O documento discute equipamento de proteção individual (EPI) e descarte de resíduos em serviços de saúde. Ele explica os tipos de EPI recomendados como avental, máscara e luvas e como devem ser usados corretamente. Também classifica os resíduos gerados em serviços de saúde e especifica como materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente.
1. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Disciplina: Introdução à Prática Hospitalar
Professora: Sheila Tamanini
Equipamento de Proteção Individual (EPI) e
Resíduos de Serviços de Saúde
Acadêmicas:
Gabriela Rodrigues
Paula Souza
Rafaela Rech
Vanessa Gigoski
Porto Alegre, 2013
2. INTRODUÇÃO
A biossegurança consiste em um “conjunto de práticas e ações técnicas
com preocupações sociais e ambientais destinadas a controlar os possíveis
riscos à saúde oferecidos à equipe da saúde e aos pacientes’”.
A Lei brasileira nº 9.431 de 6 de janeiro de 1997, dispõe sobre a
obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país de um programa de
controle de infecções hospitalares (Portaria nº 2.616/MS/GM de 12 de maio de
1998). Sua abrangência é ampla envolvendo relações com a promoção de
saúde no ambiente de trabalho, no meio ambiente e na comunidade.
Na Fonoaudiologia, assim como nas demais áreas da saúde, é
necessária a adoção de procedimentos de controle de infecção em suas
diversas áreas de atuação. Entre esses procedimentos, estão o uso de
Equipamento de Proteção Individual (EPI) e o correto descarte de resíduos, os
quais serão expostos a seguir.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
São equipamentos recomendados para todos os Profissionais da Área
da Saúde: avental ou jaleco, gorro, máscara, luvas e óculos de proteção.
Embora tenha indicação para proteção e segurança ocupacionais, o uso
inadequado desses equipamentos pode resultar em risco coletivo. Em algumas
situações o mesmo dispositivo de uso individual deve ser adotado com objetivo
de proteção coletiva, como em procedimentos assépticos.
A higiene pessoal também deve ser realizada para uma melhor eficácia
da proteção aos indivíduos, por isso, tomar banho, lavar o jaleco, manter as
unhas curtas e sem esmalte, entre outros cuidados, colaboram com uma rotina
saudável.
Para frequentar o hospital são necessários cuidados como: usar sempre
sapato fechado, não usar jóias, usar roupas mais cobertas, cabelos compridos
3. devem ser mantidos sempre presos. É necessário bom senso e adequação ao
ambiente com roupas mais discretas, evitar saltos altos e utensílios
extravagantes. Além de evitarmos uma má impressão ou causar algum dano,
estamos nos protegendo e evitando a disseminação de microrganismos e
doenças.
O jaleco deve ser sempre utilizado, pois protege a roupa do profissional;
deve ser de cor clara, mangas compridas e decote alto; utilizado,
exclusivamente, no ambiente de trabalho; após retirado, deve ser transportado
pelo avesso em embalagem plástica; e sua higienização sempre separada das
demais roupas da família.
O uso da máscara deve ter alguns cuidados especiais, ela deve ser
utilizada apenas nos ambientes propícios. Ela é uma barreira das vias aéreas
superiores. Seu uso deve seguir os princípios de conforto e adaptação,
devendo ser descartável e conter três camadas. É importante que seja trocada
a cada atendimento asséptico e/ou quando estiver suja ou molhada.
Os óculos de proteção não são utilizados em qualquer situação, apenas
quando o profissional da saúde estiver em contato com gotículas aerossóis.
As luvas são essenciais em todos os casos de contato com pacientes e
de manuseio dos materiais, tanto para procedimentos invasivos ou não-
invasivos. São importantes para o paciente e para o profissional evitando a
disseminação dos vírus. Estão disponíveis no mercado luvas de látex e de vinil,
sendo essa última, indicada para pessoas com hipersensibilidade ao látex.
Existem cinco tipos de luva que poderão ser usadas no ambiente hospitalar:
- Luvas estéreis: de uso único e descartáveis; utilizada em
procedimentos invasivos e desinfecção de alto nível de esterilização química; é
necessária anti-sepsia das mãos antes do uso.
- Luvas de procedimento: indicadas para procedimentos não-invasivos;
também são de uso único e descartáveis; seu uso deve ser precedido da
higienização das mãos.
4. - Luvas grossas: utilizada nos procedimentos de lavagem de
instrumentos, limpeza em geral e manuseio de lixo. São reutilizáveis e devem
ser lavadas todos os dias, sua substituição é necessária quando apresentar
desgaste ou estiver rasgada.
- Luvas térmicas: utilizada em procedimentos de esterilização em estufa
e autoclave.
- Luvas plásticas: descartáveis e de uso único; utilizadas como recurso
auxiliar ao controle de infecção, devem ser usadas sobrepostas às luvas de
procedimentos quando for necessário tocar em superfícies fora do campo de
trabalho.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - DESCARTE DE
PERFUROCORTANTES
O manejo dos resíduos de serviços de saúde deve ser praticado
conforme Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 306 da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo classificados em:
• Grupo A – resíduos com possível presença de agentes biológicos que
podem apresentar risco de infecção. Este grupo apresenta subgrupos com
recomendações específicas para cada um, entretanto para acondicionamento
de coleta devem ser dispostos em sacos brancos-leitosos, identificados com
símbolo de substância infectante constante, com desenho e contornos pretos.
Estes devem ser substituídos quando atingir dois terços de sua capacidade ou
a cada 24 horas.
• Grupo B - resíduos contendo substâncias químicas que podem
apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente.
• Grupo C – qualquer material resultante da atividade humana que
contenha radionuclídeos em quantidade superior aos limites de isenção
5. especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e
para os quais a reutilização é imprópria ou não-prevista.
• Grupo D - resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente.
• Grupo E - materiais perfurocortantes ou escarificantes como agulhas,
artigos de vidro, escalpes, lâminas de bisturi, lancetas, entre outros. Estes
devem ser descartados separadamente, no local de sua geração,
imediatamente após o uso em recipientes rígidos e resistentes a punctura, a
ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, de acordo com a
norma NBR 13853/97 da ABNT.
REFERÊNCIAS
1. Conselho Federal de Fonoaudiologia. Medidas de Controle de Infecção para
Fonoaudiólogos - Manual de Biossegurança. 8º Colegiado, Brasília, 2007. 1.
2. Souza CP, Tanigute CC, Tipple AFV. Biossegurança: medidas de
precauções-padrão em fonoaudiologia. Fonoaudiol Bras. 2000;3(4):18-24.
3. Mancini PC, Teixeira LC, Resende LM, Gomes AM, Vicente LCC, Oliveira
PM. Medidas de biossegurança em audiologia. Rev. CEFAC vol.10 no.4 São
Paulo Oct./Dec. 2008
6. especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e
para os quais a reutilização é imprópria ou não-prevista.
• Grupo D - resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente.
• Grupo E - materiais perfurocortantes ou escarificantes como agulhas,
artigos de vidro, escalpes, lâminas de bisturi, lancetas, entre outros. Estes
devem ser descartados separadamente, no local de sua geração,
imediatamente após o uso em recipientes rígidos e resistentes a punctura, a
ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, de acordo com a
norma NBR 13853/97 da ABNT.
REFERÊNCIAS
1. Conselho Federal de Fonoaudiologia. Medidas de Controle de Infecção para
Fonoaudiólogos - Manual de Biossegurança. 8º Colegiado, Brasília, 2007. 1.
2. Souza CP, Tanigute CC, Tipple AFV. Biossegurança: medidas de
precauções-padrão em fonoaudiologia. Fonoaudiol Bras. 2000;3(4):18-24.
3. Mancini PC, Teixeira LC, Resende LM, Gomes AM, Vicente LCC, Oliveira
PM. Medidas de biossegurança em audiologia. Rev. CEFAC vol.10 no.4 São
Paulo Oct./Dec. 2008