Este documento discute a importância da natureza para a humanidade. Em três frases, o autor afirma que precisamos da natureza não só para nossa sobrevivência física, mas também para que nos ensine a sair da prisão de nossas mentes e encontrar paz. Ao observar a natureza em silêncio, podemos aprender a viver plenamente no presente e nos conectar com nossa essência, assim como as plantas e animais fazem de forma natural.
2. Dependemos da natureza
não só para a nossa
sobrevivência física.
Também
necessitamos
da natureza
para que nos ensine
o caminho para casa,
o caminho para sairmos
da prisião de nossas mentes.
3. Nós nos perdemos no fazer,
no pensar, no recordar,
no antecipar;
estamos perdidos em um
complexo labirinto, em um
mundo de problemas.
4. Esquecemos aquilo que as rochas,
as plantas e os animais já sabem.
Nos esquecemos de Ser:
de sermos nós mesmos,
de estar em silêncio,
de estar onde está a vida:
Aqui e Agora.
5. Focalizar a atenção em uma pedra, em uma árvore ou em um animal,
não significa “pensar neles”,
mas simplesmente percebê-los, dar-se conta deles.
6. Então eles te transmitem algo de sua essência.
Sente quão profundamente descansam no Ser,
completamente unificados com o que são e com onde estão.
Ao perceber isto, tu também entras
em um lugar de profundo repouso
dentro de ti mesmo.
7. Quando caminhares ou descansares
na natureza,
honra este reino,
permanecendo aí plenamente.
Acalma-te. Olha. Escuta.
8. Observa como cada planta e cada animal
são completamente eles mesmos.
Diferentemente dos humanos,
não estão divididos em dois.
Não vivem por meio de imagens mentais
de si mesmos, e por isso não precisam
preocupar-se em proteger e potencializar
estas imagens.
9. Todas as coisas naturais,
além de estarem unificadas consigo mesmas,
estão unificadas com a totalidade.
Não se afastaram da totalidade
exigindo uma existência separada:
“eu”, o grande criador de conflitos.
10. Tu não criastes teu corpo,
nem és capaz
de controlar as funções corporais.
Em teu corpo opera uma inteligência maior que a mente humana.
É a mesma inteligência que sustenta tudo na natureza.
Para aproximar-te ao máximo desta inteligência,
torna-te consciente de teu próprio campo energético interno,
sente a vida,
a presença que anima o organismo.
11. Quando percebes a natureza
apenas com a mente,
por meio do pensamento,
não podes sentir sua plenitude de vida,
seu ser.
Unicamente vês a forma
e não estás consciente
da vida que a anima,
do mistério sagrado.
O pensamento reduz a natureza
a um bem de consumo,
a um meio para conseguir benefícios,
conhecimento,
ou a algum outro propósito prático.
12. Observa, sente um animal, uma flor, uma árvore,
e vê como descansam no Ser.
Cada um deles é ele mesmo.
Eles têm uma enorme dignidade, inocência, santidade.
No momento em que olhas além dos rótulos mentais,
sentes a dimensão inefável da natureza,
que não pode ser compreendida pelo pensamento.
É uma harmonia, uma sacralidade
que além de preencher a totalidade da natureza,
também está dentro de ti.
13. O ar que respiras é natural,
como o próprio processo de respirar.
Dirige a atenção à tua respiração
e percebe que não és tu quem respira.
A respiração é natural.
14. Conecta-te com a natureza do modo mais íntimo e interno
percebendo a tua própria respiração
e aprendendo a manter tua atenção nela.
Este é um exercício que cura e energiza consideravelmente.
Produz uma mudança de
consciência que te permite
ultrapassar o mundo conceitual
do pensamento e atingir a
consciência incondicionada.
15. Precisas que a natureza te ensine
e te ajude a reconectar-te com teu Ser.
16. Não estás separado da natureza.
Todos somos
parte da Vida Única
que se manifesta em
incontáveis formas em todo
o universo, formas que estão,
todas elas, completamente interconectadas.
17. Quando reconheces a santidade, a beleza, a
incrível quietude e dignidade
que existem em uma flor ou em uma árvore,
acrescentas algo a esta flor ou a esta árvore.
18. Pensar é uma etapa na
evolução da vida.
A natureza existe em uma
quietude inocente que é anterior
à aparição do pensamento.
Quando os seres humanos se
aquietam, vão além do
pensamento.
A quietude que está além do
pensamento contém uma
dimensão maior de
conhecimento, de consciência.
19. A natureza pode levar-te à quietude.
Este é o presente dela para ti.
Quando percebes a natureza e
te unes a ela no campo da quietude,
este se enche com tua consciência.
Este é o teu presente para a natureza.
Através de ti, a natureza
toma consciência de si mesma.
É como se a natureza
tivesse ficado à tua espera
durante milhões de anos para
adquirir esta consciência.
20. FIM
Apresentação original cortesia de AMIK
Música: Sourde d’Émeraud
Reedição de formato cortesia de Carlos Rangel
Santiago de Querétaro, Mex. Jun.2008
carlitosrangel@hotmail.com