O documento discute a filosofia como questionamento do pensamento e das certezas, por meio da criação de conceitos e da indagação. Apresenta o método socrático de questionamento simulando não saber, para que o interlocutor expresse suas opiniões e perceba suas ilusões. Conclui que Sócrates não detém um saber pronto, mas guia-se pela perplexidade para iniciar a interrogação de tudo que parece óbvio.
11. Filosofia
Questionar
Conceitos
Duvidar
Dessa atitude resulta o que chamamos experiência
filosófica. Ao criar ou explicitar conceitos, os filósofos
delimitam os problemas que os intrigam e buscam o
sentido desses pensamentos e ações, para não
aceitarem certezas e soluções fáceis demais.
12. Não é possível aprender qualquer
filosofia;[ ... ]só é possível aprender
a filosofar, ou seja,exercitar o
talento da razão, fazendo-a seguir
os seus princípios universais em
certas tentativas filosóficas já
existentes, mas sempre reservandoà
razão o direito de investigar aqueles
princípios até mesmo em suas
fontes, confirmando-os ou
rejeitando-os.
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17. Método Socrático
Ironia Socrática
Maiêutica
A ironia consiste em perguntar,
simulando não saber. Desse modo,
o interlocutor expõe sua opinião, à
qual Sócrates contrapõe argumentos
que o fazem perceber a ilusão do
conhecimento.
A maiêutica centra-se na investigação
dos conceitos. Para tanto, Sócrates faz
novas perguntas para que seu
interlocutor possa refletir. Portanto não
ensina, mas o interlocutor descobre o
que já sabia
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19. CONCLUSÃO DO TEXTO
• Sócrates não está voltado para si mesmo como um
pensador alheio ao mundo, e sim na praça pública.
·Seu conhecimento não deriva de um saber acabado,
porque é vivo e em processo de se fazer, tendo por
conteúdo a experiência cotidiana.
• Guia-se pelo princípio de que nada sabe e, dessa
perplexidade primeira, inicia a interrogação e o
questionamento de tudo que parece óbvio. •
Ao criticar o saber pragmático, não quer com isso dizer que
ele próprio seja detentor de um saber. Desperta as
consciências adormecidas, mas não se considera um "farol"
que ilumina: o caminho novo deve ser construído pela
discussão, que é intersubjetiva, e pela busca das soluções.
·Sócrates é "subversivo'' porque "desnorteia'', perturba a
"ordem'' do conhecer e do fazer, e por isso incomoda tanto
os poderosos
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21. Exercícios
Gramsci afirma que "não se
pode pensar em nenhum
homem que não seja também
filósofo". Então, o que cada um
de nós tem em comum com o
filósofo? E em que dele nos
distinguimos? Converse com
seu colega para identificar
quais têm sido suas principais
"questões filosóficas".
22. Se o objeto da filosofia é tudo, procure identificar,
com o seu grupo, temas de diferentes campos
filosóficos interessantes à filosofia -moral, politica
etc. Se necessário, consulte o quadro "Para saber
mais As áreas de investigação filosófica" e também
o Vocabulário, no final do livro.
23.
24. "[. . .] a filosofia não é a revelação feita ao
ignorante por quem sabe tudo, mas o diálogo
entre iguais que se fazem cúmplices em sua mútua
submissão à força da razão e não à razão da
força." (Fernando Savater. As perguntas da vida.
São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 2.)
Com base na leitura desse trecho e em outros
conhecimentos sobre o assunto, redija um texto
destacando duas características da atitude
filosófica.