda seria consistente com a
interação do designer (cenário de interação)?
• É possível formar classes de signos estáticos e dinâmicos
a partir das análises realizadas? Quais?
Perguntas que auxiliam a comparação
Relatar a avaliação da comunicabilidade sob o ponto de vista
do emissor da mensagem.
Conteúdo do relatório:
• Breve descrição do método de Inspeção Semiótica;
• Definição e justificativa do foco e cenário de inspeção;
• Apreciação geral da comunicabilidade do design de
IHM;
• Detalhamento dos pontos em que a comunicabilidade
não está boa;
• Anexos de evidências (imagem, vídeo, etc).
Relato dos resultados
• Faça a Avaliação Heurística de todo ou parte de um
sistema/site que você está acostumado a utilizar.
• Procure por violações das heurísticas de Nielsen.
• Indique o local e grau de severidade dos problemas
encontrados.
• Recomende soluções para as violações encontradas.
Exercício
1. Fazer uma Inspeção Semiótica em qualquer simulador
existente em um site bancário (com exceção do simulador
da CEF utilizado nesta aula).
2. Analise as três classificações dos signos, identificando
possíveis problemas na comunicabilidade da interface.
Exercício
PREECE, J.; ROGERS, Y.; SHARP, H. Design de interação: além da
interação homem-computador. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Referências Bibliográficas

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA TESTE DE USABILIDADE

ALM - Testes Exploratórios
ALM - Testes ExploratóriosALM - Testes Exploratórios
ALM - Testes ExploratóriosAlan Carlos
 
Mta1 aula-05 Avaliação Heurística
Mta1 aula-05 Avaliação HeurísticaMta1 aula-05 Avaliação Heurística
Mta1 aula-05 Avaliação HeurísticaAlan Vasconcelos
 
Usabilidade de Interfaces - Parte 2
Usabilidade de Interfaces - Parte 2Usabilidade de Interfaces - Parte 2
Usabilidade de Interfaces - Parte 2Oziel Moreira Neto
 
Palestra - Testes de Usabilidade
Palestra - Testes de UsabilidadePalestra - Testes de Usabilidade
Palestra - Testes de UsabilidadeLuiz Agner
 
127290035 12-usabilidade-mai-2007
127290035 12-usabilidade-mai-2007127290035 12-usabilidade-mai-2007
127290035 12-usabilidade-mai-2007Marco Guimarães
 
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter Cybis
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter CybisTécnicas de Análise Contextual - Livro de Walter Cybis
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter CybisLuiz Agner
 
Palestra - Princípios de Usabilidade
Palestra - Princípios de UsabilidadePalestra - Princípios de Usabilidade
Palestra - Princípios de UsabilidadeOtávio Souza
 
Testes de usabilidade com uma pitada de lean ux
Testes de usabilidade com uma pitada de lean uxTestes de usabilidade com uma pitada de lean ux
Testes de usabilidade com uma pitada de lean uxQualister
 
Qual aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidade
Qual  aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidadeQual  aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidade
Qual aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidadeRafael Lima
 
Softwares de apoio ao desenvolvimento 2012
Softwares de apoio ao desenvolvimento   2012Softwares de apoio ao desenvolvimento   2012
Softwares de apoio ao desenvolvimento 2012Diogo Winck
 
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...Guilherme Ponce
 
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuários
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuáriosAula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuários
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuáriosAndré Constantino da Silva
 
2 engenharia de software
2   engenharia de software2   engenharia de software
2 engenharia de softwareFelipe Bugov
 
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemas
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemasConceito de analise de desenvolvivento de sistemas
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemasluanrjesus
 
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...André Agostinho
 

Semelhante a IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA TESTE DE USABILIDADE (20)

ALM - Testes Exploratórios
ALM - Testes ExploratóriosALM - Testes Exploratórios
ALM - Testes Exploratórios
 
Mta1 aula-05 Avaliação Heurística
Mta1 aula-05 Avaliação HeurísticaMta1 aula-05 Avaliação Heurística
Mta1 aula-05 Avaliação Heurística
 
Usabilidade de Interfaces - Parte 2
Usabilidade de Interfaces - Parte 2Usabilidade de Interfaces - Parte 2
Usabilidade de Interfaces - Parte 2
 
Análise de Sistemas Orientado a Objetos - 01
Análise de Sistemas Orientado a Objetos - 01Análise de Sistemas Orientado a Objetos - 01
Análise de Sistemas Orientado a Objetos - 01
 
Palestra - Testes de Usabilidade
Palestra - Testes de UsabilidadePalestra - Testes de Usabilidade
Palestra - Testes de Usabilidade
 
Usabilidade1
Usabilidade1Usabilidade1
Usabilidade1
 
Framework
FrameworkFramework
Framework
 
127290035 12-usabilidade-mai-2007
127290035 12-usabilidade-mai-2007127290035 12-usabilidade-mai-2007
127290035 12-usabilidade-mai-2007
 
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter Cybis
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter CybisTécnicas de Análise Contextual - Livro de Walter Cybis
Técnicas de Análise Contextual - Livro de Walter Cybis
 
Palestra - Princípios de Usabilidade
Palestra - Princípios de UsabilidadePalestra - Princípios de Usabilidade
Palestra - Princípios de Usabilidade
 
Testes de usabilidade com uma pitada de lean ux
Testes de usabilidade com uma pitada de lean uxTestes de usabilidade com uma pitada de lean ux
Testes de usabilidade com uma pitada de lean ux
 
Qual aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidade
Qual  aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidadeQual  aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidade
Qual aula_04__teste_e_inspecao_de_usabilidade
 
Softwares de apoio ao desenvolvimento 2012
Softwares de apoio ao desenvolvimento   2012Softwares de apoio ao desenvolvimento   2012
Softwares de apoio ao desenvolvimento 2012
 
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...
Case estágio - Proposta de interface para um módulo de estratégia do sistema ...
 
Tudo são Dados - PHP Conference 2008
Tudo são Dados - PHP Conference 2008Tudo são Dados - PHP Conference 2008
Tudo são Dados - PHP Conference 2008
 
Unidade4
Unidade4Unidade4
Unidade4
 
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuários
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuáriosAula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuários
Aula 5 -Avaliação de interfaces de usuário - testes com usuários
 
2 engenharia de software
2   engenharia de software2   engenharia de software
2 engenharia de software
 
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemas
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemasConceito de analise de desenvolvivento de sistemas
Conceito de analise de desenvolvivento de sistemas
 
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...
A proposal to combine elicitation techniques to write vision document and use...
 

Último

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 

Último (6)

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 

IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA TESTE DE USABILIDADE

  • 1. Profa. Fernanda Rodrigues Macedo Avaliação de IHM INTERFACE HOMEM MÁQUINA
  • 2. Iremos iniciar o estudo de alguns métodos de avaliação de IHM, sendo eles: • Avaliação através de inspeção; • Avaliação através de observação; • Avaliação Heurística. Introdução
  • 4. Avaliações de IHC não são testes de software! Servem para verificar se o sistema apoia o usuário a atingir seus objetivos.
  • 5. • Determinar o valor de algo. • Apreciar. • Julgar. • Ponderar, examinar, considerar. • Calcular, estimar. O que é avaliar?
  • 6. É uma atividade profissional especializada: • Não é uma emissão de opinião; • Não é baseada em preferências ou conjecturas. • Tem por objetivo julgar a qualidade de interação de um sistema ou artefato computacional: • Usuário sempre têm opiniões e julgamentos, mas isso não é uma avaliação de IHM. O que é avaliação de IHM?
  • 7. A realização de uma atividade profissional depende de conhecimentos técnicos. Conhecimentos requeridos: • Conceitos de IHM; • Métodos de avaliação; • Modos e meios de aplicação de conceitos e métodos; • Disciplina e rigor para realizar a coleta de dados; • Cuidados éticos. Definição de uma atividade profissional
  • 8. O sistema sempre será avaliado, ao menos informalmente, toda vez que um usuário utilizá-lo. Logo, precisamos: • Consertar problemas antes e não depois do lançamento do projeto; • Colocar a questão humana em meio à exatidão da área de computação; • Comercializar produtos mais sólidos no mercado. Importância da avaliação em IHM Avaliação Contínua
  • 9. Aspectos cognitivos e funcionais relativos à realização das tarefas apoiadas pelo sistema: É rápido? - Velocidade É fácil aprender? - Facilidade de aprendizado O sistema é confiável e opera de maneira consistente?- Confiabilidade Permite reverter facilmente erros cometidos? - Capacidade de desfazer ações Permite ser lembrado depois de algum tempo sem usar? - Memorabilidade O que devemos avaliar?
  • 10. • Verificar o entendimento dos projetistas sobre as necessidades e preferências do usuário; • Investigar como a interface afeta a forma de trabalho; • Comparar alternativas de interação ou de interface; • Identificar problemas potenciais ou reais; • Verificar conformidade com um padrão ou conjunto de heurísticas; • Elaborar material de apoio e treinamento. Objetivos da avaliação
  • 11. • Rápido e rasteiro ▪ Prima pela informalidade • Testes de usabilidade ▪ Experimentos controlados • Estudos de campo ▪ São realizados nos contextos naturais de uso das tecnologias avaliadas • Avaliação preditiva ▪ Baseada em conhecimento heurístico ou teórico de um avaliador especialista Paradigmas para a avaliação de IHM
  • 12. Prática comum no design de IHM. Designers pedem apreciações formais do que fizeram ou estão fazendo. São avaliações literalmente rápidas e, por isso, podem se repetir em vários pontos do ciclo de desenvolvimento. Oferecem feedback imediato, mas não são muito cuidadosas e informativas. O paradigma“Rápido e rasteiro”
  • 13. Toda boa avaliação deve ser guiada por objetivos e questões claras , pois, do contrário, existirá grande chance do trabalho ser uma perda de tempo.
  • 14. Podemos não envolver usuários, apenas“advogar”por eles: ▪ Avaliação por Inspeção (inspeção de interface) Podemos envolver usuários, observá-los e entrevistá-los: ▪ Avaliação por Observação (teste de interface) Abordagens para Avaliação
  • 15. • A inspeção é feita por um especialista: ▪ Inspeção baseada em conhecimento prático e/ou teórico. • Tentaantever as consequências de decisões de design. • A Avaliação Heurística é um exemplo de avaliação por inspeção. • No caso de produtos: ▪ Inspecionar as características do artefato. • No caso de processos: ▪ Inspecionar as condições de uso do artefato. Avaliação por Inspeção
  • 16. • Há o envolvimento de usuários: ▪ Com ou sem apoio de tecnologia. • Coleta dados sobre situações em que os participantes realizam suas atividades: ▪ Em laboratório; ▪ Em campo. • Identifica problemas reais e não apenas problemas potencialmente previstos. • Ex: Teste de Usabilidade, Avaliação da Comunicabilidade, Prototipação em papel. Avaliação por Observação
  • 17. • Método de inspeção: ▪ Não envolve usuários; ▪ Realizada por um especialista. • Baseada em conhecimento prático: ▪ Princípios gerais de bom design de interfaces. • Proposta por Jacob Nielsen em 1994 (material disponível em www.useit.com/papers/heuristic). • O avaliador identifica situações onde uma ou mais das “10 heurísticas de Nielsen”é violada. Avaliação Heurística
  • 18. • Os usuários devem ser mantidos informados sobre o que está acontecendo e no tempo real 1- Visibilidade do Estado do Sistema
  • 19. • O sistema deve utilizar palavras, expressões e conceitos que são familiares ao usuário. • Ex: o programa CSE HTML Validator v3.05 verifica erros de sintaxe em documentos HTML, não deixando claro o que cada “flag” significa. 2 – Correspondência entre o sistema e o mundo real
  • 20. • O sistema precisa fornecer alternativas para o usuário sair de uma situação indesejada. 3 – Controle e liberdade do usuário
  • 21. • O design deve seguir as convenções da plataforma ou do ambiente computacional. • No programa abaixo, a cor dos textos estáticos e dos botões (ou do próprio painel) foge do padrão do ambiente computacional. 4 – Consistência e padronização
  • 22. • A interface deve apresentar claramente os objetos, ações e opções, pois o usuário não deve precisar “decorar” formas de acionamento do sistema. No exemplo abaixo, a ordenação da lista está no menu “Table”. 5 – Reconhecimento em vez de memorização
  • 23. • As ações de interface devem ter diferentes formas de ser acionadas. • Ex: além de fazer uso excessivo de abas, o que diminui a eficiência, as categorias são acessadas apenas com o mouse. 6 – Flexibilidade e eficiência de uso
  • 24. • A interface não deve conter informação irrelevante ou raramente necessária, deve-se manter“clean”. • Ex: mais de uma heurística pode ser violada em uma mesma situação. 7 – Projeto estético e minimalista
  • 25. • O sistema deve evitar que enganos e erros ocorram, sempre que possível. 7 – Projeto estético e minimalista 8 – Prevenção de erros
  • 26. • O sistema deve ter mensagens de erros claras e informativas, que ajudem a entender o que houve e reparar erros. 9 – Ajude os usuários a reconhecerem, diagnosticarem e se recuperarem de erros
  • 27. • Acesso rápido e claro a conteúdo informativo, focado na tarefa do usuário. 10 - Ajuda e Documentação
  • 28. • Recomenda-se envolver de 3 a 5 avaliadores. • Atividades: 1) Preparação; 2) Coleta de dados; 3) Interpretação; 4) Consolidação dos resultados; 5) Relato dos resultados. Aplicação da Avaliação Heurística
  • 29. • Preparação: ▪ Todos os avaliadores aprendem sobre a situação atual e selecionam as partes da interface que devem ser avaliadas. • Coleta de dados e Interpretação: ▪ Cada avaliador inspeciona a interface para identificar violações das heurísticas, indicando local, gravidade, justificativa e recomendações de solução. Aplicação da Avaliação Heurística
  • 30. • Local do problema: ▪ Em um único local? ▪ Em dois ou mais locais? ▪ Na estrutura geral da interface? ▪ Não está lá! Precisa ser incluído. • Severidade ou gravidade do problema: ▪ Frequência: 1) comum, 2) raro ▪ Impacto: 1) fácil superação, 2) difícil superação ▪ Persistência: 1) uma vez e é superado, 2) atrapalhará muitas vezes ▪ Severidade: 1)cosmético, 2)pequeno, 3)grande, 4)catastrófico Coleta de dados e Interpretação
  • 31. • Consolidação dos resultados e Relato dos resultados: ▪ Todos os avaliadores revisam os problemas encontrados, julgam suas interpretações e geram um relatório consolidado. Aplicação da Avaliação Heurística
  • 33. Método de avaliação por inspeção: • Não envolve usuários. • Realizada por um especialista. Baseado na Engenharia Semiótica: • Teoria que investiga a comunicação entre designers, usuários e sistemas. Avalia a comunicabilidade de uma solução de IHM. Inspeção Semiótica
  • 34. Considera o ponto de vista do designer. Inspeciona a interface para identificar, interpretar e analisar os signos contidos na mesma. Faz um julgamento da comunicabilidade por meio da análise dos signos. Papel do avaliador
  • 35. Signos estáticos: • Comunicam o seu significado integral em telas fixas (estáticas) do sistema. Signos dinâmicos: • Comunicam o seu significado em sequências de telas ou com o tempo (dinamicamente). Signos metalinguísticos: • Explicam ou ilustram outros signos estáticos e dinâmicos. Tipos de Signos
  • 36. Não precisa mais que um avaliador; caso mais de um esteja envolvido, eles devem trabalhar em conjunto. Atividades: 1)Preparação; 2)Coleta de dados; 3)Interpretação; 4)Consolidação dos resultados; 5)Relato dos resultados. Aplicação da Inspeção Semiótica
  • 37. • Identificar perfis de usuários. • Identificar objetivos apoiados pelo sistema. • Definir as partes da interface que serão avaliadas. • Escrever cenários de interação para guiar a avaliação (chamado “cenário de inspeção”). Preparação
  • 38. • Inspecionar a interface simulando interações conforme o cenário. • Analisar os signos metalinguísticos. • Analisar os signos estáticos. • Analisar o signos dinâmicos. Coleta dos dados e interpretação
  • 39. Análise de signos metalinguísticos
  • 40. Análise de signos metalinguísticos
  • 41. Análise de signos metalinguísticos
  • 42. Análise de signos metalinguísticos
  • 43. Análise de signos metalinguísticos
  • 44. Análise de signos metalinguísticos
  • 45. Análise de signos metalinguísticos
  • 46. Análise de signos metalinguísticos
  • 47. • O usuário poderia interpretar este signo ou esta mensagem diferente do previsto pelo designer? Como? Por quê? • Essa outra interpretação ainda seria consistente com a interação do designer (cenário de interação)? • É possível formar classes de signos estáticos e dinâmicos a partir das análises realizadas? Quais? Perguntas que auxiliam a comparação
  • 48. Relatar a avaliação da comunicabilidade sob o ponto de vista do emissor da mensagem. Conteúdo do relatório: • Breve descrição do método de Inspeção Semiótica; • Definição e justificativa do foco e cenário de inspeção; • Apreciação geral da comunicabilidade do design de IHM; • Detalhamento dos pontos em que a comunicabilidade não está boa; • Anexos de evidências (imagem, vídeo, etc). Relato dos resultados
  • 49. • Faça a Avaliação Heurística de todo ou parte de um sistema/site que você está acostumado a utilizar. • Procure por violações das heurísticas de Nielsen. • Indique o local e grau de severidade dos problemas encontrados. • Recomende soluções para as violações encontradas. Exercício
  • 50. 1. Fazer uma Inspeção Semiótica em qualquer simulador existente em um site bancário (com exceção do simulador da CEF utilizado nesta aula). 2. Analise as três classificações dos signos, identificando possíveis problemas na comunicabilidade da interface. Exercício
  • 51. PREECE, J.; ROGERS, Y.; SHARP, H. Design de interação: além da interação homem-computador. Porto Alegre: Bookman, 2013. Referências Bibliográficas