O documento resume o Plano Estratégico 2030 da Petrobras, que prevê o crescimento da produção de petróleo até 2020 e sua manutenção em 4 milhões de barris por dia até 2030, posicionando a empresa entre as cinco maiores do mundo. Também traça as estratégias para expansão da capacidade de refino no Brasil e atuação internacional com foco na América Latina, África e EUA.
Petrobras planeja crescimento de produção e investimentos até 2030
1. O
nosso Conselho de Administração (CA) aprovou, em feve-
reiro, o Plano Estratégico 2030 (PE 2030). Ao analisar o am-
biente de negócios no mundo, com destaque para as con-
sequências da crise econômica mundial de 2008, da revolução da
produção “não-convencional” de gás (shale gas) e de óleo (tight oil)
nos EUA, além de mudanças no marco regulatório brasileiro, foram
feitas as Grandes Escolhas que orientarão os nossos negócios.
O caminho até 2030 parece distante, mas para a indústria de
petróleo os tempos de implementação de projetos são de pelo
menos sete anos, que vão desde a participação nos leilões, pas-
sando pela fase exploratória, até chegar à produção do primeiro
óleo nos megaprojetos offshore. Ou seja, de 2014 até 2030 trans-
correrão, na média, apenas dois ciclos de projetos de Exploração
& Produção (E&P).
O PE 2030 teve como escolha fundamental o crescimento da
produção de petróleo até 2020 e sua sustentação em 4 milhões
de barris de óleo por dia (bopd) na média do período 2020-2030,
nos posicionando entre as cinco maiores empresas integradas de
energia do mundo.
A partir do crescimento da produção, traçamos as estratégias
dos segmentos de negócios, com destaque para a expansão da
capacidade de refino no Brasil, que chegará a 3,9 milhões de bpd
até 2030. Nossa atuação internacional se dará com ênfase na ex-
ploração de petróleo e gás na América Latina, África e EUA.
Planejamento Estratégico: horizonte 2030
Março 2014 • nº 41
www.petrobras.com.br/ri
DESTAQUES
Declaração de comercialidade
em áreas de Cessão Onerosa
Apresentamos à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) a declaração de comercialidade das áreas
de Franco (volume de 3,058 bilhões de barris de óleo equivalente
- boe) e Sul de Tupi (volume de 128 milhões de barris de boe),
na Bacia de Santos, dentro do contrato de Cessão Onerosa. Na
proposta, os novos nomes sugeridos para esses campos foram
Búzios e Sul de Lula, respectivamente.
Consórcio de Libra
O contrato para exploração da área de Libra, na Bacia de Santos, foi
assinado, em dezembro, pela Petrobras e as empresas consorciadas
(Shell, Total, CNPC e CNOOC). Também foram aprovados o programa
de trabalho (estudos sísmicos, perfuração de poços e Teste de Longa
Duração) e o orçamento entre US$ 400 e US$ 500 milhões para 2014.
Captações no exterior
Realizamos em janeiro captação de 3,05 bilhões de euros e 600
milhões de libras no mercado europeu. Em março, levantamos o
total de US$ 8,5 bilhões no mercado americano. Essas operações
compõem o planejamento financeiro do PNG 2014-2018.
Plano de Negócios
e Gestão 2014-2018 A
linhado ao PE 2030, o CA também aprovou o Plano de Ne-
gócios e Gestão (PNG) 2014-2018, totalizando US$ 220,6
bilhões a serem investidos nos próximos 5 anos.
As metas de produção de petróleo no Brasil são de 3,2 mi-
lhões bpd em 2018 e de 4,2 milhões bpd em 2020. Em 2018, o
pré-sal representará 52% da nossa produção de petróleo. Para
atingir esses objetivos, investiremos US$ 153,9 bilhões em E&P,
dos quais 60% destinados ao pré-sal e 40% ao pós-sal. Os des-
taques na área de Abastecimento são a conclusão da Refinaria
Abreu e Lima, em 2014, e a primeira fase do Comperj, em 2016.
Como fonte de recursos para esses investimentos será utili-
zada, principalmente, a geração operacional de caixa (US$ 182,2
bilhões), além de uso de caixa excedente (US$ 9,1 bilhões), rees-
truturações nos modelos de negócio (US$ 9,9 bilhões) e capta-
ções (US$ 60,5 bilhões bruta e US$ 5,6 bilhões líquida).
Mais informações: www.petrobras.com.br/ri
2. Lucro líquido em 2013 foi de R$ 23,6 bilhões
—
N
osso lucro líquido foi 11% superior
ao de 2012 em função dos reajus-
tes nos preços do diesel (20%) e
da gasolina (11%) em 2013, do aumento
da produção de derivados, da otimiza-
ção de custos, dos ganhos com venda
de ativos, das menores baixas de poços
secos e do menor impacto cambial devi-
do à contabilidade de hedge. O EBITDA
ajustado atingiu R$ 63 bilhões, 18% maior
que o de 2012.
No 4º trimestre, nosso lucro líquido foi
de R$ 6,3 milhões, 85% superior ao do 3º
trimestre. O resultado reflete os maiores
volumes de exportação de petróleo, as
menores baixas de poços secos, os ga-
nhos na venda do ativo BC-10 e o benefí-
cio fiscal decorrente do provisionamento
de juros sobre o capital próprio.
A produção de petróleo e gás natural
totalizou 2,5 mil boe/dia em 2013, 2%
inferior à de 2012, principalmente em
consequência de postergações no início
da produção dos novos sistemas, do de-
clínio natural dos campos e da venda de
ativos no exterior. No 4º trimestre, a pro-
dução doméstica foi 1% superior a do 3º.
Em 2013, cinco novas plataformas
entraram em operação e outros quatro
sistemas foram encaminhados para suas
locações definitivas.
Nossas reservas provadas no Brasil
alcançaram 16 bilhões de boe, crescimen-
to de 1,6% em relação à 2012, com Índice
de Reposição de Reservas acima de 100%
pelo 22º ano consecutivo.
A produção média de derivados refi-
nados no país totalizou 2,1 milhões bpd
em 2013, 6% superior à de
2012, reduzindo a necessida-
de de importação de diesel e
gasolina.
O Programa de Aumento da
Eficiência (PROEF) contribuiu
com uma produção adicional
de petróleo de 63 mil bpd. Já o
Programa de Desinvestimentos
(PRODESIN) totalizou R$ 8,5 bi-
lhões de contribuição ao caixa do
ano. O Programa de Otimização de
Custos Operacionais (PROCOP) alcan-
çou uma economia de R$ 6,6 bilhões,
superando a meta de R$ 3,9 bilhões esta-
belecida para 2013.
Os investimentos em 2013 totaliza-
ram R$ 104,4 bilhões, sendo 57% em
Exploração & Produção.
Plataforma P-58
Em mil barris óleo equivalente/dia 4T 13 3T 13 Variação
Produção total de petróleo, LGN e gás natural 2.340 2.314 1%
Produção de petróleo e LGN no Brasil 1.960 1.924 2%
Produção total de derivados 2.105 2.128 -1%
Exportação líquida de petróleo e derivados -378 -425 -11%
Utilização % da capacidade nominal das
refinarias (Brasil)
95% 96% -1%
Participação do óleo nacional na carga
processada
83% 82% 1%
Resultados Operacionais
Em R$ Milhões 4T 13 3T 13 Variação
Vendas líquidas 81.028 77.700 4%
Lucro bruto 17.015 16.585 3%
Lucro operacional * 7.036 5.723 23%
Lucro líquido 6.281 3.395 85%
Lucro líquido por ação (R$) 0,48 0,26 85%
EBITDA ajustado 15.553 13.091 19%
Valor de mercado (controladora) 214.688 229.078 -6%
Total de investimentos 35.153 25.150 40%
Endividamento líquido 221.563 192.987 15%
Divida liquida/EBITDA ajustado 3,52 3,05 15%
Dívida líquida/Capitalização líquida 37,4% 36,1% 4%
Dados Econômico-Financeiros
PETR3 PETR4 IBOVESPA
111,56%
165,55%
131,63%
200
400
600
800
Dez-03 Dez-05 Dez-07 Dez-09 Dez-11 Dez-13
(Índice 100 em 30/12/2003)
Evolução das Ações (BM&F Bovespa): PETR3 e PETR4
* Lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos.
Período
PETROBRAS ON
(PETR3)
PETROBRAS PN
(PETR4)
IBOVESPA
Nos últimos 10 anos
(30/12/03 a 30/12/13)
111,56% 165,55% 131,63%
No último ano
(30/12/12 a 30/12/13)
-17,04% -9,04% -15,50%
Variação Nominal das Ações (BM&F Bovespa)
3. E
ste ano, a previsão de crescimento da nossa produção de pe-
tróleo no Brasil é de 7,5%. Para tal, em 2013 tivemos a conclu-
são de nove plataformas, adicionando mais 1 milhão de barris/
dia à capacidade de produção. As unidades P-63 e P-55 iniciaram
operação no final do ano passado e as plataformas P-58 e P-62
começarão a produzir no primeiro semestre de 2014, bem como a
P-61 e a TAD (unidade de apoio do tipo Tender Assisted Drilling).
Este crescimento também será sustentado por outras duas
unidades, Cidades de Ilhabela e de Mangaratiba, atualmente em
fase de conclusão. Ambas as plataformas entrarão em operação
no segundo semestre deste ano.
Cresce a produção em
Cascade e Chinook
Aprodução de óleo nos campos de Cascade e Chinook, na
parte americana do Golfo do México, atingiu 40 mil barris/
dia, em março. É um recorde nesses campos, que produzem
através de cinco poços e estão a cerca de 260 km ao sul do
continente, em profundidade de 2.500 metros.
Recorde no pré-sal:
412 mil barris/dia
Atingimos em 27 de fevereiro a marca recorde de
412 mil barris de petróleo produzidos num único
dia no pré-sal, com apenas 21 poços produtores, con-
firmando a elevada produtividade dos campos.
Contribuiu para o recorde a entrada em opera-
ção do primeiro poço a produzir por meio da Bóia de
Sustentação de Risers (BSR), tecnologia inovadora,
utilizada na plataforma FPSO Cidade de São Paulo.
Plataforma P-63 Plataforma P-55
Fonte: Petrobras
Golfo do México
Cascade
Chinook
Após investimento de R$ 1 bilhão, tiveram início as ope-
rações do nosso novo Terminal de Regaseificação, na
Bahia, com capacidade para 14 milhões m³/dia de gás na-
tural. Contamos ainda com os terminais de Pecém (CE) e da
Baía de Guanabara (RJ). Agora, a capacidade total foi elevada
para 41 milhões m³/dia, quase uma vez e meia o volume que
importamos da Bolívia, o que dá mais flexibilidade e garantia
ao suprimento de gás para o país.
Novo terminal de
regaseificação na Bahia
Produção de petróleo e gás natural
deverá aumentar 7,5% em 2014
—
4. O Cenpes
completa 50 anos
Em dezembro de 2013, comemoramos os
50 anos do Centro de Pesquisas e De-
senvolvimento Leopoldo Américo Miguez de
Mello (Cenpes). Criado para antecipar e prover
soluções tecnológicas necessárias aos nos-
sos negócios é hoje um dos maiores comple-
xos do gênero no mundo.
Instalado em uma área de 300 mil m², no
Rio de Janeiro, possui mais de 200 laborató-
rios, além de plantas experimentais. O Cenpes
mantém parcerias com cerca de 100 universi-
dades e institutos e, no ano passado, nossos
investimentos em pesquisa e desenvolvimen-
to totalizaram R$ 2,4 bilhões.
PAINEL DE NOTÍCIAS
InformativopublicadopelaGerênciaExecutivadeRelacionamentocomInvestidoresdaPetrobras•Gerenteexecutivo:TheodoreHelms•Jornalistaresponsável:OrlandoGonçalvesJr.
MTb-MA993•Colaboração:IzabelRamos,FernandaBianchini,DanielaUltra,JoséRobertoDarbillyeLuanBarbosa (estagiário)• Projetográficoediagramação:EstúdioMatiz.
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Gasolinas com
ultrabaixo teor de enxofre
são lançadas no Brasil
As novas gasolinas comum e premium que produ-
zimos com ultrabaixo teor de enxofre, já estão à
venda em todo o país. Elas reduzirão as emissões de
gases poluentes nos veículos fabricados a partir de
2009, em até 60% de óxidos de nitrogênio, até 45% de
monóxido de carbono e até 55% de hidrocarbonetos.
E ainda apresentam benefícios para o desempenho
e a vida útil do motor. O lançamento consolida uma
nova fase de evolução tecnológica dos nossos com-
bustíveis, com qualidade equivalente a dos mercados
mais exigentes do mundo.
Petrobras de volta à F1 com
a Willians Martini Racing
Assinamos contrato de parceria tecnológica
com a equipe Williams Martini Racing e
estamos de volta à Fórmula 1, na temporada 2014.
O trabalho será em conjunto com a equipe para
desenvolver novos combustíveis e lubrificantes.
>>>> 02 de abril
Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária de acionistas, no Rio de Janeiro
>>>> 12 a 15 de maio
Money Show, em Las Vegas
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