2. Comunicação entre as células
• O organismo precisa de sinalização, ou seja, as células precisam de
receber sinais para realizarem suas funções. A comunicação celular é
feita por meio de moléculas sinalizadoras .
• 3 tipos de comunicação : Endócrina , parácrina , sináptica
• Receptor celular : “ Moléculas proteicas cuja função é reconhecer e
responder a ligantes endógenos” . Funcionam como transdutores de
sinal convertendo um evento extracelular em sinais intracelulares .
• Os sinais inibem ou ativam as atividades celulares
• A resposta da célula depende do elenco de receptores que foram
formados durante a sua diferenciação celular . Células diferentes
respondem de forma diferente a mesma molécula sinalizadora
extracelular.
3. Êxtase
O MDMA ou 3,4 metilenodioximetanfetamina, é um
derivado da anfetamina e uma droga sintética e psicoativa
com propriedades estimulantes e alucinógenas .
4. Vias de consumo
Efeitos imediatos:
Uma pastilha de êxtase demora de 20 a 40 min. até chegar ao
cérebro.
De 60 a 90 min. para atingir o grau máximo.
No geral, dura de 3 a 5 horas no organismo.
5. Positivos
• Bom humor
• Energia
• Euforia
• Vontade de se comunicar
• Dissolução do medo obsessivo
• Sensação de brilho e intensidade Perda do apetite
Neutros
• Distorção visual
• Aumento do ritmo cardíaco e
• da pressão arterial
• Nervosismo, inquietação
• Emoções fortes e inesperadas
Negativos
• Incapacidade de lidar com emoções
• negativas e inesperadas
• Contração da mandíbula e bruxismo
• Dificuldade de concentração
• Alterações na memória
• Tensão muscular
• Disfunção erétil
• Náuseas, vômitos e tonturas
• Tristeza e angústia
• Psicoses, ataques de pânico, etc
6. Mecanismo de ação
• Neurônios:
• Para comunicarem utilizam neurotransmissores (a serotonina, a
dopamina, a noradrenalina, o glutamato, a glicina, o GABA, etc)
• Caracterizados pelo tipo de neurotransmissor que sintetizam
7. Tomemos como exemplo um neurônio
serotoninérgico
O neurônio libera serotonina na sinapse que se liga a um receptor. Este envia uma
informação que desencadeia reações químicas no neurônio receptor.
A molécula de serotonina é recapturada pelo transmissor e é armazenada novamente nas vesículas.
8. O Êxtase e o cérebro
Serotonina : regulação do humor, do ciclo do
sono, do apetite e da dor.
O êxtase interfere na liberação de serotonina,
agindo sobre os neurônios serotoninérgicos.
9. O êxtase altera a configuração da proteína de
transporte invertendo seu funcionamento.
O transportador passa a levar serotonina do
terminal axônico para a sinapse.
10. O êxtase interage com as vesículas onde a serotonina está armazenada, fazendo com que
as moléculas de serotonina sejam despejadas no citoplasma da célula.
Parte da serotonina liberada será transportada para a sinapse, a outra será metabolizada
pela enzima MAO ( monoamina oxidase).
11. Cocaína
• Mecanismo de ação (Toxicodinâmica)
Euforia exacerbada em comparação a recompensa normal.
(dependência)
SEM COCAÍNA COM COCAÍNA
14. Heroína
• Opiáceo : encontrados no ópio. Extraídos da resina de papoula.
• Uso remonta do século XIV. No fim de século XIX, a heroína foi
utilizada como um remédio para a dependência causada pela
morfina.
• Logo após a injeção de opióides, o usuário experimenta um
"rush", uma "onda de prazer". Isso ocorre devido à rápida
estimulação de centros cerebrais superiores, que pode ser
seguido de depressão do sistema nervoso central.
• Podem ser endógenos (peptídeos – produzidos pelo organismo)
ou exógenos
15. • As substâncias presentes no cérebro que atuam por meio de um receptor
opióide são conhecidas como opióides endógenos, as principais famílias
são a das encefalinas , endorfinas e dinorfinas.
• Os receptores opiáceos são receptores celulares para neurotransmissores
presentes no sistema nervoso humano.
• Receptores de opiáceos : κ , μ e σ . Expressos em grande quantidade em
tecidos periféricos, vasos sanguíneos , coração , vias respiratórias ,
intestino e células de imunidade .
16. • Os receptores opiáceos se ligam por meio da proteína G
desencadeando diversos eventos intracelulares.
• Inibição da adenililciclase, diminuição da abertura dos canais
de íons cálcio regulados por voltagem , estimulação da
corrente de íons potássio , ativação da quinase C (PKC) e PLC .
• O principal efeito que os opiáceos geram na sinalização
celular influencia nas células nervosas , os neurônios na qual
o receptor opiáceo se liga ao efetor celular inibindo a ação da
adenililciclase.
17. Maconha
• A Cannabis Sativa, conhecida no Brasil como maconha, é uma planta
herbácea originária da Índia.
• É constituída por substâncias químicas chamadas canabinóides,
sendo a principal delas o THC (tetraidrocanabinol).
• No organismo humano são produzidos canabinóides endógenos, a
partir do ácido araquidônico. O mais estudado é a Anandamida ( N-aracdonoiletanolamina).
• O THC presente na maconha tem estrutura semelhante a
Anandamida, e assim como ela, se liga aos receptores canabinóides
presentes no SNC e SNP.
18. Os receptores canabinóides
• Receptores CB1 ( Sistema nervoso central)
• Receptores CB2 (Sistema nervoso periférico)
19. Mecanismo de ação da Anandamina e do THC
• A anandamina, é liberada nas sinapses quando demandada no organismo. Se liga aos receptores canabinóides,
agindo na ativação ou inibição de produção de neurotransmissores. Exemplo: neurotransmissores GABA
(inibitórios) e glutamato (excitatórios).
*Membrana pós-sináptica ao ser ativada pelo neurotransmissor GABA provoca um aumento do fluxo de íons cálcio
(Ca+) para dentro da membrana. Esse influxo libera anandamida para fora da sinapse. A anandamida se liga aos
receptores CB1 na membrana pré-sináptica. Tal ligação bloqueia o processo energético que possibilitava a liberação
de GABA na sinapse e o processo é interrompido.
20. • O sistema canabióide é um importante modulador das atividades
psíquicas e motoras do organismo. Sendo o THC semelhante à
anandamida, age também sobre os receptores CB1, porém de
forma adversa.
• A anandamida é secretada localmente, enquanto o THC atinge
todos os receptores CB1 ao mesmo tempo.
• O THC permanece horas no SNC, diferentemente do que faz os
canabinóides endógenos.
• O THC é cerca de 20 vezes mais potente que a Anandamida.
21. • O THC se liga nos receptores CB1 dos neurônios opióides endógenos.
Assim, liberam um sinal elétrico que estimula os neurônios
dopaminérgicos a produzirem dopamina.
• A dopamina está ligada à sensação de bem-estar. O fato de ser
liberada em maior quantidade com o THC é o que caracteriza o efeito
de euforia e prazer dado pela maconha.
22. Efeitos da maconha
• A maconha interfere na coordenação e no equilibrio de movimentos, pelo
fato de alterar o funcionamento normal das vias GABA e glutamato do
cerebelo.
• O THC inibe principalmente a via excitatória dos neurônios presentes no
hipocampo. Isso gera a perda da memória de curto prazo, bem como da
noção de tempo e espaço.
• O THC inibe a produção da leptina (hormônio supressor do apetite) no
hipotálamo, o que gera sensação de fome.
• Uso terapêutico:
• A maconha pode estimular o apetite em pessoas com AIDS;
• Tem efeito antiemético em pacientes com câncer;
• Diminui a pressão intraocular, aliviando os sintomas do glaucoma;
• Possui efeitos analgésicos.
24. Histórico
• 1100 aC: Prova mais antiga do uso do
ergô, em escritos chineses
(obstetrícia)
• Idade média: epidemias de
envenenamento por ingestão de
farinha infectada
• 1808: 1º uso médico oficial (Dr. John
Stearns)
Esporão do centeio (ergô)
Fungo Claviceps purpurea
25. Histórico
1917: Arthur Stoll isola a ergotamina
1938: Hoffman isola LSD-25 pela
primeira vez
1943: Hoffman reativa estudos sobre
LSD-25 e inicia auto experimentação
1947: Sandoz disponibiliza Delysid para
estudos Psiquiátricos
1966: Sandoz paralisa produção
29. Mecanismo de ação
• Mecanismo ainda não foi completamente entendido
• Atua no cérebro, na região do córtex
• Interfere na ação do neurotransmissor serotonina por ambos terem
estruturas semelhantes, como o núcleo indol.
• Atua no receptor 5HT2A (camundongos sem ele não reagiram ao LSD).
• Com a presença de LSD a passagem do impulso do neurotransmissor
para o receptor, é muito mais rápida e intensa, causando o estado
alterado de percepção.
• É metabolizada pelo fígado e rins e excretada pela urina e fezes, sendo
eliminada do corpo em 24 horas.
30. Efeitos
• Ilusões (deformação do corpo e objetos)
• Delírios
• Confusão mental
• Dificuldade de raciocínio
• Atitudes impulsivas e irracionais
• Calafrios
• Tremores
• Sudorese
• Dilatação das pupilas
• Bad trips
• Flashbacks
31. Referências bibliográficas
• Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) /
NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert
Einstein
• http://www.brasilescola.com/drogas/maconha.htm
• http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/maconha/
• http://www.ufpi.br
• www.ibmc.up.pt/e-drogas/PDF_geral/DOSSIER_ECSTASY.pdf
• NISHIMURA, Cynthia – Dietielamida do Ácido Lisérgico (LSD) – disponível
em http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/cssn.pdf
• As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman - 12.ed.
Capítulo 18 – Opióides, analgesia e tratamento da dor