1. Um veículo para fazer
circular ideias, levantar questões
e promover diálogos
18
ANO3|NÚMERO18
SETOUTENOV2017
Persianas
FONTESVILLE
Persianas
FONTESVILLE
Tudo que você precisa saber sobre as
próteses de silicone, intervenção mais
procurada entre as mulheres
A jornalista Júlia Pessôa investiga o
mal que se alastra pelas sociedades
de todo o mundo
Realiza Produções comemora dez
anos de talento e criatividade na
divulgação de produtos e serviços
BELEZA INTOLERÂNCIA SOLUÇÃO É A PALAVRA
8. Há um tempo de falar e um tempo de ouvir. Um tempo de fazer andar
e um tempo de observar o movimento. Um de agir e um de refletir. Um de
trabalhar e um de descansar. Um de se colocar a serviço do outro e um de
admirar o que este outro constrói. Um de ser admirado e um de admirar.
Em sua edição de número 18, a Revista DOC chega à maioridade admirada.
Encantada pelo talento, pela persistência e pela coragem do empreendedor
juiz-forano, que com criatividade e destemor tece histórias inspiradoras.
Relatos como o de Leonardo Ferraz, empresário-motor das Persianas
Fontesville, que brilha na capa desta edição. Leonardo incorpora o espírito do
realizador juiz-forano, aquele que, com esforço e arrojo, conquista o sucesso,
no sentido original da palavra, que remete a avanço, êxito, abertura. Ao longo
dos últimos anos, contamos nestas páginas tantas histórias de parceiros bem-
sucedidos, que alcançaram seus objetivos e seguem produzindo, gerando
empregos e movimentando a economia da região, gente que acredita no
trabalho e acredita em Juiz de Fora.
São estas as histórias que queremos contar aqui. Além de discutir
assuntos relevantes para a sociedade – como faz magistralmente Júlia Pessôa
em sua reportagem-alerta sobre o avanço de todas as formas de intolerância
no Brasil e no mundo -, queremos dar publicidade a aventuras inspiradoras.
Relatos de sucesso de gente que, com fé em si e na cidade, faz o mundo girar.
Admiramos muito cada um destas pessoas, destas histórias particulares por
trás de cada empresa, de cada negócio, de cada profissional que deposita em
nós a confiança para narrar suas vidas.
Seja bem-vindo a mais uma edição da DOC. Vire a página e admire-se
você também.!
Maria Augusta Lacerda Guiducci
Admirável mundo nosso
Sumário
Direção geral e comercial: Guta Lacerda
Editor e jornalista responsável: Wendell Guiducci (MTB: 08897)
Colaboraram nesta edição: Júlia Pessôa
Foto da capa: Fernando Priamo
Editora de arte: Ana Loureiro
Informes publicitários - Fotos: Jr. Faria
Assessoria jurídica: Dra. Flávia Batista Stephan (OAB/MG 163739)
Impressão: Gráfica América
Tiragem: 5.000 exemplares
ARevistaDOCéumapublicaçãoindependenteesuadistribuiçãoédirigidaegratuita.Os
artigosematériasassinadasapresentadasnestarevistasãodeinteiraresponsabilidade
deseusautorese,nãonecessariamente,expressamaopiniãodarevista.
Comercial: Guta Lacerda - (32) 98876-1582
contato@revistadoc.com.br
docrevista
revistadoc
Expediente
Colaboradores
ROGÉRIAFARIA
Um veículo para fazer
circular ideias, levantar questões
e promover diálogos
18
JÚLIA PESSÔA
Jornalista e mestre pela UFJF.
Atua como repórter da Tribuna
de Minas há seis anos, e como
colunista há dois. É feminista,
frustrada por não saber tocar
instrumentos musicais, e viciada
em Netflix e enfileirar palavras.
docrevista
revistadoc
TAIRONE VALE
Jornalista por formação,
publicitário por ideal, ator e
escrivinhador por vocação.
Capa: Persianas Fontesville ............................................... 10
As meninas ....................................................................... 16
O que você precisa saber antes de colocar silicone............. 18
As nove“regras de ouro”para prevenir demência.............. 20
Educação física e os jogos eletrônicos no combate
à obesidade e ao sedentarismo......................................... 22
Sabores indescritíveis........................................................ 28
Um espaço para desacelerar.............................................. 32
Ciência a serviço da beleza................................................ 34
Life & Style: Primavera/verão 2017/2018.......................... 36
Solução............................................................................. 40
O mundo tem jeito? .......................................................... 42
Olho armado: Aline Bastos................................................ 50
9.
10. DOC
10
Persianas Fontesville
Vale tudo
pela satisfação
Uma incrível
história de sucesso
>> Por Tairone Vale
Sabe aqueles relatos que contam uma história de superação, sobre alguém que veio do nada e chegou
onde ninguém acreditava? Prepare-se, pois essa matéria conta um desses inspiradores casos que enchem o peito
de orgulho.
Com pouco mais de um mês de existência, a loja da Persianas Fontesville, recém inaugurada no Spazio
Design, virou um “point” de encontro de arquitetos e decoradores. É lá que arrojados e bem planejados projetos
envolvendo cortinas, persianas e papéis de parede têm sido pensados, discutidos e executados com altíssimo
índice de satisfação de profissionais da decoração de interiores e, claro, do consumidor final. O segredo de tão
repentino sucesso está em pequenos e cuidadosos detalhes, mas o lojista mantém a modéstia. “Acho que é
porque realmente me importo com o que faço”.
“Certa vez, um cliente me deu certeza
absoluta de que toda a rede elétrica da
residência era 110v. Era 220v. Queimei cinco
motores de persianas.” Mesmo sem ter culpa
no incidente, a empresa arcou com o prejuízo
sem discussão. Em outra ocasião, o diretor
da Fontesville dirigiu 1.000 km em um dia,
500km de ida e 500km de volta até o Sul de
Minas, apenas para conferir as medidas de
um pedido de persianas. “Estavam corretas”,
relata. O mais interessante desses dois
exemplos não é o tamanho do esforço ou o
nível do comprometimento assumido pela
empresa, mas a fala despretensiosa de quem
acredita que tais atitudes não são mais que a
obrigação. Mas de onde surge tanto senso de
responsabilidade?
TAIRONEVALE
12. DOC
12
De rapaz da embalagem a grande cliente
Leonardo Ferraz, apesar de incompletos 28 anos
de idade, tem muita história para contar. Na infância em
Guiricema ajudava o pai na roça. Plantava milho, ajudava
a recolher esterco para vender. Sem dinheiro, começou
a praticar comércio na base do escambo. “Tinha um
passarinho valioso, trocava por uma bicicleta. Esse tipo de
coisa”, explica. Na adolescência em Juiz de Fora, fazia bicos
de jardinagem, zelador de granja, cuidador de animais. Até
que, aos 18 anos, conquistou o primeiro emprego formal
na Ita Persianas, uma das maiores referências do mercado
no Brasil.
Começou no setor de embalagem, no turno da noite. De
lá para a produção de persianas verticais, depois horizontais,
e, em seguida, cortinas especiais (Rolô, Painel e Romana). Os
encarregados dos setores disputavam o serviço do novato,
que pedia para ficar depois do expediente para aprender
tudo sobre cada produto. Veio a oportunidade de trabalhar
no departamento comercial, onde começou a aprender, com
lojistas e arquitetos, as primeiras noções de decoração.
Mais ou menos por essa época, Leo começou a
atender clientes particulares na hora do almoço. Serviços de
manutenção e limpeza no início, algumas vendas num segundo
momento, muitas vendas num terceiro. “Fiquei uns dois anos
sem almoçar. Vendia de dia e instalava de noite, depois do
expediente. Vivia à base de açaí.” No mesmo fim de semana
que decidiu que era hora de largar a segurança do emprego na
Ita e alçar vôo solo, a esposa anuncia a gravidez. “Deu medo,
mas não dava para voltar atrás, abri a Fontesville”.
Hoje a Fontesville é um dos maiores clientes da Ita
Persianas, empresa que se orgulha do sucesso do “pupilo”.
“O Leonardo tem uma característica que anda muito em
falta no mercado: audição”, orgulha-se Ricardo Barbosa,
diretor da Ita Persianas, antigo patrão e atual fornecedor e
amigo do jovem empreendedor. “Ele escuta, dá muito valor
para o conhecimento.”
TAIRONEVALE
13. DOC
13
E o futuro?
“Quando um cliente entra apenas para tomar um cafezinho, ou
telefona só para dizer que está satisfeito, percebemos que estamos
no caminho certo”, orgulha-se a primeira-dama da Persianas
Fontesville, Adriana Ferraz. A esposa de Leonardo, que atua junto
com ele no departamento comercial da loja, também aponta o
relacionamento com o cliente como ponto crucial no diferencial da
empresa. “Temos um pós-venda que busca feedback do cliente em
100% dos atendimentos, sejam vendas ou serviços. Para o futuro,
espero que possamos manter o nível de atendimento e dedicação
com o cliente que temos hoje.”
Já Leonardo olha para o futuro de forma um pouco mais
ambiciosa. O mix de produtos vai ser expandido nas próximas
semanas com a adesão de carpetes, tapetes e pisos laminados. Entre
os muitos planos do jovem empresário está a expansão da Fontesville
pelo sistema de franquias. “Acho que o modelo de atendimento da
Fontesville, nosso sistema de controle de cada etapa e a filosofia de
relacionamento podem ser formatados em um programa que possa
ser replicado com sucesso em outras cidades do interior.” Mas crescer
demais não é perigoso, Leo? “Tenho medo de que um crescimento
desgovernado possa comprometer o controle, o nível da qualidade.
Mas com pé no chão, vamos chegar lá”. Alguém duvida?
Ladeira Alexandre Leonel, 211
Spazio Design, Cascatinha
Juiz de Fora – MG
(32) 4141-1117
(32) 99113-7795
(32) 98801-1790
fontesville
persianasfontesville
www.persianasfontesville.com.br
FERNANDOPRIAMO
16. DOC
16
Eu poderia falar sobre o doloroso disparate de ver
um crime ambiental literalmente se arrastar por estados,
ou sobre quem saiu de casa para viver a sexta à noite
e acabou virando estatística de um banho de sangue.
Podia pensar sobre nosso conceito unívoco de terrorismo,
e sobre como gente branca de classe média como eu
jamais vai saber o que é ser julgado pela cor da pele,
pelos cabelos, pelos traços faciais. Mas só por hoje, quero
deixar as feridas cicatrizarem em seu tempo. Quero tomar
fôlego entre as falas, pensar menos sobre o que massacra
nossa já escassa fé na humanidade, mais sobre o que nos
engrandece e fortalece. Quero falar sobre as meninas.
É uma instituição vitalícia na existência de uma mulher,
saiba ela ou não. Algo que ora se assemelha a um porto
seguro, ora a um muro de lamentações. Não raramente,
"as meninas" é o que nos encoraja a tomar as rédeas da
vida quando ela desmorona. Elas mostram que o mundo
é injusto, mas nem por isso a gente tem que
desistir de ser feliz. Inclusive, estar com
"as meninas" é felicidade certeira,
ainda que entre muitas -
muitas!- lágrimas. Elas
vão entender
e dizer: "você não precisa enfrentar isso sozinha". Vão te
encorajar a comer mais um brigadeiro e também a entrar
na academia. Quando discordarem de você, dirão: "você tá
errada, mas tô do seu lado." E estarão.
Vejo as meninas na porta de escolas, rindo e
apontando os crushes (nome da xufentude para
"paquera"), sejam meninos ou outras meninas. Estão
nas ruas, com os peitos de fora e gritando "fora": "Fora
Cunha!" (sempre bom repetir). Se passam juntas em um
carro cantando, sorrio imediatamente, não importa o
quão ruim tenha sido meu dia. Com certa frequência,
avisto-as na porta das igrejas, tercinho à mão e cabecinha
branca, batendo um papo antes da missa. Na internet,
estão sempre nas postagens umas das outras: "você tá
linda". Estão mesmo, todas. No mundo off-line, muitas
vezes elas se juntam e formam famílias, podendo virar
mães de outras meninas. Posso saber muito pouco
da vida, mas tenho essa certeza indissolúvel:
enquanto puder dizer "vou com as
meninas", sei que vai ficar tudo
bem. Sigamos juntas,
meninas.
As meninas>> Por Júlia Pessôa
ILUSTRAÇÃOFREEPIK
17. DOC
17
RUA SÃO JOÃO, 399 - CENTRO - JUIZ DE FORA - MG
TEL: (32) 3215.3929 / WHATS (32) 98822.0872
DROPS_ATITUDE / DROPSATITUDE / WWW.DROPSATITUDE.COM
18. DOC
18
O que você precisa saber
antes de
colocar
silicone
A busca pelas próteses de silicone aumentou significativamente a partir dos anos 90. Mas, para
nossa satisfação, de lá para cá muita coisa já evoluiu. Se você está pensando em aumentar o volume
dos seios, confira alguns detalhes da cirurgia mais procurada entre as mulheres:
Começa pelo material das próteses, que torna quase nula a possibilidade de rompimento e reduz
a ocorrência de contratura capsular (esticamento irregular da pele).
A escolha do modelo é feita junto com o cirurgião. Costumo dar todas as dicas no consultório
para esclarecer as pacientes, pois há modelos variados, formatos, bases e alturas adequadas às
características físicas de cada mulher e ao resultado pretendido.
As próteses modernas não necessitam mais ser trocadas frequentemente, mas é necessário
acompanhamento.
Hoje, um bom profissional deve fazer exames clínicos, medir a largura das costas e o tamanho do
peitoral, para só então escolher o tamanho e o formato das próteses. A regra é respeitar as proporções
do corpo para resultados mais naturais.
O implante é colocado na frente ou atrás do músculo peitoral, por uma incisão que pode ser feita
abaixo da mama, na axila ou na parte inferior da aréola Hoje as cicatrizes são bem menores do que
antigamente, não passam de 5 centímetros, e a anestesia é local com sedação.
Se essa cirurgia também é o seu desejo, não deixe de procurar um cirurgião plástico membro
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e agendar sua avaliação. A preparação e o pós-
operatório adequados são de extrema importância.
>> Por Dra. Michele Rosa de Castro*
FOTOGRAFARTDESIGN
19. Mitos e verdades
Prótese mamária
Após quanto tempo tenho que trocar as próteses de mama?
- Atualmente, com a evolução das próteses, que são feitas com material mais resistente, não há tempo
determinado para troca. Porém é preciso o acompanhamento continuo juntamente com o seu cirurgião plástico.
A amamentação é prejudicada após colocar prótese de mama?
Não. A maioria das pacientes amamenta normalmente, pois, como a prótese é colocada atrás da glândula
mamária, não prejudica a fisiologia da amamentação.
Prótese causa câncer de mama?
- Diversos estudos demonstram que a presença da prótese não causa câncer de mama. Além disso, não
prejudica a detecção ou o acompanhamento de eventuais alterações que possam surgir na mama.
Qual o momento ideal para se realizar a cirurgia de prótese de mama?
- Quando o desenvolvimento da mama estiver completo, quando a paciente estiver fisicamente e
psicologicamente saudável e quando for um desejo que a satisfaça e a deixe feliz.
* Dra. Michele Rosa de Castro é especialista em Cirurgia Plástica
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - HUPE/UERJ e
aprimorou suas técnicas em alguns dos mais renomados cursos
de captação dos Estados Unidos. CRM: 43988
Dramichrlerosacastro
Dramichrlerosacastro
Dramichrlerosacastro
Dramichrlerosacastro
Tipos de Próteses
1- Baixo | 2 - Moderado | 3 - Alto |
4 - Superalto | 5 - Anatômico | 6 - Cônico
20. DOC
20
ILUSTRAÇÃOFREEPIKZAQUEUCOELHO
Cerca de 1/3 dos casos de demência pode ser evitável com nove mudanças no estilo de vida segundo estudo publicado
no renomado periódico “The Lancet”.
A demência é um problema de saúde pública que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o
aumento da expectativa de vida, estima-se que a prevalência de demência vai aumentar significativamente nas próximas
décadas podendo triplicar até 2050. Há várias causas de demência e seu diagnóstico depende do conhecimento das diferentes
manifestações clínicas e de uma sequência de exames complementares específicos. As quatro formas mais frequentes de
demência são a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência frontotemporal e a demência com corpos de Lewy.
A prevenção ainda é o melhor remédio. Completar o ensino médio no início da vida, exercício físico, manutenção de
compromissos sociais, cessação do fumo e gerenciamento da perda auditiva bem como tratar adequadamente a depressão,
diabetes, hipertensão e obesidade contribuem para a prevenção ou o atraso do início da demência. Várias manifestações da
demência são conhecidas e o curso da doença pode ser modificável. Para prevenir ou atrasar o início da demência, estudos
relatam que estilos de vida mais saudáveis estão associados a uma prevalência decrescente de comprometimento cognitivo e
demência.
Atrasar a demência por alguns anos seria uma enorme realização e permitirá que muitas pessoas alcancem o fim da vida
sem desenvolver esta doença. Intervenção e cuidados especializados podem transformar o futuro da sociedade e melhorar
consideravelmente a vida dos indivíduos e de suas famílias.
As nove“regras
de ouro” para
prevenir demência
>> Por Shirlene V. Moreira*
*Shirlene Vianna Moreira
Neuropsicólga. CRP: 14.654
Hospital Maternidade Therezinha de Jesus.
Doutoranda em psicologia UFJF.
shirvianna@hotmail.com
www.neuromusicoterapia.com.br
Referência:
Livingston G., C et als .Dementia prevention,
intervention, and care.Lancet 2017. Jul 19.
Doi:10.1016/S0140-6736 (17) 31363-6.
21. DOC
21
O PRIMEIRO
CARTÃO DE VISITAS
É SEU SORRISO
Uma perfeita harmonia entre a saúde e a engrenagem
dos dentes, os músculos mastigatórios, a articulação e
a estética do sorriso é o que orienta o trabalho do
especialista e mestre em ortodontia, dor orofacial e
DTM Flávio Lombardi. Membro das principais
organizações nacionais e internacionais de ortodontia,
Flávio parte de uma avaliação minuciosa de cada
paciente para, em seguida, aplicar as mais modernas
técnicas ortodônticas, lançando mão de materiais
importados de primeira linha e associando tratamentos
complementares sempre que necessário. Agende uma
consulta. A qualidade de vida começa pelo sorriso.
Rua Santo Antônio 1500 I Sala 1003 I Centro
Juiz de Fora I Tel.: (32) 3216-7344
Flávio Lombardi
CROMG 18314
22. DOC
22
*Thiago Paes é personal trainer, professor de natação e hidroginástica, professor
licenciado e bacharel em educação física pela Faculdade Metodista Granbery.
CREFMG 024358
(32) 99965-0343
thiagopaespersonal@gmail.com
Educação física e os
jogos eletrônicos no
combate à obesidade
e ao sedentarismo
>> Por Thiago Paes*
Hoje em dia a obesidade e o sedentarismo
vêm sendo analisados por profissionais da área
da saúde como o “mal do século”. Estudos
recentes confirmam definitivamente que a
inatividade física é um fator de risco para o
aparecimento de uma série de doenças. Qual
seria então a influência dos jogos eletrônicos
para tal inatividade e o surgimento da
obesidade e o sedentarismo?
Pois bem, alguns anos atrás
considerávamos os jogos eletrônicos uma
atividade sedentária, na qual os jogadores
passavam a maior parte do dia envolvidos
nesse divertimento, optando por comidas
rápidas como salgados, biscoitos e lanches,
causando grande armazenamento de calorias
e não utilizando-as como fonte energética para
exercício físico.
Com o avanço assustador da tecnologia,
as empresas passaram a investir em jogos
com sensores de movimentos, quebrando um
pouco esse conceito citado acima. Atualmente
podemos identificar jogos interativos que
solicitam a movimentação intensa do corpo,
alterando o gasto metabólico, melhorando o
condicionamento físico e proporcionando vários
benefícios para a mente, além de promover a
vontade de crianças, adolescentes, adultos e
idosos de aprender novas habilidades e criar
desafios para si.
Giliane Bernardi e Phillip Vilanova Ilha,
autoresdoestudo“Ovideogamecomoatividade
motivadora na aula de educação física”,
analisaram o quanto seriam motivacionais as
aulas de educação física utilizando o videogame
antes e depois das aulas. Os resultados foram
satisfatórios, os alunos se sentiram mais
motivados extrinsecamente e intrinsecamente
quando fizeram atividades rítmicas, e foi constatado um aumento das relações
socioafetivas.
A inserção do videogame no projeto pedagógico escolar deve ser avaliada
em conjunto com as partes interessadas, levando em conta espaço físico, custo
de aquisição e uma ferramenta alternativa para o professor. Inserir os jogos
eletrônicos na educação física escolar é inovar e estimular novos conhecimentos
para os profissionais e os alunos, sem substituir as práticas convencionais.
EDILSONLACERDAILUSTRAÇÃOFREEPIK
26. ARUBA BUENOS AIRES CANCÚN CANNES LAS VEGAS MIAMI MONTERREY PUNTA DEL ESTE RIO DE JANEIRO SANTIAGO SÃO PAULO
CALÇADOS ROUPAS E ACESSÓRIOS
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27.
28. DOC
28
Sabores indescritíveis
Atendimento
Le Grand Buffet
Criar um buffet foi um caminho natural para Ana Cláudia,
Mônica e Letícia Moreira. Mãe, tia e filha, respectivamente,
já faziam a festa – literalmente! – da família e dos amigos mais
próximos. Nas datas especiais, tinham seus dotes requisitados
para fazer o bolo, organizar o aniversário, a recepção, preparar
o cardápio... logo, decidir disponibilizar seu know-how
comercialmente foi um passo totalmente espontâneo. Mas houve
um empurrãozinho. “Um amigo abriu uma lanchonete e disse
‘Você não quer fazer aqueles salgados gostosos pra mim não?’.
Começamos a fazer o cardápio pra ele e daí decidimos abrir nosso
próprio negócio”, conta Letícia, lembrando da resolução de 2016.
Opção pelo empreendedorismo tomada, as três tiveram de
responder à pergunta: como se diferenciar em um mercado tão
bem servido em Juiz de Fora? A resposta estava no sabor. Sair
dos salgados convencionais e optar por petiscos mais inovadores
e igualmente deliciosos, como bolinho de feijoada, coxinha de
mandioca com carne seca, bolinho de 4 queijos, bolinho de risoto
caprese, espetinho de queijo com linguiça... segure a água na boca
aí, caro leitor! São mais de 70 opções, incluindo os tradicionais,
como coxinhas e quibes, porque também têm seu lugar no gosto
do brasileiro. Tudo com ingredientes de primeira. “Praticamente
não usamos farinha. O bolinho de mandioca é de mandioca, o de
queijo é de queijo”, garante Ana Cláudia. E o repórter, deliciado,
assegura.
No ponto do sabor é que a experiência de Letícia, graduada
em Gastronomia pelo Centro de Ensino Superior (CES/JF), fez a
diferença. Com passagem por alguns dos principais restaurantes
de Juiz de Fora, ela pôde agregar conhecimento e inspirar sua
criatividade na elaboração de quitutes refinados como carolinas
recheadas com cogumelos silvestres, minissanduíches com rosbife,
mostarda e cebola caramelizada, tapas de costelinha confeitada
com tomate seco e picles de cebola e outras maravilhas de
paladar indescritível. São delícias fabulosas, que servem
aos mais diversos acontecimentos, de casamentos
a aniversários infantis, recepções e festas de
15 anos, eventos corporativos e sociais.
“Oferecemos todo o equipamento necessário
e pessoal de cozinha e de salão, montamos
estações temáticas – cozinha mineira, fast
food, frios etc, ao gosto do cliente - e
providenciamos também o local do evento,
que terceirizamos”, detalha Mônica.
Tão relevante quanto a qualidade do que é servido, para Ana
Cláudia, Mônica e Letícia, é a qualidade do como servir. Desde o primeiro
contato até o pós-atendimento, a atenção ao cliente é individualizada e
muito próxima. “Na primeira reunião, o contratante degusta os nossos
sabores e define, com a nossa assessoria, qual será o cardápio”, conta
Letícia. E no evento, a presença do Le Grand Buffet é garantida pela
participação direta das donas do negócio. “Sempre haverá pelo menos
uma de nós no local, para coordenar as operações e certificar a qualidade
do serviço”, diz Mônica, garantindo assim um contato estreito com o
cliente e a certeza de que tudo sairá como ele sonhou.
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(32) 99137-6570
legrandbuffetjf@gmail.com
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30. DOC
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Rua Senador Feliciano Pena, 133 – Mariano Procópio – Juiz de Fora - MG | 32 3212 8944 | vitreavidros@yahoo.com.br
32. Nanah Torres Studio
Um espaço para desacelerar
O estúdio de beleza de Nanah Torres é um espaço para
desacelarar. A proposta não é mera propaganda: é uma resolução de
vida. Engenheira de computação por formação, Nanah trabalhou por
11 anos no planejamento de obras industriais. “Viajava muito, quase
não parava em casa, ficava longe da família. Me cansei daquela
correria”, conta, serena, a profissional que decidiu abrir mão de
uma carreira já consolidada em nome da felicidade. Tirou um ano
sabático, passou quatro meses no Canadá, um em Nova York, voltou
para Minas Gerais e decidiu ser feliz fazendo o que gostava: cuidando
da beleza e do bem-estar das pessoas.
Natural de Belo Horizonte, veio para Juiz de Fora, onde pode
ficar mais perto da mãe. Abrir o Nanah Torres Studio foi um caminho
natural para quem já tinha habilidades manuais. “Na família, eu era
a responsável por fazer as sobrancelhas das primas. Ocorreu que
uma amiga que trabalha com micropigmentação foi dar um curso e
me convidou, porque já tinha essa facilidade com as mãos, já fazia
artesanato, patchwork”, lembra Nanah. Deu tão certo que ela fez
outro curso, depois outro, montou um estúdio dentro do apartamento
e viu que aquela seria, a partir dali, sua nova ocupação. Quando o
movimento começou a ficar grande demais dentro de sua sala de
estar, a engenheira Nanah, agora especialista em micropigmentação,
decidiu abrir o aconchegante salão no Cascatinha.
Ali são vários os procedimentos oferecidos. Micropigmentação
de sobrancelhas, olhos, lábios e seios, design de sobrancelhas,
henna, manicure, depilação, limpeza de pele, massagens
em geral, rejuvenescimento facial, calatonia – uma técnica
INFORME
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sutil de massagem nos pés. E Nanah dá conta disso tudo? A ideia é
desacelerar, então... não. Para isso ela conta com uma equipe. No total
são cinco profissionais especializadas e em constante atualização. Os
horários são completamente alternativos aos praticados no comércio
tradicional. “Recebemos nossas clientes de segunda a sexta, mas
também à noite, aos sábados, no horário de almoço... desde que seja
agendado previamente”, indica Nanah.
Esta personalização é o coração do atendimento do estúdio.
“Recebemos uma única pessoa por vez, com hora marcada e sem
pressa. Aquele horário é dela, não há ninguém esperando ali do
lado para ser atendido. A única poltrona que temos aqui é para um
acompanhante”, diverte-se Nanah, convicta de que o que oferece ali é
mais que um tratamento estético, mas um momento de relaxamento,
de bater um papo e ficar mais bonita. “O que queremos aqui é
promover uma melhora na autoestima da pessoa, uma mudança não
apenas estética, mas de vida, de saber que é preciso cuidar mais de si
mesma. Que é preciso ser feliz.”
NANAH TORRES ESTÚDIO
Rua Francisco Vaz de Magalhães 384 I Cascatinha
Juiz de Fora (MG)
(32) 3083-9290
(32) 98407-2582
nanahtorresstudio
nanahtorresstudio
www. nanatorres.com.br
nanahtorresstudio
nanahtorresstudio
reVisTadoC
34. DOC
34
Espaço Zélia Vieira
Ciência a serviço da beleza
INFORME
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Os 17 anos aos quais Zélia Vieira se dedica à beleza foram
construídos com muita dedicação - e boa dose de magnetismo
pessoal -, como atesta a agenda sempre cheia de seu confortável
salão, (muito bem) localizado na Rua Monsenhor Gustavo Freire,
no Bairro São Mateus, mas não apenas isso. Foi necessário
muito estudo e constante atualização com os procedimentos
mais modernos do universo da estética e alinhamento perfeito
com os tratamentos mais avançados. Um trabalho de pesquisa
e aprimoramento que é marca registrada do trabalho de toda
sua talentosa equipe.
Entre os vários serviços oferecidos – corte, tratamentos,
químicas em geral, colorimetria, design de sobrancelhas,
micropigmentação, mechas, maquiagem, penteados, manicure,
escova, depilação, ufa! -, uma das novidades mais recentes
é o uso das técnicas de tricologia estética, que permite o
aperfeiçoamento de vários outros procedimentos. A palavra
tricologia vem da junção dos termos gregos thricos [cabelos]
e logos [estudo] e significa exatamente isso: o estudo dos
cabelos. Em torno desta ciência, trabalham profissionais como
médicos, cosmetólogos, químicos, biólogos, farmacêuticos e
nutricionistas.
Na constante busca pelo aperfeiçoamento, as profissionais
do Espaço Zélia usam as técnicas da tricologia para diagnosticar
disfunções do couro cabeludo, como a calvície, por exemplo,
e orientar o melhor tratamento. A partir deste estudo, os
procedimentos adequados são aplicados, eventualmente em
associação com outras especialidades, para reconquistar a saúde
capilar e, consequentemente, a beleza dos fios. Um trabalho
interdisciplinar que caracteriza o compromisso do Espaço Zélia
Vieira com o bem-estar de cada uma de suas clientes.
Espaço Zélia Vieira
Rua Monsenhor Gustavo Freire 591
São Mateus I Juiz de Fora (MG)
(32) 3232-3911/3082-7050
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espacozelia
INSTITUTELINAAFIFI.COM
JUNIORFARIA
36. DOC
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Life & Style
Primavera/
verão
2017/2018
>> Por Fernanda Schmidt
A Primavera já está perfumando os ares da moda, e podemos pensar nas tendências para a temporada
primavera/verão 2018. Na pauta traremos dicas quentíssimas de acessórios para você brilhar. E a boa
notícia é que a moda está muito eclética.
O estilo NeoVintage é um dos hits para a próxima estação, ele é um retrô repaginando que mistura o
conceito vintage com o contemporâneo.Ele resgata elementos clássicos dos anos 40 e 60, a pérola aparece
forte em várias marcas de acessórios. A moda era sempre maxi. Por isso, vale a pena investir em peças
maiores e com o design mais imponente.
O hippie vem mais forte do que nunca e as peças coloridas são perfeitas para o verão. Mixes de
colares e pulseiras estão em alta. Misturar colares curtos e compridos valorizam o visual.
As nossas amadas chokers continuam com tudo para 2018, modernizadas elas aparecerem cheias de
penduricalhos.
O estilo Flower Power é outra aposta fashionista para a temporada, ele aparece principalmente nos
brincos. Os maxi brincos com elementos florais alegram qualquer produção, escolha um para chamar de
seu e saia por aí arrasando.
E agora que você já está antenada, crie looks incríveis com acessórios que imprimam a sua
personalidade e valorizem a sua beleza.
ALINEBASTOS
FOTOSESPAÇOLUZDEMARIA
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1 2
INFORME
PUBLICITÁRIO
Essa é a proposta da Realiza Produções. Há dez anos no mercado a
Realiza trabalha com soluções em divulgação de produtos e serviços de
forma criativa e customizada. A produtora que nasceu produzindo filmes
para tv, entendeu o seu ramo de atividades: “Nosso “produto” são as
pessoas! Cadastramos perfis e os alocamos nos projetos onde possam
utilizar melhor os seus talentos dentro dos serviços que prestamos.” –
define Roberta Abramo, diretora executiva da empresa.
Os serviços contemplam panfletagem, equipes de promoção e
de venda, recepcionistas, degustação, blitz promocionais e também a
produção de eventos e ações diferenciadas. A Realiza se diferencia na
criatividade, no foco no resultado e no compromisso com a qualidade
dos seus serviços.
A produtora tem em seu portfólio uma gama de possibilidades
que vão desde a divulgação mais convencional como a panfletagem,
até ações inusitadas com palhacinhos, jogos interativos, intervenções
criativas, ações temáticas e personalizadas. “Conseguimos desenvolver
todas as etapas de uma ação entregando o projeto completo. Em um
evento por exemplo, desenvolvemos a ideia, produzimos todo o evento em si, secretária e
recepcionistas, uniformes personalizados, divulgação, brindes, e tudo o que o projeto pedir” –
completa a empresária.
A produtora tem foco nos eventos corporativos e desde 2015 está á frente da produção
do Almoço e Happy Hour Empresarial ambos da Associação Comercial e Empresarial de Juiz
de fora. Para algumas empresas, fornece além dos eventos, o teatro empresarial e treinamentos
personalizados.
Realiza Produções
Solução
RobertaAbramo,diretoraexecutiva
daRealiza,nacomemoraçãodos10
anosdaempresa
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65
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(Unimed)
2-Açãopromocional (Renner)
3-Panfletagememsinal
4-Açãodiferenciada(SantaCruz
Shopping)
5-Equipevarejo(Claro)
6-TeatroEmpresarial(Medquímica)
7-Oficinafantoches(JardimNorte)
8-Açãopromocional (Vivo)
O Know How em gestão de talentos trouxe à Realiza uma outra vertente de atuação que complementa as ações
promocionais: a gestão de equipes de venda. A produtora atua com a formação completa de equipes de venda à serviço
de seus clientes e trabalha desde o recrutamento e seleção dos profissionais, contratação, gestão das equipes e entrega
do resultado. Hoje a Realiza atende regularmente a operadoras de telefonia, de cartões de crédito, distribuidoras do
ramo de alimentos e beleza e promotoria em PDVs em toda zona da mata e norte e sul de minas.
Se você quer divulgar a sua empresa de forma criativa, completa e diferenciada, conte com a Realiza!
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42
O mundo
tem jeito?
>> Por Júlia Pessôa
Frente a repetidos episódios de intolerância
manifestada em diversos contextos, especialistas
analisam contextos históricos e sociais de tensões e
apontam possibilidades de diálogo
43. DOC
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Um curto
passeio pelo Vale da
Sombra da Morte dos
comentários em notícias
em sites e redes sociais permite
encontrar quem reclame de que o
mundo “está chato”. Sempre há alguém
se queixando que a “patrulha dos direitos
humanos” logo vem apontar manifestações de discriminação
e intolerância em suas mais diversas formas: racismo,
machismo, LGBTTIfobia, classismo, preconceito religioso e
uma fila de designações que não para de crescer.
Mas a projeção de movimentos sociais tem a ver,
infelizmente, não apenas com sua emancipação, mas
também com uma defensiva imprescindível contra ataques
reacionários e conservadores. Vivemos em uma sociedade
extremamente intolerante, e que não faz questão de esconder.
É a era em que um dos maiores líderes mundiais, Donald
Trump, o presidente dos Estados Unidos, execra publicamente
imigrantes, negros, mulheres, grupos étnicos e religiosos
e gays, além de fazer apologia à guerra e ao armamento.
Assustadoramente, tem respaldo suficiente da população
para eleger-se. Não é de se espantar que, conforme aponta
pesquisa recentíssima do “Washington Post” com a ABC, 22
milhões de habitantes dos Estados Unidos apoiem ideologias
do neonazismo e da supremacia branca.
No Brasil, o panorama não é mais animador. Estamos
no país em que, de 2011 a 2016, houve um aumento de
3.606% no número de denúncias de intolerância religiosa
levantadas pelo relatório da Secretaria de Direitos Humanos,
vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
Em 2011, foram registrados 15 casos, contra 556 casos em
2016 - isto apenas entre as queixas formalizadas.
A mesma secretaria tem levantamento apontando que
os crimes de racismo e injúria racial são os episódios que mais
cresceram no Disque 100, canal de denúncias do órgão. De
acordo com balanço publicado pelo jornal “Estado de São
Paulo”, o número de ligações subiu 4.333,33% entre 2014
e 2015.
É o mesmo Brasil que ocupa a quinta posição mundial
de casos de feminicídio, o assassinato de mulheres por sua
condição como tal, segundo dados de 2017 da Organização
Mundial de Saúde (OMS). E a mesma nação em que a
cada 25 horas uma pessoa lésbica, gay, bissexual, travesti,
transsexual ou intersexual (LGBTTI) é assassinada por sua
orientação ou identidade de gênero, conforme aponta o
último levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), com
dados de 2016.
Não surpreendentemente, é o país em que um político
como Jair Bolsonaro (PSC- RJ), notório por suas declarações
que ferem toda e qualquer minoria social (basta um “Google”
para se horrorizar), possui, segundo pesquisa do DataPoder
360 realizada nos dias 9 e 10 de julho, 21% das intenções de
voto para as eleições presidenciais de 2018.
ILUSTRAÇÃOFREEPIK
44. DOC
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Dissecando o preconceito
“O avanço do
conservadorismo está
atingindo o mundo todo”
Para o cientista político Eduardo Freitas, o sentimento
comum de uma intolerância mais explícita, mas não
necessariamente crescente ou mais recente, tem a ver com
o esvaziamento das instituições políticas de forma geral.
“Quando não nos vemos representados, nem na associação
de bairro, nem no sindicato, nem no mandato do vereador
que elegemos, nem no senador reeleito, tende-se a negar
tal representação e suas diretrizes, exigindo uma moral e
ações mais imediatistas. A segurança é um bom exemplo:
se não consigo enxergar uma ação sistêmica da política e
seus atores frente ao problema complexo da segurança
(educação, condição de vida digna, habitação etc), há
uma tendência em se pensar na ação mais imediata:
prender mais, prender mais cedo, prender com mais rigor,
até o ponto da justiça com as próprias mãos”, observa o
especialista.
Para o professor Anderson Ferrari, um agravante
na percepção da intolerância como um mal sintomático
é a ascensão de figuras de poder que não apenas dão
legitimidade a discursos excludentes, mas que encontram
pontos de repercussão na sociedade. “O avanço do
conservadorismo é um movimento perigoso que está
atingindo o mundo todo, tendo seus exemplos no Brasil
também, muitos deles ligados ao discurso religioso. O mais
preocupante disso é que as figuras mais centrais não estão
sozinhas, elas são acompanhadas por um grupo muito
grande de pessoas que se dizem ‘do bem’. Vivemos uma
crise das instituições em que não acreditamos mais na
Justiça, na escola, na polícia, na política, e isso tudo tem
Professor da Faculdade de Educação da UFJF e
integrante de grupos de pesquisa e estudo de gênero e
sexualidade da instituição, Anderson Ferrari aponta um fator
que agrava as tensões neste contexto, processo que chama
de “ditadura da opinião”. “Sob o argumento ‘é minha
opinião’ ou em função da defesa da liberdade de expressão,
todos se sentem no direito de dizer o que pensam. Não estou
defendendo que não devíamos ter opinião, visto que somos
seres formados por formas de conhecer, de saber, produtos
dos discursos. O que defendo é a necessidade de colocar as
nossas opiniões sob suspeita, e questionar ‘porque penso o
que penso? Por que ajo da forma que ajo? Que pensamentos
e formas de saber estão organizando minhas ações?’. Ou
seja, há necessidade de colocar a opinião diante da história
do pensamento. O que pensamos tem uma história de
formação”, destaca o docente.
(Anderson Ferrari, professor da Faculdade de Educação da UFJF)
jogado a ‘solução’ na religião e na defesa de pensamentos
conservadores, que estas figuras acabam por serem porta-
vozes”, afirma.
Para o cientista social Eduardo Freitas, é possível
começar a compreender como estas estruturas de poder
operam a partir de analogias muito simples. “Se tenho um
presidente que trata os latinos com desdém, será que não
posso agora dizer a todo mundo que não gosto do meu
vizinho preto? Se tenho um presidente que é eleito dizendo
que os muçulmanos representam de fato uma ameaça, e
essa ideia é escolhida pela maioria dos eleitores, será que
não posso eu mesmo desdenhar do sírio que trabalha no
posto de gasolina a caminho do meu trabalho?”
45. DOC
45
Ainda na visão de Freitas, além de dar lastro a várias formas de pensamento preconceituoso,
discriminatório e intolerante, a existência de líderes que se alinham ao reacionarismo e ao
conservadorismo também legitima ações neste sentido. “Se 30% da sociedade chega a dizer que
concorda com um deputado que diz que o problema da ditadura foi ‘ter torturado e não matado’,
então não deve ser tão difícil organizar uma palestra, uma passeata, alguma atividade que tente
apresentar os benefícios do regime militar. Em um médio e longo prazo, isso pode pavimentar até
uma outra construção de valores e de uma moral, o que é perigoso para os caminhos da política.”
Na visão da fotógrafa e integrante dos coletivos negros PretAção e Descolônia Paula Duarte,
um agravante neste contexto é que estas figuras de poder valem-se de ferramentas estruturais da
internet para ganharem ainda mais visibilidade. “É a velha estratégia do ‘falem mal, mas falem de
mim’. Pesquisas comprovam que divulgar discursos de figuras retrógradas como Trumps e Bolsonaros
ajuda a dar voz ao que eles dizem, ainda que o compartilhamento seja em tom de crítica ao que eles
dizem. As pessoas votam naqueles de que se lembram, então mesmo sendo inteiramente contra,
disseminar o que estes caras dizem funciona como um mecanismo de voz ao opressor”, destaca ela.
ILUSTRAÇÃOPIXABAY
46. (Eduardo Freitas, cientista social)
Inegavelmente, um dos grandes palcos de disputa
ideológica e, por conseqüência, de manifestações de
intolerância e desrespeito ao outro é a internet, com
suas redes sociais e espaços abertos a comentários de
absolutamente qualquer natureza. Embora tenha um teor
- em tese - democrático justamente por isso, o perigo está
na agilidade e na superficialidade do compartilhamento
de ideias nesta lógica contemporânea das redes, conforme
pondera o cientista social Eduardo Freitas.
“O anseio de ter uma opinião formada sobre tudo,
a todo o momento e toda hora, permite um alastramento
de notícias não verídicas, que servem não à verdade,
mas ao nosso anseio de ser a nossa opinião. Todo mundo
hoje se sente um pouco juiz e ator da política, dentro da
esfera que nós mesmo gerimos, nossa timeline”, observa
o especialista.
Para Paula Duarte, a falsa sensação de impunidade que
a internet proporciona, pelo distanciamento físico daquele
com quem se discute, também contribui em grande parte
para a proliferação de pensamentos intolerantes. “As
pessoas realmente acreditam na impunidade ao falar o
que bem entendem nas redes e, de fato, o pouco avanço
das leis em relação a crimes virtuais dá respaldo a isso.
Racismo, por exemplo, é um crime estabelecido por lei,
mas, na rede, vários comentários racistas não sofrem
qualquer tipo de sanção. Essa deficiência da legislação
e das políticas públicas legitima vários tipos de abusos e
cerceia os direitos das minorias sociais, raciais, de classe e
de gênero”, exemplifica.
Integrante do Conselho Estadual da Mulher de Minas
Gerais, fundadora do coletivo Flores Raras da UFJF e
docente da Faculdade de Educação da UFJF, Daniela Auad
aponta, entretanto, que a web também é, neste contexto,
um espaço de resistência e questionamentos. “É um campo
de disputa em aberto. Há tensionamentos de retrocesso,
mas há respostas para a continuidade da democracia,
que tem sido alvejada de tantas formas. Do mesmo jeito
que vemos o avanço de discursos misóginos, machistas,
heterocentrados e racistas - fator que inclusive adensa o
caldo político e cultural em que o golpe se fundou no Brasil
- as pessoas consideradas minorias sociais também estão
nas redes, na perspectiva de lutarem para assegurar seus
direitos”, avalia a docente.
O professor Anderson Ferrari acrescenta, ainda, que,
no âmbito das redes sociais, em que nem todos os usuários
têm acesso às informações no mesmo espaço de tempo,
as discussões tendem a ter uma sobrevida maior - o que
não necessariamente indica um debate enriquecedor. “Na
internet ficamos o tempo todo diante do mundo. Isso faz
com que estes debates nunca descansem e faz com que
eu possa ir para o enfrentamento protegido pela tela”,
destaca.
“Todo mundo se sente juiz e ator da
política dentro da própria timeline”
IlustraçõesFreepik
47. DOC
47
Empatia, conhecimento e questionamento
Para a militante Paula Duarte, muito das manifestações
de intolerância vêm da falta de empatia, da incapacidade ou
negação de ver além das individualidades e dos privilégios.
“Tudo é vitimismo quando você não vivencia ou não busca
compreender a vivência do outro, da outra. As pessoas
parecem fazer um esforço em não olhar para o lado. Em um
espaço como a UFJF, parece que a ausência de corpos negros,
só para citar um exemplo de minoria, não é notado. E como
mulher negra frequentando a universidade e outros espaços
privilegiados, eu me percebo como um corpo estranho, o
que dói muito. Apenas 0,5% dos estudantes de graduação
são negros, e o senso comum parece acreditar que vivemos
em democracia, e ainda tem a cara de pau de questionar
sistemas de inclusão como o de cotas”, argumenta.
Para o professor Anderson Ferrari, é preciso haver
um trabalho contínuo de diálogo e acesso à informação
para desconstruir os discursos retrógrados, conservadores
e intolerantes. “Eu acredito sempre no poder do
conhecimento, no investimento na formação e na discussão
sempre colocando em jogo a história do pensamento,
fazendo as pessoas colocarem sob suspeita as suas formas
de pensar e agir.”
A professora Daniela Auad defende, ainda, que se
pense a educação do ponto de vista da diversidade, em
toda a amplitude do termo, para evitar que o tiro saia pela
culatra e a informação acabe por legitimar os retrocessos
que deveria combater. “Muitas vezes a intolerância vem de
onde menos se espera. Se a formação não
aborda, em toda a sua diversidade,
também questões de gênero,
sexualidade, raça e de
matizes religiosas
negras, por exemplo,
para além de
discussões de classe, discursos pretensamente de esquerda
acabam por reforçar e reproduzir o conservadorismo. É
como uma arma que implode a resistência por onde ela
deveria se fortalecer, por dentro, e legitima para absurdos
como ‘Escola sem partido’ e ‘Estatuto da Família’”, destaca
a docente. “E é preciso lembrar que o panorama macro
influencia o micro e vice-versa. Então, se há intolerância em
um núcleo familiar, em uma unidade acadêmica, em um
nicho social, o que acontece na política mundial relaciona-se
com isso, em via de mão dupla”.
Paula Duarte também acredita na compreensão da
educação em um sentido muito mais amplo do que o
formal como único caminho para a solução ou, pelo menos,
alívio das tensões sociais que a intolerância, em todas as
suas manifestações, provoca. “A educação que vem do
saber das comunidades tem um grande poder emancipador,
move as pessoas, impele à ação. Basta ver a atuação de
uma líder comunitária e educadora como Adenilde Petrina
(que recentemente recebeu o título de doutora honoris
causa pela UFJF) e seu incansável trabalho como militante
negra e em prol da democratização da comunicação aqui
em Juiz de Fora. São pessoas como ela, que se arriscam
a sofrer preconceito e discriminação ao militar, educar
e agir coletivamente, que promovem os avanços contra
a intolerância”, defende ela, otimista, ao citar o escritor
uruguaio Eduardo Galeano. “A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho
dez passos e o horizonte corre dez passos. Por
mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia? Serve para
isso: para que eu não deixe
de caminhar.” Sigamos
caminhando.
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Sou entre flor e nuvem,
Estrela e mar.
Por que havemos de ser unicamente humanos,
Limitados em chorar?
Não encontro caminhos
Fáceis de andar.
Meu rosto vário desorienta as firmes pedras
Que não sabem de água e de ar.
Cecília Meireles
Poema extraído do livro“Mar absoluto”
>> POR ALINE BASTOSolho
armado
E por isso levito.
É bom deixar
Um pouco de ternura e encanto indiferente
de herança, em cada lugar.
Rastro de flor e estrela,
Nuvem e mar.
Meu destino é mais longe e meu passo mais
rápido:
A sombra é que vai devagar.
51. 40 ANOS
DE EXCELÊNCIA EM
CONTABILIDADE
Rua Doutor João Pinheiro, 173
Jd. Glória – Juiz de Fora – MG
32 3215 6631
www.tecol.com.br
tecolcontabilidade
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