(1) Manezinho e Clemente levam frutas para as crianças na Casa da Mãe Boa e informam os colonos sobre o sucesso das massagens no Sr. José. (2) Eles descobrem que o médico Dr. Renato está doente com febre estranha e a enfermeira pede orações por sua recuperação. (3) Na fazenda, Dona Eduarda inicia o estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo com os presentes.
2. Manezinho 5° Capitulo
Sua vida a sua luta
Adaptação
2° fase ema: Evangelho no Lar
Dona Eduarda mandou que o Clemente e Manezinho fossem a
cidade levar a novidade ao medico e ao pessoal da casa da Mãe
Boa.
Eles foram em busca do Tenente, Id no pasto, para o atrelarem na
charrete, pedindo a cozinheira que colhesse algumas frutas, para
levarem para as crianças.
Enquanto levavam o animal, iam informando aos colonos que
encontravam, a boa noticia. E todos tiravam o chapéu e levantavam
os olhos ao céu, para agradecerem a Deus.
Atrelaram o cavalo a charrete, já com duas cestas de frutas
maduras, e rumaram para a cidade, onde procuraram dar conta das
incumbências.
Em primeiro lugar, deixaram as frutas; a seguir rumaram para a
residência do medico, onde não puderam ser recebidos. 0 Doutor
estava de cama, com febre alta e não podia atender a ninguém.
Foi quando se lembraram de que no consultório dele devia estar a
enfermeira, a Dona Inácia.
Seguiram para Id e explicaram a ela o sucesso das massagens nas
pernas do Sr. Jose.
A enfermeira, então, recomendou-lhes parar com as injeções e
passaram a fazer as massagens dentro da banheira, com agua
quente. Quando o medico melhora-se, então daria instruções
definitivas. "Dona Inácia recomendou que transmitissem um recado
a Dona Eduarda. Como a febre do Dr. Renato era por demais
estranha, uma vez que não cedia a nenhum medicamento,
a enfermeira pedia que fizessem preces a favor do medico que
precisava de ajuda espiritual".
Os dois meninos voltaram para a casa da Mae Boa e comentaram o
3. caso do Dr. Renato; as senhoras falaram a respeito de casos de
febres esquisitas e se lembraram do evangelho onde
existe a passagem em que Jesus curou a febre da sogra de Pedro,
mandando que a febre se retira-se dela. Imediatamente a sogra
do apostolo ficou sã e foi servi-los a mesa.
Apos terem jantado com as crianças, os dois garotos retomaram
a charrete e se puseram a caminho da fazenda, "conversando a
respeito de certas doenças que não são doenças".
Essa sogra de Pedro, curada por Jesus, por exempla, era um caso
que dava para pensar...
O caso do Dr. Renato id era conhecido ha algum tempo e todos
sabiam que ultimamente, quando menos esperava, o medico
sentia uma tontura, a sua vista ia ficando turva e ele
começava a tremer ate cair. Ai levavam-no para a cama, onde
permanecia horas e ate dias.
Sua senhora Dona Gloria, não mais sabia que remédio aplicar-
lhe. 0 Dr. Renato falava coisas sem sentido, mudava o tom da voz
e ficava muito diferente do seu natural.
Manezinho e Clemente, ao chegarem a fazenda, encontraram
Dona Eduarda já preparando a mesa para o evangelho no Lar,
que fazia em companhia de vários moradores de lá.
O Sr. Jose já se encontrava com a Ninoca no colo.
Os garotos explicaram todas as atividades desenvolvidas e foram
lavar o rosto e as mãos da poeira da estrada, para
acompanharem os estudos da noite, na reunião que iria ser feita
logo a seguir.
As oito horas da noite, em ponto, Dona Eduarda deu inicio aos
trabalhos, com uma sentida prece a Jesus.
O Sr. Jose abriu o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, que caiu
justamente no capitulo XIII “Não saiba a vossa mão esquerda o
que de a vossa mão direita”, onde e recomendado por Jesus
fazer-se o bem sem ostentação. Fez a leitura de todo o
comentário, com calma, e a seguir procedeu a uma troca de
4. ideias, com os presentes, a respeito do assunto e esclareceu ao
Manezinho como 6 que o Senhor espera seja feita a caridade.
- Mas papai disse a Ninoca, - as vezes a gente da uma coisa que
se tem que segurar com as duas mãos! Como e que a gente vai
esconder da mão esquerda?
Todos riram da ideia da Ninoca, a quem a mãezinha explicou
risonha:
- Minha filhinha, quando Jesus ensinou essa maneira de dar, Ele
queria dizer que nos não devemos fazer o bem e sair contando a
todo mundo o que se fez.
Terminada a explicação, Dona Eduarda calou-se e o Sr. Jose
continuou:
- Os nossos benfeitores Espirituais, geralmente, dão-nos o
melhor exemplo de como se põe em ação esse ensinamento de
Jesus.
E o Sr. Jose recordou o caso do menino que pouco dormira em
uma noite de temporais e grossas chuvas, pensando na sua
cabra, que ficaria amarrada perto da ponte por onde passava o
trem. Antes do dia clarear, quando a chuva diminuiu bastante e
só caiam pingos esparsos, ele levantou-se e foi olhar a situação
da cabritinha.
O rio tinha crescido suas aguas já lambiam as patas da bichinha,
muito assustada. Logo que a desamarrou, o menino viu que a
ponte estava toda recurvada, com o rio quase levando-a por ali
abaixo. Lembrou-se o menino, então, de que o trem noturno não
demoraria a apontar na curva, repleto de passageiros. Que fazer?
Nisso, o garoto ouviu, ao longe, o apito do trem...