O secretário de Estado do Comércio afirmou que o setor do comércio tem resistido bem à crise, gerando milhares de empregos. A inauguração de um centro comercial em Leiria, criando 900 empregos, é um exemplo disso. O secretário também elogiou o modelo de sucesso dos centros comerciais da Sonae e a importância da concorrência para os consumidores.
1. Sector do comércio tem sido um exemplo de resistência à
crise
O secretário de Estado do Comércio afirmou hoje que o sector tem sido um exemplo
de resistência à crise, período no qual gerou milhares de postos de trabalho, definindo
a actividade como dinâmica e atractiva.
“O comércio tem dado um bom exemplo de resistência a esta crise”, disse Fernando
Serrasqueiro, na cerimónia de inauguração do maior centro comercial de Leiria, um
investimento de 79,7 milhões de euros da Sonae Sierra que gerou 900 novos postos
de trabalho.
O governante explicou que “no centro da crise, de 2007 a 2010, houve um crescimento
de 12 700 postos de trabalho na área do comércio”, considerando que se trata de
“um sector dinâmico atractivo, moderno”.
O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor realçou os
novos empregos gerados pela Sonae Sierra no LeiriaShopping, o que “nestes tempos é
algo muito significativo para a economia portuguesa”.
“Neste momento, um dos maiores problemas da economia portuguesa é o
desemprego”, lembrou, considerando que o grupo Sonae encontrou nos centros
comerciais um “conceito de sucesso”.
“Este é um modelo, podemos dizer, muito apreciado pelos consumidores
portugueses”, declarou Fernando Serrasqueiro, salientando igualmente a
internacionalização do conceito empreendida pela Sonae.
2. Sector do comércio tem sido um exemplo de resistência à
crise
“O grupo Sonae tem feito deste modelo, com as devidas adaptações, sucesso em
vários países”, referiu o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do
Consumidor, que se afirmou “defensor da concorrência”.
“Na óptica do consumidor, a concorrência é sempre boa e quem quer condicionar
qualquer desenvolvimento em função de restrições à concorrência, de facto, nas
circunstâncias actuais não me parece uma atitude correcta”, declarou.
Para o responsável, o trabalho do Governo na área do comércio é “em benefício dos
consumidores, da democratização do consumo e, sobretudo, da melhor qualidade dos
produtos que são apresentados ao consumidor português”.
Fernando Serrasqueiro sustentou ainda que “um país que quer dar prioridade ao
turismo tem que ter um comércio e uns serviços ajustados a este desiderato”,
defendendo a necessidade de o sector se modernizar, seja o pequeno, o médio ou o
grande comércio.
Também na cerimónia de inauguração, onde estiveram cerca de mil pessoas, o
presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, considerou que “não há que
imaginar fantasmas perante os novos sistemas comerciais”.
“A Lei da Concorrência é bem clara e, por isso, todo e qualquer investimento legal no
concelho de Leiria, que sirva os interesses dos consumidores e, em simultâneo, seja
gerador de postos de trabalho enquadra-se nos objectivos pretendidos pelo actual
executivo”, afirmou.
O autarca advoga, no entanto, que é “importante que esta nova filosofia comercial
aposte na boa coexistência entre espaços comerciais nas periferias e das zonas
centrais das cidades, de modo a dar resposta à diversidade, variedade de
comportamentos e expectativas dos consumidores”.