2. REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
• ATRAVÉS DA BÍBLIA LIVRO POR LIVRO
Myer Pearlman
Editora Vida
• COMO LER A BÍBLIA LIVRO POR LIVRO
Um Guia Confiável para Ler e Entender as Escrituras Sagradas
Gordon Fee & Douglas Stuart
Editora Thomas Nelson Brasil
• PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO
Andrew E. Hill & J. H. Walton
Editora Vida
3. REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
• A HISTÓRIA DE ISRAEL NO ANTIGO TESTAMENTO
Samuel J. Schultz
Editora Vida Nova
• REVELAÇÃO MESSIÂNICA NO ANTIGO TESTAMENTO
Gerard Van Groningen
Editora Cultura Cristã
• BÍBLIA DE ESTUDO HERANÇA REFORMADA
Editora Cultura Cristã
• ´BÍBLIA DE ESTUDO NAA NOVA ALMEIDA ATUALIZADA
Sociedade Bíblica do Brasil
5. INTRODUÇÃO
• O objetivo dos livros de Samuel é apresentar a história
do desenvolvimento de Israel desde um estado de
anarquia até um estado de monarquia teocrática;
• Tem por objetivo dar uma descrição religiosa do
crescimento da nação, mostrando a futilidade da
tentativa de unificação e crescimento nacional por
esforço e liderança humanos, bem como o grande
poder e prestígio de uma nação fundada em princípios
teocráticos sob um rei indicado por Deus.
6. INTRODUÇÃO
ANARQUIA x TEOCRACIA
• O termo anarquismo tem origem na palavra grega ”anarkhia”,
que significa "ausência de governo“;
• ANARQUIA é uma teoria política que rejeita a existência de um
governo. Trata-se de uma ideologia que não é a favor de
nenhum tipo de hierarquia ou dominação imposta;
• Anarquia é um sistema de governo em que não há autoridades.
É um povo que não possui governo, há total liberdade para se
agir com base em princípios próprios, mas não pautados por lei;
• TEOCRACIA é um sistema de governo em que as leis e a ordem
são geridas a partir de uma religião, inspiradas por uma
divindade. Como pode-se obter a partir do radical “Teo” que faz
referência a Deus, Teocracia pode ser entendida portanto como
o governo de Deus.
7. INTRODUÇÃO
• O período da história de Israel descrito em 1 e 2 Samuel e 1 Reis
1-11 apresenta mudanças marcantes na vida política, social e
religiosa;
• O registro dessas mudanças surpreendentes centra-se na história
de quatro pessoas: Samuel, Saul, Davi e Salomão. As luzes brilham
com maior intensidade sobre Davi;
• Os relatos sobre Samuel e Saul formam o “prólogo” (introdução) e
os que tratam das festas e extravagâncias de Salomão, o
“epílogo” (conclusão);
• O que domina o enredo é a ascensão de Davi ao trono e sua luta
para mantê-lo.
8. INTRODUÇÃO
• Os acontecimentos narrados nos livros de 1 e 2 Samuel
ocorreram entre aproximadamente 1105 e 970 a.C. Isso
significa que os dois livros de Samuel registram mais de 130
anos de história;
• Esse período compreende o nascimento do profeta Samuel
(1 Samuel 1:1-28); passa pelo reinado de Saul; e termina com
as últimas palavras de Davi (2 Samuel 23:1-7);
• Antes da liderança de Samuel, diversos juízes governaram
Israel. Sansão, a sudeste governou Judá e Dã; Jefté governou
Manassés e Efraim Orienttal; Ibssão, Elom e Abdom,
julgaram outras partes de Israel, enquanto Samuel crescia
em Siló.
10. AUTORIA E DATA
• O autor dos livros de Samuel é desconhecido. Algumas tentativas
já foram feitas de atribuir a autoria dos livros ao profeta Samuel e
seus sucessores, Natã e Gade. Mas a mensagem e as
características dos dois livros tornam evidente que qualquer
associação nesse sentido é equivocada – embora muito
provavelmente o autor anônimo tenha usado materiais escritos
desses três profetas na composição de sua obra (cf. 1 Cr 29.29);
• A dificuldade de estabelecer a autoria dos dois livros de Samuel
também se estende à discussão sobre a data e ocasião em que os
livros foram escritos;
• Uma data específica é realmente impossível de determinar.
Porém, vários detalhes presentes nos dois livros dão alguns
indícios de uma data aproximada para sua composição;
11. AUTORIA E DATA
• Primeiro, os livros relembram as últimas palavras oficiais do rei
Davi antes de sua morte (2 Sm 23:1). Isso quer dizer que a data
mais recuada possível para a composição dos dois livros de
Samuel não pode ser anterior à ocasião da morte de Davi;
• Segundo, os livros trazem várias referências a Israel e Judá como
entidades distintas. Por exemplo: em 1 Samuel 27.6 lemos que
Ziclague continuava sob o controle dos reis de Judá até os dias
que o autor bíblico estava compondo sua obra;
• Logo, isso significa que os dois livros de Samuel foram escritos
depois da morte do rei Salomão e já sob a realidade do reino
dividido. Vale lembrar que a divisão entre Israel e Judá ocorreu
em 930 a.C.
12. AUTORIA E DATA
• Terceiro, a data mais recente possível para a composição dos
dois livros de Samuel não pode ser superior a 538 a.C; que é
a data limite para a composição do livro de Reis. Isso porque
o livro de 1 Reis parece continuar naturalmente a história
dos livros de Samuel (cf. 2 Samuel 23.1-7 e 1 Reis 1.1);
• Portanto, os dois livros de Samuel foram escritos ou
durante o período do reino dividido, entre 931 e 722 a.C.;
ou foram escritos durante o período do cativeiro
babilônico, antes da composição do livro de Reis.
14. DIVISÃO DO LIVRO DE
SAMUEL
• Como foi dito, os dois livros de Samuel inicialmente formavam
um só livro. Nos manuscritos hebraicos mais antigos é assim que
essa obra aparece;
• Porém, quando o Antigo Testamento hebraico foi traduzido
para o grego na Septuaginta, os tradutores acabaram dividindo
o único livro de Samuel em dois livros. A Vulgata, tradução da
Bíblia para o latim, manteve a divisão proposta na Septuaginta. A
tradição hebraica continuou considerando os livros de Samuel
como um único livro até o século 15 d.C.;
• Nos primeiros manuscritos hebraicos, o livro único era chamado
de “Samuel”. Evidentemente essa era uma referência ao profeta
Samuel como um dos personagens centrais do livro.
15. DIVISÃO DO LIVRO DE
SAMUEL
• Curiosamente a Septuaginta juntou os dois livros de Samuel
aos livros de Reis e chamou os livros de “Primeiro, Segundo,
Terceiro e Quarto Livros dos Reinos”;
• A Vulgata fez o mesmo e chamou os dois livros de Samuel de
“1 e 2 Reis”; enquanto que os nossos 1 e 2 Reis foram
chamados respectivamente de “3 e 4 Reis”.
17. • Os relatos descritos nos livros de Samuel ocorreram num
contexto histórico em que os grandes reinos do antigo Oriente
Próximo estavam muito bem estabelecidos;
• Apesar dos desafios do ambiente político internacional, foi
naquele tempo que Israel evoluiu de uma confederação tribal
que tinha apenas alguma organização sob a autoridade de
juízes, para uma nação unida, estruturada e liderada por uma
monarquia oficialmente constituída;
• O pano de fundo da maioria dos eventos registrados nos livros
de Samuel é a região central do território de Israel. Essa região
se estendia da região montanhosa de Efraim ao norte, e ia até
a região montanhosa de Judá ao sul.
CONTEXTO HISTÓRICO
18. CONTEXTO HISTÓRICO
As principais cidades citadas nos dois livros de Samuel são:
• SILÓ - era a residência do sacerdote Eli e onde ficava o
Tabernáculo;
• RAMÁ - a cidade onde o profeta Samuel nasceu;
• GIBEÁ - o lugar que abrigava o quartel-general do rei Saul;
• BELÉM - a cidade natal de Davi;
• HEBROM - era a capital de Davi quando ele governou Judá;
• JERUSALÉM - a cidade conquistada por Davi e que se tornou
definitivamente sua capital política e religiosa.
20. PROPÓSITO, TEOLOGIA
E CARACTERÍSTCAS
• Os estudiosos observam que o autor de 1 e 2 Samuel possuía dois
propósitos principais quando compôs sua obra;
• O primeiro propósito era de ordem histórica. Ele tinha a
preocupação de apresentar um registro fiel da origem e
desenvolvimento da monarquia em Israel. Sob esse aspecto ele
contemplou a transição da liderança sob os juízes e o
estabelecimento do primeiro rei israelita;
• Já o segundo propósito do escritor bíblico era de ordem
altamente teológica. Ele procurou deixar claro aos seus leitores os
erros dos israelitas quando desejaram estabelecer um rei segundo
suas próprias ambições. Mas em contrapartida ele também fez
questão de enfatizar que era propósito do Senhor constituir um
rei sobre Israel segundo a sua escolha soberana;
21. PROPÓSITO, TEOLOGIA
E CARACTERÍSTCAS
• É a partir desse ponto que o escritor de Samuel dedicou toda sua
atenção à história da casa de Davi; não apenas do ponto de vista
histórico, mas, principalmente, do ponto de vista teológico. Ele
sinalizou as implicações de cada evento histórico na fé israelita e
em sua relação pactual com o Senhor;
• Nesse processo, o autor bíblico aplicou muito da teologia de
Deuteronômio. Facilmente podemos ver nos dois livros de Samuel
referências ao conceito das bênçãos e maldições da aliança
conforme a obediência ou a desobediência, bem como vemos os
conselhos sobre o caráter apropriado da adoração e as
advertências sobre os perigos da idolatria;
• Os livros também fornecem um bom registro sobre qual devia ser
o verdadeiro papel de um sacerdote, de um profeta e de um rei.
22. PROPÓSITO, TEOLOGIA
E CARACTERÍSTCAS
• Ao mesmo em que os dois livros de Samuel mostram que a casa
de Davi foi escolhida por Deus para governar Israel, os textos
bíblicos também jamais omitem os graves erros cometidos por
Davi. Muito pelo contrário! As maldições trazidas em
consequência dos pecados de Davi são apresentadas de modo
pedagógico. Assim, as gerações futuras poderiam aprender com
elas;
• Com esse objetivo teológico em mente, o escritor bíblico reafirma
que a escolha da casa de Davi por Deus não foi um erro;
• Na verdade, apesar dos erros dos agentes humanos, a casa de
Davi continuava sendo a linhagem através da qual Deus haveria
de estabelecer seu governo eterno através do Messias, o
grande Filho de Davi.
26. TEMAS PRINCIPAIS
A ARCA DA ALIANÇA
• A arca da aliança era o artefato religioso mais importante de
Israel;
• A Arca da Aliança foi construída por Bazalel no Sinai, segundo
modelo dado por Deus a Moisés (Êx 25.8; 31.2-7; 37.1-9). A
descrição completa da Arca da Aliança pode ser encontrada em
Êxodo 25;
• A Arca da Aliança era a principal representação da presença de
Deus no meio de seu povo no Antigo Testamento;
• A Arca da Aliança também é comumente chamada de “Arca do
Testemunho” ou “Arca do Concerto”. Tal designação se refere
especialmente ao fato de que a Arca da Aliança guardava os
principais símbolos da aliança entre Deus e o povo de Israel no
Sinai.
27. TEMAS PRINCIPAIS
A ARCA DA ALIANÇA
• No Antigo Testamento a Arca é citada cerca de duzentas vezes com
pelo menos vinte e duas designações diferentes;
• No tempo dos Juízes, a Arca foi levada para Silo, tendo já passado
por Gilgal e Betel (Jz 2.1; 20.27; 1 Sm1.3; 3.3). Ela permaneceu em
Silo até ser capturada pelos filisteus. Em 1 Samuel 4.11, temos a
descrição dessa captura no campo de batalha em Ebenézer.
Naquela ocasião um terrível pesar abateu os israelitas, conforme
fica claro na triste expressão “foi-se a glória de Israel” (1 Sm 4.22);
• Quando Davi subiu ao trono, ele estabeleceu que Jerusalém seria a
capital política e religiosa da nação de Israel, levando a Arca da
Aliança para lá. A Arca ficou instalada numa tenda em Jerusalém (2
Sm 6);
• Posteriormente, quando o rei Salomão construiu o Templo, a Arca
ficou abrigada nele (1 Rs 6.19; 8.1-9).
28. A ARCA DA ALIANÇA
POR QUE UZÁ MORREU AO TOCAR NA ARCA DE DEUS?
• O texto bíblico informa claramente que Uzá morreu, porque
basicamente o Senhor considerou sua atitude uma irreverência (2
Samuel 6:7);
• Depois de a Arca ter ficado em sua casa durante tantos anos, Uzá foi
imprudente e acabou violando o caráter sagrado da Arca que
representava a presença de Deus habitando no meio do seu povo;
• Acontece que eles estavam transportando a Arca de forma
completamente inapropriada à luz das recomendações divinas. Deus
havia ordenado que quando a Arca fosse transportada, os coatitas —
família dos levitas da qual a linhagem sacerdotal também foi
separada — tinham de carregá-la sobre os ombros (Nm 4.1-20);
• Mas naquela ocasião eles estavam carregando a Arca sobre um carro
de bois, algo semelhante ao que havia sido feito pelos filisteus quando
capturaram a Arca.
29. A ARCA DA ALIANÇA
POR QUE DEUS MATOU UZÁ E NÃO MATOU OS FILISTEUS QUE
TOCARAM NA ARCA?
• Muita gente não entende por que Uzá morreu ao tocar a Arca da
Aliança, e o mesmo não aconteceu imediatamente aos filisteus
que antes dele tinham capturado a Arca;
• Na verdade, Deus havia permitido que a Arca fosse levada pelos
filisteus como juízo contra Israel. Além disso, o propósito de
Deus era uma manifestação ainda maior de seu poder entre os
povos estrangeiros, pois durante o tempo em que a Arca ficou
com os filisteus, eles foram castigados com grandes
calamidades, e sua principal divindade, o deus Dagom, foi
humilhado ao ter sua imagem despedaça diante da Arca do
Senhor (1 Sm 5).
30. A ARCA DA ALIANÇA
POR QUE DEUS MATOU UZÁ E NÃO MATOU OS FILISTEUS QUE
TOCARAM NA ARCA?
• Já no caso de Uzá foi diferente. A Arca havia ficado aos cuidados de
sua família por muitos anos. Por conta disso, a maioria dos
estudiosos entende que provavelmente aquela era uma família
de levitas. Portanto, parece lógico presumir que Uzá tivesse
conhecimento das ordenanças de Deus a respeito de como tinha de
ser feito o transporte da Arca da Aliança;
• Então, quando finalmente havia chegado o momento em que a Arca
seria levada para Jerusalém, o lugar que se tornaria o centro do
culto a Deus em Israel, os responsáveis por isso ignoraram às
ordens do Senhor e tentaram transportar a Arca a seu próprio
modo;
• Assim, naquele contexto, o castigo sobre Uzá teve um caráter
pedagógico para mostrar a todos que as coisas de Deus não
podiam ser feitas de qualquer maneira.
32. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• A instituição da monarquia em Israel marcou o fim do período dos
juízes;
• Isso aconteceu nos dias do profeta Samuel, o último juiz de Israel;
• A instituição da monarquia em Israel significou um novo estágio da
história israelita, não apenas no âmbito político, mas também
religioso. O estabelecimento da monarquia não somente resultou
na transformação de um povo que outrora estava organizado numa
confederação tribal em um reino unido; mas também trouxe
implicações no próprio relacionamento do povo com o Senhor;
• Na história primitiva de Israel, o povo era governado por líderes
tribais. No tempo do êxodo do Egito, o governo foi exercido
por Moisés e, posteriormente, por Josué. Mas jamais Moisés e
Josué assumiram qualquer título de rei sobre o povo.
33. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• O que havia em Israel era um modelo de governo teocrático.
Moisés, por exemplo, apresentou as Leis de Deus ao povo e
liderou e aconselhou os israelitas de forma completamente
alinhada à vontade divina. Inclusive, nitidamente Moisés
e Josué foram líderes eleitos exclusivamente pela chamada
divina;
• Depois, finalmente Israel conseguiu se estabelecer na Palestina.
Então com a morte de Josué, as tribos israelitas eram regidas
principalmente por anciãos locais (Jz 11.5). Naquele tempo Deus
também levantou libertadores para livrar o povo de certas
opressões que, em última análise, eram resultantes de seus
próprios pecados. Esses homens exerceram liderança local nas
tribos de Israel, e por isso foram chamados de juízes.
34. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• Ainda no período dos juízes houve pelo menos duas tentativas
ocasionais de estabelecer um tipo de rei em Israel. A primeira
tentativa ocorreu na família de Gideão. O próprio Gideão foi
aclamado para governar como um rei e estabelecer uma dinastia
em Israel, mas ele declinou desse pedido. Ele entendia que Deus
era quem deveria dominar sobre o povo (Jz 8.22,23);
• Seu filho, porém, não teve esse mesmo entendimento.
Abimeleque quis se apoderar da liderança de Israel após um
massacre contra seus próprios irmãos. Ele conseguiu exercer
certa soberania local durante três anos, até que foi abatido pelo
Senhor (Jz 9).
35. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• O período dos juízes foi chegando ao fim num contexto de
verdadeiro caos social (Jz 19-21). O último versículo do livro de
Juízes mostra claramente essa condição. O texto bíblico diz que não
havia rei sobre Israel e cada um fazia o que queria (Jz 21.25).
Obviamente à luz do contexto de todo o livro, o grande problema do
povo não era a ausência de um rei humano, mas a falta de lealdade
ao seu Rei Divino;
• Samuel liderou os israelitas na vitória contra os filisteus em Mispa (1
Sm 7.2-17). Embora a vitória contra os filisteus tenha sido uma clara
demonstração do poder de Deus, mesmo assim os israelitas
insistiram em ter um rei (1 Sm 8);
• O problema não estava em Israel desejar ter um monarca humano,
mas na verdadeira motivação por trás desse desejo. A Bíblia diz que
o povo queria ter um rei “como o têm todas as nações” (1 Sm 8.5).
36. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• O período dos juízes foi chegando ao fim num contexto de
verdadeiro caos social (Jz 19-21). O último versículo do livro de
Juízes mostra claramente essa condição. O texto bíblico diz que não
havia rei sobre Israel e cada um fazia o que queria (Jz 21.25).
Obviamente à luz do contexto de todo o livro, o grande problema do
povo não era a ausência de um rei humano, mas a falta de lealdade
ao seu Rei Divino;
• Samuel liderou os israelitas na vitória contra os filisteus em Mispa (1
Sm 7.2-17). Embora a vitória contra os filisteus tenha sido uma clara
demonstração do poder de Deus, mesmo assim os israelitas
insistiram em ter um rei (1 Sm 8);
• O problema não estava em Israel desejar ter um monarca humano,
mas na verdadeira motivação por trás desse desejo. A Bíblia diz que
o povo queria ter um rei “como o têm todas as nações” (1 Sm 8.5).
37. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• Eles não estavam preocupados em ter governando sobre eles
um homem comprometido com a vontade de Deus, mas sim em
ser como todas as outras nações (1 Sm 8.20). Isso significa que
eles estavam tomando como modelo as nações pagãs vizinhas;
• Esse comportamento do povo de Israel foi identificado como
uma espécie de apostasia, visto que em última análise os
israelitas estavam rejeitando o próprio Deus e seu modelo de
governo teocrático (1 Sm 8.7);
• Além disso, Deus, o Soberano de Israel, não apenas era o grande
Rei do povo da aliança, como também seu guerreiro. Mas o
povo queria um rei que lutasse suas guerras (1 Sm 8.20). Assim,
eles desprezaram o domínio e a proteção de Deus.
38. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• Apesar de a motivação israelita pela monarquia humana fosse
errada, pois demonstrava falta de fé no Senhor, estava dentro
do propósito de Deus permitir que um dia o povo de Israel
tivesse um rei (cf. Gn 17.6,16; 35.11; 49.10; Nm 24.7-19);
• Inclusive, através de Moisés o povo recebeu instruções que
regulamentavam a monarquia que seria instituída após a
entrada na Terra Prometida (Dt 17.14-20);
• Deus atendeu ao pedido dos israelitas, mas sem que antes
advertisse o povo sobre os potenciais abusos da monarquia
terrena (1 Samuel 8:10-18). O Senhor também alertou que o
rei deveria estar em completa submissão ao governo d’Ele;
39. TEMAS PRINCIPAIS
MONARQUIA
• Foi nesse contexto que Samuel foi instruído pelo Senhor a
ungir o primeiro rei de Israel. O ato significativo de o rei ter
que ser ungido publicamente pelo profeta do Senhor,
também era uma indicação de que a instituição da
monarquia em Israel estava debaixo da autoridade de Deus.
Os reis israelitas só teriam sucesso se agissem conforme a
orientação especial de Deus.
41. INTRODUÇÃO
Palavra e Versículo-Chave
TRANSIÇÃO
"Então os anciãos todos de Israel se
congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e
lhe disseram: Vê, já estás velho, e teus filhos
não andam pelos teus caminhos; constituinos,
pois, agora, um rei sobre nós, para que
nos governe, como o têm todas as nações"
(1 Sm 8.4,5)
42. INTRODUÇÃO
• Trata-se um livro de transição, registrando a passagem do
governo de Israel por juizes, para o governo por intermédio
dos reis, sistema este que irá perdurar por cinco séculos
(1095 a 586 a.C.);
• Israel deixa de ser uma teocracia (governada pelo Rei
invisível, mas real!) - fato que a distinguia de todas as outras
nações - para ser uma simples monarquia, fato que a igualou
a todas as demais nações;
• Os livros de Samuel contam a história do estabelecimento
da monarquia em Israel;
43. INTRODUÇÃO
• O Livro de Samuel é uma história que inclui o atrativo pessoal de
biografia;
• O conteúdo pode agrupar-se ao redor de três pessoas:
Samuel - um patriota e juiz de coração humilde e consagrado,
servindo obedientemente a Deus;
Saul - um rei egoísta, pródigo, ciumento e obstinado, faltoso e
infiel na lealdade a seu Deus;
Davi - “um homem segundo o coração de Jeová, o doce cantor de
Israel, um varão de oração e louvor, provado, disciplinado,
perseguido e finalmente coroado monarca de todo Israel”.
44. INTRODUÇÃO
• O livro de 1 Samuel pode ser dividido em três grandes partes;
• A primeira parte enfoca os preparativos de Deus para estabelecer a
monarquia em Israel;
• O livro começa registrando o nascimento de Samuel – o profeta que
teria um papel decisivo em todo esse processo (1 Sm 1);
• Também essa primeira parte o livro de 1 Samuel mostra a decadência e
queda da casa sacerdotal de Eli; e ainda registra as graves
consequências dos pecados cometidos pelos filhos de Eli que
resultaram na captura da Arca da Aliança pelos filisteus (1 Sm 2-4);
• Ainda na primeira parte, o escritor bíblico contrasta toda a corrupção
religiosa e moral de Israel com o poder e a santidade de Deus. Ele
indica como Deus mostrou sua soberania ao castigar diretamente
os filisteus; e depois ao conduzir o povo de Israel a uma vitória
impressionante sobre a liderança de Samuel (1 Sm 4-7).
45. INTRODUÇÃO
• A segunda parte do livro de 1 Samuel mostra a ascensão de Saul
como rei de Israel e seu reinado fracassado (1 Sm 8-15). É nessa
seção que o livro de 1 Samuel registra a rejeição de Deus como o
grande Rei de Israel por parte do povo;
• Aqui vale saber que o estabelecimento da monarquia em Israel
não era errado. Na verdade, era cumprimento de promessas
anteriores (cf. Gn 49.10; Nm 24.7-19; etc.);
• O erro estava na forma como os israelitas desejaram e quiseram
impor essa monarquia. Eles queriam um modelo que lhes desse
uma sensação de autonomia como as nações pagãs (1 Sm 8.5);
enquanto que o modelo de Deus era o de uma monarquia
teocrática;
46. INTRODUÇÃO
• A terceira parte de 1 Samuel registra a queda definitiva de Saul e
a ascensão de Davi como o ”homem segundo o coração de
Deus” para ser rei de Israel (1 Sm 16-31);
• Por um lado, essa última seção mostra o comportamento
pecaminoso, inconsequente e louco de Saul; por outro, essa
seção também mostra como Deus capacitou, protegeu e
conduziu Davi providencialmente ao trono de Israel.
48. ESBOÇO
1. Samuel como profeta e juiz de Israel (1 Sm 1.1-7.17);
2. A história de Saul como o primeiro rei de Israel – incluindo sua
ascensão e queda (1 Sm 8.1-12.25);
3. A tensão entre Davi e Saul e a transferência do reinado em Israel
– incluindo a unção de Davi como rei; o trabalho de Davi na corte
de Saul; a perseguição de Davi pelo rei rejeitado por Deus; e a
morte de Saul (1 Sm16.1-31.13).
49. ESBOÇO
I. A HISTÓRIA DE SAMUEL
A. A ASCENÇÃO DE SAMUEL COMO PROFETA (1.1-4.1a)
1. Nascimento e consagração de Samuel (1.1-28)
2. O cântico de Ana (2.1-10)
3. Samuel e os dois filhos de Eli (2.11-36)
4. O chamado de Samuel como profeta (3.1-4.1a)
B. A HISTÓRIA DA ARCA DE DEUS (4.1b-7.1)
1. A arca é tomada (4.1b-22)
2. A arca na Filístia (5.1-12)
3. O retorno da arca (6.1-7.1)
C. SAMUEL COMO JUIZ (7.2-17)
50. ESBOÇO
II. TRANSIÇÃO PARA A MONARQUIA (Cap. 8)
III. A HISTÓRIA DE SAUL (9.1-15.35)
A. SAUL PROCLAMADO REI (9.1-11.15)
1. O encontro de Saul com Samuel (9)
2. Unção e eleição de Saul (10)
3. Saul é proclamado rei (11)
B. SAMUEL DIRIGI-SE A ISRAEL (4.1b-7.1)
C. O REINADO DE SAUL (13.1-15.35)
1. Saul e os filisteus: a primeira rejeição de Saul (13)
2. Saul e Jônatas (14)
3. Saul e os amalequitas: a segunda rejeição de Saul (15)
51. ESBOÇO
II. TRANSIÇÃO PARA A MONARQUIA (Cap. 8)
III. A HISTÓRIA DE SAUL (9.1-15.35)
A. SAUL PROCLAMADO REI (9.1-11.15)
1. O encontro de Saul com Samuel (9)
2. Unção e eleição de Saul (10)
3. Saul é proclamado rei (11)
B. SAMUEL DIRIGI-SE A ISRAEL (4.1b-7.1)
C. O REINADO DE SAUL (13.1-15.35)
1. Saul e os filisteus: a primeira rejeição de Saul (13)
2. Saul e Jônatas (14)
3. Saul e os amalequitas: a segunda rejeição de Saul (15)
52. ESBOÇO
IV. A HISTÓRIA DE SAUL E DAVI (16.1-31.13)
A. DAVI É APRESENTADO (16)
1. A unção de Davi (16.1-13)
2. Davi na corte de Saul (16.14-23)
B. DAVI E GOLIAS: A BATALHA NO VALE DE ELÁ (17.1-54)
C. SAUL, JÔNATAS E DAVI (17.55-18.5)
D. SAUL TORNA-SE INIMIGO DE DAVI (18.6-30)
E. AS TENTATIVAS DE SAUL PARA MATAR DAVI (19.1-20.42)
F. DAVI ESCAPA DE SAUL (21.1-26.25)
1. As fugas de Davi (21.1-23.29)
2. Davi poupa Saul em Em-Gedi (24.1-25.1)
3. Davi casa-se com Abigail (25.2-44)
4. Davi poupa Saul no outeiro de Haquila (26)
53. ESBOÇO
IV. A HISTÓRIA DE SAUL E DAVI (16.1-31.13)
G. DAVI NA FILÍSTIA (27.1-30.31)
1. Davi e Aquis (27.1-12)
2. Os filisteus reúnem-se para a guerra (28.1,2)
3. A médium de Em-Dor (28.3-25)
4. Os príncipes dos filisteus rejeitam Davi (29)
5. Os ataques dos amalequitas em Ziclague e a vitória de Davi (30)
H. A MORTE DE SAUL E DE JÔNATAS (31)
55. SAMUEL
• Samuel foi um dos maiores líderes do povo de Israel;
• Ele foi o último e o mais importante dos juízes, como também o
primeiro da escola profética (At 3.24; 13.20);
• A história de Samuel revela que ele era considerado a pessoa mais
proeminente desde Moisés nos tempos do Antigo Testamento (cf.
Jr 15.1);
• O significado exato do nome “Samuel” é incerto, mas várias
alternativas têm sido sugeridas pelos intérpretes. As principais
são: “ouvido por Deus”, “aquele que provém de Deus”, “nome de
Deus” e “prometido ou dado por Deus”. A vocalização do nome
Samuel em hebraico sugere o significado de “ouvido por Deus”,
mas isso é inconclusivo.
56. SAMUEL
• Samuel era filho de Elcana com Ana. Elcana era um homem
piedoso da região de Efraim e de linhagem levítica. Sua mãe
durante um longo tempo permaneceu estéril, uma condição que
lhe entristeceu muito. Por não poder gerar filhos, Ana era
provocada por Penina, a outra esposa de Elcana;
• Elcana tinha o costume de todos os anos ir até Siló para adorar e
sacrificar a Deus no Tabernáculo. Em uma dessas ocasiões Ana foi
até o Tabernáculo e rogou ao Senhor que lhe desse um filho. Ela
prometeu que entregaria esse filho ao Senhor, para ser
um nazireu de Deus (1 Sm 1.10ss; cf. Nm 6.5);
• O Senhor ouviu a suplica de Ana e lhe deu um filho, e depois dele
mais outros cinco filhos.
57. SAMUEL
SACERDOTE, PROFETA E JUIZ
• É amplamente aceito entre os cristãos que Samuel era sacerdote,
profeta e juiz de Israel. Mas a ideia de que Samuel foi sacerdote,
profeta e juiz gera um certo debate entre alguns estudiosos;
• Sua posição como profeta e também como juiz, basicamente é
unanimidade entre os comentaristas bíblicos, mas nem todos
concordam com o seu papel como sacerdote;
• Alguns comentaristas defendem que jamais Samuel ocupou o
ofício de sacerdote, e que sempre que ele é citado na Bíblia
oferecendo algum sacrifício a Deus, isso não parece ocorrer no
Tabernáculo;
• Então, para quem pensa assim, Samuel teria sido um levita
diferenciado, uma vez que também era profeta do Senhor e juiz
de Israel, mas não teria sido um sacerdote propriamente dito.
58. SAMUEL
SACERDOTE, PROFETA E JUIZ
• Por outro lado, a Bíblia diz que ainda muito jovem Samuel
ministrava diante do Senhor e usava a estola sacerdotal de linho.
Isso quer dizer que enquanto esteve com o sumo sacerdote Eli,
Samuel foi um tipo de aprendiz de sacerdote (cf. 1 Samuel 2:18);
• Além disso, mais tarde a Bíblia registra o profeta
Samuel desempenhando tarefas sacerdotais, como por exemplo,
ao oferecer sacrifícios ao Senhor (1 Sm 10.8). Inclusive, o papel de
Samuel em seu relacionamento com o rei Saul, claramente parece
ter sido o de sacerdote;
• Apesar do debate entre alguns estudiosos a respeito da pessoa de
Samuel como sacerdote, profeta e juiz, o texto bíblico deixa claro
que não há qualquer contradição nesses detalhes da vida do
profeta.
59. SAMUEL
SACERDOTE, PROFETA E JUIZ
• Deus o escolheu de forma extraordinária num tempo de terrível
declínio moral e espiritual em Israel;
• Deus o levantou para ser não apenas o líder político e civil
daquele povo no papel de último juiz, e aquele que estabeleceu
a monarquia em Israel;
• Deus também chamou Samuel para ser o líder espiritual dos
israelitas, sendo o seu porta-voz diante do povo, isto é, o seu
profeta, e também para se ocupar de tarefas do ofício
sacerdotal num período em que o sacerdócio esteve corrompido,
uma vez que o sumo sacerdote Eli e seus filhos tinham sido
reprovados.
60. SAMUEL
A MORTE DE SAMUEL
• Depois da menção em Ramá entre os profetas, nada mais é dito
sobre a vida de Samuel. Apenas dois versículos falam de sua
morte (1 Sm 25.1; 28.3);
• Samuel morreu e foi sepultado em Ramá, e houve grande
lamento entre o povo. Isso demonstra que a reputação de Samuel
permaneceu limpa até o fim de sua vida;
• Samuel morreu antes mesmo de ver Davi, a que ungira como rei,
assumir oficialmente o trono de Israel;
• Depois a Bíblia relata a tentativa patética e pecaminosa de Saul
em tentar consultar a Samuel após a sua morte com ajuda de uma
feiticeira de En-Dor (1 Sm 28.15). Numa passagem de difícil
interpretação, Saul escutou naquela ocasião uma predição de sua
derrota contra os filisteus e ascensão de Davi ao trono.
61. SAMUEL
A MORTE DE SAMUEL
• O profeta Samuel foi uma das pessoas mais importantes da
história de Israel, e uma figura notável do Antigo Testamento;
• Ele foi o primeiro de uma tradição profética em Israel, o último
dos juízes e aquele que ungiu os primeiros reis da nação;
• Seu exemplo de fé atravessou os séculos, e por isso ele é
mencionado pelo escritor de Hebreus entre os heróis da fé (Hb
11.32).
63. SAUL
O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
• Saul foi o primeiro rei de Israel. Saul foi escolhido como rei
quando os israelitas pediram pela monarquia;
• Ele era filho de Quis e pertencia a tribo de Benjamim.
• O nome Saul significa “pedido”, do original Sha’ul. Alguns
intérpretes sugerem que esse significado transmite o sentido de
“pedido de Deus”;
• Saul aparece na narrativa bíblica como um jovem camponês da
cidade de Gibeá. Ele é descrito como um homem de físico
imponente, o mais formoso entre os israelitas (1 Sm 9.2). A
sequência da narrativa bíblica sobre a história de Saul mostra que
ele era valente e muito corajoso.
64. SAUL
O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
• O povo de Israel era liderado pelo profeta Samuel, o último
dos juízes de Israel, que já havia envelhecido, e combinado às
frequentes ameaças de nações vizinhas, especialmente dos
filisteus, os israelitas começaram a pedir por um rei;
• Eles desejavam ter um líder-guerreiro que, segundo eles, pudesse
livrá-los de qualquer investida inimiga;
• Quando os israelitas desejaram e pediram por um rei, eles
rejeitaram a liderança divina através do ministério de Samuel.
• É verdade que antes de Saul, já estava nos planos de Deus
conceder um rei a Israel (cf. Gn 17.16; 49.10). Por esse motivo a
Lei de Moisés já trazia a regulamentação da futura monarquia em
Israel (Dt 17.14-20).
65. SAUL
O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
• Tudo isso significa que a presença de um rei em Israel não era algo
incompatível com a liderança divina. No entanto, o rei deveria ser
um co-regente de Deus diante do povo;
• Todo o problema, no entanto, se deu porque os israelitas não
quiseram esperar que Deus instituísse a monarquia em seu devido
tempo. Eles queriam um rei que satisfizesse suas expectativas
humanas por não confiarem na providência do Senhor;
• Então Deus instruiu Samuel a conceder um rei ao povo. Samuel
ainda advertiu os israelitas acerca das implicações de ter um rei de
modo inoportuno, mas eles se recusaram a ouvir.
• Foi assim que Deus ordenou que Samuel ungisse Saul como rei. Sob
esse aspecto, Saul era o tipo de pessoa que atendia exatamente as
expectativas do povo.
66. SAUL
O REINADO DE SAUL
• A Bíblia diz que Saul estava procurando algumas jumentas de seu
pai que haviam se desgarrado quando se encontrou com Samuel.
O profeta profetizou que Saul seria rei e o ungiu secretamente na
terra de Zufe. Mais tarde, Samuel confirmou a escolha de Saul
como rei apresentando-o publicamente ao povo em Mispá (1 Sm
9.1-10.25);
• Tão logo o rei Saul já mostrou toda sua habilidade como líder e
valoroso guerreiro. Quando o rei de Amom, Naás, sitiou Jabes-
Gileade, Saul liderou um exército que destruiu os amonitas. Essa
campanha militar impressionou o povo, e os israelitas celebraram
o reinado de Saul em Gilgal (1 Sm 11).
67. SAUL
O REINADO DE SAUL
• O rei Saul teve de lutar contra vários inimigos do povo de
Deus praticamente durante todo seu reinado. O principal
deles sem dúvida era os filisteus. Foi numa das batalhas
contra os filisteus que Davi matou o gigante Golias (1 Sm
17.4);
• Israel conquistou muitas vitórias sob o reinado de Saul,
porém seus erros foram suficientemente graves para
manchar drasticamente seu governo.
68. SAUL
OS ERROS DO REI SAUL
• De acordo com a narrativa bíblica, é possível mencionar três
grandes erros cometidos pelo rei Saul;
• Em primeiro lugar, o rei Saul tentou usurpar o ofício sacerdotal.
Antes da batalha contra os filisteus, Saul se mostrou impaciente e
ofereceu sacrifício em Gilgal. Quando Samuel chegou até ele, o rei
Saul escutou a primeira profecia de que havia sido rejeitado por
Deus como rei, e que o Senhor já estava providenciando um
“homem segundo o seu coração” (1 Sm 13.7-14);
• Em segundo lugar, o rei Saul desobedeceu mais uma vez ao
Senhor quando desprezou a ordem divina para destruir todos os
amalequitas. Saul resolveu poupar o rei Agague bem como o
melhor dos animais daquele povo conquistado.
69. SAUL
OS ERROS DO REI SAUL
• Naquela ocasião mais uma vez o rei Saul escutou a repreensão e a
reprovação de Deus através do profeta Samuel. Foi nesse
episódio que Samuel proferiu as conhecidas palavras: “Eis que é
melhor obedecer do que sacrificar” (1 Sm 15.22,23);
• O fato de o rei Saul ter poupado o rei amalequita contrariando a
ordem de Deus, contrasta com o caso em que ele iria executar
seu próprio filho, Jônatas, quando por ignorância o rapaz
desobedeceu a uma ordem sua;
• Após esse incidente envolvendo os amalequitas, Samuel se
afastou completamente de Saul. Logo depois, o profeta ungiu
Davi como sucessor de Saul no trono de Israel cumprindo a ordem
do Senhor.
70. SAUL
OS ERROS DO REI SAUL
• Em terceiro lugar, o rei Saul confirmou sua terrível condição
iníqua quando procurou ajuda de uma feiticeira em En-Dor
pedindo-lhe que trouxesse o espírito de Samuel dos mortos. Ele
estava desesperado, e procurava alguma mensagem de esperança
antes de sua batalha;
• É muito discutido entre os estudiosos o que realmente aconteceu
naquela ocasião. Seja como for, Saul pela terceira vez teve de
escutar que seu reino havia chegado ao fim, que sua morte estava
próxima e que naquela altura Davi já era seu sucessor oficial (1
Sm 28.19).
71. SAUL
A MORTE DO REI SAUL
• O final do reinado do rei Saul foi trágico e melancólico. Cada vez
mais ele foi se afastando do Senhor. Inclusive, ele foi perdendo
suas características, tornando um homem depressivo, medroso e
perturbado (1 Sm 16.14; 19.9);
• Alguns intérpretes consideram possível que Saul até tenha se
tornado um tipo de doente mental com episódios de
esquizofrenia (1 Sm 16-19);
• A Bíblia diz que um “espírito mau da parte do Senhor”
atormentava Saul. Davi até serviu para acalmá-lo tocando sua
harpa (1 Sm 16.23). Mas Saul também perseguiu ferozmente a
Davi, impulsionado por um ciúme mortal (1 Sm 18-20);
• Saul chegou a executar uma linhagem inteira de sacerdotes em
Nobe por Aimeleque ter ajudado Davi (1 Sm 21-22).
72. SAUL
A MORTE DO REI SAUL
• O final do reinado do rei Saul foi trágico e melancólico. Cada vez
mais ele foi se afastando do Senhor. Inclusive, ele foi perdendo
suas características, tornando um homem depressivo, medroso e
perturbado (1 Sm 16.14; 19.9);
• Alguns intérpretes consideram possível que Saul até tenha se
tornado um tipo de doente mental com episódios de
esquizofrenia (1 Sm 16-19);
• A Bíblia diz que um “espírito mau da parte do Senhor”
atormentava Saul. Davi até serviu para acalmá-lo tocando sua
harpa (1 Sm 16.23). Mas Saul também perseguiu ferozmente a
Davi, impulsionado por um ciúme mortal (1 Sm 18-20);
• Saul chegou a executar uma linhagem inteira de sacerdotes em
Nobe por Aimeleque ter ajudado Davi (1 Sm 21-22).
73. SAUL
A MORTE DO REI SAUL
• Davi teve a oportunidade de matar Saul duas vezes, mas poupou-
lhe sua vida afirmando que não podia tocar no ungido do Senhor
(1 Sm 24; 26);
• O reinado e a vida de Saul chegaram ao fim em uma desastrosa
batalha contra os velhos inimigos filisteus. No monte Gilboa, e ele
e três de seus filhos morreram, entre eles Jônatas, amigo de Davi.
Temendo ser capturado pelo exército adversário, Saul lançou-se
sobre sua própria espada;
• No outro dia, quando os filisteus começaram a recolher os
despojos dos mortos no campo de batalha, encontram o corpo de
Saul. Então eles cortaram sua cabeça, penduraram seu corpo no
muro de Bete-Sã para vergonha pública, e levaram suas armas
para o templo de Dagom em Astarote (1 Sm 31).
74. SAUL
A MORTE DO REI SAUL
• Depois, num ato de bravura, os homens de Jabes-Gileade
resgataram os corpos de Saul e seus filhos. Depois de queimá-los,
eles recolheram seus ossos e os sepultaram debaixo de um
arvoredo em Jabes (1 Sm 31.12,13);
• Apesar de tudo, o rei Davi sentiu profundamente a morte de Saul
e de Jônatas (2 Sm 1.17-27).
76. DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
• Lemos que Davi era um homem segundo o coração de Deus no
contexto da sucessão no trono de Israel. Naquela época Saul
reinava sobre os israelitas, mas ele acabou fazendo o que era mal
perante o Senhor, e por isso foi rejeitado;
• Ser um homem segundo o coração de Deus significa ser uma
pessoa comprometida com a vontade e os propósitos do Senhor;
• Davi foi a pessoa que Deus escolheu, conforme o Seu agrado, para
ser o líder sobre o povo de Israel;
• Através do profeta Samuel, Deus avisou a Saul: “O SENHOR
buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que
seja príncipe sobre o seu povo; porquanto não guardaste o que o
SENHOR te ordenou” (1 Sm 13.14; cf. 1 Sm 15);
77. DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
• John MacArthur comenta a expressão “um homem que lhe
agrada” dizendo que em vez de Saul, Deus haveria de
escolher um homem com o coração segundo o Seu; ou seja,
alguém dedicado a obedecer a Deus;
• Depois, na ocasião em que o profeta Samuel foi enviado à
casa de Jessé para ungir o novo rei de Israel, esse caráter de
Davi foi enfatizado;
• Quando Samuel ficou impressionado com a imponência
de Eliabe, Deus o advertiu: “O SENHOR não vê como vê o
homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o
coração” (1 Sm 16.7);
78. DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
• Já nos tempos do Novo Testamento, Paulo de Tarso citou esse testemunho
acerca de Davi em sua pregação em Antioquia. Ao resumir a história do
povo de Israel, Paulo falou sobre a ascensão e queda do rei Saul;
• Em seguida ele explicou sobre como Deus levantou Davi como rei em
Israel, do qual testemunhou: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o
meu coração, que fará toda a minha vontade” (At 13.22);
• Paulo ainda ressaltou que foi da descendência de Davi, conforme a
promessa, que Deus trouxe a Israel o Salvador que é Jesus (At 13.23);
• Dizer que Davi era um homem segundo o coração de Deus não significa
que ele era alguém sem defeitos. Ao contrário disso, a Bíblia afirma a
natureza pecaminosa de Davi. O próprio Davi, em vários de seus salmos,
reconhece a miséria de seu pecado;
• Inclusive, um dos episódios mais marcantes da história de Davi é aquele em
que ele é repreendido pelo Senhor através do profeta Natã por causa de
seu grave pecado envolvendo Urias e Bate-Seba (2 Sm 12);
79. DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Como alguém imperfeito poderia ser chamado de “o homem segundo o
coração de Deus”? O Salmo 51 nos ajudar a entender esta questão:
• Davi tinha consciência da realidade de sua natureza pecaminosa: “Eu
conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de
mim […] Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu minha
mãe” (Sl 51.3,5);
• Davi não tinha problema em confessar o seu pecado a Deus: “Pequei
contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos” (Sl
51.4);
• Davi demonstrava genuíno arrependimento diante de seus pecados. Ele
não se conformava em ficar no erro. Ele clamava pela misericórdia de
Deus para que suas transgressões fossem apagadas. Ele clamava pela
purificação divina: “Lava-me completamente da minha iniquidade, e
purifica-me do meu pecado” (Sl 51:2).
80. DAVI
UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
• Davi entendia que sua comunhão com Deus dependia da graça
divina e não da força de sua vontade. Ele sabia que seu coração
era enganoso: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova
dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51.10);
• A preocupação de Davi não era perder seu poder, sua riqueza ou
sua fama. Sua maior preocupação era ser privado de sua
comunhão com Deus: “Não me repulses da tua presença, nem me
retires o teu Santo Espírito” (Sl 51:11);
• Davi era uma pessoa comprometida com a glória de Deus e com
a proclamação de Sua vontade: “Então, ensinarei aos
transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a
ti […] Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os
teus louvores” (Sl 51.13,15).
81. DAVI
LIÇÕES
1. Ser um homem segundo o coração de Deus não é resultado de
méritos próprios, mas da graça de Deus. Davi era um homem segundo
o coração de Deus porque ele agia de acordo com a vontade de Deus;
2. Ser um homem segundo o coração de Deus é ser plenamente
satisfeito no Senhor. É entender que a vontade divina prevalece sobre
a vontade dos homens; e isso inclui a nossa própria vontade. Davi dizia
que não andava à procura de grandes coisas ou de maravilhosas
realizações pessoais; mas que esperava no Senhor e descansava nele
como um filho descansa nos braços de sua mãe (cf. Sl 131);
3. Ser um homem segundo o coração de Deus é crer na soberania
absoluta do Senhor sobre todas as coisas. É confiar em Deus em toda
e qualquer circunstância. Enquanto fugia da revolta de Absalão, Davi
dizia: “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me
sustenta” (Sl 3.5).
82. DAVI
LIÇÕES
4. Na maioria das vezes ser alguém segundo o coração de Deus será
completamente o oposto de ser alguém segundo o coração dos
homens. Ou agradamos a Deus, ou agradamos aos homens. Não
há meio termo! Saul foi alguém segundo o coração dos homens e
acabou rejeitado por Deus (cf. 1 Samuel 9.18-22; 15.24);
5. Ser um homem segundo o coração de Deus significa estar
submetido ao pronto exame do Senhor. No Salmo 139, por
exemplo, o salmista reconhece sua limitação diante da soberania e
da grandiosidade de Deus. Então ele ora para que Deus o examine e
avalie se há nele algo que ofende ao Senhor; pois ele quer ser
conduzido pelo caminho eterno (Salmo 139.23,24). Os homens e
mulheres segundo o coração de Deus são aqueles que são
sondados, corrigidos, instruídos e guiados pelo Senhor.
84. LIÇÕES BÍBLICAS
1. Um relacionamento não pode estar, ao mesmo tempo, baseado no
pecado e na santidade;
2. O povo escolheu um rei terreno. Quem nós escolhemos como nosso
rei?;
3. Eli governou mal tudo o que tinha para governar. Como nós
governamos aquilo que Deus nos confiou?;
4. Davi foi ungido três vezes. Só após 14 anos de espera, após a 1ª unção,
é entronizado Rei. Deus não tem pressa para cumprir Suas promessas;
5. Deus usa vários meios para se comunicar, mas todos eles estão de
acordo com a Escritura Sagrada!
85. LIÇÕES BÍBLICAS
1 Sm 8.5
A razão pela qual Israel pediu para si um rei: "...para que nos
governe, como o têm todas as nações"
Uma das grandes ciladas em que podemos cair é exatamente
esta: o desejo de nos tornarmos parecidos, ou de copiarmos o
mundo, seus padrões e valores;
1 Sm 23.24-29
• Quando o SENHOR tem plano de nos preservar a vida, mesmo que
estejamos totalmente cercados, Ele provê o livramento!
87. CRISTO EM 1 SAMUEL
Encontramos pelo menos três tipos de Cristo em 1 Samuel:
1. SAMUEL
Um precioso tipo do Senhor Jesus, uma vez que foi
PROFETA, SACERDOTE E JUIZ;
Esses três ofícios são plenamente cumpridos nAquele que é
Profeta, Sacerdote e Rei!
88. CRISTO EM 1 SAMUEL
2. DAVI
Um dos tipos de Cristo mais proeminentes em todo o Velho
Testamento;
Nascido em Belém, trabalhou como pastor. Depois, reinou
sobre o povo eleito;
Foi o ungido que preanunciou a vinda do Ungido!;
Alguns dos salmos que compôs são claramente messiânicos,
como é o caso do Salmo 22;
O Novo Testamento diz que o Senhor Jesus "...segundo a carne,
veio da descendência de Davi" (Rm 1.3), e que Ele é "...a raiz e
a geração de Davi, a brilhante estrela da manhã“ (Ap 22.16).
89. CRISTO EM 1 SAMUEL
3. A PEDRA DE ESCAPE
1 Sm 23.24-29, traz-nos uma linda figura do Senhor Jesus;
Ele é a nossa Pedra de Escape!;
Não havia esperança para nós. Estávamos apertados pelo inimigo,
que nos iria tragar. Mas Ele estendeu a Sua mão. Veio em nosso
socorro;
Ele é a nossa preciosa Pedra de Escape!
93. TEMA PRINCIPAL
A ALIANÇA DAVÍDICA
• A aliança davídica refere-se às promessas de Deus a Davi
através do profeta Natã e é encontrada em 2 Samuel 7 e
depois resumida em 1 Crônicas 17.11-14 e 2 Crônicas 6.16;
• Esta é uma aliança incondicional feita entre Deus e Davi,
através da qual Deus promete a Davi e a Israel que o Messias
(Jesus Cristo) viria da linhagem de Davi e da tribo de Judá e
estabeleceria um reino que duraria para sempre;
• A aliança davídica é incondicional porque Deus não coloca
condições de obediência em sua realização. A garantia das
promessas feitas depende exclusivamente da fidelidade de
Deus e não da obediência de Davi ou de Israel.
94. TEMA PRINCIPAL
A ALIANÇA DAVÍDICA
• A aliança davídica centra-se em várias promessas-chave feitas a Davi;
• Primeiro, Deus reafirma a promessa da terra que Ele fez nas duas
primeiras alianças com Israel (a aliança abraâmica e aliança
palestina). Esta promessa é vista em 2 Samuel 7.10: "Prepararei lugar
para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu
lugar e não mais seja perturbado, e jamais os filhos da perversidade o
aflijam, como dantes.“;
• Deus então promete que o filho de Davi o sucederá como rei de
Israel e que este filho (Salomão) construiria o templo. Esta promessa
é vista em 2 Samuel 7.12-13: "Quando teus dias se cumprirem e
descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu
descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este
edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino."
95. TEMA PRINCIPAL
A ALIANÇA DAVÍDICA
• Logo então a promessa continua e expande: "eu estabelecerei
para sempre o trono do seu reino" (2 Samuel 7.13), e "Porém a
tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti;
teu trono será estabelecido para sempre" (2 Sm 7.16);
• O que começou como uma promessa de que o filho de Davi,
Salomão, seria abençoado e construiria o templo se
transforma em algo diferente - a promessa de um reino
eterno.
• Um outro filho de Davi governaria para sempre e construiria
uma Casa duradoura. Esta é uma referência ao Messias,
Jesus Cristo, chamado Filho de Davi em Mateus 21.9;
96. TEMA PRINCIPAL
A ALIANÇA DAVÍDICA
• A promessa de que a "casa", o "reino" e o "trono" de Davi serão
estabelecidos para sempre é significativa porque mostra que o
Messias virá da linhagem de Davi e estabelecerá um reino que
Ele mesmo reinará;
• A aliança é resumida pelas palavras "casa", prometendo uma
dinastia na linhagem de Davi; "reino", referindo-se a um povo
que é governado por um rei; "trono", enfatizando a autoridade
do governo do rei; e "para sempre", enfatizando a natureza
eterna e incondicional dessa promessa a Davi e a Israel;
• Outras referências à aliança davídica são encontradas em
Jeremias 23.5; 30.9; Isaías 9.7; 11.1; Lucas 1.32, 69; Atos 13.34; e
Apocalipse 3.7.
97. 2 SAMUEL
• O livro de 2 Samuel começa exatamente a partir do ponto de
onde termina os registros de 1 Samuel;
• Os primeiros capítulos mostram que depois da morte de Saul,
Davi podia assumir oficialmente o trono e governar sobre todo
Israel;
• De acordo com o livro de 2 Samuel, Davi não começou
governando sobre um reino unificado. Na verdade, primeiro ele
governou sobre Judá em Hebrom (2 Sm 2.1-7). Somente depois
ele se tornou rei sobre todas as tribos de Israel formando um
reino unificado (2 Sm 2.8-5.5);
• Nesse processo, porém, muito sangue foi derramado. Mas tanto o
livro de 1 Samuel quanto o livro de 2 Samuel deixam bem claro
que Davi foi inocente na ruína da casa de Saul (2 Sm2.8-3.5).
98. 2 SAMUEL
• Os capítulos 5 e 6 de 2 Samuel são muito importantes, pois tratam
da conquista de Jerusalém. Esses capítulos mostram que Davi
conquistou a cidade para ser sua capital e derrotou de forma
esmagadora os filisteus. Em seguida, Davi fez de Jerusalém o
centro religioso de Israel, levando a Arca da Aliança para dentro da
cidade;
• No livro de 2 Samuel também estão registrados os sucessos
militares de Davi e as promessas e bênçãos de Deus sobre ele,
garantindo-lhe uma dinastia eterna (2 Sm 7-10);
• O reino de Davi foi marcado pela bênção de Deus e também sofreu
sob a maldição divina. Por isso a segunda parte do livro de 2
Samuel destaca justamente esse aspecto e mostra as
consequências do pecado de Davi sobre sua casa e sobre toda
nação (2 Sm 11-20).
99. 2 SAMUEL
• Por fim, o livro de 2 Samuel termina com uma conclusão que
reúne uma série de acontecimentos que se deram em diferentes
momentos da vida e reinado de Davi;
• Essa conclusão enfatiza que o sucesso de Davi se devia à presença
do Senhor com ele; e que ele havia sido abençoado com uma
aliança eterna com o Senhor;
• Com isso, o escritor bíblico destaca que apesar das falhas de Davi,
a casa davídica deveria ser vista como um sinal de esperança pelo
povo israelita; pois a certeza do cumprimento das promessas
divinas não repousava sobre a força de Davi, mas sobre o
conselho soberano d’Aquele que escolheu Davi.
101. ESBOÇO
1. A ascensão de Davi como rei sobre a tribo de Judá (2 Sm 1.1-3.5);
2. A ascensão de Davi como rei sobre todo Israel (2 Sm 3.6-5.16);
3. O reino vitorioso de Davi (2 Sm 5.17-9.13);
4. Os pecados de Davi e suas conseqüências sobre seu reino, família
e nação (2 Sm 10.1-20.26);
5. Conclusão - epílogo com diferentes acontecimentos da vida de
Davi (2 Sm 21.1-24.25).
102. ESBOÇO
I. A HISTÓRIA DO REI DAVI (1.1-20.26)
A. DAVI E A MORTE DE SAUL (1)
B. DAVI TORNA-SE REI (2.1-5.5)
C. JERUSALÉM: A CIDADE DE DAVI (5.6-25)
D. SIÃO: O LUGAR DE ADORAÇÃO (6)
E. ALIANÇA DAVÍDICA: TRONO ETERNO (7)
F. LISTA DE ATIVIDADES MILITARES DE DAVI (8)
G. MEFIBOSETE (9)
H. GUERRA ENTRE ISRAEL E AMOM (10.1-12.31)
1. Início da guerra entre Israel e Amon (10)
2. Davi e Bete-seba (11.1-12.25)
3. Fim da guerra entre Israel e Amom (12.26-31)
I. O EXÍLIO E O RETORNO DE ABSALÃO (13.1-14.33)
103. ESBOÇO
I. A HISTÓRIA DO REI DAVI (1.1-20.26)
J. A REBELIÃO DE ABSALÃO (15.1-19.43)
1. A conspiração de Absalão (15.1-12)
2. Davi foge de Absalão (15.13-16.14)
3. Aitofel e Husai (16.15-17.23)
4. Davi chega a Maanaim (17.24-29)
5. A morte de Absalão (18.1-19.8a)
6. O retorno de Davi a Jerusalém (19.8b-43)
K. A REBELIÃO DE SEBA (20)
104. ESBOÇO
II. EPÍLOGO/CONCLUSÃO (21.1-24.25)
A. FOME E MORTE DOS FILHOS DE SAUL (21.1-14)
B. AS GUERRAS DOS FILISTEUS (21.15-22)
C. O CÂNTICO DE DAVI (22)
D. AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE DAVI (23.1-7)
E. OS VALENTES DE DAVI (23.8-39)
F. O CENSO E A EIRA (24)