Este documento apresenta 13 lições bíblicas sobre temas como Neemias, obediência, verdadeira religião e a vida de Moisés. Ele foi produzido pela organização "Jesus Vive e Reina" com o objetivo de pregar o Reino de Deus e alcançar vidas para Cristo.
1. Jesus Vive e Reina
A busca por um relacionamento íntimo com Deus
Estudos Bíblicos
1ª Edição
2016
Produção e distribuição: Jesus Vive e Reina
Facebook.com/apaixonadosporcristo2.0
2. Jesus vive Reina
Facebook.com/apaixonadosporcristo2.0
Organização de caráter evangelizador sem vínculo com denominações. Tem
como objetivo pregar o Reino de Deus e alcançar vidas para Jesus.
A busca por um relacionamento íntimo com Deus
Estudos Bíblicos
Lírio Dos Vales/ 1ª Edição/ Produção Independente
2016
3. Sumário
Apresentação.............................................................................................................. 4
LIÇÃO 1. Neemias: Um homem a serviço de Deus .................................................. 5
LICÃO 2. É melhor obedecer do que sacrificar .................................................... 9
LIÇÃO 3. A verdadeira religião...............................................................................11
LICÃO 4. O Reino de Deus não é razão nem emoção, é fé. ...............................14
LICÃO 5. O Amor de Deus produz arrependimento............................................16
LIÇÃO 6. Guarde TODO o seu corpo do pecado.....................................................18
LIÇÃO 7. Coração circuncidado: marca da consagração a Deus .....................22
SÉRIE: MOISÉS E A DIFÍCIL TAREFA DE LIDERAR .............................................24
Lição 8. Nossa personalidade foi criada por Deus ...............................................24
Lição 9. Aspectos do nascimento de Moisés. .......................................................24
Lição 10. A vida de Moisés....................................................................................26
Lição 11. Chamado e ministério de Moisés ..........................................................28
Lição 12. Alguns feitos de Moisés.........................................................................30
LIÇÃO 13. O Reino de Deus não é razão nem emoção, é fé (parte II) ...................32
4. 4
Apresentação
Certa vez – antes de ler um desses “estudos bíblicos” pra alguns amigos eu
falei: “escrevi isto por que me expresso melhor escrevendo do que falando”. E é
verdade. A partir do momento que passei a escrever as coisas que o Espirito
Santo fala comigo, passei a entender melhor meu relacionamento com o Senhor;
este é um ótimo exercício para quem ter mais intimidade com o Pai. Quando você
escreve o que o Espirito de Deus te ensina, você visualiza Sua vontade e pode
cumpri-la em Sua totalidade.
Claro que uma boa leitura da Bíblia Sagrada em preciosos momentos de
oração são essenciais antes de se escrever qualquer coisa. Isto dará a certeza de
que aquilo que você escreveu veio do coração do Pai.
Aqui eu reuni 08 lições (sendo que uma foi divida em 05 partes, totalizando
13) que escrevi ao longo de 2015. Elas parecem não seguir uma sequencia lógica,
todavia via tenho certeza que elas edificarão sua vida, como têm edificado a
minha.
Em Cristo, com amor,
Jesus Vive e Reina
5. 5
LIÇÃO 1. Neemias: Um homem a serviçode Deus
Caráter: Dedicação
O primeiro passo para alcançarmos um relacionamento íntimo com Deus é
nos colocarmos à sua disposição e obedecermos a sua vontade em todo tempo.
Trago aqui um estudo sobre Neemias: um homem a serviço de Deus, que por
meio de sua fé, dedicação e obediência, restaurou os muros de Jerusalém e o
culto a Deus.
1. Personalidade
1.1. Compassivo
Neemias era movido por amor e misericórdia pelo seu povo. "eles me
contaram que aqueles que não tinham morrido e haviam voltado para a província
de Judá estavam passando por dificuldades[...] quando ouvi isso, eu me sentei e
chorei" (Neemias 1. 3,4).
Orava por seu povo. "olha para mim, ó Deus, e ouve as orações que eu
faço dia e noite em favor dos teus servos, o povo de Israel. eu confesso que nós, o
povo de Israel, temos pecado. Os meus antepassados e eu temos pecados”
(Neemias 1.6).
Além de comoção e intercessão pelo povo, Neemias também agia em
favor do povo e não visando seu bem-estar. "trabalhei com todas as minhas
forças na reconstrução da muralha e não comprei para mim nenhuma
propriedade. E todos os meus empregados ajudaram na reconstrução" (Neemias
5.16)
Perceba que a compaixão de Neemias é semelhante a de Cristo. Como ele
conseguiu isto? Descobriremos agora!
6. 6
1.2. Homem de oração
A principal característica de Neemias é sua dedicação em orar. Em
qualquer situação, sua primeira resposta era a oração. Ele orou quando
soube da situação dos seus patrícios (cap 1. 4), orou antes de falar com o rei (cap
2.4), orou ao hospedar os judeus (cap 5.19), orou quando seus inimigos tentaram
impedi-lo (cap. 6. 9,14) e em muitas outras situações.
Em suas orações, engrandecia o nome do Senhor. "ó Senhor, Deus do
céu, tu és grande e nós te tememos..." (Neemias 1.5)
Antes de tomar alguma decisão, orava. "eu orei ao Deus do céu e depois
disse ao rei..." (Neemias 2.4,5).
1.3. Jejuava e sempre buscava resposta em Deus
Ele bem sabia que o jejum não era um mecanismo para obrigar Deus a
agir, mas era uma forma de externar sua tristeza e pesar e dedicar-se a Deus.
"Durante alguns dias, eu fiquei chorando e não comi nada (Neemias 1.4b)".
Ele sabia onde encontrar as respostas. "...o nosso Deus lutará por
nós"(Neemias 4.20b)
1.4. Obediente
Obedecia à sua autoridade. "então fiquei com muito medo e respondi: que o
rei viva pra sempre"(cap 2. 2,3).
Obedecia a Deus Sempre. "não contei a ninguém o que pensava em fazer
pela cidade de acordo com a vontade que Deus havia posto em meu coração”
(cap. 2. 12a). "antes de mim, os governadores tinham sido uma carga para o povo
[...] mas eu agi de modo diferente porque temia a Deus" (cap. 5.15).
7. 7
Perceba que essa decisão de Neemias de orar, dedicar-se e obedecer a
Deus, fez com que ele tivesse sucesso no proposito para o qual foi chamado.
Podemos aprender com Neemias, que a oração incessante produz frutos como:
Confiança – A confiança em si mesmo e naquilo que Deus tinha preparado
para ele, tornava-o um homem inabalável e corajoso. "eu não sou o tipo do
homem que foge e se esconde..." (cap. 6.11);
Dedicação – Cuidou impecavelmente de todos os aspectos da casa de
Deus. "ó meu Deus, lembra de todas as coisas que eu tenho feito pelo teu
Templo e pelo seu serviço" (cap 13.14).
Honestidade – Sempre fazia o que era bom para todos e era honesto em
tudo. "antes de mim, os governadores tinham sido uma carga para o povo
[...] mas eu agi de modo diferente porque temia a Deus" (cap. 5.15).
Cautela – Sabia esperar e agir com cautela."[...] e durante três dias não
contei a ninguém o que pensava fazer [...]" (cap. 2.11,12).
2. Traços psicológicos
Habitava no esconderijo do Altíssimo, ou seja, tinha uma ligação tão forte
com Deus que nem mesmo as piores notícias o abalavam. Ele não se
desesperava facilmente e, ao invés de murmurar, ele orava e adorava a Deus.
Não era um homem impulsivo, mas ela racional e moderado.
Era confiante e calmo em tudo; um homem submisso a sua autoridade,
mesmo assim isso não se envergonhava ou se revoltava, pois sabia quem ele era
em Deus.
Era um homem emocionalmente estável, que falava somente na hora certa
e orava sem cessar. Não costumava agir sem pensar, pois tinha uma incrível
capacidade de assumir a liderança e chamar a responsabilidade para si.
8. 8
Em sua mente vivia articulando os próximos passos a dar em seu serviço,
pois esse era seu foco e objetivo maior. Tinha um espírito de oração constante e
estava sempre consultando a Deus em seu íntimo.
O zelo pela justiça e pela casa de Deus lhe consumia e, quando o assunto
era esse, zangava-se facilmente com os desobedientes.
Autoestima e confiança em Deus São os termos que melhor descrevem
seus aspectos psicológicos.
3. Sua marca na história
Ficou conhecido como o homem que restaurou a vida física e espiritual dos
judeus, seu trabalho não se deteve apenas a reunir o povo, mas também restaurar
o culto a Deus.
4. Contexto histórico
Provavelmente, no tempo do rei Assuero, que reinava desde a Índia à
Etiópia, sobre cento e vinte províncias. Reinava na cidadela de Susã, dezessete
anos após o início da história de Ester.
9. 9
LICÃO 2. É melhor obedecerdo que sacrificar
Caráter: Obediência
Versículos-base: “Samuel respondeu: o que é que o Senhor Deus prefere?
Obediência ou oferta de sacrifícios? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-
lhe em sacrifício as melhores ovelhas. A revolta contra o Senhor é tão grave
quanto a feitiçaria, e o orgulho é pecado como é pecado a idolatria. O Senhor o
rejeitou como rei porque você rejeitou as ordens dele". 1Samuel 15. 22-23
Algo que é extremamente importante em nosso relacionamento com Deus é
a obediência. Na época da lei, os israelitas deviam obedecer à lei; agora no tempo
d graça, nós devemos seguir os passos de Jesus e aprender com Ele a ser
obediente ao Pai em toda situação. Aqui veremos um pouco sobre a história de
Saul; Deus o escolheu para ser rei em Israel, mas sua desobediência, bem como
o seu orgulho, o tiraram do caminho certo, levando sua vida ao declínio e
mudando o curso da história.
A história de Saul (1Samuel 9 – 31)
Saul era um rapaz humilde que, aparentemente, honrava seu pai – um
homem muito rico – chamava atenção por sua boa aparência e altura incomum no
meio de Israel.
Escolhido por Deus, ele fez parte de um incrível plano do Senhor para dar
vitória aos israelitas. Seu coração havia sido convertido no momento em que o
Altíssimo o chamou e o Espírito Santo tomou conta de todo o seu ser [“Quando
Saul e o seu empregado chegaram a Gibeá, um grupo de profetas o encontrou. O
Espírito de Deus tomou conta de Saul e ele se juntou a eles, agindo como profeta”
(1Samuel 10.10)]. Aquele jovem tinha tudo para ser um grande homem de Deus.
10. 10
No início de seu ministério, surgiram alguns que desconfiaram do seu poder
de liderança, mas ele, debaixo da vontade do Senhor, mostrou sua coragem e
força, ao sair para guerrear (1Samuel 11).
Todavia, cometeu três grandes erros que o afastaram totalmente da
presença do Pai. Primeiro, por causa do seu medo e falta de confiança, ele foi
desobediente à Lei ao oferecer sacrifícios, coisa que apenas o sacerdote poderia
fazer (1Samuel 13. 7 – 14). Isto, claro, entristeceu o Espírito Santo. Imaginando
que ações ritualística e um culto à Deus desprovido de obediência funcionariam,
ele trouxe pra si vazio e amargura.
Além, de tudo ele foi orgulhoso o suficiente para não humilhar-se diante do
Senhor. Daí em diante ele passou a agir por conta própria, confiando em sua
própria força. inveja também fez parte de sua vida, pois quando ele percebeu que
sozinho ele jamais conseguiria ter sucesso, passou a odiar aquele a quem Deus
abençoava.
Essa trágica história nos ensina que é melhor obedecer a Deus do que
prestar um culto cheio de sacrifícios e vazio de fé. E mesmo quando
desobedecemos, o único caminho para recuperação é humilhar-se e buscar a
Deus e nunca achar que podemos vencer sozinhos.
11. 11
LIÇÃO 3. A verdadeirareligião
Caráter: Prudência
Texto-base: "se alguém cuida ser religioso e não refreia sua língua, mas
engana seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante do
nosso Deus e Pai é essa: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-
se isento da corrupção do mundo". Tiago 1.26,27
Segundo um dicionário informal a palavra Religião significa, entre outras
coisas, um "conjunto de crenças e práticas relacionadas àquilo que se considera
sagrado". Este texto de Tiago, aparentemente simples, ensina-nos de maneira
poderosa, aquilo que Deus quer de nós.
Primeiramente, Tiago explica o que está errado; todavia começarei falando
daquilo que o Senhor requer de nós. Perceba que ele diz claramente que “A
religião pura e imaculada é esta...” com isso, ele estava querendo dizer que a
nossa prática diante de Deus deveria ser esta: “visitar os órfãos e as viúvas nas
suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo". Para uma melhor
compreensão, eu separei esse assunto nos tópicos abaixo:
Visitar órfãos e viúvas em suas aflições
Segundo o dicionário DICIO [www.dicio.com.br], visitar significar “ir ao
encontro”, esta palavra é sinônimo de “mostrar-se”; trago estes significados, pois
quero deixar claro que “visitar os órfãos e as viúvas” não se resume apenas em ir
a casa deles, trata-se de mostrarmo-nos compassivos e misericordiosos com eles.
Aqui, órfãos e viúvas representam pessoas frágeis e em situação difícil.
Há três versículos na Bíblia que mencionam uma visita de Deus e evidência
que esta palavra, na Bíblia, tem significado de agir com amor e misericórdia. São
estes:
Gênesis 21.1: o SENHOR Deus visitou Sara, como dissera, e fez com ela
como prometera.
12. 12
1Samuel 2.21: Então o SENHOR visitou Ana novamente e a abençoou, e
ela concebeu e deu à luz a mais três filhos e duas filhas. Enquanto isso, o menino
Samuel crescia diante do SENHOR.
Lucas 1.68: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, pois que visitou e
redimiu o seu povo.
Agrada a Deus que nós sejamos amorosos e misericordiosos com o
próximo. "bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia".
Mateus 5.7
Guardar-se da corrupção do mundo
Esta é uma mensagem bem mais clara. O Senhor quer que nós sejamos
separados do mundo e não venhamos a praticar suas más obras e deleitar-se no
pecado. Segue alguns versículos que confirmam isto:
"não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o
amor do Pai não está nele”. 1João 2.15
"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação
da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus". Romanos 12.2
Não podemos nos associar ao mundo, imitá-lo ou se quer se conformar
com ele!
A outra parte do texto fala de uma “religião vã”, entendo isso como sendo
algo que o Senhor não quer que seus filhos pratiquem. Quando não sabemos
controlar a nossa língua ou nossas palavras diferem de nossas ações, estamos
praticando uma religião vã. Em vários livros da Bíblia podemos encontrar
versículos que nos instrui a controlar nosso falar. Em Provérbios 10.19, por
exemplo, Deus nos fala algo surpreendente afirmando que “quando se fala demais
é certo que o pecado está presente, mas quem sabe controlar a língua é
prudente”.
13. 13
Como Cristãos, nossas palavras devem ser temperadas com sal para que
nós saibamos como responder a cada pessoa (Colossenses 4.6). Palavras não
devem ser usadas coo pedra.
Outro fator importante, que o Senhor transmite nessa palavra é sobre
enganar ao coração. Uma vida de intimidade com Deus vai muito além de manter
todo o conjunto de práticas religiosas rigorosamente esquematizadas. Nós não
podemos esquecer daquilo que Cristo fez por nós, do que realmente é o
evangelho. Ir a igreja frequentemente sem entregar nossas vidas totalmente a
Jesus é simplesmente enganar nosso próprio coração.
14. 14
LICÃO 4. O Reino de Deus não é razão nem emoção,é fé.
Caráter: Esperança em dias difíceis
O Senhor me deu um misto de ensinamentos, que vou tentar explanar aqui
com a ajuda do Espírito Santo.
Tudo começou quando eu voltava do trabalho. Triste e angustiada,
sufocada pelas preocupações, havia deixado de buscar a presença do Deus vivo
por vários dias. Nesse dia em particular, havia pegado uma condução a qual
imaginava que não tinha dinheiro para pagar, todavia o cobrador foi gentil comigo -
mais uma vez. A verdade é que Jesus é extremamente gentil em nos convidar
para uma vida abundante ao seu lado, mesmo sem a gente poder pagar por isso.
Recordo-me que o rapaz foi encantadoramente cordial e compassivo para comigo,
e isso me impactou: ora, o rapaz estava dispensando apenas algumas moedas,
Jesus abriu mão de muito mais... Ele perdoou muito mais!
Quando já havia pegado a segunda condução, o Senhor trouxe à minha
memória LAMENTAÇÕES 3.19-22: "eu lembro da minha tristeza e solidão, da
amargura e dos sofrimentos. penso nisso e fico abatido. mas a esperança
volta quando penso no seguinte: o amor de deus não se acaba, e sua
bondade não tem fim". Repentinamente surgiu uma esperança no meu
coração, certamente um sopro do Todo-Poderoso.
Nesse momento houve uma transformação, meu coração alegrou-se
novamente... A fé reacendeu-se e pude buscá-lo novamente e me entregar a Ele
outra vez. Quando o próprio Deus trouxe à minha memória o que Ele fez por mim,
minha mentalidade mudou... A verdade é que o que precede a mudança de atitude
é a mudança de mentalidade.
Mas o que isso tem a ver com "o Reino de Deus não é razão nem emoção,
é fé"? Tem a ver pelo seguinte: eu cometia um grande erro ao olhar a minha volta,
pois perdia o foco de Deus. E à minha volta eu via pessoas chorando e buscando
Deus aos gritos, e via pessoas cheias de conhecimento e sabedoria ensinando o
15. 15
evangelho e provando-o por meio de argumentos ( que fique claro: a questão não
é se as pessoas estão certas ou erradas, a questão sou eu). E eu parava, olhava
para as pessoas e pensava: puxa vida, eu estou errada! Eu ainda não encontrei
Deus, o Senhor. Então eu tentei me emocionar, mas Deus não estava em minha
emoção; então tentei ser sábia, mas Deus não estava em minha sabedoria; então
me desesperei... Onde estava Deus?
E nesse meio tempo em que Deus "sumiu", algumas pessoas da igreja
foram tocadas a se arrependerem e pedir perdão, eu não. Deus havia sumido, e
eu estava vazia... E aí? Aí que eu senti remorso e aquilo me maltratou.
Já em casa, li alguns versículos na tentativa de achar uma maneira de
mudar aquela situação... Nada aconteceu, Deus não estava naquela minha
intenção. Sabe onde ele estava? No vento que entrava pela janela da condução
onde eu estava; no vento que tocava meu rosto, enchia meu coração de paz e
trazia à memória aquilo que podia me dar esperança.
Chegando em casa, eu o Adorei. E entendi que ele não estava na razão, na
emoção nem na minha intenção, mas estava na minha fé que Ele mesmo pôs no
meu coração, por meio de Cristo Jesus.
Assim eu pude me arrepender. Assim eu pude mudar de mentalidade e
encontrar o Reino dos Céus, Reino alcançável por arrependimento em fé e não
por emoção.
16. 16
LICÃO 5. O Amor de Deus produz arrependimento
Caráter: mudança
Texto-base: Lucas 15. 1-7: “E aconteceu que todos os pecadores, como os
coletores de impostos e pessoas de má fama estavam se reunindo para ouvir a
Jesus. Entretanto, os fariseus e os mestres da Lei o censuravam murmurando:
„este saúda e se mistura a pessoas desqualificadas e ainda partilha o pão com
elas‟. Foi então que Jesus lhes propôs a seguinte parábola: „qual, dentre vós, é
homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no
campo as noventa e nove e vai em busca da que se extraviou, até que a
encontre? E assim que a encontra, coloca-a por sobre o ombro cheio de júbilo e
ruma para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e anuncia: alegrai-vos
comigo, pois hoje encontrei minha ovelha perdida. Eu vos afirmo que, da mesma
maneira, haverá muito mais alegria no céu por um pecador que se arrepende
do que noventa e nove justos que não carecem de arrependimento”.
É, não foi à toa que Jesus pregou o arrependimento! Deus se alegra com o
arrependimento genuíno. Sabe, outro dia eu estava ouvindo um homem falar
sobre a parábola do Filho Pródigo e algo especial da parte de Deus tocou o meu
coração. Ele mencionava o arrependimento do jovem, ocorrido apenas quando
este se deparou com o amor do Pai.
Sim, o filho decidiu voltar. Ele decidiu voltar porque constatou que a vida
perto do pai era melhor do que a situação miserável em que se encontrava; mas
ao encontrar nos braços do pai um amor misericordioso e perdoador, certamente o
rapaz foi constrangido a arrepender-se.
Nesse texto de Lucas 15. 1-7, é descrito uma parábola que ilustra a procura
e o amor incessantemente de Deus pelas almas perdidas. Perceba que os
pecadores aproximavam-se de Jesus, e este certamente os acolhia. Os fariseus,
religiosos fervorosos da época, o criticavam por isso. Eles o faziam, porque eram
17. 17
hipócritas e acreditavam que seus ritos eram suficientes, que a vida de aparência
os salvariam...
Eles eram incapazes de entender porque Jesus acolhia os pecadores,
porque eram incapazes de se arrependerem, eles viviam presos uma religião sem
valor, a rituais e festas cheias de hipocrisia e não conheciam o amor
misericordioso e perdoador de Deus.
O Senhor Jesus fez menção disso quando falou: "...haverá mais júbilo no
céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que
não necessitam de arrependimento". Vs. 7; ele estava afirmando que o céu se
alegra quando confessamos nossos pecados, quando nos arrependemos...
Todavia, se não buscarmos conhecer profundamente o amor de Deus jamais o
conheceremos e jamais seremos constrangidos a nos arrepender.
Deus se alegra com o arrependimento e Deus procura os pecadores e o
chama para isso, mas se condicionarmos a nossa vida apenas a rituais e
religiosidade, nunca conheceremos a profundidade, a altura e a largura do amor
de Deus; assim estaremos fadados a pensar que somos justos e não temos do
que se arrepender.
18. 18
LIÇÃO 6. Guarde TODO o seu corpo do pecado
Caráter: modo de vida
Desde já preciso agradecer a Deus pelo ensinamento maravilhoso acerca
do pecado do corpo. Até certo tempo, entendia "guardar o corpo do pecado" como
algo relacionado apenas à imoralidade sexual; hoje, no entanto, o Espírito Santo
ministrou meu coração de maneira graciosa e me deu um estudo poderoso para
transformar.
Texto-base: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de
maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um dos membros
do seu corpo ao pecado, como instrumento de iniquidade; mas oferecei-vos a
Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como
instrumento de justiça". ROMANOS 6.12,13
Bem, a mensagem aqui é bem simples e bem clara: devemos guardar do
pecado, cada um dos nossos membros, isto é, os olhos, os ouvidos, a boca, as
mãos e os pés. Se evitarmos que estes membros sejam dados ao pecado,
poderemos ter um coração puro e alcançar a promessa de ver a Deus (Mateus
5.8).
Guardar os nossos membros do pecado evita, também, que tenhamos uma
mente tomada por pensamentos contrários à vontade do Senhor, logo, contribui
eficazmente para o processo de santificação.
Vamos analisar agora cada membro a que me referi, baseado – claro – nas
escrituras sagradas.
OLHOS
O próprio Jesus nos ensinou sobre nossos olhos e a consequência daquilo
que permitimos que eles sejam (bons ou maus). Este ensinamento está nos
evangelhos de Mateus (6.22,23) e Lucas (11.34-36). Usarei aqui o texto de
19. 19
Mateus que diz: "São os olhos a lâmpada do corpo. Se teus olhos forem bons,
todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu
corpo estará em trevas..."
Que posso dizer diante disso? Cuidado com o que você vê! Há um ditado
que diz 'os olhos são espelho da alma'; eu, todavia, digo-lhes que aquilo que
vemos, observamos e atentamos severamente com nossos olhos refletem em
nossa alma e, de acordo com a importância que damos, podem refletir positiva ou
negativamente em quem somos. Vou explicar melhor: tudo o que vemos influência
naquilo que somos, as imagens são arquivadas em nossas mentes mesmo sem
percebermos e podem tornar-se parte da construção do nosso caráter ao longo da
vida.
Estou dizendo que se permitimos que nossos olhos observem coisas
contrárias à vontade de Deus (como pornografia, por exemplo), permitiremos que
eles se tornem maus e isso trará para nós grandes trevas.
OUVIDOS
Em sua carta destinada a Tito, Paulo o aconselha a não dá ouvidos à
fábulas judaicas e nem a mandamentos de homens que se desviam da verdade
(Tito 1.14). Este "dá ouvidos" refere-se a dar atenção. É justamente acerca desse
assunto que quero tratar.
Se você convive com pessoas que não são cristãs, presumo que ao longo
do seu dia você deve ouvir várias coisas desnecessárias e que não edificam em
nada seu espírito. Talvez você deva escutar diversas teorias a cerca do evangelho
de Cristo. Bem, a nossa primeira atitude diante dessa situação deve ser orar e
interceder por estes; mas que fique claro que nós não devemos, em hipótese
alguma, dar atenção às palavras contrárias ao evangelho de Jesus. Não devemos
dar ouvidos, também, à coisas desnecessárias e que não acrescentam nada.
20. 20
BOCA
Em sua carta, Tiago nos trás um ensinamento poderoso sobre o nosso
falar: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no
falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo" (Tiago 3.2).
O Senhor nos instrui que não saia de nossas bocas nenhuma palavra torpe
e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade (Efésio
4.29); ou seja, devemos ter sempre as palavras certas no tempo certo e isso se
consegue com uma vida de oração. O que não devemos ter nunca são lábios
bajuladores. Nós, como Cristão, devemos ser sempre temperados com sal e
sóbrios no falar para que não venhamos a pecar com o fruto dos nossos lábios.
MÃOS
Em Provérbios 6.17 observamos que o Senhor aborrece as "mãos que
derramam sangue inocente". Você pode pensar: eu não sou um assassino, logo
esta palavra não é para mim. O que posso dizer é que Deus não tem prazer na
injustiça; nós precisamos analisar bem o fruto do nosso trabalho, durante todo o
nosso dia, e ver se praticamos alguma injustiça. Não podemos permitir que esta
more em nossa casa e habite em nós. Doutra forma, daríamos brecha ao pecado.
PÉS
Em Provérbios 1.8-16, o sábio instrui seu filho a desviar os pés do caminho
dos sedutores que tentam levá-lo ao mau caminho. É uma instrução poderosa.
Sabemos que as más companhias corrompem os bons costumes
(1Corintios 15.33), dessa forma precisamos evitar constantemente aqueles que
nos afastam do caminho da Verdade. Um verdadeiro amigo jamais irá querer o
nosso mal, assim, mesmo que ele seja descrente, se for um verdadeiro amigo ,
21. 21
não nos afastará do Senhor, mas se o fizer, devemos optar por Cristo que é nossa
Salvação, orando e intercedendo por este.
O fato é que precisamos considerar nossas companhias e buscar aquelas
que nos levam para mais perto de Deus.
CONCLUSÃO
A conclusão que podemos tirar desse ensinamento é que quando deixamos
de entregar nossos membros ao pecado, temos a oportunidade de ter uma mente
revestida de bons pensamentos e um coração puro. Essas coisas são um
excelente passo para santidade.
Em Mateus 5.8, Jesus nos ensina que se tivermos um coração puro
poderemos ver a Deus.
Um coração puro depende:
Daquilo que vemos;
Daquilo que ouvimos;
Daquilo que fazemos;
Das nossas companhias;
Daquilo que pensamos.
22. 22
LIÇÃO 7. Coração circuncidado: marca da consagraçãoa Deus
Caráter: Consagração
Depois de um dia em que me dediquei muito pouco a Deus, um dia em que
nada havia sido produtivo por esta razão, deitei-me em minha cama visando ler a
Palavra – sem muita pretensão mesmo, só para cumprir a regra.
Deitei-me e abri em Romanos, pensei: "Romanos é um bom livro". Logo
que li o capítulo 2, verso 29, [pelo contrário, o verdadeiro judeu é aquele que é
judeu por dentro, aquele que tem o coração circuncidado; isso é uma coisa
que o Espírito de Deus faz e que a lei não pode fazer. E o louvor que essa
pessoa recebe não vem de seres humanos, mas vem de Deus.] o Espírito
Santo falou-me algo da parte de Deus. Ele disse: "circuncide seu coração".
Desde então meu coração aplicou-se a considerar este fato.
De acordo com a Bíblia Sagrada Fonte de Bênçãos, circuncisão é a
"cerimônia religiosa em que é cortada a pele, chamada prepúcio, que cobre a
ponta do órgão sexual masculino. Os meninos israelitas eram circuncisados
no oitavo dia após seu nascimento, como sinal da aliança que Deus fez com
o povo de Israel (Gênesis 17.9-14; Gálatas 5.2)..." Estou certa de que o Espírito
Santo não me falou acerca de uma marca no corpo ou de uma cerimônia religiosa,
afinal a circuncisão era uma cerimônia cabível apenas para homens. No entanto,
Ele mencionou um coração que precisa ser circuncidado.
O Novo Testamento menciona uma nova circuncisão feita pelo próprio
Cristo (Colossenses 2.11), a qual todos que creem tem direito e lhe confere uma
nova natureza obediente à Deus.
A circuncisão do coração surge como uma marca de que somos
consagrados a Deus e pertencemos a Ele. O coração circuncidado, marcado pelo
Senhor, é um sinal espiritual – que produz excelentes frutos no mundo natural –
de que somos propriedade do Deus vivo e que temos uma aliança com Ele,
23. 23
baseada na fé, no amor e na esperança por nossa parte e santidade, fidelidade
amor e justiça da parte do Pai.
Sendo assim, busquemos ter um coração marcado por Deus, baseado na
oração, na obediência, na fidelidade. Estas coisas testificarão que temos um Pai
que nos perdoou por meio do Sacrifício Perfeito de Jesus Cristo, nosso Senhor e
Salvador.
24. 24
SÉRIE: MOISÉS E A DIFÍCIL TAREFA DE LIDERAR
Lição 8. Nossa personalidade foi criada por Deus
Em uma época em que o povo estava sendo muitíssimo maltratado e,
estranhamente, crescendo, o Senhor Deus resolveu levar o livramento para os
seus e acabar com a amargura na vida deles usando a vida de Moisés.
O SENHOR participou de cada detalhe da vida do povo (mesmo quando
esta estava demasiadamente triste) dando livramento àquele a quem Ele escolheu
para ser o líder da libertação. Moisés tinha muitas falhas e no momento do
chamado estava afastado do seu povo por causa de um erro que havia cometido
no passado, ainda assim o SENHOR viu que suas qualidades e defeitos se
encaixavam perfeitamente naquilo que Ele havia planejado. Não obstante, aquele
homem tinha um espirito humilde, Deus jamais poderia usar uma pessoa
orgulhosa naquela incrível missão de libertar o povo.
Dessa forma, quando o SENHOR ouviu o clamor do povo, chamou este
homem e ele tornou-se o instrumento perfeito para aquela tarefa. Vale ressaltar
que não havia nada nele que o tornasse superior aos demais israelitas, tampouco
Deus fez acepção de pessoas no momento em que o chamou, mas ele tinha o
conjunto de características ideais para aquele serviço, além disso, soube ouvir e
reconhecer a voz do Pai.
Cada um de nós tem um chamado, e nossa personalidade, ou seja quem
somos, o que inclui qualidades e defeitos – mas exclui atitudes destrutivas –
fazem parte de um conjunto de características ideais para cumprimos o nosso
chamado. O SENHOR foi o criador da nossa personalidade, Ele nos limpa de
nossos pecados e de nossas atitudes destrutivas, mas não dela, pois ela é a
nossa identidade e o que somos.
Lição 9. Aspectos do nascimento de Moisés.
Aqui, irei analisar por tópicos, o pano de fundo do nascimento de Moisés.
25. 25
O povo estava sendo muito maltratado no Egito (Êxodo 1.8 – 11)
Durante o tempo em que ficaram no Egito, o povo de Deus aumentou
muito. Isso assustou ao Faraó que não conhecia a história de José
tampouco temia a Deus. Por questões de poder, o rei do Egito tinha
medo dos hebreus, pois imaginava que aquela multidão poderia tomar o
governo a qualquer momento, por isso decidiu maltratar o povo.
Quando vê o nosso crescimento em Deus, o inimigo teme e começa a nos
atacar violentamente.
A vida do povo se tornou amarga (Êxodo 3.7)
Talvez em tempos de paz, os israelitas não tenham levantado a voz a
Deus – sinceramente, não sei – mas sabe-se que quando a vida deles
estava amarga, por causa do jugo da escravidão, eles clamaram
intensamente a Deus.
Os ataques do inimigo sempre deixa nossa vida amarga. Nessa situação
temos duas escolhas: entregar-se e desistir ou clamar intensamente a Deus.
Faraó mandou matar os filhos homens que nascessem – o agir de
Deus (Êxodo 1.15 – 17)
A ordem de assassinato era uma medida desesperada de Faraó, a
escravidão do povo não havia funcionado como ele havia planejado e naquele
momento ele precisava de algo que impedisse o crescimento do povo. Todavia,
Deus agiu e impediu que as crianças fossem mortas.
Muitas vezes esta é a medida desesperada de Satanás contra o nosso
crescimento espiritual. Essa tentativa de assassinato pode ser no corpo, na alma
ou no espirito. No corpo, com a morte física; na alma é com as decepções e
sentimentos; e no espírito é com o afastamento dos caminhos do Senhor. Destas,
a ultima é a mais perigosa.
Faraó apela para seu povo (Êxodo 1.22)
26. 26
Quando percebeu que as parteiras não haviam feito o que ele ordenou,
apelou para que o seu povo jogassem os bebês hebreus no rio Nilo. Este rio era
visto pelos egípcios como um deus, talvez o rei imaginasse que esse suposto
deus o livraria da “praga” dos israelitas.
Falhadas as outras tentativas de nos atacar Satanás passa a usar pessoas
para tentar nos destruir. Essa tentativa é perigosa por que mexe com nossos
sentimentos e nossas relações sociais.
A coragem de Joquebede (Êxodo 2.1 – 4)
Enquanto o Faraó pensava que o Nilo o salvaria dos israelitas, o Deus
único e poderoso usou este mesmo rio para levar o livramento aos israelitas. Este
agir poderoso de Deus foi movido pelo ato de fé e total confiança de Joquebede.
É por meio da nossa fé inabalável e total confiança que Deus faz coisas
extraordinárias em nossas vidas. A resposta de Deus é do tamanho da nossa fé.
Lição 10. A vida de Moisés
Moisés não era exatamente um líder impetuoso; inicialmente, ele resistiu ao
chamado de Deus, mas Deus o usou de maneira extraordinária apesar de suas
fraquezas. Ele também falou face a face com Deus, recebendo instruções dele
com a finalidade de proporcionar uma vida saudável e responsável a comunidade
de Israel; Moisés também realizou estupendos milagres no Egito. Ele foi uma
prova viva de que Deus pode usar qualquer pessoa que se prontifica para o
serviço dele.
Se estivermos dispostos a fazer a obra do Senhor, ele irá nos capacitar.
Não podemos esquecer que somos apenas instrumentos e não podemos fazer
nada por nossa própria força. A vontade do Senhor será feita independente de
qualquer coisa, mas se nós estivermos em comunhão com ele e formos humildes
e dedicados certamente ele terá prazer em nos usar.
Moisés no palácio de Faraó
27. 27
Quando a filha de faraó resgatou Moisés do Nilo, provavelmente imaginou
que nele havia algo de especial, já que ele havia sobrevivido ao castigo do rei.
Não deve ter sido fácil para ela chegar ao castelo com um hebreu nos braços, mas
talvez à essa altura a ira de faraó já havia se abrandado.
Enquanto isso, Joquebede preparava o filho para viver com aquele que
maltratava seu povo. A participação dela foi fundamental. Ela deve ter ensinado a
Moisés a temer a Deus, deve tê-lo educado no caminho do Senhor e por esse
motivo mesmo rodeado de luxo e já adulto, Moisés não esquecia o seu povo e o
visitava frequentemente.
Nossos filhos não estarão sempre conosco. Eles não nos pertencem, são
de propriedade de Deus; devemos criar nossos filhos para o Senhor, ensinar o
caminho em que eles devem andar e educa-los na palavra de Deus. Somente
assim garantiremos que eles estarão seguros e firmes em Cristo aonde quer que
eles estejam.
Moises tinha zelo por o seu povo, talvez pelo fato dele estar em um
grandioso palácio enquanto o povo era escravizado ou simplesmente pelo amor e
patriotismo. O fato é que ele desejava libertar os israelitas daquele sofrimento
demasiado; era esta sua situação quando matou o egípcio e quando tentou
separar uma briga entre dois hebreus. O problema foi sua maneira de resolver a
situação.
Ele imaginava que impondo sua autoridade, os hebreus o ouviriam. Talvez
achasse que sua posição de neto do faraó lhe daria direito de mandar nos seus
patrícios e fazer justiça com seu braço. Ao ver o fracasso e as consequências dos
seus erros, Moisés se deu conta de que não era por aquele caminho que ele
libertaria os israelitas.
Atitudes precipitadas podem por em risco nosso ministério e ainda temos
que conviver com as consequências dos nossos erros.
28. 28
Moisés, ameaçado de morte, sentiu medo e fugiu. Parecia não existir mais
saída para ele e ele estaria fadado a vagar no deserto, mas Deus não desistiu de
Moisés e, com sua mão poderosa, preparou um lugar para ele aprender sobre
liderança.
Na casa de Jetro, ele aprendeu o que é mais importante para ser um
grande líder: servir ao próximo, como Jesus determinou ao dizer aos discípulos
que aquele que quisesse ser o primeiro servisse a todos. Moisés mostrou que era
submisso à autoridade de Jetro quando, em Êxodo 4.18, lhe pediu permissão para
voltar ao Egito.
Um bom líder serve. Não no sentido de ser escravo ou empregado dos
outros, mas, assim como Jesus – e também Moisés – sabe perceber as
necessidades do povo e solucioná-las da melhor maneira.
Em seu ministério, Moisés era impulsivo e, algumas vezes, agia sem buscar
a Deus, isso lhe causou problemas (como no caso em que bateu na rocha). Ele
também teve de aprender a estabelecer limites pessoais, compartilhando seu
papel de líder com pessoas que estavam abaixo dele.
As fraquezas dele eram apenas um lado da moeda, no outro estavam as
virtudes. Moisés clamou a Deus pelos israelitas mesmo quando estes se
revoltaram contra ele. Ele tinha uma incrível capacidade de liderar, mesmo que em
algum momento tenha dado inúmeras desculpas para não se responsabilizar pelo
povo.
Um bom líder divide sua liderança com outras pessoas, para que não
desfaleça em seu trabalho nem se envaideça com a recompensa. Além disso, um
bom líder sempre escuta os outros e, principalmente, a Deus.
Lição 11. Chamado e ministério de Moisés
Deus revelou a Moisés um nome: EU SOU, que em hebraico soa parecido
com o nome Javé ou YAHVEH. Este nome significa: “eu serei tudo o que vocês
29. 29
precisarem que eu seja, quando vocês precisarem que eu seja tudo aquilo que
precisarem”. O SENHOR estava se revelando como um Deus pessoal, no meio do
seu povo.
Voltando um pouco tempo, quando pensamos no chamado de Noé vemos
que era um chamado à salvação, Deus conservou a vida na terra quando o livrou
do dilúvio; o chamado de Abraão era para que ele se separasse de sua parentela
e sua descendência se tornaria uma nação santa, dedicada ao Senhor. O
chamado de Moisés, no entanto, era um chamado à libertação; os hebreus, por
meio dele, conheceriam o grande EU SOU, o Deus pessoal que se relacionaria
com seu povo, que é tudo o que eles precisam e lhe daria leis e estatutos para
que todos o servissem.
Ao ler o Pentateuco, pode-se perceber que Moisés era:
a. Intercessor (Êxodo 3.10) intercedia pelo povo diante de Deus
b. Pastor – cuidava do povo no deserto
c. Juiz – julgava as causas dos israelitas
d. Profeta – falava com Deus face a face
e. Legislador – não que ele tenha criado alguma lei, mas esta foi dada
por meio dele.
Com tantos ministérios e um chamado esplêndido, era de se esperar que
Moisés vivesse em plena comunhão com o Pai e de fato era. A Bíblia diz que
nunca se levantou outro profeta como Moisés, o próprio Deus disse em Números
12.6-8 que falava com Moisés claramente e não por meio de comparações como
os demais profetas. Ele realmente viu a glória do Senhor.
Em certos momentos, no entanto, Moisés falhou por causa do seu
temperamento. Em alguns momentos ele deixou de experimentar grandes
maravilhas de Deus e até deixou de entrar na terra prometida por não ter
obedecido completamente a ordem do SENHOR. Apesar disso ele não perdeu
falhou em sua missão e é citado com um grande homem de fé em hebreus 3 e
posteriormente no capítulo 8.
30. 30
Precisamos descobrir nossa identidade em Deus, bem como nosso
chamado e ministério, pois é esta a vontade do Pai. Além disso, para cumprirmos
este chamado precisamos exercitar nossa comunhão com Deus e produzir os
frutos do Espírito.
Lição 12. Alguns feitos de Moisés
AS ÁGUAS AMARGAS (Êxodo 15.22 – 27)
Tão logo que foram salvos dos egípcios, os israelitas se depararam com
uma caminhada de três dias no deserto de Sur, onde não havia água – exceto em
Mara, onde eram amargas. Não confiando em Deus, apesar das coisas
grandiosas que Ele havia feito pouco tempo atrás, o povo murmurou contra
Moisés. Este clamou a Deus e o Senhor lhe mostrou uma árvore, a qual foi
lançada nas águas fazendo-as se tornarem doces.
A repostas de Deus ainda foi maior: Ele apresentou-se com SENHOR que
sara e levou o povo a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras.
ÁGUA DA ROCHA EM REFIDIM (Êxodo 17.1 – 7; Números 20.1 – 13)
Mais uma vez o povo estava com sede e mais uma vez reclamou, desta
vez, segundo Números, Moisés ficou irritado e não fez tudo conforme o SENHOR
lhe mandou e isso lhe trouxe prejuízo.
GUERRA CONTRA OS AMALEQUITAS
Enquanto os homens guerreavam, Moisés intercedia pelo povo. Quando
seus braços estavam erguidos, Israel prevalecia, quando estavam abaixados
então Amaleque vencia. Ora, ao perceber-se isso Moisés contou com a ajuda de
Arão e Hur para sustentar seus braços levantados durante a batalha.
A REVOLTA DE CORÁ, DATÃ E ABIRÃO
Quando esses três homens se revoltaram, a Bíblia relata que Moisés
ajoelhou-se e com o rosto em terra disse aos homens que Deus mostraria quem
31. 31
deles estava certo. De uma forma humilde e confiante, Moises entregou a causa a
Deus. Ele sabia que aqueles três homens estavam errados e orou ao SENHOR
para que Ele tomasse controle da situação.
A história de Moisés mostra que um líder fiel é capaz de interceder por toda
uma congregação em pecado, mas se este for infiel pode por todo o povo em uma
situação difícil; podemos perceber também que quando o líder age
impulsivamente pode trazer prejuízos sobre si. Quando o líder intercede, o povo
alcança vitória, mas este trabalho pode se tornar mais fácil se ele tiver pessoas
que o ajude. Pra finalizar, o bom líder repreende com humildade os que estão
errados.
32. 32
LIÇÃO 13. O Reino de Deus não é razão nem emoção, é fé (parte II)
Entre tantas palavras ditas por Jesus, três me deixam particularmente
impactada e me levam a declarar, pela segunda vez, que o Reino de Deus não é
razão nem emoção, é fé. Nosso glorioso Rei começou seu ministério declarando:
“Arrependei-vos, por que é chegado o Reino de Deus” (Mateus 4.17). com estas
palavras, Jesus estava querendo dizer-nos que aquela geração precisava mudar,
precisava largar seus maus caminhos (e isto serve para nós também), Jesus
estava ensinando que uma transformação deveria acontecer (como um ponto de
inflexão).
Ele dizia isto porque algo novo e extraordinário estava às portas: o Reino
de Deus. E por que o arrependimento era (e ainda é) tão importante? Esta é a
segunda palavra de Jesus que me deixa extasiada. Em Mateus 9. 16 e 17, Ele diz:
“Ninguém coloca remendo novo em roupa velha; por que o remendo força o tecido
da roupa e o rasgo aumenta. Nem se põe vinho novo em odres velhos; se o fizer,
os odres rebentarão, o vinho derramará e os odres estragarão. Mas põe-se vinho
em odres novos, e assim ambos ficam conservados”. O tempo da graça havia
chegado e Jesus explicava que as “roupas velhas” do pecado e da maldição da lei
não suportaria o “remendo novo” da graça de Deus, por isso deveria haver
arrependimento genuíno. Doutra forma, aquela geração (e nós) seria incapaz de
entender e participar do perfeito Reino.
Mas por que eu digo que o Reino de Deus não é razão nem emoção, é fé?
Digo isso por que o arrependimento não é gerado por emoção, mas por fé. É a fé
no Filho do Homem que nos permite abandonar os maus caminhos e ser nova
criatura; a salvação é pela fé; é a fé em Cristo Jesus que nos permite alcançar o
Reino dos céus. É justamente sobre esse Reino que quero falar.
33. 33
Em Mateus 6.33, Jesus revela-nos um segredo poderoso, Ele diz: “Buscai
em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça...”. Versículos antes, Ele nos
instrui a orar clamando para que o Reino de Deus venha e para que a vontade do
Pai seja cumprida na terra assim como é no céu (Mateus 6.10). Isto me deixa
eletrizada! Ora, algo extraordinário deve haver no céu. E te. Jesus não ensina à
toa.
No céu, a vontade de Deus é cumprida em sua plenitude. A adoração é
constante e perfeita. Os adoradores são curados, fervorosos, o único objetivo é
adorar. Apocalipse 4 e 5 nos revelam um pouco sobre essa adoração no céu. Se
clamarmos pelo Reino de Deus certamente nos será dado e virá com esse nível
de intensidade, amor e rendição que há lá. Mas, não são as nossas forças ou os
nossos argumentos que chamarão a atenção de Deus, Ele não se impressiona
com emoções; é a nossa fé em Cristo, é a nossa busca constante por Deus que
atrai o Reino dos céus.
34. 34
Jesus Vive e Reina
Para sugestões ou informações, entrem em contato:
E-mail: jesusviveereina10@gmail.com
Facebook: facebook.com/apaixonadosporcristo2.0
Missão: pregar o Reino de Deus a toda criatura.
Visão: intimidade com Deus alcança-se com uma vida de entrega.