História do Cinema - Cine+ curso de exibidores (1).pdf
1. História do Cinema
Do grego kínēma, que se refere à ideia do movimento, associado ao verbo kinein, neste caso
por mover e, por outro lado, graphein, para referir-se à tarefa de gravação.
2. Professora
Priscila Santos Paixão
Técnica em Produção Audiovisual - ETE Adolpho Bloch FAETEC
Formada em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense - UFF.
Contato: priscilasantospaixao@iduff.com.br
8. Imagem em movimento
1895 - Os irmãos Lumiére exibem, para convidados, o curta-metragem “A
chegada de um trem na estação”.
1896 - Primeira exibição no Brasil, no Rio de Janeiro. Exibidos curtas com
imagens de cidades europeias.
19/06/1898 - 19 de Junho agora considerado o Dia do Cinema Brasileiro, dia em
que foi realizada a filmagem do curta “Vista da Baía de Guanabara” pelos irmãos
Paschoal e Afonso Segreto. Nenhuma cópia encontrada.
9. “Teatro filmado” e Cinema ficcional
No início o cinema era utilizado para simples reprodução da realidade,
através de uma câmera parada era registrado o que acontecia diante da lente,
depois foram surgindo filmes que continham narrativas, que contavam histórias,
mas ainda com a câmera fixa. Era o chamado “teatro filmado”.
Pioneiros do cinema narrativo: Alice Guy-Blaché (1873 - 1968) e Georges
Méliès (1861 - 1938), ambos franceses.
10. Preservação Audiovisual
“Seus principais desafios são a deterioração e obsolescência de mídia,
formatos de arquivo, [...] a manutenção de tecnologia obsoleta e incorporação de
tecnologia emergente.” (Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo)
11. Diálogos e Cores
As primeiras filmagens coloridas encontradas datam de 1902, do inglês
Edward Turner. O primeiro filme ficcional foi o curta “The world, the flesh and the
devil” de 1914. Já aqui, no Brasil, o primeiro filme com planos coloridos foi “João
Ninguém", de 1936, de Mesquitinha.
O primeiro filme falado foi “O cantor de jazz” (EUA, 1927).No Brasil foi a
comédia “Acabaram-se os otários” de 1929, dirigida por Luiz de Barros.
12. A Linguagem Cinematográfica
Utilização da edição, de ângulos e enquadramentos de filmagens para gerar
significado. Imersão em uma narrativa através do uso da montagem e da
percepção da imagem e do som. Consolidação do discurso cinematográfico. Com
o avanço da tecnologia a câmera foi ganhando cada vez mais mobilidade.
Fragmentos de:
- Orson Welles (Cidadão Kane, EUA, 1941)
- Fernando Meirelles, Katia Lund (Cidade de Deus, Brasil, 2002).
Diretor de fotografia Cesar Charlone.
13. Grande Plano Geral
- O gabinete do
doutor Caligari
(Alemanha, 1920)
Linguagem cinematográfica - Planos
20. Consolidação da Indústria Cinematográfica (1907 - 1913)
- A indústria francesa era a maior do mundo e seus filmes eram os mais vistos.
Em seguida ,vinham Itália e Dinamarca.
- Em 1913, a indústria do Cinema começou a ganhar respeitabilidade, atraindo
uma parcela cada vez maior de público.
- Em 1917, a maioria dos estúdios estadunidenses já se localizavam em
Hollywood.
- Em virtude da falta de eletricidade, a estruturação do mercado exibidor no
Brasil se deu entre 1907 a 1910. Época da inauguração do Complexo
Hidrelétrico de Lajes, em Piraí, no Rio de Janeiro.
21. Consolidação da Indústria Cinematográfica Brasileira
- No início eram filmes documentais.
- Primeiro curta-metragem de ficção brasileiro: “Os estranguladores”, lançado
em 1908 e realizado por Francisco Marzullo e Antônio Leal.
- Primeiro longa-metragem de ficção foi “O crime dos banhados”, de 1914 e
dirigido por Francisco Santos.
- “Cinema cantado” (a partir de 1909)
- O impacto da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) no mercado brasileiro e
o aumento de importação de filmes de Hollywood.
- Surgimento das Chanchadas em 1930 (Cinédia e Atlântida).
- Cinema Novo Brasileiro (Final dos anos 50)
- Criação da Embrafilme em 1969.
22. Cinema Novo Brasileiro
- Final dos anos 50
- Inspirado nos movimentos de vanguarda cinematográfica Neorrealismo
Italiano e na Nova Onda francesa (Nouvelle Vague).
- De caráter revolucionário e constantemente preocupado com a crítica e a
causa social, como a denúncia da pobreza da população e a desigualdade.
- Principais cineastas: Nelson Pereira dos Santos, Helena Solberg, Cacá
Diegues, Glauber Rocha, Ruy Guerra, entre outros.
- Principais filmes: Rio 40 graus (1955), Vidas Secas (1963), ambos de Nelson
Pereira dos Santos, Os fuzis (1964), de Ruy Guerra, Deus e o diabo na terra
do sol (1964), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), ambos
de Glauber Rocha, o curta Couro de gato (1960), de Joaquim Pedro de
Andrade, entre outros.
23. Crise no Cinema Nacional
1990 - Extinção do Ministério da Cultura, do Conselho Nacional de Cinema
(CONCINE), da Fundação do Cinema e da Embrafilme pelo presidente Fernando
Collor de Melo.
1992 - Somente três filmes brasileiros foram lançados nos cinemas. Ano do
impeachment do Collor.
24. A Retomada do Cinema Brasileiro (1992 - 2002)
1992 - Recriação do Ministério da Cultura
1993 - Criação da Lei do Audiovisual.
1995 - Lançamento de “Carlota Joaquina, princesa do Brazil” de Carla Camurati,
que recebeu incentivo da Lei Rouanet (criada em 1991). Mais de 1 milhão de
espectadores.
25. A Retomada
Filmes: O Quatrilho (1995), de Fábio Barreto, O que é isso companheiro? (1997), de
Bruno Barreto e Central do Brasil (1998), de Walter Salles. Todos indicados ao Oscar de
Melhor Filme Estrangeiro - em 1996, 1998 e 1999.
2000 - Lançamento de Bicho de Sete Cabeças, de dirigido por Laís Bodanzky e com
roteiro de Luiz Bolognesi. E também de O Auto da Compadecida (2000), de Guel Arraes,
adaptação de uma minissérie.
2002 - Cidade de Deus, de Fernando Meirelles. O filme recebeu diversos prêmios
nacionais e foi indicado às categorias de Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado
(Bráulio Mantovani), Melhor Direção de Fotografia (César Charlone) e Melhor Edição
(Daniel Rezende) do Oscar 2004.
Entre outros.
26. A Pós-Retomada, Cinema Contemporâneo (2003 - )
- Nova consolidação da indústria cinematográfica brasileira.
Filmes: Lisbela e o prisioneiro (2003), de Guel Arraes. Os Normais (2003), de
José Alvarenga Júnior, Carandiru (2003) de Hector Babenco. Tropa de Elite
(2007) de José Padilha, Minha Mãe é uma peça (2010), de André Pellenz, Que
horas ela volta? de Anna Muylaert, Elena (2012), Olmo e A gaivota (2014),
Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa, O Menino e o Mundo (2013), de
Alê Abreu, Branco sai, Preto fica (2014) de Adirley Queirós, Bacurau (2019), de
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Carro Rei (2022) de Renata Pinheiro.
E muitos outros.
27. Animação Brasileira
1917 - Lançamento de “Kaiser”, primeiro desenho animado produzido no Brasil.
Não existem mais cópias. Feito por Álvaro Marins, o Seth.
1951 - Lançamento de “Sinfonia Amazônica”, primeiro longa-metragem de
animação feito no Brasil. Por Anélio Latini Filho
Filmes: Uma história de amor e fúria (2013) de Luiz Bolognesi, O menino e o
mundo (2014) de Alê Abreu, O show da luna (2014), série animada de Célia
Catunda e Kiko Mistrorigo.
28. Referências bibliográficas
● História do Cinema Mundial. Fernando Mascarello (org.), 2006.
● A História do Cinema Brasileiro. Kátia Kreutz, 2019. Academia Internacional
de Cinema. Disponivel em AIC - A história do cinema brasileiro, visitado em
08/05/2023.
● Carlota Joaquina, Referencial de Mercado para a Retomada do Cinema
Brasileiro - Estratégias de Produção, Distribuição e Exibição. Renato Márcio
Martins de Campos, 2005. Universidade de Ribeirão Preto e Centro
Universitário de Araraquara.
29. Referências filmográficas
● A chegada de um trem na estação e A saída dos operários da fábrica
Lumière, por Irmãos Lumière, França, 1895.
● A fada do repolho, por Alice Guy-Blaché, França, 1896.
● Cidadão Kane, por Orson Welles, Estados Unidos da América, 1941.
● Ilha das Flores, por Jorge Furtado, Brasil, 1989.
● Cidade de Deus, por Fernando Meirelles, Brasil, 2002.
● Vidas Secas, por Nelson Pereira dos Santos, Brasil, 1963.
● Lully no Canal Brasil, Canal Brasil, Youtube.
● Canal Cinédito, Youtube.
● Luz Anima Ação, Brasil, 2012. Dirigido por Eduardo Calvet