A Petrobras realizou uma captação de US$ 11 bilhões no mercado internacional de capitais em maio de 2013. A demanda superou US$ 42 bilhões. Os recursos serão utilizados para financiar investimentos da companhia.
1. Setembro 2013 • nº 39
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Captação de US$ 11 bilhões no mercado de capitais
—
Operação
na Bolsa de
Valores
A
Petrobras concluiu, em maio, oferta de títulos no mercado internacional (Global
Notes) no montante de US$ 11 bilhões. A captação constituiu-se de títulos com
vencimentos em 2016, 2019, 2023 e 2043, com taxas fixas e flutuantes.
Em apenas um dia a demanda superou US$ 42 bilhões, com mais de duas mil ordens
de investidores. O custo e o prazo médios foram de 3,79% e 10,37 anos, respectivamente.
Estes números conferem à operação o título de maior emissão de dívida corporativa em
dólares de mercados emergentes e a quinta maior do mundo.
Os títulos foram comprados por investidores dos EUA (73%), Europa (17%), Ásia (7%)
e outros (3%). Os recursos captados serão utilizados para financiar os investimentos da
companhia. O sucesso da transação aponta a confiança dos investidores nos fundamentos da empresa e no compromisso de manutenção do grau de investimento. A transação
segue alinhada à estratégia da Petrobras de acessar o mercado de dívida em dólares
uma vez ao ano.
Por que as captações são importantes
Com as oportunidades de crescimento advindas das últimas descobertas, em
especial o pré-sal, temos pela frente uma série de projetos rentáveis a serem
desenvolvidos. A principal fonte de recursos para estes investimentos é a geração operacional de caixa, porém é necessário recorrer também a empréstimos,
que figuram como a segunda maior fonte de recursos.
Nosso atual Plano de Negócios e Gestão prevê a captação anual bruta
de US$ 12,3 bilhões. Nos últimos anos, verificamos uma melhora em nossa avaliação de risco pelas agências de rating, acompanhada de uma
redução do custo de captação.
DESTAQUES
Pagamento aos acionistas
Novo navio
A terceira e última parcela da remuneração aos acionistas da
Petrobras referente ao exercício de 2012 foi paga dia 30/08/2013.
Os pagamentos foram efetuados sob a forma de Juros sobre o
Capital Próprio (JCP), com base na posição acionária de 29 de abril
de 2013: R$ 0,13719 por ação ordinária (ON) e R$ 0,39443 por ação
preferencial (PN).
O petroleiro Zumbi dos Palmares foi a quinta embarcação entregue
pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, como parte do Programa
de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O navio, que teve
viagem inaugural em maio, foi construído no Estaleiro Atlântico Sul,
em Pernambuco, e tem capacidade para transportar um milhão de
barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção diária
nacional.
Programa para fornecedores atinge R$ 6 bi
O Programa Progredir, criado pela Petrobras para agilizar e ampliar a oferta e reduzir o custo de financiamento de capital de giro
para seus fornecedores, completou dois anos de atividades. Foram
realizadas 1.200 operações, destinando R$ 6 bilhões a 510 empresas. Na antecipação de faturas, o volume foi de R$ 400 milhões em
1.070 operações junto a 140 fornecedores.
Refinarias Premium
A Petrobras assinou duas cartas de intenções para os projetos
das refinarias Premium, com o objetivo de estudar a viabilidade de
joint ventures. Com a empresa chinesa Sinopec o foco é a Refinaria
Premium 1, no Maranhão, e com a coreana GSE é a Premium 2, no
Ceará.
2. Resultados do
1º semestre de 2013
—
N
osso lucro líquido, no 1º semestre de 2013, alcançou R$ 13,9 bilhões, um crescimento de 77% em
relação ao mesmo período de 2012. Este aumento se deveu ao maior lucro operacional (+23%) e à redução dos impactos cambiais no resultado financeiro.
O maior resultado operacional foi em função, principalmente, dos reajustes dos preços do diesel e da gasolina, aumento da produção de derivados, menores baixas
de poços secos e subcomerciais e desinvestimentos.
Resultados Operacionais
Em mil barris de óleo equivalente/dia
2T 13
1T 13
Variação
Produção total de petróleo, LGN e gás natural
2.555
2.552
0%
Produção de petróleo e LGN no Brasil
1.931
1.910
1%
Produção total de derivados
2.138
2.127
1%
Exportação líquida de petróleo e derivados
-349
-454
-23%
Utilização da capacidade nominal das
refinarias (Brasil)
99%
98%
1%
Participação do óleo nacional na carga
processada
79%
83%
-5%
Dados Econômico-Financeiros
Em R$ Milhões
2T 13
1T 13
Variação
Vendas líquidas
73.627
72.535
2%
No 2º trimestre, o lucro operacional foi 13% superior
ao do 1º trimestre de 2013 refletindo, especialmente, os
ganhos com a venda de ativos na África. O lucro líquido
ficou 19% menor, principalmente em função do resultado financeiro negativo, impactado pela desvalorização
do real frente ao dólar.
Lucro bruto
18.708
18.856
-1%
Lucro operacional*
11.107
9.849
13%
Lucro líquido
6.201
7.693
-19%
0,48
0,59
-19%
EBITDA ajustado
18.091
16.231
11%
A produção de petróleo e gás natural totalizou
2,5 mil barris/dia no semestre, 3% menor que o anterior, consequência do declínio natural dos campos e da
concentração de paradas programadas nesse período.
No comparativo trimestral (2T13 vs 1T13), a produção
ficou estável, de acordo com o planejado.
Valor de mercado (controladora)
200.864
228.203
-12%
Total de investimentos
24.344
19.769
23%
Endividamento líquido
176.280
150.673
17%
2,57
2,32
11%
34,0%
31,0%
10%
A produção de derivados no país aumentou 8% no
semestre, resultante de melhor performance operacional das refinarias, possibilitando atender ao crescimento da demanda interna de 6%, com redução de 19% na
importação de derivados.
Obtivemos resultados positivos de nossos programas estruturantes, como por exemplo, a economia de
R$ 2,9 bilhões proporcionada pelo Programa de Otimização dos Custos Operacionais (PROCOP) e o incremento de R$ 1,9 bilhão no resultado e de R$ 3,4 bilhões
no caixa, decorrentes da venda de ativos na África, no
âmbito do Programa de Desinvestimentos (PRODESIN).
Em maio, adotamos a contabilidade de hedge, a fim
de tornar o resultado financeiro menos volátil e o lucro
líquido mais representativo do efetivo desempenho
operacional, através da relação de hedge entre as exportações futuras e o endividamento exposto ao câmbio.
A extensão desta norma permitiu que perdas cambiais
de R$ 8 bilhões, relativas a cerca de 70% do endividamento líquido exposto à variação cambial, fossem contabilizadas no Patrimônio Líquido neste trimestre.
Os investimentos no semestre totalizaram R$ 44,1 bilhões, sendo 54% em Exploração e Produção.
Lucro líquido por ação (R$)
Dívida líquida/EBITDA ajustado
Dívida líquida/Capitalização líquida
* Lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos.
Variação Nominal das Ações (BM&F Bovespa)
PETROBRAS ON
(PETR3)
PETROBRAS PN
(PETR4)
IBOVESPA
Nos últimos 10 anos
(30/06/03 a 30/06/13)
113,09%
154,28%
265,83%
No último ano
(30/06/12 a 30/06/13)
-21,64%
-11,34%
-12,69%
PERÍODO
Evolução das Ações (BM&F Bovespa): PETR3 e PETR4
(Número índice = 100 em 30/06/2003)
1000
800
600
400
265,83%
154,28%
113,09%
200
0
Jun-03
Jun-05
PETR3
Jun-07
Jun-09
PETR4
Jun-11
IBOVESPA
Jun-13
3. Plataforma P-61
Inovação: Plataforma de Pernas Tensionadas no Brasil
—
A
plataforma P-61, do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) ou ‘plataforma de pernas tensionadas’, a primeira
construída no país e a ser utilizada pela
Petrobras, está em fase de finalização em
Angra dos Reis (RJ). A previsão é de entrar
em operação no final do ano. A plataforma
será instalada no campo de Papa-Terra,
na Bacia de Campos, e atuará junto à plataforma P-63, com capacidade para processar 140 mil barris/dia de óleo e comprimir 1 milhão de m3/dia de gás.
Plataforma P-63
Petrobras arremata o maior número
de blocos em leilão da ANP
N
a 11ª Rodada de Licitações promovida
pela Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), em maio,
arrematamos, integralmente ou em parceria, 34 dos 289 blocos leiloados. Além disso, oferecemos a maior parcela de bônus
de assinatura, sendo o total investido pela
Petrobras e parceiros de R$ 1,5 bilhão.
Na avaliação de nossos técnicos, adquirimos os blocos marítimos de maior potencial exploratório, localizados nas bacias da
Foz do Amazonas, Espírito Santo e Barreirinhas. Na aquisição de blocos terrestres
investimos, prioritariamente, na Bacia do
Parnaíba, buscando acumulações de gás
natural. Nossa estratégia está alinhada aos
objetivos definidos no Plano de Negócios
e Gestão de incorporar novas áreas exploratórias para recomposição contínua do
portfólio, de forma a garantir os volumes
necessários para a sustentabilidade de
nossa curva de produção futura.
Óleo leve na Bacia de Sergipe
A
nunciamos, em agosto, duas descobertas de óleo leve (de melhor qualidade) em águas
profundas da Bacia de Sergipe. As comprovações foram feitas através dos resultados
da perfuração do primeiro poço de extensão ‘Farfan 1’, em parceria com a IBV-BRASIL, e do
poço de extensão ‘Muriú 1’, na qual a Petrobras é detentora de 100%.
O projeto prevê perfuração, completação e interligação destas plataformas a 30
poços produtores de petróleo. Toda a produção da P-61 será transferida para a P-63,
responsável pelo processamento, armazenamento e transferência do óleo extraído.
O uso deste novo tipo de plataforma
permitirá que o controle dos poços de
petróleo, a cerca de mil metros de lâmina
d’água, se desenvolva na superfície, não
precisando da intervenção de robô submarino, de custo mais alto.
PRÉ-SAL MAIS
ECONÔMICO
U
m estudo inédito realizado
pelo Cenpes (o Centro de Pesquisas da Petrobras) verificou que
a água produzida nos campos do
pré-sal da Bacia de Santos será
menos ácida que o previsto e, portanto, a corrosão será menor. Com
isso, a companhia poderá selecionar metalurgia mais adequada à
construção dos próximos poços
não-injetores.
Estima-se uma economia de
cerca de R$ 500 milhões com a troca de materiais. Além da redução
de custos, a substituição permitirá
menor prazo de fornecimento e
aumento do conteúdo local.
4. PAINEL DE NOTÍCIAS
Etanol de segunda
geração a caminho
A
Petrobras pretende lançar um novo combustível renovável
no mercado, em 2015: o etanol de segunda geração, feito
a partir do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar. Essa
tecnologia, desenvolvida pela própria companhia, foi testada
com sucesso durante a Conferência Rio+20 e já recebeu uma
premiação da Câmara de Comércio Americana (Amcham).
O Brasil é um grande produtor de etanol e possui disponibilidade de bagaço, isto é, tem potencial para a produção comercial do novo combustível. Essa tecnologia permite aumento de
até 40% da produção na mesma área de plantio, reduzindo a
necessidade de ampliação dos canaviais. O modelo de negócio será implantado nas usinas de primeira geração, buscando
sinergia no processo produtivo.
Mais investimentos em
capacitação e infraestrutura
Graça Foster é destaque
na revista Forbes
A
presidente Graça Foster foi apontada pela Forbes
como a mulher mais poderosa no setor de negócios
do Brasil, ficando em terceiro lugar no ranking mundial.
A classificação teve como base a receita da empresa,
valor de mercado, presença na mídia e impacto na
área de atuação. A revista destacou que Graça Foster
“desempenha um papel central” no desenvolvimento da
Petrobras e afirmou que ela “deve trazer
bons resultados este ano”.
Além disso, a presidente também já foi citada como uma das
100 pessoas mais influentes
do mundo pela Time e eleita
uma das mais poderosas do
mundo dos negócios pela
Fortune, ficando em
primeiro entre as executivas que atuam
fora dos EUA.
A
Petrobras e a FIRJAN/SENAI assinaram convênio para o
desenvolvimento de simuladores e ambientes virtuais
para capacitação de profissionais em atividades da indústria
de óleo e gás. Serão 14 novos equipamentos nos próximos
cinco anos, que ficarão no Rio de Janeiro, num investimento
de R$ 83,6 milhões.
Em outra frente, a companhia e a UFRJ/Coppe inauguraram, também no Rio, um conjunto de três laboratórios, cujo
investimento foi de cerca de R$ 17 milhões. O objetivo é buscar
soluções para a exploração no pré-sal.
Graça Foster,
presidente da
Petrobras
Informativo publicado pela Gerência Executiva de Relacionamento com Investidores da Petrobras • Gerente executivo: Theodore Helms • Jornalista responsável: Orlando Gonçalves Jr.
MTb-MA 993 • Colaboração: Izabel Ramos, Fernanda Bianchini, Daniela Ultra, José Roberto Darbilly e Luan Barbosa (estagiário) • Projeto gráfico e diagramação: Estúdio Matiz.
Atendimento ao Acionista:
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